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GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS

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Sumário

NOSSA HISTÓRIA 2

INTRODUÇÃO 3

Uma breve história de Gestão de Custos Logísticos 5

Conceito de Gestão de Custos Logísticos 8

A importância da Gestão de Custos Logísticos 12

Medir Custos Logísticos – um desafio de Gestão Logística 16

Custos Logísticos: Elementos Físicos e Macroprocessos 16

Custos dos Elementos / Operações Físicas de Logística 18

Embalagens e Dispositivos de Movimentação 18

Custos com Manuseio / Movimentação de Materiais e outras operações


logísticas de suporte à fabricação 19

Custos associados aos estoques 24

Custos da Logística de Abastecimento 25

Custos da Logística de Planta 29

Custos da Logística de Distribuição 31

Custos de Manutenção de Inventários (Estocagem) 32

Custos de Tecnologia de Informação e Processamento de Pedidos 33

Custos Tributários 33

Custos Decorrentes do Nível de Serviço e Falhas Logísticas 33

Custos na distribuição 35

Mensuração do Sistema Logístico 40

CONCLUSÃO 44

REFERENCIAS 46

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

A Logística é uma atividade que tem origem remota. O estrategista militar,


muito antes dos executivos tomarem consciência da real dimensão da Logística no
meio empresarial, a utilizava para movimentar exércitos, travar batalhas e alcançar
vitórias.

Após o período da Segunda Grande Guerra, com a evolução conseguida pela


vertente militar e do posterior boom do marketing, foi publicado em 1962 o artigo de
Peter Drucker “The Economy´s Dark Continent” citado pela Sociedade Portuguesa de
Inovação (2003), em que o autor considerou a Logística como “a face obscura da
economia, verdadeiro território por explorar e a última fronteira da gestão”.

Logística é um conceito em constante evolução, atrelado à busca de ganhos


de competitividade e níveis de custos reduzidos, em função do desafio global e da
necessidade de agir de modo rápido frente às alterações ambientais. Até há pouco
tempo era, essencialmente, associada a transporte e armazenagem, passando a ser
combinada, também, com outras atividades, tais como: Marketing, Suprimentos e
Atendimento ao Cliente.

Era uma atividade considerada como função de apoio, não vital ao sucesso
dos negócios e, em uma velocidade impressionante, esta percepção vem sendo
alterada em direção ao reconhecimento da Logística como elemento estratégico. Ao
longo dos anos, vários estudos foram realizados para determinar a relevância dos
custos logísticos, em relação à economia como um todo e às empresas individuais.
Em seu 12th Annual State of Logistics, Wilson e Delaney (2003), consultores da Cass
Information Systems Inc., que acompanham os custos logísticos americanos desde
1973, apresentam que os custos logísticos americanos caíram de 16,1% do Produto
Interno Bruto - PIB, em 1980, para 9,5% em 2001. Na Gazeta Mercantil Latino
Americana (2001), Carlos Schad, Diretor da Agência de Desenvolvimento Tietê-
Paraná - ADTP, comentou que, no Brasil, os investimentos em Logística crescem, em
média, 20,0% ao ano desde 1996. Conforme revelam estudos realizados pela ADTP
- publicados no referido jornal, a Logística movimenta US$ 105 bilhões por ano no

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Brasil, o que corresponde a cerca de 18,0% do PIB nacional. Neste artigo, estão
sendo chamados de custos logísticos, o que a Teoria da Contabilidade segrega em
custos e despesas.

Os custos logísticos, segundo o Institute of Management Accountants - IMA


(1992), em um statement sobre o gerenciamento de custos logísticos são “os custos
de planejar, implementar e controlar todo o inventário de entrada (inbound), em
processo e de saída (outbound), desde o ponto de origem até o ponto de consumo”.

Esta conceituação considera os custos logísticos como aqueles em que a


empresa incorre ao longo do fluxo de materiais e bens, dos fornecedores à fabricação
(Logística de Abastecimento), nos processos de produção (Logística de Planta) e na
entrega ao cliente, incluindo o serviço pós-venda (Logística de Distribuição),
buscando a minimização (ou otimização) dos custos envolvidos e, garantindo a
melhoria dos níveis de serviço aos clientes. A tomada de decisões logísticas oferece
variadas possibilidades para otimizar os resultados econômicos da empresa.

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Uma breve história de Gestão de Custos Logísticos

Diante de um cenário onde a concorrência se mostra cada vez mais acirrada,


a conquista de um diferencial competitivo passa a ser essencial para a consolidação
de uma organização no mercado e para a conquista de um melhor market share.

Os cuidados com os custos das atividades são fundamentais no


gerenciamento da empresa, pois baseando-se neles se tomam decisões sobre
precificação, mix de produtos e gestão estratégica (HORNGREEN; DATAR;
FOSTER, 2007). Dessa forma, estando a par da importância de uma correta gestão
dos custos empresariais, a apuração e gestão dos custos logísticos podem ser
tratadas como diferenciais competitivos da organização.

De acordo com Dornier et. al. (2000), a logística se orienta basicamente para
a otimização dos custos e maximização dos serviços oferecidos pelas empresas, por
meio da responsabilidade de planejar e controlar de forma eficiente o fluxo e
armazenagem de bens e serviços desde o ponto de origem até o ponto de consumo
(BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007). Neste contexto, este produto é apontado
como fator fundamental na determinação da estrutura de custos das companhias e,
por conseguinte, na competitividade das mesmas (FREGNANI; FERREIRA;
GRIEBELER, 2009).

O crescimento das vendas via comércio eletrônico, por exemplo, exige das
empresas uma maior preocupação com a questão logística, sendo que o processo
logístico deve atender as exigências e necessidades dos clientes que buscam
menores prazos, melhor atendimento, maior qualidade do produto e baixo custo. A
análise logística e de seus custos é extremamente importante no momento do estudo
de alternativas que propiciem maior capacidade de otimização dos resultados da
empresa (FARIA; COSTA, 2012).

Embora a relevância do assunto no meio corporativo, exemplificado pelo


esforço das empresas em buscar a contínua melhoria das atividades logísticas, as
pesquisas científicas que abordem os custos logísticos ainda são bastante incipientes
no âmbito brasileiro, especialmente na área contábil.

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A utilização sistemática dos fatores tecnológicos e a aplicação de metodologias
gerenciais de qualidade têm contribuído para a evolução das organizações e de seus
sistemas de gestão. A redução dos recursos humanos nos setores operacionais em
ambientes de manufatura avançada tem aumentado os custos intangíveis ou
indiretos, em função do alto grau tecnológico das máquinas e equipamentos utilizados
na produção.

Para lidar com tal situação emergente, as entidades buscam desenvolver e


implementar sistemas de custeio aos quais possam viabilizar e apoiar a tomada de
decisão com base numa realidade aproximada da existência de custos importantes,
os quais nem sempre são dimensionados e medidos precisamente, e por vezes,
despercebidos em razão da indisponibilidade de mecanismos adequados e
conhecimento técnico aplicados à mensuração eficiente desses, necessária para o
estabelecimento do custeio final dos produtos.

A demanda puxada pelo cliente final e os novos arranjos produtivos exigem


das organizações instrumentos eficazes para custeamento dos produtos acabados,
uma vez que os processos avançados de produção agregam um número relevante
de custos ocultos. Muitos desses participam efetivamente do custo real de produção,
no entanto, não são incorporados no custeio do artigo, em virtude de várias lacunas
quanto ao aspecto do conhecimento técnico multi-disciplinar exigido para a efetiva
composição do custo total.

Outros custos podem ser relativamente detectados, porém o custo-benefício


para sua determinação e medição não justifica o esforço despendido a tal atividade,
face ao exíguo valor absoluto alojado na estrutura dos custos totais de produção. No
contexto da logística empresarial e de suas operações, a necessidade de se ter
sistemas de custeios que traduzam o verdadeiro grau de participação e desempenho
não é subestimada.

A área logística atua na interface entre a produção industrial e as atividades


de marketing. O conceito de logística integrada, bem como a lapidação de
metodologias gerenciais a exemplo da SCM – Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos sugerem novas modelagens necessárias à construção de sistemas de
gestão de custos das operações concentradas no suprimento, apoio à produção e
distribuição. São vários os fatores que contribuem para o aumento dos custos ocultos

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perpetrados no seio das atividades logísticas, os quais absorvem muitas vezes,
grande parcela da soma dos custos logísticos.

Pode-se citar: a saturação relacionada à redução dos custos nos processos


produtivos no âmbito das AMT's; a penetração de grandes empresas americanas de
excelência logística; adoção de tecnologias aos processos logísticos; o foco no
gerenciamento integrado da cadeia; a concentração no modal rodoviário; o
processamento de pedidos, etc.

Enfim, devido a uma maior ênfase que as entidades vêm dando às operações
logísticas e ao espaço generoso ainda pouco explorado, se faz imperativo o
desenvolvimento de sistemas de gestão dos custos logísticos, os quais possam
facilitar decisões de redução de custos sem prejuízos ao nível de serviço demandado
pelos clientes e pela concorrência.

