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GESTÃO DE LOGÍSTICA

Aracaju - SE
22 de Junho de 2022
ADRIANO FIGUEIROA SANTOS

JOHNATAS OLIVEIRA CONCERCIO SANTOS

JOSÉ VICTOR ANDRADE OLIVEIRA

WAGNER GUILHERME ALVES DA SILVA

GESTÃO DE LOGÍSTICA

Relatório de Pesquisa apresentado ao Prof. Alex


Sandro Barbosa Carvalho referente à matéria de
Administração do curso de Graduação em
Análise e Desenvolvimento de Sistemas do
Instituto Federal de Educação Tecnológica de
Sergipe, como requisito parcial para obtenção da
média semestral.

Aracaju - SE
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4
IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA 7
LOGÍSTICA REVERSA 8
LOGÍSTICA MODERNA 10
CADEIA DE SUPRIMENTOS MODERNA 12
SOFTWARES E INOVAÇÕES MAIS UTILIZADOS NA LOGÍSTICA 16
CONCLUSÃO 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
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1. INTRODUÇÃO

Desde os tempos antigos, os líderes militares usavam a logística para planejar e


arquitetar planos para a guerra, pois normalmente elas seriam longas e muitas vezes distantes
da pátria, exigindo transferências massivas e constantes de recursos. O surgimento da
logística não possui uma data exata e específica, mas sabe-se que algumas técnicas foram
usadas nas tropas de Alexandre, o Grande (310 a. C.), pois os materiais eram estrategicamente
organizados, nada faltava aos soldados, seja mantimentos, munições, água, tudo era
perfeitamente distribuído a todos os pontos da tropa. Na Grécia Antiga, Roma e no Império
Bizantino, os soldados que recebiam o título de "Logistikas" eram os responsáveis ​pela
obtenção e garantia dos suprimentos e recursos a serem utilizados para a guerra. Outro
exemplo na história em que é possível observar o uso de técnicas de logística se encontram
nas construções das Pirâmides no Egito Antigo, onde todo o trabalho foi bastante organizado
utilizando alguns conceitos de logísticas, como prazos de construção, escolha, movimentação
e armazenagem dos materiais, além de também contar com a aquisição da mão de obra para a
construção das Pirâmides; É interessante e importante a análise e observação de que os
conceitos de logística já existiam há muitos anos atrás, porém sempre foram usados de forma
subjetiva, sem serem tratados como ciência.
Ao passar do tempo, os conceitos e técnicas foram sendo aperfeiçoados e aprimorados.
Somente após o fim da Segunda Guerra Mundial, a partir do ano de 1945, houve-se o
surgimento da logística como ciência, uma vez que a guerra necessitava não apenas de
atitudes rápidas, como de mantimento no lugar certo e no tempo necessário. A partir de então
as empresas perceberam o quanto era importante ter um departamento responsável pela
logística, pois durante aquele período a demanda de produtos crescia cada vez mais e os
consumidores se tornavam cada vez mais exigentes. A partir da década de 50 e 60, as
empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente, em relação a seus produtos
e/ou serviços, impulsionado por novas atitudes do consumidor, que surgiu o conceito de
logística comercial/empresarial.
No início, a logística apenas trabalhava para agregar valor às vendas e auxiliar no
processo de fabricação do produto, desde a matéria-prima até o produto final. Com o tempo, a
logística pós-venda tornou-se mais atraente, com o objetivo fundamental de garantir que os
clientes tivessem a máxima satisfação e proveito de suas compras.
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Atualmente a logística inclui vários conhecimentos das seguintes áreas: engenharia,


