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Victor António João

A TOMADA DE DECISÃO NAS ORGANIZAÇÕES E REFLEXÕES SOBRE A


TEORIA DA MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA

UnISCED
Nampula, Março, 2024
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Victor António João

A TOMADA DE DECISÃO NAS ORGANIZAÇÕES E REFLEXÕES SOBRE A


TEORIA DA MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA

Trabalho de caracter avaliativo da cadeira


de Teoria Organizacional, 1º Ano,
UnISCED, Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas, curso de Administração
Publica, leccionado pelo tutor:

UnISCED

Nampula, Março, 2024


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Índice

Índice .......................................................................................................................................... 3
1. Introdução ............................................................................................................................... 4
1.1. Metodologia ......................................................................................................................... 4
2. A tomada de decisão nas organizações e reflexões sobre a teoria da motivação e liderança. 5
2.1. Tipos de Tomada de Decisão............................................................................................... 5
2.2. Métodos de Tomada de Decisão .......................................................................................... 6
2.2.1. Modelo Racional .............................................................................................................. 6
2.2.2. Modelo Incremental .......................................................................................................... 6
2.3. Teoria da Motivação ............................................................................................................ 6
2.4. A Liderança ......................................................................................................................... 8
2.5. O papel da burocracia, da tecnologia, da estrutura e da racionalidade no desenvolvimento
da teoria organizacional. ............................................................................................................. 9
3. Conclusão ............................................................................................................................. 10
Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 11
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1. Introdução

As organizações são formadas por uma variedade de operações que, juntas, asseguram que a
empresa funcione bem. Nesse contexto essas operações são planeadas e executadas para
garantir o sucesso da organização. Todavia, a tomada de decisão nas organizações é um
processo fundamental para o sucesso e a eficiência das empresas. Nesse contexto, a reflexão
sobre a teoria da motivação e liderança desempenha um papel crucial, pois influencia
directamente as escolhas e acções dos líderes e colaboradores. Ao compreender como a
motivação e liderança impactam as decisões organizacionais, é possível criar ambientes de
trabalho mais produtivos, engajados e eficazes.

1.1. Metodologia
A metodologia adoptada neste trabalho foi a revisão de literatura movida através de pesquisas
bibliográficas e exploratórias. De acordo com Severino (2016), diz que a pesquisa
bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registo disponível, decorrente de pesquisas
anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses e etc.

Objectivo geral:
 Analisar a interacção entre a tomada de decisão, a motivação e a liderança nas
organizações, visando compreender como esses elementos influenciam o desempenho
e o sucesso organizacional.

Objectivo Especifico:

 Investigar as teorias da motivação e liderança mais relevantes para o contexto


organizacional actual.
 Analisar como a tomada de decisão é influenciada pela motivação e liderança nas
organizações.
 Propor estratégias práticas para integrar efectivamente a tomada de decisão, motivação
e liderança no ambiente organizacional.
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2. A tomada de decisão nas organizações e reflexões sobre a teoria da motivação e


liderança.
Na área da Administração, a tomada de decisão é geralmente entendida como o processo de
escolher entre diferentes alternativas. Embora essa visão seja um pouco simplista, ela ilustra
de forma resumida que decidir pode ser visto como optar por um curso de acção específico.

Tomar uma decisão é algo crucial para as organizações. Pois, essas actividades acontece em
todo tempo, a todos níveis, e influencia directamente a performance da organização. Sua
importância é bastante clara e pode ser percebida empiricamente ao analisa a organização. De
facto, é impossível pensar a organização sem considerar a ocorrência constante do processo
decisório. (GONTIJO, MAIA, 2004, p. 14)

De acordo com Gomes e Gomes (2002), para que exista o processo de tomada de decisão, é
necessário que o decisor, aquele que tem o papel de tomar as decisões conduza todo o
processo decisório e tenha a sua frente um conjunto de alternativas factíveis. Dessa forma, o
decisor tentara escolher dentre essas alternativas, aquela que tome a decisão a mais efectiva,
eficaz e eficiente possível.

