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Empreendedorismo

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco


Presidente
Jorge Wicks Corte Real

Departamento Regional do SENAI de Pernambuco


Diretor Regional
Sérgio Gaudêncio Portela de Melo

Diretora Técnica
Ana Cristina Cerqueira Dias

Diretor Administrativo e Financeiro


Heinz Dieter Loges

FICHA CATALOGRÁFICA

658.421
SENAI.DR.PE. Empreendedorismo. Recife, DITEC/DET, 2011.
S474e
1. EMPREENDEDORISMO – MATERIAL DIDÁTICO
2. PLANO DE NEGÓCIO
3. CONTABILIDADE
Direitos autorais de propriedade exclusiva do SENAI. Proibida a reprodução parcial ou total,
fora do sistema, sem a expressa autorização do seu Departamento Regional.

SENAI - Departamento Regional de Pernambuco


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50100-260 - Recife – PE
Tel: (081) 3202-9300
Fax: (081) 3222-3837
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5
EMPREENDEDOR, EMPREENDIMENTO E INOVAÇÃO NO MUNDO DOS
NEGÓCIOS ....................................................................................................... 6
• Cenário do mundo dos negócios ................................................................ 8
• O empreendedor e seu empreendimento .................................................. 9
• O empreendedor e o empreendedorismo .................................................. 10
CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO DO EMPREENDEDOR ......... 12
• Necessidades do empreendedor ............................................................... 17
• Conhecimentos necessários ao empreendedor ......................................... 18
• Habilidades do empreendedor ................................................................... 18
• Identificando oportunidades ....................................................................... 20
 Características das oportunidades ....................................................... 20
 Identificação de oportunidades ............................................................. 21
ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGÓCIO .................................................. 22
• Conceituando negócio ............................................................................... 22
• Utilidades do plano de negócio .................................................................. 23
• Como elaborar um plano de negócio ......................................................... 24
 Um exemplo de plano de negócio ........................................................ 26
• Definindo missão, visão, valores, objetivos e estratégias .......................... 29
NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE ..................................................... 33
CONCLUSÃO ................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 36
ANEXOS ........................................................................................................... 38
SENAI-PE

INTRODUÇÃO

Esta apostila servirá como apoio à unidade curricular, tendo como finalidade
apresentar de forma suscinta as bases teórico-conceituais necessárias à
compreensão dos tópicos que serão discutidos em sala de aula, possibilitando
aos alunos a aquisição e compreensão de conhecimentos relativos aos
fundamentos do empreendedorismo com foco na busca da excelência do
desempenho.

Nela serão trabalhados os conceitos de empreendedor, empreendimento e


inovação no mundo dos negócios, as características de comportamento do
empreendedor, estrutura do plano de negócio e noções básicas de
contabilidade.

Desta forma considera-se que o conhecimento adquirido a partir do estudo em


questão, estimulará o aluno a buscar novos conhecimentos, entendendo que
esta é apenas uma etapa do processo de aprendizagem, requerendo uma
sistematização da prática de estudos e descobertas, o que o fará atender ao
requerido pelo mundo do trabalho.

Bons estudos!

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EMPREENDEDOR, EMPREENDIMENTO E INOVAÇÃO NO


MUNDO DOS NEGÓCIOS

“O empreendedor é uma revolução silenciosa, que será


para o século XXI mais do que a revolução industrial foi
para o século XX.” (Timmons, 1990).

O desenvolvimento do empreendedor foi explorado no Brasil a partir da década


de 90 com a criação de entidades como o SEBRAE e Softex. Antes deste
período, o ambiente político e econômico do país não eram propícios e os
empreendedores não encontravam informações suficientes para o
desenvolvimento de seus negócios.

O empreendedor não é somente um “fundador” de novas empresas ou o


“construtor” de novos negócios. Ele é a energia da economia, a alavanca de
recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de idéias. Mais ainda: é ele quem
“fareja” as oportunidades e precisa ser ágil para aproveitar as oportunidades
fortuitas, antes que outros aventureiros o façam. O termo empreendedor – do
francês entrepreneur – significa aquele que assume riscos e começa algo novo.

O empreendedor é a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar


uma idéia ou projeto pessoal, assumindo riscos e responsabilidades, bem
como inovando continuamente. Essa definição envolve não apenas os
fundadores de empresa, mas os membros da segunda ou terceira geração de
empresas familiares e os gerentes-proprietários, que compram empresas já
existentes de seus fundadores. Mas o espírito empreendedor está também
presente em todas as pessoas que mesmo sem fundarem uma empresa ou
iniciarem seus próprios negócios estão preocupadas e focalizadas em assumir
riscos e inovar continuamente.

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O que é empreendedorismo?

Qualquer pessoa pode se tornar um empreendedor, desde que seja estimulado


a desenvolver atitudes empreendedoras.

Esse termo se refere ao ato de empreender. Richard Cantillon utilizou esse


termo no século XVIII para dizer que “empreendedor é alguém que compra
bens e serviços a certos preços com objetivo de vendê-los a preços incertos no
futuro”. No Brasil, Fernando Dolabela disse em 2003 que “empreendedor é
aquele indivíduo capaz de sonhar e transformar seu sonho em realidade, bem
como gerar e distribuir riquezas”.

O termo mais empregado para empreendedor na literatura é o utilizado por


Filion (1999, p.19): “O empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela
capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém alto nível de
consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades
de negócios. Um empreendedor que continua a aprender a respeito de
possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente
arriscadas que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel
empreendedor”.

Assim, se observarmos as pessoas que conseguiram transformar seus sonhos


em realidade encontraremos muitas das características abaixo:

• Escolheu uma pessoa como modelo a ser seguido;


• Tem iniciativa, autoconfiança, otimismo;
• Tem perseverança;
• Aprende com seus erros;
• Sabe fixar metas e alcançá-las;
• Tem forte intuição;
• Aprende com os outros;
• Assume riscos;
• Tece “redes de contato”;
• Transforma pensamentos em ações;
• Busca de oportunidade;
• Inova continuamente;
• Tenta transformar seu sonho em realidade.

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Cenário do Mundo dos Negócios

Momentos de “crise” devem ser entendidos como breves períodos entre


situações que se alternam, causando transformações radicais. Mas “crise” não
significa fim de oportunidades para os negócios. Muitos ou todos os negócios
são afetados, mas não acabam. Os consumidores são afetados, mas não
deixam de comprar. Por um tempo, se tornam mais seletivos, retardam
desembolsos, substituem produtos, ajustam seus gastos à situação da renda.
Mas não param de viver, de comprar, de consumir. Ademais, os momentos de
transformações radicais são também geradores de oportunidades. Sim,
períodos de crise geram oportunidades de muitos negócios, duradouros ou
somente para atender necessidades momentâneas de pessoas e de empresas.
Se por um período caiu o consumo de bens duráveis e de maior valor,
dependentes de fartura de crédito, muitos que operam em nichos de serviços e
de produtos de menor valor apenas ouviram falar dessa crise, mas não
sentiram ainda seus efeitos.

Em particular, esta é uma crise com origem na perda de confiança entre


bancos, e entre bancos e empresas, que afeta em seguida a relação entre
empresas e entre empresas e seus clientes.

