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Conceituação de Processos e
Centralização e Descentralização
Caro aluno,
Bem-vindo à disciplina de Gestão Industrial, Processos e Tomada de Decisões!
O tema Processos gerenciais e tomada de decisão, tratado nas duas primeiras unidades.
Organize suas leituras de acordo com o cronograma do módulo, leia os conteúdos com atenção e
aproveite a oportunidade para maximizar suas aprendizagens!
Bons estudos!
Unidade 01
Aula 01
Temos a certeza que você já passou por várias situações em que foi “obrigado” a tomar decisões
rápidas, em condição não confortáveis, na utilização de bens e serviços, seja como usuário dos
serviços, seja como funcionário ou como colaborador.
Bons estudos!
VÍDEO
Olá, estudante! Para assistir a esse vídeo, acesse a versão web do seu material didático.
Em nosso cotidiano particular, tomamos decisões a cada instante, sem que essas nos causem
problemas, pois fazemos escolhas racionais frente às alternativas possíveis apresentadas, mesmo
que conscientemente desconheçamos os critérios de julgamento. Nesse caso, sempre nos tornamos
um decisor, ainda que não consigamos justificar nossa escolha.
Contrariamente, os problemas com que nos deparamos, enquanto profissionais, têm de ser
equacionados e as alternativas apresentadas devem ser obtidas por meio de metodologias que
melhor nos apoiem na elaboração e definição dos critérios adotados para apresentação de soluções
das alternativas.
Na realidade, resolver um problema na visão desta disciplina é a escolha entre várias ações
possíveis diante de uma situação apresentada. Nessa visão está implícita que um problema dever
ser suscitado por alguém ou por um grupo de pessoas, por exemplo, os gerentes de certa área ou os
diretores da organização, mas isso dever levar em conta uma ação de agir, esse agir é a escolha de
uma entre várias ações possíveis.
Por conseguinte, o conceito geral de problema aparece como resultado de uma mudança, um novo
objeto, ou meta a ser alcançada., Poderíamos citar como exemplo o aumento da satisfação do
cliente/usuário, o aumento da produtividade, o estabelecimento de nova linha de produção, um
conjunto de metas para corrigir queda nas vendas, metas para redução de custos, etc. De forma
geral, problema pode ser entendido como a diferença entre a situação atual da organização e a
situação almejada, ou seja, o que deveria estar sendo executado pelos gestores para se alcançar o
objetivo proposto.
De uma forma geral, a solução de um problema é uma ação numa cadeia de ações. Portanto, colocar
um problema é estabelecer um objetivo de agir, de ação! Nesse sentido, resolver o problema é
escolher uma alternativa dentre várias que irão contribuir para o objetivo demandado.
Nas organizações, de uma forma geral, os problemas e as decisões são muito mais amplos e
complexos, sempre envolvendo riscos e incertezas, sob vários pontos de vista: financeiro,
econômico, logístico, marketing, ou seja, na forma de gerir os ativos tangíveis e intangíveis da
organização. Portanto, o processo de tomada de decisão organiza-se numa inter-relação de várias
disciplinas do saber com a ação de priorizar os valores da sociedade na qual os gestores colocam em
prática seu conhecimento para obter um resultado otimizado.
O processo de decisão numa organização deve ser estruturado e formalmente discutido nos
diversos níveis funcionais, com a participação dos colaboradores e, principalmente, de forma
consistente e transparente.
O mais condizente, na condução de sua estratégia, do ponto de vista das organizações públicas ou
privadas, é conhecer as alternativas possíveis de decisões, ou seja, a organização poderia optar
entre as possibilidades apresentadas e escolher, no momento, não a mais fácil, mas a mais adequada
para seus objetivos. Dessa forma, o gerenciamento de tomada de decisões deverá contar com
profissionais bem formados, que, por meio de técnicas e análises de tomada de decisões, possam
apresentar alternativas quando demandados para discussões de soluções viáveis para organização.
O que se entende por gerenciamento de tomada de decisões? De uma forma sucinta, tomada de
decisão é um processo que auxilia direta ou indiretamente à escolha de pelo menos uma, das
diversas alternativas possíveis do problema levantado.
O processo de tomada de decisão apresenta três fases distintas e fundamentais para se obter o que
é definido na literatura por racionalidade ótima, que são:
1- Na fase de reconhecimento, devemos definir com clareza quais são os objetivos da
decisão a ser tomada e os resultados esperados. Um dos problemas da tomada de decisão
nas organizações é a falta de comunicação e de clareza dos objetivos a serem alcançados.
Nessa fase, é necessário definir quais serão os participantes e a participação desses. Essa é
uma fase importante, pois com o problema claramente equacionado e explanado, as
demais fases tornam-se mais fáceis para o gerenciamento da tomada de decisão.
3- Na fase de escolha, é tomada a decisão propriamente dita. Isso se dá, por parte da
gestão, com a apresentação de análise fundamentada. Resultando da sua implementação,
a reflexão do impacto na estratégia da organização.
SAIBA MAIS
Leia o texto “Tomadores de decisões: estilos que fazem a diferença”,clicando aqui.
Agora clique aqui e leia o texto “Uma breve história da tomada de decisão”.
Agora, vamos estudar o modelo geral e amplitude da gestão de processos nas organizações.
Veremos, dessa forma, como trabalhar com variáveis, etapas e capacidades no momento da gestão.
Estudaremos também princípios que devem ser identificados pelos gestores a fim de evitar os erros
mais comuns na tomada de decisões.
A tomada de decisão tem uma importância como objeto de estudo na organização, seja ela privada
ou governamental, pois os gestores estão constantemente decidindo, ou seja, escolhendo a melhor
solução para um problema apresentado. Se acontecer de uma decisão ser posta em prática sem uso
de conceitos administrativos adequados, será momento de os gestores identificarem os equívocos,
por exemplo: não foram levantados todos os elementos importantes; não foram escutados todos os
envolvidos no processo; ou muitas ações não foram consideradas etc.
