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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................................................ 2
2 - Teoria Geral da Administração ......................................................................................... 4
2.2.1 - Teoria de administração e a Relação com a ASME ................................................. 6
2.3.1 - Modelo T......................................................................................................................10
2.3.2 - Modelo A e carreira posterior de Ford ......................................................................12
2.3.3 - Filosofia de trabalho ...................................................................................................13
2.1.1 - Funções do administrador .........................................................................................17
2.1.2 - Fayol x Autores contemporâneos .................................................................................17
2.4.1 - Principais características da organização burocrática ............................................24
2.4.1.1 - Caráter legal das normas e regulamentos ............................................................24
2.4.1.2 - Caráter formal das comunicações .........................................................................25
2.4.1.3 - Caráter racional e divisão do trabalho ...................................................................25
2.4.1.4 - Impessoalidade nas relações .................................................................................25
2.4.1.5 - Hierarquia da autoridade ........................................................................................26
2.4.1.6 - Rotinas e procedimentos ........................................................................................26
2.4.1.7 - Competência técnica e Meritocracia ......................................................................26
2.4.2 - Na burocracia a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência
técnica .....................................................................................................................................27
2.4.2.1 - Profissionalização dos participantes......................................................................27
2.4.2.2 - Completa previsibilidade do funcionamento .........................................................27
3.1 - Sistema Toyota e as Quatro Regras ............................................................................28
3.2 - Estratégia de renascimento da marca Nissan (ADAPTADO) ..................................31
4 - O que é Planejamento Estratégico?................................................................................38
4.1 - Sobre a Gestão Estratégica ..........................................................................................38
4.2 - A Gestão Estratégica na Administração Pública ........................................................39
4.3 - O Plano Estratégico .......................................................................................................40
4.4 - Considerações Importantes ..........................................................................................40
4.5 - Por onde começar o planejamento estratégico?...................................................41
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NOSSA HISTÓRIA
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1 - Administração e Planejamento Estratégico
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Há autores que consideram a Administração uma área interdisciplinar do
conhecimento, uma vez que se utilizaria de métodos e saberes de diversas
ciências,como Contabilidade, Direito, Economia, Filosofia, Psicologia.
Não se deve confundir a gerência de uma casa ou da vida pessoal, que tem sua arte
própria, porém empírica, com a administração de uma instituição. A gerência
corporativa requer conhecimento e aplicação de diversos modelos e técnicas
administrativas, ao passo que a gerência pessoal pode ser feita por pessoas sem
qualificações adicionais. Como exemplo de dependência da Ciência da
Administração, para funcionar de forma empresarial, estão as Instituições de Direito
Público ou Instituições de Direito Privado, criadas, respectivamente, para
finalidades sociais ou fins lucrativos.
A Reação Humanística surgiu com a "ênfase nas pessoas", por meio da Teoria
Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO). A "ênfase
no ambiente" surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da
Contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a "ênfase na tecnologia".
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Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia
- provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo
passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria procurou privilegiar ou enfatizar uma
dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as
demais.
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sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas.
Finalmente, apontou que estas instruções programadas devem, sistematicamente,
ser transmitidas a todos os empregados.
Incluiu um sistema de pagamento por quantidade (ou por peça) produzida. Isso
fazia com que os rendimentos dos funcionários aumentassem de acordo com seu
esforço. Assim, Taylor conseguiu maximizar significativamente a eficiência da
organização.
Em 1912, Taylor reuniu vários de seus artigos em um manuscrito com volume de livro
e apresentou-o à ASME para publicação. A ASME formou uma comissão para revisar
o texto. A comissão incluía aliados de Taylor, como James Mapes Dodge e Henry R.
Towne. A comissão delegou a preparação do relatório para o editor do American
Machinist, Leon P. Alford. Alford era um crítico do sistema de Taylor e seu relatório foi
negativo. A comissão fez algumas leves modificações no relatório, mas aceitou a
recomendação de Alford e recusou-se a publicar o livro de Taylor. Chateado, Taylor
desistiu do livro mas publicou seus Princípios sem a aprovação da ASME.[10]
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modelo Ford T, revolucionou os transportes e a indústria dos Estados Unidos. Ford
foi um inventor prolífico e registrou 161 patentes nos Estados Unidos. Como único
dono da Ford Company, ele se tornou um dos homens mais ricos e conhecidos do
mundo. No dia 16 de junho de 1903, dia da fundação da Ford Motor Company, foi
investido um capital de US$150 000 (em valores da época), de 12 sócios, sendo que
US$28 000 foram investidos pelo próprio Ford, com então 40 anos na época.
