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UNIVERDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE GESTÃO

LICENCIATURA EM GESTÃO DE TURISMO


1º Ano

Belmiro Lemos Valdez


Codigo: 71230483

O Papel da Abordagem Clássica da Administração e Teoria


Estruturalista

Quelimane
2023
Belmiro Lemos Valdez

O Papel da Abordagem Clássica da Administração e Teoria


Estruturalista

Trabalho de carácter avaliativo, a ser entregue no


Departamento de Turismo na Módulo de
Introdução a Gestão leccionado pelo Dr. Elísio
dos Santos

Quelimane
2023
Índice
Introdução..........................................................................................................................5
Objectivos..........................................................................................................................6
Geral..................................................................................................................................6
Específicos.........................................................................................................................6
Metodologia.......................................................................................................................6
Abordagem Clássica da Administração.............................................................................7

Administração Científica...................................................................................................7

O que a administração científica Estuda?..........................................................................7

Quem foi Frederick Winslow Taylor?...............................................................................8

Teoria da Administração Científica ou Taylorismo?........................................................8

Os experimentos de Taylor................................................................................................9

Princípios da Administração Científica.............................................................................9

Divisão de responsabilidades..........................................................................................10

Estudo dos tempos X estudo dos movimentos................................................................10

Legado do Taylorismo.....................................................................................................11

Críticas a teoria da administração científica....................................................................11

Teoria clássica da Administração....................................................................................12

A criação dos princípios gerais de administração...........................................................13

Principais Elementos da Administração..........................................................................13

Teorias Organizacionais - Teoria Estruturalista da Administração (década de 1950)....14


A Teoria Estruturalista da Administração.......................................................................14

Origens da Teoria da Burocracia.....................................................................................16

Principais características do tipo ideal de burocracia segundo weber.............................18

Conclusão........................................................................................................................20