Geralmente, decisões precisam ser tomadas sempre que os gestores se encontrarem frente a um
problema, que possua mais que uma alternativa para a sua solução. Nesse caso, do gestor, é
demandada a solução do problema, tendo que apresentar uma única ação a ser tomada, embora
seja facultada a possibilidade de se seguir, ou não, essa ação. Lembrando que qualquer decisão deve
ser consciente.
O gestor deverá também levar em consideração as diversas variáveis que poderão afetar o
processo decisório, sendo que em todas elas; ele não terá muita influência. Porém deverá estar
atento e deverá levar em consideração, na escolha das alternativas apresentadas, as variáveis:
Para Gomes et al. (2002, p. 30-31) , seguindo o modelo de processos de decisão proposto por Auren
Uris em 1989, em todo processo decisório devemos nos orientar pelas seguintes etapas:
Para isso o gestor deve conhecer a fundo os princípios que norteiam a tomada de decisão, além de
ter um conhecimento da gestão administrativa e de suas principais teorias. A tomada de decisão
geralmente envolve duas vertentes: uma que apresenta situações de certeza, na qual o gestor pode
comprovar sua veracidade por meio de levantamentos estatísticos ou de opinião; e outra que
envolve situações de incerteza, na qual o gestor deverá colocar em prática todo o seu
conhecimento da organização.
De uma forma geral, podemos dizer que as condições de certeza são aquelas em que o gestor pode
exercer o controle sobre as variáveis que influenciam na decisão, geralmente situações ligadas ao
ambiente interno das organizações. Entretanto, nas condições de incerteza, o gestor se encontra
com um problema que até o presente não eram colocados, sendo esse configurado pela ausência de
controle sobre as variáveis – na maioria dos casos são situações associadas ao ambiente externo
das organizações.
As decisões tomadas sob condições de incerteza, como tem descrito os estudos de Hammond,
Keeney e Raiffa (2004) , afirmam que no processo de decisão existem várias “armadilhas” ou “erros”
de julgamento, contra os quais os gestores devem estar precavidos para não serem ludibriados. Em
outras situações, os gestores deverão estar cada vez mais capacitados e informados sobre os
processos de gestão que envolvem as organizações.
Hammond, Keeney e Raiffa (2004) apresentam uma lista oito princípios que devem ser
identificados pelos gestores a fim de que estes evitem os erros mais comuns na tomada de decisões:
Quando há incerteza, não se pode garantir que uma escolha inteligente trará
consequências satisfatórias. Embora muitos julguem tanto a qualidade de suas próprias
decisões como a de decisões alheias baseados na qualidade das respectivas consequências
– o modo como a situação se resolve – essa é uma visão errada... .
Nesse sentido, a incerteza vem acrescentar uma nova complexidade ao processo de decisão, a qual
pode envolver numerosas incertezas, sendo que essas podem ter, por sua vez, variados níveis de
importância, as quais interagem entre si. Portanto, há necessidade de se ter uma fórmula para
simplificá-las, ou seja, isolar seus elementos e avaliá-los um de cada vez. Isso é possível por meio do
estudo dos fatores de risco. Esse capta a informação essencial de modo a apresentar como a
incerteza influencia uma alternativa.
Para tanto, devemos atentar para quatro questões fundamentais de acordo com Hammond, Keeney
e Raiffa (2004, p. 104) .
Nesse sentido, os estudos dos fatores de risco permitem que se concentrem os elementos
principais que influenciam a escolha, deixando de lado outro que tenham nenhuma ou pouco
influência.
Identifique as principais incertezas – deve-se proceder em duas etapas: a) faça uma lista de todas
as incertezas que possam determinar significativamente as alternativas; b) alise cada uma dessas
incertezas e verifique em que grau os resultados podem influenciar a decisão, se por acaso houver
muitas incertezas, detenha-se naquelas que têm maior probabilidade de alterar os resultados.
Defina os possíveis resultados – nessa fase devem-se selecionar os possíveis resultados de cada
incerteza, para tal isso devem ser respondidas as seguintes questões: a) Quantos são os resultados
possíveis que precisam ser definidos para expressar a extensão de cada incerteza? b) Como é
possível se obter uma melhor definição de cada resultado?
Dessa forma procure utilizar de todos os mecanismos necessários para ter uma visão dos riscos e
das incertezas das alternativas e levar em conta o julgamento e a compreensão que influenciam a
decisão a ser tomada. Essa construção não exige muito tempo, exige sim uma dedicação de
identificação dos objetivos a serem alcançados.
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Unidade 01
Aula 02
Boa aula!
As organizações costumam atender de forma rápida aos desafios apresentados pela demanda de
mercado, pela entrada de novos concorrentes, bem como por uma maior conscientização dos
consumidores ou usuários de serviços. Uma das maneiras de se atender essa demanda crescente é
por meio da utilização e aplicação de método de tomada de decisão, cujo objetivo é superar os
obstáculos apresentados e incrementar a performance organizacional.
As implicações das técnicas de tomadas de decisões nas organizações públicas ou privadas não
diferem no essencial, é característica de ambas se utilizar dos procedimentos e das técnicas de
tomada de decisão cada vez mais para orientar suas decisões estratégicas, pois tem-se notado uma
maior necessidade de interação entre os diversos atores envolvidos no objetivo organizacional. Ou
seja, há uma maior interação entre os colaboradores na busca de decisões coletivas que
impulsionam o cerne do negócio. As organizações que seguem essa abordagem tentam fortalecer
seus recursos por meio de uma melhor estratégia em seu posicionamento.
