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2. Barreiras ao empreendedorismo
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Neste percurso, trataremos sobre alguns concei-
tos necessários para um melhor entendimento
sobre o empreendedorismo, apresentando o per-
fil de um empreendedor, para que neles você pos-
sa se ver e, quem sabe, se reconhecer como ten-
do algumas dessas características descritas no
perfil. Você poderá se inspirar a desenvolver ou
a fortalecer algumas dessas características para,
de forma mais segura, lançar-se no mercado de
trabalho ou vivenciar as experiências da vida, de Olá
maneira mais autônoma e confiante. Em seguida,
falaremos sobre as barreiras acerca do empreen-
dedorismo.
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Conceituando empreendedorismo e empreendedor
Para Baggio & Baggio, (2014, p. 25), as principais teorias nas quais repousa o empreen-
dedorismo são a teoria econômica e a teoria comportamentalista. A teoria econômica é
também conhecida como schumpeteriana, e revela que os primeiros a perceberem a im-
portância do empreendedorismo foram os economistas, que tinham o interesse em com-
preender o papel do empreendedor e o efeito de sua atuação na economia. Nesta teoria,
três nomes se destacam: Richard Cantilon, Jean Baptiste Say e Joseph Schumpeter.
A teoria comportamentalista refere-se a especialistas do comportamento humano, a
exemplo de psicólogos, psicanalistas, sociólogos, dentre outros. A teoria teve como ob-
jetivo de estudo ampliar o conhecimento sobre motivação e o comportamento humano.
Aqui, temos Max Weber como um dos precursores deste grupo, ao identificar o sistema
de valores como elemento primordial que explicasse o comportamento empreendedor.
Enxergava os empreendedores como pessoas inovadoras, independentes, cujo papel de
liderança nos negócios compreendia uma fonte de poder. Entretanto, o autor que real-
mente deu início à contribuição das ciências do comportamento foi o psicólogo com-
portamentalista David C. McClelland, sendo um dos primeiros a destacar o papel dos ho-
mens de negócios na sociedade e sua contribuição para a sociedade. David concentrou
seu foco de atenção sobre o desejo, como sendo uma força realizadora controlada pela
razão.
Outros pesquisadores se debruçaram para investigar a necessidade de realização, mas,
ao que parece, nenhum deles chegou a conclusões definitivas que confirmem a existên-
cia de conexão com o sucesso dos empreendedores. Já outros autores percebem que ela
não é o bastante suficiente para explicar o sucesso dos empreendedores.
Dito isso, o que é então o empreendedorismo que hoje tanto se divulga, vê-se nos jor-
nais, relatos em rádios, nas redes sociais casos e histórias pelo mundo afora de pessoas
com negócios bem sucedidos, que geram empregos, renda e ajudam a melhorar a eco-
nomia brasileira?
Para os autores Baggio e Baggio (2014, p.25), o vocábulo se origina da palavra imprehen-
dere, do latim, cujo correspondente é “empreender”, surgido na língua portuguesa no sé-
culo XV. Já a expressão “empreendedor”, de acordo com o Dicionário Etimológico Nova
Fronteira, teria sido originário da língua portuguesa no século XVI. No entanto, a expres-
são “empreendedorismo” decorre da tradução da expressão entrepreneurship da língua
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inglesa, que é composta da palavra francesa entrepreuneur e do sufixo inglês ship. O
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sufixo ship revela posição, grau, relação, estado ou qualidade, podendo ainda indicar uma
habilidade ou perícia ou, ainda, uma reunião de todos esses significados como em leader-
ship (liderança = perícia ou habilidade de liderar).
Dornelas (2021, p. 22) afirma que empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e pro-
cessos que, em conjunto, levam à transformação de ideias e oportunidades. E a perfeita
implementação dessas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.
Rodrigues (2004, p.20) afirma que:
“Empreendedorismo é a capacidade de transformar uma ideia em uma realidade
seja ela inovadora ou não. Ser empreendedor é ser capaz de identificar opor-
tunidades, desenvolver uma visão do ambiente; ser capaz de contagiar pessoas
com suas ideias; é estar pronto para assumir riscos e aprender com os erros; é
ser um profundo conhecedor do todo e não só de algumas partes; é dentre outras
atribuições ser capaz de utilizar essas informações para seu próprio aperfeiçoa-
mento”.