O intenso empenho de Henry Ford para baixar os custos resultou em muitas inovações
técnicas e de negócios, incluindo um sistema de franquias que instalou uma
concessionária em cada cidade da América do Norte, e nas maiores cidades em
seis continentes. Ford deixou a maior parte de sua grande riqueza para a Fundação
Ford, mas providenciou para que sua família pudesse controlar a companhia
permanentemente.
Ford ficou conhecido como um pacifista durante os primeiros anos da Primeira Guerra
Mundial e na década seguinte ficou conhecido como notório antissemita, publicando
uma série de quatro livros chamados O Judeu Internacional (The International Jew).
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Ford iniciou sua trajetória com motores, digamos assim, na fazenda de seu pai. Ele
era responsável pelos reparos nas máquinas da fazenda, mostrava muita habilidade
para inovar e sua principal intenção era observar o funcionamento mecânico das
máquinas e equipamentos. A vida na fazenda era difícil, exigia serviços pesados feitos
à mão. Por causa disso, desde menino Ford já demonstrava o interesse em diminuir
o trabalho manual com o uso de máquinas. No ano de 1875, com doze anos, o contato
com um locomover a vapor o levou a estudar os carros automotores.
Sua mãe morreu em 1876. Seu pai desejava que Henry no futuro assumisse a
fazenda, mas Henry não tinha gosto pelos trabalhos agrícolas. Com o falecimento de
sua mãe, muito pouco permaneceu para o manter na fazenda. Mais tarde ele disse a
seu pai: "Eu nunca tive qualquer amor especial pela fazenda — era a mãe na fazenda
que eu amava".
Ford se casou com Clara Jane Bryant (1865-1950) em abril de 1888, e se sustentava
com a exploração da fazenda e mantendo uma serraria. Eles tiveram um único
filho, Edsel Bryant Ford (1893-1943).
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Por volta do ano de 1890, Ford assumiu o lugar de engenheiro maquinista na cidade
de Detroit na Edison Illuminating Company. Em 1893, após sua promoção ao cargo
de Engenheiro Chefe, Ford passou a ter bastante tempo e dinheiro para dedicar-se às
suas experiências pessoais com motores a gasolina. Estes experimentos culminaram
em 1896 com a conclusão de seu próprio veículo automotor denominado Quadriciclo,
que ele dirigiu em teste em 4 de junho. Depois de vários testes, Henry Ford planejou
formas de melhorar o Quadriciclo.
Ford maravilhou o mundo em 1914, oferecendo o pagamento de 5,00 dólares por dia,
o que mais do que duplicou o salário da maioria dos seus trabalhadores. O movimento
foi extremamente rentável; no lugar da constante rotatividade de empregados, os
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melhores mecânicos de Detroit afluíram para a Ford, trazendo seu capital humano e
sua habilidade, aumentando a produtividade e reduzindo os custos de treinamento.
Ford chamou isso de "salário de motivação" ("wage motive"). O uso da integração
vertical pela empresa também provou ser bem sucedido quando Ford construiu uma
fábrica gigantesca, onde entravam matérias primas e de onde saiam automóveis
acabados.
2.3.1 - Modelo T
O Ford Modelo T foi apresentado em 1 de outubro de 1908. Ele tinha muitas inovações
importantes, como o volante no lado esquerdo, o que foi logo copiado por todas as
outras companhias. O motor e o câmbio eram totalmente fechados. Os 4 cilindros
eram fundidos em um bloco sólido, e a suspensão usava duas molas semi-elípticas.
O carro era muito simples de se dirigir e, o mais importante, sua manutenção era
barata. O veículo era tão barato em 1908, custando 825,00 dólares (o preço caía todo
ano) que na década de 1920 a maioria dos motoristas norte-americanos aprenderam
a dirigir o Modelo T, o que deixou boas memórias para milhões de pessoas.
