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Faculdade Carlos Drummond de Andrade

Gestão em Logística

Redução de custos como estratégia de crescimento

Estratégias e redução de custos na Logística

Alexandre Ribeiro da Silva Junior, Marcio

Da Silveira Marques, Rodrigo


Galvão Augusto, Elvys
José da Silva, Marcio
Orientadora: Auricchio, Rosana

Resumo
Para adquirir vantagens competitivas no mercado atual globalizado, as
organizações estão atualizando seus procedimentos e visando projetos de melhoria
continua. Com isto, torna-se primordial inovar em estratégias de redução de custos,
diminuindo os gastos e aperfeiçoando os serviços operacionais. Essa ferramenta
envolve todas as decisões da cadeia de abastecimento e setores administrativos. A
terceirização deixa de ser encarada como uma simples atividade de redução, se
tornando um forte elo estratégico entre fornecedores e clientes, reduzindo e muito
os custos, mostrando, também, a preocupação das empresas com o meio ambiente
aplicando a logística reversa.

Palavras Chave: Logística, Redução de Custos, Estratégia de crescimento.

1. Introdução

Este artigo tem como objetivo mostrar a oportunidade de procurar novos


horizontes, de se fazer com que sejam reduzidos custos, abrangendo a estratégia
de crescimento, suas aplicações com realizações imediatas e se estruturando para
ganhos futuros. Trazendo melhorias de desempenho, onde o crescimento e a
competitividade são metas e objetivos traçados, com processos relacionados à

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sistemas estratégicos como: compras, marketing e competição no mercado
logístico.

Seu uso será vinculado à melhoria de gerenciamentos, buscando com esse


segmento uma possível melhoria de desempenho na área logística. A inovação
tecnológica aliada à informatização veio para aperfeiçoar os processos, aumentando
recursos, e gerando impactos positivos nas organizações. Aumentando a
competição entre as instituições e diminuindo os custos, sem perder a excelência e
a qualidade.

Assim, esse trabalho irá transparecer uma visão clara e objetiva das
dificuldades enfrentadas na modalidade de redução de custos como estratégia de
crescimento, podendo ser obtida através da implantação de novas ideias e
procurando realizar, de uma maneira diferente, uma melhoria continua adequando-
se as estratégias ao mercado logístico.

Esse trabalho tem por objetivo fazer a demonstração de como mudar a forma
estratégica de uma organização sem perder sua confiabilidade e sua estrutura de
trabalho, aumentando a sua carta de investidores, conquistando uma maior fatia do
mercado.

2. Logística: conceito e áreas de planejamento

Segundo Carvalho (2002), a logística é utilizada pelos lideres militares desde


as primeiras guerras, isso porque demoravam muito tempo para se finalizar, além
de grandes distâncias a serem percorridas, o que eram constantes durante os
combates. Para transportar suas tropas e seus suprimentos aos locais de combate,
era necessário um grande planejamento, organização e execução de tarefas que
envolviam definições de rotas não tão curtas, mas de maior segurança.

Carvalho (2002), apud Carl Von Clausewitz dividiu a guerra em dois ramos:
estratégia e tática. Não se mencionava a logística. Porém, reconhece que em
tempos atuais, a guerra necessita de um grande número de atividades que a
sustentam e que devem ser consideradas como uma preparação para a mesma.

Lembrando que o termo logístico foi usado até o fim da segunda guerra
mundial, sempre associado apenas às atividades militares. Sendo que, após este

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período e com o avanço tecnológico, este termo também passou a ser adotado nas
organizações civis.

Para Carvalho (2002), a logística busca e elabora meios de conseguir


recursos, equipamentos para a execução de todas as suas atividades pertinentes à
uma empresa. Diretamente, a logística está interligada a área de ciências humanas,
assim como: a economia, a contabilidade, a estatística, o marketing e a
administração, que envolve recursos diversos da tecnologia e os recursos humanos
do transporte e da engenharia. Assim, possuindo uma visão organizacional holística,
a logística administra recursos pessoais, materiais e financeiros onde exista
movimento na empresa, gerindo desde a compra até a entrada de materiais,
monitorando, operando e gerenciando informações.

“Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que


planeja”, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e
econômico de matérias-primas, materiais semi acabados e produtos
acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências
dos clientes. (Carvalho, 2002, p. 31).