Continuar abordando este conceito nos levaria a uma natural necessidade de compreen-
der o indivíduo empreendedor, já que quando falamos em empreendedorismo natural-
mente abordamos a figura do empreendedor. Dornelas (2021) afirma que o termo “em-
preendedor” apresenta várias definições e, segundo o autor, uma das mais antigas e que
talvez melhor reflita o espírito empreendedor, seja a de Schumpeter:
IMPORTANTE
“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existen-
te pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de
novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos
materiais.”
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A propagação deste tema coloca em contato direto com a ideia de geração de riqueza
e desenvolvimento econômico, tendo como finalidade o homem e a sociedade, sendo
estes, os que ganham com o empreendedorismo. A importância do empreendedorismo
para a sociedade é de tamanha ordem e movimento, que se têm hoje verdadeiras revolu-
ções geradoras de emprego e renda no Brasil e no mundo, nas cidades, nos bairros, com
ênfase, nas comunidades pobres do País.
De nada adianta a existência de boas condições de ambientes favorecedores do desen-
volvimento, se não existirem pessoas e projetos impregnados de capacidade de liderar e
criatividade, combinados a inovação tecnológica e o crescimento econômico.
Desta forma, o Estado e as grandes empresas não são mais vistos como as únicas bases
econômicas de relevância para a sociedade. A globalização da economia, as transfor-
mações nos processos produtivos e a crescente aceleração no uso da tecnologia re-
presentam um novo panorama e uma nova organização econômica. Neste contexto, as
pequenas e médias empresas têm um papel importante na produção e na criação de
empregos, que graças à força e à capacidade empreendedora de muitos, promove-se o
desenvolvimento econômico (FABIÃO, 2003).
Perfil Empreendedor
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1.Iniciativa
Antecipar-se às coisas, por meio de vontade e iniciativa própria, antes que alguém o so-
licite ou, mesmo, obrigado pelas circunstâncias, vai atrás do que acredita e aproveita
ideias diferentes e inovadoras para converter em negócios bem sucedidos.
2.Persistência
Diante dos obstáculos da vida, continuar lutando, pois alguns deles são de difícil supera-
ção e quando estas situações nos chegam, é enfrentar com persistência e criatividade na
busca da superação dos problemas. Persistir é continuar lutando, podendo o empreende-
dor mudar e se adaptar quando necessário.
3.Comprometimento
Comprometer-se com algo é envolver-se com boa vontade, sacrificando-se e dando o seu
melhor, em proveito dos melhores resultados para clientes, funcionários e fornecedores.
Uma pessoa comprometida é mais fácil envolver uma outra, dado o seu grau de vontade,
energia, entusiasmo, confiança e seriedade quanto ao empreendimento.
4. Persuasão
Para realizar uma negociação exitosa, tem que se apresentar argumentos para ser con-
vincente. Para vender bem uma ideia, é preciso saber persuadir. Em quase todos os mo-
mentos estamos fazendo marketing pessoal. É preciso saber persuadir para o que se
quer e, assim, obter melhores resultados com clientes, fornecedores, funcionários e com
todos os envolvidos direta e indiretamente no negócio.
5. Bons relacionamentos
Pessoas que se relacionam bem têm grandes possibilidades de ser bem-sucedidas, po-
dendo acessar pessoas importantes para obter vantagens em negociações e gerar maior
credibilidade no mercado.
6. Autoconfiança
Para quem almeja o sucesso, a autoconfiança é um elemento impulsionador para chegar
lá. A autoconfiança mobiliza a pessoa a acreditar ser capaz de fazer um empreendimen-
to ser bem-sucedido. Quando existe autoconfiança, consegue-se transmitir confiança
para outras pessoas, que passam a acreditar em nossos sonhos, fazendo você conseguir
manter seu ponto de vista, mesmo diante dos críticos e dos pessimistas.
7. Automotivação
É uma característica que associa o poder de ter iniciativa e autoconfiança, pois através da
automotivação você consegue manter-se firme nos momentos mais complicados. Uma
pessoa automotivada enfrenta as dificuldades com persistência para conseguir o que
deseja, enxergando o lado positivo e não se deixar abalar.