Referencia Bibliográfica..................................................................................................21
Introdução
A abordagem clássica da administração é uma das principais correntes teóricas
da administração, desenvolvida no início do século XX por teóricos como Henri Fayol e
Frederick Taylor. Essa abordagem tem como objetivo principal aumentar a eficiência e
a produtividade nas organizações por meio do planejamento, da organização, do
controle e da coordenação das atividades.
O papel da abordagem clássica da administração é fornecer princípios e
diretrizes para a gestão eficaz das organizações. Os principais elementos dessa
abordagem incluem: Divisão do trabalho: A abordagem clássica enfatiza a importância
da divisão do trabalho para aumentar a eficiência. Através da especialização, cada
funcionário se concentra em uma tarefa específica, o que leva a um aumento da
produtividade e do desempenho. Hierarquia: A abordagem clássica preconiza a
existência de uma estrutura hierárquica clara, com autoridade e responsabilidades
definidas para cada nível de gestão. A hierarquia facilita a comunicação, a tomada de
decisão e o controle nas organizações. Princípios gerais de administração: Henri
Fayol, um dos principais expoentes da abordagem clássica, identificou 14 princípios
gerais de administração, incluindo divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade,
disciplina, unidade de comando, entre outros. Esses princípios fornecem orientações
para os gestores na condução das operações organizacionais. Ênfase na eficiência e
produtividade: A abordagem clássica valoriza a eficiência e a produtividade como
objetivos-chave da administração. Os teóricos clássicos desenvolveram métodos
científicos para analisar e aprimorar os processos de trabalho, visando eliminar
desperdícios e melhorar o desempenho. Abordagem prescritiva: A abordagem clássica
é uma abordagem prescritiva, ou seja, busca estabelecer princípios e diretrizes
universais que podem ser aplicados em qualquer organização. Ela se baseia em estudos
e observações sobre a prática administrativa, buscando estabelecer um conjunto de
regras e procedimentos para a gestão.
Apesar de ter sido desenvolvida há mais de um século, a abordagem clássica da
administração ainda possui influência e relevância nos dias atuais. Muitos dos conceitos
e princípios estabelecidos pelos teóricos clássicos continuam sendo aplicados e
adaptados às necessidades contemporâneas das organizações. No entanto, é importante
ressaltar que a abordagem clássica é apenas uma das correntes teóricas da administração
e que outras abordagens, como a abordagem comportamental e a abordagem sistêmica,
também desempenham um papel importante na compreensão e prática da administração.
Objectivos
Geral
 Comprieeder o papel da abordagem clássica da administração e teoria
estruturalista.
Específicos
 Origens da abordagem clássica e Administração Científica;
 Teoria Clássica da Administração;
 Origens da Teoria Estruturalista da Administração;
 Tipos de Sociedade e de Autoridade;
 Características da Burocracia segundo Weber.
Metodologia
Segundo Michaelis (2000), metodologia é a arte de guiar o espírito de
investigação da verdade, é um dos instrumentos utilizados para se conhecer a verdade e
chegar ao conhecimento.
A metodologia usada para elaboração do presente trabalho foi do tipo
exploratório, onde uso se como ferramenta. Para a obtenção de informações, a internet e
manuais electrónicos (pdf), onde podem ser consultados através da referência
bibliográfica do presente no trabalho.
Abordagem Clássica da Administração
Taylor enxergou que as empresas de sua época, com o crescimento que vinham
obtendo, necessitavam de um novo “método” de funcionamento, algo técnico e
científico, que fosse capaz de aumentar a eficiência das mesmas. Seus estudos foram
praticamente uma revolução na época, tendo em vista os novos conceitos apresentados.
O foco de Taylor era, por meio de técnicas de produção bem definidas, reduzir
os desperdícios, que eram comuns no período, bem como aumentar a produção.
Abordagem Clássica da Administração – Substituição da prática pela técnica.
A improvisação era o que imperava nas empresas naquele cenário. Os
funcionários desenvolviam seu modo de agir em suas actividades unicamente
observando como os demais faziam, de maneira que cada um ia inserindo seus modos
particulares de exercer as tarefas.
O final disso é previsível: total falta de padrão na produção, desperdício de
material e tempo o que, consequentemente, gerava baixa eficiência.
Administração Científica 
Teve origem com Frederick Taylor, tendo sido desenvolvida com as
contribuições de Henry Ford e, mais recentemente, aprimorada com as ideias e técnicas
desenvolvidas pela Toyota, por meio do Toyota Production System (TPS), desenvolvido
por Taiichi Ohno.
Administração Científica, também conhecida como Taylorismo, é uma teoria da
administração que surgiu no final do século XIX com o engenheiro mecânico americano
Frederick Winslow Taylor. Seu principal objectivo era melhorar a eficiência económica,
especialmente a produtividade do trabalho manual.
As metodologias de melhoria de processo são técnicas e abordagens utilizadas
para optimizar e tornar mais eficientes os processos em uma empresa. Essas
metodologias visam identificar pontos de melhoria, eliminar desperdícios e garantir a
satisfação dos clientes, aumentando a produtividade e a competitividade da empresa.
O que a administração científica Estuda?
A Administração Científica, também conhecida como Taylorismo, dedica-se ao
estudo de métodos de trabalho e procedimentos de gestão para aumentar a eficiência dos
processos organizacionais. Seu objectivo é melhorar a produtividade e a eficiência
económica, principalmente no que diz respeito ao trabalho manual. Aqui estão alguns