economia, marketing, estatística, tecnologia e recursos humanos. Para atender a demanda do
cliente com o menor custo possível, a logística gerencia o fluxo de produtos desde o ponto de
abastecimento até o ponto de consumo.
Mas, então, o que significa o termo “Logística” ?
Por possuir várias definições por alguns autores, a melhor definição e a mais adequada
encontrada se dá pelo Professor de Operações Ronald H. Ballou, considerado o pai da
Logística Empresarial, (1999). Segundo o autor a logística pode ser definida como:
“ [...] o processo de planejamento do fluxo de materiais, objetivando a entrega das
necessidades na qualidade desejada no tempo certo, otimizando recursos e aumentando a
qualidade nos serviços”. Ou seja, a logística se refere a um conjunto de métodos e meios
destinados a fazer todos os esforços para entregar o produto certo, no lugar certo e no tempo
acordado.
Todo esse conjunto de processos, métodos e meios para que a logística consiga obter
qualidade desde a produção até a chegada do produto nas mãos dos consumidores exige muita
organização e comprometimento de cada funcionário dentro da organização, pois atualmente,
a logística, é uma área crucial na estratégia competitiva das empresas, uma importante
ferramenta para garantir o sucesso de seus processos e bons resultados operacionais e
financeiros. Portanto se faz necessário no mundo atual não ter somente um bom produto final,
mas também apresentar uma boa gestão entre a cadeia de suprimentos para conseguir gerar
lucro e buscar uma constante satisfação dos consumidores atendendo com três variáveis
principais, para se obter uma gestão de logística de qualidade, que são: o tempo, a informação
e o recurso. Um bom gestor deve se preocupar com cada uma delas tomando decisões
focadas e possuindo objetivos claros, diferenciais competitivos e uma resposta adequada ao
mercado. Dessa maneira percebe-se a busca pela maximização dos resultados, das ações e a
minimização dos riscos na tomada de decisões das empresas (BALLOU, 2006).
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Não existe um modelo específico para que as empresas sigam um padrão e obtenham
sucesso de forma imediata. Porém existem algumas etapas a serem analisadas dentro de cada
organização para que se obtenha uma maior possibilidade de sucesso e satisfação dos clientes.
De acordo com Figueiredo (2008), existem alguns fatores a serem analisados e realizados
com objetivo de identificar melhorias e redução de custos logísticos, são eles:

● Transporte: Produtividade no transporte, oportunidades de consolidação,


comparação dos fretes pagos com valores de mercado, estratégia de contratação,
etc.
● Estoques: Avaliação do giro de estoque, custo de estoque versus nível de
serviço, cálculo do estoque de segurança, etc.
● Suprimentos: Concentração de fornecedores, custo do pedido, centralização das
compras, etc.
● Ciclo do Pedido: Identificação de cada etapa do ciclo do pedido, suas durações e
variabilidades, histograma dos pedidos entregues no prazo, etc.
Quando as empresas administram corretamente suas operações logísticas, desde o
controle de suas atividades até o planejamento da rede, há a possibilidade dessas organizações
apresentarem diferenciais, tais como redução de tempo de entrega, uma eficiente gestão de
estoques, e uma eficaz gestão de transportes (CHOPRA; MEINDL,2003).
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2. IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA

A logística tem por objetivo planejar, colocar em operação e controlar as atividades de


logística de uma empresa, utilizando metodologias e tecnologias atualizadas de gestão e
identificando oportunidades de redução de custos, aumento da qualidade dos serviços em
geral e aumento da qualidade de cumprimento do prazo. Vários fatores são importantes para
essas conquistas no mercado. E a logística é uma delas. Pois uma logística eficaz só traz
resultados positivos à organização. A logística bem planejada envolve quase todos os
departamentos de uma empresa, desde a aquisição da matéria prima até o produto acabado.
Para que a empresa tenha sucesso em sua logística, ela não depende apenas de sua
organização, e sim de um ótimo relacionamento com seus fornecedores, que criam uma
espécie de parceria onde ambos os lados ganham, pois fornecedores e clientes devem falar a
mesma língua. Ou seja, ambas devem ter um acordo que beneficie os dois lados. Não importa
se a empresa for de pequeno, médio ou grande porte, todas, para sobreviverem, precisam ter
um ótimo planejamento logístico para evitar o fracasso em tempos onde as concorrências são
fortes.
É necessário realizar um bom trabalho em operações logísticas para que os custos
sejam reduzidos e para que traga vantagens e benefícios para a empresa. Por isso, é bom
considerar que os estoques dos insumos e dos produtos acabados, a infra-estrutura de
transporte e a capacidade de gestão da logística são cruciais para o desempenho das
organizações e o sucesso das operações logísticas. Uma logística mal planejada pode
prejudicar todo o cronograma. E isso não é só da organização. As empresas devem, por
obrigação, conhecer a fundo quem são seus fornecedores. Deve conhecer suas instalações, o
seu processo de produção e até mesmo buscar referências. E também ter mais opções e estar
sempre buscando novos fornecedores, para se precaver de futuros problemas.
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3. LOGÍSTICA REVERSA