As organizações que não utilizarem de técnicas de tomada de decisão estarão fadadas à estagnação
ou ao fracasso. Mesmo que haja incerteza quanto à previsão das metas estabelecidas, as
organizações necessitam ter como certo que elas ocorrerão e devem estar preparadas para aceitar
e enfrentar a inevitabilidade das mudanças e utilizá-las como oportunidades, pondo em prática
decisões inteligentes que as orientem para novos horizontes, utilizando técnicas avançadas de
tomada de decisão. Se isso já é utilizado nas organizações privadas, mais urgente se faz nas
organizações governamentais.
O gerenciamento de tomada de decisão é uma técnica que permite extrair dos dados a
informação necessária para que seja possível tomar decisões acertadas com base em um
determinado nível de confiança e margem de erro.
Os fatores que atualmente implicam em mudanças nas organizações privadas ou públicas são:
fusão, expansão, novas aquisições e desinvestimentos; entrada ou demanda de novos produtos ou
serviços; ou novas tecnologias que reconfiguram seus produtos e/ou serviços.
1. Fusão – efeito que estamos vendo ocorrer com frequência tanto no setor público como no
privado, no qual as organizações governamentais buscam agregar setores, serviços e mesmo
departamentos em busca de um melhor atendimento ao usuário ou para evitar a duplicação ou
um desdobramento de serviço. Mas, nas organizações privadas, o efeito é devido
principalmente a um fortalecimento da marca ou domínio do mercado.
2. Expansão – pode ser entendido como um movimento contrário à fusão. No setor público, há
necessidade de criação de novos serviços para atender à população de uma maneira geral. No
setor privado, essa mudança ocorre geralmente quando a organização busca atingir novos
mercados ou, por uma questão de estratégia, busca atingir também um maior número de
postos de produto ou serviço, um exemplo particular nesse sentido é a utilização de franquias.
3. Novas aquisições – movimento característico do setor privado, localizado principalmente no
setor bancário ou de bebidas, mas também utilizado pelo setor público por meio de suas
empresas.
4. Desinvestimentos – estratégia também muito utilizada pelo setor privado, pois os custos de
alocação de produtos ou serviços podem refletir na queda de demanda. As organizações
utilizam essa forma de atuação para se posicionarem de forma rentável. Essa estratégia é
também utilizada pelo setor público, porém de forma incipiente, quando os gestores percebem
que não há mais necessidade dos usuários. Essa estratégia, contudo, no setor público, é rara,
pois levam em conta fatores políticos.
Dessa forma, as mudanças fazem parte do mundo organizacional e todas as decisões devem prevê-
las e gerenciá-las de forma a se tornarem mais bem-sucedidas para os consumidores e usuários,
portanto há uma necessidade maior dos gestores compreenderem e utilizarem a gestão de tomada
de decisão como fundamental nas suas orientações gerais. Nesse sentido, as organizações devem
estar preparadas para utilizar com mais frequência técnicas de tomada de decisão que podem ser
do tipo analítico ou de processo.
Os gestores têm a necessidade de utilizar o gerenciamento de tomada de decisões num processo
organizacional limitado e fragmentado (isso ocorre tanto no setor público como no privado), no
qual não funciona uma racionalidade total. Como há necessidade de se apresentar respostas
rápidas para a alta gerência, o processo decisório se torna bem diferente daquele baseado na
proposta racional. Dessa forma, as intuições vêm desempenhando um papel fundamental na
utilização de tal técnica. Assim, a tomada de decisão torna-se para o gestor um instrumento
fundamentado em sua experiência e prática profissional, que buscam soluções para o
enfrentamento de possíveis obstáculos que podem comprometer os objetivos organizacionais.
1. Tomada de decisão tipo analítico: no esquema de tomada de decisão analítico, são utilizados,
em sua maioria, modelos matemáticos que podem representar uma racionalidade do
comportamento social, conforme a visão de Herbert Simon, que será discutida adiante.
2. Tomada de decisão de processo: nesse processo, as organizações utilizam diversos
procedimentos que permitem a integração de um maior número de pessoas envolvidas no
processo decisório. Ambas as técnicas serão apresentadas adiante.
De certa maneira, o tema tomada de decisão não é recente, e sua utilização está se tornando
rapidamente um dos instrumentais de maior utilidade nas organizações privadas ou públicas, visto
que os decisores estão compartilhando seus conhecimentos e integrando a organização como um
todo, e não apenas no contexto departamental, como ocorria nos anos 1950 e 1960, ou seja, há uma
maior integração entre os colaboradores e eles compartilham responsabilidades, pois todos têm em
mente os objetivos finais da organização.
A objetividade na tomada de decisão deve estar voltada também para garantir um fluxo contínuo de
informações que possibilitem o estudo do caráter evolutivo da organização e, por consequência, a
atuação dos tomadores de decisão. Dessa forma, o uso correto do instrumental de tomada de
decisão serve não somente para avaliar as organizações, mas também os próprios gestores.
A utilização das ferramentas da tomada de decisão, seja para as instituições públicas, seja para as
instituições privadas, deve privilegiar os seguintes objetivos:
Como resultados, espera-se uma possível melhora na gestão, na qual os tomadores de decisões
possam atuar o mais eficientemente possível para alcançar resultados concretos em benefício da
organização, permitindo também uma ampliação na autonomia dos gestores, contribuindo com
uma avaliação quantitativa e qualitativa do desempenho organizacional.
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SAIBA MAIS
Não deixe de ler o artigo “Controle interno para auxílio de tomada de decisão gerencial: um
estudo de caso em uma pequena empresa”, clicando aqui.
Unidade 01
Aula 03
Olá estudante. Dessa forma, cabe falarmos de variadas técnicas que ajudam no processo de
decisão. Veremos: técnica de brainstorming, de matriz de prioridade, do diagrama de espinha de
peixe e técnicas matemáticas.
Boa aula!