Com o passar dos tempos, as novas exigências para as atividades da


logística no mundo passaram por um maior controle e identificação de
oportunidades de redução de custos, prazos e aumento da qualidade no
cumprimento dos prazos. Foram desenvolvidos novos processos de gestão,
flexibilidade na fabricação, análises tecnológicas e uma nova metodologia nos
custeios, redefinindo o processo de adequação dos negócios. Com a evolução, as
organizações começaram a se preocupar com a satisfação do cliente, surgindo
então, o termo logístico empresarial. No começo dos anos 80, com o inicio da
globalização e o uso de computadores, passa a haver uma grande competitividade
no mercado mundial devido à alteração na economia. Com isso, as empresas se
viam obrigadas a ter moldes mundiais de operações.

O autor Bertaglia, (2009), elaborou um quadro, o qual será visto logo a seguir,
com algumas definições de autores consagrados no que se refere à palavra
logística:

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A logística trata de todas as atividades de movimentação e
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o
Ballou (1993)
ponto de aquisição da matéria prima até o ponto do consumo
final.

Carvalho (2002) Logística é o processo estratégico, porque acrescenta valor,


permite a diferenciação, cria vantagem competitiva aumenta
a produtividade da organização.

Bertaglia (2009) A logística é a arte de administrar o fluxo de materiais e


produtos, da fonte ao consumidor.

Veremos um exemplo da divisão de planejamento, segundo Moura (2006).

Logística de A logística de aprovisionamento (abastecimento) trabalha em


aprovisionamento cima de procedimentos estratégicos capaz de proporcionar um
maior controle de toda a matéria prima para ser consumida.

Logística de A logística de produção de modo geral, é a forma de se manter


produção um conhecimento dentro de um sistema PPCP (Planejamento,
Programação e Controle da Produção) é um segmento onde as
empresas utilizam a automatização no controle da gestão da
mão de obra, material e informação no processo produtivo.

Logística de Distribuição é um processo da logística responsável pela


distribuição administração dos materiais desde a saída até a entrega do
produto no seu destino final.

3. Supply Chain: estratégias e planos

O Supply Chain Management (SCM) é a competição no mercado global, onde


a concorrência entre as diversas empresas que fornecem as mercadorias para seus

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diversos tipos de clientes, cabendo a eles, fazer a gestão na cadeia de
fornecimento, buscando assim, um melhor aproveitamento através de diversos tipos
de fases, procurando sempre a redução de custos, sem perder a sua qualidade e
tornando a sua competitividade ainda maior para com seus concorrentes.
À medida que a gestão da cadeia de fornecimento simplifica e acelera as
operações que estão relacionadas com a forma como os pedidos do cliente são
processados pelo sistema, até serem atendidos, e também, com a forma das
matérias-primas serem adquiridas e entregues pelos processos de fabricação e
distribuição. Não podemos deixar de salientar que o SCM teve como foco inicial as
indústrias automobilísticas. Mas, como propriamente dito na época de Henry Ford
que buscava o marketing na satisfação dos clientes, compras e estratégias
empresariais, sem se esquecer da logística, buscando sempre o gerenciamento da
cadeia de suprimentos. Portanto, a integração dos princípios básicos juntamente
com os novos meios de negócios partindo de seu consumidor final para o seu
fornecedor inicial, conforme afirma Bertaglia, (2009).
São os consumidores atualmente que determinam e escolhem como vão
fazer para que seja atendido da melhor maneira possível, de uma forma mais
exigente daquilo que querem, também esperam que tudo aquilo que estava
prometido seja cumprido como: a entrega no prazo, tempo e local certo.
O ciclo inverteu-se nos dias atuais através do consumidor, distribuidor ou
intermediário, fabricante, fornecedor. É extremamente importante que tudo se eleve
ao procedimento de reduzir seus custos e seu estoque de armazenagens, tendo um
maior controle na parte de produção e distribuição.
Segundo Certo (2005), a essência da estratégia é realizar a atividade de
formas diferentes da concorrência e mantendo a vantagem competitiva. As forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças formam a estrutura mais utilizada para se
definir uma estratégia de negócios.

O mesmo autor diz que uma avaliação importante no processo estratégico é


o que a empresa ou organização deve realizar para competir e ainda o que deve
conhecer para ser bem executada para chegar ao resultado esperado. Já o
planejamento, na maioria das vezes, está relacionado no processo de desenvolver,
construir e administrar, tendo o cuidado com as decisões e os objetivos
estabelecidos a médio e longo prazo, sempre se preocupar com o futuro próximo, se

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alinhando às oscilações do mercado e da concorrência, se projetando com uma
visão de desprendimento.

