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SUMÁRIO
Empreendedorismo e Inovação Sustentável.........................................................................5
Introdução...........................................................................................................................5
TEMA 1................................................................................................................................6
Empreendedorismo.................................................................................................................... 6
TEMA 2.............................................................................................................................. 17
Empreender.............................................................................................................................. 17
TEMA 3.............................................................................................................................. 25
Empreendedor..........................................................................................................................25
TEMA 4.............................................................................................................................. 35
Planejamentos e gerenciamento: estratégico, tático e operacional.........................................35
TEMA 5.............................................................................................................................. 50
Plano de negócio...................................................................................................................... 50
TEMA 6.............................................................................................................................. 57
Canvas Business Plan................................................................................................................ 57

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Empreendedorismo e Inovação Sustentável

Introdução
Ser empreendedor é tirar sonhos do papel e transformar em realidade; é fazer cálculos
arriscados, mas planejados e observados; é conhecer o mercado que irá atuar; e também é planejar
de forma antecipada e estratégica.
A identificação de oportunidades, a efetivação de parcerias, e a inovação contínua com foco
no consumidor são fatores essenciais para o empreendedorismo. É fundamental usufruir das mais
diversas ferramentas de planejamento e gerenciamento disponíveis para definir e acompanhar o
desempenho de seus produtos e ou serviços.
No mundo altamente globalizado em que vivemos, sem fronteiras e onde cada vez mais a
tecnologia se atualiza e se supera a cada dia, a ordem agora é acompanhar as mudanças para não ser
deixado para trás. Nas organizações, esse contexto não poderia ser melhor aplicado.
Além de estarmos sempre antenados às mudanças tão constantes, precisamos também
acompanhar o panorama específico de cada tipo de mudança, especificamente aquelas que afetam
grandes massas de públicos ou até mesmo o planeta inteiro, assuntos como economia e
sustentabilidade tem estado em alta devido à crise que enfrentamos, e o meio ambiente pedindo
socorro com os desastres naturais que vem ocorrendo, situações que se não forem controladas e
administradas podem ser um enorme problema.
Entender o que o cliente deseja, quais são suas reais necessidades, gostos, opiniões sobre
determinado produto ou serviço é fundamental. Para isso, é preciso sempre pensar nas metodologias
de melhoria contínua, como Kaizen, por exemplo, ferramenta essa que tem como filosofia a melhoria
de processos diariamente. Além disso, há também o método das quatro ações, ferramenta que
considera o intitulado “Oceano Azul”, que também auxilia na inovação e constante evolução.
Tudo isso sempre norteado por valores, moral e ética, levando em consideração a
responsabilidade social e Códigos de conduta.
TEMA 1
Empreendedorismo

Habilidades
● Identificação de Oportunidades de Negócios: os empreendedores precisam
ser capazes de identificar oportunidades de negócios no mercado. Isso
envolve a capacidade de reconhecer lacunas ou necessidades não atendidas
e transformá-las em oportunidades concretas de empreendimento;
● Tomada de Decisões Estratégicas: o empreendedorismo exige tomar decisões
estratégicas, incluindo escolher o ramo de atividade, modalidade de
empreendimento e outras direções importantes para o negócio. A habilidade
de tomar decisões ponderadas e estratégicas é fundamental;
● Adaptação e Resiliência: o cenário do empreendedorismo é caracterizado
por mudanças constantes, desafios e incertezas. Portanto, os
empreendedores precisam ser resilientes e capazes de se adaptar a novas
situações e desafios;
● Conhecimento de Mercado e Pesquisa: os empreendedores devem ser
hábeis em pesquisar e entender o mercado em que desejam entrar. Isso
inclui conhecer a concorrência, as tendências do setor e as necessidades dos
clientes. A pesquisa de mercado é uma habilidade essencial para o sucesso
empresarial.

Disponível em: <https://shre.ink/nSlV>. Acesso em: 20 set. 2023.

Definição

O empreendedorismo é um processo pelo qual indivíduos, conhecidos como


empreendedores, identificam oportunidades de negócios, criam e desenvolvem novos

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empreendimentos ou inovam em empresas já existentes. Essa atividade envolve a combinação de
recursos, conhecimentos e habilidades para transformar ideias em ações concretas, visando a
obtenção de resultados financeiros e impacto no mercado.
O empreendedorismo vai além da simples fundação de novas empresas; envolve também a
habilidade de assumir riscos ponderados, fazer escolhas estratégicas, identificar oportunidades de
mercado, ajustar-se a transformações e superar obstáculos. Adicionalmente, seu alcance se estende a
diversos contextos, tais como áreas comerciais, sociais e tecnológicas.
Os empreendedores são frequentemente impulsionados pela paixão por suas ideias, pela
busca da independência financeira e pela vontade de criar algo novo ou resolver problemas
existentes. Eles desempenham um papel importante no crescimento econômico, na inovação e na
geração de empregos em uma sociedade. O empreendedorismo é um processo pelo qual indivíduos,
conhecidos como empreendedores, identificam oportunidades de negócios, criam e desenvolvem
novos empreendimentos ou inovam em empresas já existentes. Essa atividade envolve a combinação
de recursos, conhecimentos e habilidades para transformar ideias em ações concretas, visando a
obtenção de resultados financeiros e impacto no mercado.

Cenário do empreendedorismo no mundo

O cenário do empreendedorismo no mundo está em constante evolução e é influenciado por


uma série de fatores econômicos, sociais e tecnológicos. Aqui estão algumas tendências e
características notáveis do empreendedorismo global:

Fonte: acervo pessoal da autora.

● Crescimento das Startups: o surgimento de startups tem sido uma tendência


marcante em muitos países. Ecossistemas de startups estão se desenvolvendo em cidades de todo o
mundo, com empresas jovens buscando inovações em áreas como tecnologia, saúde, fintech,
inteligência artificial e sustentabilidade.
● Acesso a Recursos: acesso a financiamento é essencial para o empreendedorismo, e

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tem havido um aumento no acesso a capital de risco, investimentos anjo e outras formas de
financiamento para startups. Além disso, o crowdfunding e as plataformas de empréstimos
peer-to-peer também têm desempenhado um papel na captação de recursos.
● Tecnologia e Digitalização: a tecnologia desempenha um papel fundamental no
empreendedorismo. A digitalização e a conectividade global tornaram mais fácil para
empreendedores lançarem negócios online e alcançarem mercados globais. Além disso, a inteligência
artificial, a Internet das Coisas e outras tecnologias estão impulsionando a inovação em muitos
setores.
● Economia do Gig: a economia do gig está em crescimento, com um número crescente
de pessoas optando por trabalhar de forma independente, seja como freelancers, consultores ou
prestadores de serviços autônomos. Isso também é uma forma de empreendedorismo, onde
indivíduos buscam oportunidades de trabalho e renda por conta própria.
● Sustentabilidade: a conscientização ambiental está se tornando um fator importante
no empreendedorismo. Empresas que buscam soluções sustentáveis e socialmente responsáveis
estão ganhando destaque, à medida que os consumidores se tornam mais conscientes das questões
ambientais.
● Globalização: o empreendedorismo não conhece fronteiras. Empreendedores estão
buscando oportunidades de negócios em mercados internacionais desde o início, aproveitando a
globalização e as tecnologias de comunicação para expandir suas operações.
● Educação em Empreendedorismo: a educação empreendedora está se tornando
mais difundida em muitas partes do mundo. Universidades e instituições de ensino estão oferecendo
programas de empreendedorismo e apoio à criação de empresas para preparar futuros
empreendedores.
● Desafios e Obstáculos: apesar do crescimento do empreendedorismo, os
empreendedores ainda enfrentam desafios significativos, como a falta de acesso a financiamento,
regulações governamentais complexas e a concorrência acirrada em muitos setores.

Cenário do empreendedorismo no Brasil

O cenário do empreendedorismo no Brasil é caracterizado por uma série de desafios e


oportunidades, refletindo a diversidade econômica, social e geográfica do país. Aqui estão algumas
características notáveis do empreendedorismo no Brasil:

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Fonte: acervo pessoal da autora.

● Startups e Ecossistemas de Inovação: nos últimos anos, o Brasil tem experimentado


um crescimento significativo no número de startups e no desenvolvimento de ecossistemas de
inovação. Grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife têm se destacado
como centros de startups, com investidores, aceleradoras e incubadoras apoiando empreendedores e
empresas inovadoras.
● Setores Promissores: startups brasileiras têm se concentrado em uma variedade de
setores, incluindo fintech, agritech, edtech, saúde digital e mobilidade. Essas áreas são impulsionadas
por demandas crescentes e pelas características específicas do mercado brasileiro.
● Acesso a Capital: o acesso a capital de risco e financiamento para startups tem
melhorado nos últimos anos, com um aumento no número de investidores-anjo, fundos de venture
capital e até mesmo programas governamentais de apoio ao empreendedorismo.
● Desafios Regulatórios e Burocracia: o Brasil ainda enfrenta desafios significativos em
termos de burocracia e regulamentações complexas, o que pode dificultar o processo de abertura e
gestão de empresas, especialmente para empreendedores iniciantes.
● Crescimento do Empreendedorismo Social: além das startups voltadas para o lucro,
o empreendedorismo social está ganhando força no Brasil. Empreendedores estão buscando soluções
inovadoras para problemas sociais, como acesso à educação, saúde e moradia.
● Educação em Empreendedorismo: as instituições de ensino estão começando a
reconhecer a importância do empreendedorismo e estão oferecendo cursos e programas voltados
para o desenvolvimento de habilidades empreendedoras.
● Desigualdade Econômica: o Brasil é conhecido por suas disparidades econômicas e

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sociais. Isso também é refletido no cenário empreendedor, com desafios adicionais para
empreendedores de comunidades menos privilegiadas.
● Desafios Ambientais: o Brasil enfrenta desafios ambientais significativos, e
empreendedores estão buscando oportunidades de negócios em setores relacionados à
sustentabilidade e à preservação ambiental.
● Impacto da Pandemia: a pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo nas
empresas brasileiras, com muitas tendo que se adaptar rapidamente para sobreviver. No entanto,
também abriu espaço para inovações no setor de saúde e na forma como as empresas operam.

De acordo com informações do Sebrae, o Brasil destaca-se como um ambiente fértil para o
empreendedorismo. O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) indicou que em 2019, a taxa de
Empreendedorismo brasileira foi de 38,7%, sendo esse o segundo maior índice registrado desde
2002. No total, mais de 53,4 milhões de pessoas se dedicavam a seus próprios empreendimentos. Em
2019, o Brasil alcançou uma taxa de 23,3% de empreendedorismo inicial, referente a empresas com
menos de 3,5 anos, o maior índice já observado. Esses números colocaram o país na quarta posição
mundial em Empreendedorismo Inicial em 2019, superando nações do BRICS como EUA, Colômbia,
México e Alemanha.
O panorama mudou em 2020. Segundo o GEM, em colaboração com o Sebrae, o país obteve
um recorde em empreendedorismo, com o maior influxo de novos empreendedores nas últimas duas
décadas. Uma transformação notável foi a adoção da tecnologia. Devido à pandemia e a imposição
do distanciamento social, os empreendedores tiveram que recorrer à internet para manter seus
negócios ativos. Conforme a Anatel, o uso da internet aumentou em 50% durante esse período.
A Endeavor, que assim como o Sebrae, incentiva o empreendedorismo no Brasil, realizou uma
pesquisa onde 76% dos brasileiros expressaram o desejo de serem empreendedores, superando até
mesmo os Estados Unidos (51%) e a União Europeia (37%). No entanto, apenas 19% afirmaram que
realmente pretendem empreender nos próximos cinco anos. Entre as motivações, “independência
pessoal e auto realização” foi a mais citada, seguida por “melhor perspectiva de renda futura”. Essas
razões também são valorizadas em outros países, mas a motivação financeira destaca-se mais no
Brasil. Surpreendentemente, mesmo na China, a motivação financeira é 17% menos relevante do que
no Brasil. Esse foco excessivo na questão financeira é preocupante, já que grande parte dos
empreendedores no Brasil possui empresas com receitas anuais abaixo de R$50 mil. A independência
para definir horário e local de trabalho, amplamente valorizada em outras economias, não se destaca
tanto no cenário brasileiro, exceto no Japão, onde é a principal motivação.

Oportunidades

As recentes transformações econômicas, ajustes legislativos e a crescente valorização de


diferentes modalidades de empreendedorismo têm motivado muitos brasileiros a tomar iniciativa e
buscar inovação. Não surpreende que cerca de 70% da população brasileira almeja ter seu próprio
negócio. O cenário pode estar propício para tal movimentação. Segundo Joseph Schumpeter,
renomado economista e idealizador do modelo Schumpeteriano de crescimento econômico, um país
com economia capitalista passa por um ciclo de evolução macroeconômica dividido em quatro fases:

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boom, recessão, depressão e, por fim, recuperação.
Atualmente, após períodos marcados por recessão e depressão, o Brasil aparenta estar
ingressando na fase de recuperação, criando um ambiente econômico promissor. Porém, meras
condições favoráveis no panorama macroeconômico não garantem o crescimento. É essencial estar
bem preparado para prosperar neste cenário. Uma etapa indispensável para se lançar ao
empreendedorismo e captar as oportunidades é reconhecer e decidir qual setor de atividade é o mais
apropriado para investir.

Ramo de Atividade

O ramo de atividade se refere à área específica em que sua empresa irá operar. Ao
determinar este foco, você pode definir precisamente o que será disponibilizado para seus potenciais
clientes.

