Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Empreendedorismo na Prática
Professora Drª Ariane Maria Machado de Oliveira
Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves
SUMÁRIO
TÓPICO I.......................................................................................................... 5
Fundamentos do Empreendedorismo
TÓPICO II......................................................................................................... 9
Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo
TÓPICO III...................................................................................................... 14
Empreendedorismo na Prática: Passo a Passo Para Empreender
TÓPICO IV..................................................................................................... 23
Empreendedorismo Social e Ambiental (Cases de Sucesso)
Projeto Integrador
Empreendedorismo na Prática
Professora Drª Ariane Maria Machado de Oliveira
Plano de Estudo:
● Fundamentos do Empreendedorismo;
● Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo;
● Empreendedorismo na Prática: Passo a passo para empreender;
● Empreendedorismo Social e Ambiental (Cases de Sucesso).
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar o empreendedorismo enquanto prática;
● Compreender o conceito de intraempreendedorismo;
● Estabelecer o passo a passo para o empreendedorismo;
● Apresentar o empreendedorismo social e ambiental,
com destaque para alguns cases de sucesso.
4
INTRODUÇÃO
crescimento econômico. Neste sentido, podemos dizer que no centro de qualquer atividade
econômica está um empresário. Qualquer produto novo ou serviço é sem dúvida motivado
Em termos simples, pode-se dizer que uma pessoa que realiza atividades de negó-
cios é denominada empreendedor. Mas os economistas clássicos como Adam Smith, Alfred
Marshall não usavam a palavra empreendedor, em vez disso, eles usaram as palavras
famoso economista criador da “Lei de Say”, que diz que toda oferta cria sua própria deman-
da. Segundo sua visão, empreendedor é aquele que combina a terra de um, o trabalho de
ele paga juros sobre o capital, aluguel sobre a terra, salário aos trabalhadores e o que resta
um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX, e um dos primeiros a
considerar as inovações como motor do desenvolvimento capitalista, uma pessoa que introduz
aquele que sempre busca a mudança, responde a ela e explora como uma oportunidade.
rismo sempre estará relacionado com inovações, com a oferta de novos produtos e serviços
qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para diferentes negócios ou serviços.
REFLITA
TÓPICO II
I Fundamentos do Empreendedorismo
Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo 9
Os intraempreendedores são capazes de resolver questões específicas, como
aumentar a produtividade ou cortar custos. Isso requer um alto nível de habilidade – ou
seja, habilidades de liderança e pensamento fora da caixa – diretamente aplicável à tarefa.
Um intraempreendedor também assume riscos e impulsiona a inovação dentro de uma
empresa para melhor atender o mercado por meio do aumento de bens e serviços.
Um intraempreendedor de sucesso sente-se à vontade para testar suas ideias até
alcançar os resultados desejados. Eles também são capazes de interpretar as tendências
do mercado e visualizar como a empresa precisa evoluir para ficar à frente da concorrência.
O intraempreendedor é parte da espinha dorsal de uma empresa e a força motriz que
mapeia o futuro da organização.
TÓPICO II
I Fundamentos do Empreendedorismo
Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo 10
RESUMO
Trazemos também em nossos estudos, mais dois artigos muito relevantes sobre a
questão do intraempreendedorismo e sua aplicação prática nas organizações, como segue.
TÓPICO II
I Fundamentos do Empreendedorismo
Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo 11
ARTIGO 1
RESUMO
Este artigo teve como objetivo analisar os conceitos do intraempreendedorismo
e suas ferramentas, demonstrando sua relevância no contexto organizacional atual. Para
isso, foram realizados uma pesquisa bibliográfica e um estudo de casos junto a Empresas
Juniores brasileiras. O estudo de caso buscou identificar se os conceitos ligados ao in-
traempreendedorismo são utilizados pelas empresas juniores, caracterizando as relações
dos membros com seus pares e superiores, sua receptividade e quais ferramentas são
usadas para a manutenção desse mecanismo, bem como os resultados obtidos. Após a
análise dos dados, é apresentada a relevância dessa ferramenta para as empresas juniores
e também para o contexto organizacional atual. Com isso, destaca-se a importância dos
fatores pessoais como a criatividade, alinhados a fatores organizacionais, como a autono-
mia, que promovem uma cultura organizacional favorável, criam processos e pessoas mais
inovadoras em suas atividades, que têm, assim, mais facilidade para sugerir novas ideias,
promovendo a gestão colaborativa na qual se cria o espírito de donos em todos os mem-
bros, o que facilita a implementação da gestão do conhecimento e garante a manutenção
do intraempreendedorismo e suas práticas.