aspectos específicos que a Administração Científica estudam:
Análise de tarefas: Se concentra na análise minuciosa de tarefas individuais para
decompor o trabalho em seus componentes mais simples. Isso permite identificar o
melhor método para realizar cada tarefa;
Estudo do tempo: A teoria inclui a realização de estudos de tempo e movimento
para determinar a maneira mais eficiente de realizar uma tarefa. O objectivo é reduzir o
tempo gasto na execução de tarefas e eliminar movimentos desnecessários;
Selecção e treinamento de trabalhadores: Estuda a selecção e treinamento de
trabalhadores para garantir que eles sejam bem adaptados às suas tarefas. Os
trabalhadores são seleccionados com base em suas habilidades e treinados para executar
suas tarefas da maneira mais eficiente possível;
Remuneração por desempenho: A teoria defende a ideia de remuneração por
desempenho, com a crença de que a eficiência do trabalho é directamente influenciada
pela recompensa monetária.
Isso incentiva os trabalhadores a serem mais produtivos;
Cooperação entre gerência e trabalhadores: Também analisa a relação entre gerentes e
trabalhadores, enfatizando a necessidade de cooperação para aumentar a eficiência;
Implementação de controlos: A teoria defende a implementação de controlos rigorosos
para garantir que as tarefas sejam realizadas de acordo com os padrões estabelecidos.
Vale lembrar que, embora a Administração Científica tenha desempenhado um
papel fundamental na melhoria da eficiência das organizações, ela também recebeu
críticas por sua abordagem mecanicista e seu potencial para desconsiderar as
necessidades humanas e sociais dos trabalhadores.
Quem foi Frederick Winslow Taylor?
Frederick Winslow Taylor nasceu em 1856, na Filadélfia, EUA e pertencia a
uma família de classe média. Ele começou sua carreira como aprendiz em uma oficina
de fabricação de bombas, a Enterprise Hydraulic Works.
Teoria da Administração Científica ou Taylorismo?
A teoria de Taylor concentra-se na crença de que fazer as pessoas trabalharem o
máximo possível não é tão eficiente quanto optimizar a maneira como o trabalho era
realizado. De acordo com o próprio Taylor, a abordagem da Administração Científica
consiste na arte de saber exactamente o que você quer que seus homens façam e ver que
eles fazem isso da melhor e mais barata maneira.
Em 1911, Taylor publicou The Principles of Scientific Mangement, propondo
que a optimização e a simplificação dos empregos elevariam a produtividade nas
indústrias. Ele também defendeu a ideia de que trabalhadores e gerentes precisavam
cooperar uns com os outros. Isso era muito diferente da maneira como o trabalho
normalmente era feito nas empresas.
Um gerente de fábrica da época tinha muito pouco contacto com os
trabalhadores, não havia padronização, e a principal motivação do trabalhador era o
emprego contínuo, portanto não havia incentivo para trabalhar o mais rápido ou
eficientemente possível.
Taylor acreditava que todos os trabalhadores eram motivados por dinheiro, e
também promoveu a ideia de "um salário justo por um dia justo de trabalho". Ou seja, se
um trabalhador não alcançasse o suficiente em um dia, ele não merecia ser pago tanto
quanto outro trabalhador que era altamente produtivo.
Os experimentos de Taylor
Em um dos experimentos realizados em seu trabalho, Taylor determinou a
melhor maneira de os trabalhadores serem capazes de utilizar uma pá por várias horas
seguidas, aumentando a eficiência na tarefa de escavação.
Outro experimento famoso envolveu o uso de um cronómetro e análises
biomecânicas para criar um método melhor para os trabalhadores transportarem ferro-
gusa para vagões.
No primeiro dia, usando seu novo método, a quantidade de ferro-gusa que os
trabalhadores conseguiram transportar quase triplicou. Consequentemente, Taylor
descobriu que, calculando o tempo necessário para os vários passos de uma tarefa, ele
poderia desenvolver a melhor maneira de concluir essa tarefa.
Acima de tudo, os estudos de tempos e movimentos também levaram Taylor a
concluir que certas pessoas poderiam trabalhar com mais eficiência do que outras. Essas
eram as pessoas que os gerentes deveriam procurar contratar sempre que possível.
Portanto, seleccionar as pessoas certas para o trabalho seria outra parte importante da
eficiência do local de trabalho.
Princípios da Administração Científica
Tomando o que aprendeu com suas experiências no local de trabalho, Frederick
Winslow Taylor desenvolveu quatro princípios da Administração Científica. São eles:
Use o método científico para estudar o trabalho e determinar a maneira mais eficiente de
executar tarefas específicas. Ou seja, em vez de permitir a cada trabalhador usar seu
próprio método para concluir uma tarefa, você deve usar o método científico para
determinar a melhor maneira de fazer cada trabalho:
Atribua trabalhos aos trabalhadores com base em suas aptidões. Em vez de
designar trabalhadores aleatoriamente para qualquer trabalho aberto, avalie quais são os
mais capazes de cada trabalho específico e treine-os para trabalhar com máxima
eficiência;
Monitora o desempenho do trabalhador. Avalie a eficiência de seus funcionários
e forneça instruções adicionais quando necessário para garantir que eles estejam
trabalhando de maneira produtiva;
Divida adequadamente a carga de trabalho entre gerentes e trabalhadores. Os
gerentes devem planejar e treinar, enquanto os trabalhadores devem implementar o que
foram treinados para fazer;
Divisão de responsabilidades.
De acordo com Taylor, os gerentes devem assumir toda as responsabilidades
relacionadas ao planejamento e supervisão do trabalho, enquanto os trabalhadores
devem se concentrar na execução das tarefas;
Remuneração por desempenho. Taylor era a favor de sistemas de remuneração por