Logística reversa é a área da logística que trata, genericamente, do fluxo físico de


produtos, embalagens ou outros materiais, desde o ponto de consumo até o local de origem.
(Dias, 2005, p. 205).
O principal objetivo da logística reversa é agregar valor aos produtos que deverão ser
devolvidos às empresas de origem, por algum motivo, seja por garantia, fim do ciclo de vida,
apresentação de defeitos, término de campanhas promocionais, erro no processamento do
pedido, por diversas razões comerciais e legais que tragam o produto para a sua origem para
serem reaproveitados pela empresa com o intuito que os mesmo voltem para o processo de
produção, diminuído os gastos com as matérias-primas tendo como exemplo a reciclagem de
pneus e produtos eletrônicos.
Sendo assim a logística reversa tem como objetivo planejar, implementar e controlar
de modo eficiente e eficaz, o retorno ou a recuperação de produto; a redução do consumo de
matérias-primas a reciclagem; a substituição e a reutilização de materiais; a deposição de
produtos; a reparação e refabricação de produtos; fechando o circuito da cadeia de
abastecimento de uma forma completa, sendo o ciclo logístico completo (Dias, 2005, p. 206).
Existem dois tipos principais de logística reversa, a logística reversa pós-venda e a
logística reversa pós-consumo. Na logística reversa pós-venda, o produto em questão retorna
à cadeia de distribuição antes de ter sido usado pelo consumidor ou em casos de pouco uso,
seja pela identificação de defeito ou por algum erro no processamento do pedido. Para
responder a demanda, a empresa necessita planejar o recebimento e encaminhamento dos
itens, estabelecendo meios de controle do fluxo físico e das informações logísticas dentro de
sua estratégia de organização. Muitas vezes, o produto pode passar por melhorias e voltar a
ser comercializado, agregando valor. São razões possíveis para a devolução de mercadorias
pós-venda e para os quais a empresa precisa planejar resposta:
● Defeito de fabricação ou funcionamento;
● Avarias no produto ou na sua embalagem;
● Produtos que necessitam de conserto;
● Término do prazo de validade;
● Necessidade de recall.
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Na logística reversa pós-consumo, o produto em questão foi adquirido, utilizado e


descartado pelo consumidor, seja pelo término de sua vida útil ou porque sua validade chegou
ao fim, sendo considerado impróprio para o consumo primário. Da mesma forma que no
pós-venda, a empresa deve se preparar para receber os itens e dar o devido encaminhamento a
eles, que pode ser a reutilização para retorno ao ciclo produtivo, a reciclagem ou o desmanche
seguido pela destinação ambiental adequada apenas se a reintrodução no mercado for
inviável. No pós-consumo, a estratégia empregada depende das condições em que o produto
retorna à indústria:
● Se há condições de uso, os bens podem ser reutilizados;
● Se chegou ao fim da vida útil, o produto pode ter componentes reaproveitados ou
remanufaturados;
● Se há condições de uso, os bens podem ser reutilizados;
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4. LOGÍSTICA MODERNA