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8. Criatividade
A criatividade é uma característica fundamental, tendo uma relação direta com a capa-
cidade de inovar e criar soluções inteligentes para problemas, sendo esta responsável
pelas invenções existentes no mundo. Muitos dos inventos nasceram a partir da criativi-
dade, e foram realizados, experimentados e aprimorados. No entanto, não basta somente
ser criativo, é necessário ter iniciativa para que um sonho torne-se realidade.
9.Estar preparado
Dada a urgência das mudanças no mundo que vêm ocorrendo cada vez mais rapida-
mente, é necessário estar preparado, bem informado e ter conhecimentos básicos para
que qualquer tipo de empreendedor seja bem-sucedido. Se você pretende montar um
empreendimento, independentemente da área, é necessário saber como funciona a pro-
dução ou a prestação dos serviços, quem serão os clientes, fornecedores, concorrentes
e tudo o que seja pertinente ao empreendimento.
10.Motivação
Um otimista analisa sempre o aspecto positivo das situações da vida. Um erro é consi-
derado um aprendizado, bem como enxergar os acontecimentos e as coisas como uma
oportunidade. Contrariamente ao pessimista, a pessoa otimista vê todos os negócios
com potencial para serem bem-sucedidos, com a expectativa de que possam se tornar
algo lucrativo.
2. Barreiras ao empreendedorismo
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Autores como Novaes e Markus (2017) esclarecem que quando se compara as iniciais
barreiras à ação empreendedora, constata-se que a falta de clientes indica o fator que
mais afeta a sobrevivência das empresas no mercado. A falta de capital e de gestão ad-
ministrativa aparece com incidência semelhante. Os autores destacam que existem tam-
bém outros fatores que dificultam a sobrevivência do recente empreendedor no mercado,
como os elevados custos e a falta de lucro.
A. Barreiras mercadológicas
O empreendedor que não conhece seu mercado de atuação encontrará muitas dificul-
dades para obter retorno do negócio, visto que a abertura de uma nova empresa exige a
análise de algumas variáveis, como, por exemplo: os clientes, os produtos, os fornecedo-
res, os concorrentes e a localização, dentre outros. Tais variáveis precisam ser analisadas
detalhadamente, pois na trajetória de quem pretende abrir um negócio é bem provável
que possam dificultar ou impossibilitar a entrada do novo empreendimento em um dado
ramo de atuação (RUPPENTHAL, OLIVEIRA, NOGEIRA & FAVARIN, 2015).
A pesquisa de mercado ajudará a obter informações que não podem deixar de ser le-
vantadas, para saber mais sobre os clientes – seus interesses e comportamentos, o que
os leva a comprar, onde se encontram, hábitos e frequência de consumo etc.; sobre os
produtos – o que serão fabricados, vendidos ou os serviços que serão prestados aos
clientes; os fornecedores – seus preços, qualidade, condições de pagamento e o prazo
médio de entrega e a localização – que deve ser um local bem escolhido, pois se apresen-
ta como oportunidade de realizar boas vendas e, assim, favoreça as suas chances de se
manter no mercado (DORNELAS, 2021).
É vital que o empreendedor esteja preparado para agir diante de mudanças impostas
pelo contexto mercadológico e não preparar-se é no mínimo criar barreiras relativas ao
empreendedorismo, gerando a não captação da clientela, o que pode ser evitado ou mini-
mizado a partir de uma pesquisa de mercado (SEBRAE, 2013).
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IMPORTANTE
É fato que se o empreendedor não possuir conhecimento para se
adaptar às necessidades mercadológicas, deixando-as para fazer
somente quando é obrigado, devido aos concorrentes, certamente
enfrentará grandes desafios que podem prejudicá-lo, deixando para
fazer depois.
B. Barreiras administrativas
Dificilmente empreendimentos em estágio inicial dispõem de recursos financeiros para
contratar administradores e consultores com conhecimentos técnicos necessários para
colocar em prática todas as ferramentas basilares para uma favorável gestão do negócio.
Assim, o que conta é a administração empreendedora (MENDES, 2017).
ATENÇÃO!