desempenho, onde os trabalhadores seriam recompensados ou penalizados com base em
seu desempenho. Ele acreditava que isso incentivava os trabalhadores a serem mais
produtivos.
Estudo dos tempos X estudo dos movimentos
Os estudos de tempo e de movimento são técnicas de eficiência desenvolvidas
no final do século XIX e início do século XX para melhorar a produção em massa.
Enquanto o engenheiro mecânico Frederick Winslow Taylor dedicou a maior
parte de seu trabalho aos estudos de tempo, os especialistas em eficiência e engenharia
industrial Frank e Lillian Gilbreth se concentraram nos estudos de movimento. O
trabalho de Taylor concentrou-se principalmente na redução do tempo do processo,
enquanto o trabalho dos Gilbreth otimizou os processos, reduzindo a quantidade de
movimentos envolvidos.
Taylor acreditava que reduzir o tempo para concluir uma tarefa era a principal
maneira de aumentar a produtividade do trabalho. Ele defendeu a realização de estudos
de tempo em que dividiria o trabalho em tarefas específicas, usaria um cronómetro para
cronometrar cada elemento da tarefa e, em seguida, reorganizaria os elementos em uma
sequência ideal. Os estudos do tempo de Taylor enfatizaram a maximização do lucro.
Os Gilbreth, por sua vez, defendiam o uso de filmagens para se ter entender
como uma tarefa era concluída. Dessa forma, eles não apenas conseguiram rastrear o
tempo que se levava para concluir a tarefa, mas também podiam analisar as áreas de
melhoria.
Os filmes podiam ser exibidos também aos trabalhadores para que eles
pudessem ver em primeira mão como poderiam aprimorar suas técnicas. Os estudos de
movimento de Gilbreth deram uma ênfase muito maior ao bem-estar do trabalhador do
que os princípios de Taylor.
Legado do Taylorismo
Antes do início dos anos 1900, não havia uma teoria da administração como a
pensamos hoje. Os proprietários e gerentes de fábrica não possuíam um relacionamento
próximo com seus funcionários. Os trabalhadores controlavam o processo de trabalho e
geralmente trabalhavam duro o suficiente para garantir que não fossem demitidos.
Havia pouco ou nenhum incentivo para trabalhar mais do que os colegas.
Em suma, conceito de que o trabalho poderia ser estudado e o processo de
trabalho melhorado não existia formalmente antes das ideias de Frederick Winslow
Taylor. Sendo assim, Taylor foi um dos primeiros a sugerir que as principais funções
dos gerentes deveriam ser planejamento e treinamento também.
A teoria da administração científica trouxe ideias revolucionárias para a época,
como treinamento de funcionários e implementação de melhores práticas padronizadas
para melhorar a produtividade. Logo, a teoria de Taylor foi chamada científica porque,
para desenvolvê-la, ele empregou técnicas emprestadas de botânicos e químicos, como
análise, observação, síntese, racionalidade e lógica.
Ao ler mais sobre Taylor, você pode decidir que, segundo os critérios de hoje,
ele não era amigo do trabalhador. No entanto, Taylor deve receber crédito por criar o
conceito de organização sendo administrada como negócio, buscando sempre eficiência
e produtividade.
Críticas a teoria da administração científica
A teoria de administração científica de Taylor promove a ideia de que existe um
caminho certo para fazer alguma coisa e de que as decisões devem estar concentradas
nas mãos de determinadas pessoas, estando em desacordo com diversas abordagens
actuais que promovem a responsabilidade individual e buscam impulsionar a tomada de
decisões em todos os níveis da organização.
Contudo, o Taylorismo também é criticado por desconsiderar os elementos
humanos do trabalho, reduzindo os trabalhadores à máquinas; por assumir erroneamente
que o ser humano é motivado somente por recompensas financeiras; por dar importância
excessiva a performance individual ao invés da performance do grupo; e por colocar os
trabalhadores sob uma pressão desnecessária por executar suas tarefas de forma cada
vez mais rápida
Teoria clássica da Administração
A Teoria Clássica teve o seu início na França, tendo como fundador o francês
Henri Fayol (1841-1925), engenheiro que se baseava em princípios e técnicas para o seu
trabalho. Caracterizava-se pela ênfase na estrutura da organização, na busca pela
eficiência.
Os Princípios da Administração Segundo Fayol são:
 Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para
aumentar a eficiência.
 Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de
esperar obediência. A responsabilidade é uma consequência natural da autoridade e
significa o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.
 Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito
aos acordos estabelecidos.
 Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens apenas de um
superior. É o princípio da autoridade única.
 Unidade de direcção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de actividades
que tenham o mesmo objectivo.
 Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses gerais da
empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas.
 Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os
empregados e para a organização em termos de retribuição.
 Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da
organização.
 Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo
em função do princípio do comando.
 Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e
humana.
 Equidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.
 Estabilidade pessoal: a rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da
organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer no cargo, tanto melhor
para a empresa.
 Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu
sucesso.
 Espírito de equipe: a harmonia entre as pessoas é grande força para a organização.