A Logística 4.0 teve origem na Indústria 4.0, que é um conjunto de inovações


tecnológicas que combinadas, tem por objetivo tornar as empresas mais competitivas no
mercado. De acordo com Coelho (2016) e Barreto et al. (2017), muitas empresas que se
concentram neste novo setor possui grande escala de produção, e os estoques de produtos são
armazenados em grandes quantidades e são projetados para fornecer itens que sempre podem
atender a demanda, ou seja, a logística tradicional. Com o avanço da tecnologia e a
atualização dos sistemas de uma produção inteligente, o foco das empresas e do setor
industrial também começou a se deslocar para os clientes e suas necessidades, e usá-lo para
produzir produtos personalizados. Para que isso seja possível, é necessário fazer com que toda
a cadeia de suprimentos tenha o mesmo pensamento e mantenha a demanda consistente,
reduzindo assim o consumo de produtos acabados e de matéria-prima, limitando o nível de
aleatoriedade e aumentando a agilidade e otimização de processos. Para empresas e indústrias,
outro possível resultado positivo é a “independência” de grandes centros de distribuição além
também do ganho de tempo, qualidade e cooperação. Termos como Indústria 4.0, “Fábrica
Inteligente”, “Fábrica do Futuro”, descrevem o futuro da fábrica, com isso a produção
industrial se tornará mais inteligente, flexível, dinâmica e ágil. Em outra definição, uma
fábrica inteligente se refere a uma fábrica que produz produtos inteligentes em dispositivos
inteligentes e cadeias de suprimentos inteligentes (COELHO, 2016). A Logística 4.0 requer
um sistema logístico mais desenvolvido e eficiente para poder atender a todos os requisitos
propostos pela Indústria 4.0. Por isso, a conceituação de Logística 4.0 vem sendo utilizado no
mercado, enfatizando ainda mais a repercussão da tecnologia proposta nas ações logísticas. A
Logística 4.0 propõe um novo ciclo logístico, que atinge conectividade plena, traz benefícios
em termos de eficiência, agilidade, redução de custos e disponibilidade de informações, e
permite uma melhor tomada de decisões com base em dados para que, do fornecedor ao
cliente final, todos se beneficiem, além de aumentar a competitividade no mercado global.
Para se destacar no novo mercado, é necessário investir em novos recursos técnicos e aplicar
uma gestão inteligente de estoque para evitar perdas por grandes volumes de armazenamento
(ROSA, 2017).
Para a implantação deste conceito é necessário conectar toda a cadeia logística, utilizar
os meios digitais propostos pela Indústria 4.0 para criar um padrão único para cada empresa, e
formar uma rede aberta, eficiente e sustentável para garantir a interligação de todas as partes
relevantes. Um dos pilares da Indústria 4.0, a internet das coisas, é um dos conceitos que mais
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tem causado mudanças na logística, pois sua agilidade e facilidade de troca de informações
beneficiam não apenas as empresas, mas também os consumidores (CNI, 2016). Nesse
sentido, uma das partes mais importantes da cadeia de suprimentos é o fluxo de informações
(pedidos, suprimentos, movimentos de estoque). Nos últimos anos, o desenvolvimento da
tecnologia significou o gerenciamento técnico dessas informações, aprimorando o processo.
Benefícios como redução do consumo de matérias-primas e produtos acabados, redução dos
níveis de estoque, melhoria da agilidade do processo e melhoria na entrega, além de permitir
preços mais competitivos, também podem aumentar a satisfação do cliente, melhorar a
interpretação dos dados e obter vantagens de mercado (HOFFMAN e RUSCH, 2017).

Transporte, Movimentação de materiais.

Entregas com drones, para curtas distâncias. Entregas rápidas, segurança, capacidade
de encontrar mercadorias desaparecidas. Transporte Impressão 3D, imprimindo peças na hora
que surge o pedido. Diminuição do volume de estoque; maior durabilidade; reduz custos de
transporte e armazenagem. Armazenagem, manutenção do estoque. Software WMS (sistema
de gerenciamento de armazém), utiliza tecnologias de AIDC (do inglês, identificação
automática e captura de dados) e RFID (Identificação por Radiofrequência), como código de
barras, dispositivos móveis e redes locais sem fio para monitorar o fluxo de produtos, além do
momento de suprir o estoque.
Rápida identificação dos produtos; melhora utilização do espaço e reduz custos de
armazenagem e tempo de espera. Armazenagem, manutenção do estoque. Movimentação de
materiais; suprimentos. SRM (Gestão de Relacionamento com Fornecedores): um sistema
informatizado, armazenando informações detalhadas de cada fornecedor, analisando os
melhores desempenhos.
Ganho de qualidade de informação, garantindo uma base confiável com fornecedores,
reduzindo custos de aquisição. Suprimentos Softwares capazes de acompanhar o estoque ao
mesmo tempo em que é recebido o pedido, garantindo a disponibilidade do item. Ganho de
tempo e auxilia no menor prazo de entrega, evitando cancelamento de pedidos.
Processamento de pedidos
Processo de rastreabilidade automatizado em embalagens cartonadas, possuindo um
código que o consumidor pode fazer controle de sua qualidade, como origem, processamento.
Traz transparência e segurança ao consumidor.
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5. CADEIA DE SUPRIMENTOS MODERNA