Os ramos de atividade são:

Fonte: acervo pessoal da autora.

● Comércio: refere-se a empresas que comercializam produtos diretamente ao


consumidor final (comércio varejista) ou às entidades varejistas (comércio atacadista). Inclui
estabelecimentos como restaurantes, lanchonetes, lavanderias, farmácias, pet shops, lojas de
vestuário, mercados, lojas de móveis, de materiais de construção, de calçados e padarias, entre
outros;
● Serviços: empresas neste segmento oferecem suas habilidades e expertise.
Incluem-se aqui agências de marketing digital, empresas de construção, clínicas, espaços de
massagem, estúdios de pilates, academias, desenvolvedoras de softwares, salões de beleza,
intermediadoras de empregadas domésticas, corretoras de seguros, instituições educacionais,
escritórios contábeis e agências de viagem, dentre outros;
● Industrial: esse setor abrange empresas dedicadas à manufatura. Exemplos são as
gráficas, indústrias de mobiliário, de vestuário, de componentes automotivos e de dispositivos
eletrônicos, entre outras.

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Definindo seu ramo de atividade:

A paixão pelo que se faz é indiscutivelmente essencial para o sucesso de um


empreendimento. No entanto, a escolha do seu segmento não deve ser pautada apenas por essa
emoção. Claro, amar o que faz é fundamental, mas é igualmente importante avaliar suas habilidades,
identificar oportunidades de mercado, entender a concorrência, estar atento às tendências, e
observar a conjuntura econômica. Há inúmeros fatores que devem orientar sua decisão, por exemplo:
● A mera paixão por um segmento não basta; é essencial ter profundo conhecimento
sobre ele. Para administrar bem um negócio, você deve se tornar um expert naquele domínio;
● Invista tempo em pesquisas de mercado;
● O excesso de paixão pode ser um obstáculo. Busque um equilíbrio entre o coração e a
mente;
● Dialogue com outros empreendedores, tanto aqueles que prosperaram quanto os
que enfrentaram fracassos;
● Mantenha os pés no chão! Enquanto sonhar não tem limites, alcançar o sucesso
requer planejamento concreto. O capital disponível para investir pode ser determinante na escolha
do tipo de negócio: um serviço ou comércio?;
● Projete o futuro: como você se vê daqui a uma década? Muitos negócios fecham suas
portas porque perdem sua relevância no mercado. Mais do que uma previsão, trata-se de planejar
adequadamente.

As vantagens e desvantagens da prestação de serviço:

Numerosos empreendedores decidem lançar um negócio de prestação de serviços com base


em seu próprio know-how, o que pode conferir uma vantagem competitiva. Por exemplo, um
profissional com formação em marketing e especialização em marketing digital, após adquirir
experiência em diferentes agências, pode estabelecer sua própria firma. Essa bagagem acumulada
tende a ser um diferencial significativo.
Muitos setores de prestação de serviços exigem um baixo investimento inicial. Pegando o
caso da agência de marketing digital, basicamente se requer um computador eficiente, alguns
programas especializados e uma conexão estável de internet. O início pode ser até mesmo na sala de
sua residência.
Contudo, a capacidade produtiva de um prestador de serviços tem seus limites. Aumentar o
número de clientes demandará mais equipe, o que pode ser um desafio. No exemplo citado, o
profissional de marketing, no início, será capaz de atender a uma quantidade limitada de clientes,
buscando entregar um trabalho de alta qualidade. Há um teto para sua capacidade de atendimento.
Uma característica notável do setor de serviços é a flexibilidade horária. Isso pode ser
vantajoso, permitindo a dedicação a outras tarefas ao longo do dia. No entanto, não é raro ver
prestadores de serviços trabalhando até altas horas da noite para atender demandas.
De acordo com dados do IBGE, o setor de prestação de serviços corresponde a
aproximadamente 70% do PIB brasileiro, evidenciando a robustez e relevância dessa área.

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As vantagens e desvantagens do comércio:

Para estabelecer um ponto de venda físico no comércio, o investimento tende a ser mais
substancial. Há a necessidade de locar um espaço, estruturá-lo e adquirir um estoque considerável de
mercadorias para comercialização. Isso implica em ter um capital inicial robusto para inaugurar uma
loja física.
A escolha do local é fundamental nesse contexto. Por exemplo, instalar uma pequena
mercearia muito próxima de um supermercado de grande porte pode ser um equívoco estratégico.
No entanto, situá-la próxima a um grande condomínio, onde a concorrência é escassa, pode ser uma
decisão acertada.
O comércio opera em horários específicos, estando disponível para os clientes conforme o
horário estabelecido. Frequentemente, está aberto também nos finais de semana, incluindo
domingos. Diferentemente da prestação de serviços, no comércio a capacidade de vendas não
depende exclusivamente do empreendedor. Ainda que existam limitações, uma loja modesta com um
ou dois empregados pode alcançar ótimos resultados de vendas.
A gestão do capital de giro é outro aspecto vital no comércio, e sua administração inadequada
pode comprometer a viabilidade do negócio.

Modalidades de empreendedorismo

Há diversas abordagens para se empreender. A seguir, exploraremos as principais


modalidades de empreendedorismo:

Fonte: acervo pessoal da autora.

● Empreendedorismo Individual

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O empreendedorismo individual é um movimento crescente que permite que profissionais
empreendam de forma independente no cenário nacional. Há basicamente duas abordagens para
isso: registrando-se como MEI (Microempreendedor Individual) ou inaugurando uma EIRELI (Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada).
Na essência, é uma forma de empreender de menor amplitude, mas de fácil implementação e
operação. Para aqueles que têm a capacidade de atuar como autônomos, é uma excelente opção
para iniciar uma trajetória empresarial e ampliar rendimentos.

● Empreendedorismo Informal

Embora a taxa de desemprego esteja decrescendo no Brasil, isso não necessariamente


traduz-se em geração de empregos formais. Conforme dados do IBGE, a diminuição do desemprego
está vinculada ao crescimento do empreendedorismo descompromissado. Aproximadamente 40,9%
da força de trabalho opera nesta modalidade.
Esse tipo de empreendedorismo refere-se a atividades econômicas realizadas sem registro
formal, como vendas ambulantes e comércios de rua. Embora não seja o modelo ideal, devido à
ausência de benefícios e proteções, a sugestão é que esses empreendedores busquem a
formalização.

● Empreendedorismo de Franquias

O atrativo de lançar uma franquia reside no fato de que o empreendedor adota um modelo
de negócio pré-estabelecido e com respaldo de uma marca consolidada. Teoricamente, é uma das
formas mais simplificadas de empreender, beneficiando-se de processos já delineados. Contudo, isso
não elimina os desafios inerentes à gestão de uma franquia.

● Empreendedorismo Cooperativo

Quando diversos empreendedores autônomos se congregam formando uma entidade


coletiva, temos o empreendedorismo colaborativo. Este modelo favorece a sinergia entre
profissionais, ampliando oportunidades através da economia colaborativa.
Por exemplo, vários especialistas em Publicidade - redatores, designers, editores de vídeo e
outros - podem se associar para atender a demandas mais amplas do que se trabalhassem
isoladamente. O sucesso requer organização, comprometimento e eficiente comunicação.

● Empreendedorismo Social
Distinguindo-se das demais modalidades, o empreendedorismo com propósito tem como
meta gerar impacto social positivo. Pode manifestar-se em iniciativas tecnológicas que buscam
otimizar o trânsito, ou projetos que proporcionem apoio psicológico a comunidades desfavorecidas.
A complexidade aqui é equilibrar o propósito social com a sustentabilidade financeira do
projeto, seja através de patrocínios ou doações.

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● Empreendedorismo Digital

A ascensão do cenário digital tem catalisado o empreendedorismo globalmente. Novas


tecnologias e a onipresença da internet e dispositivos móveis criaram o ambiente propício para o
desenvolvimento de soluções digitais.
Este tipo de empreendedorismo é marcado por sua adaptabilidade, englobando desde lojas
virtuais até conteúdos digitais e plataformas inovadoras como Uber e Netflix.

O empreendedorismo é uma força motriz para o desenvolvimento global, abrangendo


aspectos econômicos, tecnológicos, profissionais, sociais e individuais. Ele catalisa a criação de
empregos, inovação e apresenta soluções criativas para desafios cotidianos. Em 2020, o Brasil viu um
crescimento sem precedentes no empreendedorismo, atingindo um pico na taxa de novos
autônomos nas últimas duas décadas, conforme indicado pela pesquisa Global Entrepreneurship
Monitor (GEM) em parceria com o Sebrae. Mesmo após períodos de recessão, o país mostra sinais de
recuperação, estabelecendo um ambiente econômico promissor. Contudo, o contexto
macroeconômico favorável não é garantia de sucesso; é vital que os empreendedores estejam bem
preparados, compreendendo a natureza do mercado e decidindo conscientemente o segmento em
que desejam atuar, seja comércio, serviço ou indústria.
Dentro do vasto universo empreendedor, existem várias abordagens para se aventurar. Entre
as principais modalidades, destacam-se: Empreendedorismo Individual, Informal, de Franquias,
Cooperativo, Social e Digital. Cada uma apresenta características e desafios distintos, mas todas têm o
potencial de transformar ideias em realidades tangíveis, promovendo impacto e mudança no cenário
econômico e social.

1. Como você definiria o empreendedorismo em suas próprias palavras?

2. Quais são os principais desafios que os empreendedores enfrentam ao iniciar um novo


negócio?

3. Qual é a importância do acesso a recursos financeiros para os empreendedores e como eles


podem obtê-lo?

4. Quais são as características essenciais de um empreendedor de sucesso?

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5. Como a tecnologia está impactando a forma como as empresas são iniciadas e operadas?

6. Quais são os benefícios e desvantagens de iniciar um negócio no setor de tecnologia?

7. Como a conscientização ambiental pode influenciar o empreendedorismo?

8. Quais são os principais passos que alguém deve seguir ao decidir se tornar um
empreendedor?

9. Como a pandemia de COVID-19 afetou o cenário do empreendedorismo em sua região?

10. Que conselhos você daria a alguém que está considerando se tornar um empreendedor?

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TEMA 2
Empreender

Habilidades
● Visão Empreendedora: a capacidade de enxergar oportunidades de negócios,
criar valor e assumir riscos é fundamental para o empreendedorismo;
● Tomada de Decisão: os empreendedores precisam ser hábeis na tomada de
decisões, desde escolher o tipo de negócio até determinar estratégias e
abordagens;
● Conhecimento e Capacitação: ter um entendimento sólido da área em que se
está empreendendo, bem como buscar educação e formação contínuas, é
fundamental;
● Gestão Financeira: a habilidade de gerenciar as finanças do negócio,
incluindo controle de custos, orçamento e planejamento financeiro, é vital
para o sucesso empreendedor.

Disponível em: <https://shre.ink/nQkW>. Acesso em: 24 Set. 2023.

Visão

No dicionário, encontramos o seguinte significado para a palavra “empreender”


Verbo transitivo direto; conseguir ou tentar fazer (algo muito difícil); tentar: empreender um
trabalho excessivamente perigoso. Colocar em desenvolvimento e/ou execução; realizar: empreender
tarefas; empreender passeios.
Etimologia (origem da palavra empreender). Do latim imprehendo ou impraehendare.
Disponível em: https://www.dicio.com.br/empreender/. Acesso em: 10 out. 2023.

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Uma Visão Expandida Sobre Empreendedorismo

Empreender não é apenas iniciar um negócio, mas sim, mobilizar suas principais habilidades
técnicas e comportamentais para criar valor de maneira autônoma, enfrentando desafios e riscos.
Não necessariamente se possui todas as habilidades, mas o verdadeiro empreendedor sabe como se
unir a outros talentos, processos e tecnologias para avançar.
O empreendedorismo é multifacetado. Ele pode se manifestar em forma de lucro, valor
intrínseco dentro de uma empresa existente ou até mesmo impacto social e ambiental. Os brasileiros
são inatamente empreendedores. Apesar de desafios burocráticos, muitos buscam o caminho do
negócio próprio, seja por necessidade ou paixão. Esse ímpeto empreendedor posiciona o Brasil entre
os países com maior número de novos negócios.
Em 2020, o país contabilizou 20 milhões de CNPJs ativos. Surpreendentemente, cerca de 90%
são de microempreendedores individuais e pequenas empresas. No mesmo ano, o Brasil presenciou
um crescimento de 6% na abertura de novas empresas, somando 3,4 milhões de novos negócios.
Predominam os setores de serviços (46%) e comércio (35%), muitos deles sustentando famílias
inteiras.
Os avanços na democratização do empreendedorismo também são notáveis. A redução da
burocracia e a acessibilidade a serviços contábeis e financiamentos têm incentivado mais brasileiros a
empreender. O tempo para abrir um negócio, por exemplo, reduziu drasticamente de mais de 5 dias
para menos de 2 em apenas cinco anos. Além disso, os custos contábeis tornaram-se mais acessíveis,
com valores que podem ser inferiores a R$ 100,00.
O cenário mostra um Brasil resiliente e inovador, com cidadãos prontos para transformar
desafios em oportunidades.

Por que Empreender?

