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MÓDULO 1
INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
1
Globalização da Economia e sua repercussão nos Transportes e na Logística
As economías dos países ricos, (que já esgotaram todos ou parte dos seus recursos
naturais mas que dispõem de meios financeiros, tecnológicos e humanos capazes de
aproveitar as riquezas naturais mediante a sua transformação), importam as referidas matérias
2 primas, processam-as para consumo próprio e para exportação sob a forma de produto
acabado.
2/9/2017
4 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
PROCESSAMENTO DO PEDIDO
TRANSPORTE
STOCK
LOCALIZAÇÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À LOGÍSTICA
MODOS DE TRANSPORTE
5 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
PROCESSAMENTO DO PEDIDO
TRANSPORTE
STOCK
LOCALIZAÇÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À LOGÍSTICA
MODOS DE TRANSPORTE
6 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
Desde a introdução das empresas, sobretudo as empresas
industriais, muito foi investido na melhoria das linhas de
produção por meio de automação de processos, de
organização de métodos, de novos equipamentos, dentre
outras soluções.
Porém as empresas começaram a notar que após tantas
melhorias no processo de produção podia ser percebido, em
face da excelência do processo produtivo que as empresas
conseguiram alcançar, que muito pouco poderia ser ganho
tentando melhorar a linha de produção.
7 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
Foi neste instante que as empresas perceberam que muitos
dos seus custos não se encontravam nas linhas de produção,
mas sim, em algum lugar fora delas.
A busca por esta melhoria fora das linhas de produção levou
a criação de um novo campo de estudo denominado
Logística.
Na Logística, após vários estudos percebeu-se que os custos
para transportar as matérias primas e os produtos acabados
e para manter os stocks de matérias primas e de produtos
acabados estavam na ordem de 30% a 60% do preço do
produto final, dependendo da venda ser comércio interno e
comércio internacional, respectivamente.
8 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
LOGÍSTICA
Por este motivo, começou uma corrida pelo aumento
da eficiência do sistema de transportes e de stocks
visando a redução dos altos custos envolvidos
nestas operações.
Nesta visão, surge uma necessidade muito grande
de interação entre a empresa produtora, os
fornecedores e os clientes, gerando desta forma
uma integração entre estes três actores.
9 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Definição de LOGÍSTICA
LOGÍSTICA
Pode-se ainda dividir a logística conforme suas aplicações,
dentre estas divisões, destacam-se:
1. Logística Reversa;
2. Logística de Serviços.
Importância da Logística
A logística só tem razão de existir porque ela gera
valor para os clientes, para os fornecedores e para os
accionistas da empresa.
Um negócio, de maneira geral, gera quatro tipos de
valor:
1. Forma;
2. Tempo;
3. Lugar;
4. Posse.
16 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Importância da Logística
O valor Forma é gerado pela produção, pela fábrica.
Os valores Tempo e Lugar são controlados pela
logística, respectivamente, pelo stock e pelo
transporte.
O valor Posse é gerado marketing e finanças que
facilitam a transferência da posse para o
consumidor.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
17 A Logística controla metade das oportunidades de se agregar valor
a um produto, que são Tempo + Lugar.
Todos os produtos só possuem valor caso estejam com o cliente quando
(tempo) e onde (lugar) ele necessita do produto.
Para deslocar o produto da indústria até o local que o cliente necessita,
a logística utiliza diversos modos de Transportes para agregar o valor
Lugar.
Para atender no prazo contratado pelo cliente, a logística vale-se de
stocks bem distribuídos na sua região de actuação, para agilizar o
processo de entrega.
Assim a manutenção de stocks responde pelo valor Tempo
Para a grande maioria das pessoas, não tem valor o jornal da semana
anterior, pois não mais as interessam aquelas informações.
Já para um pesquisador, um jornal antigo pode ter muito valor.
18 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
O Nível de serviço é um conceito de marketing muito
importante e de fundamental importância para a gestão
da Logística.
Nível de serviço pode ser definido como sendo a
qualidade (prazo combinado/atendido, confiabilidade,
integridade da carga, atendimento, etc..) na óptica do
cliente.
Portanto, a primeira informação contratual que deve ser
estabelecida com o cliente é qual o nível de serviço que
o cliente deseja comprar.