Alguns empreendedores acreditam que o conhecimento empírico
ou os que têm são suficientes para administrar um negócio. Fal-
tam-lhes algumas habilidades necessárias para este fim. É muito
comum empreendedores resistirem a buscar ajuda especializada
de empresas e consultorias com expertise no trabalho de gestão da
empresa.
É bem verdade que muitos empresários acreditam possuir uma capacidade nata em ad-
ministração, acreditando que o fato de ter o conhecimento prático do seu negócio é o
suficiente para a ação empreendedora (DORNELAS, 2018).
Os autores Misunaga, Miytake e Filippin (2012) corroboram que a ausência de conheci-
mento sobre os procedimentos administrativos por parte do empresário é um dos es-
senciais fatores que resultam na mortalidade das empresas e que o fato de não com-
preender os processos de gestão relacionados ao ramo ou atividade do negócio pode
representar um desastroso fim, sendo que o fato de ter uma ampla visão da sua empresa
e apresentar muitas habilidades empreendedoras não será suficiente quando ele neces-
sitar administrar de forma eficiente e adequada o novo projeto.
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IMPORTANTE
Existe uma cultura que permeia a cabeça do empresário, e isso
atrapalha muito a gestão administrativa, quando, alimentado pela
crença de que pode fazer tudo, assume vários papéis concomitan-
temente: o proprietário da empresa, o administrador, o gerente etc.
Esta pluralidade de papéis assumidos por uma só pessoa acaba prejudicando a eficiência
dos processos administrativos, além de dificultar os resultados da empresa, pois os pla-
nos estratégicos da empresa são esquecidos. É muito comum nas pequenas empresas
os empresários assumirem esses papéis, visto que os poucos recursos, nos primeiros
anos de suas atividades empreendedoras, não permitem contratar mais pessoas (Guerra;
Teixeira, 2010).
A falta do conhecimento gerencial dificulta a atividade da empresa, pois a carência de
informações relacionadas à conduta administrativa pode acarretar o encerramento ainda
prematuro do negócio, orientando-se que a empresa tenha apoio gerencial para adminis-
trar algumas questões de ordem administrativa, a exemplo do salário dos funcionários,
dos encargos, dos conhecimentos sobre os impostos que irá pagar e outras obrigações
relacionadas à atividade, pois sem ele, as práticas administrativas se tornam mais difí-
ceis e arriscadas.
C. Barreiras financeiras
Geralmente a primeira pergunta que aqui se faz é: qual a necessidade de recursos para
iniciar o negócio? Sabe-se que a falta de apoio financeiro pode ser considerada um obs-
táculo à ação de empreender e sua ausência pode, em muitos casos, sustar a ação em-
preendedora dos indivíduos que detêm afinidade com o empreendedorismo (SOUZA,
2014).
No dia a dia das micro e pequenas empresas, a falta de dinheiro é uma realidade muito
constante. Se o empreendedor não puder investir no seu projeto, ele não contará com
recursos para administrar, contratar pessoas e adquirir tecnologias. A falta de capital é
um elemento que limita a ação empreendedora, dificultando ao empreendedor dar maior
visibilidade à empresa no mercado. Outro aspecto é o de que a falta de capital fortalece
a entrada de empresas do mesmo ramo no mercado, o que contribui com o acréscimo
de concorrentes, bem como diminui a probabilidade de a empresa receber um destaque
diante das outras. O surgimento de muitos concorrentes aumenta as estatísticas de mor-
talidade das empresas, especialmente quando o empreendedor não detém recursos para
investir (SANTOS, 2012).
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Dolabela (2021, p.187) afirma que:
Quando uma empresa está no estágio inicial, sendo criada, geralmente as melho-
res opções para o empreendedor são os empréstimos e as economias pessoais
da família, de amigos e de investidores pessoas físicas (investidores-anjo), entrar
em incubadoras de empresas, participar de aceleradoras de empresas (um misto
de incubadora e fundo de investimento), os programas especiais do governo etc.
Mesmo porque os bancos de varejo, as empresas de leasing etc. exigem muita
contrapartida para efetuar o empréstimo a altas taxas de juros, inviabilizando-
-o, empresas de capital de risco dificilmente investirão em empresas nascentes
devido ao alto risco do negócio. Empresas em estágios mais avançados, com
dois ou três anos de existência, recém-saídas das incubadoras de empresas, por
exemplo, são mais atrativas para os capitalistas de risco, pois passaram pela difí-
cil fase inicial de inserção no mercado e necessitam de mais capital para um rápi-
do crescimento, com boas expectativas de valorização e retorno do investimento.