Empreender é uma jornada de dedicação e paixão. Cada negócio exige empenho,


determinação e um toque pessoal. Vamos explorar os principais motivos que levam muitos a seguir
pelo caminho do empreendedorismo:

● Concretizar Sonhos: quem nunca sonhou em trazer uma ideia à vida? Empreender
permite que você transforme esses sonhos em realidades tangíveis, contribuindo com a sociedade
através de seu negócio;
● Autonomia nas Decisões: o empreendedorismo oferece a liberdade de guiar o
negócio conforme suas convicções. Embora algumas decisões possam ser difíceis, você tem o poder
de escolha sobre o que considera melhor para o crescimento do seu empreendimento;
● Afinidade com Desafios: o perfil empreendedor é sinônimo de coragem. Riscos e
desafios fazem parte da trajetória, e a capacidade de enfrentá-los define o sucesso do negócio.
Encarar desafios maiores pode significar resultados mais expressivos, e isso demanda resiliência e
determinação;
● Potencial de Lucratividade: comparado ao salário fixo e benefícios de um emprego
convencional, ter um negócio próprio oferece a possibilidade de rendimentos escaláveis. Embora

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existam riscos, o potencial de ganho é muitas vezes superior e depende diretamente do esforço
investido;
● Flexibilidade de Jornada: ser empreendedor pode significar longas horas de trabalho,
mas também proporciona flexibilidade. Você define a intensidade de seu comprometimento com
base nas metas estabelecidas e pode ajustar sua rotina conforme as demandas do negócio.

Primeiros Passos para Empreender com Sucesso

Empreender é um ato de coragem e decisão. A transição da ideia ao negócio real exige


consideração e estratégia. Veja o que não pode ser deixado de lado nesse processo:

● Defina o Problema e Proponha a Solução: identifique a demanda específica que seu


negócio busca atender. Determine seu nicho, público-alvo e a maneira como pretende oferecer
soluções únicas;
● Materialize sua Visão: registrar sua ideia ajuda a visualizar possíveis trajetórias e
obstáculos. Escolha a ferramenta que mais te auxilie nesse processo, seja um software, simples lápis
e papel ou até mesmo discussões em grupo;
● Entenda seu Ambiente: analise o contexto em que seu negócio se insere. Uma
perspectiva abrangente permitirá avaliar melhor os desafios e definir estratégias mais eficazes;
● Estabeleça Parcerias: o empreendedorismo é um esforço coletivo. Busque alguém
que compartilhe da sua visão, seja um co-fundador, investidor, mentor ou até mesmo um amigo. Esse
apoio é essencial para solidificar e validar suas decisões;
● Cultive a Adaptabilidade: o mundo dos negócios é dinâmico. Esteja aberto a ajustes
e novas direções que podem surgir. A flexibilidade não só ajuda a identificar oportunidades, mas
também a navegar de forma eficaz nas reviravoltas do mercado.

Requisitos Legais e a Evolução do Empreendedorismo

De acordo com dados recentes do SEBRAE e GEM, 44% dos jovens brasileiros desejam
inaugurar seus próprios empreendimentos, vendo oportunidades promissoras. Contudo, há cerca de
15 anos, a principal razão para a abertura de novos negócios era a necessidade, decorrente de
demissões ou dificuldades de reinserção no mercado.
O SEBRAE analisou essa tendência e constatou que, nos primeiros dois anos de operação,
mais de 30% dessas empresas encerraram suas atividades. Após cinco anos, esse número saltou para
71%. Ficou claro que o preparo e o planejamento adequado eram essenciais para o sucesso.
Diante desses achados, organizações como SEBRAE, diversas ONGs e entidades
governamentais mobilizaram-se para criar e aprovar leis que fomentam o empreendedorismo e
alteram esse cenário. Atualmente, o processo de abrir um negócio tornou-se mais acessível e menos
arriscado.
Contudo, é vital considerar que as obrigações legais podem variar conforme o setor e a
natureza do negócio. Portanto, recomenda-se sempre procurar orientações de entidades ou
profissionais especializados no assunto.

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Pré-requisitos para Iniciar sua Empresa:

● Verificação de Viabilidade: consulte a Prefeitura sobre a possibilidade de estabelecer


seu negócio no local desejado. Assegure-se de que a área é compatível com atividades comerciais e
seu segmento específico.
● Definição do Tipo de Empresa: determine a classificação adequada para sua
empresa, considerando o faturamento projetado no seu plano de negócios. As categorias comuns
são:

○ Microempreendedor Individual (MEI);


○ Microempresa (ME);
○ Empresa de Pequeno Porte (EPP).

Recomenda-se o auxílio de um contador para esclarecimentos.


● Registro na Junta Comercial: obtenha um registro para sua empresa (similar a uma
"certidão de nascimento" empresarial) na Junta Comercial. Os documentos geralmente necessários
são:

○ Contrato Social;
○ RG e CPF dos sócios (autenticados);
○ Preenchimento da FCN;
○ Pagamento das taxas do DARF.
● CNPJ: com a aprovação da Junta Comercial e posse do NIRE, inicie o processo para
obter o CNPJ, realizado online pelo site da Receita Federal.
● Alvará de Funcionamento: com o CNPJ, solicite à prefeitura o Alvará de
funcionamento.
● Inscrição Estadual: necessária para empresas do segmento de comércio, indústria ou
transporte intermunicipal e interestadual. É requerida para inscrição no ICMS.
● Cadastro na Previdência Social: mandatório mesmo para empresas sem funcionários.
Realizado na agência da Previdência dentro de 30 dias após o início das operações.
● Nota Fiscal: solicite autorização para impressão de notas fiscais e autenticação dos
livros fiscais. A solicitação é feita na Prefeitura para serviços ou na Secretaria Estadual da Fazenda
para comércio ou indústria. Vale lembrar que o MEI não é obrigado a emitir nota fiscal, mas pode
fazê-lo se necessário.

Finalmente, empreender não se limita à criação de um negócio. É sobre ter uma perspectiva
holística do mercado, compreender seus clientes e concorrentes, e estar pronto para inovações e
melhorias contínuas.

Desafios do Empreendedorismo no Brasil

Um estudo conduzido pela Endeavor, renomada organização de apoio ao empreendedorismo


de alto impacto, em parceria com o instituto de pesquisa Datafolha, entrevistou mil empreendedores
e empresários para entender os obstáculos no mercado brasileiro. Dentre os desafios identificados, é

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notável a questão tributária.

● Carga Tributária Elevada: ao acompanhar discussões políticas, frequentemente nos


deparamos com a temática da Reforma Tributária. E essa preocupação tem fundamento. Segundo o
levantamento, 60% dos empreendedores apontam a complexidade tributária como o principal
empecilho ao iniciar um empreendimento no Brasil.
Contudo, é interessante notar que essa percepção varia conforme o tamanho da empresa.
Empresários de grandes corporações sentem menos essa pressão tributária, uma vez que contam
com equipes robustas focadas nas questões contábeis e fiscais. Em contrapartida, negócios de menor
porte, sem um setor dedicado exclusivamente à gestão tributária, enfrentam maiores desafios nesse
aspecto, sendo mais vulneráveis a falhas e complicações fiscais.

Dicas para solucionar o desafio

Contabilidade Eficiente: o cerne da questão é fortalecer a contabilidade do seu negócio. Ter


especialistas capacitados neste campo é fundamental.
● Acesso a Financiamento: conseguir financiamento é, sem dúvida, uma tarefa
desafiadora. E quando se trata de uma startup ou empresa recém-criada, a situação torna-se ainda
mais complexa. Estas empresas, ainda não estabelecidas no mercado, frequentemente enfrentam
questões de credibilidade e confiança.
Não é preciso dizer o quanto o capital inicial é vital, especialmente para negócios nascentes.
A pergunta que se coloca é: existe uma maneira de contornar este desafio? Vamos explorar as
soluções.

Dicas para solucionar o desafio

Além dos profissionais contábeis, é imprescindível considerar a consultoria jurídica. Eles têm
uma compreensão profunda das nuances associadas a transações financeiras e créditos. Um
especialista em assessoria jurídica pode oferecer insights importantes para desembaraçar a
complexidade do processo de obtenção de crédito.
● Processo de Formalização: Iniciar uma empresa é uma etapa fundamental e, no
Brasil, pode ser um processo prolongado, levando cerca de 152 dias para a completa legalização. Em
comparação, países como a Austrália levam apenas dois dias. Dada a extensão e a minuciosidade do
processo, é essencial ter várias mãos no convés para evitar erros. Portanto, buscar assistência
especializada é uma recomendação que se destaca mais uma vez.

Dicas para solucionar o desafio

Os consultores jurídicos são fundamentais quando se trata de formalização. Sua expertise


pode ser inestimável na navegação pelas águas muitas vezes turvas da burocracia empresarial.
Certifique-se de tê-los como aliados nesse processo.
● Desenvolvimento Profissional: enquanto a experiência pessoal e profissional são

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ativos valiosos, confiar exclusivamente nelas pode ser insuficiente no cenário empresarial brasileiro.
O SEBRAE destaca que a falta de conhecimento específico na área de atuação de um empreendedor
pode ser uma receita para o fracasso. Deslizes em áreas críticas como gestão financeira, por exemplo,
podem surgir.

Dicas para solucionar o desafio

Há uma vasta gama de cursos disponíveis para empreendedores abordando tópicos desde
gestão até mindset. Identificar áreas em que você precisa de aprimoramento e investir em formação
específica pode ser a chave para superar desafios.
● Gerenciamento Financeiro: de acordo com pesquisas da Endeavor e Datafolha,
financeiro surge como um ponto crítico para empreendedores de todos os tamanhos.
Surpreendentemente, quase metade deles vê o crescente custo de operação como um desafio
significativo, especialmente em um ambiente onde a inflação pode variar. Lidar com essas variações
financeiras exige uma abordagem informada e adaptativa.

Dicas para solucionar o desafio

Além da assessoria financeira, outra recomendação é considerar a contratação de um


especialista ou uma equipe dedicada à gestão financeira e balancetes. Se isso não for viável, uma
alternativa pode ser capacitar um membro existente da equipe que demonstre interesse e potencial
na área financeira. Isso nos leva ao próximo tópico.
● Desenvolvimento de Líderes: a maioria dos profissionais tem mentores ou colegas
que foram fontes de inspiração ao longo de suas carreiras. Para empresas de médio e grande porte,
cultivar tais líderes inspiradores tem se mostrado um desafio. Em ambientes corporativos
estabelecidos, a inovação é fundamental, e ter líderes que incentivem o pensamento inovador pode
ser um grande diferencial. Então, como fomentar um ambiente que nutre e desenvolve tais líderes?

Dicas para solucionar o desafio

A ênfase na formação e aprimoramento contínuo é essencial. Identificar e capacitar talentos


com potencial em áreas específicas pode ser a chave para superar certos desafios.
● Estratégias de Marketing e Vendas: no contexto brasileiro, abordar marketing e
vendas exige uma combinação de análise de dados e criatividade. Interessantemente, a atenção à
área de marketing e vendas é acentuada entre os grandes empresários. Observações valiosas e
inovações surgem em todas as esferas, independentemente do tamanho ou setor da empresa. Uma
tendência notável apontada pelo Datafolha é que profissionais formais em marketing e vendas
tendem a ser 40% mais produtivos do que aqueles que operam no setor informal. Isso destaca a
importância da estabilidade e estrutura no ambiente de trabalho.

Dicas para solucionar o desafio

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Ter uma base financeira sólida é benéfico, mas o que realmente impulsiona uma empresa é
uma equipe engajada e inovadora. Estimule a comunicação, promova brainstormings e dê espaço
para novas ideias. E lembre-se sempre de reconhecer e recompensar o esforço e as contribuições
valiosas dos seus colaboradores.
● A Essência da Inovação: Com uma estrutura robusta e uma equipe alinhada, a
empresa está pronta para inovar e destacar-se. O ecossistema das startups exemplifica a vitalidade da
inovação; uma estatística do Oxford Business Group revela que 34% das empresas tech priorizam a
inovação. Empreender no Brasil, e em qualquer lugar, exige uma mentalidade inovadora. Mas,
sabemos que as grandes ideias não surgem todos os dias.
● Estratégias para Impulsionar a Inovação: não há um único caminho garantido para a
inovação. Entretanto, investir em formação, estar atualizado com pesquisas, construir uma boa rede
de contatos e estar constantemente informado são elementos que podem catalisar ideias inovadoras
e pensamentos revolucionários no mundo dos negócios brasileiros.

Dicas para solucionar o desafio

Aqui não existe fórmula mágica. Conhecimento, pesquisa, networking, informação. Tudo
pode gerar inspiração, boas ideias e pensamentos disruptivos para empreender no Brasil.

Empreender envolve aplicar de forma autônoma seu tempo e habilidades – tanto técnicas
(hard skills) quanto interpessoais (soft skills) – para gerar valor, enfrentando desafios e correndo
riscos. O espírito empreendedor é intrínseco ao brasileiro. Apesar das leis trabalhistas restritivas,
sempre que possível, o cidadão brasileiro escolheu trilhar o caminho do próprio negócio, motivado
por diversas razões, desde necessidades básicas até a realização de um sonho. Isso faz do Brasil um
dos líderes em abertura de novos negócios, proporcionalmente à sua população.
Empreender exige dedicação intensa e um comprometimento pessoal profundo. Não se
alcança o sucesso empresarial sem dedicação e esforço. Dar o primeiro passo no mundo
empreendedor requer decisão e, a partir dela, seguir etapas fundamentais que conduzem da
concepção da ideia à sua concretização. Vale lembrar que as obrigações legais podem variar
conforme a área e natureza do negócio; portanto, é essencial consultar órgãos reguladores ou
especialistas na área para orientações específicas.

1. Quais são as características essenciais de um empreendedor de sucesso?

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2. Como o empreendedorismo pode contribuir para o desenvolvimento econômico de um país?