Às vezes face à necessidade de um “Nível de Serviço”
melhor solicitado pelo cliente, ele pode aceitar pagar um
preço maior.
19 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
O Nível de Serviço determina o mercado que a
empresa deseja atuar, ou seja, uma empresa pode
optar por trabalhar com qualidade inferior de
produtos ou serviços, conquanto tenham
compradores a pagar menos por produtos de baixa
qualidade.
Por exemplo, um cliente pode optar por um Nissan
Micra ou pode optar por comprar um carro Mercedes
série 500.
O segundo, obviamente, é muito mais caro, mas
oferece um Nível de Serviço muito melhor.
20 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Atenção deve ser dada que existe mercado para
ambos com margens de lucro diferenciadas.
A principal questão é que a empresa deve escolher
o seu nicho de mercado e, a partir deste, deve
estabelecer o nível de serviço que irá oferecer.
Uma empresa não deve, via de regra, oferecer
produtos de Nível de Serviço muito diferentes, pois
isto gera confusão no cliente em relação à imagem
da empresa no mercado, (posicionamento do brand na
percepção do consumidor).
21 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Outra questão importante é que o Nível de Serviço deve
ser estabelecido em contrato antes de se iniciar qualquer
actividade, principalmente as actividades logísticas.
Portanto, para se definir o Nível de Serviço, devem-se
definir todos os itens de controle para avaliação.
Além disso, devem ser estabelecidos os parâmetros
máximo e mínimo que cada item de controle deve atingir
para estar dentro da qualidade contratada.
Um fator muito importante: o Nível de Serviço deve ser
estabelecido de tal forma que ele possa ser
numericamente mensurável não deixando margens a
discussão.
22 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
CORRECTO INCORRECTO
Deve ser entregue no dia 28/02/2017 Deve ser entregue
às rápido
09:00 no armazém de Marracuene,
endereço …
Nível de Serviço
Desta forma, pode-se entender que a qualidade do
serviço logístico pode ser vista como sendo o
cumprimento de todos os itens de controle do Nível de
Serviço estabelecidos em contrato.
Uma questão importante, a empresa prestadora do
serviço logístico não deve a pretexto de fidelizar o cliente
realizar um nível de serviço acima do estipulado em
contrato por duas razões principais:
1. Perda de potencial receita;
2. Prejudicar o próprio cliente.
24 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Primeiramente, se o cliente contratou um serviço numa
qualidade, entende-se que ele aceita pagar por aquele nível
de serviço e este lhe basta.
Se quisesse mais qualidade iria negociar de novo e a
empresa prestadora de serviço poderia auferir mais receitas,
cobrando mais um pouco por um serviço de melhor
qualidade, caso ela também pudesse oferecer.
25 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
No segundo caso, no intuito da empresa prestadora de serviço
oferecer um serviço melhor, por exemplo, entregar antes da data
combinada, pode-se transformar em um transtorno para o cliente,
pois ele pode não estar preparado para recebê-lo antes do prazo
combinado, não tendo área de stockagem, não tendo
equipamentos e pessoal, entre outras.
Assim, uma vez estabelecido o Nível de Serviço, ele é o item vital
para ser mensurado e alcançado em logística, nem menos, nem
mais do que o combinado, mas exatamente o combinado.
Portanto, uma empresa de logística tem qualidade no serviço
logístico quando cumpre integralmente o nível de serviço
contratado, nem mais, nem menos.
26 LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
Nível de Serviço
Para se estabelecer o Nível de Serviço
são preconizadas três etapas:
1. Pré-Transação;
2. Transação;
3. Pós-Transação.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
27
Nível de Serviço
Na etapa de Pré-Transação ocorre a negociação, o
estabelecimento do Nível de Serviço contratado, tudo posto de
maneira formal e por escrito.
Na etapa de Transação é que o processo logístico realmente se
realiza. Para tanto, é preciso administrar os níveis de stock,
administrar prazos, administrar o transporte, caso tenha sido
contratado, deve ocorrer o rastreamento do produto (tracing)e
por fim dispor de informações atualizadas de todo o processo
logístico.
Por fim, na etapa de Pós-Transação devem ser observadas as
garantias, reparações e peças de reposição que foram
contratadas.