Uma cadeia de suprimento engloba todos os estágios envolvidos, direta ou


indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia de suprimento não inclui
apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadoras, depósitos, varejistas e os
próprios clientes. Dentro de cada organização, com, por exemplo, de uma fábrica, a cadeia de
suprimento inclui todas as funções envolvidas no pedido do cliente, como desenvolvimento
de novos produtos, marketing, operações, distribuição, finanças e o serviço de atendimento ao
cliente, entre outras. Uma Cadeia de Suprimento é dinâmica e envolve um fluxo constante de
informações, produtos e recursos financeiros entre diferentes elos (formação entre
membros-chave, também chamado de Fases ou Estágios). Cada elo da cadeia de suprimento
interage com outros elos da cadeia. Considere como exemplo os seguintes estágios da cadeia
de suprimento de um determinado segmento de indústria.
A mecanização das atividades empresariais, especialmente dentro da indústria, já é
uma marca presente há bastante tempo na realidade dos negócios. Nesse sentido, a cadeia de
suprimentos tradicional, apesar de apresentar um alto grau da automação e sofisticação nos
dias atuais, ainda não está totalmente alinhada com os padrões 4.0.
Essa mudança de panorama entre o tradicional e o inovador, no entanto, chega como
um dos reflexos da transformação digital e da quarta revolução industrial. Nesse cenário, os
dados passaram a compor as estratégias das empresas e a serem vistos como ativos valiosos e
que, inclusive, poderiam conduzir grande parte das atividades, entregando ainda mais valor ao
consumidor final.
A cadeia de suprimentos 4.0 carrega em seu DNA uma forte inclinação com a ciência
de dados, além de uma forte tendência de interoperabilidade entre os agentes que a compõem,
apoiando-se em sistemas de gestão, softwares, machine learning, inteligência artificial, IoT e
tantos outros conceitos inovadores.
Todos esses modernos conceitos e metodologias, hoje, viabilizam a composição de
extensas cadeias de suprimentos, as quais são capazes de englobar agentes em diferentes
localidades, com diferentes características e portes, tudo de maneira ajustada ao perfil de
consumo dentro das lojas.
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Assim, por exemplo, leituras realizadas dentro dos PDVs formam uma base de
informação sólida, capaz de conduzir mais eficientemente todos os elos da cadeia de
suprimentos, evitando erros em produção, fornecimento, logística, transporte e distribuição,
os quais podem impactar negativamente o orçamento das empresas.
Os conceitos da Logística 4.0 podem ajudar profissionais da cadeia de suprimentos das
seguintes formas: Redução da perda de ativos; Conhecer os problemas dos produtos em
tempo para encontrar uma solução; Economia de custos de combustível; Otimizar rotas de
frota, monitorando as condições de tráfego; Garantia da estabilidade de temperatura;
Monitorar resfriamento que, de acordo com o Ministério da Agricultura dos Estados Unidos,
cerca de um terço dos alimentos perecem em trânsito a cada ano; Gerenciamento do estoque
do armazém; Monitorar inventários em situações de peças fora do estoque; Identificação da
visão do usuário; Sensores incorporados fornecem visibilidade sobre o comportamento do
cliente e uso do produto; Criação da eficiência de frotas; Reduzir as redundâncias.
● TIPOS
● Totalmente flexível: o foco é a entrega rápida para o cliente final. Usada em mercados
com consumidores com alta demanda e com baixa sensibilidade ao preço. Exemplo:
e-commerce de bens de consumo.
● Ágil: o objetivo é responder rapidamente a demandas pouco previsíveis. Usada em
mercados onde há baixa fidelidade dos clientes e que exigem entregas urgentes, mas
não aceitam preços muito elevados. Exemplo: fornecedor de insumos industriais
comoditizados (fertilizantes, lubrificantes etc.).
● Enxuta: foco em economia de escala e baixo custo. Usada em mercados B2B
competitivos, mas não acirrados, onde o preço é importante. Exemplo: fornecedores
de suprimentos de escritório.
● Reabastecimento contínuo: visa desenvolver a fidelidade dos clientes. Usada em
mercados onde as demandas são previsíveis. Exemplo: fornecedores de itens
alimentícios para restaurantes ou de bebidas para bares.
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● ETAPAS
● Produção: A produção está ligada às necessidades dos clientes, bem como à demanda
do mercado. Nesse aspecto, é preciso considerar quais produtos serão confeccionados
e quais serviços serão terceirizados. Isso é fundamental para garantir a satisfação do
cliente final.
● Fornecedor: Este ponto diz respeito ao local e à forma como os bens e serviços serão
produzidos, fatores que impactam na capacidade de produção dos fornecedores para
atender o que a empresa precisa, de maneira eficiente e econômica. Uma vez que isso
é definido, é preciso monitorar os prazos de entrega desses parceiros, a quantidade e a
qualidade dos materiais utilizados.
● Estoque: O planejamento do estoque é outra etapa crítica na cadeia de suprimentos. O
local de armazenamento e o tempo de permanência de cada item devem ser
considerados, especialmente se a empresa atuar com produtos perecíveis. As empresas
têm que encontrar o equilíbrio entre trabalhar com estoque excessivo ou sem nenhum
estoque sequer. Essa é uma consideração importante, pois, quando se trabalha com
um quantidade grande de produtos, os custos tendem a tornar-se mais altos para a
empresa. Em contrapartida, trabalhar com o estoque sempre no limite pode dificultar o
atendimento em momentos de alta demanda.