A compreensão e a busca por entender a melhor opção entre as disponíveis, tanto a nível individual
como coletivo, data dos tempos da pré-história, quando os homens consultavam os oráculos para
tomarem decisões individuais ou coletivas até processos envolvendo questões heurísticas. Mas o
marco teórico para esta disciplina foi o uso do termo “tomada de decisão”, estabelecido em 1938,
com o trabalho de Chester Barnard (veja texto “Uma breve história da tomada de decisão”, no
acervo da disciplina).
Na história das organizações, foi com a ciência da Administração que a questão da tomada de
decisão apareceu como ramo de estudo. No século XVIII, na Inglaterra, com o surgimento da
Revolução Industrial, as organizações que atuavam com grandes empreendimentos foram as
primeiras a demandar decisões envolvendo gestores.
As indústrias, no final do século XIX, já tinham suas estruturas organizadas por departamentos em
um embrião que conhecemos hoje, ou seja, departamentos de produção, vendas, financeiros etc. Os
empresários perceberam que suas organizações não poderiam mais ser gerenciadas por
habilidades pessoais, fazia-se necessário um gestor profissional e mais ainda havia necessidade de
se colocar em prática o planejamento, a execução e o controle das atividades. Para isso, era
necessário à compreensão da tomada de decisões.
No início do século XX, Frederick Taylor, utilizando-se do método científico chamado hoje de
abordagem clássica da administração, sugeriu que os gerentes deveriam estabelecer processos
padronizados que permitissem o controle de operações fabris, bem como processos pelos quais os
empregados envolvidos na produção deveriam aperfeiçoar suas aptidões para melhoria do
desempenho.
Em 1950, Henri Fayol lança a base da administração científica com sua ideia de que as funções de o
administrador serem de planejamento, onde está a concepção de previsão, que mais tarde se
transformaria em tomada de decisão.
Ocorre quando o gestor que toma a decisão é capaz de determinar os As decisões não estruturadas ocorrem quando não é
elementos relevantes à decisão ou ter uma base teórica dessa possível descrever os elementos relevantes.
Portanto, é com os estudos de Simon que, pela primeira vez, a tomada da decisão será abordada
como um processo, considerando a determinação do que se deve fazer (decisão) como sendo o
ponto principal da administração. Na sua visão, as escolas de administração anteriores se
preocupavam muito com o processo de execução e negligenciavam o processo de decisão. Desse
modo, o autor usa a expressão “teoria da decisão” para explicar o comportamento humano nas
organizações, como se cada pessoa fosse um sistema de decisões na empresa. Conceituava a
decisão como sendo um processo de análise e escolha entre alternativas disponíveis de cursos de
ação que os indivíduos poderiam optar.
Os estudos de Simon contribuíram muito para o conceito e utilização da tomada de decisão nas
organizações. Novas teorias foram acrescentadas (discutiremos mais adiante), apesar de muitos
gestores que tomam parte nas decisões ainda não se darem conta de que seguem uma teoria que
vem sendo discutida e aperfeiçoada a décadas. O que essa pequena introdução histórica nos
mostra é que, atualmente, o processo decisório passou por várias etapas e a concepção de
gerenciamento de tomada de decisão nas organizações segue a vertente de um processo coletivo
mais amplo, com base na decisão de um conselho ou de um colegiado nomeado, para apresentar as
propostas em pauta que irão nortear o planejamento das organizações.
Para que possamos entender os conceitos e os critérios na gestão de tomada de decisões, a questão
que se coloca é:
Decisão é o processo de escolha de pelo menos uma entre diferentes alternativas que nos
permitem dar resposta a um determinado problema. Nas organizações, as habilidades de seus
gestores são vistas quando estes possuem qualidades como liderança, habilidade de negociação ,
pró-atividade e gerenciamento. Nas organizações, soluções rápidas são demandadas, e, nessa
situação, frequentemente a decisão é feita por um grupo que tenha conhecimento do problema,
para isso um checklist deve ser elaborado:
O tomador de decisão: representa o responsável último pela tomada de decisão, poder ser um
único elemento, mas aconselha-se que seja por um conjunto de indivíduos envolvidos no
processo pertencente a organização.
O agente de decisão: formado por um indivíduo ou grupo que direta ou indiretamente
estabelece os critérios a serem adotados com base em recomendações éticas e morais.
O analista da decisão: um agente que domina as tarefas de gestor e é capaz de analisar,
processar e recomendar as alternativas obtidas.
Para que o processo seja efetuado com sucesso, é preciso definir as características básicas do
profissional que administrará o processo. Essa característica é conhecida pela sigla de CHA, ou seja,
Conhecimentos, Habilidades e Atitudes. Essas características devem estar interligadas às
necessidades da organização. O gestor encarregado de administrar o processo decisório tem que
ter vasto domínio teórico e prático do processo, que normalmente é conhecido como analista de
O&M, ou seja, analista de organização e métodos.
Portanto, existem técnicas que auxiliam a tomada de decisão chamadas técnicas qualitativas. Estas
são estruturadas e têm como parâmetro os critérios de qualidade, diferentemente das técnicas
quantitativas que se baseiam em critérios numéricos.
Técnica de Brainstorming
Também conhecida como tempestade de ideias, é uma técnica utilizada para auxiliar um grupo a
criar ou imaginar tantas ideias quanto possível em torno do problema proposto ou de um assunto a
ser resolvido. O grupo é geralmente formado por um coordenador e um assistente para cada cinco
pessoas, sendo que é indicado no mínimo cinco e no máximo quinze participantes. O grupo ou
grupos em torno do assistente têm a possibilidade de oferecer as alternativas mais criativas
possíveis, após um tempo determinado de criatividade, os mesmos são orientados a votarem nas
mais exequíveis possíveis.
Também conhecida como matriz de impacto, essa técnica prioriza as alternativas com base em
critérios. É utilizada quando se estabelece hierarquia entre as alternativas. Essa técnica exige que
os participantes tenham um conhecimento do assunto ou do problema, pois é constituída por um
somatório das matrizes. O número de participantes ideal é de cinco a quinze.