A criação dos princípios gerais de administração


Na teoria clássica, a análise das tarefas de cada indivíduo cedeu lugar a uma
visão global e universal da organização, a qual partia da estruturação, organização como
um todo e chegava, finalmente, ao indivíduo.
Henri Fayol dividiu as funções da empresa e criou os princípios gerais da
administração, essenciais para estruturar qualquer organização, seja qual for seu ramo
de atividade e seu tamanho:

1. Funções técnicas:  relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa,


manufactura e adaptação.
2. Funções comerciais:  relacionadas com a compra venda e permutação/troca.
3. Funções financeiras:  relacionadas com a procura e gerência de capitais.
4. Funções de segurança:  relacionadas com a protecção e preservação dos bens e das
pessoas.
5. Funções contáveis:  relacionadas com inventários, registros de estoques, balanços,
custos e estatísticas.
6. Funções administrativas:  relacionadas com cinco funções integradas:
planejamento, organização, direcção, coordenação e controle.

Principais Elementos da Administração


Sobre as funções administrativas, Fayol definiu elementos da Administração, ou
funções do administrador, a saber;

 Planejar:  visualizar o futuro e traçar o programa de acção.


 Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
 Comandar:  dirigir e orientar o pessoal.
 Coordenar:  ligar, unir e harmonizar todos os actos e todos os esforços colectivos.
 Controlar:  verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e o previsto.
Teorias Organizacionais - Teoria Estruturalista da Administração (década de
1950)