2.1. Tipos de Tomada de Decisão


De acordo com Robbins e Coulter (1996), podemos encontrar dois tipos de tomadas de
decisões que são: Decisões Programadas e Decisões não Programadas.

Decisões programadas - são aquelas tomadas em resposta a problemas comuns dentro de uma
organização. Como em qualquer decisão, elas requerem consideração e planeamento. Uma
vez que os gestores tenham estabelecido directrizes básicas, os próprios subordinados podem
tomar a decisão, permitindo que os gestores se dediquem a outras tarefas.

A tomada de decisão programada é relativamente simples e tende a se apoiar, de forma


intensa, nas soluções anteriores. O estágio de “desenvolver as alternativas” do processo de
tomada de decisão ou é inexistente ou não recebe a atenção devida. (ROBBINS; COULTER,
1996, p. 123).

As decisões não programadas - são aquelas tomadas sem seguir um método ou regra
estabelecidos, sendo baseadas no julgamento pessoal do decisor. São decisões que não se
encaixam em um contexto regular e precisam ser avaliadas após o surgimento do problema.
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Todo o processo de tomada de decisão é conduzido em resposta a situações únicas, sem um


método definido para a escolha das alternativas.

2.2. Métodos de Tomada de Decisão

Existem várias maneiras de tomar decisões. Devido à natureza imprecisa da administração,


não há um modelo perfeito para tomar decisões. No entanto, seguir directrizes básicas pode
reduzir o risco e aumentar a confiabilidade da decisão. Cada situação é única, e mesmo que a
organização já tenha enfrentado cenários semelhantes muitas vezes, não há garantia de que a
"decisão padrão" sempre será eficaz. Para tomar uma decisão relevante, o gestor deve seguir
alguns passos básicos. Os métodos para resolver o problema, desde a definição até a
implementação final, podem variar.

Aqui estão dois modelos que podem ser usados no processo de tomada de decisão para
aprimorar essa prática: o Modelo Racional e o Modelo Incremental.

2.2.1. Modelo Racional

O modelo racional de tomada de decisão envolve um processo de quatro etapas que ajuda os
administradores a avaliar alternativas e escolher aquela com maior probabilidade de sucesso,
sendo aplicável a decisões não programadas.

2.2.2. Modelo Incremental

Este Modelo é uma abordagem alternativa para a tomada de decisão, questionando os


pressupostos do Modelo Racional. Ele é visto como mais alinhado com a realidade cotidiana
do tomador de decisão, em contraste com a visão pretensiosa e questionável de utilidade do
Modelo Racional.

O modelo racional de tomada de decisão pode ser compreendido como um processo de quatro
etapas que ajudam os administradores a pesar alternativas e escolher a que tiver melhor
chance de sucesso. Esse modelo de decisão se aplica às decisões não programadas.
Modelo Incremental. (Gontijo e Maia, 2004).

2.3. Teoria da Motivação


De acordo com o Chiavenato (1997), a motivação é uma das principais responsabilidades
gerenciais. A influência gerencial sobre seus funcionários exige uma eficaz liderança e uma
contínua motivação da equipe, funcionando como um dinamizador e impulsionador do
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comportamento humano. Logo, a administração deve procurar o que motiva o funcionário e criar
um ambiente ou clima que possibilitem a satisfação individual de necessidades e objectivos
organizacionais, por extensão.

Diversas teorias foram propostas sobre a motivação e seu significado. Algumas delas ganharam
credibilidade por um período significativo, resultando em uma apresentação concisa, porém
abrangente, sobre o assunto. Exemplos incluem a Teoria das Necessidades de Maslow, a Teoria
dos Dois Fatores de Herzberg e a Teoria da Expectativa de Vroom.