Nesta situação, três questões desafiam a saúde dos pequenos negócios:

Se vender sempre foi um desafio de qualquer empresa, na crise este desafio


se torna muito maior, pois a demanda encolhe, a insegurança do consumidor
retarda os gastos, e as empresas precisam desenvolver formas novas para
influenciar a decisão de compra de seus clientes. Se não vender acima do
ponto de equilíbrio entre gastos e receita, a tendência é quebrar.

Se praticar preços compensadores, com margem de lucro e agradando ao


mercado, é determinante em qualquer negócio, numa crise como esta se perde
os referenciais de preço, pela pressão da concorrência, pelo aumento das
despesas financeiras, e pelo fato de que o consumidor arisco busca menor
preço. No esforço de vender, reduzir preço é extremamente perigoso. Quem
vende sem margem de lucro, quebra.

Em época de bonança, a gestão do capital de giro é facilitada pela oferta de


crédito, seja com desconto de recebíveis, seja por empréstimo direto de
bancos. Mas a situação atual foi provocada justamente pela desconfiança no
mercado de crédito. Financiar o capital de giro no mercado financeiro ficou
crítico. Quem precisa estar sofrendo. Empresa sem capital de giro suficiente se
tornará rapidamente deficitária e tende a quebrar.
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O Empreendedor e o seu Empreendimento

Segundo Dornelas apud Jacometti (2002), pesquisas feitas com empresários


de sucesso identificaram qualidades especiais comuns a todos eles e que
foram responsáveis por garantir o seu lugar no mercado. Dentre uma destas
qualidades, está a importância que os empresários dão ao plano de negócios,
utilizado-o não apenas como um documento para captação de recursos, mas
como uma ferramenta de gestão empresarial, sendo visto como um mapa que
guiará a empresa ao seu destino e ao cumprimento de seus objetivos.

O empreendedorismo pode ser “corporativo” e “start-up”:

• Empreendedorismo corporativo – procura trabalhar os conceitos do


empreendedorismo e da inovação através de programas voltados ao
desenvolvimento do perfil empreendedor de funcionários e executivos e na
implementação de novos projetos e negócios corporativos. Aplica-se a
empresas já constituídas, de médio e grande porte, através de treinamentos,
palestras, seminários, workshops e consultorias;

• Empreendedorismo de “start-up” – procura trabalhar com potenciais


empreendedores e empresas inovadoras em estágio inicial de
desenvolvimento, através de treinamentos, palestras e consultorias
relacionadas ao empreendedorismo, plano de negócios, inovação e capital
de risco.

Para fazer funcionar esta fórmula, de empreender com as melhores


possibilidades de sucesso, são necessários:

• A conscientização de que mesmo os pequenos negócios carregam


complexidade em si e exigem a aplicação da melhores práticas de gestão;
• O autoconhecimento do empreendedor, situando-o realisticamente em fronte
às suas habilidades, e reconhecendo suas fraquezas e deficiências, das
práticas empresarias necessárias para a sustentabilidade de um negócio e,
finalmente;
• Treinamento naquilo em que já é forte, se capacitar no que seja pertinente e
subcontratar as tarefas que, por sua decisão, não lhe sejam afeitas.

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O Empreendedor e o Empreendedorismo

O empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de


competências e habilidades relacionadas à criação e execução de um projeto
(técnico, científico, empresarial). Tem origem no termo empreender que
significa realizar, fazer ou executar. Já o empreendedor, é o indivíduo que
apresenta determinadas habilidades e competências para criar, abrir e
gerenciar um negócio de forma a produzir resultados positivos.

Os empreendedores são pessoas que se diferenciam das outras por serem


mais motivados, são apaixonados pelo que fazem, não querem ser apenas
mais um na multidão, querem progredir e se esforçam para isso com
determinação, procurando formas para solucionar os problemas que surgem
em seu caminho, com autoconfiança e independência de pensamento. Buscam
conhecimento e estabelecem metas a serem cumpridas.

O empreendedor procura e cria oportunidades, desenvolvendo meios para


utilizá-las a seu favor. Ele faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e
sabe se programar e organizar para aproveitar estas oportunidades. O espírito
empreendedor está presente em todas as pessoas que de uma forma ou de
outra estão dispostas a assumir riscos e inovar continuamente suas atividades,
mesmo que não intencionem abrir seu próprio negócio.

Leitura Complementar

Mitos do empreendedorismo

Em nossa sociedade, alguns mitos sobre o papel da pessoa empreendedora


têm se tornado regra. Esses mitos devem ser trabalhados para deixarem de
existir. Alguns deles estão relacionados abaixo:

• Todo empreendedor deve abrir sua empresa;


• Dinheiro é o principal ingrediente para se chegar ao sucesso;
• Uma boa idéia é a garantia do sucesso do empreendedor;
• Ao encontrar dificuldades, o empreendedor desiste do seu sonho;
• Todo empreendedor é sortudo.

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OBS.: Quando uma pessoa ainda não se sente preparada para abrir seu
próprio negócio, ou não sabe qual o tipo de negócio, não tem experiência
suficiente, dentre outros, poderá desenvolver atitudes empreendedoras como
empregado, tornando-se uma pessoa IMPRESCINDÍVEL no local de trabalho.

Insubstituível x imprescindível

Ninguém é insubstituível, mas algumas pessoas são imprescindíveis.

O que vem a ser imprescindível?

Segundo o dicionário Aurélio, é um adjetivo que significa “não prescindível”.


Prescindível, por sua vez, significa aquele do qual se pode prescindir
(esquecer, deixar de lado, não levar em contar, etc.). Assim, uma pessoa
imprescindível é aquela que não podemos esquecer, não podemos deixar de
levar em conta; ou seja, é uma pessoa boa no que faz e por isso faz falta
quando não está presente.

Em sua maioria, os empreendedores, se tornam imprescindíveis por se


destacarem em suas atividades: tem iniciativa, perseverança, gostam de fazer
tudo com afinco e dedicação, tem bom relacionamento com os outros
empregados, e outros. De qualquer empregado são esperadas atitudes
empreendedoras.

“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela


introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de
organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”. (Shumpeter,
1949).

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CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO DO EMPREENDEDOR

O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois,


é “dotado” de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade,
para benefício próprio e para benefício da comunidade.

O empreendedor possui certas características que o fazem alcançar o sucesso


desejado para o seu negócio. Algumas das características são:

• Aprender com os próprios erros;


• Nunca parar de aprender e de criar;
• Dedicar-se ao trabalho;
• Ter capacidade de organização e planejamento;
• Acreditar no que faz;
• Ter responsabilidade;
• Ser persistente e determinado mesmo sem recompensa imediata;
• Ter visão de futuro e coragem para assumir riscos;
• Ter capacidade de liderança;
• Dedicar-se à área em que atua;
• Possuir habilidade para trabalhar em equipe;
• Saber buscar, utilizar e controlar recursos;
• Utilizar a criatividade e a imaginação;
• Sempre estar bem informado.

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Tocando seu próprio negócio!

