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Processo de Tomada de
Decisão
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1. OBJETIVOS
• Compreender o processo decisório e os modelos propostos.
• Compreender e empregar as técnicas de tomada de decisão.
• Analisar e avaliar o processo decisório nas organizações.
2. CONTEÚDOS
• Definição de processo decisório.
• Modelos de processo decisório.
• Críticas ao sistema de tomada de decisão.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nesta unidade, iniciaremos o nosso estudo com uma refle-
xão. Vamos supor que você precisasse tomar uma decisão impor-
tante, como, por exemplo: a universidade que irá estudar, o seu
futuro emprego, o casamento ou a mudança de cidade. Como to-
maria essas decisões? Evidente, estes são fatos muito importantes
e que devem ser tratados com muita atenção. Por isso, precisamos
estabelecer critérios de avaliação que nos permitam estar certos
de que a opção selecionada será a mais correta possível.
Da mesma forma que encontramos dificuldades ao enfren-
tar essas decisões importantes, no ambiente das organizações
existem decisões que também envolvem certo grau de dificuldade
para serem tomadas. As decisões cotidianas no ambiente empre-
sarial representarão o seu desempenho na vida profissional.
Os gerentes mais eficazes tomam decisões de forma contínua,
e se não as puderem tomar, não serão bons gerentes. Assim, nesta
Estabeleça as
conseqüências
desejadas da
decisão
Implemente a
alternativa
Comunicação
De acordo com Socalschi (et al., 1985, p. 121): "Os adminis-
tradores passam a maior parte do seu dia de trabalho comunican-
do-se com subordinados, superiores e outros departamentos”.
Nesse contexto, podemos afirmar que, "[...] a comunicação
administrativa tem muita importância, pois ela serve de ponte en-
tre a meta e a criação de padrão de desempenho e de realização
do funcionário" (MONTANA; CHARNOV, 2003, p. 285).
Para que haja uma comunicação adequada, Socalschi et al.
(1985) estabelecem como deve ser o processo de comunicação.
Vejamos no Quadro 2.
Quadro 2 Processo de comunicação.
ETAPAS ATIVIDADES
Emissor e o O emissor é uma pessoa que retém informações e traduz para um
codificador código, que é a comunicação oral ou escrita.
ETAPAS ATIVIDADES
Problemas de O método de como se transmitem os símbolos e o problema de
comunicação empatia.
Sugestão para Conhecer o que está se tentando comunicar, evitar os excessos
a comunicação e manter o equilíbrio, perceber os efeitos da comunicação, usar
efetiva símbolos e imagens visuais adequadas e selecionar a informação.
Fonte: adaptado de Socalschi (et al 1985).
Implantação da decisão
A escolha da decisão adequada não significa o fim do pro-
cesso decisório. Não basta encontrar a decisão correta e ficar sim-
plesmente aguardando os efeitos e resultados. É necessário que os
responsáveis pela escolha acompanhem o processo posterior, que
é o de implementação. Essa ação pode ser feita pelas pessoas que
desenvolveram o processo decisório ou delegada a outras, desde
que tenham a competência necessária.
Os responsáveis pela implementação da decisão precisam
entender o porquê ela foi escolhida e também serem comprome-
tidos em sua realização e execução.
De acordo com Bateman e Snell (2006, p. 78), para que a
implementação tenha sucesso é preciso cumprir os seguintes pas-
sos:
1. Determinar como as coisas estarão quando a decisão for total-
mente operacional.
2. Ordenar cronologicamente, talvez com um diagrama do fluxo,
os passos necessários para se chegar a uma decisão totalmente
operacional.
3. Listar os recursos e as atividades necessários para implementar
cada passo.
4. Estimar o tempo necessário para cada passo.
5. Atribuir a responsabilidade por cada passo a indivíduos especí-
ficos.
6. TEXTO COMPLEMENTAR
Para complementar seus estudos, recomendamos a leitura
de dois textos.