TÓPICO II
I Fundamentos do Empreendedorismo
Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo 12
ARTIGO 2
RESUMO
Ante a crise instalada pandemia da COVID-19, a inovação tornou-se elemento es-
sencial para que as empresas superem os desafios e se mantenham competitivas no novo
cenário. Diante desse contexto, em que as organizações buscam adotar estratégias de
inovação e de empreendedorismo para sobreviver em tempos desta pandemia, o objetivo
deste artigo é, além de analisar o cenário atual dos estudos publicados em relação a esta
temática, também analisar por meio de um estudo de caso o comportamento intraempreen-
dedor de uma cooperativa de crédito localizada na região da Grande Florianópolis, em
Santa Catarina, durante a pandemia da COVID-19. Para atingir esses objetivos, a metodo-
logia adotada está fundamentada na abordagem de pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa
bibliográfica, contemplando o levantamento e análise dos trabalhos recentes sobre o tema
para fundamentar esta pesquisa. Já para a abordagem quantitativa, que é apresentada
por meio da amostragem por acessibilidade, houve a construção de um questionário para
o estudo de caso, através da análise descritiva. Os resultados do estudo de caso mostram
que, durante o começo da pandemia, a prioridade para os gestores foi manter a qualidade
do atendimento ao associado, frente as mudanças e a velocidade de circulação das infor-
mações. Os resultados ainda apontam a dificuldade no acompanhamento dos decretos
estabelecidos, o que está intrínseco à velocidade de circulação das informações. Questões
como o impacto da transformação digital no modelo de negócios das agências por parte
dos gestores e colaboradores também foram apontados. Palavras-chave: Inovação. Em-
preendedorismo. Intraempreendedorismo. COVID-19.
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17343/1/Artigo%20Eduardo%20
TCC%202_.pdf
TÓPICO II
I Fundamentos do Empreendedorismo
Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo Corporativo 13
3. EMPREENDEDORISMO NA PRÁTICA: PASSO A PASSO PARA EMPREENDER
1. Geração de Ideias: todo novo empreendimento começa com uma ideia. Em nos-
so contexto, tomamos uma ideia como sendo a descrição de uma necessidade ou
problema de algum público juntamente com um conceito de uma possível solução.
Fonte: Elaborado pela autora (2022) adaptado de: The Duke Entrepreneurship Manual
Embora seja natural pensar nos primeiros passos como ocorrendo sequencial-
mente, na verdade eles estão ocorrendo em paralelo. Mesmo quando você começa sua
avaliação, você está formando pelo menos uma hipótese de uma estratégia de negócios.
Ao testar a hipótese, você está começando a executar os primeiros passos do seu plano
de marketing (e possivelmente também do seu plano de vendas). Separamos essas ideias
por conveniência na descrição, mas vale a pena ter em mente que esses são aspectos
contínuos de sua gestão do negócio. Nas fases de crescimento, você continua refinando
sua ideia básica, reavaliando a oportunidade e revisando seu plano.
Planejamento
Estratégia
Existem quatro áreas principais de estratégia: determinação do conjunto de clien-
tes-alvo, modelo de negócio, posição e objetivos. Estes são descritos brevemente abaixo:
9 Objetivos - Como primeiro passo para criar seu plano operacional, você deve
criar um conjunto de objetivos de alto nível para o seu negócio. Isso deve incluir
principais marcos (protótipo, produto, cliente, parcerias, etc.) e a penetração em
seu mercado escolhido.
Uma articulação clara de objetivos permitirá que você estabeleça prioridades para
seu empreendimento, o que será fundamental ao enfrentar as muitas decisões difíceis que
qualquer empreendedor deve enfrentar.
Plano operacional
Seu plano operacional é onde você explica todas as coisas que planeja fazer e o
que elas renderão para o seu negócio. As atividades abrangerão todas as áreas do negó-
cio: marketing, vendas, engenharia, etc. Essas atividades devem render produtos até uma
determinada data, possivelmente parceiros, clientes, etc. Essas atividades direcionarão o
desempenho financeiro da empresa.