As causas mais comuns de falhas nos negócios

• Incompetência do empreendedor
• Falta de experiência de campo
Fatores econômicos 72%
• Falta de experiência gerencial
• Experiência sem planejamento
• Lucros insuficientes
• Juros elevados
Inexperiências 20% • Perda de mercado
• Mercado consumidor restrito
• Nenhuma viabilidade futura
• Fraca competitividade
• Recessão econômica
Vendas insuficientes 11% • Vendas insuficientes
• Dificuldades de estoque
• Localização inadequada
• Dívida e cargas demasiadas
Despesas excessivas 8%
• Despesas operacionais elevadas
• Negligência
• Capital insuficiente
Outras causas 3% • Clientes insatisfeitos
• Fraudes
• Ativos insuficientes
Tabela 1 – Causas de falhas nos negócios

Alguns dos perigos comuns nos novos negócios:

• Não identificar adequadamente qual será o novo negócio;


• Não reconhecer apropriadamente qual será o tipo de cliente a ser atendido
• Não saber escolher a forma legal de sociedade mais adequada
• Não planejar suficientemente as necessidades financeiras do novo negócio;
• Errar na escolha do local adequado para o novo negócio;
• Não saber administrar o andamento das operações do novo negócio;
• Desconhecer a produção de bens ou serviços com padrão de qualidade e de
custo;
• Desconhecer o mercado e, principalmente, a concorrência;
• Ter pouco domínio sobre o mercado fornecedor;
• Não saber vender e promover os produtos/serviços;
• Não saber tratar adequadamente o cliente;

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Mas, citando o ditado popular, devemos transformar cada limão em uma boa
limonada. Os perigos anteriormente aventados constituem os fatores críticos do
novo negócio. Um fator crítico é aquele que – se não for muito bem cuidado –
poderá colocar em risco o seu negócio. Assim, cada fator crítico deve ser
analisado de maneira correta para evitar o lado reverso da moeda.

Fatores críticos de um negócio bem- sucedido envolvem as seguintes


questões:

• Qual será o novo negócio: produto/serviço/mercado;


• Qual será o tipo de cliente a ser atendido;
• Qual será a forma legal de sociedade mais adequada;
• Quais serão as necessidades financeiras do novo negócio;
• Qual será o local adequado par o novo negócio;
• Como administrar as operações cotidianas do novo negócio;
• Como produzir os bens ou serviços dentro de um padrão de qualidade e de
custo;
• Como obter conhecimentos profundos sobre mercado e, principalmente,
sobre concorrência;
• Como dominar o mercado fornecedor;
• Como vender e promover os produtos/serviços;
• Como encantar os clientes.

Como escolher o negócio adequado?

Há uma enorme variedade de negócios à disposição dos empreendedores. Os


ramos de atividade de negócios são extremamente variados. Alguns são
explorados intensamente, enquanto outros surgem aleatoriamente como áreas
inexploradas, verdadeiras oportunidades em um mundo carregado de
competição.

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Exercício

1. Algumas pessoas já nascem com maior qualificação para o


empreendedorismo. Outras não têm tantos talentos inatos, mas isso não
quer dizer que não possam aprender e desenvolver esses talentos. Esse
desenvolvimento é fundamental para toda pessoa que almeja implantar e
gerir um pequeno negócio. Baseado nesta colocação responda:

• Qual é o volume de capital que você pretende investir?


• Qual é o retorno que você pensar ou precisa obter?
• Qual é a natureza das atividades de trabalho envolvidas?
• Quais são as suas experiências profissionais?
• Quais são os seus objetivos?
• Qual sua opinião a respeito de negócio?
• Quais são as suas características de personalidade?
• Negócio próprio ou emprego: Qual a melhor opção?
• Por quanto tempo você ficaria sem um salário mensal?

Leitura Compartilhada

Mapeando as oportunidades

Criar um negócio a partir de uma simples idéia costuma ser o caminho mais
utilizado quando se discute um novo empreendimento. Uma nova empresa
representa uma oportunidade significativa para muitos empreendedores.

As oportunidades para se iniciar um novo negócio podem ser resumidas em


quatro vertentes:

• Desenvolvimento de um produto/serviço;
• Desenvolvimento de uma nova tecnologia;
• Desenvolvimento de um no mercado;
• Desenvolvimento de novos benefícios.

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Saiba escolher a oportunidade adequada.

Característica Muito Muito


Baixa Média Alta Elevadíssima
desejável baixa alta
Iniciativa pessoal
Busca de
oportunidades
Perseverança
Comprometimento
Qualidade do trabalho
Eficiência
Coragem de assumir
Fixação de metas
objetivas
Busca de informações
Planejamento e
monitoração (controle)
Capacidade de
persuasão
Capacidade de fazer
contatos
Independência
Autonomia
Autocontrole
Tabela 2 - Instrumento de auto-avaliação

Além de possuir as características acima relacionadas, para ser bem-sucedido,


o empreendedor precisa:

• Ter vontade de trabalhar duro;


• Ter habilidade de comunicação;
• Conhecer maneiras de organizar o trabalho;
• Ter orgulho daquilo que faz;
• Manter boas relações interpessoais;
• Ser um self-starter, um auto propulsionador;
• Assumir responsabilidade e desafios;
• Tomar decisões.

Claro que nem todo empreendedor possui todas essas características de


maneira satisfatória, no entanto é possível que elas sejam aprimoradas ou
até mesmo aprendidas.

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Exercício

1. Se uma pessoa tem capacidade empreendedora, ótimo, ela tem boa


probabilidade de acertar no mundo dos negócios. Mas, a verdade é que os
negócios exigem um pouco mais que talento empreendedor puro e simples.
Por exemplo, precisamos de conhecimentos específicos que o talento
empreendedor não traz por si só. Podemos perguntar, então, em primeiro
lugar:

a) O que torna uma pessoa empreendedora?


b) Quais são os elementos essenciais da capacidade empreendedora?

Necessidades do Empreendedor

As necessidades surgem para resolver problemas e frustrações do indivíduo.


Quando estamos necessitando de alguma coisa, significa que estamos
insatisfeitos com nossa situação atual. O empreendedor tem necessidades
específicas que busca satisfazer se comportando como tal. Podemos descrever
algumas delas:

• Necessidade de aprovação e reconhecimento: o indivíduo sente


necessidade de ser respeitado e ter seus méritos reconhecidos em sua
comunidade. Então ele vê na empresa a oportunidade de obter esse respeito
e reconhecimento da sociedade;

• Necessidade de independência: refere-se à independência que o indivíduo


necessita para organizar seu trabalho, sua vida e seu tempo. Assim, a
implantação de sua empresa oferece a oportunidade de controlar melhor seu
tempo e valorizar mais suas iniciativas e criatividade;

• Necessidade de auto-desenvolvimento: o individuo que busca sempre o


aprimoramento de suas habilidades e conhecimentos pode ver na abertura
de uma empresa uma fase de aprendizado constante. Este indivíduo vê os
desafios e problemas como uma oportunidade de aprender mais;

• Necessidade de auto-realização: a reflexão sobre suas conquistas e


realizações faz com que o indivíduo se torne mais autoconfiante e aumente
suas habilidades. Ele traça metas e quando atinge seu objetivo se sente
realizado e contente com sua vitória.

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Conhecimentos Necessários ao Empreendedor

Conhecimento não é apenas a informação sobre o que uma coisa é, ou como


ela é feita ou funciona. É uma compreensão muito mais ampla, que inclui todas
as técnicas e informações que o empreendedor deve dominar, sendo
fundamentais para o bom desempenho de seu negócio. O conhecimento é
adquirido por meio do estudo individual, de cursos e de conversas com
pessoas do ramo. Dentre os conhecimentos necessários para a montagem de
um negócio estão:

• Conhecimento do produto e seu processo de produção;


• Conhecimento do tipo de serviço e o modo de prestar esse serviço ao
cliente;
• Conhecimento dos aspectos administrativos e organizacionais do
empreendimento.

