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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.................................................................................... 3
O QUE É UMA STARTUP?.......................................................................... 4
QUAIS SÃO OS TIPOS DE STARTUPS?............................................................ 9
MODELOS DE NEGÓCIOS DE STARTUPS......................................................... 12
STARTUP E O EMPREENDEDORISMO............................................................. 15
COMO CONSEGUIR INVESTIMENTO PARA A SUA STARTUP?.................................... 25
ESTRUTURA DE UM PITCH DE SUCESSO PARA UMA STARTUP................................ 26
SOBRE AS AUTORAS............................................................................... 30
REFERÊNCIAS E LEITURAS RECOMENDADAS.................................................... 32

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APRESENTAÇÃO
O curso de Startups e Empreendedorismo é uma oportunidade de você entender como a
essa modalidade de empresa está presente em seu dia a dia e vai mudar o seu futuro,
já que está mudando a jornada das empresas, reinventando negócios e adequando-as à
nova economia. Para isso, este curso foi dividido em 3 módulos.

O módulo 1 fará menção sobre conceitos e fases de uma startup. Aqui falaremos sobre
origem do termo e onde nasce essa modalidade de negócios, as principais características
que a conceituam e o a diferencia de uma presa tradicional. Também estará disposto
fases que uma startup passa, até se tornar outro modelo de negócio.

No módulo 2 está o modelo de negócios e o mercado potencial que uma startup pode
atingir. Aqui mostraremos exemplos de nichos de startups, tipos de startups, exemplos
de sucesso, os principais unicórnios brasileiros. Também apresentaremos os principais
modelos de negócios utilizados pelas startups.

E para finalizar o curso, o módulo 3 trará como assunto dicas de pitchs para captação
de investidores, além. De características de um empreendedor que se dedica a este
ecossistema de negócios.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR (MÓDULOS)

O curso consta de 3 módulos assim apresentados:

1) Módulo 1 – O que é Uma Startup; As Fases de uma Startup


2) Módulo 2 – Modelo de negócios; Mercado potencial
3) Módulo 3 – O que é um pitch; Problema versus solução

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O QUE É UMA STARTUP?
A nova economia é o surgimento de modelos de negócios disruptivos, o que empurra
empresas e profissões para o absolutismo rapidamente. Nessa nova economia precisamos
adotar outra postura, com novas skills, como agilidade, competitividade, atualização
constante e muita conexão.

As startups são parte fundamental dessa nova forma de pensar e agir, são um portal para
um mundo novo. A proposta de negócios delas tem o olhar voltado para o futuro, com
o objetivo de inovar e transformar processos para melhorar a vida das pessoas. As
soluções disruptivas que elas trazem desafiam o status quo, ameaçam monopólios
e derrubam corporações. Querem exemplos? Quem não se lembra de gigantes como
Kodak e Blockbuster? Elas foram facilmente substituídas por negócios que começaram
como startups e hoje dominam o mercado, como Instagram e Netflix. A nova economia
já chegou e nada mais importante do que estar por dentro desse ecossistema, seja
como protagonista ou consumidor.

QUAL A ORIGEM DO TERMO STARTUP?

A utilização do termo começou startup iniciou entre anos 1996 e 2001 durante a
crise das empresas chamadas de “ponto-com”. Na ocasião, foi formada uma bolha
especulativa caracterizada pela alta das ações das novas empresas de tecnologia da
informação e comunicação alocadas no espaço da Internet. A Bolha da Internet, como
ficou comumente conhecida, adotou e começou a utilizar o termo startup, que até
então apenas significava um grupo de pessoas trabalhando por uma ideia diferente e
com potencial de fazer dinheiro.

Além disso, startup, na etimologia da palavra, é sinônimo de iniciar algo e colocá-lo em


funcionamento. As empresas do Vale do Silício surpreendem o mundo pela velocidade
do crescimento, porque esse é o objetivo dessas empresas, pelo modelo de negócios
que representam.

A primeira questão a esclarecer sobre uma startup é que elas não são versões reduzidas
de empresas tradicionais. Exemplos de empresas tradicionais são Coca Cola, Nike, Adidas,
enfim, empresas que ao longo dos anos encontraram uma fórmula de serem lucrativas
e usam o resultado de sua operação para avaliar sua eficiência. Já uma startup busca
crescer rápido por meio de um modelo de negócios escalável, repetível e capaz, de
provocar grande impacto da sociedade. Essas empresas não possuem uma fórmula
clara de sucesso para gerar resultado, estão à procura de um crescimento sustentável
em ambientes novos e incertos. Normalmente são empresas consideradas como temporárias.

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Startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em
um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas. Embora não se limite apenas a
negócios digitais, uma startup necessita de inovação para não ser considerada uma empresa
de modelo tradicional. Então, a definição de Startup é uma empresa emergente de alto
potencial e alto risco. Esse tipo de empresa começa do zero, muitas vezes com poucos
recursos e precisa de investimentos e boa gestão para acelerar o seu crescimento.

Do ponto de vista legal, uma startup é uma empresa ou sociedade cooperativa/simples


que tenha faturamento de, no máximo, 16 milhões de reais ao ano e que tenha até 10
anos de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Há 3 conceitos que definem uma startup:

1. Escalabilidade: ser escalável significa que seu produto ou serviço pode se consumido
por muita gente em qualquer lugar do mundo, em pouco tempo. Quer exemplos: Twitter,
Instagram, Airbnb, Netflix.

2. Repetitividade: ser repetível significa oferecer algo que pode ser consumido
frequentemente pelo mesmo cliente mais de uma vez, como o Google ou o Facebook
por exemplo.

3. Impacto Social: precisa ser algo transformador na vida das pessoas. Como o Uber,
por exemplo. Muda a nossa rotina e simplifica a tarefa de encontrar soluções. Outros
exemplos são Youtube, Waze, WhatsApp.

Então quando pensa-se em startup, deve -se lembrar que ela precisa desenvolver muita
pesquisa e descobertas sobre as melhores formas de entregar um produto ou serviço,
com cliente bem definido, entendendo bem seu canal de distribuição, entendendo
quanto e como cobrar, pensando em possíveis parcerias e tudo que faça sentido como
proposta de valor da empresa.

CARACTERÍSTICAS DE UMA STARTUP

O que é um modelo de negócios? E um negócio escalável e repetível? O que pode ser


considerado um cenário de incertezas? Esses fatores essenciais para uma startup e são
tópicos recorrentes no ecossistema. No entanto, não são óbvios para quem não está
familiarizado com o meio.

Antes de tudo, o modelo de negócios é diferente de um plano de negócios, que foca em


estratégias detalhadas para atingir metas, por exemplo. No modelo de negócios, o foco
não é necessariamente no produto, mas no valor e, consequentemente, na rentabilidade.
Em outras palavras, como o seu negócio soluciona a dor do cliente de forma lucrativa.