Ford criou um sólido sistema de publicidade Detroit para garantir que cada jornal
transmitisse notícias e anúncios sobre o novo produto. A rede de concessionários
locais de Ford tornou o carro onipresente em praticamente todas as cidades da
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América do Norte. Como revendedores independentes, as franquias enriqueceram e
fizeram a propaganda não apenas de Ford, mas também do próprio conceito de
automobilismo; clubes locais de automóveis surgiram para ajudar novos motoristas e
para explorar o campo. Ford foi sempre ávido para vender aos fazendeiros, que viram
no veículo um dispositivo comercial para ajudar em seus negócios. As vendas subiram
rapidamente - vários anos tiveram 100% de lucros em relação ao ano anterior. Sempre
na busca de maior eficiência e menores custos, em 1913, Ford introduziu a montagem
em esteiras em movimento nas suas instalações, o que permitiu um enorme aumento
da produção. As vendas ultrapassaram 250.000 unidades em 1914. Por volta de 1916,
tendo o preço baixado para US$ 360,00 para os carros de passeio básicos, as vendas
atingiram 472.000 unidades.
Por volta de 1918, metade dos carros na América do Norte eram Modelos T. A alta
produção conseguida por Ford tem como característica marcante a escolha de uma
única cor de veículo, que era preta. Desta forma, ele conseguia montar os veículos
sem ter que diferenciar o processo de pintura. Existe uma frase famosa que Ford
escreveu em sua autobiografia sobre a escolha da cor do veículo: "O cliente pode ter
o carro da cor que quiser, contanto que seja preto". Antes do desenvolvimento da linha
de montagem, que exigia a cor preta por sua secagem mais rápida, o Modelo T era
disponível em outras cores, incluindo o vermelho. Esse esquema era veementemente
defendido por Henry Ford, e a produção continuou até 1927; a produção final total foi
de 15.007.034 unidades. Esse foi um recorde que permaneceu por 45 anos.
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Em 1918, o presidente Woodrow Wilson pediu pessoalmente a Ford para que se
candidatasse ao Senado dos Estados Unidos, de Michigan, como um democrata.
Embora a nação estivesse na guerra, Ford concorreu como um candidato pacífico e
um forte apoiador da proposta Liga das Nações. Em dezembro de 1918, Henry Ford
transferiu a presidência da Ford Motor Company para seu filho Edsel Ford. Henry,
entretanto, retinha a autoridade de decisão final e algumas vezes revogou as decisões
de seu filho. Henry e Edsel compraram todas as ações restantes de outros
investidores, dando deste modo à família exclusivo domínio sobre a companhia.
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2.3.3 - Filosofia de trabalho
Fayol nasceu em 1841 em um subúrbio de Istambul, Império Otomano. Seu pai era
engenheiro e trabalhava como superintendente das obras da ponte de Gálata. A
família voltou para a França em 1847, onde Fayol se formou em mineração na Escola
Nacional Superior de Minas de Saint-Étienne, em 1860.Criou o Centro de Estudos
Administrativos, onde se reuniam semanalmente pessoas interessadas na
administração de negócios comerciais, industriais e governamentais, contribuindo
para a difusão das doutrinas administrativas. Entre seus seguidores estavam Luther
Guilick, James D. Mooney, Oliver Sheldon e Lyndal F. Urwick.
Também direcionou seu trabalho para a empresa como um todo, ou seja, procurando
cuidar da empresa de cima para baixo, ao contrário das ideias adotadas
por Taylor e Ford. Juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da
administração. Sua visão, diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a
de um Gerente ou Diretor.
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Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação reuniu suas teorias na obra
Administração Industrial Geral (Administration Industrielle et Generale), em 1916. Só
foi traduzida para o inglês em 1930. Fayol sempre afirmava que seu êxito se devia
não só às suas qualidades pessoais, mas aos métodos que empregava.
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Administrar é o processo de dirigir ações que utilizam recursos para atingir objetivos.
Embora seja importante em qualquer escala de aplicação de recursos, a principal
razão para o estudo da Administração é seu impacto sobre o desempenho das
organizações. É a forma como são administradas que torna as organizações mais ou
menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos
corretos.
Segundo Fayol a Fazenda é uma função fictícia das outras funções, como finanças,
produção e distribuição, e o trabalho do gerente está distinto das operações técnicas
das empresas. Com essa distinção Fayol contribuiu para que se torne mais nítido o
papel dos executivos. Identificou catorze princípios que devem ser seguidos para que
a Administração seja eficaz. Esses princípios se tornaram uma espécie de prescrição
administrativa universal, que segundo Fayol devem ser aplicadas de modo flexível.