Também conhecida como diagrama de Ishikawa, por ter sido desenvolvida pelo professor Kaoru
Ishikawa. Essa técnica permite visualizar melhor o contexto do problema ou do assunto, isso
porque é construído um diagrama no qual as causas vão sendo cada vez mais discriminadas. Sua
utilização é bem simples, pois se baseia na estrutura do esqueleto de um peixe, no qual a estrutura
horizontal é o problema a ser tratado e as espinhas são causas ou os efeitos que influenciam no
problema. O número ideal de participante é de cinco a quinze.
Vantagem: permite uma visualização mais clara das causas do problema em questão, podendo
ser agrupados por fatores.
Desvantagem: para que a técnica produza em um resultado satisfatório é necessário a
presença de pelo menos um especialista no problema ou no assunto e, pelo menos, um seja
especialista na técnica.
Dessa forma, processos gerenciais e tomada de decisões, são complexos por si só, visto que os seres
humanos estão inseridos em um contexto social, tanto familiar como organizacional, e as decisões
se confrontam a partir do convívio e são influenciados pelo ambiente e pelo sistema.
Portanto, as funções do gestor: planejar, organizar, liderar e controlar; estão em estreita relação
com assunto desta disciplina, Processos Gerenciais e Tomadas de Decisões. Assim, a Tomada de
Decisão pode ser entendida como sinônimo de administrar.
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Unidade 01
Aula 04
Olá, estudante. Nesta aula, focaremos nos fundamentos da estrutura e dos processos
organizacionais. Boa aula!
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A maneira empírica de tomada de decisão não atende às necessidades das organizações atuais,
principalmente pela sua complexidade e pela quantidade de informações disponíveis em um mundo
globalizado. Os gestores constantemente se deparam com um volume contínuo e crescente de
informações e, muitas vezes, essas informações não são portadoras de conhecimentos úteis para as
decisões gerenciais mais complexas.
Sabemos que os gestores são demandados a tomarem decisões em sua maior parte envolvendo
questões econômicas e financeiras, ou seja, a base da decisão são estritamente elementos
quantitativos representados por valores monetários. Nesse sentido, a estrutura organizacional
deve ser vista como um instrumento gerencial resultante da identificação, análise, ordenação e
agrupamento das atividades e dos recursos das organizações, que deverá também estabelecer e
utilizar os níveis dos processos decisórios, visando ao alcance dos objetivos estabelecidos pelos
gestores das organizações.
- informações e outros recursos necessários para trabalhar de maneira eficaz quando possível;
- medidas de desempenho que sejam compatíveis com os objetivos e as metas empresariais.
Um dos grandes desafios que se colocam na gestão organizacional é a necessidade de o gestor estar
preparado para as mudanças de novos cenários que se apresentam atualmente, que irá impulsioná-
lo para a evolução de novas formas de decisão. Dessa forma, a gestão preocupa-se em minimizar os
meios utilizados e maximizar os resultados, devendo realçar os seguintes aspectos:
o aumento da produtividade;
o aumento da eficiência; e
o aumento da flexibilidade estrutural.
Além dos aspectos citados, os gestores públicos e privados se defrontam com questões monetárias
e são demandados a analisar aspectos qualitativos que geralmente não são internalizados na
tomada de decisão devido um cuidado de não se expor financeiramente. Se isso ocorrer, o processo
de tomada de decisão poderá representar uma perda para a organização e para a sociedade, além
da falta de transparência. Por exemplo, podermos citar as questões ambientais, de saúde ou mesmo
a construção de um grande empreendimento.
Na estrutura organizacional, o gestor deverá estar ciente do seu papel tendo como objetivo
analisar, definir, mensurar e propor soluções para os problemas de gerenciamento organizacional,
visto que deverá atuar na:
tomada de decisões baseado na melhor alternativa;
estímulo a participação de todos os colaboradores;
valorização do trabalho em equipe;
reconhecimento e valorização da capacidade intelectual; e
concentração em buscar e eliminar a causa dos problemas.
Decisão, portanto, pode ser definida nesse sentido como um ato de escolha de uma entre várias
alternativas de ação que se oferecem para alcançar um ou vários propósitos organizacionais.
Não se esqueça que o gestor deverá abrir mão ou renunciar a todas as outras. O gestor deverá estar
preparado para operar em um sistema que deva simultaneamente eleger uma e renunciar as outras
alternativas apresentadas.
Dentro da estrutura organizacional, o gestor poderá se confrontar na organização com dois tipos
de decisão: a decisão sequencial e a decisão única.
A decisão sequencial ocorre geralmente quando uma organização está bem estruturada e já
conta com certo grau de aceitabilidade no mercado. Também ocorre, geralmente, no nível da
estrutura governamental, é quando decisões anteriores já foram tomadas e há necessidade de
se atender a uma nova demanda, sem que haja mudança radical na organização. No setor
privado, ocorre quando decisões já foram tomadas e se faz necessário ampliar o leque de
opções para aumentar a penetração do produto frente à concorrência. No nível governamental,
é quando o gestor deverá dar sequência às ações de políticas públicas já estabelecidas, mas que
não estão dando os resultados esperados. O decisor deverá analisar as ações e as
consequências das decisões tomadas anteriormente.
A decisão única ocorre quando o gestor é orientado a fim de se posicionar sobre um propósito
organizacional, mas que não necessariamente deva levar em conta decisões anteriores. Por
exemplo, no setor privado, pode se citar quando o decisor deverá se posicionar quanto à
escolha de ampliação e expansão de novas unidades ou novas instalações. No setor público é
quando o decisor se posicionará sobre nova unidade de atendimento ou novo serviço para
atender à comunidade.
a natureza dos objetivos estabelecidos para a empresa e para seus executivos e funcionários;
as atividades operacionais exigidas para alcançar esses objetivos;
a sequência de passos necessária para proporcionar os produtos e serviços que os funcionários
e clientes desejam ou necessitam;
as funções administrativas a desempenhar;
as limitações da habilidade de cada profissional na empresa, além das limitações tecnológicas;
as necessidades sociais dos executivos e funcionários da empresa; e
o tamanho da empresa.
