Dúvidas, incertezas, riscos e interesses pessoais. Na vida moderna todas as
pessoas estão sujeitas a passar por esses fatores, e nas empresas, não é diferente. As organizações vivem hoje um período caracterizado por evoluções e mudanças, que intensificam suas dúvidas e acirram gradativamente uma corrida pelo aumento da competitividade e da inovação de seus produtos e serviços. Diante de tanta incerteza, e do excesso de informações presentes nos ambientes de negócios, destacam-se no setor, as empresas que possuem habilidades e conhecimentos suficientes para suprir esses fatores e realizar uma boa tomada de decisão. Mas, o que de fato significa tomar uma decisão? Como a tomada de decisão pode ser efetuada na prática? Quais benefícios uma boa decisão pode trazer para uma empresa? Segundo Yu (2011), a tomada de decisão pode ser facilmente caracterizada pelo ato de “alocar recursos de maneira irreversível”. Para o autor e pesquisador do tema, trata-se de uma ação sem volta, pois, uma vez que os recursos organizacionais são alocados, fica praticamente impossível revertê-los para outra situação. Mas, na prática, o que isso significa? Em um vocabulário mais cotidiano, essas ações caracterizadas pelo autor, assemelham-se com o ato de efetuar escolhas de diferentes alternativas, sendo essas, caracterizadas por diferentes objetivos e resultados esperados pelas empresas. Trata- se, portanto, de um ato de escolher um plano de ação que auxilie na tratativa de situações vivenciadas por uma organização, em um determinado momento. No entanto, se o conceito é tão simples e de fácil entendimento, por que as organizações erram tanto, e sentem tanta dificuldade para realizar uma boa tomada de decisão? A resposta para essa pergunta encontra-se relacionada à situações que as empresas tanto recriminam, mas que inevitavelmente encontram-se enraizadas em seus cotidianos, tais como: o jogo de interesses, a burocracia, as preferências e necessidades individuais, as dúvidas, o jogo de poder, e principalmente, a falta de planejamento da tomada de decisão. Com base nisso, é interesse desse artigo, apresentar e evidenciar algumas etapas que podem auxiliar e introduzir a tomada de decisão nas organizações, de uma forma prática e descomplicada. Para isso, recomenda-se inicialmente que as empresas encarem a tomada de decisão como um processo, e entendam que existe uma sequência temporal de etapas a serem seguidas e cumpridas. Dessa forma, fornece-se a seguir, em linha com os estudos de Chiavenato (2004), as 06 etapas que podem auxiliar as empresas em seus processos de Tomada de Decisão na prática: 1) Identificar a situação (Qual o problema ou oportunidade?); 2) Obter informação (Busca de dados, fatos e informações a respeito do problema); 3) Gerar soluções alternativas (Desenvolvimento de várias alternativas de solução); 4) Avaliar e escolher a melhor alternativa (Avaliação de custo, tempo e eficácia das alternativas); 5) Transformar a solução em ação (Implementação da solução escolhida); 6) Avaliar os resultados (Monitoramento e verificação se o problema foi resolvido); Apesar da simplicidade deste processo, recomenda-se que tais etapas não sejam encaradas como uma regra de ações a serem cumpridas, ou como um roteiro fixo, engessado e livre de modificações. Muito pelo contrário. É importante que as organizações encarem esse “passo a passo” como uma sequência dinâmica e suscetível de ajustes, onde se possa personalizar e padronizar o processo, de acordo com as necessidades individuais de cada empresa. Apesar de todo o conteúdo exposto, ainda nos resta uma dúvida: quais são os benefícios que uma boa tomada de decisão pode trazer para as empresas? Essa talvez, seja uma das respostas mais fáceis de se obter. Um bom processo de tomada de decisão assegura às organizações, agilidade para lidar com incertezas e riscos, eficiência para atuar nas mutações do ambiente, competência para atuar com acontecimentos do futuro, aumento da confiança dos executivos e dos funcionários para lidar com momentos de crises, dentre inúmeros outros, facilmente observados nas empresas que já encaram a tomada de decisão como um processo prático. Enfim, uma boa tomada de decisão encontra-se substancialmente relacionada a um bom planejamento prévio. Organize-se, planeje-se, e tenha em mente que, o tempo gasto para corrigir uma decisão sem planejamento, certamente será maior que o tempo despendido para o planejamento da mesma. Referências utilizadas nesse artigo e sugestão de leitura: CHIAVENATO, Idalberto. Administração de novos tempos. Rio de Janeiro: Campus, 2004. YU, Abraham Sin Oih. Tomada de Decisão nas Organizações: Uma Visão Multidisciplinar. 1ª. Ed. São Paulo: Saraiva, 2011. Sobre o autor: [blox_row columns=”1/4+1/4+1/4+1/4″][blox_column width=”1/4″ ][blox_team image=”http://fappes.edu.br//wp-content/uploads/2014/08/bonazzi_avatar.jpg” ratio=”1×1″ member_name=”Professor Fábio Bonazzi” position=”Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie” skin=”default” animation=”none”][/blox_team][/blox_column][blox_column width=”1/4″ ][/blox_column][blox_column width=”1/4″ ][/blox_column][blox_column width=”1/4″ ][/blox_column][/blox_row]
Referência: COMUNICACÃO FAPPES (Org.). A Tomada de Decisão na prática. 2015. Disponível