Os quatorze princípios são:
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2. Autoridade e Responsabilidade: a autoridade sendo o poder de dar ordens e no
poder de se fazer obedecer. Estatutária (normas legais) e Pessoal (projeção das
qualidades do chefe). Responsabilidade resumindo na obrigação de prestar
contas, ambas sendo delegadas mutuamente;
3. Disciplina: tornar as expectativas claras e punir as violações;
4. Unidade de Comando: cada agente, para cada ação só deve receber ordens
(ou seja, se reportar) a um único chefe/gerente;
5. Unidade de Direção: os esforços dos empregados devem centrar-se no
atingimento dos objetivos organizacionais;
6. Subordinação: prevalência dos interesses gerais da organização;
7. Remuneração do pessoal: sistematicamente recompensar os esforços que
sustentam a direção da organização. Deve ser justa, evitando-se a exploração;
8. Centralização: um único núcleo de comando centralizado, atuando de forma
similar ao cérebro, que comanda o organismo. Considera que centralizar é
aumentar a importância da carga de trabalho do chefe e que descentralizar é
distribuir de forma mais homogênea as atribuições e tarefas;
9. Hierarquia: cadeia de comando (cadeia escalar). Também recomendava uma
comunicação horizontal, embrião do mecanismo de coordenação;
10. Ordem: ordenar as tarefas e os materiais para que possam auxiliar a direção
da organização.
11. Equidade: disciplina e ordem justas melhoram o comportamento dos
empregados.
12. Estabilidade do Pessoal: promover a lealdade e a longevidade do empregado.
Segurança no emprego, as organizações devem buscar reter seus funcionários,
evitando o prejuízo/custos decorrente de novos processos de seleção, treinamento
e adaptações;
13. Iniciativa: estimular em seus liderados a inciativa para solução dos problemas
que se apresentem. Cita Fayol: " o chefe deve saber sacrificar algumas vezes o
seu amor próprio, para dar satisfações desta natureza a seus subordinados";
14. Espírito de Equipe (União): cultiva o espírito de corpo, a harmonia e o
entendimento entre os membros de uma organização. Consciência da identidade
de objetivos e esforços. Destinos interligados.
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2.1.1 - Funções do administrador
Fayol Autores
17
“Consiste na obediência e
“O desejável é a negociação
assiduidade conforme
Disciplina dos parâmetros de
convenções
comportamento.” Chiavenato
estabelecidas.”
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autoridade superior aos geralmente se torna mais
agentes inferiores.” eficiente.” Robbins
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sociedade nessa Educação, Administração e Cultura que é Dinâmica em toda
Sociedade, ela não para o tempo e espaço devendo ser e estando a modernizar-se
para sua sobrevivência e legitimidade evolutiva, segundo Max Weber.
Como afirma Chiavenato (2003), Max Weber foi o primeiro teórico que, em uma
análise voltada para a estrutura, acreditava que a burocracia era a organização por
excelência. Segundo Motta (1975, p. 46), a preocupação de Weber está na
racionalidade, entendida como a adequação dos meios aos fins. E uma organização
é racional quando é eficiente. Assim, para Weber, a burocracia era a forma mais
eficiente de uma organização. Ele descreveu um tipo de estrutura burocrática
acreditando que fosse comum à maioria das organizações formais. No entanto, como
ressalta Maximiano (2000), Weber não definiu um modelo padrão para ser aplicado,
apenas esquematizou as principais características da burocracia existente. Ao
sistematizar seu estudo da burocracia, Weber (Maximiano, 2000, p. 88) começa com
a análise dos processos de dominação ou autoridade. Segundo o autor, “a autoridade
é a probabilidade de haver obediência dentro de um grupo determinado”. Weber
distinguiu três tipos de sociedade e autoridade:
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um carisma invulgar ou excepcional, qualquer subordinado aceitará a legitimidade
da sua autoridade.
Racional-legal ou burocrática: em que a aceitação da autoridade se baseia na
crença, na legalidade das leis e regulamentos. Esta autoridade pressupõe um tipo
de dominação legal que vai buscar a sua legitimidade no caráter prescritivo e
normativo da lei;
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A avaliação e a seleção dos funcionários são feitas em função da competência
técnica. Daí a exigência de exames, concursos e diplomas como instrumentos de
base à admissão e promoção;
As relações informais não têm razão de existir. O funcionário burocrático é uma
peça de uma máquina, esperando-se dele um comportamento formal e
estandardizado, de forma a cumprir com exatidão as tarefas e funções que lhes
estão destinadas;
O funcionário recebe regularmente um salário, não determinado pelo trabalho
realizado, mas segundo as funções que integram esse trabalho e o tempo de
serviço;
O funcionário burocrata não é proprietário do seu posto de trabalho, as funções
que executa e o cargo que ocupa são totalmente independentes e separados da
posse privada dos meios de produção da organização onde trabalha;
A profissão de funcionário de tipo burocrático supõe um emprego fixo e uma
carreira regular;
O desempenho de cada cargo por parte dos funcionários burocráticos pressupõe
uma grande especialização na execução das suas tarefas e trabalho.