A despeito da medição dos custos concentrados nas atividades logísticas,


estes estão diluídos geralmente nas operações com transportes, armazenagem,
movimentação, carga e descarga, demanda e processamento de pedidos, estoques,
estrutura física.

O que interessa realmente na administração de custos, não focada apenas na


sua determinação, mensuração e comparação, é o estabelecimento de modelos
flexíveis de custeio que absorvam sistematicamente os custos indiretos cada vez mais
crescentes e de difícil visualização, devido ao grau de subjetividade.

A integração desses modelos ao gerenciamento da cadeia de suprimentos


facilitará o processo de tomada de decisão, posto que deva indicar os fatores críticos
de custos associados às medidas corretivas necessárias que impactam diretamente
na margem de contribuição dos produtos da entidade.

A subjetividade que reveste o trabalho de determinação dos custos logísticos


dificulta substancialmente o mister da gestão de custos na construção de sistemas de
custeio desenvolvidos à margem dos princípios contábeis geralmente aceitos. Um
dos responsáveis diretos pelas barreiras encontradas no âmbito do gerenciamento da
contabilidade de custos, é o chamado custo logístico de oportunidade.

O grau de complexidade que envolve o dimensionamento da amplitude e


aplicação de métodos apropriados, direcionados à estimação do impacto concreto

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causado pelo custo de oportunidade, inviabiliza frequentemente esforços
providenciais de pesquisas, com o objetivo de determinação de um sistema gerencial
de custeamento que se aproxime efetivamente da realidade de ocorrência do custo
logístico de oportunidade.

Conceito de Gestão de Custos Logísticos

Custos Logísticos são todos os custos relacionados a logística de uma


determinada empresa.

A gestão de custos logísticos se mostra fundamental no gerenciamento das


empresas e extremamente necessária no processo de tomada de decisão. Apesar de
ser bastante complexa, tendo em vista que sofre influência de fatores não controláveis
internamente como a política, a economia e a geografia, apresenta-se cada vez mais
relevante no planejamento, execução e controle das operações corporativas (FARIA;
COSTA, 2012). Segundo Fleury, Wanke e Figueiredo (2000), um dos principais
desafios da logística moderna é equilibrar a relação entre o custo e o nível de serviço
(trade-off), visto que com maior frequência são exigidos melhores níveis de serviços
por parte dos clientes, porém, sem alterações nos preços.

De acordo com Ballou (2006), os três principais objetivos de uma estratégia


logística são: redução de custos, redução de capital e melhoria dos serviços. Estes

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três objetivos vão ao encontro de um objetivo maior: a maximização dos lucros das
empresas.

Nesta esteira, o grande desafio encontrado pelos gestores é o de encaminhar


o produto por um canal logístico planejado, entregando-o ao cliente de maneira eficaz,
eficiente e com baixos custos. Um tratamento logístico adequado está sendo cada
vez mais exigido pelos consumidores.

Desse modo, não basta apresentar bons preços e bons produtos, exige-se das
empresas um diferencial competitivo que muitas vezes pode estar relacionado com a
forma de tratamento de sua logística e os custos por ela demandados. Informações
de baixa qualidade sobre custos logísticos, por exemplo, podem ocasionar várias
distorções no gerenciamento da empresa e induzir a tomada de decisões
equivocadas (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000). De acordo com Faria e Costa
(2012), ao tomar uma decisão, o gestor precisa analisar todos os impactos que a
mesma causará. No âmbito logístico, a decisão tem impacto operacional, patrimonial,
financeiro e econômico, sendo assim, devem ser analisadas levando-se em
consideração a competitividade que a empresa deverá ter (com níveis de serviço
diferenciados), a agregação de valor para o cliente (bom atendimento e
comprometimento com prazos, qualidade e integridade) e a agregação de valor ao
acionista, garantindo uma maior lucratividade e minimização dos custos totais.

A identificação dos custos logísticos pode ser considerada como o primeiro


passo para a tomada de decisão logística (BALLOU, 2006). Adicionalmente, conforme
prevê Dornier et al. (2000), antes de o gestor tomar uma decisão que envolva
logística, devem ser desenvolvidas simulações econômicas que permitam comparar
as possibilidades e perceber os impactos que serão causados nos custos e serviços.
Para isso, serão necessários dados de custos logísticos confiáveis e apropriados, que
podem ser gerenciados de acordo com os seguintes centros de responsabilidades:

• Centro de custo de produção – Visa alcançar um certo nível de produtividade


juntamente com a redução dos custos;

• Centro de renda – Busca obter um determinado retorno sobre o capital


investido;

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• Centro de investimento – Tem por objetivo maximizar a produtividade de um
ativo econômico com os menores custos possíveis. Neste contexto, é possível
verificar quão complexo mostra-se o processo de gestão dos custos logísticos, pois,
necessariamente deve haver uma correta apuração destes custos, exigência esta,
que muitas vezes não é atendida pela área contábil das empresas.

Para que as informações de custos logísticos auxiliem efetivamente nas


decisões empresariais, a contabilidade precisa estar adaptada às necessidades do
processo logístico, fornecendo informações caracterizadas pela relevância,
fidedignidade e tempestividade. As organizações que não se adequarem às
exigências logísticas do mercado correm o risco de ter seu futuro prejudicado,
estando sujeitas até mesmo a perda significativa de clientes (BERTAGLIA, 2006).
Para instrumentalizar a gestão de custos logísticos, indica-se a necessidade das
empresas utilizarem um sistema de gerenciamento de custos logísticos consistente e
que seja capaz de fornecer informações para a gestão das operações (SOUZA;
COLLAZIOL; KIRCH, 2004).

De acordo com Freires (2000), os custos logísticos são aqueles relativos às


atividades de planejamento, implantação e controle de todos os materiais e serviços
de entrada, aqueles em processamento e os produtos ou serviços de saída da
empresa, desde a origem até o ponto de consumo. Corroborando à esta
conceituação, o Instituto dos Contadores Gerenciais – IMA (1992, p. 2) afirma que “os
custos logísticos são os custos de planejar, implementar e controlar todo o inventário
de entrada (inbound), em processo e de saída (outbound), desde o ponto de origem
até o ponto de consumo”. Os custos logísticos são definidos diferenciadamente nas
empresas. Em muitos casos, esses custos diferem consideravelmente mesmo dentro
de uma mesma empresa devido às suas operações. Observa-se, por exemplo, que
algumas empresas não contabilizam os juros e a depreciação sobre os estoques
como custos logísticos. Outras, incluem os custos de distribuição de seus
fornecedores ou os custos de compra. Em alguns casos, até mesmo valor das
mercadorias adquiridas está incluso nos custos logísticos (WEBER 2002; GUDEHUS
e KOTZAB, 2009). Usualmente os custos logísticos são atrelados apenas ao custo de
transporte e frete por ser o de maior impacto (RICARTE, 2002). Porém, os custos
logísticos não se resumem apenas à estes fatores. Seguindo a definição de Faria e
Robles (2002), estes custos são compostos pelos seguintes elementos:

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• Nível de Serviço ao Cliente – Está associado ao custo das vendas perdidas
devido a indisponibilidade do produto, a perda do cliente, problemas no prazo de
entregas ou outras falhas. Este elemento de custo é de difícil mensuração. Conforme
Faria e Costa (2012), é algo que está sendo acordado entre comprador e vendedor,
onde o comprador faz suas exigências e o vendedor irá verificar a viabilidade de
atendê-las, criando valor para ambos;

• Custos de Lotes – São custos relativos a produção ou aquisição de itens de


custos de preparação de produção, movimentação, programação e expedição de
materiais e capacidade perdida na mudança das máquinas. O aumento dos lotes
pode ocasionar falhas diversas como: produção inadequada, ineficiência devido à
quebra de máquinas e ineficiência no planejamento de produção;

• Custos de Embalagem – Estão relacionados à disposição do produto para a


sua distribuição aos clientes. A engenharia de embalagem tem como objetivo principal
facilitar o manuseio e a armazenagem, promovendo uma melhor utilização do
equipamento de transporte;

• Custos de Armazenagem – São gastos com o abrigo de produtos,


consolidação, transferência e agrupamento. Os custos de armazenagem são fixos se
as instalações são alugadas e devem incluir também a mão-de-obra utilizada. Os
custos de armazenagem incluem os custos de vender um produto em certo mercado
através da entrada e saída de um determinado armazém, mais os custos fixos das
instalações (aluguéis, taxas, etc.);

• Custo de Manutenção do Inventário – Envolve os custos de serviços de


inventário (seguros e impostos sobre estoque), custos de riscos de inventário (perda
e roubo) e custo de capital (medido pelo custo de oportunidade do investimento do
estoque). O saldo do inventário ou investimento em estoque deve ser de
conhecimento de toda a empresa, assim como os serviços e os riscos;

• Custo de Processamento de Pedidos e Tecnologia da Informação – São os


custos de transmissão de pedidos, entradas, processamentos e movimentações. O
pedido dá início a todo o funcionamento do sistema logístico. Segundo Faria e Costa
(2012), a tecnologia da informação vem sendo considerada por muitos estudiosos
como uma importante fonte de melhoria da produtividade e competitividade e a
utilização desse recurso pelas empresas tem aumentado significativamente, visando

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à minimização dos custos operacionais e à otimização dos resultados econômicos.
Uma contribuição expressiva proporcionada pelo atual ambiente informatizado é a
maior disponibilidade de informações com o auxílio de diversas ferramentas;

• Custos com Planejamento e Controle da Produção – São os gastos com a


sincronização das entradas (materiais), para que as necessidades de saídas
(produtos) sejam atendidas. Determina quando, onde e quanto deve ser produzido de
determinado produto;

• Custos de Transportes – É o maior custo isolado da cadeia logística.