3. Quais são os principais desafios que os empreendedores enfrentam ao iniciar um novo


negócio?

4. Qual é a importância da inovação no contexto do empreendedorismo?

5. Quais fatores podem motivar uma pessoa a seguir o caminho do empreendedorismo?

6. Como a mentalidade empreendedora pode ser cultivada e desenvolvida?

7. Quais são as vantagens e desvantagens de ser um empreendedor em comparação com ser


um empregado?

8. Como a porcentagem de microempreendedores em relação ao total de empresas pode


influenciar a economia de um país?

9. Quais são os recursos financeiros e estratégicos necessários para iniciar e manter um negócio
bem-sucedido?

10. Qual é o papel da educação no apoio ao empreendedorismo, e como as instituições


educacionais podem contribuir para o desenvolvimento de empreendedores?

24
TEMA 3
Empreendedor

Habilidades

● Identificação de Oportunidades: capacidade de reconhecer possibilidades de


negócios e soluções em situações desafiadoras;
● Persistência e Resiliência: capacidade de superar obstáculos, perseverar em
momentos difíceis e continuar buscando metas mesmo diante de
contratempos;
● Planejamento Estratégico e Controle: habilidade para estabelecer metas
claras e desenvolver estratégias eficazes para alcançá-las, bem como
monitorar e ajustar o progresso conforme necessário;
● Habilidade de Networking e Relacionamento Interpessoal: capacidade de
construir e manter relacionamentos profissionais sólidos, o que pode levar a
parcerias, oportunidades de negócios e crescimento pessoal e profissional.

Disponível em: <https://shre.ink/nQGs>. Acesso em: 24 Set. 2023.

O empreendedor

Muitos indivíduos possuem uma veia empreendedora intrínseca que se manifesta em

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variadas circunstâncias. Seja no lar, ao idealizar uma transformação para melhorar o ambiente, no
local de trabalho ao liderar um projeto, ou até em momentos decisivos da vida. Muitos canalizam
esse ímpeto para criar empreendimentos, independentemente do porte. Estes negócios, por sua vez,
fortalecem a comunidade ao criar empregos, estimular a economia local e trazer inovações que
atendem necessidades específicas.
Há também aqueles visionários que alçam vôos mais altos com suas iniciativas. Esses
empreendedores de destaque moldam grandes sonhos em empreendimentos transformadores,
revolucionando setores, impulsionando crescimento e atuando com integridade. Tornam-se, assim,
inspirações para futuros empreendedores.
Quando recorremos ao dicionário vamos encontrar:
Substantivo masculino: indivíduo que possui capacidade para idealizar projetos, negócios ou
atividades; pessoa que empreende, que decide fazer algo difícil ou trabalhoso.
Adjetivo: quem tem capacidade para empreender, para fazer algo difícil. Etimologia
(origemda palavra empreendedor): Empreendido + or.
Sinônimos de Empreendedor
Empreendedor é sinônimo de: altivo, diligente, resolvido, arrojado, realizador.
Antônimos de Empreendedor
Empreendedor é o contrário de: preguiçoso, malandro, ocioso.

Disponível em: https://www.dicio.com.br/empreendedor/. Acesso em: 11 out. 2023.

Em essência, refere-se àquele indivíduo que age, que rompe com o comodismo e o
imaginário para dar vida às ideias. Assim, um empreendedor é alguém que materializa visões através
da inovação, o que frequentemente implica em redefinir o estabelecido. Sabe aquelas pessoas que
veem possibilidades nas adversidades e inspiram outros com suas perspectivas? São provavelmente
empreendedores natos. Identificar e capitalizar as chances do mercado, bem como converter
desafios em possibilidades, são traços distintos do espírito brasileiro.

Tipos de Empreendedor

No livro "Empreendedorismo para Visionários", José Dornelas, renomado no tema


empreendedorismo, categoriza diversos tipos de empreendedores. Segundo ele, "a essência do
comportamento empreendedor pode ser identificada em muitos indivíduos, independentemente de
sua profissão".
As motivações para empreender são diversas, refletindo em diferentes categorias.
Basicamente, Dornelas destaca dois grandes grupos: aqueles que empreendem por necessidade,
buscando subsistência, e os que o fazem por enxergar uma oportunidade promissora em
determinado setor. Continue a leitura para entender as especificidades de cada tipo delineado por
Dornelas e identificar onde você se encaixa.

O informal

Esse perfil empreende principalmente para atender suas necessidades básicas e garantir a

26
subsistência. Dornelas afirma que, geralmente, esses indivíduos não possuem uma visão estratégica
de longo prazo, focando mais nas demandas imediatas. Embora trabalhem para assegurar o mínimo
necessário para sua sobrevivência, correm riscos limitados e, muitas vezes, não possuem planos
expansivos. Segundo Dornelas, a prevalência desse tipo tem decrescido, em parte devido a iniciativas
como a figura do Microempreendedor Individual (MEI).

O cooperado

Este perfil de empreendedor frequentemente se associa a cooperativas, como é o caso de


artesãos. Assim, a colaboração é essencial. O objetivo é evoluir até alcançar a independência.
Dornelas ressalta que a abordagem desses empreendedores é bastante intuitiva. Em geral, contam
com recursos limitados e assumem riscos reduzidos.

O individual

Este empreendedor, antes atuando na informalidade, adotou a formalização por meio do


MEI, dando início à estruturação real do seu negócio. Dornelas destaca que, apesar da formalização,
muitas vezes não há uma ambição significativa de expansão. Este tipo de empreendedor
frequentemente mantém seu foco na necessidade imediata de sobrevivência, operando
majoritariamente de maneira individual ou com a assistência de apenas um colaborador.

O franqueado e o franqueador

Muitos não enxergam o franqueado como um verdadeiro empreendedor, no entanto, dirigir


um negócio, mesmo sendo uma franquia, é uma demonstração de iniciativa. Normalmente, esses
empreendedores buscam uma renda média mensal e o retorno sobre o investimento inicial. Por
outro lado, o franqueador, que busca expandir sua marca através de uma rede de franquias, é
frequentemente visto como um modelo de empreendedorismo, conforme destaca Dornelas.

O Social

Este empreendedor é movido pelo desejo de impactar positivamente o mundo e,


simultaneamente, obter lucro. "Esse perfil tem se destacado, especialmente entre os jovens que,
ainda durante a graduação, lançam seus próprios empreendimentos para solucionar desafios que o
setor público não tem abordado", observa Dornelas. Para esses empreendedores, a colaboração é
fundamental, e a missão é transformar o mundo e motivar outros a seguir o mesmo caminho. O
empreendedor social estabelece empreendimentos lucrativos, mas que apresentam soluções
criativas para dilemas sociais ou ambientais, como questões relacionadas ao meio ambiente,
educação e saúde. Seu foco está em unir pessoas em prol de um propósito, buscando causar
transformações significativas na comunidade.

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O Corporativo

Trata-se do intraempreendedor, aquele colaborador que impulsiona novas iniciativas dentro


da organização em que atua. "O desafio das empresas atualmente é cultivar e aumentar o número de
indivíduos com essa mentalidade", destaca. Sua maior aspiração é ascender profissionalmente,
conquistando promoções e reconhecimentos.

O público

O empreendedor público é uma adaptação do perfil corporativo ao ambiente governamental.


Segundo Dornelas, há uma quantidade considerável de servidores públicos focados em otimizar
recursos e inovar em serviços essenciais. Eles são movidos pelo desejo de demonstrar que sua
atuação é relevante e traz benefícios tangíveis à comunidade.

O de conhecimento

Esse empreendedor capitaliza seu vasto conhecimento em uma área específica para gerar
lucro. A analogia seria um atleta que treina intensamente e conquista medalhas prestigiadas. "Eles
sabem como usar sua expertise para criar e prosperar, assim como escritores e artistas", destaca. Seu
objetivo principal é a satisfação profissional e o reconhecimento por suas realizações.

O de negócio próprio

Esse perfil é amplamente observado e frequentemente se lança em um empreendimento


próprio, seja por uma busca de estilo de vida ou por ambições grandiosas. "Este se alinha mais com a
ideia do visionário", observa Dornelas. Esse tipo engloba subcategorias: o empreendedor inato, o
serial e o "tradicional".
O empreendedor inato é frequentemente visto como brilhante, com uma jornada de
negócios notável, como é o caso de Bill Gates. O serial, por sua vez, é aquele que inicia negócios
consecutivamente, sendo movido mais pelo ato de empreender do que pela empresa em si. Já o
empreendedor "tradicional" é meticuloso, planejando cuidadosamente para minimizar riscos e
seguindo o roteiro proposto.
Em essência, todos buscam realização pessoal, independência financeira e o desejo de criar
um legado. "Estes moldes não são fixos. Um empreendedor pode evoluir e se adaptar a outro perfil
ao longo de sua trajetória", esclarece Dornelas.

Executor: coloca a mão na massa

Neste perfil, o foco é estar profundamente envolvido no negócio. É a imagem clássica dos
empreendedores que começam por necessidade, muitas vezes movidos pela falta de alternativas, e
baseiam-se em suas competências pessoais.

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Certamente, esta é a representação mais habitual do empreendedor. Quem nunca se deparou
com o ditado "o olho do dono é que engorda o boi"? É aquele empreendedor atento a cada detalhe,
sempre vigilante e pronto para agir. Seja em negócios individuais ou em empreendimentos maiores,
ele é como uma esponja, absorvendo conhecimento constantemente, e põe em prática, diariamente,
tudo o que aprende.
No entanto, este tipo de empreendedor precisa estar atento a certas armadilhas, como o
receio de delegar tarefas. Manter o controle absoluto pode ser prejudicial à saúde do negócio e
restringir sua expansão. Torna-se essencial discernir entre funções gerenciais e operacionais,
permitindo que o negócio floresça adequadamente.

Gestor: faço a gestão do meu negócio

O empreendedor gestor possui uma visão abrangente do negócio. Ele reconhece que não
pode centralizar todas as tarefas e busca se associar a profissionais ou colaboradores que possam
suprir aquilo que ele não consegue ou opta por não fazer sozinho. Esse empreendedor define
estratégias e mantém sob sua responsabilidade as decisões vitais e atividades típicas de um CEO.
Por exemplo, muitos gestores optam por delegar responsabilidades como contabilidade e
gestão tributária a parceiros externos. Eles reconhecem a necessidade de ter um especialista em
gestão financeira para otimizar e supervisionar as principais funções do negócio. Nesse contexto,
surgem soluções inovadoras como a Contabilizei Experts, que oferece profissionais especializados
para cuidar das principais responsabilidades contábeis, administrativas e financeiras.
Ao contrário do executor, o gestor se identifica mais com o papel de um empresário. O
imaginário popular brasileiro geralmente associa a figura do empresário a esse tipo de
empreendedor: alguém que gerencia um negócio, tem funcionários sob sua liderança, e estabelece
objetivos claros.
Sua maior habilidade está na gestão de números, processos, investimentos, inovações e
equipes. Ele não só é apto a lidar com riscos, antecipando desafios e identificando oportunidades,
mas também se destaca como um líder inspirador, alinhando uma visão estratégica à capacidade de
orientar e motivar sua equipe.

Criativo, tenho ideias e sonhos

O empreendedor de perfil criativo transcende as fronteiras de seu próprio empreendimento,


sendo astuto ao analisar cenários e identificar oportunidades, seja para negócios ou para beneficiar a
comunidade. Ele está constantemente antenado às inovações e, muitas vezes, age de forma pioneira.
Está sempre um passo à frente, antecipando tendências e reconhecendo espaços ainda não
explorados no mercado.
Os empreendedores criativos não são excessivamente apegados à operação do negócio em si.
Eles preferem estar envolvidos na concepção e no desenvolvimento de soluções inovadoras, deixando
a execução para uma equipe competente em que confiam.
No entanto, é essencial que os empreendedores criativos reconheçam a importância das
operações diárias. Distanciar-se excessivamente do dia a dia do negócio pode levar a instabilidades e

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atrasos nas decisões. Por mais que a criatividade seja um forte, nunca se deve negligenciar a gestão e
a implementação dos processos vitais para a continuidade e prosperidade do empreendimento.

Intraempreendedorismo

Refere-se ao ato de empreender internamente na empresa em que atua. O


intraempreendedor percebe nas adversidades cotidianas chances para a expansão do negócio,
demonstrando habilidade para inovar de forma contínua e estruturada.

Perfil
Ninguém vem ao mundo como empreendedor. São as interações sociais e o aprendizado ao
longo da vida que nutrem e aprimoram as qualidades e traços de personalidade que podem ser
intensificados com o tempo. Todas as experiências e modelos a seguir terão um impacto direto na
aptidão empreendedora de alguém, visto que o empreendedorismo é intrinsecamente social.
A seguir, listamos algumas qualidades observadas em diferentes tipos de empreendedores:

Fonte: acervo pessoal da autora.