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CENÁRIO DE INCERTEZAS

Muitas vezes, o desafio do modelo de negócios de startups é criar algo inovador: ou


adaptar um modelo de negócios para uma área onde não é comumente aplicado, ou criar
um modelo totalmente novo. Criar uma startup é fugir do tradicional. Como procura ser
disruptiva, dificilmente uma startup vai ter um manual de como ser bem sucedida. Não há
como afirmar se a ideia ou projeto de empresa irão realmente deslanchar. Dessa forma, o
caminho a ser trilhado e os passos que o empreendedor deve tomar são minimamente
incertos.

É justamente por esse ambiente, recorrente até que o modelo de negócios seja bem
definido, que tanto se fala em investimento para startups. Sem capital de risco, é muito
difícil persistir na busca por um modelo de negócios que comece a gerar lucro e seja
sustentável. O ideal é o negócio sobreviver até a comprovação de que o modelo existe
e sua receita comece a de fato crescer. Caso contrário, provavelmente será necessária
uma nova rodada de investimentos para que essa startup se torne uma empresa
sustentável.

Uma forma de lidar melhor com esse cenário de incertezas é o produto mínimo viável,
também conhecido como MVP. Ele tem o objetivo de validar uma solução e ajudar a
entender o que o cliente realmente quer, gastando o mínimo possível.

TIPOS DE STARTUPS

As startups podem ser divididas de várias formas, sendo que as principais são entre tipos
de negócio ou nichos onde atuam. Em relação aos tipos de negócio, destacam-se:

• B2B (Business to Business): o que significa negócios para negócios, esse tipo de startup
atende outras empresas ao invés do consumidor final diretamente. Um exemplo é o 99
corporativo, serviço de transporte para empresas.

• B2C (Business to Consumer): o que significa negócios para consumidores, essa startup
fornece um serviço para o consumidor final. Um exemplo é o 99, serviço de transporte
voltado para o consumidor diretamente.

• B2B2C (Business to Business to Consumer): o que significa negócios para empresas


para consumidores, é utilizada quando uma empresa faz negócios com outra visando
uma venda para o cliente final. No caso, o iFood é um ótimo caso de uma startup que
faz parceria com outras empresas (restaurantes) para ajudar na venda para clientes.

Já os nichos onde atuam são de acordo com a área da empresa. Você já deve ter se
deparado com termos como FinTech, HealthTech, EdTech, LawTech e por aí vai. Essas
são nomenclaturas para definir startups no ramo. Exemplos:

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1. Fintechs: startups com foco na inovação dos serviços financeiros, como remessa de
dinheiro e gestão de finanças pessoais;

2. Healthtechs: desenvolvem tecnologias com o foco no setor da saúde, como programas


para a gestão de leitos nos hospitais públicos;

3. Insurtechs: usam a tecnologia para otimizar a gestão de seguros, como o processamento


de sinistros, comparação de planos, entre outros;

4. Proptechs: promovem a inovação da gestão imobiliária por meio do desenvolvimento


de soluções que facilitam os procedimentos de propriedade, diminuem a necessidade
de impressão de papéis, etc.;

5. Retailtechs: startups que desenvolvem soluções para o setor varejista;

6. Legaltech: startups que inovam no mercado jurídico;

7. HRtech: a sigla HR refere-se a Human Recruitment, portanto, criam soluções para a


área de seleção de candidatos para as empresas, digitalizando etapas dos processos e
usando a tecnologia para encontrar os profissionais mais adequados para as vagas, por
exemplo;

8. Adtechs/Martechs: startups que desenvolvem, por exemplo, tecnologias para a


otimização da convergência de mídias, distribuição de anúncios e análise do público-alvo
das campanhas. Também estão aqui as startups focadas no setor de marketing,
especialmente o digital, trazendo o uso do Big Data, bots e demais ferramentas para a
otimização de seus processos.

9. Agtech: startups que voltam suas inovações para o mercado do agronegócio;

10. Edtech: focam na área de educação, promovendo novas soluções que otimizam o
acesso ao ensino, inovam o processo de ensino-aprendizagem, entre outras melhorias
na área educacional.

POR QUE STARTUPS SÃO IMPORTANTES?

Startup é um termo cada vez mais pesquisado, e isso é justificável já que as inovações
que elas vêm propondo estão transformando a vida de milhares de pessoas para sempre. Elas
vêm para substituir processos engessados e revolucionar o mundo como conhecíamos.
Essas mudanças já estão acontecendo e são parte da Nova Economia.

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EXEMPLOS DE STARTUPS DE SUCESSO

Algumas das maiores empresas do mundo começaram como startups, com pouquíssimo
dinheiro e muito risco. Erraram, se adaptaram, pivotaram e deram a volta por cima.
Hoje, algumas são consideradas unicórnios (startups que passaram a valer US$ 1 bilhão
ou mais). Coloquei um resumo delas aqui, para vocês terem noção de como empresas
de garagem tornaram-se gigantes da bolsa de valores.

NETFLIX: Lançada em 1997, na era onde o auge eram as videolocadoras e a ideia de


um delivery de DVD – que foi como ela começou – parecia insana, seus fundadores
tentaram vender a startup para a gigante Blockbuster e adivinhem? A respostas foi um
grande e sonoro não. A locadora não via o potencial do negócio e preferiu permanecer
com seu modelo de negócio. Alguns anos depois isso custaria caro, mas é uma história
que todo mundo já sabe. De delivery, a Netflix abraçou as últimas tecnologias e apostou
no streaming. Hoje a empresa vale bilhões, é referência no mundo inteiro e continua
revolucionando o entretenimento televisivo e ameaçando indústrias centenárias.

GOOGLE: O Google é outra gigante das startups. O tamanho e onipresença do maior


site da internet são tão inigualáveis que é difícil de imaginar que ele um dia pôde ser
chamado assim. No entanto, no começo o Google não parecia prometer muito. Na
época, os buscadores maiores eram Altavista e Yahoo. O jogo parecia ganho, mas a
empresa não se abalou, pelo contrário: ela teve um insight que as outras duas não tiveram.
O Google não tinha uma entrega de resultados superiores à dos concorrentes, mas Larry
Page, seu fundador, sabia que precisava encontrar uma forma de lucrar ou então seria
um negócio insustentável. Dito e feito, anos depois o Google é uma das maiores empresas
do mundo, caminhando para valer US$ 1 trilhão.

PAYPAL: Bem no início de sua trajetória, a empresa pretendia fornecer uma espécie de
carteira digital para dispositivos portáteis. Só que os consumidores começaram a usar
o serviço como forma de transferir dinheiro em negociações do eBay. Apesar de não ser
a ideia inicial do projeto, eles souberam se adaptar aos sinais da demanda. Mudaram o
foco e apostaram na demanda dos usuários. O negócio deu mais do que certo e hoje o
PayPal é a maior empresa de transferência de dinheiro na internet.

