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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM


GESTÃO FINANCEIRA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR V


Lojas Renner S.A

Danúbia Zduniak Silva- 0406375


Ivana Lucia Lamberti- 0420148
Karen De Almeida Ribeiro Silva- 2197813
Luis Fernando Santos Reis- 0408428
Rodrigo Cotini Rodrigues- 0413727

São Paulo
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM
GESTÃO FINANCEIRA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR V


Lojas Renner S.A

Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM V, apresentado ao


Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira, da
Universidade Paulista-UNIP EaD, como requisito avaliação
parcial do bimestre. Orientador (a): Prof. Célia Braga Dalla.

São Paulo

2022
RESUMO
O presente instrumento de trabalho tem como objetivo ampliar o conhecimento teórico e
prático acerca das matérias de Gestão Estratégica de Custos e Formação De Preços; Matemática
Financeira e Análise das Demonstrações Financeiras. Como objeto de estudo para melhor
compreensão das temáticas citadas, é utilizada a Lojas Renner S.A, avaliando as informações
da organização empresarial disponibilizadas em seu site institucional. Sendo um estudo
bibliográfico e documental, por meio de estudo de caso, a pesquisa se divide em duas etapas,
teórica e prática. Iniciando pelos conceitos teóricos e contribuições de diversos pensadores
postos na teoria. Posteriormente, aplica-se essas contribuições na organização citada de maneira
prática. Finaliza-se o estudo, destacando a importância da abordagem temática e contribuição
para formação discente.

Palavras- chave: Empresa. Análise Financeira. Matemática Financeira. Gestão


Estratégica.
SUMÁRI0

1 INTRODUÇAO ............................................................................................................. 04

2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 05


2.1 Gestão Estratégica de Custos e Formação de Preços ................................................ 06
2.2 Matemática financeira ................................................................................................ 11
2.3 Análise das Demonstrações Financeiras .................................................................... 13

3 Estudo de caso .............................................................................................................. 16


3.1 Descrição Organizacional .......................................................................................... 16
3.2 Gestão Estratégica de Custos e Formação de Preços ............................................... 18
3.3 Matemática Financeira .............................................................................................. 19
3.4 Análise das Demonstrações Financeiras ................................................................... 20

4 Considerações Finais ................................................................................................... 23

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 24
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1 INTRODUÇÃO
Já é consumado o fato de que cada vez mais é necessário o direcionamento
organizacional para visão estratégica, sendo este um diferencial competitivo. Com isso, o
presente instrumento de trabalho tem como objetivo ampliar o conhecimento teórico e prático
acerca das matérias de Gestão Estratégica de Custos e Formação De Preços; Matemática
Financeira e Análise das Demonstrações Financeiras.

Nesta perspectiva, para melhor desenvolvimento dos temas citados acima, é realizado
um estudo de caso acerca da Lojas Renner S.A, O Grupo Varejista Lojas Renner S.A, surgiu
no ano de 1922, como parte do Grupo A.J Renner, localizado no Bairro dos Navegantes, na
cidade de Porto Alegre (RS). Hoje é uma das maiores marcas de moda varejo do país, presente
em todas as regiões do Brasil e com operação no Uruguai e Argentina.

O trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, com estudo de caso.


Organizado em tópicos, o estudo é composto pela presente introdução, seguido pelo seu
desenvolvimento, no qual são divididos em dois momentos. Primeiramente, realiza-se o
referencial teórico acerca da Gestão Estratégica de Custos e Formação De Preços, Matemática
Financeira e Análise das Demonstrações Financeiras, esta etapa busca conceituar e trazer as
principais definições e visões sobre os temas, elencando os tipos de custeios, composição de
precificação, assim como tipos de regime de capitalização, juros e porcentagem, no último
tópico desse momento são exemplificadas as técnicas de análises das demonstrações, gestão e
tomada da decisão, índices de liquidez e outros pertinentes as organizações empresarias.

No segundo momento, destinado a parte prática, faz-se a aplicabilidade dos conceitos


expostos anteriormente, levando em consideração os dados disponíveis da empresa analisada,
Renner S.A. No campo de custos e precificação verifica-se a inferência de questões cambiais,
tributos e cenário de mercado para compor essas informações; já a matemática financeira é
bastante importante para os empréstimos que uma das empresas do grupo oferta e também faz
sentido para as transições que o organização adquire; acerca das análise das demonstrações, é
possível avaliar a empresa de maneira quantitativa, auferindo-se indicadores financeiros
importantes.