Como descrito por Chiavenato (2003, p. 268), o tipo ideal de burocracia weberiana
tinha como uma das características a previsibilidade do seu funcionamento
contribuindo para a obtenção de maior eficiência organizacional. Porém, autores como
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Merton, encontraram limitações na obra de Weber, partindo para uma análise crítica
da realidade descrita por ele. Para Merton não existe uma organização
completamente racional, como proposto por Weber. Até porque, sendo um tipo ideal,
tende a ser modificado pelos homens. Merton notou que a burocracia leva também a
consequências imprevistas que conduzem a ineficiências e imperfeições, e estas, por
sua vez, são enfatizadas e exageradas pelos leigos. A esse fenômeno, Merton
denomina de disfunções da burocracia, a exemplo da internalização das regras e o
apego aos regulamentos, o excesso de formalismo e de papelório, a resistência a
mudanças, a dificuldade no atendimento a clientes e os conflitos com o público.
23
sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência
à organização. O leigo passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema.
São escritas.
Procuram cobrir todas as áreas da organização.
É uma estrutura social racionalmente organizada.
Conferem às pessoas investidas da autoridade um poder de coação sobre os
subordinados e também os meios coercitivos capazes de impor a disciplina.
24
Possibilitam a padronização dentro da empresa.
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2.4.1.5 - Hierarquia da autoridade
O ocupante do cargo não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia impõe
que ele faça;
a disciplina no trabalho e o desempenho no cargo são assegurados por um
conjunto de regras e normas, que tentam ajustar o funcionário às exigências do
cargo e das organizações;
todas as atividades de cada cargo são desempenhadas segundo padrões
claramente definidos.
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2.4.2 - Na burocracia a escolha das pessoas é baseada no mérito e na
competência técnica
27
3 - Teorias Modernas da Administração
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4. Qualquer melhoria deve ser feita pelo método científico, sob a coordenação de
um orientador e no nível mais baixo da organização.[3]
Taiichi Ohno que continuou a melhorar o processo posto em prática por Toyota, credita
suas contribuições ao STP a dois conceitos principais, o primeiro conceito do livro
de Henry Ford Today and Tomorrow, era a linha de montagem em movimento que
providencia as bases para a produção e os sistemas de montagem usadas na STP.
O segundo conceito eras as opções de supermercado que observou durante sua visita
aos Estados Unidos em 1956 que providenciava alimentação contínua. O
supermercado deu a Ohno a ideia de um sistema de tração onde cada processo de
produção provê para o processo seguinte de forma ininterrupta.
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3.1.2 - Princípios do Sistema Toyota
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3.2 - Estratégia de renascimento da marca Nissan (ADAPTADO)
Se alguém pode mudar uma grande empresa japonesa, esse alguém tem de vir de
fora. Essa, pelo menos, é a lição que nos dá Carlos Ghosn, o brasileiro que assumiu
a direção da grande montadora Nissan em maio de 1999, com a missão de reverter
os prejuízos e globalizar a empresa. Só alguém que não esteja imbuído da rígida
cultura empresarial japonesa teria coragem para fazer o que Ghosn está fazendo.
3.2.1 - Introdução
31
Como consequência, apesar de ter fábricas produtivas e alto nível de qualidade, a
Nissan deixou de atender aos desejos do comprador. Lançava carros insípidos, meras
cópias (mal feitas) da Toyota. No Japão, a Nissan vinha rendendo participação no
mercado há décadas e seus modelos são vendidos com deságio de US$ 400 em
relação aos concorrentes.
A saúde financeira da Nissan, devido aos sucessivos prejuízos, era precária. Tinha
dívidas acumuladas de US$ 13 bilhões, mesmo depois de vender 35% de seu capital
à Renault francesa.