Envolvem todos os custos com fretes do fornecedor para a empresa, da empresa para
o cliente e podem ser analisados por modo (rodoviário, aéreo, ferroviário, cabotagem,
hidroviário), transportador, canal ou produto. De acordo com Faria e Costa (2012), a
escolha do modo de transporte é influenciada pelos fatores custo, tempo de trânsito
da origem ao destino, risco (envolvendo a integridade da carga) e frequência
(regularidade do transporte). Normalmente o fator custo é o mais importante em
termos econômicos e financeiros, mas os outros fatores também podem comprometer
a definição do modo de transporte, estando relacionados ao atendimento do nível de
serviço exigido.

As empresas sempre administraram suas atividades logísticas, mas nem


sempre tinham uma idéia clara de quanto isto lhes custava, pelo menos até meados
dos anos 50 (Ballou, 1993). A primeira aplicação do custo total à atividade a logística,
segundo Bowersox & Closs (1996), foi apresentada por Howard Lewis, James
Culleton e Jack Steel em The Role of Air Freight in Phisical Distribution, sob a tese de
que em situações onde a velocidade e dependência de distribuição aérea produziriam
outros custos, tais como armazéns e estoques, para reduzir ou eliminar, altos custos
prêmios de transportes e que seriam justificados pela obtenção de um custo total mais
baixo, decorrente de uma cuidadosa integração de atividades logísticas. Que a
atividade logística é importante para o setor industrial e militar não existem dúvidas.

A importância da Gestão de Custos Logísticos

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É muito comum encontrar-se na literatura que a atividade logística é importante
para todas as empresas porque é através dela que se pode reduzir o tempo de
atendimento dos consumidores pelo suprimento hábil de bens e serviços, assim como
pela ampla possibilidade de racionalização dos recursos e consequentes economias
em termos de custos. Esta atividade ao ser desenvolvida gera os chamados custos
logísticos que tem como principais elementos os transportes, manutenção de
estoques e o processamento de pedidos. A importância dos custos logísticos tem sido
medida pela sua comparação faturamento ou ao valor adicionado (vendas – custos
de mercadorias e serviços adquiridos de terceiros).

A prática contábil tradicional, de acordo com Bowersox e Closs (1996) falha em


identificar ou definir responsabilidades, por contribuir para uma agregação natural de
contas, comum aos demonstrativos subdivididos por áreas de responsabilidade
gerencial ou organizacional dentro de uma empresa. Isto resulta em relatórios de
informações por unidades administrativas, mas não contribui para análise do custo
total, tendo em vista que muitas despesas associadas ao desempenho logístico
permeiam diversas unidades da organização.

Na atividade logística tem-se considerado, com frequência, o custeio baseado


em atividades que procura relacionar todas as despesas relevantes necessárias à
adição de valor às atividades desenvolvidas, independente de quando e onde elas
ocorrem. O critério de desenho do sistema de custeio, ou seja, as regras e
procedimentos para identificação, agrupamento e definição dos custos têm impactos
decisivos no processo de tomada de decisão, no sentido de ajudar o gestor a entender
os principais fatores que afetam as despesas com logística. Nos negócios altamente
sazonais, em que existe uma considerável lacuna de tempo entre o suprimento de
materiais e outros recursos e a realização da receita, custos significativos de
manutenção de estoques e desempenho de atividades logísticas podem não ser
associados prejudicando a mensuração logística, a menos que esta confrontação
potencial fique claramente entendida na definição do processo.

O custeio baseado em atividades procura definir despesas segundo os


eventos, ou seja, se o objeto de análise é um pedido do consumidor, então todos os
custos que resultam desta providência contribuem para a formação do custo total. A
prática mais comum é concentrar a atenção nos estoques e transportes que podem
definir um formato amplo que incluem as inter-relações entre custos das atividades e

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funções relacionadas com componentes logísticos. Fatores chave, o estoque e o
transporte, além de constituírem de 80 a 90% das despesas logísticas, representam
as dimensões temporal e espacial ou geográfica, respectivamente, das operações
logísticas.

O estoque por disponibilizar o produto quando o consumidor o quer comprar,


e o transporte por posiciona-lo onde o consumidor o quer adquirir. Uma compreensão
de como as organizações derivam seus preços, como estes se relacionam com seus
custos e quais opções eles tem na gestão e mensuração dos seus custos é muito útil
para os que desejam praticar gestão estratégica nas relações com seus fornecedores.

Quanto ao relacionamento com o objeto (clientes, produtos, regiões ou canais


de distribuição), os custos podem ser classificados em:

Custos diretos

São aqueles que podem ser apropriados diretamente ao produto ou serviço


(desde que haja uma medida de consumo) (Martins, Eliseu - 2003; 48). No caso da
logística são a mão de obra, embalagem e outros que refletem diretamente na
prestação do serviço.

Custos indiretos

São aqueles que não podem ser apropriados diretamente a cada tipo de
objeto/produto ou serviço, no momento de sua ocorrência, tais como os custos com
a tecnologia de informação utilizada em um processo logístico que atenda diversos
clientes.

Custos fixos

São aqueles necessários ao funcionamento normal da empresa (podem ser


repetitivos ou não repetitivos) (Martins, Eliseu - 2003; 50). Ex. Aluguel de um galpão
para estocagem de produtos, independentemente do volume transportado,
armazenado ou descarregado, esses custos estão incorporados na operação e
deverão ser arcados pela empresa.

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Custos variáveis

São diretamente proporcionais ao volume de produção/prestação de serviços.


No caso da atividade de logística variam de acordo com o volume transportado,
armazenado e dos serviços prestados.

Os custos logísticos, normalmente, seguem os padrões contábeis de outras


atividades, cabendo no entanto, ter um bom conhecimento do negócio antes de se
alocar, classificar ou ratear qualquer tipo de custo, evitando-se incorrer em erros
conceituais que venham a comprometer a confiabilidade dos números apresentados
pela contabilidade de custos.

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Medir Custos Logísticos – um desafio de Gestão
Logística

A principal dificuldade que muitas companhias têm no processo de adoção de


uma abordagem integrada para a logística e para o gerenciamento de distribuição é
a falta de informações sobre custos. Os sistemas convencionais agrupam os custos
em categorias amplas agregadas, não permitindo a realização de uma análise mais
detalhada. Sem esta facilidade para analisar dados de custos agregados, torna-se
difícil identificar o potencial de negociação que pode existir dentro do sistema
logístico.

Custos Logísticos: Elementos Físicos e


Macroprocessos

Há poucos estudos e discussões sobre custos logísticos, dentro da linha de


encarar-se o processo logístico como um todo, desde o abastecimento até a entrega
dos produtos finais aos clientes. Reeve (1998) é um dos poucos autores que se
referem ao conceito de custo total de entrega (Total Cost of Delivery), que procuraria
rastrear os custos desde o abastecimento até a distribuição aos clientes.

De fato, segundo Faria (2003), questões práticas de identificação e coleta dos


dados dos custos logísticos tornam muito difícil associar os custos ao longo das
cadeias de abastecimento, produção e distribuição aos produtos entregues para
determinar seu custo total. Por outro lado, o mais frequente é a literatura sobre custos
logísticos (por sinal, escassa) tratar de segmentos da Logística (distribuição, por
exemplo), ou ainda, de determinados elementos ou operações específicas, tais como:
transporte aéreo, transporte rodoviário, armazenagem, embalagens e, assim por
diante.

Desde logo, então, estabelece-se uma ponderável dificuldade para uma


discussão ordenada sobre custos logísticos, dentro da linha de interpretação do
processo logístico como um todo.

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Como abordar tais custos, de modo a considerar sua importância relativa em
diferentes tipos de negócios, possibilitar à gestão logística tomar decisões e ações
capazes de – via Logística Integrada – levar aos níveis de serviço desejados ao menor
custo total possível, nas mais variadas situações práticas em que se configuram as
cadeias logísticas de abastecimento, planta e distribuição? Na aplicação do conceito
de Logística Integrada, a solução ótima é aquela que melhor atende à equação nível
de serviço ótimo / custo total mínimo.