De acordo com Maximiano (2007) a função do gestor abrange três responsabilidades principais:
As situações de decisão , bem como as incertezas daí resultantes e que são apresentadas aos
gestores e às organizações, também passam por mudanças e se atualizam com o tempo. Desse
modo, o planejamento da tomada de decisão deve também se atualizar e se atualiza, já que, hoje,
muitas instituições já adotam um paradigma pós-moderno (descentralizador) em oposição ao
moderno (centralizador).
Planejamento e Tomada de Decisão
SAIBA MAIS
Não deixe de ler os textos indicados:
A estrutura organizacional vem sendo objeto de estudo de diversos autores, entre eles Weber,
Barnard (1971) e Chandler (1962) , nos primeiros anos do século 1920, Hall (1984) e Mintzberg
(2001) , nas décadas de 1980 e 1990, até Kaplan e Norton (1997) e Davenport e Prusak (1998) nos
dias atuais.
De acordo com a abordagem contingencial, não é possível estabelecer uma única forma de
gerenciar as organizações; cada organização tem uma situação específica e requer um tipo de
gestão específica, isso é valido para as organizações públicas e para as organizações privadas.
Seguindo essa teoria, pode-se entender que a estratégia depende das características do ambiente e
determina a reconfiguração organizacional, visando atingir objetivos estabelecidos.
As organizações podem ser vistas como um conjunto integrado de centros de decisão com níveis e
hierarquias distintos, onde devem ser levadas em consideração as situações de certezas e
incertezas. Para se ter uma ideia do processo decisório dentro da organização, basta imaginar a
estrutura organizacional e seus vários departamentos, cada qual com autonomia relativa, que vai
de um extremo de tomada de decisão rotineira (estruturadas) ao outro, de tomada de decisão não
rotineira (não estruturada).
Nível Hierárquico Gerencial Nível Hierárquico não Gerencial
Simon (1965) em seus estudos teóricos apresentou a importância da teoria das decisões,
ressaltando que a decisão é um fator mais significante que as ações executivas subsequentes. Nesse
sentido, as organizações que adotam a tomada de decisão como princípio estratégico passam a ser
visualizadas como sistemas de decisões em que os gestores percebem, sentem, decidem e agem,
definindo seus comportamentos frente às situações definidas nos princípios e metas
organizacionais.
Para que o gestor possa se pautar em situações ambíguas e complexas na tomada de decisão, ele
deve ter uma visão geral da organização e entender quais os componentes disponíveis no momento.
Isso porque as decisões devem ser eficientes ante os dados fornecidos e consistentes, uma vez que,
na maioria dos casos, o gestor estará sobre pressão dos stakeholders.
Portanto, o papel dos gestores na tomada de decisão é administrativo, e eles são necessitam
planejar, organizar, liderar e controlar o processo. Nesse sentido, gerenciar é decidir
constantemente em um quadro de incerteza.
Quais os colaboradores que deverão responder ao processo. Qual o grau de centralidade e quais os departamentos envolvidos. Quando a organização
Organizar
poderá e deverá implantar as decisões.
Como motivar os colaboradores. Como não afetar a produtividade dos colaboradores ante novos desafios. Qual o momento correto para estimular os
Liderar
colaboradores.
Quais as atividades que necessitam maior controle na organização. Quais os mecanismos de controle para as atividades. Quais as informações
Controlar
gerenciais deverão estar disponíveis.
Acrescenta-se à função do gestor a preocupação com os objetivos que se quer atingir. Essa forma
de pensar aparece em Drucker (1998), quando o autor discute o conceito de Administração por
Objetivos (APO), que valoriza as metas e responsabilidades que os gestores e subordinados devem
assumir de acordo com a estrutura organizacional.
A escolha de uma alternativa em detrimento de outra, inevitavelmente, envolve eventuais
vantagens e desvantagens. Privilegiando certos aspectos, comparativamente, a estrutura
organizacional constitui uma das maiores prioridades da gestão organizacional, pois a função da
estrutura organizacional é auxiliar no alcance dos objetivos organizacionais, servindo como:
a) Estrutura básica: ao contribuir para a implementação dos planos e das metas, bem como
para a alocação de pessoas e de recursos para as tarefas que precisam ser feitas e ao
proporcionar mecanismos de coordenação dessas tarefas.
b) Mecanismo de operação: ao indicar com clareza aos membros da organização que irão
compor o comitê de gestor de decisão, definindo os procedimentos de trabalho, padrões de
desempenho, sistema de avaliação, sistema de análise, programações e sistemas de
comunicação (interno e externo).
c) Mecanismo de decisão: apoiando o processo de tomada de decisão e seus requisitos de
processamento de coleta de dados, o que inclui o fornecimento dos cenários favoráveis aos
objetivos principais das metas organizacionais.
De acordo com Motta (2003) , a estratégia faz parte da premissa organizacional e influencia,
diretamente, o ambiente com mudanças constantes. Para tanto, faz-se necessário a contínua
reformulação e avaliação de objetivos, baseando-se na análise de tomada de decisão visando
analisar o ambiente interno e externo da organização. De maneira sucinta, a organização se depara
constantemente com pressões dos concorrentes e do mercado e precisa eleger uma das
alternativas entre muitas para alcançar suas metas.
Dessa maneira, as metas seriam os indicadores sob os quais os critérios de escolha, ou de decisão
dos objetivos da organização, seriam fixados de acordo com as prioridades, a fim de se alcançar os
resultados da organização definidos pela alta gerência.
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Unidade 01
Aula 05
Estudaremos os aspectos gerais sobre a tomada de decisão e sua influência sobre os processos
organizacionais. Essas noções são essenciais para o dia a dia profissional e para o estudioso(a) da
área. Boa aula!