● Localização: A localização é onde está ou será instalada a fábrica. Para que a logística
reversa seja bem sucedida e o índice de satisfação do cliente seja maior, o ideal é
buscar por locais de fácil acesso e com alta demanda. Essa escolha envolve também a
busca por cidades ou estados que ofereçam incentivos fiscais e outras facilidades.
● Transporte: De nada adianta uma localização ideal se não se pode contar com uma
equipe de transporte de total confiança e capaz de garantir os prazos estipulados – seja
ela terceirizada ou não. Dessa forma, é preciso planejar não apenas o processo de
logística interna como também externa, tendo sempre em mente os custos elevados
que a logística reversa exige.
● Padronização: A padronização dos processos da cadeia de suprimentos pode fazer
muita diferença nos seus resultados. Ao optar pela padronização, é possível: reduzir
custos; aumentar a produtividade; minimizar desperdícios; adotar práticas mais
eficazes; exercer maior controle sobre os processos; garantir a eficiência de ponta a
ponta da cadeia.
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● Informação: A captação de dados e informações de todas as etapas da cadeia é um


passo essencial para promover melhorias constantes nos processos, reduzir custos e,
novamente, garantir a satisfação do cliente. Para isso, a troca de informações entre os
diferentes setores e agentes deve ser contínua e integrada. Este fator colabora até
mesmo para se trabalhar com um estoque mais reduzido e otimizado.
● Automatização: E que tal utilizar a tecnologia a seu favor? Por meio da automatização
de processos, você também consegue reduzir custos e aumentar a produtividade das
suas equipes. Isso porque, em vez de dedicar mão de obra para tarefas repetitivas ,
você automatiza tais tarefas e aloca a força de trabalho para atividades que agregam
mais valor ao seu produto. Além disso, a automatização ajuda a evitar falhas humanas
e retrabalhos.
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6. SOFTWARES E INOVAÇÕES MAIS UTILIZADOS NA


LOGÍSTICA

WMS é a sigla para Warehouse Management System, uma solução digital (software ou
aplicativo) que integra processos, automatiza tarefas e ajuda na gestão da logística de uma
empresa. É aplicado em armazéns e centros de distribuição. É uma ferramenta que representa
a inovação na operação logística das empresas, algo já visto como essencial para 75% dos
líderes da indústria, de acordo com estudo da Deloitte. Não é à toa que, conforme a Logistics
Management identificou em 2018, sistemas WMS já eram realidade em 90% das empresas.