UBER: o Uber descentralizou o serviço de motorista particular. A startup pôs fim à dúvida
de achar um taxi (acenando na rua) para a certeza de que em poucos minutos um carro
chegará com um clique no celular. Além de solucionar essa dor, o serviço encontrou uma
forma lucrativa, escalável e de baixo custo para operar. No caso, a startup alcançou
sucesso mundial com uma frota de milhões de motoristas sem ter que comprar um carro
sequer, só cobrando uma porcentagem sobre as viagens de motoristas comuns.

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QUAIS SÃO OS TIPOS DE STARTUPS?
Dentro desse modelo de empresa podem existir diferentes tipos de startups. Por isso,
a relação abaixo tenta desbravar os significados desse universo tão novo para a maioria
das pessoas.  

Scalable startups: Modelos de Startup que buscam replicar um negócio para aumentar
seu público e rendimento. Esse tipo de empresa já costuma ter pleno funcionamento e
busca investimentos para replicar e escalar seu modelo de negócio.  

Large company startups: São empresas tradicionais de grande porte que estão em
busca de se reinventar para continuar operando no mercado com eficiência. À medida
que o mercado muda, elas precisam se adaptar, mas com o passar do tempo, talvez seja
necessária uma reinvenção do modelo de negócios para sobreviver às mudanças.

Small business startups: Empresas iniciantes que tem uma visão limitada de crescimento,
mas que causam grande impacto no mercado em que operam. Mesmo que o negócio
não seja escalável, é possível aumentar sua eficiência e oferecer maior movimento à
economia local. Geralmente são gerenciadas por pequenos empreendedores individuais.

Buyable startups: Modelo em que se desenvolve uma grande ideia e precisa de investidores
para desenvolver o negócio e fazê-lo crescer e se replicar. O termo buyable ou
“comparável” diz respeito aos investimentos que são feitos pelos chamados “anjos”,
investidores que compram participação nos negócios.

Lifestyle startups: Empresas movidas por um estilo de vida, uma grande ideia que
contribui para esse estilo e profissionais colaboradores que acreditam e querem viver
de tal forma, que ajudam a construir e se motivam pela execução do seu projeto.

Social startups: São startups que criam inovações com o objetivo de melhorar o panorama
social, atender comunidades carentes e resolver problemas que causam um impacto
social. Podem ser com ou sem fins lucrativos, mas é importante que seja baseada na
contribuição para uma sociedade melhor.

Startups unicórnio: Uma empresa unicórnio é aquela que conseguiu algo tão difícil
quanto encontrar a criatura mística: ser avaliada em 1 bilhão de dólares antes de abrir
seu capital em bolsas de valores. Ou seja, a startup unicórnio é aquela que arrecada
essa quantia antes de vender suas ações para o público e se tornar uma IPO (Initial
Public Offering, em português “Oferta Pública Inicial” – OPI). Os primeiros unicórnios
nasceram nos anos 1990 e o Google foi o “super-unicórnio” da década, já nos anos 2000,
foi a vez do Facebook. Hoje, estas duas empresas não fazem mais parte da classificação
porque já fizeram suas OPIs.

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Exemplos de Unicórnios Brasileiros:

1. 99 Taxi: O país entrou para a classificação neste ano com a 99 Taxi. A companhia do
ramo dos transportes anunciou o feito após ser adquirida pela Didi Chuxing, em janeiro
de 2018.

2. Nubank: Em março de 2018, o Nubank revelou que também tem valor superior a 1
bilhão de dólares, fazendo da fintech a segunda startup unicórnio brasileira.

3. PagSeguro: Há um embate em relação à classificação do PagSeguro, que seria a


terceira startup unicórnio, com valuation superior ao limite. Apesar de ser considerada
um unicórnio por alguns veículos da mídia, segundo a StartSe, portal de notícias sobre
empreendedorismo, o problema vem do fato de que até pouco tempo atrás, o PagSeguro
não era uma organização independente. Afinal, boa parte do seu crescimento se deu
sob o comando da UOL, que até então era sua dona. Então, apesar de ter sido o segundo
empreendimento nacional a ter atingido a marca, o PagSeguro teoricamente não é uma
startup. Se esse é um critério, a companhia de pagamento não se classifica como o
terceiro unicórnio do país.

4. Arco Educação: A quarta das startups brasileiras no ranking é a Arco Educação,


especializada em soluções educacionais para o ensino privado, que além de outras
frentes é dona da plataforma SAS.

5. Stone: A Stone, especializada em pagamentos, também é uma das unicórnios brasileiras.


Em outubro de 2018, fez sua oferta pública inicial e, como resultado disso, captou US$
1,2 bilhão e passou a ter seu valor de mercado na ordem dos US$ 6,7 bilhões.

6. Movile: A sexta unicórnio brasileira é a Movile, que controla o IFood, o Apontador e


a Sympla, entre outras empresas. Segundo seu presidente do conselho, Fabrício Bloisi,
a startup passou a valer US$ 1 bilhão em faturamento em março de 2017, mas só optou
por anunciar os valores depois que recebeu o novo aporte.

7. Gympass: Em 2019, a startup Gympass foi a primeira a se consolidar como unicórnio,


o que viria a colaborar com o fato de Brasil se tornar o terceiro maior criador de
unicórnios naquele ano. Depois de captar US$500 milhões, a companhia passou a valer
US$1,1 bilhão.

8. Loggi: Logo em seguida, a startup de logística Loggi entrou para o time de unicórnios.
Ela recebeu um aporte de US$ 150 milhões, o que a faz subir de patamar e ser avaliada
em US$ 1 bilhão.

9. Quinto Andar: A imobiliária digital Quinto Andar recebeu um investimento de US$


250 milhões, o que aumentou seu valor de mercado e a fez se consolidar como uma
startup unicórnio.

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10. Ebanx: Ainda em 2019, Ebanx também se torna um unicórnio, se consolidando como
o primeiro que teve origem na região Sul. O valor investido nela não foi divulgado.

11. Wildlife: A startup de games Wildlife fecha de 2019 como o último unicórnio do ano,
sendo avaliada em US$1,3 bilhão. Ela recebeu um aporte de US$ 60 milhões em rodada
de investimentos.

12. Loft: E 2020 já começou também com um novo unicórnio, a Loft. Voltada para o
setor imobiliário, a startup também se tornou o empreendimento mais rápido a se tornar
um unicórnio em território brasileiro, 16 meses após sua criação.

13. Vtex: Mais tarde no mesmo ano, a startup focada soluções para o setor de comércio
eletrônico Vtex também entrou para a lista. Um investimento de R$ 1,2 bilhão na fez
com que a companhia aumentasse sua avaliação de mercado em US$ 1,7 bilhão.

14. Brex: Por fim, temos a Brex, que não é brasileira, mas foi fundada por brasileiros.
Fintech especializada em cartões de crédito corporativos para empreendedores, a Brex
nasceu no Vale do Silício como uma criação de dois Líderes da Fundação Estudar: o
carioca Pedro Franceschi e o paulista Henrique Dugubras. A companhia saiu do zero e
alcançou o valor estimado de US$ 1,1 bilhão em menos de dois anos de existência.