Com a gestão assumindo o conceito de APO, os gestores incorporam a questão do planejamento
estratégico, que na sua estrutura organizacional deve ser tratada como uma questão de tomada de
decisão, sendo composta, nos objetivos organizacionais, pelas análises externa (ambiente da
organização) e interna (matriz de oportunidades), que analisam as ameaças e as forças que servirão
de base para a formulação das alternativas a serem consideras no processo decisório. (DUBRIN,
1998).
O gestor deve fazer clara distinção entre resolução de problema e tomada de decisão, embora a
resolução de problema e a tomada de decisão possam ser consideradas um processo ordenado. No
entanto, nem sempre a solução efetiva é produto de um processo ordenado ou de decisão, mas sim
somente a resolução de um problema.
Conforme Santos e Wagner (2008) , os gestores sempre vão se encontrar em situações difíceis para
a tomada de decisão, porém deverão levar em conta os fatores organizacionais que influenciam as
decisões.
Essa é uma fase importante do processo, já que o gestor deverá ter as condições necessárias para
continuar ou interromper o processo, visto que, mesmo a não continuidade do processo, é uma
decisão e, portanto, requer do gestor a capacidade de reconhecer, no processo, cada passo,
identificando sua origem e se há condições físicas, financeira e humana na organização para
resolver o problema.
De acordo com Barnard (1971) essas são questões que cada gestor deve levar em conta antes de
iniciar o processo de tomada de decisão:
A arte da decisão administrativa consiste em não decidir questões que não são pertinentes,
em não decidir prematuramente, em não tomar decisões que não podem ser executadas, e
em não tomar decisões que competem a outras pessoas .
(BARNARD, 1971)
A análise do gestor na avaliação dos problemas necessita, além do exposto, levar em conta a
maneira como o processo se apresenta ante a situação dada. O gestor deve se posicionar como
membro da organização considerando a natureza do conjunto dos valores organizacionais. São
esses fatores que emprestam significado ao problema e determinam o grau e a natureza da ação a
ser desencadeada e os melhores critérios de escolha e quando será necessário dar início à tomada
de decisão.
É precisamente nesse ponto que a atenção deve se voltar para a escolha dos critérios de avaliação
das possíveis soluções propostas para o problema. Sendo essa uma fase crucial para o processo de
tomada de decisão e, é nessa etapa que são introduzidos no processo o sistema de valores e as
aspirações das metas futura das organizações.
Dessa forma, o processo de tomada de decisão deve utilizar de métodos que tragam melhorias a
priori para a organização como um todo que deve deliberar sobre a linha de conduta a ser adotada
em todas as atividades de planejamento, direção, execução e controle.
Alguns gestores julgam que o processo de tomada de decisão não corresponde a um trabalho
consciente, sujeito a princípios e regras. Porém, o gestor profissional sabe que o processo envolve
uma decisão lógica que necessita de uma aplicação sistemática, de habilidade e de conhecimento
teórico do instrumental de sua utilização reconhecendo que o processo de tomada de decisão é
uma habilidade que comporta diferentes elementos que podem ser aprendidos como qualquer
outra habilidade gerencial.
O gestor no processo de tomada de decisão deve estar envolvido tanto com a execução da decisão
principal quanto suas modificações em termos das condições de alinhamento, isso pode ocorrer
quando a decisão se torna mais operacional. O que pode suceder é que, embora essa esteja sendo
executada como uma decisão principal, isso não significa que o processo de tomada de decisão deva
ser encerrado, pois durante a sua execução poderá haver a necessidade de tomada de numerosas
decisões secundárias, isso se caracteriza com a dinâmica do processo e principalmente pela sua
natureza sequencial que encontra reflexo na organização.
No processo de tomada de decisão, a organização busca uma maior eficiência organizacional que
depende do alcance dos seus objetivos e da interação do sistema interno ao ambiente externo,
portanto ela deve ser uma conjugação de capacidade (habilidades e comportamentos), motivação,
execução correta das relações interpessoais, de uma comunicação objetiva, de propostas que
apresentam solução de conflitos; de forma sucinta, o processo de tomada de decisão deve levar em
conta a percepção a respeito dos objetivos e metas das organizações.
O processo de tomada de decisão está diretamente associado aos eventos futuros que afetarão a
organização como um todo e, portanto, inclui situações de total incerteza sobre os resultados.
Nota-se, então, que a relação entre risco e retorno é fundamental para a tomada de decisão.
Toda tomada de decisão se constitui em um processo de análise dos riscos.
O gestor deverá em sua primeira interação analisar os riscos e gerenciá-los de forma a identificar
seus impactos na organização, enquanto as verificações subsequentes irão analisar os riscos que
surgirem no decorrer do processo.
O gestor, com o intuito de minimizar os riscos e obter uma melhor qualidade no processo de
tomada de decisões gerenciais, deverá expandir suas atividades ou, simplesmente, obter um maior
controle sobre as operações, com aumento do uso de infraestrutura de informação.
1. Quais os objetivos de uma decisão devem ser determinados em primeiro lugar: os objetivos
deverão ser classificados segundo sua importância.
2. Quais as alternativas deverão ser analisadas: ou seja, escolher as alternativas mais aptas a
atingir os objetivos organizacionais.
3. Examinar quais as possíveis consequências adversas: ou seja, verificar os efeitos da decisão
tomada evitando que possíveis consequências adversas transforme a solução em um problema
maior para a organização.
4. Tomar todas as medidas possíveis com auxílio do sistema de informação para que as medidas
escolhidas sejam executadas corretamente.