Copacino (1997) afirma que o conceito de custo total, chave da Logística


Integrada, é baseado no inter-relacionamento dos custos de suprimentos, produção
e distribuição. Lambert et al. (1998) reiteram que a análise do custo total envolve a
otimização dos custos totais de transporte, armazenagem, inventário, processamento
de pedidos e sistemas de informação e do custo decorrentes de lotes; ao mesmo
tempo, tem como perspectiva os resultados econômicos como um sistema que se
esforça para minimizar os custos totais, enquanto alcança um nível desejado de
serviço ao cliente. Numa dada situação, por exemplo, a empresa incorre em custos
logísticos muito relevantes, acima de 20% das vendas. Em outra, estes custos podem
ser pouco significativos. Uma determinada empresa pode ter uma forte incidência de
custos logísticos de abastecimento sobre os materiais que utiliza, por serem
importados de diversos países; enquanto para outra, esta condição pode ser
irrelevante do ponto de vista de custos logísticos, por se abastecer, sobretudo no
mercado nacional. Certas empresas vendem somente para uma determinada região
do mercado nacional, por um único canal de distribuição; enquanto outras, exportam
seus produtos e peças para vários países, além de distribuir em todo o País por
diferentes canais.

As situações, evidentemente, são muito diversas. Os níveis de serviço


requeridos ao menor custo total possível (foco da Logística Integrada) significam,
portanto, desafios, resultados (e potenciais vantagens competitivas) diferenciados em
cada uma das diversas situações descritas.

No sentido de ordenar esta discussão sobre custos logísticos, procurou-se


estabelecer um framework – uma estrutura de raciocínio - que permitisse, de um lado,
uma discussão dos custos relativos a cada elemento em si mesmo e, por outro lado,
os associasse aos processos / cadeias logísticas.

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Os custos dos elementos e operações físicas logísticas, propriamente ditas,
referem-se a: (1) embalagens e dispositivos de movimentação; (2) manuseio e
movimentação de materiais no suporte às fábricas; (3) armazenagem e, (4)
transporte. Estes são elementos comuns a qualquer processo logístico, quer se trate,
por exemplo, da importação de componentes do abastecimento inter-plantas, da
distribuição nacional de produtos ou de uma cadeia logística de exportação.

Cada um destes macroprocessos (abastecimento, planta e distribuição) está


inserido, na prática, em diferentes cadeias logísticas. Uma cadeia logística, no sentido
aqui empregado, é uma seqüência de eventos e operações físicas que cumprem com
uma tarefa logística completa; por exemplo, uma importação de componentes
eletrônicos da Ásia até entrega na fábrica em São Paulo.

Os macroprocessos e as cadeias logísticas, em funcionamento, por sua vez,


envolvem diferentes tipos de impostos e tributos (custos tributários), implicam na
manutenção de inventários (custos de manutenção de inventários), têm que satisfazer
aos níveis de serviço comprometidos com os clientes, podendo ou não ocasionar
falhas, tais como paradas de produção por falta de materiais, entregas erradas ou
com atrasos, etc.

Custos dos Elementos / Operações Físicas de


Logística

Inicialmente, foram categorizados os custos “físicos” que são comuns a


quaisquer cadeias, do abastecimento à distribuição: embalagens e dispositivos de
movimentação, manuseio e movimentação de materiais no suporte à fabricação,
armazenagem e transportes.

Embalagens e Dispositivos de Movimentação

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Embalagens e dispositivos de movimentação são contenedores físicos onde
peças/componentes são dispostas para movimentação, armazenagem, transporte,
etc. Os custos de embalagens e dispositivos de movimentação englobam:
matériasprimas, tais como, madeira, papelão, plástico, aço, ferro ou outros materiais,
mão-deobra e custos de pesquisa e desenvolvimento das embalagens. No fabricante,
os custos ainda compreendem a depreciação dos equipamentos, impostos e a
margem de lucro embutida no preço. Os trade-offs (trocas compensatórias) mais
relevantes entre este e os demais elementos das cadeias ocorrem em relação ao
transporte, armazenagem e manuseio e movimentação.

Custos com Manuseio / Movimentação de Materiais e


outras operações logísticas de suporte à fabricação

Nas operações logísticas de apoio à manufatura são incluídos todos os


movimentos associados à busca dos materiais nos almoxarifados, às sub-montagens
realizadas no processo produtivo, ao abastecimento das linhas de produção e a
movimentação dos produtos para armazenagem. Seus custos envolvem,
principalmente, custos com o pessoal envolvido (mão-de-obra operacional e de
supervisão), custos de manutenção e depreciação dos equipamentos de
movimentação, custos de manutenção de inventários em processo e de
armazenagem. Novos conceitos e métodos de produção / logísticos, entrega de
subconjuntos por fornecedores próximos à linha, produção "puxada" por pedidos,
entregas JIT, etc., vêm transformando práticas de Logística de planta, exigindo
cuidadosa consideração de trade-offs de custos entre níveis de serviço requeridos,
transporte, níveis de inventário, etc.

19
Custos de Armazenagem

Define-se armazenagem como sendo o conjunto de atividades para manter


fisicamente estoques, envolvendo questões referentes à localização,
dimensionamento da área, arranjo físico, alocação dos estoques, projeto de docas e
configuração dos armazéns, tecnologia de movimentação interna, estocagem e
sistemas. Nos custos de um armazém incluem-se, entre outros, custo de capital
investido; custos com pessoal envolvido (salários e encargos sociais); custos de
ocupação (aluguel, impostos, seguros, energia elétrica, água, telecomunicações,
segurança, limpeza, etc.); custos de manutenção dos ativos logísticos e depreciação
de equipamentos de movimentação e instalações.

Os trade-offs ocorrem, principalmente, na interação logística entre


armazenagem (número e localização de armazéns), transportes (rotas, distâncias,
carga completa x parcelada) e níveis de inventário.

20
Transportes

O transporte envolve a movimentação de produtos do fornecedor para a


empresa, entre plantas e da empresa para o cliente, estando eles em forma de
materiais, componentes, subconjuntos, produtos semiacabados, produtos acabados
ou peças de reposição. Os custos de transportes, usualmente, constituem-se no
principal componente dos custos logísticos e, muitas vezes, confundidos com eles. A
prestação de serviços de transporte envolve custos fixos elevados, dependendo do
modal utilizado (transporte aéreo, marítimo, e ferroviário, principalmente) e custos
variáveis (combustíveis, pedágios e outros), principalmente relacionados à relação
volume x distância (ton/km). É o elemento logístico de mais frequente operação
terceirizada. No Brasil, o modal rodoviário predomina, amplamente, sobre os demais
modos.

O custo de transporte requer cuidadosa consideração nos raciocínios da


Logística Integrada, pela sua importância nos custos logísticos e pela multiplicidade
de trade-offs com os demais custos logísticos. Por exemplo, a escolha de um modal
de transporte com custos de frete menores, porém, com menor frequência e maior
tempo de viagem, resultando em maior custo de manutenção de inventários.

21
Finalizando a questão dos custos associados aos elementos e às operações
físicas, os custos de embalagens, manuseio e movimentações, armazenagem e
transportes que são fatores físicos determinantes de custos logísticos, estão
associados a diversas cadeias logísticas.

Trade-Off Logísticos

Visualizar a participação de cada custo logístico na constituição do custo final


dos produtos não é uma tarefa das mais fáceis, uma vez que os métodos utilizados
para determiná-lo nem sempre estão disponíveis, e quando estão, não são usados
adequadamente, em virtude da entidade não dispor de sistemas mensuradores e de
informação de custeio condizentes com o consumo real de recursos em determinada
atividade. Uma das formas simplistas, porém eficaz, de análise dos custos logísticos,
é confrontar a parcela correspondente a cada custo logístico em relação ao custo
total, posto que comumente alguns destes custos se contrapõem economicamente
uns aos outros, em razão da relação conflitante ocorrida na administração dos
indicadores de custo.

O confronto pode ser realizado através da avaliação gráfica de dois ou mais


custos em função do custo total logístico, ou relacionada aos demais custos logísticos.
Não raramente, o aumento de um determinado custo logístico pode ser
contrabalanceado pela redução de outro custo e vice-versa. Portanto, estudar os
principais trade-offs, ou a relação conflitante dos custos logísticos incorridos e do nível
de serviço, em função da capacidade que a entidade tem de compensar os
desequilíbrios, é fundamental para se entender o comportamento dessas variáveis na
composição do custo final do produto.

Trade-Off do Nível de Serviço

Nível de serviço é o resultado da combinação das atividades de


transporte, armazenagem, gestão de estoques, processamento de

22
pedidos, informação e preparação para a produção necessárias para
colocar o produto no ponto de venda (CHRISTOPHER, 1997).

A questão é como custear os itens/recursos que agregam valor às atividades,


visto que, freqüentemente passam despercebidos. São os chamados custos ocultos.
A determinação do nível de serviço tem impacto direto na definição dos outros custos
logísticos.

A interpretação desta relação pode auxiliar o executivo a reduzir custos


desnecessários que interferem no desequilíbrio ocorrido entre o nível de serviço e os
demais custos logísticos. Ressalta-se que os cruzamentos realizados nas relações
não são verdades absolutas, mas servem de parâmetros balizadores na direção do
seu balanceamento.