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obstáculo à sobrevivência de seu negócio ou projeto. Destacam que o otimismo é im-
portante para motivar a ação empreendedora, entretanto, em demasia, pode atrapalhar e
comprometer o sucesso da empresa.
O otimismo exagerado pode contribuir para que o empreendedor despreze os números e
corra riscos desnecessários, ignorando a concorrência, deixando de analisar os recursos
e não se volte às exigências do mercado.
A decepção do fracasso de uma ação empreendedora pode acarretar uma negativa rea-
ção emocional para o empreendedor, bloqueando a execução de projetos futuros. Alguns
empresários podem ser resistentes a mudanças, e essa estagnação pode prejudicar em
muito o desempenho da empresa. Parece controverso, mas as características empreen-
dedoras de determinação e insistência podem se apresentar como uma barreira à per-
cepção do empreendedor referente à implementação de mudanças (Cavalheiro, 2015).
Dornelas (2013) afirma que o empreendedor brasileiro precisa mudar sua mentalidade
para ser de fato protagonista de um empreendedorismo inovador, que prevalece no mun-
do contemporâneo, e assim promover o desenvolvimento econômico.
IMPORTANTE
Achar que as ideias simples serão suficientes para ter uma posição
vantajosa em relação aos seus concorrentes, engana-se, pois sen-
do simples de fazer, podem ser facilmente copiadas e, assim, sua
vantagem competitiva deixa de existir.
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mapeado; a barreira da língua (o mercado mundial padronizou o inglês, mas muitos em-
preendedores brasileiros não dominam o idioma o suficiente para realizar negociações
internacionais); a falta de clareza e de suporte adequado aos empreendedores que que-
rem exportar; os tratados de livre-comércio e barreiras protecionistas criadas pelo Brasil
e por outros países, entre outros.
Este tipo de barreira relacionada ao comportamento do empreendedor parece-nos com-
plicado, entretanto, é possível de ser trabalhado e superado. A flexibilidade ajuda ao em-
preendedor a abrir-se para aprender com o novo, acolher orientações dos profissionais
que tenham conhecimentos, expertises e que podem ajudar nesta empreitada.
Figura 1 – Dica de empreendedora
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conjunto, levam à transformação de ideias e oportunidades. E a perfeita implementação
destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso”. Para Tajra, (2019, p.153):
“O empreendedorismo está relacionado à atitude, à postura pessoal e à maneira como o
indivíduo se comporta diante das situações com que lida em seu dia a dia. Ser empreen-
dedor é ter entusiasmo e energia para desenvolver as ideias e transformá-las em ação”.
Neste último conceito, percebe-se a presença da teoria comportamentalista, sendo esta,
nos dias atuais, muito necessária para se tornar um protagonista de sua história de vida e,
para colocar em prática no seu negócio, requer a atitude de fazer as coisas acontecerem.
As qualidades pessoais definidas como perfil empreendedor vêm corroborar e deixar
cada vez mais claro que este indivíduo precisa ter habilidades desenvolvidas ou desen-
volvê-las para estar à frente de negócios bem-sucedidos. Tajra (2019) faz referência à
Iniciativa, à Persistência, ao Comprometimento, à Persuasão, aos Bons relacionamentos,
à Autoconfiança, à Automotivação, à Criatividade, ao Estar preparado e à Motivação. Por
outro lado, o empreendedorismo também têm suas barreiras que lhe afetam o desen-
volvimento, como as barreiras mercadológicas, as barreiras administrativas, as barreiras
financeiras e as barreiras criadas pelo próprio empresário.
É fato que empreender não é fácil, nem romântico, sendo um desafio constante de apren-
dizados e mudanças comportamentais, baseado em pesquisa de mercado, amparado
num plano de negócio, para desenvolver produtos e serviços cada vez mais ligados à ino-
vação e à criatividade. Os negócios que oferecerem flexibilidade, comodidade e eficácia,
através do uso de tecnologia de “baixo toque”, serão os que sobreviverão no mercado.
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