Muitos serviços logísticos são contratados com a montagem do
equipamento na empresa do cliente, que é realizada nesta
etapa.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
28
Nível de Serviço
É nesta etapa que ocorre o atendimento a
queixas e reclamações do cliente, bem
como, o que deve ser sempre feito, uma
pesquisa de satisfação do cliente para
verificar se tudo que foi combinado está a
contento e se pode haver melhorias e
mudanças no contrato que possam ser
melhores para ambas as partes ou, até
mesmo, descobrir um novo serviço que
pode ser prestado.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
29
Actividades da Logística
As actividades da logística podem ser
definidas com base na função que elas
exercem na logística.
Basicamente têm-se três actividades na
logística e destas várias outras acontecem.
1. Gestão do Processamento do Pedido;
2. Gestão de Transporte;
3. Gestão de Stock.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
30
Actividades da Logística
Pode ser visto de maneira esquemática na
Figura seguinte na que as atividades da
logística são estabelecidas com base no Nível
de Serviço, por isso ele se encontra no centro
da figura.
Pode-se perceber que tudo se inicia no centro,
ou seja, no Nível de Serviço, depois as
actividades da logística são estabelecidas.
Cada uma das três atividades da logística
demanda uma ou mais atividades
complementares.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
31
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
32
Actividades da Logística
ON TIME 1 1 0 0 1
No prazo No prazo Fora do Fora do No prazo
prazo prazo
IN FULL 0 1 1 0 0
Fora da Dentro da Dentro da Fora da Fora da
qualidade qualidade qualidade qualidade qualidade
OTIF POR 0 1 0 0 0
PEDIDO
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
98 Controle no Processo Logístico: OTIF (On time in full).
Com base na Tabela do slide anterior calcula-se o OTIF da
empresa da seguinte forma:
OTIF da empresa = Número de OTIF por pedido perfeito /
Número de pedidos, ou seja, OTIF da empresa = 1 / 5= 0,20.
Um número muito baixo de operações perfeitas, somente
20%.
Pode-se analisar e perceber se a empresa está errando mais
em entregar fora do prazo ou se está errando mais em não
entregar o pedido conforme o combinado (quantidade e
qualidade).
No exemplo citado a empresa errou mais por entregar fora do
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
99 Características do Produto
Os produtos possuem certas características que
impactam diretamente na gestão da logística.
Como características principais dos produtos, destacam-
se:
1. Peso;
2. Volume;
3. Relação Peso/Volume;
4. Valor;
5. Grau de Substituição;
6. Grau de Risco.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
100 Características do Produto
Relação peso/volume
O peso e o volume são características importantes do
produto, sobretudo, quando olhados na totalidade da
carga a ser movimentada.
No entanto, muito mais importante do que estes valores é
a relação entre eles.
A Relação Peso/Volume pode ser interpretada como o
Peso Específico. Representa, de forma simples e na
visão operacional da logística, a quantidade de peso que
é possível carregar em uma unidade de volume.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
101 Características do Produto
Relação peso/volume
Desta forma, é usual expressar o Peso Específico em
toneladas/m 3.
Em termos logísticos esta medida é uma das importantes
para se dimensionar a capacidade de transporte e
armazenagem de cargas, sobretudo, de cargas a granel.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
102 Características do Produto
Relação peso/volume
Outra situação específica da logística é que certos
produtos lotam o veículo por peso, mas não lotam por
volume, ou vice-versa.
Por exemplo, o produto gusa que tem peso específico
muito alto, usualmente, quando carregado no porão do
navio só pode ser carregado até a metade do volume,
pois, caso contrario, excederia a capacidade de carga do
navio.
No transporte em contentor é comum que os
transportadores adotarem uma tabela denominada
w/m(weight/measurement).
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
103 Características do Produto
Relação peso/volume
Ou seja, o transportador adota uma tabela com valor pelo
peso transportado e uma outra em função das medidas
da mercadoria (volume).
Assim, quando se solicita o preço do frete, calcula-se o
preço baseado na tabela de peso e preço pela tabela de
volume do produto, o que der o maior valor, será o valor a
ser cobrado.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
104 Características do Produto:
Valor
O valor do produto tem uma importância grande para a
logística primeiramente porque o custo de seguro em
todas as etapas é onerado, tendo em vista os mesmos
serem cobrados sobre o valor.
Além do valor que está sendo analisado, o seguro é
afectado pelo risco da carga.