Trade-Off do Custo Total

O custo total é formado pelas contribuições dos outros custos individuais


(transporte, estoque, processamento de pedidos e armazenagem), os quais
constituem o sistema logístico de custos. Sob o espectro da logística integrada e da
participação dos custos logísticos totais na composição do custo unitário por produto
fabricado, é coerente que as relações sejam analisadas homogeneamente, sem
ponderar o desempenho econômico de cada trade-off isoladamente, mas os efeitos
de todos na determinação do custo total. Segundo Ballou (1993), “o conceito de custo
total reconhece que os custos individuais exibem comportamentos conflitantes,
devendo ser examinados coletivamente e balanceados no ótimo”. Se a entidade tem
um baixo nível de estoque abaixo da demanda exigida, a tendência é haver uma
perda concentrada de vendas pela falta de produtos finais ou matéria-prima etc.,
reduzindo o nível de serviço e elevando o custo total.

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Trade-Off do estoque

Este trade-off deve levar em conta o transporte e movimentação realizado no


suprimento, apoio à produção e distribuição física. O custo com transporte aumenta
na proporção que os pontos de abastecimento dos estoques estão distantes ou em
número reduzido. O nível de serviço será maior caso os tais pontos de estoque sejam
bem distribuídos e abastecidos de acordo com a demanda no fluxo normal de
produtos acabados, em processo ou na estocagem primária.

Custos associados aos estoques

Custo de manutenção:

São os custos financeiros, de armazenagem (aluguel, impostos, depreciação,


mão-de-obra direta e indireta); de obsolescência; seguros; deterioração física; custo

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de oportunidade de capital (retorno do investimento obtido através de uma taxa do
valor dos produtos ou materiais armazenados); roubo etc

Custos por ruptura:

Relacionados à falta do produto causada por atrasos na produção; restrições


na manutenção do estoque. Isso acaba gerando perda de vendas, insatisfação dos
clientes, desgaste na imagem da empresa etc.

Custos de aquisição:

São os custos referentes à preparação, emissão e acompanhamento de


pedidos, proporcional ao volume ou tamanho do pedido, levando-se em conta o preço
unitário dos produtos e os custos variáveis.

Custos de preparação:

Associados à preparação das máquinas para fabricação (set-up) e de todas as


atividades relacionadas com as ordens de produção.

Custos da Logística de Abastecimento

A Logística de Abastecimento engloba os custos para colocar materiais


(nacionais e importados) disponíveis aos sistemas logísticos e de produção, ou seja,
trazê-los dos fornecedores à planta, utilizando técnicas de estocagem, fluxo dentro
dos canais de informações, controle de custos e produtividade.

Suas principais questões estão relacionadas à movimentação de materiais


(embalagem e manuseio), ao processo de obtenção de materiais e controle de
estoques em múltiplos locais (espaço e sistemas de armazenagem). Conforme cita o
Institute of Management of Accountants - IMA (1989), via de regra, os custos de
obtenção são incorporados aos materiais adquiridos.

No Brasil, por exemplo, os fornecedores embutem em seu preço os custos


associados à embalagem, inventário, expedição e transporte, quando da chegada dos
materiais na empresa compradora, dando início às atividades da Logística de Planta.

25
O frete, por exemplo, é um dos maiores problemas na identificação dos custos
logísticos do Abastecimento, no Brasil. A maioria das empresas não tem a informação
do frete de compra segregada do valor do material e, quando esta existe, encontra-
se no sistema de Suprimentos, pois, muitos materiais são adquiridos com preços
negociados, incluindo o valor de frete e seguros dependendo da negociação.

Nos EUA, conforme afirmam Bowersox e Closs (2001), os fretes de compra


são tratados como despesas dedutíveis no resultado do período. Qual a importância
dessa informação para os gestores de Logística? Uma das alternativas para o
reconhecimento do valor do frete de compra é a implantação do Milk run na obtenção
dos materiais, podendo indicar que haja desconto no custo do material a ser
compensado por aumento no custo de transporte (trade-off), mas, pode-se
economizar na consolidação da carga e na redução de inventário.

O Milk Run é um sistema de coleta e entrega de materiais que os clientes, no


intuito de reduzir seus custos, renegociam com os fornecedores seus preços;
assumindo que, ao invés do fornecedor entregar o material no cliente, o cliente
responsabilizar-se-á pelo frete e, irá buscar o material no fornecedor. No Milk Run, a
empresa compradora ganha na otimização de rotas e consolidação das cargas dos
fornecedores, assegurando seu fluxo de materiais.

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As vantagens são: redução de inventário, redução na movimentação do
material, eliminação de desperdícios, aumento no controle e na disciplina dos
processos, aumento na flexibilidade e velocidade de reação.

De posse da informação do frete de compra, ao invés de contabilizar o valor


dos materiais, incluindo, todos os custos logísticos, diretamente em uma conta
contábil apenas (Estoque de Matéria-Prima), poderiam ser criados contas contábeis
no Plano de Contas da empresa, onde sejam segregados os valores referentes aos
custos logísticos, tratando-os, preferencialmente, como custos variáveis do período.
Isso para que os gestores da Logística de Abastecimento possam avaliar seus
desempenhos, destacando os custos mais relevantes, tais como: Frete do Trânsito
Nacional, Frete do Trânsito Internacional, Seguros, Armazenagem, Honorários dos
Despachantes Aduaneiros, Agentes de Carga, Taxas do Armador e dos Terminais,
Movimentações Internas, Imposto de Importação, Taxas Diversas (para liberação,
desconsolidação, entre outras), etc.

Os impostos recuperáveis (ICMS, IPI e PIS) incidentes nas operações de


compras não são contabilizados no custo do material, e sim, como Impostos a
Recuperar, compensados nos Impostos a Recolher.

Contudo, a área de Logística deve receber informações sobre os custos


tributários incidentes em suas operações, para poderem tomar as devidas ações, tais
como, os impostos incidentes nos processos de importação e exportação, nas
circulações de mercadorias, etc. Por parte da empresa, se houvesse a intenção de
segregar esses custos, por tipo de material, haveria uma dificuldade maior de
identificação, pois, de acordo com revisão bibliográfica realizada, algumas empresas
negociam por lotes de materiais, para otimização de custos com melhor
aproveitamento de espaços de containers, etc. Uma alternativa para redução dos
custos de obtenção dos materiais nacionais é o JIT (Just in Time), técnica bastante
utilizada, atualmente, constituída por um sistema que sincroniza a entrega das peças
pelo fornecedor, conforme a programação e, sequenciamento da produção,
assegurando o fornecimento com inventário minimizado. No caso dos materiais
importados, a cadeia envolve todas as atividades logísticas, do fornecedor no exterior
até a fábrica no País importador.

27
Os fornecedores em seu país de origem, dependendo dos termos de
negociação internacional (incoterms), podem ou não “embutir” em seus preços, além
dos materiais, os custos logísticos - os custos de transportes e desembaraços, até a
chegada do material à empresa compradora e, posterior, agregação no valor dos
materiais no estoque.

Visando a reduzir os custos de obtenção dos materiais nacionais ou


importados, podem ser implantados Centros de Consolidação ou terceirizar as
operações para Consolidadores que administrarão a consolidação e o embarque de
materiais, no intuito de maximizar embarques e otimizar o transporte, assegurando
total controle da cadeia de abastecimento pela melhora no fluxo de envio de materiais.

Os custos associados à Logística de Abastecimento, dependendo da decisão


a ser tomada, deveriam ser identificados, classificados e acumulados em função do
objeto ou em relação ao tipo de aplicação do esforço de suprimentos (custos das “n”
cadeias de fornecimento, por rotas, por fornecedor, etc).

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Custos da Logística de Planta

A Logística de Planta envolve as atividades desde o recebimento das matérias-


primas, todo o suporte logístico à fabricação e a entrega dos produtos acabados para
a expedição. Dentre os elementos de custos logísticos, que devem estar
contemplados nos inerentes à Logística de Planta que podem ser visualizados no
Quadro 2, incluem, também, os custos relativos ao Recebimento e os custos com
Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP).

O Recebimento consiste na aceitação física do material entregue,


descarregamento do material, preparação do material para estocagem ou redes
pacho, verificação e documentação da quantidade e das condições do material
entregue, de acordo com os procedimentos adotados pela empresa. Uma estratégia
usada, atualmente, para otimizar os custos de Recebimento é a Janela de Entrega
(Time Windows) que, associada ao Milk Run, assegura o recebimento das peças em
horários pré-determinados, possibilitando a redução do inventário.

A Janela de Entrega consiste no estabelecimento de horários para que os


fornecedores possam entregar os materiais negociados com a empresa.

Os custos com Planejamento, Programação e Controle da Produção são


gastos inerentes à sincronização das entradas (materiais) para que as necessidades
de saídas (produtos) sejam atendidas. Devem ser considerados os gastos com a
mão-de-obra do pessoal responsável por exercer esta atividade, bem como os gastos
gerais existentes nas atividades, incluindo, os sistemas utilizados (tecnologia de
informação).

O problema desta atividade é determinar “quando”, “onde” e “quanto” deve ser


produzido, observadas a capacidade instalada de produção, assim como a de vendas,
localização, níveis de inventário, armazenagem, modos de transporte, suas
restrições, etc. Envolve o planejamento do fluxo de materiais e os recursos de
transporte, armazenagem e movimentação dos materiais e produtos acabados. Os
principais custos associados à Logística de Planta são: (1) os custos de manutenção
dos inventários de matérias-primas, componentes e produtos em processo; (2) os
relativos à armazenagem dos materiais e componentes; (3) os custos relativos a

29
equipamentos; (4) embalagens e dispositivos de movimentação; (5) manuseio e
movimentação de materiais nas plantas (empilhadeiras, tratores, carrinhos, esteiras,
etc.) e, (6) mão-de-obra operacional e de supervisão envolvida no processo.
Basicamente, estes custos ocorrem ao longo dos subprocessos.