Foi justamente a Renault que indicou Carlos Ghosn, um brasileiro radicado em Paris,
para o cargo de “interventor” e salvador da Nissan. Após a compra da sua participação
na empresa japonesa, a Renault convidou Ghosn (então seu vice-presidente de
operações) para assumir a empreitada. Ghosn aceitou e foi para Japão em maio de
1999. Recebeu todos os poderes e toda a ajuda necessária, mas sabia que a sua era
uma missão sem volta. Ou vencer, ou morrer. A Nissan não teria outra chance e a sua
carreira estaria comprometida para sempre.
Naturalmente, várias tentativas já haviam sido feitas para reverter a situação, antes
da chegada de Ghosn. Isso tornou as coisas ainda mais difíceis, pois os funcionários
tornaram-se incrédulos e diziam: “É apenas mais um que vai tentar e falhar”.
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Mas, por que a Nissan chegou ao fundo do poço? Eles fazem tudo direitinho, são
campeões japoneses de produtividade e qualidade total. Nas linhas de montagem, os
operários instalam um motor com a mesma rapidez dos mecânicos nos “pits” da
Fórmula –1. Mas, há muitos anos, a Nissan perdeu a vontade e a capacidade de
introduzir inovações e mudanças realmente importantes.
“Estancar as perdas até abril/2001 e voltar aos lucros no ano seguinte, transformando
a Nissan em corporação global.”
Como se vê, um trabalho de Hércules que um homem jamais poderá executar sozinho.
Desde o início, Ghosn tornou claro que as decisões difíceis e a sua implementação
seriam tarefas de todos os principais executivos. Até mesmo as medidas iniciais
(cortes de pessoal) foram tomadas por comitês de executivos especialmente criados.
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com os acionistas) era a transformação cultural da empresa. Ou Ghosn transformava
a Nissan ou ela o devoraria.
3.2.5 - Consenso
34
3.2.6 - Tratamento de choque
Diante dessa situação, Ghosn não tinha escolha. Optou por um tratamento de choque,
simplesmente porque não havia outro caminho a tomar. No entanto, de uma forma
sutil, ele respeitou (e utilizou em seu proveito) algumas características essenciais da
cultura empresarial japonesa. Por exemplo, ele deu ênfase aos grupos matriciais (por
ele criados) para discutir e implementar as mudanças necessárias.
Descreveremos abaixo as primeiras medidas tomadas por Ghosn, logo após assumir
a direção.
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Foi com base no diagnóstico preparado pelos seus 200 “Ghosn Boys” que Ghosn
desenvolveu o plano de ressurgimento da empresa. Este plano apoiava-se nas
seguintes premissas e conclusões:
3.2.8 - Premissas
3.2.9 - Conclusões
A gota d’água foi a decretação do inglês como língua oficial. Evidentemente, ações
dessa envergadura teriam de encontrar opositores. Os piores foram os executivos
mais velhos e conservadores, que adotaram a postura da resistência passiva. Lidar
com eles (ou afastá-los) era um dos próximos problemas que Ghosn teve que
enfrentar.
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3. Sentido de urgência – como levar as pessoas que nos cercam a ter pressa, fazer as
coisas acontecerem e não se desviar dos objetivos traçados. Tudo isso e mais uma
coisa: coragem pessoal e fé nas próprias convicções.
Era impossível prever. Mas Ghosn achava que ainda iria levar 4 anos para mostrar
resultados.
Essas são as grandes indagações suscitadas por este caso e o próprio Ghosn ainda
não tem respostas para elas. Curiosamente, a saga de Ghosn na Nissan nos evoca
uma epopeia parecida – a de Lee Iacocca, na Ford, nos anos 60. Só que Iacocca
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partiu por um caminho inverso. Enquanto Ghosn escolheu como sua prioridade o corte
dos custos, Iacocca começou a partir do mercado, com a criação de um campeão de
vendas – o Maverick.
Em resumo, pode-se dizer que é o processo de analisar uma organização sob vários
ângulos, definindo seus rumos por meio de um direcionamento que possa ser
monitorado nas suas ações concretas, utilizando-se, para tanto, de um instrumento
denominado “plano estratégico”.
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objetivos”. Já o dicionário Michaelis define estratégia simplesmente como “a arte de
dirigir coisas complexas”.
A área pública tem sido colocada em xeque pela sociedade com relação às respostas
que lhes são exigidas. O cidadão-usuário demanda padrões de excelência nos
serviços oferecidos, exercendo seu direito de cobrar presteza no atendimento aos
anseios sociais e no cumprimento da missão das instituições. Além disso, as
organizações públicas não puderam crescer em tamanho o suficiente para
acompanhar o ritmo do crescimento populacional do país. O incremento da demanda
tanto qualitativa quanto quantitativamente no setor público é fato inegável.