Outro ponto importante é que muito dos preços cobrados
na armazenagem são calculados não só em função da
área ocupada, como também, em função do valor da
mercadoria.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
105 Características do Produto: Grau de Substituição
O Grau de Substituição, também conhecido como
Substituibilidade, é medido como sendo a percepção da
qualidade do produto em relação ao seu preço.
Quando o cliente não consegue perceber diferença de
qualidade do produto analisado em relação ao outro que
justifique a diferença de preço entre ambos, ele opta pelo
de menor preço.
Muitos produtos são suscetíveis às campanhas de
marketing, as demandas podem variar muito de região
para região em função das campanhas promocionais,
dificultando o papel da logística que tem que trabalhar
com alto grau de incerteza.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
106 Características do Produto:
Grau de Risco
O Grau de Risco representa o grau de possibilidade da
carga movimentada pela logística ser extraviada ou se
deteriorar.
O risco pode ser dividido em cinco tipos:
1. Roubo;
2. Inflamável;
3. Explosão;
4. Combustão espontânea;
5. Perecível.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
107 Características do Produto:
Grau de risco-Roubo
No caso de Roubo, principalmente no transporte
rodoviário, o índice de roubos a veículos de carga vem
aumentado sistematicamente sem nenhuma sinalização
de melhoria.
No transporte ferroviário e marítimo estes números não
são tão expressivos.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
108 Características do Produto:
Grau de risco-Combustão espontânea
Na Combustão espontânea, existem produtos que
conforme a temperatura ambiente e o tempo de
armazenamento podem entrar em combustão
instantaneamente.
Como exemplos, citam-se:
carvão mineral;
algodão,
outros.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
109 Ciclo de Vida do Produto:
Reincidente
todo ano no mesmo período ocorre o aumento de
consumo; Natal, Fertilizantes, Cerveja, água engarrafada,
etc.
Esporádica
copa do mundo, olimpíada, eleição (camisetas, santinhos,
etc.)
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
141 Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Para os produtos de Demanda Sazonal Reincidente, os
estoques podem ser vistos de 3 formas:
1. Formados na época de baixo consumo visando
“desová-lo” na época de alto consumo (mantendo assim
a produção constante);
2. Serem zerados e a produção parar também na época
de baixo consumo, retomando a produção na época de
alto consumo;
3. Outro produto, também sazonal, é produzido na época
de baixa do produto e depois ele pára para voltar ao
produto original.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
142 Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Demanda Sazonal Esporádica
Para os produtos de Demanda Sazonal Esporádica a
situação é mais complexa, pois uma vez terminado o
evento, o produto perde praticamente todo o valor de
venda e transforma-se em stock morto, ou seja, sem fins
comerciais.
Neste caso, a logística deve ficar atenta para que não
haja a formação de stock e suficientemente ágil para
distribuir o stock de forma eficiente para atender a todas
as necessidades em prazos razoavelmente curtos.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
143 Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Demanda Irregular
Na Demanda Irregular, os produtos possuem um
mercado onde não existe nenhuma ou muito pouca,
previsibilidade da demanda no mercado.
Nesta situação, a logística fica sem muita margem para
um planeamento de longo prazo, tendo que se adaptar a
todo o momento aos sabores da demanda do mercado.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
144 Demanda Irregular
Neste caso, para definição do stock, a logística deve
trabalhar com seu instinto e conhecimento do mercado,
ocorrendo, então, duas situações:
1. Alto stock “apostando” no incremento da demanda,
correndo o risco de ter o seu stock “encalhado”;
2. Baixo stock “apostando” no declínio da demanda,
correndo o risco de haver “Perda de Venda” por não ter
ressuprimento a tempo.
A “mágica” da logística é fazer a “aposta” certa na
demanda e isto só ocorre com profissionais bastante
qualificados e conhecedores do mercado.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
145 Demanda em Declínio
Conforme visto em seção anterior, o produto passa por
quatro etapas durante sua vida: introdução, crescimento,
maturidade, e declínio.
A Demanda em Declínio ocorre quando o produto está na
etapa de Declínio. Quando o produto está em declínio
pode-se ter uma previsão de quando não será mais
possível colocar o produto no mercado.
O stock neste caso deve acompanhar a curva de declínio
e ir diminuindo gradativamente o seu tamanho para não
ter grandes quantidades que deverão ser liquidadas
posteriormente a preços muito baixos ou gerar stock
obsoleto ou morto (monos).
