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DISCENTES
DOCENTE
Dr. Latifo Ossumane Aboo
DISCENTES
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MOCUBA, ABRIL DE 2022
Índice
Introdução......................................................................................................................1
Objectivo Geral..............................................................................................................2
Objectivos específicos...................................................................................................2
Metodologia...................................................................................................................3
2. Abordagem socio-técnica.......................................................................................7
4. Modelo servqual...................................................................................................13
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8. Considerações finais.............................................................................................24
9. Referências bibliográficas....................................................................................25
Introdução
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Objectivo Geral
Objectivos específicos
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Metodologia
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1. Modelo de congruência Nadler-Tushman
Nadler e Tushman desenharam um modelo com base a metáfora das organizações vistas
como sistemas abertos, que sofrem influências do ambiente chamadas “inputs” e que
produzem os chamados “outputs”, as saídas do sistema, que são o resultado do processo
de transformação que ocorre no interior do sistema. A organização seria uma entidade
onde as entradas são transformadas em saídas e o conceito de congruência traz a ideia
de causalidade, quando a estrutura organizacional não apresenta uma harmonia ou
congruência com a estratégia traçada, a consequência provável será o desempenho
deficiente da organização.
Venkatraman (1989) afirma que a congruência é avaliada tendo como base critérios
pouco objetivos, pois considera os atributos como pouco ou muito congruentes
dependendo de uma interpretação e ou validação.
Para Burke e Litwin (1992, p.525), o modelo proposto por Nadler e Tushman não
apresenta, quando ocorre uma congruência, ou que níveis de congruência ou de
incongruência produzem efeitos desejáveis ou indesejáveis. Burke (2017) afirma ainda
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que a falha do modelo de congruência reside no fato de que os autores não mostram,
incisivamente, que variáveis são centrais no seu modelo.
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organização estrutura, coordena e administra o trabalho das pessoas em busca dos
objetivos estratégicos.
Esta expressão impede que se veja o projeto organizacional apenas como um conjunto
de decisões que dizem respeito apenas à estrutura básica da organização; pelo contrário,
ele é visto de modo mais amplo: como um conjunto de decisões sobre a configuração, a
dinâmica e a estética da maneira pela qual vários elementos da organização se
combinam. Para que seja possível refletir sobre o ambiente no qual essas decisões são
tomadas e compreender e analisar seu impacto, os autores propuseram o modelo de
congruência do comportamento organizacional (NADLER e TUSHMAN, 1994).
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são congruentes com a tarefa necessária à execução dessa estratégia (NADLER e
TUSHMAN, 1994).
Para lidar com a complexidade das organizações, Morgan (1996) propõe a análise
baseada em metáforas. De acordo com o autor, é preciso primeiro produzir uma leitura-
diagnóstico utilizando diferentes metáforas para identificar os aspectos-chave da
situação. O segundo passo é elaborar uma avaliação crítica do significado e da
importância das diferentes interpretações efectuadas.
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Fig. 1-Mapa representativo da
organização
2. Abordagem socio-técnica
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Social – analisa o foco no trabalho em equipe e no relacionamento entre os
participantes
Dessa maneira, a Teoria sociotécnica aborda tanto os aspectos sociais dos indivíduos em
sociedade quanto os aspectos técnicos de toda a estrutura organizacional e seus
processos.
Antes de exemplificarmos, destacamos ainda que a Abordagem sociotécnica apoia-se
nos seguintes princípios (Trist, 1981):
Por certo, esta nova concepção sistêmica trouxe significativas modificações, além de
importantes distinções com as teorias administrativas anteriores como a da
Administração científica.
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Princípios como os de coordenação e controle tornam-se especialmente frequentes nesse
sistema.
Além disso, o indivíduo é o elemento-base em conjunto às adaptações de novas
tecnologias.
Dessa forma, as pessoas são consideradas no processo como um todo, pois assim
conseguirão trabalhar de forma mais autônoma e tenderão a serem menos resistentes a
mudanças.