39
4.3 - O Plano Estratégico
aos valores - quais são nossas premissas quanto às atitudes para alcançar
nossa visão;
O plano estratégico nada mais é do que uma consolidação de ideias, que por si só
não produzem resultado algum. Ao contrário, é na implementação dessas ideias que
a organização vai obter o melhor da estratégia. É necessário observar também que a
estratégia precisa ser constantemente reavaliada e reformulada, pois o processo todo
– formulação e implementação – não é construído apenas apoiado em questões
concretas, mas é produto de mecanismos altamente complexos. Isso sem falar nas
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mudanças bruscas nos contextos dentro e fora da organização, imprevisíveis, muitas
vezes.
Dessa forma, o maior desafio da gestão estratégica está relacionado à sua efetividade
prática no alcance dos objetivos organizacionais, isto é, na sua capacidade de
movimentar a organização e alinhá-la no sentido da prescrição proposta pelo plano
estratégico, com a adaptabilidade que esse processo exige. Como toda função de
gestão, isso pressupõe uma dinâmica permanente de planejamento, execução,
monitoramento, avaliação, ajustes e reajustes.
Para todo empreendedor que deseja crescer, um dos primeiros passos é entender
como iniciar algo que proporcione boas chances de sucesso ao negócio. Como o
próprio significado da palavra indica, planejar estratégias é uma arte que requer
eficiência, informações adequadas e conhecimento de mercado, para que as decisões
tomadas estejam bem casadas com a visão de futuro da empresa.
É aconselhável, para todas as situações, que o plano esteja traçado no papel antes
que seja colocado em ação. Portanto, o inicio de todo planejamento estratégico passa
por algumas definições:
Quem somos? Qual a nossa missão? Qual a relevância do nosso negócio para
o mercado? Afinal, aonde queremos chegar?
Quais os atores envolvidos nesse planejamento? Quem deve ter participação
importante nas análises que traçarão os caminhos da empresa;
Definidos os papeis de cada um, é o momento de ter em mãos o máximo de
informações que lhe darão uma visão mais completa do mercado. Saiba de
tudo que se refere à análise de mercado, crescimento e desenvolvimento de
funcionários, concorrentes, áreas e mercados para explorar;
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Esteja informado sobre os insumos (internos e externos) para realização de seu
negócio. O entendimento de mercado é tão bom quanto à compreensão do que
ocorre dentro da sua própria empresa.
Acabaram-se os anos em que o que importava era bater o concorrente com gastos
milionários em campanhas publicitárias. Hoje, quem não realizar uma métrica bem
relacionada com o planejamento e ambições da empresa estará atrasado.
As métricas nada mais são do que estratégias para mensurar qualquer investimento
ou ação relacionada à sua empresa, em quantidade e qualidade. Mas o mais
importante é que ela deve estar diretamente relacionada aos planos de estratégia.
Não adianta ter números e mais números, bons ou ruins, se esses números não
estiverem dando respostas conclusivas para a gestão do negócio, se estamos ou não
estamos chegando mais perto dos nossos grandes objetivos. Portanto, métricas de
sucesso são aquelas em que os resultados serão um termômetro para saber se os
objetivos da empresa estão sendo alcançados.
Sair do papel e ir para a realidade pode muitas vezes ser um tema complicado para o
empreendedor. Portanto, a primeira coisa que devemos levar em consideração na
parte da execução é analisar como fazemos o que fazemos. Ou seja, qual é a forma
como conduzimos o processo de pessoas/equipe, a estratégia e nossos planos
operacionais. Quanto mais organizada e bem feita for essa execução, mais
poderemos medir o nível de maturidade de uma empresa.
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o tom da eficiência da sua execução. No livro “Execução”, escrito por Larry Bossidy &
Ram Charan, a definição da palavra para a gestão empresarial é esclarecedora: “No
seu sentido fundamental, executar é uma forma sistemática de expor a realidade e
agir sobre ela”.
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Referências
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pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre : Bookman, 2000.
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SERRA, F. A. R. TORRES, M. C. S. e TORRES, A. P. Administração Estratégica:
conceitos, roteiro prático e casos. Rio de Janeiro : Reichamnn e Affonso Editores,
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