Seu plano operacional será uma combinação de planos, ou seja, essas pessoas
trabalhando nesse tópico por esse período de tempo produzirão o resultado X, e previsões
ou projeções, ou seja, previsões sobre quais resultados ocorrerão. A previsão principal e
Execução
Embarcar na carreira empreendedora para “ser seu próprio chefe” é emocionante. Mas
junto com toda a sua pesquisa, certifique-se de fazer sua lição de casa sobre você e sua
situação.
a) Meu empreendimento empresarial atende aos regulamentos e leis locais? Se não for
viável localmente, posso e devo me mudar para outra região?
b) Quanto tempo leva para obter a licença ou as permissões necessárias das autoridades
competentes? Posso sobreviver tanto tempo?
c) Eu tenho um plano sobre como obter os recursos necessários e funcionários
qualificados, e fiz considerações de custo para o mesmo?
d) Quais são os cronogramas provisórios para trazer o primeiro protótipo ao mercado
ou para que os serviços estejam operacionais?
e) Quem são meus principais clientes?
f) Quem são as fontes de financiamento que posso precisar abordar para tornar
isso grande? Meu empreendimento é bom o suficiente para convencer potenciais
interessados?
g) De que infraestrutura técnica eu preciso?
h) Uma vez que o negócio esteja estabelecido, terei fundos suficientes para obter
recursos e levá-lo ao próximo nível? Outras grandes empresas copiarão meu modelo
e matarão minha operação?
Fonte: https://www.investopedia.com/terms/e/entrepreneur.asp
Vejamos a seguir artigos que relatam a aplicação prática dos principais conceitos e
estratégias para o empreendedorismo.
RESUMO
Nesta pesquisa buscou-se verificar quais ações são tomadas pelos empreendedo-
res quando estão abrindo um negócio próprio, por meio das categorias práxis, práticas e
praticantes do campo da estratégia como prática. Para isso, foram realizadas entrevistas
guiadas com quatro empreendedores de Curitiba, Paraná. A análise das respostas foi
realizada pela técnica de análise da narrativa e os resultados apontaram, em geral, que o
empreender começa na intenção e movimento em ser dono/dona do próprio negócio, numa
área com a qual tenha certa afinidade, com a elaboração do plano de negócio, declaração
de missão, procura por parcerias, bem como no desenvolvimento de ações básicas das
áreas clássicas da Administração - Finanças, Marketing, Produção e Gestão de Pessoas.
Nisso, os papéis de empreendedor e gestor se misturam e confundem. Sugere-se que, em
pesquisas futuras, outros processos de criação de novas organizações sejam acompanha-
dos, de diferentes regiões, setores e idades de empreendimentos.
http://remipe.fatecosasco.edu.br/index.php/remipe/article/view/310/235
RESUMO
Algumas habilidades são exigidas dos indivíduos que decidem tornar-se empreende-
dores, tais como planejar, formar equipes, liderar, negociar, resolver problemas, entre outras.
Assim, o presente artigo tem como objetivo identificar as oportunidades geradas pela criação
de um plano de negócios como uma ferramenta de auxílio ao processo de planejamento
estratégico, no âmbito da gestão de novos empreendimentos. Nesse aspecto, o trabalho
mostra um estudo realizado em uma empresa de pequeno porte no setor de alimentos. Dessa
forma, pode-se observar que o plano de negócios pode ser usado como um instrumento dinâ-
mico de implementação da estratégia da empresa, tornando-se uma ferramenta fundamental
de gestão que, certamente, auxiliará o empreendedor a conseguir o sucesso desejado ou
então mostrará a esse mesmo empreendedor que o momento não é propício para o negócio
desejado, evitando assim decepções futuras. Como resultado, notou-se que a importância
do planejamento estratégico de negócio está na captação, elaboração e, principalmente,
no bom senso em avaliar o conjunto de fatores de viabilidade financeira e mercadológica,
que possibilitarão ao empreendedor coordenar um plano de ação, através do caminho mais
adequado para a abertura e/ou manutenção da sua empresa.
Palavras-chave: Empreendedorismo; Gestão; Plano de negócios.
https://revistas.ufpr.br/relainep/article/view/55161/34401
Indivíduos que iniciam seu próprio negócio são motivados por muitas coisas dife-
rentes. Algumas pessoas querem a liberdade de ser seu próprio patrão ou querem perseguir
sua verdadeira paixão. Outros sonham em ganhar muito dinheiro e construir um império. No
entanto, nos últimos anos, surgiu um novo tipo de empreendedor: o empreendedor social.
O empreendedorismo social é o processo pelo qual indivíduos, startups e empreen-
dedores desenvolvem e financiam soluções que abordam diretamente questões sociais.
Um empreendedor social, portanto, é uma pessoa que explora oportunidades de negócios
que tenham um impacto positivo em sua comunidade, na sociedade ou no mundo.
Embora às vezes confundido com organizações sem fins lucrativos, o empreen-
dedorismo social é um empreendimento com fins lucrativos, embora uma ênfase maior
seja colocada na criação de mudanças sociais ou ambientais. Neste sentido, o empreen-
dedorismo social ocupa um importante papel no cenário macroeconômico, pois assume
um propósito na sociedade, o de solucionar problemas de âmbito sociais, através de uma
empresa que consiga angariar recursos para se manter.