Jorge Barros - Pós-graduado e Mestre em Administração e Gestão Escolar,


Doutor em Administração e Gestão Educativa e Escolar, Professor no 2.º Ciclo do
Ensino Básico no Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres (ESLA), Quarteira
 A Teoria Estruturalista da Administração
Surge por volta da década de 1950 e ficou a dever-se aos autores que tentaram
conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas.
Esta teoria desenvolveu-se a partir dos estudos sobre as limitações e rigidez do modelo
burocrático, uma vez que era considerado um modelo de sistema fechado, altamente
mecanístico ou mecanicista e fundado numa teoria - a Teoria da Máquina, segundo a
qual a organização é concebida como um arranjo estático de peças cujo funcionamento
se encontra previamente previsto. Partindo do modelo burocrático,
os estruturalistas introduziram o conceito de sistema aberto no estudo das organizações
e tentaram compatibilizar as contribuições clássica e humanística da Teoria da
Administração, uma abordagem múltipla e compreensiva na análise das organizações,
visualizando-as como complexos de estruturas formais e informais.
Desta forma, são iniciados estudos tendo como pressuposto que as organizações
são sistemas abertos em constante interacção com o seu contexto externo,
designadamente sobre a análise inter-organizacional e outras organizações do ambiente.
Mediante os mesmos, foi possível verificar que a inovação e a mudança traziam
conflitos dentro da empresa. Contudo, apurou-se que estes conflitos eram sinónimo de
ideias e atitudes diferentes que, por vezes, se chocam e se antagonizam, envolvendo
aspectos positivos e negativos, cuja resolução contribui para o desenvolvimento da
empresa ou da organização. Verificou-se ainda que nenhuma organização é autónoma
ou auto-suficiente, antes pelo contrário, todas dependem umas das outras.
Esta teoria além de procurar inter-relacionar as organizações com o seu ambiente
externo, que é a sociedade, focaliza-se no homem organizacional, ou seja, no homem
que participa simultaneamente em várias organizações, devendo para tal ser detentor de
determinadas características, como a flexibilidade, a tolerância às frustrações, a
capacidade de adiar as recompensas e o desejo de realização.
Os autores estruturalistas fazem a análise das organizações dentro de uma
abordagem múltipla, nomeadamente nos seguintes aspectos: tanto a organização formal
como a informal devem ser compreendidas, assim como as recompensas salariais,
materiais, sociais e simbólicas devem ser consideradas no comportamento das pessoas;
todos os diferentes tipos de organização devem ser considerados; os diferentes níveis
hierárquicos devem ser abrangidos, bem como as relações externas da organização com
outras organizações.
A fim de facilitar a análise comparativa das organizações, os estruturalistas
desenvolvem tipologias de organização para as classificar mediante determinadas
características. Por exemplo, na tipologia proposta por Etzioni, em meados dos anos 80
do século XX, as organizações têm centros de poder, está prevista a substituição do
pessoal e verifica-se a existência da divisão do trabalho e a atribuição de poder e de
responsabilidades. Na perspectiva deste autor, o controlo formal nas organizações não é
adequado, pois não se pode confiar nas tarefas executadas pelas pessoas sem que
existam meios de controlo físico, material e normativo, que mediante a atribuição de
recompensas ou sanções garantam obediência às suas normas, regulamentos e ordens.
Para Etzioni, estes meios de controlo provocam um padrão de obediência em função do
tipo de interesse em obedecer a esse controlo, nomeadamente alienatório, calculista e
moral.
Com base no uso e significado desta obediência, o mesmo autor classifica as
organizações da seguinte forma: coercivas, onde o poder é imposto quer pela força
física, quer por controlos baseados em prémios ou punições; utilitárias, em que o poder
se baseia no controlo de incentivos económicos; normativas, baseando-se o poder no
consenso sobre os objectivos e métodos da organização. A tipologia de Etzioni enfatiza
os sistemas psicossociais das organizações. A sua desvantagem é dar pouca
consideração à estrutura, tecnologia utilizada e ao ambiente externo. Trata-se de uma
tipologia simples, unidimensional e baseada exclusivamente nos tipos de controlo.
Na tipologia de Blau e Scott proposta no final da década de 70 do século XX, são
consideradas as comunidades onde se inserem as organizações, as relações entre os
membros destas, por um lado, e o público, os clientes e as instituições externas, por
outro lado.