O primeiro texto, Franquia ou sociedade, trata da ação de
tomada de decisão inicial em uma determinada organização, ou
seja, até mesmo antes de optar por qual modelo de negócio o in-
vestidor irá direcionar os recursos.
Vale ressaltar que o ideal é que o estudo da viabilidade do
negócio seja feito antes da abertura da empresa.
Franquia ou sociedade–––––––––––––––––––––––––––––––––
Muitas vezes, num negócio de sucesso, aparecem empreendedores interessa-
dos em firmar parceria. Neste momento o empresário costuma ter dúvidas sobre
qual o modelo mais adequado para tal parceria, se ele deve se tornar uma fran-
quia ou então formalizar uma sociedade. Veremos neste artigo, de forma bem
sintética, os prós e contras de cada uma dessas opções.
Franquia:
Franquia empresarial é o sistema de parceria onde o franqueador, proprietário
de um negócio de sucesso, disponibiliza para interessados o uso da sua marca
comercial, bem como a transferência do know-how, ou seja, da tecnologia do seu
negócio, com ou sem o fornecimento de produtos e serviços. Vale lembrar que,
para permitir o uso de uma marca, tal marca deverá ter sido devidamente regis-
trada junto ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
Para que uma empresa se torne uma franqueadora é necessária a elaboração do
plano de negócios e do manual da franquia de forma muito detalhada. O franquea-
dor deverá transferir para o franqueado todo seu conhecimento sobre seu negócio,
incluindo a área de gestão, de escolha do ponto comercial, da metodologia utilizada,
da identidade visual relacionada à sua marca, bem como o treinamento dos empre-
gados do franqueado. Além disso, deverá haver um investimento significativo na
logística que envolva a aquisição das matérias- primas e dos produtos fornecidos
ao futuro franqueado. Desta forma, mais do que a simples elaboração do contrato
de franquia, a franquia envolve a capacidade de se duplicar o sucesso do negócio
original para alguém que não tenha experiência neste ramo de atividades.
Uma vez elaborado o plano de negócios, bem como o manual de franquia, além
de se ter firmado as condições para o atendimento dos futuros franqueados (lo-
gística), deverão ainda ser elaborados os instrumentos jurídicos próprios, a sa-
ber, o contrato de franquia, bem como a circular e oferta de franquia, tudo nos
moldes da Lei nº. 8.955/94.
A principal vantagem neste sistema está na independência entre a empresa franque-
adora e a empresa franqueada, pois uma não responderá pelas dívidas comerciais,
tributárias e trabalhistas da outra empresa. Para mais informações sobre franquias
aconselhamos a consulta ao site da ABF – Associação Brasileira de Franchising.
186 © Administração
Sociedade:
Sociedade é a união de duas ou mais pessoas, a saber, os empreendedores,
com a finalidade de exploração em comum de um negócio com o rateio de des-
pesas e com a divisão dos lucros ou prejuízos gerados neste novo negócio. A so-
ciedade presume a intenção desses empreendedores de agir em conjunto, seja
na tomada de decisões, seja assumindo os riscos existentes em todo e qualquer
tipo de empresa.
Na sociedade, que será regida pelo Código Civil, será necessária a elaboração
do contrato social, documento que contém dados sobre endereço, ramo de ativi-
dades, capital investido por cada um dos sócios, poder de agir ou de representa-
ção da empresa, formas de dissolução, entre outras cláusulas.
Na sociedade, todos os sócios respondem pelos atos praticados pela nova em-
presa, sendo que tal responsabilidade será limitada ao valor do capital social
no caso de sociedades limitadas. Esta responsabilidade patrimonial, entretanto,
poderá não valer para dívidas tributárias, trabalhistas, ambientais e também que
envolvam indenizações a favor de consumidores. Assim sendo, o risco numa
sociedade costuma ser muito maior para os empreendedores envolvidos do que
no caso de uma franquia.
A contrapartida favorável no caso da sociedade está na relativa facilidade de sua
constituição, que é muito mais simples do que a transformação de uma empresa
em franqueadora.