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MODELOS DE NEGÓCIOS DE STARTUPS
Além dos vários tipos de startups, há diferentes opções de modelos de negócios. Algumas
delas são:

SaaS

O Software as a Service (SaaS), ou software como serviço, oferece serviço na nuvem.


Em resumo, ele funciona como um software autônomo, capaz de facilitar e automatizar
os serviços manuais. Esse modelo de negócios é indicado principalmente para o público
empresarial.

Marketplace

O Marketplace funciona como um shopping virtual. Ele é um modelo de negócio que


conecta oferta e demanda por meio de uma plataforma digital. Nessa plataforma, os
clientes podem encontrar vários vendedores ou prestadores de serviço.

Esse modelo de startup é indicado para quem pretende focar em um segmento de


mercado e construir um negócio altamente escalável. Por exemplo, empresas como
Uber, Facebook, Airbnb e Mercado Livre são marketplaces ou, de alguma forma, usam
os princípios desse modelo. Hoje, criar um marketplace é muito simples. Afinal, existem
plataformas prontas e customizáveis, como o Ideia no Ar, que permitem lançar o seu
negócio de forma simples, rápida e sem depender de programadores.

Assinatura

O modelo de negócios por assinatura é muito amplo e se popularizou com o avanço das
tecnologias. Um exemplo é o streaming, que possibilita a entrega constante de serviços
em troca de uma mensalidade.

Esse modelo de negócios é vantajoso para empreendedores que querem garantir uma
receita fixa. Mas é necessário que a proposta da startup seja muito bem construída,
para evitar cancelamentos.

Redes Sociais

No modelo de negócios por redes sociais, o serviço é oferecido gratuitamente ao


consumidor que, em troca, visualiza publicidades. Esse modelo é muito usado em
aplicativos. A grande vantagem é que o cliente usufrui do serviço gratuitamente. Mas
podem haver clientes que se sentem incomodados com o excesso de propagandas.

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O primeiro passo para a criação de uma Startup é desenvolver uma ideia e encontrar meios
de executá-la. Se você está planejando entrar no mundo dos negócios pela criação de
uma Startup, pode ser interessante começar aprendendo sobre negócios e marketing,
dois assuntos fundamentais nessa caminhada.

10 dicas para levar em consideração se você pensa em criar uma startup

1. Tenha um bom produto


Da sua ideia é preciso surgir algo que realmente gere valor ao mercado. Seja lá o que
você for desenvolver, precisa ser muito bom e inovador, resolvendo um problema ou
despertando um desejo.

2. Escolha do nome
É importante saber estratégias de branding para aplicar ao seu produto. Você não está
desenvolvendo somente uma solução, precisa criar uma marca, um ideal. Isso tudo
contribui para que mais pessoas comprem a sua ideia, o seu proposito.

3. Plano de negócios
O seu plano de negócios deve ser muito bem desenvolvido para que os investidores se
interessem pelo que sua ideia tem a oferecer. Uma ideia sem uma boa execução não
tem valor, então procure oferecer detalhes concretos e visão de pelo menos 3 anos do
que o seu negócio pode se tornar.

4. Tenha preços justos


Muitas startups de sucesso foram bem aceitas pela sua inovação no preço. Preços justos
foi o que motivou uma grande onda de usuários no AirBnb, Spotify, Uber e Netflix, por
exemplo.

5. Atenção aos colaboradores


Você precisa de uma equipe que entenda e se adapte ao cenário incerto das startups,
bem como trabalhe motivada e criativamente para desenvolver o melhor produto para
o mercado. Entenda qual o perfil de pessoas você precisa em sua startup e busque isso
para o seu negócio.

6. Crie um negócio atraente


A sua Startup deve ser atraente tanto para investidores quanto para consumidores. O
modelo de negócio deve ser adaptado até que brilhe os olhos de investidores que querem
fazer parte dessa caminhada.

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7. Gere repercussão
É preciso que as pessoas estejam falando da sua marca, então procure formas de passar
a sua mensagem e repercutir seu produto. Esteja em muitos lugares onde o seu público-alvo
possa estar, como palestras, eventos, revistas, jornais, rádios, e, principalmente, na
internet.

8. Faça um bom marketing


Uma Startup de sucesso é aquela que “virou hit”, que viralizou e caiu no gosto dos
consumidores. Para isso, aprenda a fazer marketing para startups, produza conteúdo
online e encontre formas de se comunicar com o seu público.

9. Planeje suas mídias sociais


Aproveite o poder das mídias sociais para potencializar sua comunicação. Entenda como
funciona cada plataforma, como elas podem te ajudar a propagar a mensagem da sua
marca e qual a forma de comunicação mais adequada e eficiente para cada uma.

10. Priorize os dispositivos móveis


A sua Startup pode ter a melhor ideia do mundo, mas dificilmente será escalável se você
não conseguir adaptar o negócio para ser acessado por celulares e outros dispositivos
móveis. A princípio, o ideal é ter um aplicativo, mas uma plataforma online responsiva
já pode ser um bom começo.

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STARTUP E O EMPREENDEDORISMO
VOCÊ SE ADEQUARIA AO TRABALHO EM STARTUPS?

Ter uma startup é uma aventura. Portanto, não é qualquer pessoa que tem o perfil para
entrar nessa, é preciso ter o espírito empreendedor. Há pelo menos três capacidades
— não tão comuns em empresas grandes — necessárias para trabalhar em startups. É
importante avaliar se você possui elas ou veria facilidade em desenvolvê-las e colocá-las
em prática se deseja trabalhar em uma startup.

#1 Administrar incertezas

“Startups representam experimentos gigantes”. Internamente, várias hipóteses estão


sendo testadas. Há muitas criações, e as metas são, frequentemente, variáveis. Por
isso, qualquer pessoa que trabalhe em uma precisa se sentir confortável em lidar com
grandes doses de incerteza.

#2 Ultrapassar limites

A chave para o sucesso de uma empresa iniciante, segundo o autor, é “questionar


ativamente”, em vez de “se acomodar passivamente”. Os funcionários de uma startup
estão constantemente procurando resolver problemas e otimizando as soluções.

#3 Pensar como um dono

O senso de missão e propósito é maior nas startups do que em uma organização tradicional.
Isso porque os esforços de cada funcionário estão clara e diretamente ligados ao sucesso
do empreendimento. Então, quem quer trabalhar em startups deve se importar não
apenas com seu trabalho, mas com todos os aspectos da empresa.