De acordo com estes autores, as organizações existem para proporcionar
benefícios ou resultados para a comunidade, pelo que a tipologia que propõem baseia-se
no beneficiário principal (princípio do «cui bono»), ou seja, quem beneficia da
organização, e que compreende, são: os próprios membros da organização; os
proprietários, dirigentes ou accionistas da organização; os clientes da organização; e o
público em geral.
No quadro destas categorias de beneficiário principal que a organização visa
atender, Blau e Scott dizem existir quatro tipos de organização: associações de
benefícios mútuos, em que o beneficiário principal são os próprios membros da
organização; organizações de interesses comerciais, em que os proprietários ou
accionistas são os principais beneficiários da organização; organizações de serviços, em
que um grupo de clientes é o beneficiário principal; e organizações de Estado, em que o
beneficiário é o público em geral.
A tipologia de Blau e Scott tem a vantagem de enfatizar a força do poder e da
influência do beneficiário sobre as organizações a ponto de condicionar a sua estrutura e
objetivos. Trata-se também de uma tipologia simples e unidimensional, porque não
fornece informações a respeito das diferentes tecnologias, estruturas ou sistemas
psicossociais e administrativos que existem nas organizações.
A Teoria Estruturalista trouxe para a teoria administrativa uma considerável
contribuição, de que podemos salientar os seguintes campos: no contexto de uma
análise organizacional mais ampla, inaugura os estudos a respeito do ambiente,
consideradas as organizações como sistemas abertos em constante interacção com o seu
contexto externo; a convergência de várias abordagens divergentes, como seja da Teoria
Clássica, da Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia; e a associação do
seu nome à denominada «teoria de crise», pois tem mais a dizer sobre os problemas e
patologias das organizações complexas do que com a sua normalidade.
Todavia, apesar destes contributos, as tipologias das organizações oferecidas
pelos estruturalistas são criticadas pelas suas limitações quanto à aplicação prática e
pelo facto de se basearem numa única variável ou aspecto básico.
Por último, podemos acrescentar que a Teoria Estruturalista, com os seus
aspectos positivos e as suas restrições e limitações, se trata de uma teoria de transição
em direcção à Teoria de Sistemas.
Origens da Teoria da Burocracia
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração ao redor da década de
1940, em função dos seguintes aspectos:
1. A fragilidade e parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria das Relações
Humanas, ambas oponentes e contraditórias, mas sem possibilitarem uma abordagem
global, integrada e envolvente dos problemas organizacionais. Modelo Burocrático de
Organização
2. A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar
todas as variáveis envolvidas.
3. O crescente tamanho e complexidade das empresas, passou a exigir modelos
organizacionais mais bem definidos.
4. O surgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos
trabalhos de Max Weber. Modelo Burocrático de Organização Tipos de Sociedade e de
Autoridade Weber distingue três de Sociedade/Autoridade:
 Sociedade/Autoridade Tradicional: predominam características patriarcais e
patrimonialistas. Ex: clã, sociedade medieval.
 Sociedade/Autoridade Carismática: predominam características místicas,
arbitrárias e personalísticas. Ex: grupos revolucionários, partidos políticos,
nações em revolução.
 Sociedade/Autoridade Legal, Racional ou Burocrática: predominam normas
impessoais, e racionalidade na escolha dos meios e dos fins. Ex: grandes
empresas, estados modernos, exércitos, etc. Modelo Burocrático de Organização
Características da burocracia, segundo Weber:
 Carácter legal das normas e regulamentos A burocracia é uma organização
ligada por normas e regulamentos estabelecidos previamente por escrito. Em
outros termos, é uma organização baseada em uma espécie de legislação própria
(como a Constituição para o Estado, os estatutos para a empresa privada etc.)
que define antecipadamente como a organização burocrática deverá funcionar.
As normas e regulamentos são legais porque conferem às pessoas investidas da
autoridade um poder de coação sobre os subordinados e também os meios
coercitivos capazes de impor a disciplina. Modelo Burocrático de Organização;
 Carácter formal das comunicações A burocracia é uma organização ligada por
comunicações escritas. Todas as acções e procedimentos são feitos para
proporcionar comprovação e documentação adequadas, bem como assegurar a