Além disso, é necessário que o empreendedor tenha conhecimentos


suficientes para entender e interpretar a realidade, e também para lidar de
modo adequado com as pessoas, seja seus fornecedores, funcionários ou
clientes. Um diferencial importante para o empreendedor é a experiência,
quanto mais experiência no ramo ele tiver, melhor são suas chances de
progredir no negócio.

Habilidades do Empreendedor

Para obter algo que nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez.

As habilidades são fundamentais para o bom desempenho do empreendedor.


Entretanto, as habilidades, diferentemente do conhecimento, são adquiridas
através da experiência. Podemos citar algumas delas:

• Busca de oportunidades - onde os outros vêem ameaças e problemas, o


empreendedor vê uma oportunidade. Por exemplo, se em algum local o
grande problema é o calor, então isso é uma oportunidade de vender
ventilador, protetor solar, geladeiras e roupas de verão, por exemplo;
• Comunicação persuasiva - outra habilidade importante ao empreendedor é
a persuasão, ou seja, ele conseguir convencer as pessoas a seguirem seus
objetivos. Para isso, sempre é cordial e simpático com seus parceiros e sabe
comunicar muito bem suas idéias e planos;

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• Facilidade em negociar - a negociação é melhor realizada quando o


empreendedor se coloca no lugar do outro e utiliza todos os recursos para
mostrar ao outro negociador as vantagens de sua proposta;
• Busca de informações - é de fundamental importância que o empreendedor
obtenha informações atualizadas relacionadas ao seu negócio, porém os
melhores locais para buscar estas informações e a confiabilidade das
mesmas só é garantida pela experiência do empreendedor;
• Resolução de problemas - o empreendedor deve ter a habilidade de lidar
com os problemas que surgem na implantação e no cotidiano de sua
empresa. Saber tomar as decisões corretas nas horas certas, principalmente
nos momentos de adversidade é um fator determinante no sucesso do seu
negócio e depende do conhecimento e, em grande parte, das experiências
do empreendedor;
• Uso da intuição - o empreendedor de maneira geral não nasce com a
intuição para perceber oportunidades de negócios e lacunas de mercado que
podem ser preenchidas, ou o momento de lançar um novo produto ou
serviço. Essa intuição se dá pela experiência que o mesmo tem diante de
sua atuação no ramo de negócio escolhido e vai se aprimorando à medida
em que o empreendedor se dedica ao seu negócio;
• Relacionamento pessoal - a habilidade do empreendedor em estar próximo
de sua equipe, mas ao mesmo tempo fazer sentir sua autoridade quando for
preciso, reduz a possibilidade de conflitos na empresa. Geralmente este
empreendedor é considerado um bom líder por seus subordinados, pois sabe
motivar e dar valor ao trabalho bem feito. A experiência mostra ao
empreendedor que para vencer ele precisa ter um bom relacionamento com
sua equipe;
• Senso inovador - os empreendedores de modo geral são inovadores e
criativos em suas áreas e nos pequenos detalhes do dia-a-dia. Mas devemos
lembrar que criatividade não é uma questão de sorte ou de tentativa e erro,
mas um exercício que envolve o conhecimento e a experiência do
empreendedor.

Pode-se dizer que as habilidades formam um conjunto de aptidões e


capacidades que o empreendedor pode adquirir ou desenvolver durante a
sua formação profissional, para obter êxito no empreendimento, sendo,
portanto um processo contínuo.

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Identificando Oportunidades

Entre as características fundamentais dos empreendedores, está saber


identificar as oportunidades.

O que é Oportunidade?

Oportunidade está diretamente ligada a um produto ou serviço que desperta


interesse do consumidor, seja pela inovação ou diferenciação deste produto ou
serviço em relação aos concorrentes.

A oportunidade traz algo de novo e atende a uma necessidade dos clientes,


podendo ser uma necessidade real ou criada. A oportunidade é atrativa, ou
seja, tem potencial para gerar lucros, surge em um momento adequado em
relação a quem irá aproveitá-la, é durável e baseia-se em necessidades
insatisfeitas ou desconhecidas.

Características das oportunidades

As oportunidades surgem em função da identificação de desejos e


necessidades insatisfeitos ou desconhecidos, da identificação de recursos
potencialmente aproveitáveis ou subaproveitados, quando se procuram
aplicações para novas descobertas.

Podem aparecer em qualquer lugar e a qualquer momento. São percebidas ou


criadas pelos empresários que tem experiência e conhecimento do seu ramo.
Nem todas as situações podem ser vistas como oportunidade por todos os
empresários.

As oportunidades são atraentes, ocorrem em momentos muito específicos e se


não forem aproveitadas nesse instante deixam de ser uma oportunidade. Um
empreendedor habilidoso consegue aproveitar as oportunidades na hora certa,
oferecendo as soluções adequadas e esperadas.

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Identificação de oportunidades

“É melhor estar preparado para uma oportunidade e não ter nenhuma, do


que ter uma oportunidade e não estar preparado para ela.” Whitney
Young Jr.

Para que o empreendedor pense no futuro do seu negócio, ele deve seguir
uma linha de pensamento onde é determinado em que ele vai trabalhar e
depois definir um objetivo e um caminho que leve a realização deste objetivo.
Sem isto ele corre o risco de se perder.

Uma vez estabelecido em que vai trabalhar, o empreendedor estará atento a


tudo o que se refira a esse negócio.

As oportunidades podem ser identificadas por meio de:


• Tempestade de idéias;
• Estudo de indústrias específicas;
• Estudo dos recursos renováveis e não renováveis;
• Análise de transformações e tendências no mercado;
• Desenvolvimento dos hábitos prospectivos;
• Desenvolvimento dos hábitos pró-ativos.

“As pessoas são a soma de tudo aquilo que aprendem durante suas vidas,
em sua casa, na escola e na comunidade, entre outros lugares e,
dependendo de suas experiências, algumas pessoas têm mais ou menos
características de empreendedores”.

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SENAI-PE

ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGÓCIO

Segundo Drucker (1987), “o trabalho específico do empreendedorismo


numa empresa de negócios é fazer os negócios de hoje, capazes de fazer
o futuro, transformando-se em um negócio diferente”, portanto a
transformação dos negócios de hoje parece depender significativamente
dos seus gestores.

Conceituando Negócio

“Um negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que aquele sem
planejamento, na mesma igualdade de condições”. (Dornelas, 2001)

O plano de negócio é um documento usado para descrever um


empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua
elaboração envolve o processo de aprendizagem e autoconhecimento, e,
ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios.

É um esforço organizado por determinadas pessoas para produzir bens e


serviços, a fim de vendê-los em um determinado mercado e alcançar
recompensas financeiras pelos seus esforços.

Todo negócio envolve necessariamente algum produto/serviço e,


consequentemente, algum fornecedor e algum cliente, uma cadeia de entradas,
processos e saídas, alguma produção e algum mercado, uma forma de
satisfazer algumas necessidades do cliente ou responder a alguma
oportunidade de mercado.

Todo Negócio envolve necessariamente o ato de produzir ou vender um


produto ou de prestar um serviço.

Bens de produção
Produção e Bens de consumo
Comercialização
Serviços

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O objetivo de um negócio é produzir e vender com lucro produtos/serviços que


satisfaçam necessidades e desejos da sociedade. Necessidades e desejos que
podem ser do mercado, ou, mais especificamente, do cliente.