A questão é: empreender, sobretudo, significa andar pelos próprios pés e rumo a


um caminho desconhecido. É ser autônomo e dedicado o suficiente para assumir um
risco e bancá-lo. E isso dá um medo danado, requer toda uma reestruturação de
mentalidade, hábitos e costumes. Não caia na armadilha de pensar que nomes como
Elon Musk ou Larry Page não sentiram isso quando se jogaram pelo mundão, porque são
sensações inerentes à consciência do homem. Surge nessas horas o instinto e cabe a
todos os corajosos saberem como controlar e superá-lo, em ordem de atravessar todos
os seus medos e finalmente atingir o sucesso.

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Como ter uma ideia de startup?

Você já conhece os diversos modelos de negócios de startups. Mas como tirar uma ideia
de startup do papel?

1. Defina a sua persona

Outro ponto relevante de como criar uma startup é conhecer seus clientes. Você precisa
entendê-los, conhecer seu perfil, necessidades, expectativas, etc. Nessa etapa, você
deve definir em mais detalhes quem é o seu cliente, qual é sua idade e quais são os
objetivos e expectativas dele com a solução oferecida. Assim, você pode descobrir
novas funcionalidades ou descartar as que não interessam aos seus consumidores. Existe
ferramentas específicas para desenvolver personas.

2. Crie um MVP

Para realmente colocar a sua ideia de startup em prática, lance um MVP (Produto Viável
Mínimo). Dessa forma, você coloca uma versão de teste da sua ideia para funcionar.
Afinal, testar sua ideia antes de a colocar em prática é fundamental.

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Quem atua no mundo do empreendedorismo sabe que surgem diversas ideias, mas não
é possível ter certeza do sucesso delas até colocar a mão na massa. Nessa lógica, o MVP
se torna essencial.

Algumas formas de lançar o seu MVP são criá-lo em uma landing page ou em site
gratuito, em plataformas como Wix e WordPress. Nessa etapa, você deve coletar feedbacks
e avaliar se o projeto realmente atende o seu público. Outra dica é coletar dados e
realizar uma pré-inscrição das pessoas interessadas.

3. Defina o modelo de negócios

Definir bem o modelo de negócios é essencial para desenvolver uma boa ideia de sucesso.
O modelo de negócios envolve as principais decisões sobre o funcionamento da sua
startup.

Para desenhar o modelo de negócios, recomendo que você use um Canvas. Já que essa
ferramenta permite que você sintetize e visualize sua ideia em uma única página.

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Antes de tudo, é preciso realizar as primeiras validações do negócio. Para auxiliar nesse
processo, usamos o quadro de visão de produto. Ele captura a visão e a estratégia macro
do produto ou serviço da sua startup. É isso que vai orientar as primeiras validações do
negócio e fornecer a base para a criação do Canvas e do modelo de negócio.

O quadro é dividido em áreas. Ele é preenchido conforme as hipóteses iniciais que você
define para seu negócio, sendo elas:

• Visão: resumo da intenção e motivação que você tem para o produto/serviço;


• Público-Alvo: segmento de mercado, quem o produto beneficia, quem são os clientes
e usuários;
• Necessidades: proposta de valor, problemas e dores que o produto/serviço elimina e
benefícios que cria para os clientes e usuários. Deixar claro porque as pessoas querem
usar e comprar o produto;
• Produto: resumo das 3 ou 5 funcionalidades que destacam o produto e são necessárias
para o sucesso. Se relacionam com a proposta de valor e resolvem as necessidades
identificadas. Não é o momento para listar várias funcionalidades, isso será feito em
uma etapa futura;

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• Valor: valor interno para a startup, porque ela tem interesse em investir no produto,
o que ela espera de retorno. Especificar os ganhos que se esperam para o negócio. Por
exemplo, aumentar receita, entrar em novo mercado, reduzir custos, desenvolver a
marca, adquirir conhecimentos, etc.

4. Validação da solução ou MVP Concierge

Depois de definir e validar algumas hipóteses com a Visão do Produto e o Canvas, é hora
de validar a solução proposta. Porém, ela pode nem existir ainda. Em muitos casos, o
aplicativo ou site ainda não está pronto. Isso é normal e não precisa ser um problema.

No início, o recomendado é oferecer sua solução fazendo de forma “manual” aquilo que
o seu site ou aplicativo faria de forma “automática”. É preciso colocar sua solução no
mercado, mesmo que ela não esteja totalmente pronta. Em pelo menos 97% dos casos
há como validar sua solução sem ter um site ou aplicativo desenvolvido. Aliás, isso é o
que chamamos de MVP Concierge.

Nessa etapa de como criar uma startup, o fator principal é pensar em como sua solução
pode ser oferecida dessa maneira. Por exemplo, existem startups que fazem MVPs por:
Facebook, blogs, landing pages, Whatsapp, telefone e até pessoalmente. No caso de um
marketplace, pode ser vantajoso criar um grupo no Facebook.

Além disso, é importante que você já comece a monetizar. Isso é possível devido os
early-adopters ou “adotantes iniciais”. Esse tipo de cliente costuma pagar por uma
solução mesmo que ela não esteja completa, pois acredita na proposta de valor dela.

5. Avance ou adapte o negócio

Depois de testar sua ideia de startup e definir o modelo de negócios ideal, é hora de
avaliar os resultados. Se eles forem positivos, é possível expandir sua empresa. Mas, se
os testes tiverem resultados negativos, você deve reparar os erros e adequar o modelo
de negócios escolhido.

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6. Invista em pessoas

Lembre-se que investir em uma boa equipe é fundamental para o sucesso da sua startup.
Contrate profissionais eficientes e qualificados. Também é importante que seus
colaboradores acreditem na proposta da empresa. Assim, sua ideia vai ser bem executada.

7. Como patentear uma ideia de startup?

Patentear uma ideia não é sempre a melhor forma de proteger a seu projeto de startup.
Esse processo, além de exigir esforço e tempo, pode não garantir a maior segurança.
Por isso, separamos abaixo algumas dicas sobre como proteger sua ideia de forma mais
eficiente:

Registro de Marca e Nome no INPI

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) é um órgão federal que serve para
regular as normas da propriedade industrial no Brasil. O INPI realiza serviços como
registros de marcas, concessões de patentes e averbações de contratos de franquia.
Apesar de não proteger uma ideia em si, principalmente em relação a softwares, é
bastante recomendado que todas as empresas façam o registro de marca e nome no
INPI. Dessa forma, o logotipo e o nome do seu negócio ficam protegidos.

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Esse processo é fundamental para quem está criando um novo negócio, porque garante
a exclusividade do nome e logo escolhidos. Além de resguardar o(a) empreendedor(a)
legalmente no caso de possíveis cópias. Outro fato importante é, na hora de realizar o
registro, checar se já não há outras empresas com o mesmo nome que você escolheu
para a sua startup.

Para submeter o registro no Instituto, você pode entrar com o pedido por conta própria
ou contratar a assessoria de algum advogado para apoiá-lo.

8. Contar ideia para parceiros-chave ou mentores

Pode soar estranho, mas contar a sua ideia para parceiros-chave também é uma forma
de protegê-la. É claro que você não precisa compartilhar seus planos com qualquer
pessoa, mas trocar experiências com alguns profissionais pode ser estratégico para o
sucesso da sua startup.