● Otimismo versus Sonho: Um otimista espera sempre pelo melhor e trabalha com a
convicção de que as coisas irão se resolver, adaptando-se conforme necessário. Por outro lado, um
mero sonhador pode ser imprudente, continuando um caminho mesmo quando claramente não é
benéfico, movido apenas pela ilusão;
● Proatividade e Perspicácia: O empreendedor vê soluções onde muitos veem
obstáculos, antecipando-se aos problemas e reconhecendo oportunidades que outros podem deixar
passar;

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● Confiança em Si Mesmo: Acreditar em suas próprias capacidades é essencial para
promover seus talentos e expressar suas ideias. Isso também impulsiona o empreendedor a aceitar
riscos;
● Audácia e Riscos Calculados: Enquanto se atrevem a sair da zona de conforto,
também avaliam riscos, garantindo que suas ações sejam bem ponderadas;
● Foco em Qualidade: Constantemente busca maneiras de aprimorar o trabalho,
garantindo padrões de alta qualidade em tudo o que faz;
● Determinação e Resiliência: Mesmo diante de adversidades, o empreendedor
persiste e supera os desafios, sempre com uma atitude tenaz e resiliente;

● Dedicação Total: Assume total responsabilidade pelos sucessos e falhas,


mantendo-se focado e comprometido com o empreendimento;
● Planejamento Estratégico: Estabelece objetivos claros, coleta as informações
necessárias e monitora regularmente o progresso, ajustando-se conforme necessário;
● Habilidade Relacional: Reconhece a importância de cultivar e manter
relacionamentos saudáveis, entendendo que são fundamentais para o sucesso do negócio.
O empreendedor deve considerar alguns pontos importantes em sua jornada:
● Encontrar sócios complementares: Em qualquer empreendimento, três pilares são
fundamentais: vendas, entrega e gestão financeira. É raro encontrar alguém que brilhe nas três áreas
simultaneamente;
● Feito é melhor do que perfeito: Evite análises e planejamentos excessivos. Mergulhe
nas técnicas de desenvolvimento ágil, crie protótipos e versões iniciais (MVP) para testar suas ideias.
Interaja com o mundo real, teste, ajuste e continue. Se houver falhas, aprenda rapidamente e
continue. A ausência de erros pode indicar uma abordagem excessivamente cautelosa;
● Fale sua ideia para 2 pessoas: “Deus e o mundo!”: Não se preocupe excessivamente
com a "propriedade" da sua ideia. Ao compartilhá-la, você percebe suas vulnerabilidades e aproveita
o feedback para aprimorá-la. Se você for copiado, veja como um elogio: você estará muitos passos à
frente. Aperfeiçoe sua apresentação até que se torne natural. Pratique constantemente;
● Validou sua ideia? Agora, gaste sola de sapato: Participe de eventos, conferências e
reuniões, amplie sua rede no LinkedIn e outros canais. O objetivo é captar clientes para consolidar
sua operação. Nesse momento, o desafio é um bom problema: demanda elevada e desafios na
entrega.
Ao considerar investidores, incubadoras ou aceleradoras, avalie a mentoria, conexões e a
sinergia que eles podem oferecer. É essencial sentir afinidade com esses parceiros, pois logo estarão
trabalhando lado a lado. Além disso, considere as condições econômicas do acordo proposto.

● Construa uma cultura organizacional

Você seguiu o checklist:

31
Fonte: acervo pessoal da autora..

A etapa seguinte envolve uma expansão acelerada, porém equilibrada. Portanto, a chave é:

Fonte: acervo pessoal da autora..

Assim, podem copiar seu preço, produto, posicionamento e estrutura de negócios, mas a
essência da sua cultura organizacional permanecerá única.

Acredite, persista, não desista

Empreender no Brasil não é tarefa simples. Ao longo da jornada, você se deparará com
obstáculos como a complexa tributação, emaranhado burocrático, dificuldade de acesso ao crédito,
leis trabalhistas desatualizadas, concorrência muitas vezes não ética, desafios de infraestrutura,
carência de profissionais capacitados e uma formação empreendedora ainda em evolução.
No entanto, não permita que o desânimo tome conta. Precisamos manter a fé no Brasil e
aspirar a um futuro onde os empreendedores sejam verdadeiros propulsores de transformações
sociais positivas!
Lembre-se: "Mais do que habilidades ou talentos, são suas DECISÕES que definem
verdadeiramente QUEM VOCÊ É".

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O espírito empreendedor é inerente a muitos e se manifesta em variadas situações, seja ao
otimizar espaços domésticos, impulsionar projetos profissionais ou até mesmo ao abraçar mudanças
pessoais. José Dornelas, em seu livro "Empreendedorismo para Visionários", destaca que o ímpeto de
empreender não está restrito a uma atividade específica, podendo ser encontrado em diversos
indivíduos. De fato, os motivos que levam alguém a empreender são variados, desde a simples
necessidade de sobrevivência até a identificação de oportunidades promissoras em nichos
específicos. Porém, vale lembrar que o empreendedorismo não é uma característica inata. É através
da socialização e da educação que se molda e fortalece o perfil empreendedor, sendo cada
experiência e contato uma peça fundamental para moldar essa mentalidade orientada para a ação.

1. Quais são as várias categorias de empreendedores mencionadas na aula?

2. Quais habilidades e características são atribuídas aos empreendedores?

3. Como o otimismo se relaciona com o empreendedorismo?

4. Quais são as etapas recomendadas para validar uma ideia de negócio?

5. Qual é a importância de compartilhar sua ideia de negócio com outras pessoas?

6. Quais são os desafios comuns enfrentados pelos empreendedores no Brasil?

7. Como o empreendedorismo social difere do empreendedorismo tradicional?

8. O que significa "intraempreendedorismo" e como ele se aplica nas organizações?

9. Quais são os tipos de empreendedores que buscam crescimento em suas carreiras?

33
10. Qual é a mensagem central transmitida sobre empreendedorismo ao longo da aula?

34
TEMA 4
Planejamentos e gerenciamento: estratégico, tático e
operacional

Habilidades
● Habilidade de Planejamento Estratégico: a capacidade de definir uma visão
de longo prazo, estabelecer objetivos estratégicos e criar planos para
alcançá-los é fundamental. Isso serve como uma base sólida para qualquer
empreendimento, seja pessoal ou profissional;
● Comunicação Eficaz: a habilidade de comunicar claramente seus objetivos,
metas e planos para outras pessoas é essencial para obter apoio,
colaboração e alinhamento. A comunicação eficaz é essencial para o sucesso
em equipe e liderança;
● Gestão do Tempo: a capacidade de gerenciar seu tempo de forma eficaz
ajuda a priorizar tarefas, evitar a procrastinação e cumprir prazos. Isso é
fundamental para a realização de metas e objetivos, uma vez que o tempo é
um recurso limitado;
● Autoconfiança e Resiliência: manter a autoconfiança e a resiliência, mesmo
diante de desafios e fracassos, é fundamental para persistir na busca de
metas e objetivos. Acreditar em si mesmo e ser capaz de se recuperar de
contratempos é indispensável para o sucesso a longo prazo.

Disponível em: <https://shre.ink/nQXp>. Acesso em: 24 set. 2023.

Objetivos e Metas

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Disponível em: <https://shre.ink/nQfY>. Acesso em: 24 set. 2023.

O que você almeja conquistar? Uma moradia, a chegada de um filho, uma transição
profissional, ou inaugurar seu próprio empreendimento? Independentemente do seu desejo, fica
mais tangível quando se tem clareza de sua ambição.
É fundamental compreender e delinear esses princípios para atingir aspirações, tanto no
âmbito pessoal quanto no profissional, independentemente de serem projetos de curta, média ou
longa duração. Contudo, muitos tendem a misturar ou igualar os conceitos de metas e objetivos, o
que é impreciso. Compreender a distinção entre eles é vital para criar um planejamento eficaz,
concentrando-se em materializá-los.
Dentro dessa perspectiva, estabelecer metas e objetivos é o ponto inicial. Determinar o
trajeto adequado para sua concretização é essencial para canalizar suas energias. Assim, um preparo
cuidadoso para cada fase deste trajeto potencializa sua dedicação e otimiza as probabilidades de
êxito.

Metas

Metas são a expressão quantitativa dos objetivos. Elas representam tarefas específicas a
serem realizadas dentro de um prazo estabelecido, atuando como marcos no caminho para se atingir
o objetivo traçado. Assim, metas são as ações concretas e frequentes - diárias, semanais ou mensais -
que são executadas de maneira estruturada para se chegar ao fim desejado. Por exemplo, se o
objetivo é adquirir uma residência no valor de R$500 mil, uma meta pode ser poupar um montante X
todos os meses por dois anos. Outra meta associada pode ser investir uma parte desse dinheiro em
uma aplicação de renda fixa. Adicionalmente, estabelecer uma fonte alternativa de renda durante
esse intervalo pode ser mais uma meta. Realizando todas, o objetivo final estará ao alcance.

Objetivos

Objetivos se referem às aspirações ou propósitos que almejamos alcançar. São os grandes


sonhos ou desejos que nos inspiram e movem cotidianamente em busca de realização e
contentamento. Na esfera pessoal, os objetivos podem envolver adquirir um imóvel, substituir o
veículo, engajar-se em exercícios físicos, celebrar um matrimônio ou iniciar uma família. No contexto

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profissional, envolvem aspirações como cursar uma pós-graduação, realizar uma viagem de estudos
ou ascender profissionalmente.
No cenário corporativo, um objetivo pode manifestar-se como a conclusão de um projeto
significativo, o lançamento de uma inovação, a expansão da atuação no mercado ou a inauguração de
uma nova unidade. Em síntese, enquanto o objetivo define o que se pretende atingir, as metas são os
passos quantificáveis, com prazos e responsabilidades definidos, que nos guiam para esse propósito
maior.

Qual a importância de definir metas e objetivos?

Metas e objetivos atuam como catalisadores na motivação e engajamento diário das pessoas,
fornecendo direção e propósito às suas atividades e à sua trajetória de crescimento. Eles introduzem
um desafio diário, conferindo significado à vida humana. Ao termos clareza sobre nossas aspirações,
conseguimos esboçar um roteiro em direção ao destino almejado. Esse direcionamento fomenta uma
atmosfera de produtividade, conduzindo-nos à realização tanto pessoal quanto profissional.
Sem um objetivo definido, comparável a uma lanterna apontando para um destino específico,
corremos o risco de desviar nossos esforços, tempo e recursos, levando a decisões equivocadas e
incoerentes. Tais desvios podem resultar em desperdícios substanciais na tentativa de remediar
falhas, causando ainda um impacto emocional, como sentimentos de frustração e ineficácia.
Portanto, é muito importante estabelecer propósitos claros.
Para auxiliar na configuração de metas eficazes, o Empretec sugere o método SMART. Adotar
essa técnica garante que uma meta seja bem delineada. Ao compreender essa abordagem, você pode
alavancar suas ações e transformar sua mentalidade.

SMART

● S - Specific (Específica): Deve ser definida de maneira clara e objetiva, eliminando


ambiguidades. Ela é compreensível e autoexplicativa, permitindo uma visualização direta do objetivo
desejado;
● M - Measurable (Mensurável): Refere-se à capacidade de quantificar o progresso por
meio de indicadores. Essa métrica fornece insights sobre o avanço em direção à realização da meta;
● A - Attainable (Atingível): A meta deve ser desafiadora, mas também viável. Metas
inatingíveis tendem a desencorajar, levando a sentimentos de insatisfação e desânimo;
● R - Relevant (Relevante): É essencial considerar se a meta é condizente com a
realidade e se os recursos necessários, como tempo, equipamentos e suporte, estão disponíveis ou
podem ser obtidos no prazo estipulado;
● T - Time based (Temporizada): Estabelecer um prazo é fundamental para manter o
foco e a urgência. A determinação de uma data evita a procrastinação, incentivando a concentração e
a eficiência na execução da meta.

37
Disponível em: <https://shre.ink/nQfl>. Acesso em: 24 set. 2023.

Como trabalhar com metas e objetivos dentro de sua empresa?

Todo negócio, para se manter competitivo no mercado, precisa estabelecer metas e objetivos.
São formas de ir em busca do aumento nos lucros da organização, da maior satisfação dos clientes e
motivação dos funcionários. Para tanto, existem três importantes passos que devem ser concluídos.
Vamos a eles!

Planejamento

Para atingir um objetivo, é essencial ter disciplina e organização. Qual é o primeiro passo no
planejamento para cumprir as metas e objetivos empresariais? Começando pela elaboração de
documentos e organização em planilhas.
Com essas ferramentas, você estabelece um cronograma, visualiza as responsabilidades de
cada um, o que deve ser finalizado em cada etapa e se habilita a monitorar o progresso do trabalho.

Dedicação

Para atingir aquilo que se deseja é necessário disciplina e comprometimento. Sem


comprometimento, é comum que o planejamento se desvie do curso original. A falta de rigor em
relação ao cumprimento das metas pode resultar na não realização do objetivo almejado. Como um
bom líder, é preciso dar o exemplo e conduzir a equipe para seguir trabalhando de maneira engajada,
tendo em mente um objetivo comum.

Cooperação

A expressão "juntos somos mais fortes" ganha um significado especial quando se refere a

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metas empresariais. No ambiente corporativo, a união e colaboração de toda a equipe são
fundamentais para atingir o êxito. Reconheça a potência do trabalho coletivo e estabeleça o
ambiente propício para que sua equipe floresça.

O que não pode faltar para definir metas e objetivos?