2.2. Do sistema tecnológico
“O sistema técnico ou tecnológico é determinado pelos requisitos típicos das tarefas que
são executadas pela organização. Varia muito de uma empresa para outra, e é moldado
pela especialização dos conhecimentos e das habilidades exigidas pelos tipos de
máquinas, equipamentos e matérias-primas e pelo arranjo físico das instalações”
(CHIAVENATO, 2009).
Em grande medida, a tecnologia é o que determina as características das pessoas
necessárias para os cargos nas empresas: administradores, engenheiros e outros
especialistas que as compõem.
A tecnologia é a variável que se relaciona com as habilidades de seus participantes. Isto
é, o conhecimento necessário irá depender da tecnologia utilizada no momento.
Logo, o sistema técnico dependerá do sistema social, ambos se relacionando entre si.
Caso haja uma alteração no sistema técnico haverá repressões no conjunto social e vice-
versa.
De acordo com as características citadas anteriormente, conclui-se que de maneira mais
abrangente o sistema sociotécnico constitui-se de três subsistemas, conforme
exemplificado abaixo:
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Aqui, observa-se que o sistema socio- técnico propõe uma inter-relação dos elementos
sociais e técnicos da organização e busca, sobretudo, o aperfeiçoamento entre o
desempenho técnico e a qualidade de vida do pessoal.
Essas duas funções necessitam atuar em conjunto para alcançar os resultados esperados.
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de mudança e condução dessas "novas fábricas". Integração e desenvolvimento esses
que serão tanto maiores quanto maiores forem a iniciativa e a participação dos
trabalhadores nesses processos, fazendo valer suas necessidades e anseios e buscando
uma forma de organização do trabalho verdadeiramente fundamentada em valores
humanos.
Nesse sentido. o presente modelo apoia-se na teoria socio -cognitiva de Albert Bandura
(1986), segundo a qual a mudança do comportamento depende das escolhas individuais,
efectuadas com base na informação que é recolhida a partir do meio en volvente e dos
estados fisiológicos internos do sujeito. Para o modelo das correntes organizacionais,
importa reter dois aspectos: (i) o comportamento individual, depende de escolhas
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baseadas em expectativas, valores individuais e na percepção de auto-eficácia que o
sujeito adquire a partir das suas transacções ambientais; (ii) o ambiente de trabalho
fornece um conjunto de estímulos que influenciam as expectativas, os valores e a auto-
eficácia do sujeito e como tal determina o seu comportamento no trabalho.
(iii) Tecnologia
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Fig 1. Relações entre o ambiente de trabalho e o indivíduo (adaptado de Porras, 1987)
4. Modelo servqual
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Os autores consideraram esses gaps como grandes obstáculos na tentativa de se atingir
um nível de excelência na prestação de serviços (BRITO; VERGUEIRO, 2009).
Segundo Freitas, Bolsanello e Carneiro (2007, p.3), o modelo dos 5 Gaps podem ser
analisados individualmente, “O emprego da escala Servqual é uma ferramenta que
utiliza questionários, aplicados diretamente aos clientes com objetivo de analisar a
diferença entre a qualidade do serviço prestado e o serviço recebido pelo cliente”,
confirmando no princípio de expectativas e desempenho, o seguinte:
Nesse estudo, os autores chegaram à conclusão de que existem “gaps” entre o que
consumidor avalia como qualidade em serviços e o que a empresa enxerga como tal. O
primeiro “gap” descrito é a distância entre a expectativa do consumidor e a percepção
do administrador sobre essas expectativas, que impactam diretamente na avaliação da
qualidade do serviço por parte do consumidor.
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5. O diagnostico centrado nas competências
A agenda do capital humano tem por objetivo transformar a organização para que
ela tenha bons desempenhos por meio da identificação e do desenvolvimento das
competências necessárias para atender de forma efetiva os objetivos de negócio da
organização.
Com base nas proposições de Mager (1990 apud BRANDÃO, 2008) sobre a
formulação de objetivos instrucionais, Carbone, Brandão e Leite (2005 apud
BRANDÃO, 2008) recomendam que para descrever o comportamento seja utilizado
um verbo e um objeto de ação, como, por exemplo, resolver problemas
matemáticos. A ele, pode ser acrescentada uma condição na qual se espera que o
desempenho aconteça. A descrição, então, ficaria assim: resolver problemas
matemáticos, sem o uso de calculadoras. Pode-se ainda incluir um critério que
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apresente um modelo de qualidade satisfatório: resolver problemas matemáticos,
com exatidão.