Fornecedor Cliente
Fornecedor Cliente
Fornecedor Cliente
Fornecedor Cliente

Por causa dessa cadeia de transações, existem os intermediários em todo


processo de produção e comercialização. Uma empresa pode comercializar
diretamente seus produtos/serviços com o consumidor final: São as empresas
que possuem um corpo próprio de vendedores, com agencias e escritórios
espalhados pelas principais cidades. Outros preferem vendar não ao
consumidor final, mas aos varejistas. Varejistas são empresas comerciais que
compram dos produtores e vendem aos consumidores, como as cadeias de
lojas e o comércio em geral.

Há uma extensa e incrível variedade de empresas produtoras de bens e


serviços. O mesmo ocorre com as empresas atacadista e varejista.

Dois pontos de partida para quem busca uma oportunidade

1. Iniciar um negócio que já se tem em mente e descobrir onde ele é viável

2. Procurar nichos de mercados e, a partir daí, desenhar um plano de negócio.


Listar o que já tem em mente fazendo uma pesquisa.

Utilidades do Plano de Negócio

O plano de negócio é um projeto indispensável para definir os rumos atuais e


futuros do novo empreendimento. A utilidade do plano de negócio varia, mas
podemos citar algumas:

• Cobre todos os aspectos internos e externos do negócio;


• Abrange todos os aspectos atuais e futuros do negócio; funciona como uma
visão integrada e sistematizada do negócio;
• Serve como um guia abrangente para a condução do negócio;
• Informa o mercado – principalmente investidores, bancos e financeiras – a
respeito do negócio;

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SENAI-PE

• Divulga aos parceiros internos e externos as características do negócio;


• Funciona como um meio de avaliação dos desdobramentos do negócio.

Na verdade, o plano de negócio permite condições para planejar, organizar,


dirigir, avaliar e controlar o negócio. Em outras palavras, ele serve para retratar
o início, o meio e o fim de um empreendimento. É imprescindível fazer revisões
contínuas no plano de negócio para mantê-lo atualizado e dinâmico. Lembre-se
de que ele se assemelha a um plano de vôo: indica o início, o meio e o fim de
uma viagem e deve levar em conta todos os acidentes de percurso, a influência
do clima externo e as possíveis turbulências do caminho.

Para que serve a visão do negócio

A visão do negócio traz os seguintes benefícios:

• Incrementa a parceria entre a empresa e o empregado na construção do


futuro;
• Promove continuidade da inovação;
• Levanta uma bandeira de iniciativa e de responsabilidade;
• Funciona como uma bússola para a equipe;
• Reduz a dependência dos funcionários em relação aos lideres ou gênios da
empresa – proporciona autonomia e firmeza;
• Tira a empresa da zona de conforto e de acomodação – promove a
mudança;
• Estimula e inspira a equipe.

Como Elaborar um Plano de Negócio

1. Sumário Executivo:
• Texto de um parágrafo sobre a natureza do negócio e os aspectos mais
importantes do empreendimento; inclui missão e visão do negócio;
• Texto de um parágrafo sobre as necessidades que a empresa vai atender
no mercado; inclui o papel do empreendimento em relação à
responsabilidade social;
• Resumo das características do mercado em que a empresa vai operar;
mostra como o mercado está se comportando em relação ao
produto/serviço a ser oferecido;
• Breve relatório sobre os sócios do empreendimento;
• Breve relatório sobre os recursos financeiros necessários.

24
SENAI-PE

2. Análise completa e detalhada do setor:


• Principais características do setor; inclui as variáveis econômicas, sociais,
demográficas e políticas que influenciam o mercado;
• Oportunidades encontradas no mercado;
• Identificação dos fornecedores de entradas (matérias-primas, dinheiro e
crédito, tecnologia, mão-de-obra etc.).

3. Natureza jurídica e estrutura organizacional da empresa:


• Currículo dos sócios do empreendimento que contenha a formação e as
competências pessoais de cada um;
• Funcionários necessários para o empreendimento.

4. Simulação de relatório financeiro:


• Balanço de abertura da empresa;
• Previsão de receitas, fluxo de caixa e balanço para o período coberto pelo
planejamento;

5. Plano estratégico:
• Definição da missão e da visão da empresa;
• Definição do negócio;
• Estabelecimento dos objetivos específicos da empresa;
• Declaração de premissas do planejamento;
• Estabelecimento dos objetivos estratégicos de longo prazo.

6. Plano operacional:
• Previsão de vendas;
• Planejamento da produção;
• Orçamento de despesas gerais;
• Previsão do lucro operacional;
• Previsão do fluxo de caixa e balancetes;
• Balanço patrimonial simulado;
• Previsão de índices operacionais e financeiros.

7. Apêndices:
• Contatos pertinentes;
• Informações técnicas.

25
SENAI-PE

Um Exemplo de Plano de Negócio

Resumo executivo

• Descrição da atividade
Comércio de roupas femininas.

• Localização
São Paulo.

• Sócios
José Paulino e Márcia Nogueira.

• Equipe de trabalho
Os sócios.

• Mercado
O público-alvo é composto de consumidores de classe alta e moradores da
capital paulista. A loja mais próxima fica a 5 km de distância.

• Instalações
A loja tem 650m² em ponto de excelente localização.

• Nome da loja
La Bella Donna.

• Financiamento
O capital necessário é estimado em R$ 300 mil, dos quais os sócios contam
com R$ 150mil. O restante será integralizado por meio de financiamento
bancário. De R$ 100mil financiados em dois anos, mais investimento inicial
de R$ 50 mil para formação de estoque.

• Cronograma
O início das atividades será junho, para ofertar moda típica de inverno. O
pedido dos produtos será feito com antecedência de 60 dias.

• Objetivo
É montar uma loja de roupa feminina em bairro de classe A. Os produtos
oferecidos se diferenciam pela alta qualidade para clientes de alto nível.
Objetivo deste plano de negócio é obter recursos financeiros para a
implantação do empreendimento.
26
SENAI-PE

• Pesquisa de mercado
A pesquisa de mercado esta voltada para o conhecimento de clientes,
concorrentes, fornecedores e o seguimento em que a empresa vai atuar,
para saber se o negócio é realmente viável. Durante a análise poderemos
responder a seguinte pergunta: Que ameaças e oportunidades apresenta o
setor em que a empresa vai atuar?

• Instalações
Quatro imóveis estão sendo cogitados medindo 650m² localizado no bairro
de Moema e a previsão do fluxo de caixa será condizente com o aluguel e
impostos. Os proprietários propõem um contrato de locação de três anos.

• Gerenciamento
A loja ficará sob a gestão direta dos dois sócios. José Paulino é engenheiro
químico e possui ampla experiência no setor de tecidos e tecelagem. Márcia
Nogueira é modelista e tem grande experiência no setor de tecidos.

• Equipe
Será composta por três vendedoras a serem recrutadas e treinadas com 60
dias de antecedência à abertura da loja.

• Fornecedores
Márcia Nogueira participou de várias feiras de moda e conhece
profundamente o mercado fornecedor. Os principais fornecedores como
Moda point, UseFashion e a Dunkelvolk oferecem prazo de 30 dias. Esse
crédito está previsto na previsão na previsão de fluxo de caixa.