Agora que você já sabe o que são metas e objetivos e também quais ferramentas podem ser
utilizadas para alcançá-las, vamos a algumas dicas sobre como defini-las. As características abaixo são
obrigatórias para isso. Mas, se você não as possui, lembre-se que sempre há margem para evoluir e
investir no seu desenvolvimento pessoal e profissional. Pode estar aí o segredo do sucesso para
atingir metas e objetivos.
● Foco: Enquanto distrações são inevitáveis, a determinação de permanecer focado no
objetivo assegura que cada ação esteja em sintonia com o plano, pavimentando o caminho para o
sucesso de cada marco estabelecido;
● Disciplina: A firmeza e a determinação em manter-se no curso desejado preservam o
planejamento e elevam as chances de atingir o alvo estipulado. Disciplina significa manter-se firme,
resistindo às distrações e, ocasionalmente, renunciando a gratificações imediatas em prol de uma
aspiração grandiosa;
● Comprometimento: Um desejo intenso de realizar um objetivo potencializa o
empenho e a dedicação. É essencial refletir e reconhecer quais comportamentos podem estar
impedindo seu crescimento em diversas esferas da vida, sejam elas pessoais ou profissionais. Esta
introspecção favorece o aprimoramento e a persistência na busca por metas cotidianas, culminando
em avanços significativos na trajetória pessoal;
● Confiança: Superar o temor do fracasso é fundamental. Valorize-se: invista em
autoconhecimento, fortaleça suas qualidades e trabalhe em suas vulnerabilidades. Uma postura
otimista frente aos obstáculos cotidianos potencializa a autoconfiança;
● Acompanhamento: Estabelecer e monitorar indicadores é uma estratégia valiosa para
avaliar se as metas estão no rumo certo. Esta verificação permite ajustar estratégias e identificar
oportunidades de aprimoramento, conduzindo a resultados mais sólidos e consistentes;
● Resiliência frente às mudanças: Como abordado anteriormente, a adaptabilidade é
chave. Encarar transformações com uma mentalidade aberta e resiliente facilita o processo. Encare
cada desafio como uma chance de evoluir e aperfeiçoar-se;
● Autodeterminação: O estímulo interno é vital para superar os obstáculos e atingir
metas. Em dias desafiadores, recorra a atividades e pessoas que revigoram sua energia e alinham-se
ao seu propósito. Tais pausas reconectam você ao seu caminho e propósito.

Quais os motivos que impedem você de alcançar suas metas e


objetivos?

Existem incontáveis obstáculos que podem dificultar a trajetória das pessoas rumo aos seus
objetivos, sejam eles de natureza emocional, mental ou provenientes de circunstâncias externas e
imprevisíveis. Esses desafios podem gerar desânimo e reduzir o entusiasmo em relação ao alvo

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estabelecido. Entretanto, há maneiras de enfrentar e superar tais adversidades. Pronto para descobrir
quais são?

A indecisão

Já ouviu o ditado "se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve"? Isso se
aplica diretamente quando falamos de metas e objetivos. Sem um destino claro em mente, você
pode gastar energia desnecessariamente e sentir que está se movendo sem realmente avançar.
Portanto, o autoconhecimento é fundamental, assim como estabelecer metas bem delineadas e
estratégicas.

O autoengano

Duas inclinações intrínsecas ao ser humano podem obstruir a consecução de metas e


objetivos: a busca por pertencer e o anseio pela aprovação alheia. Esses impulsos podem levar a
comparações e percepções críticas, culminando em emoções como medo, autodúvida e
constrangimento. Esses sentimentos podem ser exacerbados, especialmente quando ainda não
alcançamos nossas metas, levando-nos a acreditar que nossa trajetória não é digna de admiração.
Contudo, cada indivíduo tem seu próprio percurso na vida e é vital valorizá-lo. Embora seja
essencial respeitar as jornadas dos outros, é igualmente importante manter uma perspectiva positiva
sobre as diversas rotas que você pode tomar em direção aos seus objetivos.

A escassez de recursos

Embora a escassez de recursos financeiros possa desviar muitos de seus objetivos, nem todas
as metas exigem investimento monetário. Aspectos como autoconhecimento e construção de
relações interpessoais são essenciais e não têm preço. Dedique alguns momentos diariamente para a
introspecção, compreendendo seus sentimentos e identificando áreas para crescimento. Valorize
suas conexões com os outros.
Uma boa comunicação e relações sólidas facilitam a jornada para alcançar metas tangíveis. É
essencial superar barreiras mentais. Fortaleça sua mentalidade, e você estará mais preparado para
abordar desafios diários de uma perspectiva positiva.

A falta de foco

Iniciar algo e não concluir, cedendo ao adiamento, é ineficaz. Mesmo com determinação e
ideias inovadoras, tudo pode ser em vão se você não resistir às diversas distrações que podem
aparecer durante a jornada.

Níveis de planejamento

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Possuir um Planejamento Estratégico robusto é fundamental para o desenvolvimento
constante de uma empresa. Contudo, o que muitos não percebem é que esse planejamento se divide
em outras duas categorias: o planejamento tático e o operacional. Para garantir a eficiência
organizacional, é fundamental que os segmentos estratégico, tático e operacional trabalhem de
forma harmonizada e integrada.
Vamos, então, explorar as distinções entre essas três modalidades de planejamento e
compreender como elas se interconectam para otimizar a performance da empresa.

Vamos lá?

O que são os planejamentos estratégico, tático e operacional?

Compreender a natureza de cada tipo de planejamento é fundamental para assegurar uma


evolução estruturada e contínua do seu negócio. O diagrama a seguir ilustra a relação hierárquica
entre esses planejamentos dentro das empresas:

Disponível em: <https://shre.ink/nQfo>. Acesso em: 24 set. 2023.

Ao analisar a ilustração, notamos que o nível estratégico posiciona-se no topo, envolvendo


um grupo menor de decisores. Em sequência, o nível tático atua como intermediário, conectando os
estratégicos aos operacionais. O nível operacional, situado na base, engaja a maior parte da força de
trabalho da empresa, sendo indispensável para a operacionalização das atividades diárias.
A seguir, vamos examinar com maior profundidade cada um desses níveis: estratégico, tático
e operacional. É essencial entender que cada camada possui seu planejamento específico, sendo
todos vitais para a eficiência global da organização.

Planejamento Estratégico

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Disponível em: <https://shre.ink/nQfx>. Acesso em: 24 Set. 2023.

O Planejamento Estratégico é a ferramenta gerencial voltada para a reflexão e visão de longo


prazo. Ele direciona o olhar dos gestores para o horizonte futuro, sendo uma iniciativa contínua que
guia as decisões rumo aos objetivos gerais da organização. Esse planejamento é fundamental para
evitar que a empresa opere apenas em modo reativo, lidando apenas com urgências imediatas. Ele
engloba a definição da missão, visão, valores, metas e objetivos da empresa.
Neste cenário, os líderes definem as melhores estratégias globais para a organização, atuando
como um guia que orienta as várias áreas da empresa. É neste estágio que a destinação ou
redistribuição de recursos é determinada para garantir a máxima eficiência. Importante ressaltar que
as decisões neste nível são de longa duração e recaem sobre os cargos de alta gerência, como CEO,
presidência e diretoria.

Como mapear?

No Planejamento Estratégico, é essencial analisar tanto os aspectos internos quanto os


externos da organização. Isso significa considerar o ambiente econômico, a posição dos concorrentes
e todos os demais elementos que podem influenciar a trajetória desejada. Uma ferramenta valiosa
para essa análise é o método SWOT, que avalia as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da
empresa.

● S - Stregths (Forças): refere-se às vantagens competitivas da empresa em


comparação aos rivais;
● W - Weakness (Fraquezas): pontos onde a empresa pode estar em desvantagem em
relação aos concorrentes;
● O - Opportunities (Oportunidades): são fatores externos que representam chances
para a empresa fortalecer sua posição no mercado;
● T - Threats (Ameaças): são elementos externos que podem representar riscos para a

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estabilidade ou crescimento da empresa.

Disponível em: <https://shre.ink/nQjH>. Acesso em: 24 Set. 2023.

As forças e fraquezas estão ancoradas no ambiente interno da organização, sendo aspectos


sobre os quais se tem maior controle. Já as oportunidades e ameaças são influenciadas por fatores
externos e, portanto, não são facilmente antecipadas. Compreender esses elementos permite traçar
estratégias mais eficientes para os próximos movimentos da empresa, considerando o panorama que
ela enfrentará. No contexto brasileiro, a Análise SWOT é frequentemente referida como Análise FOFA,
devido à tradução dos termos que compõem o método.

O que norteia o seu negócio?

No Planejamento Estratégico, estabelece-se a missão, visão e valores da organização. A saber:


● Missão: Representa a razão de ser da empresa;
● Visão: Delineia a aspiração da empresa, indicando onde ela deseja estar em um
horizonte temporal específico;
● Valores: São os princípios e diretrizes que orientam o comportamento de todos os
colaboradores, contribuindo para o desenvolvimento contínuo da empresa.

Vamos a um exemplo?

A empresa Netshoes tem como missão proporcionar conexões com mais estilo e facilidade à
vida das pessoas. Almeja ser um padrão global em experiências de compras online. Seus valores
fundamentais incluem paixão, inovação, visão sem fronteiras, orientação para resultados, perspectiva
proprietária, valorização do indivíduo, agilidade e simplicidade. Devido ao longo prazo estipulado

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para essas diretrizes, é essencial revisar e atualizar as ações propostas regularmente para maximizar
os resultados. Idealmente, aqueles encarregados do Planejamento Estratégico não devem se envolver
diretamente nos planejamentos tático e operacional, garantindo assim uma visão mais ampla e
estratégica para a empresa.

Planejamento Tático

Disponível em: <https://shre.ink/nQjn>. Acesso em: 24 set. 2023.

O Planejamento Tático atua como uma ponte entre as diretrizes abrangentes do


Planejamento Estratégico e a implementação prática destas diretrizes. Enquanto o Planejamento
Estratégico molda a direção geral da organização, o Tático foca em como cada departamento pode
realizar essa visão. Ele estabelece objetivos específicos para cada equipe, assegurando que suas ações
contribuam para os objetivos globais da empresa.
Os gerentes de departamento geralmente lideram este planejamento, definindo metas de
médio prazo para suas equipes. É essencial que cada setor entenda sua função e veja como suas
ações se encaixam no quadro geral. Esse entendimento e coordenação departamental são cruciais
para o sucesso e realização das metas gerais da empresa.

Como estipular metas setorizadas?

Ao estabelecer metas, é essencial adotar uma abordagem sistemática. A ferramenta 5W2H é


uma metodologia simples e eficaz para essa finalidade. Ela pode ser aplicada não apenas no
planejamento tático, mas também em outros níveis de planejamento. Importante mencionar que o
planejamento tático atua como elo de ligação entre os níveis estratégico e operacional, que

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abordaremos a seguir.

Planejamento Operacional

Disponível em: <https://shre.ink/nQjq>. Acesso em: 24 set. 2023.

O Planejamento Operacional é conduzido pela equipe da empresa em suas atividades


cotidianas. Seu foco é implementar as diretrizes do Planejamento Tático em um curto intervalo de
tempo. Esse planejamento detalha os métodos e processos a serem seguidos na execução das
atividades.
A ênfase é dada ao "o que fazer" e "como fazer" nas operações diárias da organização. Neste
estágio, a ferramenta 5W2H é frequentemente empregada para orientar as decisões. O Planejamento
Operacional assegura que as ações se alinhem aos padrões estabelecidos pela empresa.
Esse planejamento especifica os indivíduos responsáveis por cada atividade, os prazos
estabelecidos e os recursos financeiros requeridos. Comumente, são desenvolvidos planos de ação,
fluxogramas, listas de verificação e cronogramas para facilitar a execução das tarefas.

O que é cada um desses conceitos?

● Plano de ação: é um roteiro detalhado que delineia as etapas para alcançar uma
meta específica ou solucionar um problema;
● Fluxograma: ilustração sequencial de procedimentos, mostrando a trajetória a ser
seguida para atingir um determinado objetivo;
● Checklist: enumeração de itens ou tarefas que precisam ser verificados ou
completados;
● Cronograma: tabela temporal que estabelece prazos e datas para a conclusão de
tarefas específicas.

O Planejamento Operacional prioriza a eficácia na execução e os meios para otimizar

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resultados. Já os planejamentos estratégico e tático definem a direção e os objetivos da empresa.
Para garantir progresso contínuo, é essencial que os três níveis de planejamento estejam alinhados e
integrados.

5W2H

O 5W2H é uma ferramenta de gestão que auxilia na definição de etapas claras para a
execução de tarefas. Seu principal propósito é garantir que todas as ações sejam bem planejadas e
organizadas, otimizando a tomada de decisões e a efetividade das estratégias implementadas.
Apesar de seu nome técnico, o 5W2H funciona como um roteiro administrativo que, por meio
de questões específicas, auxilia na estruturação e organização das atividades, determinando
responsabilidades, prazos e direcionamentos. Esse método é versátil, podendo ser aplicado em
diversas funções administrativas, desde a elaboração de um planejamento estratégico até a condução
de uma campanha de marketing.
A nomenclatura 5W2H é derivada das iniciais de sete diretrizes em inglês. Essas diretrizes
fornecem uma estrutura clara para identificar e abordar todos os aspectos relevantes de uma
atividade ou projeto. Elas incluem:

Disponível em: <https://shre.ink/nQjt>. Acesso em: 24 Set. 2023.

● What (O que será feito)?


Refere-se à descrição precisa da ação, projeto ou tarefa que será realizada.
● Why (por que será feito)?
Estabelece a razão ou o motivo pelo qual a ação é necessária ou relevante.
● Where (onde será feito)?
Especifica o local, ambiente ou setor onde a atividade ou projeto será executado.
● When (quando será feito)?

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Estipula o tempo, data ou período em que a ação deverá ser iniciada e concluída.
Who (por quem será feito)?
Identifica a pessoa ou equipe responsável pela execução e supervisão da tarefa.
● How (como será feito)?
Determina o método, processo ou abordagem que será adotada para realizar a ação.
● How much (quanto vai custar para fazer)?
Prevê o orçamento ou investimento necessário para a implementação e conclusão do projeto.