Esses custos, dependendo da decisão a ser tomada, deveriam ser


identificados, classificados e acumulados em função do objeto relacionado à
aplicação do esforço de produção (produtos, roteiros de produção, por unidade fabril,
etc). Podem existir diversos trade-offs com outros elementos, tais como: custos de
movimentação de materiais, de inventários e decorrentes de lotes, cujo objetivo do
gestor é satisfazer a demanda para o produto em cada período e minimizar os custos
totais de produção, incluindo os custos de manutenção de inventário.

Para que seja realizada a atividade de planejar, programar e controlar a


produção, é relevante que se revise o planejamento da demanda, as políticas de
inventário, as restrições de recursos e capacidades, para que o planejamento e
programação possam ser realizados, levando em consideração, inclusive, mix de
produtos, necessidades de sequenciamento, visando a que não ocorram desperdícios
ou falhas no sistema logístico.

Em se tratando de produção, há, também os custos decorrentes de lotes que


são os custos relativos à produção ou aquisição dos itens de custos de preparação
da produção (set up de máquinas – tempo de preparação, inspeção, refugo,
ineficiência do início da operação – efeito da curva de aprendizagem), capacidade
perdida na mudança de máquinas, movimentação, programação e expedição de
materiais.

A política de lotes interfere diretamente nos custos do processamento das


informações. Um benefício importante dos lotes, conforme a afirmação anterior, deve
ocorrer, também, na Logística de Abastecimento, onde a matéria-prima pode ser
comprada em lotes menores, minimizando custos de manutenção de inventário e
armazenagem.

Os gestores de Logística devem estar cientes do impacto de suas decisões na


eficiência das operações de fabricação, e considerar as mudanças associadas aos
custos de fabricação ao estabelecer as políticas logísticas. Após o processo

30
produtivo, quando o produto está disponível para a comercialização, começam a
incorrer os custos da Logística de Distribuição.

Custos da Logística de Distribuição

A distribuição engloba, entre outras atividades: previsão de demanda,


quantificação e localização de estoques de produtos e administração de recursos.
Dentre os objetivos da distribuição, necessita-se ter precisão no planejamento e no
atendimento dos pedidos (embarque completo, em perfeitas condições, com entrega
no prazo e documentação adequada). De forma bastante ampla, todos os gastos
incorridos após a fabricação, podem ser considerados como custos de distribuição.

Os bens e serviços movimentam-se ao longo dos canais de distribuição. Assim,


é considerado o quarto “P” do composto de Marketing, ao lado do Produto, Preço e
Promoção. Willson (1995), ao tratar dos Custos de Distribuição, comenta que a
maioria das empresas preocupa-se em classificá-los em despesas diretas de vendas,
despesas com promoção e propaganda, despesas com transportes, estocagem e
armazenagem e despesas gerais de distribuição, pois os consideram como custos
relevantes. Neste estudo, não estão sendo considerados os custos relacionados à
atividade de Vendas.

Os Custos de Distribuição, dependendo da decisão a ser tomada, deveriam ser


identificados, classificados e acumulados em função dos objetos de custeio
relacionados à aplicação do esforço de distribuição (clientes, canais de distribuição,
regiões ou produtos). Segundo VanDerbeck e Nagy (2001), no Brasil, as leis
estaduais e federais que proíbem preços discriminatórios de vendas e a concorrência
acirrada forçaram os profissionais de Controladoria a dedicar-se mais ao estudo dos
custos de distribuição, visando a apropriá-los aos objetos, tais como: produtos,
clientes, canais de distribuição, regiões, etc. Percebeu-se que, a maioria dos trade-
offs entre os elementos físicos, relaciona-se à manutenção dos inventários existentes
ao longo das cadeias de abastecimento, planta e distribuição, dependendo do tipo de
material que esteja sendo estocado ou em trânsito.

31
Custos de Manutenção de Inventários (Estocagem)

Os estoques têm como função assegurar a disponibilidade de materiais e


produtos regulando seus fluxos de entrada e saída. Dependendo do setor podem
significar volumes vultosos de recursos imobilizados e sua minimização tem se
constituído numa das principais motivações para a implantação de novas soluções
logísticas e novas formas da organização da produção – Manufatura Enxuta (lean
thinking) - conforme apontam Womack e Jones (1998).

O custo de manutenção de inventário engloba o custo do capital investido, os


impostos, seguros, obsolescência e risco. O aspecto mais controverso é o da
determinação da taxa de custo a ser aplicada ao capital investido (custo de
oportunidade). Lima (2003) considera que essa taxa de oportunidade deve ser
apurada pela média ponderada entre a taxa média de juros referentes ao capital de
terceiros e a taxa esperada de retorno dos acionistas ponderadas pela proporção de
cada uma dessas origens. O conceito que este autor utiliza é o de Custo Médio
Ponderado de Capital (CMPC). Para a apuração do CMPC, Martins (2001) sugere
que seja reconhecido o custo de capital de cada fonte específica de financiamento
(capital próprio e de terceiros), levando em conta determinada estrutura de capital
ideal ou possível.

Assim, conforme esse autor, “os custos das fontes específicas seriam
ponderados por participações determinadas no total de financiamentos”. O processo
para a apuração do CMPC seria, de acordo com Martins (2001, p.217):

1. cálculo do custo de cada fonte financeira específica;

2. determinação da porcentagem de cada fonte financeira no total do


financiamento e,

3. soma dos produtos dos itens 1 e 2.

Determinada a taxa de oportunidade a ser aplicada ao saldo dos estoques,


deve-se focalizar a apuração dos custos de manutenção do inventário.

32
Custos de Tecnologia de Informação e Processamento
de Pedidos

A Logística vem apresentando investimentos crescentes e custos significativos


em tecnologias de operação e de informação. É comum a utilização de
transelevadores, sistemas automatizados de separação de materiais, rádio
frequência, códigos de barra, computadores de bordo, softwares especializados em
roteirização de transportes, em gerenciamento de armazéns, de otimização de redes,
etc. Envolvem custos de manutenção de sistemas e mão-de-obra especializada.

Custos Tributários

Toda movimentação de mercadorias, serviços logísticos prestados por


terceiros, processos de exportação e importação implicam em custos tributários
presentes ao longo das cadeias logísticas. Em certos casos, como no Brasil, a
"engenharia logística" tem que estar acoplada a uma verdadeira "engenharia fiscal",
dada a relevância e multiplicidade de incidências fiscais que, dentro de regras legais,
podem representar alterações significativas no custo total logístico de uma cadeia.

Custos Decorrentes do Nível de Serviço e Falhas


Logísticas

Os custos associados ao nível de serviço decorrem de impactos nos elementos


e operações logísticas para atender maiores exigências por parte de clientes ou do
mercado.

O custo da falha resulta da empresa incorrer em perdas efetivas decorrentes


de falhas logísticas, por exemplo, uma parada da fábrica por falta de material, a perda
de vendas pela falta de produtos, produtos entregues avariados, etc. Este é um custo

33
de difícil mensuração, mas que, em função da gravidade das falhas, pode tornar-se
muito significativo.

A otimização de custos logísticos não ocorre pela redução de custos individuais


dos vários elementos de custos abordados.

A tendência, muitas vezes verificada nas empresas, de busca de redução de


preços unitários nas compras e contratações pode resultar numa espécie de "tiro pela
culatra", aumentando, ao invés de diminuir, o custo total logístico. Os custos logísticos
não devem ser analisados de maneira isolada e, sim, conforme a essência da
Logística Integrada, globalmente, reconhecendo os efeitos dos trade-offs existentes
no intuito de otimizar o custo total logístico, visando a atender o nível de serviço
desejado.

O nível de serviço ao cliente é um dos focos da Logística e, portanto, constata-


se ser necessário que seja levado em consideração o impacto das exigências de cada
cliente no resultado econômico da empresa.

Análise de custo total

O gerenciamento logístico é útil para identificar, os problemas surgidos em


diferentes níveis operacionais, que são ocasionados por impactos diretos e indiretos
de decisões específicas. Freqüentemente, acontece que na tomada de uma decisão
numa determinada área, podem ocorrer resultados imprevistos em outras áreas,
influenciando os padrões de pedido dos clientes e provocando custos adicionais.

Os processos básicos de Logística apresentam de forma agrupada as


atividades necessárias para alcançar o objetivo maior, que é poder fornecer o produto
adequado no momento desejado e no tempo certo. Essas atividades podem ser
expressas na seguinte equação:

34
CTL= CI + CL + CPPI + CA + CT

Onde:

CTL = Custo total das atividades de logística

CI = Custo de Inventário

CL = Custo do Lote

CPPI = Custo de Processamento de Pedidos e Informação

CA = Custo de Armazenagem

CT = Custo de Transporte

A exigência básica desta equação é que o gerenciamento eficaz dos custos


dentro da cadeia de suprimentos deve minimizar o custo total, atendendo ao nível de
serviço exigido pela empresa, e pelo consumidor. A combinação de todas as
atividades deve criar um processo de sinergia, para que o resultado final seja garantir
que o serviço será executado por um preço menor, mas garantindo o mesmo nível de
serviço.