Caso o empreendedor [esteja] interessado na parceria com a empresa de su-
cesso, seu ingresso na empresa já existente implicará em que este assuma as
dívidas existentes no momento de seu ingresso.
Desta forma, a tomada de decisão sobre qual das duas opções, franquia ou so-
ciedade é a melhor, deverá ser analisada pelos interessados com muito cuidado,
sempre contando com o apoio de um profissional da área jurídica e da
área contábil (HERMANSON, 2010).
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Já o segundo texto versa sobre a participação acionária dos
funcionários no patrimônio das empresas, condição que permite
e exige que eles possuam um perfil empreendedor mais aguçado,
especialmente no que tange às tomadas de decisão. Acompanhe.
Além do stock options, o Banco Itaú tem um programa de participação nos lu-
cros, cuja remuneração é variável, seguindo critérios definidos. "Dependendo do
cargo do funcionário, é calculado um valor percentual com base no resultado do
banco”, acrescenta.
Os resultados obtidos com o programa foram excelentes, na avaliação do pro-
fissional, uma vez que além da motivação, gerou mais atenção e empenho dos
funcionários com o desenvolvimento do Itaú. "Eles ficaram mais atentos para
redução de custos e possibilidades de negócios, sugerindo atitudes a serem to-
madas pela instituição visando um melhor funcionamento”, revela.
Redução de custos
Entre estas sugestões, há preocupações com relação a um maior aproveitamen-
to dos materiais e equipamentos do banco, influenciando em uma redução dos
custos. Soares revela também que a adoção do programa de ações gerou uma
integração maior dos funcionários, ampliando o trabalho em equipe.
"Os funcionários estão enxergando a organização como um todo. Por exemplo,
aquele que cuida do setor de cartões de crédito não fica concentrado só na sua
atividade. Procura observar o que o colega da abertura de contas pode fazer
para ter mais resultados. Ele dá sugestões que podem tornar o atendimento mais
ágil”.
A adoção de programa de ações pelas empresas é uma tendência irreversível
no Brasil, na avaliação de Soares, tendo em vista que a internacionalização da
economia, os processos de globalização e a vinda de parceiros internacionais
para o país são fatores que crescerão muito nos próximos anos. "As empre-
sas precisam promover programas como esse, é um estratégia mundial tratar o
funcionário como um parceiro, estabelecendo bons rendimentos para ambas as
partes”, considera (CRASP, 2007).
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7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Realize sua autoavaliação respondendo às questões a seguir,
que tratam da temática desenvolvida nesta unidade.
1) Relacione algumas decisões com alto risco que você tomou e responda: por
que assumiu os riscos? Qual o seu aprendizado com o fato?
2) Faça uma reflexão de algumas decisões que você tomou e que geraram re-
sultados inesperados, positivos ou negativos, porém relevantes. Você acre-
dita que, após o aprendizado dos métodos de tomada de decisão, poderia
ter feito algo diferente?
8. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade conhecemos o processo de tomada de de-
cisão e compreendemos o quanto é importante o administrador
tomar uma decisão de forma sistemática. Vimos também que as
decisões precisam ser tomadas de forma rápida, mas sem pressa,
pois ações rápidas são aquelas preparadas para serem tomadas.
Por fim, pudemos concluir que a decisão programada tem
mais chance de trazer efeitos positivos no ambiente organizacional
em função de estudos do passado e tendências do futuro para que
ações eficientes sejam projetadas no presente.
9. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
CRASP. Troca de ganhos entre funcionários e empresas. São Paulo, 2007. Disponível em:
<http://www.crasp.gov.br/jornal/jornal164/princ4.html>. Acesso em: 26 set. 2010.
HERMANSON, B. Franquia ou sociedade. Colaboração de Silvia Regina Duarte. Disponível em:
<http://www.sebraesp.com.br/midiateca/publicacoes/artigos/estrategia_empresarial/
franquia_sociedade>. Acesso em: 9 set. 2010.