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Objetivos de aprendizagem
• Entender que a tomada de decisões é um desafio cotidiano da vida social e das
organizações;
• Perceber a necessidade de que as análises de mercado e das próprias
organizações sejam ancoradas em análise de dados e informações relevantes.
Introdução: Métodos para Tomada de Decisões • 3/12
Introdução
Nos espaços empresariais e das organizações em geral, em todos os ramos das ativi-
dades humanas, uma questão que sempre se apresenta aos gestores é:
Não existe uma fórmula mágica para a tomada de decisões nas organizações. Essa afirma-
ção é simples de entender se pensarmos na complexidade intelectual e psicológica dos
seres humanos, bem como na complexidade e multiplicidade das organizações existentes
na economia mundial. O que a ciência possui são métodos que permitem que as decisões
sejam as mais racionais possíveis em contextos complexos das variadas organizações, am-
bientes organizacionais e de mercado.
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Além desse argumento, que legitima a proposição de não haver regras nem métodos
precisos para a tomada de decisões, devemos lembrar que vivemos em um momento
da história da humanidade onde todas as transformações significativas nas organi-
zações e no relacionamento delas com seu entorno (mercado, estudantes ou pacien-
tes) são cotidianamente influenciadas por disrupturas. O termo disrupção¹ foi criado
por Clayton Christensen, professor de Harvard University, que o explicou como sen-
do um processo de destruição criativa, explicando assim os vários ciclos econômicos
e de negócios.
Exemplos de disrupções são variados, mas lembramos aqui os casos mais corriquei-
ros que abundam as discussões no mundo dos negócios: o automóvel autônomo, a
robotização do setor agrícola, a revolução na educação provocada pelas ferramentas
virtuais de aprendizagem, as drásticas mudanças nos processos de produção e dis-
tribuição de mercadorias, a inteligência artificial e suas consequências para todas as
organizações humanas, entre centenas de outros.
Então, como poderíamos afirmar a existência de método rigoroso e seguro para a tomada de
decisões no contexto de economias que estão se transformando de forma cada vez mais
acelerada? Não se trata de afirmar apenas que existem transformações em curso. Trata-se de
afirmar que elas ocorrem de forma cada vez mais radical em espaços de tempo cada vez me-
nores. A tomada de decisões, nesse contexto, torna-se cada vez mais complexa.
O que deve fazer um hospital ou um estudante de medicina que tem consciên-
cia de que a biotecnologia encontrará formas de prever doenças no momen-
to do nascimento de um ser humano, usando um exame de DNA? O que deve
fazer uma grande cadeia de venda de livros físicos que sabe que todos os conte-
údos produzidos pelos autores podem acessados e comprados na internet? O
que o Uber deve fazer, sabendo que veículos autônomos estarão circulando pe-
las cidades, em futuro breve? O que deve fazer uma escola de ensino básico sa-
bendo que todos os conteúdos que ela ensina já estão disponíveis na internet?
Num plano mais cotidiano das organizações, qual a decisão a ser tomada quando um
concorrente apresenta ao mercado consumidor um produto oriundo de um processo
disruptivo? Por exemplo, qual é a decisão a ser tomada por um escritório de contabi-
lidade ao verificar que seus concorrentes estão investindo de forma agressiva em no-
vas tecnologias que incorporam novos processos mais eficazes, mais rápidos e cujos
resultados em produtos podem ser oferecidos por menores preços?
Num plano geral, gestores e equipes buscam tomar decisões em função das infor-
mações disponíveis. Tais informações disponíveis serão o bastante para que a análise
possa produzir efeitos positivos para a organização? Ou será que é preciso investi-
gar mais a própria organização e seu entorno, o mercado, as tendências tecnológicas
e outros fatores para que a tomada de decisões seja a mais proveitosa possível?
Somos todos pesquisadores e investigadores na vida cotidiana; em nossa casa, em nos-
so trabalho e em nossa vida social. Seres humanos são curiosos por natureza. Foi assim que
saímos das árvores e começamos a andar nas savanas africanas há dezenas de milhares de
anos atrás. Dessa forma, o primeiro exercício de raciocínio que devemos fazer é o exercí-
cio do detetive.
Mulheres e homens de negócios, educadoras e educadores, gestoras e gestores de
serviços de saúde podem responder às pressões cotidianas de variadas formas, inclu-
sive por impulso ou por intuição. Porém, mesmo por essas formas de responder às
questões e aos problemas de uma organização, há sempre um arsenal de experiên-
cias acumuladas em nossas mentes que balizam as decisões. Mesmo usando apenas
a intuição ou tomando decisões por impulso, utilizamos dados e informações acu-
muladas ao longo de nossas experiências de vida e profissionais.
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Saiba Mais
Para uma reflexão sobre o tema da disrupção, assista o vídeo
abaixo indicado, cujo título é:
Em Resumo
Na ponta da língua
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Referências Bibliográficas
1. STUBBS, Evan. Delivering Business Analytics – Practical Guidelines for Best
Practice. John Wiley & Sons, Inc, 2013. ISBN: 9781118370568
Livro de Referência:
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