Por exemplo, converse com quem já está atuando no seu mercado e possui conhecimento
no tema. Esse tipo de parceiro(a) pode trazer insights relevantes e úteis para a sua
empresa.

Além disso, converse com possíveis clientes do seu empreendimento. Isso pode te
auxiliar a coletar feedbacks para aprimorar seu projeto, e definir melhor sua persona.
Outra sugestão é conversar com possíveis investidores. Ainda, você pode trocar ideias
com profissionais que entendem e trabalham com áreas importantes da sua futura startup,
como tecnologia e marketing.

Ou seja, a ideia é escolher bem parceiros-chave nos quais você possa confiar. Você
pode até criar um termo de confidencialidade para eles, se achar necessário. Realizar
esse networking vai te ajudar a tirar sua ideia do papel e garantir competitividade em
relação a outras startups.

Como criar o Canvas Proposta de Valor da sua startup?

O Canvas Proposta de Valor é uma ferramenta complementar ao Business Model Canva.


Ele surgiu para auxiliar na criação e posicionamento de produtos ou serviços em torno
do que o cliente deseja e precisa. Ou seja, é uma ferramenta de organização que auxilia
empreendedores a criarem soluções, levando em consideração a demanda de seus clientes.

Elaborar um Canvas Proposta de Valor é essencial, pois ele organiza as características


do seu produto ou serviço e expõe os seus diferenciais. Assim, o cliente consegue perceber
que o seu negócio oferece algo ideal para ele as necessidades dele.

Mas como aplicar essa ferramenta em sua startup? Abaixo, separamos algumas dicas
para você usar o Canvas Proposta de Valor da melhor forma possível:

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Use um Canvas para cada proposta de valor

Para manter as ideias organizadas, você não deve utilizar um único Canvas Proposta
de Valor para tudo. Foque em uma proposta de valor para cada segmento de cliente
específico. Se uma nova proposta de valor ou um novo segmento de clientes surgir, crie
um novo Canvas.

Mantenha as prioridades

Não tente resolver tudo de uma vez, mantenha prioridades. Isso é, não procure aliviar
todas as dores dos clientes e focar em todos os ganhos, pois pode fazer o seu Canvas
Proposta de Valor perder o foco e a qualidade.

Vale mais ter uma proposta de valor poderosa do que várias medianas. Afinal, muitas
startups fracassam por não entenderem bem em quais tarefas e dores focar.

Utilize uma ferramenta pronta

Existem várias formas de criar seu Canvas, mas usar uma ferramenta pronta pode ser
uma boa ideia. Assim, você agiliza o processo e fica bem mais fácil de organizar suas
ideias. Existem vários tipos e opções, uma delas é o Canvanizer.

Faça as perguntas corretas

Não adianta entender como o Canvas Proposta de Valor funciona se você não fizer as
perguntas corretas. Por exemplo, quando estiver elencando as dores dos clientes,
algumas perguntas são fundamentais. Como o que faz seu cliente se sentir mal, como
as soluções atuais estão deixando de satisfazê-lo, quais riscos seu cliente teme, etc.

A mesma lógica se aplica para o segmento de ganhos, questionamentos como: “O que


os seus clientes estão procurando?”, “Com o que seus clientes sonham?”, “O que faria
a vida do seu cliente mais fácil?”. Essas são algumas das perguntas que você deve fazer
para criar um bom Canvas.

Como criar o MVP da sua startup?

Além do Canvas Proposta de Valor é importante saber como criar o MVP da sua startup.
Algumas dicas são:

1. Entenda a dor/desejo do seu cliente

Um dos primeiros passos para criar o MVP da sua startup é entender qual é a dor ou
desejo do seu cliente. Com isso, você consegue pensar em qual solução irá propor.

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É essencial entender os problemas que seus possíveis clientes têm. Até porque não faz
sentido desenvolver uma solução sem entender as reais necessidades das pessoas.

2. Defina a Persona

Outro ponto importante para criar seu MVP é conhecer bem os clientes. Não basta só
pensar no que seu cliente deseja, você precisa entendê-lo por completo. Ao entender o
desejo do seu cliente, você já deu um passo na direção correta. Mas definir a persona
permite que você entenda diversos outros detalhes a respeito desses consumidores.

3. Estabeleça as principais tarefas do seu MVP

O próximo passo é definir as tarefas do seu MVP. Você deve planejar e definir quais
hipóteses do seu negócio precisam ser validadas pelo mínimo produto viável. Para isso,
é necessário desenhar a jornada do usuário. Elabore um passo a passo do que o seu MVP
deve conter, como uma forma de script.

Você pode utilizar o Job To Be Done (JTBD). Essa ferramenta serve para analisar as
circunstâncias que levam os consumidores a quererem comprar determinado produto ou
serviço. Assim, você entende melhor a jornada do seu cliente e compreende quais são
as motivações dele para adquirir ou não sua solução.

4. Crie o seu MVP de forma ágil e barata

Lembre-se que o MVP é algo inicial, feito com mínimos recursos. O objetivo é testar
a sua ideia. Por isso, deixe o perfeccionismo de lado. Atente-se a entregar valor para
o cliente, mas não em entregar um produto perfeito. O seu MVP deve ser lançado de
forma rápida e barata. Algumas formas de fazer isso são por meio de:

Landing Pages

Uma landing page é um site web que tem o objetivo vender um produto ou serviço. Nela
você coloca seu discurso de venda, como funciona seu produto ou serviço, quanto ele
custa e coleta os dados de pessoas interessadas em contratá-lo (Leads). Para criar uma
landing page de forma ágil, sem saber programação e design, há várias ferramentas por
aí. Uma delas é o www.launchrock.com. Ela é um ótimo teste de MVP, pois você pode
ofertar algo que ainda não está pronto.

Redes sociais

Essa ferramenta você, com certeza, já conhece. Mas como fazer um MVP com ela?
Os grupos de compra e venda no Facebook são uma ótima forma de criar um MVP. Já que
conectam pessoas interessadas em resolver um problema de comprar algo barato e de
vender algo que está encostado e não seria vendido, tudo de forma ágil.

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Formulários Online

Os formulários customizados também são uma forma de criar um MVP ágil e barato.
Você pode usar essa ferramenta junto com a landing page, definindo os campos que
seu cliente precisa informar para solicitar um serviço. Para criar seu MVP, por meio de
formulários online, você pode usar o Google Forms ou TypeForm.

Loja Integrada

A plataforma Loja Integrada também pode ser uma solução para lançar um MVP. Se você
tiver uma ideia de marketplace, pode usar essa ferramenta para já começar a vender
online os produtos dos seus fornecedores.

O custo-benefício da Loja Integrada é muito bom, sendo uma solução que oferece
diversas funcionalidades e que cabe no orçamento de empreendedores. Porém, assim
que validar o seu negócio, você deve evoluir para uma plataforma de marketplace, com
split de pagamento, evitando bitributação nas suas vendas.