Comportamento
Critério Condição
(verbo + objeto da ação)
Fonte: Carbone, Brandão e Leite (com adaptações, 2005, apud BRANDÃO, 2008)
Segundo Carbone, Brandão e Leite (2005 apud BRANDÃO, 2008), para descrever as
competências relevantes à organização, é importante evitar o uso de frases muito longas
e com termos que dificultem a compreensão, assim como também abstrações,
ambiguidades, redundâncias e obviedades, e o uso de verbos que não expressem
comportamentos que possam ser observados, como saber, conhecer, apreciar, acreditar,
pensar e internalizar.
De acordo com a escolha da escala feita pelo pesquisador, ele pode identificar qual o
grau de importância das competências para a organização
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De acordo com um exemplo de diagnóstico de competências organizacional
apresentado por Borges-Andrade, Abbad, Mourão (org.) (2006), com base nas
informações coletadas com a técnica de entrevista para identificar competências
relevantes à organização, pode-se elaborar um questionário contendo as descrições
das competências, e solicitar que o(s) entrevistado(s) opine(m) sobre qual o domínio
da organização sobre cada competência e o nível de importância de cada uma para
que ela possa alcançar seus objetivos, utilizando uma escala de cinco pontos, do tipo
Likert.
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desenvolvimento dos colaboradores, além de auxiliar em questões de estratégias da
organização.
A gestão por competência pode ser definida como um método pelo qual os
conhecimentos, as habilidade e as atitudes dos colaboradores de uma organização são
devidamente rastreados, categorizados e desenvolvidos.
Por esse motivo, a Gestão por Competência é geralmente associada a práticas de Gestão
do Desempenho. Também é válido ressaltar que esse tipo de gestão pode ser aplicado
em empresas e organizações de diferentes de diferentes tamanhos e segmentos,
incluindo no serviço público.
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A primeira se baseia nos recursos ou dimensões da competência, ou seja, os
conhecimentos, habilidades e atitudes pressupostas como necessárias para que o
profissional possa apresentar determinado desempenho no trabalho.
A gestão por competências permite que o gestor saiba com mais clareza o que esperar
de seus colaboradores. Da mesma forma, os colaboradores passam a entender melhor
suas funções e quais resultados espera-se que eles alcancem.
Por isso, dados e análises sobre as habilidades e o conhecimento dos funcionários são
essenciais para um melhor planejamento sobre as funções que cada colaborador
precisará desempenhar.
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Organizações de alto desempenho têm percebido que o sucesso de suas operações
depende do quão capazes seus funcionários são. Assim, reconhece-se também que o
treinamento formal não necessariamente equipa os funcionários com as habilidades
apropriadas para prosperar no local de trabalho.
É nesse ponto que entra a gestão por competências. Com ela, o desenvolvimento é
criado em torno dos padrões de competência que foram identificados para funções
específicas em uma organização.
6 – Aumento da produtividade
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aspectos macros ambientais, ou seja a relação das organizações com as famílias dos
trabalhadores, com a comunidade, com a cidade, com o estado, com o país, com o
planeta, enfim, a rede vital de relações é compreendida na sua instância micro-
organizacional e macro- organizacional.
A ideia central, então, é recorrer ao que a empresa tem de melhor e se basear nisso para
construir a plataforma de evolução. Isso não significa ignorar os problemas, mas encará-
lo por outra perspectiva. Desde a definição do desafio. Assim, uma companhia aérea
pode dizer “queremos diminuir o extravio de bagagem” ou “queremos proporcionar
uma experiência de desembarque sensacional para nossos clientes” e depois procurar
em suas competências existentes as alavancas para materializar a visão, ao invés de
focar nos gaps e lacunas.