Os acordos comerciais multilaterais, a globalização, a evolução as


tecnologias e a mudança de hábitos dos consumidores são variáveis
externas que colocam as organizações em xeque, desafiando suas
decisões e sua capacidade de construir estratégias vencedoras e de
sobrevivência (Bertaglia, 2009, p. 45).

Uma estratégia para o crescimento é a terceirização, que se baseia em


fornecedores externos de componentes e serviços otimizando alguns estágios da
cadeia de valor, obtendo assim, vantagens como o fornecimento a um custo inferior
e com a mesma qualidade, agilidade e pontualidade.

Pode-se também conseguir que sejam reduzidos riscos relacionados à


mudanças tecnológicas, também reduzir tempos de ciclos, aumentar a velocidade
de tomadas de decisão e reduzir custos indiretos, concentrando-se apenas na
essência do negócio. Ainda dentro deste contexto, a organização deve sempre
buscar uma pesquisa de opinião do trabalho exercido pelos fornecedores, para
evitar que haja um mau atendimento, facilitando a fiscalização daqueles que, por
ventura, estão trabalhando de uma forma que não agrade ao cliente. Desta forma,
pode-se agir imediatamente para contornar e trazer novamente a confiança do
cliente, de acordo com Bertaglia, (2009).

Fonte Adaptada da obra de Bertaglia 2009 p. 82

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3.2. Elementos e Processos da cadeia de abastecimento integrada

Segundo Bertaglia (2009), a cadeia de abastecimento integrada formou-se


para que fosse possível ser dividido em partes cada processo a ser utilizado, por se
tratar de diversos tipos de conceitos diferentes e diversas empresas envolvidas
nestes processos, pois, desta forma, daria para ser analisado de maneira separada
cada um e saber qual método de trabalho seria empregado.
Todo processo precisa ser bem estudado e analisado, para que se possa ter
a clareza em tudo àquilo que será colocado em prática, com a informatização tudo
se tornou mais prático para poder se elaborar formas de buscar um melhor
aproveitamento de tudo o que tiver ao seu alcance e também não se esquecendo de
que é de fundamental importância ter uma pessoa por trás disto. Tudo que conheça
muito bem o mercado que se está trabalhando, para que venha a somar e fazer com
que os custos possam ser diminuídos conforme afirma Bertaglia, (2009).

A elaboração é um planejamento integrado da cadeia de abastecimento


proporciona benefícios, entre eles a redução de custos e dos estoques,
aumento da lucratividade, melhor uso da capacidade produtiva e melhor
utilização dos ativos. (Bertaglia, 2009, p. 156).

3.3. Custos Logísticos

Para Bertaglia (2009), reduzir custos é de fundamental importância para que


uma instituição possa atuar com o alto nível de eficácia na área de logística e
Supply Chain. As empresas implantam o SCM para buscar a informação dos
destinos onde irão atuar podendo assim, trilhar sua rota de menor distância,
diminuindo seus custos operacionais de frete, ou seja, aperfeiçoar suas rotas para
trabalhar com informações para que haja uma forma simplificada de atuar também
com a logística reversa.

Bertaglia diz também, que para isso existe o cockpit logístico que é usado na
redução dos custos com transporte, tendo o aumento de sua eficiência nas
operações logísticas. Algumas decisões são definidas com modais e modalidades
de transportes a serem utilizados, selecionando o melhor transportador e os
veículos mais apropriados ao traçado da rota e a formatação de cada carga,

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aproveitando os circuitos e caminhões tomando decisões simultâneas aos pedidos
de lotes.

Segundo Ballou (1993), a garantia da integridade dos produtos é fundamental


para evitar gastos extras de reposição com novos fretes. Para isso, é respeitada
uma distribuição de peso entre os eixos dos caminhões, tomando cuidado com o
empilhamento, fragilidade e peso dos produtos.

Ballou (1993), também diz que tomar cuidado com a rota é de grande
importância, pois nem sempre o caminho mais curto é o que vai significar maior
economia de frete. As atividades logísticas envolvem prioridades de entrega,
pedidos e destinos recorrentes a diversos carregamentos e entregas, crossdocking
e movimentos contínuos dos circuitos fechados e abertos.

4. Estratégias de Crescimento e sua Importância

Alguns conceitos para estratégias de crescimento vem de diversos autores


que, no meio acadêmico, usam o mesmo sentido para se chegar a definições de
objetivos equivalentes.
Assim, utilizaremos diversas definições elaboradas por alguns autores, onde
se identifica a estratégia de crescimento nas organizações.
De modo geral, os autores entendem que as empresas estão buscando o
aprimoramento para que consigam alcançar aquilo que deu inicio em processos
anteriores, alcançando suas metas e objetivos.