A Teoria das Necessidades, desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Abraham Maslow,


sugere que os motivos do comportamento estão enraizados no indivíduo. Segundo Maslow, as
necessidades humanas são organizadas em uma hierarquia que influencia o comportamento. Ele
diferencia entre necessidades primárias e secundárias, algumas das quais conscientes e outras não.

As primeiras necessidades formam a base da hierarquia das necessidades humanas.

As necessidades primárias, também chamadas de fisiológicas, biológicas ou básicas, estão ligadas


à sobrevivência, como fome, sede e sono, sendo as mais fundamentais na hierarquia. Desde o
nascimento, essas necessidades orientam a vida humana e estão relacionadas à subsistência e
existência do indivíduo. Elas constituem o primeiro nível na hierarquia e devem ser atendidas em
primeiro lugar. Além disso, estão ligadas à necessidade de segurança contra ameaças reais ou
imaginárias, como salário, moradia, seguro-saúde, aposentadoria e emprego, surgindo no
comportamento humano quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas.

As necessidades secundárias compreendem as afectivo-sociais, as de estima e as de auto-


realização, que representam o topo da hierarquia das necessidades. As necessidades afectivo-
sociais envolvem o desejo de amar e ser amado, de pertencer a um grupo (necessidades
sociais) e surgem quando as necessidades mais básicas (fisiológicas e de segurança) estão
relativamente satisfeitas. A frustração dessas necessidades geralmente leva à falta de
adaptação social e à solidão. Já as necessidades de auto-estima estão relacionadas à forma
como o indivíduo se percebe e se avalia, incluindo auto-apreciação, autoconfiança,
necessidade de aprovação social, reconhecimento, status, prestígio e consideração.

A falta de satisfação dessas necessidades resulta em sentimentos de inferioridade, fraqueza,


dependência e desânimo. Por fim, no topo da hierarquia estão as necessidades de auto-
realização, que podem ser alcançadas por meio de trabalhos gratificantes e interessantes, que
permitam o autodesenvolvimento do indivíduo.
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2.4. A Liderança
A liderança é uma habilidade que pode ser ensinada e aprendida. De acordo com Bateman (1998),
a liderança parece ser um conjunto de habilidades possuídas por muitos, mas utilizadas por
poucos. No entanto, é algo que pode ser aprendido por qualquer pessoa, ensinado a todos, e não
deve ser negado a ninguém.

A distinção entre administradores e líderes dentro de uma organização é interessante notar que,
embora nem todo administrador seja necessariamente um líder, é fundamental que os
administradores também possuam habilidades de liderança para interagir efectivamente com suas
equipes.

A ênfase na gerência como o ponto crítico da liderança, onde os objectivos e necessidades da


empresa são traduzidos em metas e esquemas de trabalho para implementação, destaca a
importância da liderança eficaz na condução das operações diárias e no alcance dos objectivos
organizacionais.

Essas reflexões são muito pertinentes para compreender a dinâmica das organizações e o papel
crucial da liderança em seu funcionamento. Se tiver mais insights para compartilhar ou outras
questões sobre o tema, estou à disposição para continuar a conversa!

Chiavenato (1999), diz que a liderança é um processo chave em todas as organizações. O


administrador deveria ser um líder para lidar com as pessoas que trabalham com ele. Logo, a
liderança não deve ser confundida com direcção ou com gerência. Um bom administrador ou
gerente pode ser um bom líder, porém um líder nem sempre é um gerente ou administrador,
mesmo que seja de estrema necessidade empresarial a presença de um líder.

“A liderança é uma forma de influência. A influência é uma transacção interpessoal em que uma
pessoa age para modificar ou provocar o comportamento de outra pessoa, de maneira
intencional.” (CHIAVENATO, 1999, p. 553).