O sistema proporciona tamanha eficiência pois centraliza o controle e a operação de


diversos processos. Dessa forma, atividades que antes eram difundidas entre vários
funcionários e ocorriam sem controle adequado, ficam registrados e monitorados no sistema.
Uma empresa com um sistema WMS possui acesso aos dados em tempo real, que atualiza
acerca do status do uso de prateleiras e da quantidade de mercadorias. Os dados são coletados
a partir de alguma tecnologia de rastreio (RFID, código de barras, QR Code, etc) que
identifica cada tipo de produto e as prateleiras ou espaços de armazenagem. A cada entrada ou
baixa, os operários utilizam um equipamento que lê a tecnologia e, por meio de WiFi ou redes
móveis, atualiza o sistema em tempo real. Assim, o WMS é automaticamente atualizado e cria
relatórios assertivos informando as condições do estoque, com a classificação que for
necessária. Além disso, por meio do WMS a equipe pode verificar os espaços vagos nas
prateleiras, ordenando de forma mais ágil o trabalho de armazenagem. E nas ocasiões de
venda, o sistema automaticamente aponta o local onde o produto deve ser retirado.Alguns
sistemas ainda podem contar com outra etapa de atualização: de chegada ao destinatário,
completando o ciclo de venda

WMS atua de ponta a ponta no processo logístico da empresa, incorporando o fator


tecnologia a cada atividade. Assim, pode mudar totalmente a rotina do centro de distribuição
ou armazém.
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Nos resultados, seus impactos são muitos, como:

● Melhora na performance;
● Aumento da lucratividade;
● Indicadores com informações da empresa;
● Simulação de diferentes cenários;
● Visão estratégica com planejamento dos negócios,
● Mapeamento das atividades das empresas.

E na prática, as funcionalidades do WMS são muitas. Abaixo, separamos algumas das


principais para você entender como e onde utilizar o sistema.

● Mapeamento por picking: Essa função consegue analisar e separar as


mercadorias por endereço de picking (preparação de pedidos para expedição), comparando as
movimentações diárias com a capacidade máxima de cada mapeamento. O sistema permite
planejar as ações do negócio se baseando em simulações de possíveis cenários. Dessa forma,
o gestor consegue, por exemplo, visualizar um cenário em que a loja cresça, com a projeção
das separações de picking por período e sazonalidade.
● Solicitações por picking: As movimentações no estoque acontecem sempre
pela procura de produtos. Quando a empresa compra um produto, ele fica no estoque até a
venda ser efetuada. Nessa etapa, o operador recebe uma solicitação de carga e entrega. Por
não ter controle sobre todas as fases desse processo, porém, não consegue se organizar. Com o
uso de um WMS, a empresa obtém a análise de um determinado período e a indicação do
melhor mapeamento do seu endereço de picking. Por exemplo, o sistema pode sugerir
melhorias para uma grande movimentação de caixas em que o endereço do produto está
inadequado. Em quesito de eficiência de gestão, acabar com esse gargalo é um diferencial
competitivo em relação à concorrência.
● Curva ABC : Um dos pontos mais importantes da operação, essa análise
melhora as regras de movimentação no estoque segundo a classificação do produto, cuja
atualização é automática. Também é possível identificar a sazonalidade de acordo com o
artigo e o período. O objetivo aqui é definir que itens devem estar mais perto das áreas de
embarque para que a movimentação seja rápida, evitando desperdício de recursos e mão de
obra.
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● Visões em tela única: O WMS oferece uma tela de análise gerencial, que
aponta uma variedade de dados, como por exemplo:
● Movimentações internas dos itens;
● Expedição;
● Recebimento;
● Documentos movimentados;
● Visualização por período,
● Áreas de estoque que precisam de novos recursos.

● Gerenciamento: Todas essas funcionalidades só funcionam se os recursos de


gerenciamento forem realmente abrangentes e significativos. É preciso que o sistema WMS
ofereça mais do que o poder de visualizar fluxos, mas de alterá-los quando necessário. Assim,
é possível gerenciar todo o armazém e centro de distribuição, ajustando processos conforme a
necessidade e causando impactos positivos e rastreáveis com essas ações.
● Produção: Com o WMS, é possível compreender a fundo qual a
disponibilidade dos produtos e mesmo insumos. Assim, ele facilita o planejamento produtivo
do dia, semana ou mês, adiantando as demandas com base em dados reais.
● Expedição: Buscando tornar o envio de itens aos clientes mais eficiente, rápido
e bem administrado? O WMS possibilita maior organização na separação de itens para o
despacho, o que adianta todo processo de expedição e traz ganhos de produtividade a sua
empresa.
● Armazenamento: Compreender o espaço físico e a disponibilidade de
prateleiras de um armazém ou centro de distribuição é uma tarefa um tanto difícil, já
percebeu? Uma das vantagens de utilizar o WMS é que o sistema facilita e agiliza essa etapa,
indicando com assertividade os espaços disponíveis para armazenamento de novas
mercadorias.