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
146 Comportamento da Demanda e seu impacto na logística
Demanda em Declínio
Outra função da logística é ao diminuir a logística do
produto em declínio tentar transferi-la para outro produto
que esteja em crescimento no mercado.
Produtos que possuem um mercado derivado de outro
mercado (fertilizante em relação a área plantada,
autopeças em relação a produção de automóveis).
O stock nesse caso é calculado em função da demanda
do produto principal e pode ser classificado em um dos
outros tipos de demanda, dependendo da demanda do
produto principal.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
147 1. SKU “single keeping unit”
SKU é uma sigla em inglês da frase “single keeping
unit” que representa a forma como a empresa irá gerir
seu stock em termos de unidades movimentadas.
Um supermercado pode controlar o stock pela quantidade
de tubos de pasta de dentes que ele movimenta.
Neste caso, o SKU é igual a um tubo de pasta de dentes.
Um atacadista pode controlar o stock por caixas de tubos
de pasta de dente, com vinte unidades dentro da caixa.
Neste caso, o SKU é igual a uma caixa de tubos de pasta
de dentes
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
148 2. Perda de Venda.
A Perda de Venda ocorre quando o usuário vai até o
ponto de venda para comprar certo produto, mas ao
chegar ao ponto de venda ele percebe que o referido
produto acabou.
Como a necessidade dele é, geralmente, grande, ele opta
por comprar outro produto similar.
A Perda de Venda ocorre, pois a empresa deixou de
vender aquele produto. Mas o maior problema é ter dado
a oportunidade o usuário experimentar o produto do
concorrente e, se, eventualmente, ele gostar mais, ele
deixa de adquirir permanentemente o nosso produto e
passa a comprar o novo produto da concorrência.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
149 Planeamento da logística
O planeamento da logística visa definir, baseado no Nível
de Serviço,
os modos de transporte a serem utilizados,
a rede de distribuição e suprimento,
os níveis de stock,
os modelos, tamanhos e quantidade de armazéns
e a localização física das instalações
fábrica,
armazéns
e garagens.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
150 Planeamento da logística
Para elaborar um planeamento logístico devem ser
levantados alguns parâmetros básicos e essenciais para
um planeamento o mais acertado com a realidade futura
do mercado e da empresa.
Dentre os principais parâmetros utilizados, citam-se os
seguintes:
Nível de Serviço,
demanda,
características do produto,
opções de modais de transporte,
estabilidade político-económica.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
151 Nível de Serviço
O Nível de Serviço é um dos factores que podem
determinar a demanda.
Porque o Nível de Serviço determina o nicho de mercado
em que a empresa actua e pode influenciar a demanda.
Além disso, para patamares mais altos de Nível de
Serviço, há uma tendência de aumento dos custos dos
serviços logísticos.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
152 A demanda projectada do produto em certo Nível de
Serviço no futuro é, sem dúvida, o principal parâmetro
para qualquer projeto logístico.
No entanto, em muitos produtos, principalmente no varejo
estimar a demanda é algo extremamente complexo em
face das inúmeras variáveis e do grau de incerteza delas.
Sem o cálculo da demanda, em quantidade e local que
ele ocorrerá, pode-se dizer que é impraticável elaborar
um planeamento de logística.
As características do produto influenciam todas as
decisões de transporte e de armazenagem, além de
questões de risco que podem elevar os custos logísticos.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
153 Opções de modais
As opções de modais disponíveis são muito
importantes, pois com base nelas pode-se escolher um
ou mais opções de transporte.
Tendo mais de uma opção de modal de transporte, pode-
se decidir, até, por uma operação intermodal.
Além disso, podem ser previstos novos investimentos em
ferrovia, porto, armazém e outras facilidades logísticas.
A estabilidade político-económica de um país é um fator
muito importante, pois ela determina os riscos dos
investimentos e as oscilações de demanda.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
154 Opções de modais
Os países com alto grau de instabilidade político-
económica praticamente inviabilizam planeamentos de
médio e longo prazo com algum de grau de precisão.
Estes planeamentos são feitos somente como uma
análise e visão do que pode vir a acontecer sem valores
financeiros e sem quantitativos, somente com estimativas
de valores e a sentimento.
LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES
155 Objectivos do planeamento logístico