interpretação unívoca das comunicações.
 Carácter racional e Divisão do Trabalho A divisão do trabalho atende a uma
racionalidade. Ela é adequada aos objectivos a serem atingidos: a eficiência da
organização. Modelo Burocrático de Organização
 Impessoalidade nas relações A administração da burocracia é realizada sem
considerar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargos e de
funções. O poder de cada pessoa deriva do cargo que ocupa. A obediência
prestada pelo subordinado ao superior também é impessoal.
 Hierarquia da Autoridade A burocracia é uma organização que estabelece os
cargos segundo o princípio da hierarquia. Todos os cargos estão dispostos em
uma estrutura hierárquica que encerra privilégios e obrigações, definidos por
regras específicas. Modelo Burocrático de Organização
 Rotinas e procedimentos padronizados As regram e normas técnicas regulam a
conduta do ocupante de cada cargo, cujas actividades são executados de acordo
com as rotinas e procedimentos. O ocupante de um cargo não faz o que quer,
mas o que a burocracia impõe que ele faça.
 Competência técnica e Meritocracia A burocracia é uma organização na qual a
escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em
preferências pessoais.
Principais características do tipo ideal de burocracia segundo weber
Formalidade:
Os burocratas são essencialmente sistemas de normas. A figura das autoridades é
definida pela lei, que tem como objectivo a racionalidade da ocorrência e meios e fins.
Impessoalidade:
As pessoas são ocupantes de cargos ou posições formais. Alguns dos cargos são
de figuras de autoridade. A obediência é devida aos cargos, não aos ocupantes, todas as
pessoas seguem a lei.
Profissionalismo:
As burocracias são formadas por funcionários. Como fruto de sua participação,
os funcionários obtêm os meios para sua subsistência. As burocracias operam como
sistemas de subsistência para os funcionários.
1. Divisão do trabalho:
– Trabalhos são divididos em tarefas simples, rotineiras e bem definidas.
2. Hierarquia de autoridade:
– Cargos ou posições são organizados em uma hierarquia; – cada um abaixo é
controlado por outro acima.
3. Selecção formal:
– Todos os membros organizacionais devem ser seleccionados com base nas
qualificações técnicas demonstradas por:
• Treinamento;
• Educação; ou
• Exame formal.
4. Regras e regulamentos formais:
– Necessidade de assegurar uniformidade;
– Regular as acções de empregados;
– Administradores: devem seguir fortemente as regras formais da organização.
5. Impessoalidade:
– Regras e controles são aplicados de maneira uniforme (leis); – evitar
envolvimento com personalidades e preferências pessoais dos empregados.
6. Orientação de carreira:
– Administradores são funcionários profissionais; – não são proprietários das
unidades que administram; – trabalham por salários fixos; – seguem as suas
carreiras na organização.
Características da Burocracia:
• Carácter legal das normas
• Comunicações formais
• Divisão do trabalho racional
• Impessoalidade nas relações
• Hierarquia define o relacionamento entre os cargos
• Rotinas e procedimentos padronizados
• Competência técnica e meritória
• Especialização da
Administração
• Profissionalização dos participantes
• Previsibilidade do funcionamento
Conclusão
Quando se trata de gestão, pode-se realçar o quão importante como aborda os
trabalhos de conduta para nortear a sociedade. Desta forma, pode-se destacar também a
sua importância para a administração, assim como para os eventuais administradores.
Contudo, é de primordial importância, que todos os profissionais presentes e do
futuro, trabalhem com gestao, zelo a função, e respeito a quem faz uso de seus
abordans.
A ética profissional se conjunta com valores e princípios, que dão direção à
conduta profissional do ser humano no desempenhar de sua função. Logo, as teorias da
administraçaobusca visualizar o futuro e traçar o programa de acção, construir o duplo
organismo material, dirigir orientado o pessoal harmonizando todos os esforços
colectivos e verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e o previsto de
maneira cada vez mais abrangente, aplicar tais normas e condutas adequadas, para a
correta realização de atividades de trabalho, alcance de metas traçadas e conclusão de
objetivos.
Referencia Bibliográfica
fm2s.com.br
https://www.fm2s.com.br › blog › o-que-e-administracao.
portaleducacao.com.br
https://blog.portaleducacao.com.br › teoria-classica-da-a...

gestaouniversitaria.com.br
http://www.gestaouniversitaria.com.br › artigos › teorias-...

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