As estratégias como um conjunto de ações visando à


manutenção ou ainda a conquista de posicionamento no
Porter (1986)
mercado. Segundo o autor “são ações ofensivas ou
defensivas para criar uma posição defensável numa
indústria, para enfrentar com sucesso as forças competitivas
e assim obter um retorno maior sobre o investimento”.

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Preferem relacionar a estratégia em etapas distintas,
onde existem estratégias imediatas para realização de
Nicolau (2001)
ações correntes e ainda planos estruturados para
realizações futuras, o autor conceitua como “a relação entre
apud a empresa e o seu meio envolvente: relação atual (situação
estratégica) e relação futura (plano estratégico que é um
conjunto de objetivos e ações a tomar para atingir estes
Katz (1970)
objetivos)”.
As organizações procuram por crescimento nas vendas, nos
lucros, na participação do mercado ou mesmo em outras
Certo/Peter (2005)
medidas como objetivo principal. As estratégias de
crescimento podem ser obtidas com recursos como a
integração vertical e horizontal diversificação e fusões, alem
de joint ventures.

No mundo competitivo, onde se encontra altíssimo o nível de exigência


formalizado pelos clientes, é necessário melhorar a utilização de recursos físicos,
humanos e financeiros, diz Oliveira (1999), minimizar os problemas e maximizar as
oportunidades do ambiente da empresa.
Segundo Freire (1997), uma formulação correta seria implantar estratégias
essenciais em médio e longo prazo, melhorando o desempenho competitivo de
qualquer empresa. Assim, o valor estipulado pela prestação de serviços e produtos
de uma organização, será a grande concorrência dos frutos de alocações eficazes
dos recursos disponíveis, feitas através das estratégias criadas e aplicadas.
Diante da estratégia são usados termos de definição no negócio em que ela
competirá. Assim, são usados os importantes papéis de estratégias de fornecimento
e direcionamento.
Com a finalidade estratégica de direcionar as decisões e ações de uma
organização, sendo decidida em alguns termos explícitos ou de forma
documentada. Mesmo que uma empresa não demonstre a estratégia,
necessariamente não significa que ela não à tenha, sendo revelada pelas suas
decisões e maneiras em que são executadas. No caso da maioria das empresas, a
estratégia pode ser diferente da pretendida. (CRAIG & GRANT, 1996).

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5. Logística reversa e suas estratégias

Conforme Fleury (2000), nos últimos tempos aconteceram diversas


mudanças relevantes no mundo empresarial, com a chegada da globalização. A
parte da comunicação, qualidade, eficiência e a infraestrutura do transporte tiveram
melhorias significativas.
As empresas irão também assumir um papel com mais responsabilidade
para seus consumidores e melhorar a sua própria imagem como instituição,
alterando e melhorando os seus procedimentos operacionais.
Fleury (2000) também diz que, com o grande aumento de produção nos
últimos tempos, as organizações estão buscando meios de reduzir custos,
elaborando processos e aperfeiçoando ao máximo o seu poder operacional. Uma
das alternativas foi reaproveitar e reutilizar insumos e materiais acabados, dando
origem à nova movimentação de materiais, indo do consumidor ou produtor até
chegar ao fornecedor.
Segundo Campos (2007), o objetivo estratégico econômico tem se tornado
o grande trunfo das empresas, ficando evidente a importância da logística reversa
como principal fator para a preocupação ambiental e competitividade.
Outro fato que Campos (2007) mencionou, é que os produtos descartados
em seu primeiro uso aumentaram, causando um excesso de resíduos e itens não
reaproveitados. Isso porque não havia canais de distribuições reversos bem
estruturados de pós-venda e pós-consumo. Nesse cenário, a tendência é reduzir o
custo, e uma das formas é reaproveitar itens como, por exemplo, utilizando sobras
de materiais e ou reuso dos insumos, deixando menor o nível de poluição e,
consequentemente, melhorando a visão da empresa em relação à preocupação do
meio ambiente.

6. Terceirização e sua importância

Terceirizar não tinha muita importância até o inicio dos anos 90, era tida
como uma ação de pouca credibilidade na redução de custos. Mas esse ponto de
vista foi mudando com o passar dos anos, as empresas começaram a delegar
atividades centrais devido à alta da demanda de produção.

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Conforme citação OLIVEIRA (2004); CURY (2000), a contratação de
empresas prestadoras de serviços vem crescendo e se tornando caminho mais
inovador da empresa moderna. Invertendo todas as teorias administrativas. As
organizações, preocupadas com os custos e benefícios e seu ciclo de vida,
começaram a identificar a importância da estratégia e o poder da mesma, e é ai que
a terceirização ganha força.