Existem três abordagens teóricas distintas sobre liderança. A primeira é a Teoria de Traços de
Personalidade, que se concentra nas características pessoais do líder, como inteligência,
optimismo, empatia, flexibilidade, habilidade de comunicação, perspicácia, entusiasmo e
criatividade. A segunda abordagem é a Teoria sobre Estilos de Liderança, que se refere aos
diferentes comportamentos adoptados pelo líder, como autocracia, liberalismo e democracia. Por
fim, a Terceira abordagem é a Teoria Situacional de Liderança, que se concentra em adaptar o
comportamento do líder às circunstâncias da situação.
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Quanto à motivação, ela está relacionada aos desejos, aspirações e necessidades que influenciam
as escolhas e determinam o comportamento do indivíduo. Os motivos são as forças internas que
impulsionam os indivíduos. A motivação é o processo de mobilização de energia e é algo interno
a cada pessoa.

2.5. O papel da burocracia, da tecnologia, da estrutura e da racionalidade no


desenvolvimento da teoria organizacional.

A burocracia é uma forma de organização baseada na divisão sistemática do trabalho, direitos


e poder. Essa divisão é feita de maneira racional, visando a eficiência da organização. Cada
participante tem um cargo específico, com funções e responsabilidades bem definidas. É
importante que cada pessoa saiba qual é sua tarefa, sua autoridade sobre os outros e os limites
dessa autoridade, para evitar interferências indevidas e manter a estrutura organizacional
funcionando de forma adequada.

A teoria organizacional é um campo fascinante, e a interacção entre burocracia, tecnologia,


estrutura e racionalidade desempenha um papel crucial no seu desenvolvimento.

O papel da burocracia na teoria organizacional remonta aos estudos de Max Weber, que a via
como uma forma eficaz de coordenação e controle. Nisto, a burocracia, por exemplo, pode
trazer estabilidade e ordem para uma organização, mas também pode resultar em rigidez e
lentidão.

Já a tecnologia tem sido uma força motriz na evolução da teoria organizacional, impactando
desde a forma como as organizações se comunicam até como gerenciam suas operações. Isso
faz-nos intender que a tecnologia, tem o potencial de optimizar processos e aumentar a
eficiência, mas também pode criar desafios de adaptação e segurança da informação.

A estrutura organizacional, por sua vez, pode variar desde hierarquias rígidas até formas mais
horizontais e colaborativas, influenciando directamente a dinâmica interna das organizações.
Finalmente, a racionalidade desempenha um papel fundamental nas tomadas de decisão e na
eficácia das operações.
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3. Conclusão

Terminado o trabalho conclui-se que, existe dois tipos de decisões e abordagens para a
tomada de decisão. É interessante notar que o processo decisório é crucial em muitos aspectos
da vida, tanto pessoal quanto profissional.

Os dois tipos de tomadas de decisão são, Decisões Programadas e Decisões não Programadas,
estas, destacam a importância da preparação e da adaptação a circunstâncias imprevistas.

Conclui-se também que, os modelos de tomada de decisão, como o Modelo Racional e o


Modelo Incremental, oferecem diferentes abordagens para lidar com as decisões, cada um
com suas vantagens e limitações.

É sempre bom estar ciente desses conceitos para melhor compreender e aprimorar nosso
próprio processo decisório.
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Referencias Bibliográficas

Bateman, T. S. e Snell, S. A. (1998). Administração, construindo vantagem


competitiva. São Paulo: Atlas.

Chiavenato, I. (1999). Administração nos novos tempos. 2ª Edição Totalmente


Revista e atualizada. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1999.

Gomes, L. F. A. M.; Gomes, C. F. S. (2002). Almeida, A. Texeira de. Tomada de


decisão gerencial: enfoque multicritério. São Paulo: Atlas, 264 p.

Gontijo, A. C.; Maia, C. S. C. (2004). Tomada de decisão, do modelo racional ao


comportamental: uma síntese teórica. Caderno de Pesquisas em Administração,
São Paulo, v. 11, n. 4, p. 13-30.

Robbins, S.; Coulter, M.(1996). Administração. 5. ed. Tradução de Luiz Roberto Maia
Gonçalves. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1996.

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