• Aspectos jurídicos
A sociedade será de responsabilidade limitada, com capital inicial acima
mencionado, com participação de 50% para cada sócio. Contrato social: no
caso de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, o contrato social
deve conter os seguintes itens básicos: objeto social da empresa (finalidade);
o capital e valor das catas de responsabilidade de cada sócio; quem vai
assinar pela empresa; retiradas e pró-labores dos sócios; imprevistos na
dissolução da sociedade; sede da empresa e documentos dos sócios. Do
contrato social, deverá constar a assinatura de um advogado inscrito na
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de duas testemunhas, que não
podem ter qualquer grau de parentesco com os sócios.

• Anexo
Utilização do capital inicial.
Projeção de lucros e perdas.

27
SENAI-PE

Como Estruturar o Plano de Negócios

Nesse momento serão vistos os principais elementos da estrutura de um plano


de negócios.

Apresentação
A capa é uma das partes mais importantes do plano de negócios, pois é a
primeira coisa que é visualizada por quem lê, devendo, portanto ser feita de
maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes.

Sumário
O sumário deve conter o título de cada parte do plano de negócios e a sua
respectiva página.

Plano de negócios: Planejando o seu negócio

Sumário executivo
O sumário executivo é a principal seção de um plano de negócios e deve
expressar uma síntese do que será apresentado na seqüência, preparando e
atraindo o leitor para uma leitura com mais atenção e interesse. Deve conter
todas as informações chaves do plano de negócios em não mais que duas
páginas, no caso do plano completo, ou no máximo uma página, no caso do
plano resumido.

Os melhores planos de negócios são aqueles mais objetivos e seu sumário


executivo deve estar em uma única página. Algumas informações são
imprescindíveis em um sumário executivo, como: descrição da oportunidade
identificada, breve descrição do negócio, retorno sobre o investimento, caminho
estratégico escolhido, competência dos sócios, elementos de competitividade e
necessidade de capital. Assim, no sumário executivo deve-se encontrar:

• Resumo dos principais pontos do plano de negócio, entre os quais: o


que é o negócio, principais produtos ou serviços ofertados, clientes
potenciais, localização do negócio, capital a ser investido e sua origem,
faturamento mensal esperado e lucro esperado, entre outros.

• Missão da empresa: é definida a partir das respostas sobre a atuação do


negócio, da caracterização do consumidor desejado, o que é importante para
os empregados, para os fornecedores e para a comunidade.

• Dados dos empreendedores, como: objetivos de cada empreendedor,


definição do campo de atuação de cada um antes de montar uma
organização, grau de autonomia, entre outros.
28
SENAI-PE

Definindo Missão, Visão, Valores, Objetivos e Estratégia.

Definindo Missão do Negócio

Missão significa a razão de ser do próprio negócio. Por que ele foi criado. Para
que ele existe. O empreendedor pode montar um negócio por muitas razões
diferentes. Algumas dessas razões são positivas e construtivas: prestar um
novo e diferente serviço à sociedade satisfazer novas expectativas dos
consumidores, aproveitar e incrementar novas tecnologias, ajudar a
comunidade em determinados setores mais carentes, expressar criatividade e
inovação.

A missão da empresa sempre está centrada na sociedade. Em síntese, a


missão da empresa define os produtos/serviços, os mercados e a tecnologia,
refletindo os valores e as prioridades do negócio.

A missão da empresa e seus desdobramentos

Tecnologia:
Modo de fazer
(como fazer)

Qual é o negócio
da empresa?

Produtos/serviços
Missão
(o que fazer)
da
empresa
Qual é o cliente
e o que tem valor
Mercado
(para quem
fazer)

29
SENAI-PE

Definindo Visão

Enquanto a missão se refere à essência do negócio e da sua própria razão de


ser e de existir, a visão está ficada no futuro e no destino. A visão é a imagem
que o empreendedor tem a respeito do futuro do seu negócio. É o que ele
pretende que o negócio seja dentro de um certo horizonte de tempo.

Para tanto, é preciso enxergar longe, rumo ao futuro pretendido. A visão de


futuro consiste em olhar para o horizonte e visualizar qual a imagem que terá
da empresa. Isso permite que o empreendedor estabeleça objetivos e metas,
indicadores de desempenho e mensura dores futuros para saber se está ou
não alcançando aquilo que projetou. Assim, a visão é o componente que
permite desdobrar os objetivos a serem alcançados.

Uma definição da visão empresarial

O que queremos para O que queremos para


Nosso perfil
o próximo ano daqui a dois anos
Empresa que publica Ser uma das melhores
Ser a melhor revista de
revistas de moda revistas de moda
moda feminina do país
feminina feminina do país
Alcançar uma circular
Circulação mensal é de Circulação de 70.000
mensal de 100.000
50.000 exemplares exemplares
exemplares
30.000 assinantes Alcançar 50.000 Chegar a 90.000
cadastrados assinantes cadastrados assinantes cadastrados
Tabela 3 – Visão empresarial

30
SENAI-PE

Diferenças entre missão e visão:

Missão Visão
Inclui o negócio da empresa É a realização do negócio
É o ponto de partida É o lugar para onde vamos
É o documento de identidade da empresa É o passaporte para o futuro
Indica “quem somos” Projeta “quem desejamos ser”
Dá rumo à empresa Fornece energia para a empresa
É orientadora É inspiradora
Tabela 4 - diferença entre missão e visão.

Todavia, não basta apenas definir a missão e a visão. É preciso ir mais


além e divulgá-las de maneira intensa e ampla para toda a equipe da
empresa.

Definindo os objetivos globais do negócio

Do conceito de visão organizacional decorrem os objetivos globais da empresa.


Comumente, o mercado fala em objetivo, metas e resultados. Há certa
confusão em relação a esses termos que são utilizados de maneira
indiscriminada. Objetivos são estados desejáveis que se pretenda alcançar e
realizar. Enquanto objetivo não é alcançado, constitui um alvo, uma meta;
quando é atingido, deixa de ser algo desejável para se tornar uma realidade e,
então, deve-se definir outro objetivo, provavelmente mais desafiante e
complexo do que o anterior.

Os objetivos básicos de um negócio podem ser assim expressos:

• O lucro é a força motivadora do empreendedor;


• O serviço ao cliente e a oferta de valores econômicos desejados (bens ou
serviços) justificam a existência do negócio;
• Existe a responsabilidade social de acordo com os códigos éticos e morais
estabelecidos pela sociedade na qual a empresa opera.

Os objetivos derivam da missão e da visão da organização com intentos de


caráter mais específicos, posto que orientam as ações com maior precisão.
Segundo (Kotler), “os objetivos devem surgir da análise das oportunidades e
recursos e não de pensamentos e desejos”.
31
SENAI-PE

Objetivos mais utilizados pela empresa

1. Objetivos globais ou estratégicos


São aqueles que propiciarão a vantagem competitiva para a organização
(ex.: uma nova tecnologia);

2. Objetivos táticos ou operacionais


Propósitos para obtenção de melhorias pontuais, a operacionalização dos
objetivos viabiliza-se pela quantificação dos resultados intencionados – as
metas. (ex.: círculos de qualidade);

3. Objetivos permanentes
Propósito a serem perseguidos de forma contínua, ininterrupta e permanente
na busca das realizações;

4. Objetivos situacionais
Propósitos impostos por mudanças na ambiência resultante de novas
conjunturas de fatores internos ou externos.