Para que a tomada de decisão se torne efetiva, há que se considerar três fases do processo
gerencial: programação, controle e avaliação.
a. Programação: é o procedimento utilizado para criar uma estrutura necessária para a tomada
de decisão, visto que se uma decisão é tomada e deverá ser posta em execução, cria-se na
organização uma estrutura que torna possível a previsão das futuras inter-relações referente à
decisão tomada.
b. Controle: é o processo de assegurar que as ações correspondam às alternativas escolhidas,
sabendo que aqueles que tomam decisões operam dentro de um conjunto de incerteza, mas o
objetivo sempre é o de aperfeiçoar a qualidade das decisões tomadas. Aos gestores, deve ser
assegurando que lhes serão dadas as orientações definidas dos problemas que afetam os
principais objetivos da organização.
c. Avaliação: é a fase final da efetivação de uma decisão. O gestor deve determinar se a
alternativa escolhida será a mais coerente com as metas organizacionais, se a decisão será
executada de maneira a atingir o fim proposto e quais as alterações necessárias à execução para
que seja alcançado o resultado desejado.
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Geralmente, sendo um processo de mudança por vezes radical, vários fatores externos ou internos
ao processo de implementação podem dificultar, ou mesmo facilitar, a realização na tomada de
decisão. O gestor deve fazer a identificação os fatores, bem como a mensuração do quanto eles
influenciam e contribuem para que o processo de implementação seja bem-sucedido, isso, portanto,
constitui-se no problema central dos decisores.
Mesmo adotando a simplicidade imposta pela racionalidade, os gestores necessitam ter uma visão
geral dos problemas e métodos de decisão. Para tanto, os problemas e métodos de decisão
precisam ser classificados e analisados em detalhe; gestor deverá compreender que o processo de
tomada de decisão deve ser contínuo, após determinado o problema e suas consequências, e
executado com base no planejando para as alternativas.
Nesse ponto, o gestor utilizará de suas experiências para se colocar a frente de novos problemas
que a organização poderá enfrentar no futuro executivo que examina cenários futuros, assumindo
sempre esses seus dois papéis na organização.
Há vários modelos ou técnicas de tomada de decisão, que vão depender do gestor ou das
características das alternativas. Entretanto, o que irá pesar mais sobre essa escolha serão as
influências sobre a tomada de decisão, uma vez que cada gestor tem uma habilidade em particular,
já que cada um, em sua individualidade, levará em consideração os fatores que influenciam a
decisão que é visualizada. Veja alguns fatores que influenciam sobre a tomada de decisão do gestor.
(BUBRIN, 1998, p. 83).
1) Crise: pode ser individual, sendo originada por fatores de estresse no ambiente de
trabalho, ou pode ser organizacional, por exemplo, quando a organização não pode
oferecer o produto ou serviço adequadamente, uma crise financeira que atinja a
organização, ou a falta de colaboradores que possuam conhecimento necessário para lidar
com o problema.
7) Valores: em última instância, todas as decisões são baseadas em valores e esses fazem
parte das características de cada gestor, portanto é importante que os gestores cada vez
mais tenham consciência dos valores éticos, sociais, ambientais e morais. Em uma
sociedade como a nossa, onde muitos valores deixaram de ser respeitados, uma retomada
desses e dos seus significados levariam a uma sociedade mais justa e igualitária e com
menos desigualdade. Portanto, faz parte dos elementos na tomada de decisão os valores de
um.
Conforme Etzioni (2001) , em seu artigo “A Tomada de Decisões Ponderadas”, argumenta que
atualmente é necessária outra visão da tomada de decisão, que possa quebrar paradigmas, levando
em considerações não somente as grandes tendências, mas também os menores detalhes de
influenciam o problema. Todas as unidades da organização devem fazer parte do processo e de
decisão em conjunto.
Com isso podemos perceber que a decisão tomada de forma mais flexível e descentralizada, da
qual tomaram parte a maioria dos gestores, tenderá a oferecer uma melhor resposta, já que
valores e intuições são somados para se chegar a uma solução objetiva. Nas organizações com
gestões mais modernas, as decisões são tomadas com base no conjunto de indivíduos, como em
colegiados, assembleias ou reunião de conselheiros.
Dado o exposto, a integração do processo de decisão deve ser levada de forma sistêmica. De
maneira geral, podemos dizer que o processo de tomada de decisão é uma atividade coordenada,
com os objetivos e metas organizacionais e que envolve as pessoas, os procedimentos e a
tecnologia.
Dessa forma, a integração do processo deve incluir não somente as tarefas a serem executadas, mas
também as decisões que devem ser tomadas quanto ao número de colaboradores envolvidos, a
distribuição das tarefas entre eles (respeitando suas capacidades), a tecnologia empregada e a
análise dos indicadores de eficiência e os resultados esperados, a fim de se alcançar os objetivos
organizacionais.
Para Hammond, Keeney e Raiffa (2004) o problema esta colocado nos objetivos a serem alcançados
e coloca:
Porque são os objetivos importantes? Eles formam a base de avaliação para as alternativas
existentes. São, em outras palavras, seus critérios de decisão. Ao identificar os objetivos,
evita-se tomar uma decisão irrefletida – a que, por exemplo, considera as implicações
financeiras, mas esquece a satisfação pessoal. Além disso, dispor de um conjunto de
objetivos pode ajudá-lo a elaborar novas e melhores alternativas, examinando além das
escolhas imediatamente perceptíveis.
Nesse sentido, podemos afirmar que a questão essencial na tomada de decisão é a sua interação
como a estrutura organizacional.
A organização nessa perspectiva deve ser vista como uma entidade dinâmica, em que seus fatores e
componentes se integram na configuração das relações entre gestores, possibilitando que as
decisões sejam apresentadas como fluxos que identificam e apreendem não somente o processo,
mas também o produto.
Como consequência há necessidade de se conhecer a estrutura da organização com uma visão mais
orgânica e sua interação com a tomada de decisão, o que significa conhecer suas inter-relações,
principalmente as interativas, adaptativas e descentralizadas com o objetivo de apreender a
realidade na qual está inserida.