5. Mensure os resultados

Por fim, você precisa avaliar os resultados. Para isso, você pode utilizar o Ciclo de
Feedback. Lembre-se de, diante das respostas obtidas, fazer ajustes e repetir o ciclo
de com frequência. Talvez, você precise apenas incrementar a solução ou até mudar o
modelo de negócios.

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COMO CONSEGUIR INVESTIMENTO PARA
A SUA STARTUP?
Muitos dos empreendedores de startups não têm dinheiro suficiente para investir, por
conta própria. Por isso, é preciso captar investimentos de fundos de venture capital ou
investidores anjos. Como conseguir?

Valide sua startup

Você conseguirá obter melhores investimentos, se a sua startup for validada. Veja alguns
requisitos importantes para validar sua startup e aportar uma grande rodada:

• Crescimento exponencial de vendas;


• Faturamento em pleno crescimento;
• Produto/serviço extremamente disruptivo, mas com potencial;
• Fechamento de negócios com grandes contas;
• Premiações e reconhecimentos;
• Participações em eventos como palestrantes;

Pitch de investimento

Como um empreendedor de startups, uma das coisas que você mais vai fazer são pitches.
Um pitch é uma comunicação rápida que apresenta, de forma geral, a empresa, o time,
os resultados e as perspectivas do futuro.

O que tem em um investment deck:

• Descrição do modelo de negócio;


• Descrição da proposta de valor;
• Expectativas de tamanho do mercado e crescimento da empresa com investimento;
• Descrição das principais pessoas do time e seus conhecimentos;
• Relato dos resultados da empresa até o momento;
• Explicação do porquê a empresa é melhor ou diferente da concorrência;
• Explicação do que será feito com o dinheiro a ser recebido.

E tudo o que for útil para convencer um investidor a injetar dinheiro no seu negócio.

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Prospecção de investidores

Investidores estão em muitos lugares para ser prospectados. É muito importante valorizar
o sua network e, na medida do possível, marcar o máximo possível de reuniões com
investidores, nem que seja para receber um “não” e aprender com isso. Veja onde
prospectar investidores:

• LinkedIn;
• Eventos e cursos;
• Desafios para startups;
• Congressos do seu setor de mercado;
• Programas de aceleração;
• Hubs e ecossistemas.

Não saia aportando investimentos de qualquer um. É preciso ter a certeza que as
expectativas do seu negócio e do investidor estão alinhadas. Caso contrário, no futuro,
isso pode ser um problema.

ESTRUTURA DE UM PITCH DE SUCESSO


PARA UMA STARTUP
Criar um bom pitch é essencial para atrair clientes e investidores para sua startup. Veja
qual é a estrutura de um pitch de sucesso:

Problema e Oportunidade

O primeiro passo é comunicar qual é a oportunidade de negócio e o problema a ser


resolvido pela sua startup. Lembre-se de apresentar esses dois fatores com clareza e
objetividade no seu pitch.

Afinal, o potencial cliente ou investidor não, necessariamente, conhece o mercado em


que sua startup atua. Por isso, ele pode não ter informações sobre esse nicho de mercado.

Anexar notícias ou gráficos de associações, IBOPE, etc., são estratégias válidas. Com
isso, você consegue mostrar que existe um mercado que precisa de uma solução, deixando
o investidor ou cliente interessado. Só depois de mostrar esses dados de oportunidade
é que você deve começar a falar sobre a solução que sua startup pretende desenvolver.

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Solução

Depois de uma boa explicação sobre o problema e a oportunidade, você deve falar sobre
a solução que sua startup oferece. Procure explicar logo de início qual é o melhor
benefício da sua solução e continue sendo o mais objetivo possível.

Nesse momento, é essencial mostrar os benefícios que sua solução oferece para todos
os envolvidos no processo. Além disso, procure mostrar o quanto sua solução é simples
de ser usada ou implantada. A facilidade para entrar no mercado é um sinal de que sua
ideia é exponencial e escalável.

Protótipo

Quando for mostrar as telas para exemplificar o funcionamento do sistema, faça isso
de forma simples e clara. Mostre sua apresentação para pessoas que não conhecem o
produto e veja se elas entendem. Só quando qualquer um for capaz de entender seu
produto é que a apresentação está fazendo sentido.

Você não pode esperar que o investidor tenha tempo para se esforçar em entender
como o sistema funciona, por isso é necessário que tudo fique muito bem explicado.
Uma sugestão é adicionar um slide antes de mostrar as imagens do sistema, colocando
em tópicos ou em um passo a passo, qual é o fluxo que o cliente faz no sistema.

Diferenciais

Nessa etapa, você deve mostrar quais são os diferenciais da sua startup é preciso provar
para os investidores e clientes que a sua empresa tem a solução ideal para resolver
aquele problema.

Para isso, você pode colocar no seu pitch alguns concorrentes e fazer uma comparação
com o seu produto, mostrando quais os diferenciais que a sua ideia tem. Monte um
quadro comparativo para deixar isso bem claro. Fazendo essa comparação, você mostra
porque as soluções existentes no mercado não estão atendendo à necessidade dos
consumidores.

Modelo de Negócios

Na etapa de modelo de negócios, você deve mostrar como sua startup vai ganhar
dinheiro. Quem são seus clientes? Como e quanto você cobra deles? Qual será o retorno
do investimento e em quanto tempo? Faça uma projeção e mostre que em determinado
período de tempo sua startup estará lucrando.

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Isso é essencial para que os investidores saibam que vale a pena investir no seu
empreendimento. Este artigo aqui ensina tudo o que você precisa para definir o modelo
de negócios da sua startup.

Resultados

Agora, você deve apresentar os resultados que sua empresa já alcançou. Mostre os
números para o investidor, já que isso aumenta a credibilidade do seu negócio.

Além disso, procure situar o seu público. Diga o que já aconteceu, o que você está
fazendo e o que tem planejado para o futuro da sua startup. Assim, eles entendem o
que já foi feito pelo seu negócio e sabem que você possui um planejamento para
alcançar objetivos de curto prazo.

Time

Os investidores precisam acreditar que você é capaz de construir um time forte. Afinal,
muitas vezes, eles levam em conta mais a equipe do que a solução em si.

Se a solução da sua startup não der certo, mas os(as) empreendedores(as) forem
competentes, o investidor fica mais seguro em colocar seu dinheiro nesse negócio. Já
que pode confiar que a equipe irá encontrar uma saída e retornar o investimento.

Então, coloque no pitch fotos e informações sobre você e seu time. Mostre que sua
equipe é qualificada, deixe claro que vocês são as pessoas certas para tornar esse
negócio um sucesso.

Próximos passos

Agora chegou o momento de definir o roadmap de objetivos que a startup deseja


alcançar. Ou seja, você deve definir quais métricas deseja melhorar, quantos clientes
quer alcançar, como deseja evoluir o produto/tecnologia/MVP, como pretende expandir
seu negócio, etc.