Vantagens de aplicar a metodologia 5W2H

Você pode estar se perguntando sobre os diferenciais da metodologia 5W2H em comparação


com outras abordagens conhecidas que também prometem excelentes resultados. Para elucidar essa
questão, destacamos algumas razões que atestam as vantagens deste modelo. Veja a seguir:

Concretização de uma ideia

Uma grande barreira para empreendedores e gestores é concretizar uma ideia, levando-a da
concepção à realidade. Nesse contexto, o 5W2H pode ser um impulso significativo. A ferramenta
ajuda a simplificar e estruturar os processos e projetos, delineando um plano concreto para
materializar sua visão.

5W2H é acessível

Quantas vezes você se deparou com ferramentas complicadas que parecem mais um
obstáculo do que uma solução? O 5W2H foi desenvolvido justamente para evitar esse tipo de
contratempo! Um dos maiores benefícios deste método é sua simplicidade e praticidade.
Basicamente, é um checklist que direciona você para as decisões fundamentais de um procedimento.
É uma abordagem descomplicada, abrangente e eficaz.

Abrangência

O 5W2H é uma ferramenta versátil e adaptável. Empresas e gestores de todos os tamanhos e


segmentos podem se beneficiar dela. O essencial é possuir uma meta clara e a determinação para
realizá-la.

Gestão de tempo

A abordagem da matriz 5W2H mantém um padrão consistente, apresentando dados de forma


direta e clara. Isso permite que um gestor identifique rapidamente as informações que precisa,
otimizando a revisão das estratégias. Assim, ele pode poupar tempo e concentrar-se em outras
responsabilidades corporativas.

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Sem custos, maiores ganhos
O 5W2H é uma abordagem acessível, que pode ser implementada sem nenhum custo,
permitindo a elaboração de diversos planos de maneira descomplicada sem a necessidade de
investimentos significativos. Mais do que isso, a aplicação do 5W2H pode resultar em benefícios
econômicos para sua empresa. Com sua adoção, observa-se um aumento expressivo na
produtividade, potencializando o desempenho da equipe e, consequentemente, gerando melhores
resultados para o negócio.

Gerenciamento de tarefas mais proveitoso

A matriz oferece uma perspectiva integrada de diferentes setores voltados a um objetivo


comum, proporcionando uma visão mais organizada da empresa e dos desafios que enfrenta. Em
outras palavras, com o auxílio do 5W2H, o gestor obtém um panorama mais abrangente de sua
operação ou projeto. Isso facilita a rápida identificação e correção de áreas problemáticas,
otimizando a gestão globalmente.

Neste tema, exploramos a importância das metas e objetivos como impulsionadores das
ações das pessoas em busca de realizações. As metas são desafios quantificados e temporais, sendo
passos concretos em direção a um propósito maior, como poupar para adquirir uma casa. Já os
objetivos retratam os sonhos e ambições mais vastos, sendo a direção final que inspira a criação de
metas. Para uma estruturação mais clara e eficiente dessas metas, utilizamos a metodologia SMART,
que garante especificidade, mensuração, alcance, realismo e temporalidade nas definições.
Em um contexto organizacional, é essencial compreender a distinção e inter-relação entre os
planejamentos estratégico, tático e operacional. O Planejamento Estratégico molda a visão de longo
prazo da organização, enquanto o Tático descentraliza esta visão em ações específicas para unidades
e equipes. Por sua vez, o Planejamento Operacional foca na realização diária, com a implementação
de ferramentas como fluxogramas e cronogramas para garantir eficiência.
A metodologia 5W2H se destaca como uma ferramenta prática para a definição de metas e
ações. Por meio de questões estratégicas como "o quê", "por quê", "quando" e "como", ela serve
como guia para transformar ideias em realidade. Essa abordagem não só é versátil e abrangente, mas
também otimiza o tempo, é econômica e aprimora a gestão de atividades.

1. Explique a diferença entre metas e objetivos. Por que é importante diferenciá-los ao formular

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um planejamento?

2. O que significa a sigla SMART quando se trata de estabelecer metas? Como essa abordagem
pode ser útil no planejamento?

3. Qual é a importância de definir metas e objetivos na vida pessoal e profissional? Como eles
podem motivar e engajar as pessoas?

4. Quais são as características essenciais para definir metas e objetivos eficazes? Por que o foco,
a disciplina e o comprometimento são importantes?

5. Quais são os principais obstáculos que as pessoas enfrentam ao tentar alcançar suas metas e
objetivos? Como superá-los?

6. Explique os níveis de planejamento: estratégico, tático e operacional. Qual é a função de cada


um desses níveis em uma organização?

7. O que é Análise SWOT (FOFA)? Como ela pode ser usada no planejamento estratégico de uma
empresa?

8. Descreva os elementos que compõem a missão, visão e valores de uma organização. Por que
esses elementos são importantes no Planejamento Estratégico?

9. Como a metodologia 5W2H pode ser aplicada no planejamento tático e operacional de uma
empresa? Quais são os benefícios dessa abordagem?

10. Quais são as vantagens de usar a matriz 5W2H no gerenciamento de projetos e tarefas?
Como essa metodologia pode contribuir para a eficiência e produtividade das equipes?

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TEMA 5
Plano de negócio

Habilidades

● Planejamento de Negócios: capacidade de criar e desenvolver um plano de


negócios abrangente que estabeleça metas claras, estratégias, ações e
prazos;
● Análise de Mercado: capacidade de coletar, organizar e analisar dados de
mercado relevantes;
● Gerenciamento Financeiro: capacidade de elaborar e acompanhar
orçamentos financeiros;
● Medição de Desempenho: capacidade de definir indicadores de desempenho
(KPIs) relevantes para o negócio.

Disponível em: <https://shre.ink/nZYw>. Acesso em: 03 out. 2023.

Um plano de negócios é um documento estruturado que estabelece, de maneira clara, os


objetivos de uma empresa e os caminhos a serem seguidos para alcançá-los, minimizando riscos e
incertezas. Este planejamento serve como um guia, permitindo antever possíveis erros no papel antes
de se manifestarem no mercado real.
Essencial para empreendedores iniciantes e também para aqueles que buscam expandir suas
operações, o plano de negócios não apenas previne falhas decorrentes de falta de análise, mas
também traz clareza e direção ao negócio. Ao elaborá-lo, o empreendedor:

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● Estrutura e clareia ideias ao dar início a um projeto;
● Direciona a expansão de empreendimentos já em curso;
● Oferece suporte à gestão, tanto em termos numéricos quanto em estratégias;
● Melhora a comunicação entre stakeholders, incluindo sócios, equipe, clientes e
investidores;
● Atrai investimentos, talentos e estabelece parcerias mais alinhadas ao propósito da
empresa.

Como fazer o plano de negócio?

1. Resumo Executivo

Este resumo deve ser destacado nas primeiras páginas do documento, pois informa ao leitor
suas intenções enquanto empreendedor. É um segmento essencial do projeto. Em várias ocasiões, as
aspirações do empreendedor não são devidamente enfatizadas em um plano de negócios escrito.
Portanto, é fundamental que sejam claramente expostas e bem elaboradas.

2. Descrição do Negócio

A seção de descrição do negócio (microambiente) geralmente se inicia com um panorama da


indústria na qual a empresa está situada, e prossegue detalhando aspectos fundamentais da
organização, tais como:

● Estrutura jurídica e regime tributário;


● Apresentação da equipe ou estrutura organizacional;
● Evolução histórica da empresa;
● Declaração de missão, visão e valores;
● Informações operacionais;
● Estratégias de logística;
● Potencial produtivo;
● Registro financeiro prévio;
● Receitas brutas e líquidas atuais;
● Custos fixos e variáveis;
● Aportes em ativos permanentes;
● Investimentos em capital circulante;
● Lista de fornecedores;
● Projeção de receitas.

Estes são apenas alguns dos elementos que podem integrar a descrição do negócio.
Conforme a necessidade, gestores podem optar por adicionar outras informações relevantes ao perfil
e operação da empresa.

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3. Análise de Mercado
Esta seção representa uma análise aprofundada do setor no qual a empresa atua, permitindo
que o empreendedor tenha uma visão clara do ambiente de mercado. Assim, é possível definir um
público-alvo específico e posicionar a empresa de forma a otimizar suas vendas. Durante as pesquisas
para este segmento do plano, é valioso coletar informações sobre:

● O panorama e evolução do setor no cenário nacional;


● Tendências de crescimento ou estagnação do mercado;
● A existência de uma demanda robusta para o produto ou serviço proposto;
● Características do público-alvo que a empresa deseja atingir.

Ao abordar o setor, é fundamental destacar o estado atual e as projeções para o futuro do


empreendimento. Além disso, é relevante trazer dados sobre diversos segmentos dentro desta
indústria, salientando inovações e tendências que podem tanto beneficiar quanto representar
desafios para o negócio.

1. Análise Competitiva

A Análise de Concorrência visa identificar os pontos fortes e vulnerabilidades dos


competidores no mercado onde sua empresa atua, bem como identificar estratégias e obstáculos
potenciais para minimizar a rivalidade.
Para distinguir entre concorrentes diretos e indiretos, você pode estabelecer critérios
específicos que, quando atendidos ou aproximados por outras empresas, as classificam como rivais.
Estes critérios podem incluir:

● Similaridade do produto ou serviço oferecido;


● Faixa de preço;
● Estratégias de marketing e promoção;
● Presença geográfica.

Essencialmente, quanto mais alinhados estiverem outros negócios aos critérios estabelecidos,
mais direta será a competição com sua empresa.

2. Análise de Contexto

A Análise Ambiental (macroambiente) observa fatores externos que influenciam sua empresa,
mas que não estão diretamente ligados ao seu segmento específico de mercado. São elementos que
estão fora do seu controle direto, como legislações pertinentes, tendências econômicas, inovações
tecnológicas emergentes e outros fatores que podem impactar suas operações. Estes ambientes
incluem:

● Econômico (por exemplo: recessões econômicas);

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● Sociocultural (por exemplo: movimentos sociais como o feminismo);
● Tecnológico (por exemplo: a ascensão de plataformas de carona compartilhada);
● Demográfico (por exemplo: decréscimo da taxa de natalidade);
● Político-jurídico (por exemplo: legislações anti tabagismo em locais fechados);
● Ecológico (por exemplo: condições climáticas adversas para certas culturas, como
tulipas no Brasil).

3. Metas e Objetivos

Após uma análise abrangente sobre o mercado, a natureza do seu negócio e o ambiente em
que opera, é hora de definir metas e objetivos concretos para um período determinado. Neste
momento, estabelece-se objetivos, como a meta de receita, o volume de vendas almejado ou metas
de branding (como se posicionar como líder no seu segmento). Com base nesses objetivos, você
construirá sua estratégia e determinará as ações subsequentes.

1. Plano de Design e Desenvolvimento

A seção de design e desenvolvimento desempenha um papel essencial ao oferecer uma


descrição detalhada do design do produto, bem como as etapas envolvidas em sua produção,
marketing e operações da empresa para potenciais investidores. Isso facilita a elaboração de um
orçamento para o desenvolvimento, contribuindo para que a empresa alcance suas metas.
Adicionalmente, é fundamental estabelecer uma identidade visual coesa, garantindo que sua
empresa seja facilmente reconhecida nos canais de comunicação. Essa etapa é vital para a construção
e preservação da imagem da marca.

2. Plano de Operações e gerenciamento

O plano de operações e gerenciamento delineia o funcionamento da empresa. Rapidamente


revisita elementos da logística organizacional, as responsabilidades da equipe de liderança, as
funções de cada departamento e os recursos financeiros e despesas essenciais para a operação da
empresa, os quais foram mencionados anteriormente na descrição do negócio. Em seguida, você
detalhará os objetivos de cada departamento e as expectativas de desempenho de cada setor para
garantir que as metas gerais da empresa sejam cumpridas.

3. Fatores Financeiros

Após estabelecer as etapas que as equipes precisam seguir para atingir as metas dentro do
prazo determinado, é essencial detalhar os recursos a serem alocados para cada departamento.
Nesta seção do plano de negócios, gráficos podem ser extremamente benéficos, proporcionando aos
gestores e potenciais investidores uma visão holística. Para cada quantia designada a uma meta, é
indispensável incluir uma descrição concisa que explique o motivo da alocação financeira
especificada.

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4. Métricas para o plano de negócio

Após delinear todas as estratégias, é fundamental determinar as métricas para avaliar se os


objetivos foram atingidos. Embora números geralmente forneçam clareza, quando uma métrica
quantitativa não for aplicável, uma solução pode ser conduzir pesquisas com o público-alvo ou com o
departamento em questão.

4.2 Indicadores de desempenho


Os Indicadores de Desempenho, conhecidos como KPIs, são métricas que avaliam a eficácia
conforme os objetivos estabelecidos pela organização. Para que esses indicadores sejam realmente
úteis na gestão empresarial, é vital ter um planejamento estratégico bem definido e metas claras.
Com isso, os KPIs passam a orientar a avaliação dos resultados e a influenciar decisões e estratégias
de aprimoramento.