A padronização e a prática da elaboração de orçamentos ocasionaram a


tendência de compartimentalização da contabilidade nas empresas, dessa forma, o
orçamento tende a ser elaborado em base funcional. Uma das principais
características das decisões logísticas é a de extrair informações de um sistema já
existente. A finalidade da análise de custo total neste contexto é a identificação da
mudança nos custos, provocada por estas decisões.

Custos na distribuição

Empresas americanas e europeias estimam um custo de distribuição em torno


de até 10% sobre a receita de vendas.

Os custos de distribuição sempre representaram um ônus considerável para


as companhias, embora, nos anos mais recentes, o controle logístico tenha
conseguido reduzi-los. Quando expressos em termos de porcentagem do valor

35
agregado, os custos logísticos estão realmente aumentando para muitas empresas.
Isto se deve ao fato de que o valor agregado estar caindo à medida que estas
companhias terceirizam suas necessidades (exemplo: componentes, embalagens,
serviços, etc).

Os gastos com logística nas empresas variam de 5% a 35% do valor das


vendas, dependendo do tipo de atividade, da área geográfica, da operação, da
relação peso/valor dos produtos, podemos verificar que a logística tem uma parcela
muito importante na composição do preço final do produto.

Gerenciamento Logístico Estratégico

O nível de serviço logístico constitui-se a medida do que o consumidor deseja


receber para satisfazer suas necessidades, e é representado pela soma dos
elementos pré-transação, transação e pós-transação. De acordo com Ballou (1993:
22) na competição por maior participação no mercado, distribuição eficiente e eficaz,
o nível de serviço pode ser a vantagem necessária para ser bem sucedido.

O nível de serviços afeta os custos e deve ser contrabalançado com vendas


potenciais de modo a maximizar a contribuição nos lucros. Seu impacto nas vendas
pode ser compensado pelos custos logísticos de prover tal serviço, mas esta é uma
relação difícil de determinar. Faz-se necessário determinar a necessidade de serviços
dos clientes e como elas podem ser mensuradas para a elaboração medidas que
possam ajudar a monitorar o desempenho logístico junto aos clientes.

A mensuração de nível de serviço mais comum é feita por questionários, porém


pode-se também gerar estatísticas de velocidade e confiabilidade através dos
documentos de entrega datados pelos clientes ou, ainda, determinar os requisitos de
serviço desejado pelo cliente com base nas informações do pessoal de vendas ou
diretamente do consumidor. Como, em geral, muito pouco se sabe a respeito das
reais necessidades de serviço do cliente, algumas firmas procuram manter elevado
nível de serviço, o que pode resultar em custos desnecessários e preços maiores para
os clientes.

36
O sistema logístico tem a responsabilidade de definir a estrutura interna da
empresa que deverá controlar o fluxo de bens e serviços e planejar as atividades
logísticas. Suas operações necessitam de arranjos organizacionais formais ou
informais para facilitar a resolução de conflitos, definindo linhas de comando e
responsabilidade, propiciando a existência de controle e avaliação de desempenho.

A estrutura ou sistema logístico devem ser pensados de acordo com os


objetivos de cada empresa. As empresas de serviços, por exemplo, preocupam-se
fundamentalmente com a função suprimento porque consomem os bens adquiridos
durante a produção do serviço ou seja o atendimento ao cliente.

Para ao sistema logístico, Ballou (1993: 338) classifica como alternativas


organizacionais: informal, semiformal e formal, resultante da ação de forças internas,
influenciada pelos valores, crenças e tradições, assim como pela importância das
atividades logísticas.

A organização logística informal procura a coordenação do esforço através de


incentivos de cooperação tais como: custos cruzados ou de transferência entre as
diversas atividades logísticas; rateios das economias de custos ou, ainda, a criação
de comitês de coordenação que, no entanto, têm pouco poder de implementação das
suas proposições, necessitando da revisão das decisões e operações pelo principal
executivo como forma eficaz de incentivo à coordenação.

A organização semiformal ou matricial tem no gerente de logística o


responsável por toda a movimentação e armazenagem, embora não tenha autoridade
direta sobre as atividades componentes da logística dividindo-as, assim como, os
centros de custos, com um gerente de linha em cada área. Deste modo, as linhas de
responsabilidade e autoridade podem ficar ambíguas gerando conflitos de difícil
solução.

A organização formal estabelece linhas claras de autoridade e


responsabilidade para a logística, que ocupa, na hierarquia organizacional, o mesmo
nível das outras funções principais, conferindo ao executivo de logística a mesma voz
na solução de conflitos econômicos.

De acordo com Ballou, (1993: 351) o processo de controle logístico exercido a


partir de metas, medidas de desempenho, comparações e ações corretivas é exercido

37
por exceção. Ou seja, “enquanto o sistema logístico estiver produzindo os níveis de
custo e de serviço conforme planejados, não é necessário tomar nenhuma ação para
ajustar as atividades”

Implícito no conceito de organização formal existe a noção de que o


agrupamento de responsabilidades em uma unidade organizacional resultará em
melhoria das condições de controle, o que na verdade, se constitui uma falácia,
segundo Bowersox et al (1986: 35), uma vez que enfatizar a estrutura em detrimento
do desempenho não é suficiente para garantir o cumprimento da missão, de modo
que a organização logística vai depender de “missão específica, pessoal disponível,
e capacidade dos recursos”.

O posicionamento estratégico de uma empresa face a concorrência, segundo


Cooper & Slagmulder (1999) deve ser buscado através da gestão de custos entre as
empresas participantes da cadeia de suprimento, que extrapola as fronteiras da firma,
porque o isolamento limita a eficácia do processo como um todo na medida em que
cada empresa confina sua análise a economia local.

Faz-se necessário criar mecanismos de interações que permitam o desenho


de produtos que reduzam o custo ao longo da cadeia desde o fornecedor até o
consumidor, através do equilíbrio entre funcionalidade/preço/qualidade assim como
pelo estabelecimento de relações independentes, mas cooperativas, a fim de se criar
uma rede onde se opere de modo mutuamente sustentado.

Relativamente recente, o reconhecimento da logística como vital para


obtenção de vantagem competitiva tem se notabilizado, passando a fazer parte da
estratégia geral de marketing que preconiza colocar “o produto certo, no lugar certo,
na hora certa”. Neste sentido, entendida como um processo de negócio, o seu
gerenciamento estratégico estendido para gestão da cadeia de suprimentos tem
merecido um tratamento a nível das principais decisões estratégicas dos
empreendimentos de classe mundial.

Gerenciamento logístico, como entendido atualmente, segundo Christopher,


(1997: 2), “é o processo de gerir estrategicamente a aquisição, movimentação e
armazenagem de materiais, peças e produtos acabados”, assim como os fluxos de
informações correlatas, através da organização e seus canais de marketing, de modo

38
a poder maximizar as lucratividade presente e futura através do atendimento dos
pedidos a baixo custo.

A direção estratégica das organizações tem sido orientada por dois vetores:
vantagem em produtividade e vantagem em valor.

Para obter vantagem em produtividade, o gerenciamento logístico pode


proporcionar grande variedade de formas para aumentar a eficiência e a
produtividade e, consequentemente, contribuir para a redução dos custos unitários.
Para obtenção de vantagem em valor, pode adicionar valor à oferta tornando-a
diferente da concorrência. (Christopher, 1997: 5)

A logística propicia vantagens competitivas devido a melhor utilização da


capacidade, redução de estoques e maior integração com os fornecedores em nível
de planejamento e consequente aumento da vantagem em valor de mercado, através
de um serviço superior ao cliente.

A missão do gerenciamento logístico, de uma perspectiva estratégica, é


planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis
dos serviços e qualidade ao custo mais baixo possível. Portanto, a logística deve ser
vista como o elo de ligação entre o mercado e a atividade operacional da empresa,
estendendo-se sobre toda a organização, desde o gerenciamento de matérias primas
até o produto final.

Por meio do gerenciamento logístico “as necessidades dos clientes são


satisfeitas através da coordenação dos fluxos de materiais e de informações que vão
do mercado até a empresa, suas operações e, posteriormente, para seus
fornecedores”. (Christopher, 1997: 11) O objetivo é procurar ser bem sucedido no
mercado seja por liderança em custos, diferenciação ou ambos combinados.

Uma visão da empresa como um sistema orientado para objetivos é essencial


para maximizar o impacto competitivo e aquelas que desenvolvem uma postura
logística estratégica obtém vantagens competitivas em custos e serviços difíceis de
serem copiados pela concorrência. Daí porque se tem dado cada vez mais atenção à
logística incorporada ao planejamento estratégico.

A estratégia logística consiste de um planejamento de longo prazo para


comprometimento de recursos financeiros e humanos para distribuição física, apoio

39
à fabricação, e operações de compras com o objetivo específico de prover políticas,
instalações, equipamentos, e sistemas operacionais capazes de atingir metas de
desempenho ao mais baixo custo total.