ASID
Existem 13 milhões de pessoas com diversos tipos de deficiência no Brasil. Cerca
de 486 mil estão no mercado de trabalho. Apenas 340 mil são atendidas por instituições
especializadas. A ASID, Associação para Igualdade de Diferenças, surgiu para mudar esse
cenário. O objetivo é desenvolver pessoas com deficiência, empoderar famílias e incluí-las
no mercado de trabalho. Isso é feito por meio de uma metodologia administrativa, utilizada
pelas entidades atendidas pela ASID. Em seu site, prestam contas e mostram resultados,
com total transparência.
Rede Asta
A Rede Asta conecta, desde 2005, grupos de artesãs em todo o Brasil para criar e
desenvolver soluções sustentáveis de reaproveitamento de resíduos, seguindo o conceito
do upcycling. Upcycling, ou reutilização criativa, consiste em transformar resíduos e mate-
riais indesejados em um produto de qualidade e valor ambiental. A produção é inteiramente
feita por artesãs de áreas com baixo poder aquisitivo, gerando renda e inclusão econômica.
Fonderie 47
Há milhões de rifles AK47 abandonados na África, resultado de conflitos arma-
dos que assolaram os países do continente africano. Essas armas militares tiram vidas e
prejudicam o desenvolvimento do continente. Em 2009, para resolver esse problema, foi
fundada a Fonderie 47, que retira esses rifles de circulação, transformando-os em joias
únicas. É um excelente exemplo de como uma empresa pode cumprir sua função social
criando produtos de altíssimo valor.
TOMS Shoes
Em uma viagem, Blake Mycoskie percebeu que muitas crianças, de famílias de
baixa renda, não tinham sequer um sapato para calçar. Percebendo essa carência, ele
idealizou a TOMS Shoes, que, a cada par de calçados vendido, doaria um para uma criança
de baixa renda. Desde 2006, a organização causa impacto social positivo de diferentes
formas, mantendo a rentabilidade para que o negócio impacte cada vez mais pessoas.
Instituto Idas
O Instituto Idas recebe e capacita profissionalmente homens em situação de
vulnerabilidade social, reinserindo-os na sociedade. Os acolhidos trabalham na horta, na
marcenaria e na separação de materiais eletrônicos. O Idas é uma organização sem fins
lucrativos. Mas, além dos investimentos recebidos por diferentes entidades, há formas de
monetização, através da venda de produtos. Um bazar vende roupas e os produtos desen-
volvidos pela organização, contribuindo para manter a casa.
Instituto Legado
O Instituto Legado fomenta o empreendedorismo social por meio da educação. O
objetivo é que todo empreendedor seja social, impactando positivamente os meios em que
atua. Mas, para isso, todos precisam de conhecimento para estruturar e administrar suas
iniciativas sociais, através de recursos, planejamento e capacitação profissional.
Com essa necessidade em mente, o Instituto Legado criou o MBA em Gestão de
Negócios de Impacto Social. O curso foca nas ferramentas e conceitos necessários para
colocar em prática negócios de impacto socioambiental positivo.
NISTAS. Revista de Negócios, [S.l.], v. 9, n. 2, oct. 2007. ISSN 1980-4431. Disponível em: https://proxy.furb.
DOI: http://dx.doi.org/10.7867/1980-4431.2004v9n2p%25p
LIVRO
Título: Empreendedorismo Social e Políticas Públicas na Educa-
ção – Possibilidades e limites
Autor: Gabriel Cardoso e Julio Gomes Almeida
Editora: Appris Editora
Sinopse: Enfrentam-se problemas educacionais no Brasil, usual-
mente, por meio de políticas públicas. Todavia está crescendo
no mundo, e de forma mais recente no Brasil, um fenômeno da
sociedade civil que busca assumir a corresponsabilidade pelos
problemas educacionais e propor soluções para enfrentá-los.
Nesse sentido, Empreendedorismo social e políticas públicas na
Educação: possibilidades e limites tem como ponto de partida a
identificação das possibilidades e dos limites dessa atividade como
alternativa no enfrentamento de problemas educacionais.
FILME / VÍDEO
Título: Quem se importa?
Ano: 2013
Sinopse: Este documentário investiga as iniciativas de 19 em-
preendedores sociais pelo mundo, dentre eles o prêmio Nobel
da Paz, Muhammad Yunus. A narração é de Rodrigo Santoro e a
direção de Mara Mourão (Doutores da Alegria).
Link do vídeo: http://www.quemseimporta.com.br/