De acordo com Monteiro (2007), a terceirização, ganhou uma gestão


moderna, assumindo o papel na Administração e vem crescendo nesse novo
mercado. Na decada de 90, a economia brasileira deixou uma abertura comercial no
processo de privatização, o que levou as organizações brasileiras a reduzir a
defasagem tecnológica e propor uma enorme concorrência das grandes marcas
multinacionais.

Nesse ponto, fortaleceu a parceria entre ambas as partes, a que contrata e a


que presta serviços de acordo com Monteiro (2007). Com foco nas parcerias de
diferentes grupos de empresários de diveros ramos, novas ferramentas na área do
outsourcing, foram aplicadas, como afirma o autor.

Terceirização (“outsourcing” é o termo original em inglês) é um neologismo


cunhado a partir da palavra “terceiro", entendido como intermediário ou
interveniente. Na linguagem empresarial, caracteriza-se como uma técnica de
administração através da qual se interpõe um terceiro, geralmente uma empresa, na
relação típica de trabalho (empregado versus empregador).

Pode-se definir a terceirização como sendo o processo pelo qual a empresa,


visando alcançar maior qualidade, produtividade e redução de custos, repassa a
outra empresa um determinado serviço ou a produção de um determinado bem.
Determinada atividade deixa de ser desenvolvida pelos trabalhadores de uma
empresa "A" e passa a ser de responsabilidade (execução) de uma empresa "B",
então, chamada “terceira” Ou seja, constitui-se de um processo de transferência de
funções/atividades da “empresa-origem” para “empresa-destino” (subcontratada).

Observou-se, ainda, que a terceirização parcial é praticada já nestes


serviços. Parte da atividade de higienização e limpeza é mão-de-obra própria e
parte trazida de fora, via terceirização. O mesmo ocorre com a parte de serviços

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gerais, de acordo com as respostas obtidas através das entrevistas semi
estruturadas. Entrando na linha do outsourcing, identificou-se a terceirização parcial
de atividades como: comunicação e marketing, tecnologia da informação e recursos
humanos.

Para o departamento de assessoria de comunicação de marketing, foi trazido


de fora um profissional de Relações Públicas. Essa pessoa fica encarregada de
planejar e coordenar todas as ações do setor, subordinada à diretoria da empresa.
Para executar as ações estabelecidas por essa assessoria, a empresa fornece mão-
de-obra interna, que fica diretamente subordinada à empresa contratada.

No que se refere à parte de tecnologia da informação, as empresas


pesquisadas terceirizaram a parte de desenvolvimento de sistemas. O suporte,
entretanto, é oferecido pelo pessoal interno do hospital. Essas pessoas
acompanham cada etapa do processo, mas diferentemente do que ocorre na
assessoria de comunicação e marketing, a subordinação direta permanece a um
supervisor próprio.

Em se tratando da área de recursos humanos, seguiu-se a mesma lógica da


assessoria de comunicação e marketing. A terceirização é parcial e o profissional
encarregado planeja e coordena todas as ações do setor, subordinado à diretoria da
empresa. Para realizar o trabalho traçado, a organização dispõe de pessoal próprio,
que fica diretamente subordinado à empresa terceirizada.

Visando melhorar o andamento do serviço nos departamentos como um todo,


no sentido de aperfeiçoar, contrataram serviço especializado para desenvolver e
implantar sistemas informatizados que auxiliem nos processos. Tem-se aqui, mais
um caso de terceirização parcial, visto que esse terceiro trabalha em conjunto com
os departamentos e está subordinado à diretoria da empresa.

7. Considerações Finais

A presente pesquisa procurou investigar por meio de pesquisas


bibliográficas, diversos tipos de estratégia focada na redução de custos das
organizações no atual mundo globalizado. Concluímos que é possível reduzir custos

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diretos e indiretos, e após vários exemplos e casos práticos, como, por exemplo, no
caso de terceirização, foi possível afirmar que com uma boa gestão, não é
necessário um quadro de funcionário inflado, mas uma opção de contratação de
temporada, e, menor custo na parte de manutenção e limpeza. A Logística reversa
também tem grande participação, não apenas no reuso de insumos, mas também
na questão de conservação do meio ambiente.
Esse trabalho serviu e muito para nossa compreensão sobre o assunto.
Aperfeiçoar nossas técnicas de pesquisas e de desenvolver artigos e trabalhos
acadêmicos.

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