Através do plano logístico estratégico se delineiam políticas relacionadas com


os tipos de armazéns que serão usados, onde eles serão localizados, onde e que
sortimento de estoques será estocado em cada, a filosofia de compra, como requisitos
de transporte serão satisfeitos, quais métodos de manuseio de materiais serão
utilizados, e os métodos básicos de processamento dos pedidos.

Tem-se, no entanto, como característica mais importante, segundo Bowersox


et al (1986: 35), propiciar o desenho dos sistemas pelos quais vários aspectos das
operações logísticas serão coordenados.

Uma perspectiva útil é obter uma compreensão das forças externas e internas
que influenciam a estratégia logística tendo como importante “input”, definir, monitorar
e avaliar as mudanças ambientais decorrente da natureza dinâmica dos fatores-
chave, procurando avaliar as múltiplas direções e taxas de variações e como se
relacionam com as operações logísticas.

Externas para a empresa são forças ambientais que limitam, a flexibilidade,


tais como: competitividade industrial, diferenças geomercadológicas, tecnologia,
energia e materiais, estrutura de canais, projeções socioeconômicas, tendências da
indústria de serviços e posturas regulatórias

Mensuração do Sistema Logístico

40
Cada empresa define, escolhe e combina alternativas de controle da
implementação de logística integrada. De acordo com Bowersox & Closs (1996: 632),
“o principal requisito para uma organização melhorar continuamente seu sistema de
mensuração de desempenho é definir uma estrutura geral para guiar o planejamento
operacional e, assim, criar uma fundamentação para mensurar operações logísticas
reais.

Para estes autores a questão da mensuração relacionada com o desenho do


sistema logístico refere-se o desenvolvimento e implementação da análise de custo
total, de modo que, os componentes do custo logístico podem ser relacionados com
a receita propiciada demonstrando que existe uma relação expressiva entre preços e
operações logísticas.

Os objetivos da mensuração de qualquer atividade, processo ou unidade de


negócio são monitorar, controlar e orientar decisões. As medidas de monitoramento
procuram acompanhar o histórico do desempenho do sistema logístico, do tipo de
nível de serviço e componentes de custos. As medidas de controle procuram
acompanhar o desempenho em andamento e são usados para refinar o processo
logístico no sentido de retornar a conformidade de acordo com padrões de controle.
E as medidas de orientação são definidas para motivar ações das pessoas em relação
aos objetivos perseguidos.

As medidas de desempenho são definidas tendo em vista a perspectiva da


atividade ou da produtividade. Quando baseadas na atividade o foco está na
eficiência e eficácia do esforço do trabalho principal, mas nem sempre no
desempenho do processo de satisfação do cliente como um todo.

A mensuração do processo considera a satisfação do cliente com a entrega


pela cadeia de suprimento, examinando o tempo total de desempenho do ciclo ou a
qualidade total do serviço, atributos que medem a eficácia coletiva de todas as
atividades requeridas para satisfazer os consumidores.

A medidas de desempenho baseadas nesta perspectiva podem ser internas,


relacionadas com custos, serviço ao consumidor, produtividade, ativos, qualidade, e
externas quando levam em conta percepção do cliente ou resultados da prática de
benchmarking.

41
O foco na eficácia e desempenho da cadeia de suprimento requer medidas que
ofereçam uma perspectiva integrada, que seja compatível e consistente com as
funções da firma e as instituições do canal. Sem esta integração fabricantes e
atacadistas, por exemplo, podem apresentar perspectivas diferentes do que seja um
serviço adequado ao consumidor.

Para o fabricante a disponibilidade do serviço pode ser medida pela habilidade


de embarque quando solicitado, enquanto o atacadista pode avaliar como a
habilidade de enviar quando prometido.

No primeiro caso o fabricante é classificado de acordo com a sua capacidade


de atender a demanda do consumidor, enquanto no segundo um padrão inferior é
seguido de modo que o atacadista pode prorrogar o prazo se o estoque não estiver
disponível.

Custos do sistema de informações gerenciais e financeiras relacionadas a


logística é composto por: finanças, sistema de informação gerencial, custos de apoio
a cadeia de suprimentos.

Os custos de mão de obra da fabricação e despesas gerais de estoques


referem-se a: mão de obra direta, mão de obra indireta, engenharia de fabricação e
qualidade, sistema de informações, refugos e retrabalho, depreciação, despesa de
aluguel, locação da fábrica, manutenção de equipamentos, apoio externo, ambiental

A mensuração dos desvios de custos focaliza a produtividade dos recursos


humanos rastreando o valor adicionado por empregado. A produtividade do valor
adicionado é definida como valor adicionado total da receita menos o valor de
materiais obtidos externamente expresso como um índice do contingente total da
empresa ou folha de pagamento.

De acordo com Bowersox et al, (1996: 682) um sistema de mensuração ideal


incorpora três características para oferecer precisão e orientação oportuna para a
gestão: conciliação custo/serviço, relatório baseado no conhecimento dinâmico, e
relatório baseado em exceções.

A conciliação é essencial para refletir o equilíbrio entre os custos e a geração


de receitas a fim de que se possa identificar e coordenar os custos e receitas
relevantes permitindo que os gestores tomem decisões logísticas significativas. De

42
outro modo os gestores podem obter uma visão distorcida da eficácia do desempenho
do seu sistema logístico.

Os relatórios baseados no conhecimento dinâmico decorrem da necessidade


dos gestores logísticos projetar tendências adversas e, assim, poder guiar ações
gerenciais corretivas. Por isso, os sistemas de relatórios devem possuir capacidade
de diagnóstico para antecipar tendências operacionais que anunciam e sugerem
ações corretivas apropriadas.

Os relatórios também devem ser baseados em exceções devido à natureza


abrangente e detalhada da logística que requer atenção gerencial direcionada para
os desvios dos resultados esperados. A identificação de que uma atividade não
planejada está ocorrendo ajudará o gestor no isolamento de atividades e processos
que requerem atenção, identificando áreas que requerem esforço de resolução de
problemas ou facilitando uma avaliação mais profunda de um processo ou função
específicos.

Níveis de Mensuração da Informação Logística

Existem mecanismos de monitoramento essenciais para um sistema de


avaliação e controle, com vistas a assegurar a administração que a operação total
está dentro dos parâmetros estabelecidos. O propósito é sinalizar alguma
anormalidade que venha requerer ações corretivas e prevenir a recorrência de
problemas.

A natureza da mensuração requer que diversos níveis de informação sejam


desenvolvidos dentro da empresa, tendo como regra geral que, quanto mais alto o
nível de gestão, mais seletivo os relatórios devem ser. Na mensuração logística
quatro níveis de informação podem ser aplicáveis: direção (orientação), variação,
decisão, e política.

43
CONCLUSÃO

No âmbito da pesquisa acadêmica sobre custos logísticos, identificou-se uma


lacuna quanto ao desenvolvimento de um conhecimento estruturado, sistematizado e
suficientemente aprofundado, a respeito desse tema, assim como o impacto das
atividades de Logística no resultado econômico das empresas.

Convém mencionar que o propósito da estruturação realizada para ordenar a


discussão sobre os elementos de custos logísticos foi buscar a abrangência na visão
desses custos, e não aprofundar / detalhar a discussão sobre cada um deles.

É unânime entre os autores da área de Logística, comentar sobre a


necessidade de identificação e mensuração dos custos, bem como da melhoria dos
níveis de serviço no fluxo logístico.

Ocorre que todo fluxo é composto por um conjunto de processos que geram
custos, e são responsáveis pelo nível de serviço, que se materializa na receita de
vendas. Portanto, para medir a eficiência logística, o ponto de partida é conhecer os
processos e fluxos logísticos e identificar e mensurar os custos logísticos associados
a cada um.

Nenhuma atividade de Logística poderia ocorrer dentro de uma empresa, de


maneira eficiente, sem as necessárias informações de custo e desempenho, geradas
por intermédio de um sistema de informações gerenciais eficiente, dentro da empresa
e / ou com os membros de sua cadeia de suprimentos. Essa é uma das funções da
Controladoria: subsidiar os gestores com informações relevantes a seu processo de
gestão e que possam otimizar seus resultados econômicos.

A importância dos custos logísticos dependerá das características dos


produtos, do segmento em que atuam e de como o modelo de gestão da empresa
considera a Logística, com relação a outras categorias de custo e objetivos.
Dependerá, também, da localização, dos recursos da empresa em relação às suas
fontes de abastecimento e distribuição, bem como do papel que a empresa pode

44
desempenhar em um sistema logístico ou em uma cadeia de suprimentos. Os
gestores de Logística, responsáveis pelas decisões, têm como objetivo principal que
os benefícios das mesmas sejam maiores que seus custos; assim como necessitam
que as informações disponíveis para a tomada das referidas decisões sejam
compreensíveis, úteis, relevantes, confiáveis e oportunas. Para isso, a atividade de
Logística necessita que a Controladoria forneça as informações de custos logísticos
descritas no decorrer deste trabalho, para poder melhor direcionar sua tomada de
decisões.

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