Existem vários KPIs, classificáveis em categorias:

● Indicadores de produtividade: relacionam-se ao desempenho de recursos, como


produtividade por hora de um colaborador ou de uma máquina;
● Indicadores de qualidade: estes complementam os de produtividade, identificando
falhas ou desvios no processo. Um exemplo é a avaliação de avarias em comparação ao padrão
aceitável;
● Indicadores de capacidade: medem o potencial de um processo, como a quantidade
de produtos que uma máquina pode embalar em um período;
● Indicadores estratégicos: orientam quanto ao alinhamento da empresa em relação
aos seus objetivos, contrastando a situação atual com metas pré-definidas.

Cada KPI, independentemente de sua categoria, é vital. Eles fornecem insights fundamentais
para a organização, alinhando seus processos aos objetivos propostos.

Os principais indicadores de desempenho nas empresas de sucesso

Então, quais são os indicadores de desempenho essenciais para monitorar a eficiência da


empresa e como podemos aprimorar os resultados?

Indicador de lucratividade

Muitos empresários focam no faturamento, mas acabam percebendo que, mesmo com
vendas expressivas, o caixa não se fortalece como deveria. Esse indicador, que avalia o percentual de
lucro em relação ao faturamento, dá pistas sobre isso. Se o faturamento é positivo e a lucratividade
não corresponde, seus custos podem estar elevados. Analisar sua lucratividade em comparação com
a média do setor é uma estratégia útil.

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Valor do ticket médio

Este KPI permite avaliar a dinâmica de vendas a partir de três perspectivas: venda, cliente e
vendedor. Monitorando o ticket médio por cliente, por exemplo, é possível identificar quem compra
mais e, assim, ajustar a estratégia de relacionamento. Ao acompanhar o índice por vendedor, pode-se
reconhecer quem tem melhor desempenho e buscar capacitações ou incentivos.

Nível de serviço de entregas

Este indicador, ligado à logística, mostra o desempenho nas entregas, um fator essencial para
a satisfação do cliente. Ele também serve como um termômetro para a eficácia da cadeia de
suprimentos e a confiabilidade dos fornecedores.

Taxa de sucesso em vendas

Revela a proporção de vendas bem-sucedidas em relação às oportunidades abertas. Medir


essa taxa em diferentes etapas do processo de venda permite identificar onde estão os principais
obstáculos e aprimorar estratégias.

Índice de turnover

Medir a rotatividade de colaboradores fornece insights sobre o ambiente interno. Um alto


turnover pode indicar problemas no clima organizacional, liderança ou reconhecimento. E isso,
inevitavelmente, reflete na experiência do cliente.
Ter muitos KPIs sem análise adequada pode ser contraproducente. Assim como negligenciar
esses indicadores em prol de atividades rotineiras. Eles só são úteis quando bem alinhados às
estratégias e quando há um compromisso real de monitoramento e análise.

Na aula de hoje, exploramos a importância de um plano de negócios como ferramenta que


esboça os objetivos de um empreendimento e os caminhos para atingi-los. O documento é vital para
quem inicia ou deseja expandir um negócio, pois ajuda na organização de ideias, direciona a
expansão, apoia a gestão e facilita a comunicação e a captação de recursos. Dentro de um plano de
negócios, diversas etapas são abordadas, começando pelo resumo executivo e seguindo por
descrições detalhadas do negócio, análises de mercado e competitiva, consideração de fatores
externos e definição de metas. Também se desvenda a estrutura operacional, financeira e métricas

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essenciais como ticket médio e taxa de sucesso em vendas. Em resumo, o plano de negócios é uma
estratégia abrangente que orienta empreendedores, reduzindo incertezas e ampliando as chances de
êxito.

1. O que é um plano de negócios e qual é a sua importância tanto para quem está iniciando um
negócio quanto para quem está ampliando um empreendimento?

2. Quais são as principais funções de um plano de negócios?

3. Quais são os passos essenciais para a elaboração de um plano de negócios?

4. Explique a importância do Resumo Executivo em um plano de negócios.

5. Na seção "Descrição do Negócio", quais são as informações que geralmente são incluídas?

6. Qual é o propósito da Análise de Mercado em um plano de negócios e quais tipos de


informações são importantes nessa seção?

7. O que significa a Análise Competitiva e por que é relevante em um plano de negócios?

8. Qual é a função da Análise de Contexto (macroambiente) em um plano de negócios?

9. Por que é importante estabelecer metas e objetivos em um plano de negócios? Como eles
orientam a estratégia da empresa?

10. Quais são os principais indicadores de desempenho (KPIs) que podem ser utilizados para
monitorar o progresso de um plano de negócios e como eles contribuem para o sucesso da
empresa?

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TEMA 6
Canvas Business Plan

Habilidades

● Modelagem de Negócios: a capacidade de criar e preencher o Canvas de


forma eficaz, identificando os segmentos de clientes, a proposta de valor, os
canais, o relacionamento com os clientes, o fluxo de receita, os recursos
principais, as atividades principais, as parcerias principais e a estrutura de
custos;
● Análise Estratégica: a capacidade de analisar as informações e relações
apresentadas no Canvas, compreendendo como os diferentes elementos se
relacionam e identificando oportunidades e desafios no modelo de negócios;
● Comunicação Empresarial: a capacidade de comunicar claramente as ideias
de negócios e estratégias por meio da elaboração do Canvas e do Plano de
Negócios. Isso inclui a capacidade de apresentar informações de forma
concisa e persuasiva para diversos públicos, como investidores, parceiros e
equipes;
● Planejamento Empresarial: a capacidade de desenvolver um plano de
negócios detalhado, que inclui metas, estratégias, análise de mercado,
análise financeira e um roteiro para a implementação das atividades
necessárias para alcançar o sucesso do negócio

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Disponível em: <https://shre.ink/nZhM>. Acesso em: 03 out. 2023.

O Canvas, também conhecido como Business Model Canvas, é uma abordagem visual para
esboçar e organizar ideias de negócio de maneira simplificada e acessível. Enquanto o plano de
negócios tradicional oferece um detalhamento extenso sobre a estrutura e metas da empresa, ele
pode se tornar complexo e, muitas vezes, ser relegado ao esquecimento. Em contrapartida, o Canvas
proporciona um panorama claro e conciso, permitindo descrever o cerne do negócio através de
respostas a questões chave, tudo em uma única "tela". Esta ferramenta é versátil, servindo tanto para
empreendedores que estão iniciando quanto para empresas estabelecidas que buscam expandir ou
reestruturar áreas específicas.

Esse é o quadro canvas:

Disponível em: <https://acesse.dev/3D7dy>. Acesso em: 04 nov. 2023.

Quem pode usar o Canvas?

O Canvas é uma ferramenta versátil, adequada tanto para indústrias emergentes quanto para
aquelas com uma trajetória consolidada. Ele serve como um guia para empresas já estabelecidas que
buscam inovar em produtos, adaptar seus modelos de negócios, diversificar sua base de clientes ou
simplesmente obter uma visão holística de suas operações.

Qual a importância do Canvas para as indústrias?

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Adotar o Canvas nas indústrias proporciona uma perspectiva cristalina dos projetos atuais e
futuros. Essa abordagem estratégica auxilia os gestores a desenvolver produtos que ofereçam mais
valor, tornando-os mais competitivos e com maior probabilidade de aceitação no mercado. Sem essa
visão organizada, os líderes empresariais podem se desviar em suas iniciativas, comprometendo a
inovação e a entrada em novos segmentos.

Como é a estrutura do canvas business model?

A estrutura do Canvas se baseia em nove segmentos interconectados. Ele é segmentado em


duas seções principais:
● O lado direito foca nos elementos mais subjetivos e emocionais do negócio, incluindo
proposta de valor e interações com clientes;
● O lado esquerdo concentra-se na lógica operacional, abordando como o negócio
funciona na prática.
Para maximizar a eficácia do Canvas, é aconselhável seguir uma sequência lógica ao
preenchê-lo.

1º Bloco: Segmento de clientes

Inicie seu Canvas identificando o público-alvo do negócio. Defina claramente quem são essas
pessoas ou empresas, evitando tentar agradar a todos. Estruture sua segmentação com base nas
seguintes questões:

● Quem busca valor no que ofereço?


● Quais são os meus principais clientes?
● Consigo categorizá-los?

2º e 3º Blocos: Proposta de Valor e Canais

Estabeleça claramente o que planeja oferecer aos clientes. Não pense apenas em produtos,
mas em soluções para problemas ou necessidades específicas. Além disso, decida como essas
soluções serão entregues, seja por distribuidores, venda direta, online, etc. Pergunte-se:

● O que ofereço de único?


● Como solucionar problemas?
● Como e onde o cliente terá acesso ao meu produto/serviço?

4º e 5º Blocos: Relacionamento e Receita

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Decida como se relacionará e se comunicará eficientemente com seus clientes. Afinal,
entender e atingir o cliente corretamente potencializa vendas. Além disso, defina seu modelo de
receita. Determine:

● Estratégias para fidelizar clientes;


● O quanto os clientes pagariam e de que forma;
● As preferências de pagamento deles.

6º, 7º, 8º e 9º Blocos: Recursos, Atividades, Parcerias e Custos

Liste os recursos essenciais para operar, desde físicos até financeiros. Descreva as principais
ações que impulsionam o negócio e as parcerias críticas para sua execução. Por fim, identifique todos
os custos associados para operar, considerando gastos diretos e indiretos. Pergunte-se:

● Do que preciso para operar?


● Quais são minhas atividades centrais?
● Quem são meus parceiros fundamentais?
● Qual é a estrutura de custo para entregar valor?

Ao final, você terá uma visão holística, tanto dos aspectos emocionais quanto racionais de seu
negócio.

Revise o seu canvas

Após a conclusão do preenchimento do seu Canvas, a etapa de análise é fundamental.


Verifique a coerência das informações e certifique-se de que nenhum elemento foi negligenciado.
Questione-se:
● A minha proposta de valor atende realmente às necessidades do segmento de
clientes definido?
● Os canais escolhidos são eficazes para entregar esta proposta?
● Conto com parcerias adequadas para garantir os recursos necessários ao
funcionamento do negócio?
● A estrutura de custo planejada é sustentada pela receita prevista?
Se identificar inconsistências, é o momento ideal para repensar e inovar. Muitas soluções
inventivas surgem nesse ponto de introspecção.

Recomendações para um Canvas Eficiente:

1. Flexibilidade no Canvas

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Alguns gestores preferem imprimir uma versão ampliada do Canvas, utilizando notas
autoadesivas para preencher os blocos. Isso facilita ajustes e mantém o canvas adaptável.
2. Preenchimento Progressivo
Não hesite em iniciar o Canvas mesmo com ideias ainda não totalmente consolidadas. A
ferramenta serve para organizar o pensamento e pode auxiliar a completar áreas em aberto. Não se
sinta pressionado a completá-lo de imediato.
3. Atualização Contínua
Os negócios evoluem. Mantenha seu Canvas em constante atualização, assegurando que a
equipe esteja sempre alinhada aos objetivos atualizados.

O Canvas Business Plan é uma ferramenta visual e dinâmica que proporciona uma
representação simplificada da estrutura de negócios. Em contraste com os planos de negócios
tradicionais, extensos e por vezes subutilizados, o Canvas oferece uma "foto" imediata do negócio,
abrangendo desde o público-alvo até a estrutura de custos. Distribuído em nove blocos
interconectados, ele engloba segmento de clientes, proposta de valor, canais, relacionamento com
clientes, fluxo de receita, recursos, atividades, parcerias e custos. Ao completar o Canvas,
empreendedores e gestores têm um guia prático para analisar, ajustar e refinar estratégias
empresariais.
Após o preenchimento inicial do Canvas, é fundamental revisar e assegurar a consistência e
relevância das informações. Esta análise ajuda a garantir que a proposta de valor esteja alinhada com
o público-alvo, que os canais sejam adequados, que as parcerias estejam bem estabelecidas e que os
custos sejam sustentáveis. Inconsistências ou lacunas podem servir como oportunidades para
inovação e reajuste estratégico, garantindo que o modelo de negócio seja viável e competitivo.
Para maximizar a eficácia do Canvas, a flexibilidade é chave. Muitos profissionais optam por
usar versões impressas em grande formato, permitindo atualizações frequentes. Iniciar o Canvas,
mesmo sem todas as respostas, pode ser um meio valioso de estruturar e desenvolver ideias. Como
os negócios são fluidos, é imprescindível revisitar e atualizar o Canvas regularmente, garantindo que
ele reflita a realidade atual e as aspirações do negócio.

1. Explique como o Canvas difere do plano de negócios tradicional em termos de abordagem e


apresentação de informações.

2. Qual é a principal vantagem de usar o Canvas para modelar um negócio em comparação com

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um plano de negócios tradicional?

3. Quem pode se beneficiar ao usar o Canvas, e por que ele é uma ferramenta versátil para
diferentes tipos de empreendedores?

4. Qual é o propósito do segmento de clientes no Canvas e por que é importante identificar


claramente o público-alvo?

5. Descreva a importância da proposta de valor no Canvas e como ela está relacionada à


satisfação do cliente.

6. Quais são os principais blocos que compõem o lado direito do Canvas e como eles estão
relacionados à criação de valor para os clientes?

7. Explique como a definição dos canais de distribuição pode afetar o sucesso de um negócio e
como isso é abordado no Canvas.

8. Qual é a relevância do bloco de relacionamento com clientes no Canvas e como as estratégias


de relacionamento podem influenciar os resultados?

9. Como o Canvas ajuda a identificar as fontes de receita de um negócio e a determinar preços


competitivos?

10. Qual é a importância dos blocos relacionados aos recursos principais, atividades principais,
parcerias principais e estrutura de custos no Canvas, e como eles contribuem para a
viabilidade operacional de um negócio?

62
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