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paisagem que se forma: a pessoa que jogou a pedra, a pedra, o rio, as ondas se
propagando em um movimento simultâneo, conjunto e transformador. Neste princípio
é fundamental estabelecer uma conexão com o todo, percebendo que os investigadores
estão mudando e sendo mudados pelo contato, pelas conversas, pelas pessoas e cada
um está acionando mudanças no outro, todos sairão transformados e as estratégias e
ações que resultarem deste momento serão fruto, unicamente, deste momento, com
essas condições conjuntas e simultâneas. Com esse princípio em mente a Investigação
Apreciativa começa a ser instalada, cuidando de todo o impacto que pode causar ou
que causa no grupo, começando a conscientizar e a direcionar o discurso e atitudes
para impulsionar o que o grupo tiver de melhor e de positivo.
c. O Princípio Poético –É feita uma forte conexão com a característica vital da
organização, a todo momento, sua história e a história de seus integrantes está sendo
construída a partir de um passado, de um presente e das expectativas para o futuro. É
importante perceber que todos estão escrevendo esta história, ela é viva, presente,
colaborativa, inter-relacional.
d. O Princípio Antecipatório – Como o interesse é a vida, movimento e condições
humanas, este princípio vem resgatar a possibilidade humana de planejar, de projetar,
de antecipar o seu futuro, pensando sempre que o futuro e o imediato estão unidos, por
exemplo, se o desejo é que as pessoas sejam mais gentis, é preciso ser a gentileza em
todos os aspectos da organização, nas propagandas, nos e-mails, nas falas, em todos os
espaços. Com este princípio o futuro é trazido de forma poderosa para o presente,
como um agente de mobilização, mudança e transformação.
e. O Princípio Positivo – Este princípio estabelece a relação com o mundo
direcionando a percepção de tudo, seja de nós mesmo, ou do nosso entorno. É
importante que todos da organização se questionem sobre como consideram o mundo.
Um grande problema a ser resolvido, ou algo maravilhoso a ser compreendido?
Perceber a alegria, a beleza, o cuidado, a compreensão e outros sentimentos e atitudes
positivas dos seres humanos. Com estes princípios todas atitudes são repensadas e
redirecionadas para um foco positivo da vida de todos.
Discovery: nessa fase são realizadas entrevistas e encontros que trazem à tona
aquilo que dá vida à organização; suas virtudes; para que sejam entendidas e
apreciadas.
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Dream: aqui a empresa define o que é possível com base na fase anterior,
buscando entender o que a empresa pode vir a ser.
Design: quando são definidas estruturas e estratégias baseadas no que a empresa
tem de melhor para transformar o sonho em realidade.
Destiny: no início essa fase se chamava delivery e se prestava a desenhar os
processos e planos de ação, mas o tempo mostrou que o controle mais atrapalha
do que ajuda, então a sua essência mudou (e com isso o nome). Passou a nortear
uma preocupação com o estabelecimento de diretrizes claras e construção de
engajamento dando espaço para a criatividade e improvisação.
Vale encerrar dizendo que da mesma forma que a Psicologia Positiva está em seu início,
a Investigação Apreciativa também dá seus primeiros passos. Muito ainda a ser
discutido e descoberto. Mas o fundamento promete se consolidar. O que traz
prosperidade não é apenas melhorar o péssimo, mas principalmente alavancar o bom.
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8. Considerações finais
Diante do exposto, percebeu-se que a escala SERVQUAL é feita uma comparação entre
a expectativa e a percepção do serviço no ponto de vista do cliente.
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ênfase nos pontos de excelência e nos pontos a melhorar.
9. Referências bibliográficas
Borges-Andrade, Jairo E.; Abbad, Gardênia da Silva; Mourão, Luciana (2006.).
Treinamento, desenvolvimento e Educação em organizações e trabalho: fundamentos
para a gestão de pessoas. Porto Alegre: Artmed
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Ferreira, D. X. (2015). Análise da estrutura organizacional de regime próprio de
previdência social: um estudo sobre a gestão do Instituto dos Servidores Municipais de
Cabedelo. João Pessoa: UFPB
Trist, Philippe. (1999). Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas,
1981
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Venkatraman, N. (1989). The concept of fit in strategy research: toward verbal and
statistical correspondence. In. Academy of Management Review
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