32
SENAI-PE

NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE

Conceito
Contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos
ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não.

Campo de aplicação
O das entidades econômico-administrativas seja de fins lucrativos ou não.

Objeto de estudo da contabilidade


O patrimônio das entidades.

Patrimônio
Conjunto de bens, direitos e obrigações vinculadas à entidade econômica
administrativa.

Finalidades da contabilidade
Assegurar o controle do patrimônio administrado e fornecer informações sobre
a composição e as variações patrimoniais, bem como o resultado das
atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins,
que podem ser lucrativos ou meramente ideais.

De acordo com o parágrafo acima, observamos duas funções básicas na


contabilidade. Uma é a administrativa, e a outra é a econômica. Assim:

• Função administrativa: controlar o patrimônio.


• Função econômica: apurar o resultado.

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SENAI-PE

Usuários Da Contabilidade:
• Sócios, acionistas, proprietários;
• Diretores, administradores, executivos;
• Instituições financeiras;
• Empregados;
• Sindicatos e associações;
• Institutos de pesquisas;
• Fornecedores;
• Clientes;
• Órgãos governamentais;
• Fisco;

Técnicas Contábeis
A contabilidade para atingir sua finalidade se utiliza das seguintes técnicas.

Escrituração
É o registro de todos os fatos que ocorrem no patrimônio.

Demonstrações Financeiras
São demonstrativos expositivos dos fatos ocorridos num determinado período.
Representam a exposição gráfica dos fatos. São elas:

• Balanço Patrimonial
• Demonstração do Resultado do Exercício
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
• Demonstração das Mutações do patrimônio Líquido
• Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

Auditoria
É o exame e a verificação da exatidão ou não dos procedimentos contábeis.

Análise Das Demonstrações Financeiras


Analisa e interpreta as demonstrações financeiras

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SENAI-PE

CONCLUSÃO

É importante ressaltar que este material foi elaborado com base em textos
extraídos e compilados de diversas fontes, os quais são referenciadas ao fim
de cada aula. Desta forma, as idéias e conceitos aqui discutidos não são de
autoria da professora da unidade curricular. Foi preservado, na íntegra o
conteúdo da versão original das obras.

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SENAI-PE

REFERÊNCIAS

• DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. 30 e.d. ver. E atual. São


Paulo: Editora Cultura, 2006.

• ______. Oficina do Empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a


transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura, 1999.

• DRUCKER, Peter F. (1987) - Inovação e Espírito Empreendedor -


Entrepreneuship. São Paulo: Editora Pioneira.

• DORNELAS, J. C. A. (2001) - Empreendedorismo: transformando idéias


em negócios. Rio de Janeiro: Campus.

• FILION, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-


gerentes de pequenos negócios. São Paulo: Revista de Administração de
Empresas – RAE, v.34, nº 2, abril/junho 1999.

• JACOMETTI, M. Influência da cultura organizacional e das dependências


de poder sobre os objetivos e estratégias da Unidade de Curitiba do Cefet
- PR. Curitiba, 2002. 319 f. Dissertação (Mestrado em Administração).

• ADMINISTRADORES - Atitude é o fator de sucesso no


empreendedorismo. Disponível em: http://www.administradores.com.br
Acesso em: 05 de abril 2009

• SEBRAE. Empreendedorismo. O que é empreendedorismo? Disponível


em: http://www.sebraesp.com.br, acesso em 10 de agosto de 2010.

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SENAI-PE

CRÉDITOS

Elaboração
• Luciene Torres Teles da Silva – SENAI Petrolina

Revisão Técnica
• Josilda Maria de Carvalho de Barros – SENAI Petrolina
• Paula Gizelle Silva Bezerra - SENAI Petrolina

Revisão Gramatical / Pedagógica


• Jaciline Buarque Lustosa - DET

Diagramação
• Lindalva Maria da Silva - DET

Editoração
• Divisão de Educação Profissional e Tecnológica - DET

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SENAI-PE

ANEXOS

Avaliação de Formação de Empreendedores

Nome: ............................................................................. Data: ....................


Curso: ............................................................................ Turno: ...................

1) Defina Empreendedorismo.

2) Quais as características de um empreendedor?

3) Quais as causas mais comuns de falha nos negócios?

4) Quais as vantagens de empregado de uma empresa?

5) Quais as vantagens de ser dono do próprio negócio?

6) O que é negócio?

7) O que é um plano de negócio? E qual a importância?

8) Qual a diferença entre bens de consumo e bens de produção?

9) Qual o conceito de missão? Qual a importância?

10) Qual o conceito de visão? Qual a importância?

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SENAI-PE

Textos para Desenvolvimento de Atividades

Texto 1

Um homem investe tudo o que tem na fabricação de uma lixeira. Trabalha dias
e dias refazendo o produto para que ele ficasse cada vez melhor. Quando
finalmente apresenta o produto a uma grande empresa, recebe a resposta que
seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido.

O homem desiste? Não! Volta, faz um curso sobre qualidade de produtos


durante dois meses, aplica parte do aprendizado no produto, apresenta-o
novamente à empresa e tem o contrato assinado.

Texto 2

Amir Klink estava ancorado na Antártica e ouviu alguns ruídos que pareciam
frituras. Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando
estavam em contato com a água salgada. O efeito visual era maravilhoso.

Ele pensou em fotografar, mas disse para si mesmo: “Calma, você terá muito
tempo para isso...” Acontece que durante os 365 dias que se seguiram, o
fenômeno não se repetiu. Ele concluiu que algumas oportunidades são únicas.

Texto 3

O segredo do Sucesso

Liberte sua mente: seja flexível, preste atenção no outro, no que ele tem de
melhor.

Inove: construa o que não existe, ultrapasse o óbvio.

Sonhe: não desista, inspire as pessoas.

Lidere com alma e vá sempre, sempre além do trabalho, além do que é


esperado de você.

39
SENAI-PE

Conduzindo o Barco Sozinho

Regras:

1. Encontre uma forma de melhor conduzir os trabalhos. Lembrem-se: os


conflitos existem, mas, evitem os atritos se não o barco naufraga e não
chega a lugar nenhum;
2. Identifique quem tem o poder para estar no comando do barco e deixe que
o conduzam os trabalhos;
3. Respeite a hierarquia como integrante;
4. Mantenham a disciplina como se o comandante ainda estivesse no barco;
5. Cumpra sua parte e colabore com os demais.
6. Conserve a ordem e disciplina, deixe organizado para a próxima viagem;
7. Demonstre suas características de empreendedor.

Atividade I

1. Em seu grupo de amizades quais as características que o torna uma


pessoa imprescindível?
2. Em sua família o que pode melhorar para tornar imprescindível?
3. Você é imprescindível na sala de aula? Justifique
4. Por que o profissional deve ser imprescindível e não insubstituível?
5. Durante os desenvolvimentos dos trabalhos em sala você procurou se
imprescindível? Justifique.
6. Faça uma pequena análise: Como foi a produção da colagem como um
empreendedor.

40
SENAI-PE

Atividade II - Em equipe:

1. Simulação de uma fábrica de barcos de papel. (Quando concluir guarde


para apresentar na aula seguinte).

2. Construção de um plano de negócios, seguindo todas as instruções


explicadas durante as aulas.

41
SENAI-PE

Exercício

Não aumente o índice de mortalidade das empresas, faça seu Projeto de


Negócio.