O objetivo dessas plataformas é permitir um acompanhamento rápido e transparente


das unidades armazenadas, evitando operar em escassez ou excesso. Por isso, os softwares de
controle são necessários na logística de todas as esferas da economia. apresentamos, aqui, os
benefícios dos sistemas de gerenciamento e esclarecemos sobre a implantação dessa
tecnologia.
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1. Conta Azul: Sistema de Controle de Estoque ContaAzul, que é totalmente online.


Com recursos de alimentação automática de estoque, ele permite que, de forma intuitiva, se
insira a compra de mercadorias, se realizem inventários e se cadastrem produtos.

2. Linx : A Linx está entre as maiores empresas de tecnologia no Brasil. Seu maior
diferencial é o desenvolvimento de soluções para absolutamente todo o mercado, cobrindo
desde os pequenos até os maiores negócios do país.

3. Totvs: O seu ERP é 100% na nuvem e tem a proposta de evoluir com o cliente,
eliminando problemas que são comuns em ferramentas antigas. Por ter uma abordagem
ampla, a Totvs também oferece uma gama completa de ferramentas voltadas ao setor
logístico, com soluções capazes de simplificar demandas de manutenção, entrega, gestão
fiscal, gestão financeira e muito mais.

4. SAP: Essa empresa alemã é uma das gigantes mundiais em soluções tecnológicas.
Com estrutura na nuvem e recursos que permitem uma visão global do negócio, o seu ERP
procura implementar processos mais eficazes e produtivos.

5. Lexos: De interface amigável e intuitiva, trata-se de um software bem completo,


reunindo vendas, compras e demais informações necessárias para a gestão.

6. CEST: O CEST é um sistema que se concentra na usabilidade em detrimento da


estética. Por isso, assim como a solução anterior, apresenta uma aparência mais antiga e
robusta, sobretudo se o compararmos com os softwares da Totvs, Linx e Conta Azul.

7. Sage: O sistema conta com amplo número de funcionalidades, facilitando a


integração e configuração de balanças, a impressão e leitura de etiquetas, rastreamento dos
itens por código, notificações de quantidades mínimas e máximas, etc.
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CONCLUSÃO

Em um mercado cada vez mais competitivo, o comércio varejista precisa,

constantemente, ser mais eficiente e mostrar o seu valor para o cliente. Como vimos, a

tecnologia já permite acompanhar os processos de produção com mais proximidade, ajudando

na análise de dados e prevenção de erros.

As fronteiras geográficas estão desaparecendo aos poucos e as empresas precisam se

preparar para levar seus produtos à maior quantidade possível de lugares, com agilidade e

gastando pouco.

Mas a importância da logística não para por aí! Além de viabilizar nosso acesso a tudo
isso, também visa garantir um serviço de melhor qualidade, exercendo impacto direto em
nossa experiência de compra enquanto consumidores.

Por exemplo, quando o custo de armazenamento ou transporte de determinada


matéria-prima é muito elevado, o valor de produção também é impactado, e isso reflete
diretamente no preço que o consumidor final terá de pagar pelo produto.

É justamente aí que entra a importância da logística e sua busca incessante por


melhorias nos processos. é válido pensar em formas de baratear o custo de armazenamento e
otimizar o transporte por meio de uma roteirização mais eficiente, gerando a redução de
custos desejada.

A logística foi tratada como uma etapa essencial para este novo processo construtivo.A
proposta logística apresentada procurou dar suporte às demais etapas construtivas, buscando
sincronização de todas as etapas. Dessa forma. a determinação do ganho de produtividade
gerado pela logística está vinculado ao ganho de produtividade da obra, Não é possível
determinar os ganho de produtividade sem analisar o processo como um todo
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