É muito importante mostrar aos investidores que você tem metas e objetivos bem
definidos. Dessa forma, eles sabem que você tem planos para tornar sua startup cada
vez mais eficiente e lucrativa.

A Proposta

Se você está buscando investimento para sua empresa, essa é a hora de fazer a
proposta na apresentação. Porém, antes, você precisa entender porque o investimento
iria otimizar a operação e o que exatamente você faria com esse capital.

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Deixe claro no seu pitch quanto do investimento será direcionado para cada área da
startup. Isso faz sua proposta ter mais coerência, já que o investidor entende qual é o
propósito do dinheiro dele no seu negócio. Calcule as despesas e os resultados, mostre
os valores para os investidores confiarem no seu projeto.

MENSAGEM FINAL

Startup é um modelo de negócio que tem chamado atenção por fatores como crescimento
acelerado e apresentação de soluções inovadoras. A centralidade no cliente ajuda a
explicar tamanha aceitação, junto aos usuários, pelos produtos ou serviços inovadores
que as elas oferecem. E por isso os valores gerados em negócios volumes consideráveis.

Considerando o valor total de contratos de open innovation fechados entre corporações


e startups, até setembro de 2022, o montante foi de R$ 2,7 bilhões, uma média de
R$ 260 mil por contrato. Ainda de acordo com o Ranking 2022, os setores que mais
fizeram open innovation foram os de bens de consumo e alimentação, construção e
imobiliário, e serviços financeiros.

Acreditamos que essa forma de fazer negócio é um caminho sem volta e é propulsora
da nova economia, principalmente para os membros da geração z.

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SOBRE AS AUTORAS

ADRIANE THEODORO SANTOS ALFARO: Sou uma agrônoma de coração inquieto,


apaixonada por pessoas, movida pelo desafio, aprimorada pela resolução de problemas,
encantada pela valorização da prática e definida pela alegria no dia.

A fuga da mesmice na aprendizagem me levou a procurar novidade em sala de aula,


extrapolamos as paredes da sala e as primeiras experiências foram fundamentais para
mudar meu mindset e como consequência tiramos nossosalunos da zona de conforto,
nesse processo conheci a inovação, o mundo das Start Ups e viramos a sala de cabeça
para baixo para poder trazer à tona uma concepção de ciclo de aprendizagem mais
dinâmico e leve.

Sou uma leoa com o coração transformado e acreditando cada vez mais nas pessoas,
no poder do conhecimento e da aprendizagem. E deste fascínio nasce a Travessia, uma
Start Up que entende que a aprendizagem precisa ser inovadora, criativa, plural,
disruptiva e leve, de maneira que todos se fascinem, também .Agrônoma licenciada
em ensino-aprendizagem, sou administradora, especialista em Proteção de Plantas, em
Segurança do Trabalho, em Liderança, Inovação e Gestão e mestra em Agricultura. Com
mais de 25 anos de experiência na sala de aula, no ensino técnico no ensino superior,
tendo assumido cargos de gestão em instituições de médio e de grande porte, coordenando
Curso, Estágio e Pós Graduação.

Autora de matéria didático para cursos presencias, facilitadora em eventos de inovação.


Hoje faço parte da Start Up travessia de mentoria para acadêmicos, professores e
instituições de ensino multidisciplinar para facilitar a aprendizagem.

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DAIANE GARABELI TROJAN: Agrônoma, doutora, copywriter, social media, empresária,
entusiasta de inovação, aceleradora da sociedade, mentora do ensino superior. Adoro
poder contribuir, trabalhar em equipe, melhorar de alguma forma a vidas pessoas, ser
aquela que puxa a régua pra cima. Acredito que o trabalho deve ser uma diversão, um
estado quase permanente de flow, de serendipidade.

Entusiasta das áreas de inovação e desenvolvimento de pessoas e produtos, tenho me


dedicado a projetos que têm como principal objetivo desenvolver a alta performance.
Dentre eles, me orgulho muito da produção dos eventos Inovação (2018 e 2019),
Agrosolutions (2016, 2017, 2018) e SICTEC Experience (2016), que tinham como essência
Hackatons e fomento à inovação.

Durante minha trajetória profissional, me dediquei a projetos de extensão nas áreas de


responsabilidade social e ambiental, com uma diversidade enorme de público.

Minha formação envolveu graduação, mestrado e doutorado pela UEPG na área de


Agronomia e recentemente, uma pós pela PUC-RS em Liderança, Inovação e Gestão.
Tenho experiência em estações de pesquisa em algumas das multinacionais mais
importantes e atuantes no país.

Atuei como Coordenadora Acadêmica entre 2018 e 2019, e fui docente entre 2007 até
2020.

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REFERÊNCIAS E LEITURAS
RECOMENDADAS
Ries, Eric. A startup enxuta: Como usar a inovação contínua para criar negócios
radicalmente bem-sucedidos. 2019. SBN-10 : 8543108624

Ries, Eric. O estilo startup: Como as empresas modernas usam o empreendedorismo para
transformar sua cultura e impulsionar seu crescimento. 2019. ISBN-13 : 978-8543108605

Nigli, Daniel. Plano de Negócios com o Business Model Canvas: Teoria e Exemplos
Práticos eBook Kindle. 2022.

Boothan, Nicholas. Como convencer alguém em 90 segundos: Crie uma primeira impressão
vendedora. 2012. ISBN-13 : 978-8579303197

Sites:

https://www.startse.com/artigos/quais-sao-as-empresas-que-mais-contratam-
startups-no-brasil/?utm_term=&utm_campaign=Search+%7C+app.startse.
com+-+Maximizar+Cliques+-+Campanha+de+Conteudo+-+Artigo&utm_source=ad-
words&utm_medium=ppc&hsa_acc=5481106700&hsa_cam=12950075678&hsa_
grp=138029097807&hsa_ad=587147902694&hsa_src=g&hsa_tgt=dsa-1664633906128&h-
sa_kw=&hsa_mt=&hsa_net=adwords&hsa_ver=3&gclid=Cj0KCQjwkt6aBhDKARIsAAyeL-
J04ka80L5F5xI6BAuzyU72YEglzIJLql608IN0fSXcbV6i0M4A2IRIaAs90EALw_wcB

https://conteudos.xpi.com.br/aprenda-a-investir/relatorios/o-que-e-startup/?g-
clid=Cj0KCQjwkt6aBhDKARIsAAyeLJ2ajmXEiyAVBz6QeR0tnMutFDteZ6-oaBCd_
FQ_6pUNcdtolzm-q0saAmCaEALw_wcB

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-uma-start-
up,6979b2a178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD

https://www.napratica.org.br/o-que-e-startup-diferencas-companhias/

https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/10253/1515605893Marketplace_can-
vas_editavel.pdf

https://startups.com.br

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