I - PROJETO DE NEGÓCIO

1. Definição do Negócio

A) RAZÃO SOCIAL E NOME DE FANTASIA

B) JUSTIFICATIVA DA SUA CRIAÇÃO

C) RAMO DO NEGÓCIO

D) MISSÃO

E) PARCEIROS E GERÊNCIA

42
SENAI-PE

F) FORNECEDORES
MATERIAIS FORNECEDORES TELEFONES

G) LEGALIZAÇÃO DA EMPRESA

H) PERFIL DOS CLIENTES

I) ATENDIMENTO AO CLIENTE

43
SENAI-PE

2 - Plano de Marketing
A) DESCRIÇÃO DO PRODUTO

B) DIFERENCIAL COMPETITIVO

C) DEFINIÇÃO DO PREÇO
TABELA DE PREÇOS

D) PROPAGANDA

E) ESCOLHA DO PONTO

44
SENAI-PE

P) PREVISÃO DE VENDAS
META DE VENDA - PREÇO MÉDIO R$
PESSIMISTA REALISTA OTIMISTA
MÊS
UN R$ UN R$ UN R$
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
Total

3 - Concorrência
A) ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA

4 - Investimentos
MÓVEIS E EQUIPAMENTOS R$
VEÍCULOS R$
REFORMAS R$
DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS R$
OUTROS R$
TOTAL R$

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SENAI-PE

5 - Análise Financeira - 1° ano/ensaio pessimista


CUSTO DO PRODUTO R$
SALÁRIOS COM ENCARGOS (PRODUÇÃO) R$
DEPRECIAÇAO DE MÁQUINAS R$
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS R$
TOTAL CUSTO DOS PRODUTOS R$

SALÁRIOS COM ENCARGOS (ADMINISTRAÇÃO) R$


PRESTAÇÃO ÜE SERVIÇOS (CONTADOR) R$
ALUGUEL R$
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS (ADMINISTRAÇÃO) R$
COMISSÕES R$
OUTROS R$
TOTAL DAS DESPESAS OPERACIONAIS R$

TOTAL DOS CUSTOS R$


PREÇO DE VENDA (MÉDIO) R$
QUANTIDADE VENDIDA R$
RECEITA TOTAL R$
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
(+) RECEITA BRUTA DE VENDAS R$
(-) IMPOSTOS (5%) R$
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS R$
(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS R$
(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO BRUTA R$
(-) DESPESAS OPERACIONAIS R$
(=) LUCRO OPERACIONAL R$
(-) IMPOSTO DE RENDA (simples = 3,5% s/ receita bruta) R$
LUCRO LÍQUIDO R$

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SENAI-PE

2 - MODELO DE PLANO DE NEGÓCIO

1 Informações sobre o responsável pela proposta.


Nome:
Identidade: Órgão Emissor: CPF:
Endereço:
Bairro: Cidade: Estado: CEP:
Telefone: FAX: E-mail
Formação Profissional:

Atribuições no Empreendimento:

2 Natureza/Descrição do empreendimento:
Individual Limitada Sociedade Anônima

Razão Social:
Nome Fantasia:
CGC - Insc. Estadual Insc. Municipal

2.1.-Nome dos sócios e respectivas participações na empresa


Nome Participação

2.2. Áreas de competência tecnológica (áreas de conhecimento técnico


que são dominadas)
Nome Área

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SENAI-PE

2.3 Responsáveis pela gestão do empreendimento (por área).


Área Responsável
Administração
Financeira
Produção
Tecnológica
Comercial
Outras
(especificar)

3 Plano estratégico

3.1 – Missão e objetivos estratégicos:

3.2 – Ameaças e oportunidades:

3.3 – Pontos fortes:

3.4 – Pontos fracos:

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SENAI-PE

4 Produtos e serviços.

4.1 – Descrição do produto/serviço.

4.2 – Foco do Negócio. (Mercado potencial e concorrência)

4.3 - Diferenciais dos produtos/serviços (em relação aos disponíveis no


mercado)

4.4 – Estágio atual do desenvolvimento do produto/serviço*


Cronograma por semestre
Estágio
FASE ESTÁGIO 1º 2º 3º 4º 5º 6º
atual
Sem Sem Sem Sem Sem Sem
01 Maturação da idéia
02 Em especificação
03 Em desenvolvimento
04 Em teste
05 Protótipo
Demonstração em
06
cliente
07 Em comercialização
* Quando o projeto se referir a mais de um produto/serviço, fazer um
cronograma para cada produto, separadamente.

49
SENAI-PE

5) Comercialização

5.1 – Estratégias de venda e assistência técnica.

6) Plano de investimentos

6.1 – Investimentos iniciais


Descrição Valor
1. Estudo de mercado
2. Registro de marcas e patentes
3. Honorários
4. Registro da Empresa
5. Máquinas e Equipamentos
6. Móveis / Utensílios
7. Capital de giro
8. Outros (especificar)
9. Total

6.2 – Origem dos recursos (investimentos iniciais)


Recursos Recursos de Reinvestimento
Valor Total
próprios (%) terceiros (%) (%)
R$

7) – Receita e custos

7.1 – Receitas operacionais

Ano 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total


1º Ano
2º Ano
3º Ano

50
SENAI-PE

7.2 – Custo fixo anual (1º ano)


Descrição Valor Anual
1. Salários e encargos
2. Pró-labore
3. Taxa de Incubação
4. Taxas Diversas (Telefone, aluguel de Equipamentos, etc.)
5. Materiais Diversos
6. Manutenção e Conservação
7. Seguros
8. Depreciação
9. Outros
10. Total

7.3 – Custo variável (1º ano)


Descrição Valor Anual
1. Matéria Prima
2. Embalagem
3. Outros insumos
4. Frete
5. Outros ( comissões, impostos, etc)
6. Total

8) Demonstrativos simplificados de resultados (1º ano)


Item Descrição Valores
1 Receita bruta (Quadro 7.1)
2 (-) Custos Fixos ( Quadro 7.2)
3 (-) Custos variáveis (Quadro 7.3)
4 Resultado Operacional (1 – 2 – 3)
5 (+) Receitas não operacional
6 (-) Despesas não operacionais
7 Lucro Bruto (4 + 5 – 6)

51
SENAI-PE

9 – Projeção do fluxo de caixa.

Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
Descrição
1. Receita
Operacional
2. Receita não
operacional
(A) Total de
Entrada
3. Despesa
Operacional
4. Despesa
não
operacional
5. Investiment
o
(B) Total de
Saída
(C) Saldo no
mês
A = (1 + 2); B = (2 + 3 + 4); C = (A – B); Total = Soma (Mês 1 à 12)

10) Indicadores

10.1 – Ponto de equilíbrio anual: Primeiro ano (se não houver previsão de
receita para o primeiro ano, não considere este item)
Custo Fixo Anual
P.E = Receita Prevista Anual – Custo x 100
Variável

10.2 – Tempo de retorno do investimento (TR) : Número de meses


necessário para recuperar o dinheiro aplicado no investimento inicial.
Investimento Inicial
TR = x 12
Resultado operacional

52
SENAI-PE

11) Utilização da infra-estrutura da incubadora

11.1 – Área física necessária:

11.2 – Necessidades quanto a serviços administrativos, treinamento,


consultoria, laboratórios, oficinas, etc.:

12 – Considerações finais. (Texto Livre)

53

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