Por fim, conclui-se o estudo elencando a importância da abordagem da temática e


ressaltando a aplicabilidade da teoria na prática das atividades e relatório da organização
empresarial estudada.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO.
Na perspectiva, a gestão estratégica de custos deve estar vinculada de maneira intrínseca
e contínua entre clientes e fornecedores, sendo um cenário propício para a relação entre custos
e vantagem competitiva. Segundo Shank e Govindarajan (1997, p.4), a gestão estratégica de
custos é “uma análise de custos vista sob um contexto mais amplo, em que os elementos
estratégicos tornam-se mais conscientes, explícitos e formais.

Acerca da Gestão estratégica de Custos Martins (1998, p.318), afirma:

Numa visão mais abrangente, a gestão estratégica de custos requer análises que vão
além dos limites da empresa para se conhecer toda a cadeia de valor desde a origem
dos recursos materiais, humanos, financeiros e tecnológicos que utiliza, até o
consumidor final. Passa a não ser apenas importante conhecer os custos da sua
empresa, mas os dos fornecedores e os dos clientes que sejam ainda intermediários, a
fim de procurar, ao longo de toda a cadeia de valor (até chegar ao consumidor final),
onde estão as chances de redução de custos e de aumento de competitividade.

Então, a área estratégica de custos tem como principal objetivo a preocupação com o
custeio em toda a cadeira produtiva de valor para que se observe e se compreenda onde estão
as oportunidades de redução e os possíveis ganhos de competitividade.

Shank (1989, p. 50), um dos primeiros autores a utilizarem a expressão “Gestão


Estratégica de Custos” em textos científicos, conceitua GEC como “o uso gerencial da
informação de custos dirigida explicitamente a um ou mais dos quatro estágios da gestão
estratégica” que, segundo o autor, corresponde ao processo cíclico contínuo de (1) formulação
de estratégias (2) comunicação (3) implementação e (4) monitoramento.

Observando a definição de Shank (1989) à luz da definição de Gestão Estratégica


atribuída por Nag et al (2007, p. 942): “a Gestão Estratégica lida com as principais iniciativas
previstas e emergentes tomadas pelos executivos em nome dos proprietários, envolvendo a
utilização de recursos para melhorar o desempenho das empresas em seus ambientes externos”.

A matemática financeira está muito ligada ao longo da história ao desenvolvimento do


comércio, muito envolvida nas transações comerciais. Nesta perspectiva, Segundo Araújo
(1992, p. 13), “a matemática financeira é um ramo da matemática aplicada. Ou seja, estuda o
dinheiro levando em consideração o tempo. Hazzan e Pompeo (2004, p. 1) afirmam que “a
matemática financeira visa estudar o valor do dinheiro no tempo [...].”
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Por sua vez, Santos (2005, p. 157), ressalta que a matemática financeira é:

“De uma forma simplificada, podemos dizer que a Matemática Financeira é o


ramo da Matemática Aplicada que estuda o comportamento do dinheiro no tempo.
A Matemática Financeira busca quantificar as transações que ocorrem no universo
financeiro levando em conta a variável tempo, ou seja, o valor monetário no tempo
(time value money). As principais variáveis envolvidas no processo de quantificação
financeira são a taxa de juros, o capital e o tempo.”

Iudícibus et al. (2006) argumentam inicialmente que, desde o momento em que acordamos
e nos levantamos, até o fim do dia, tomamos decisões. Porém, as decisões mais importantes ou
relevantes requerem cuidado maior, profunda análise dotada de critérios racionais e métodos
específicos.

Na perspectiva contabilística, a tomada de decisão configura-se, como o instrumento


proeminente à administração e gestão de empresas, na coleta de todos os dados econômicos da
empresa e sua subsequente mensuração monetária, que, por sua vez, será registrada e
sumarizada em relatórios que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões
(IUDÍCIBUS et al., 2006).

A contabilidade oferece subsídios para a tomada de decisões, a partir dos relatórios e


mensurações, de acordo com a utilização desses dados por parte dos administrados. Tendo com
vantagens analisar a empresa em um todo na parte financeira e conseguir tomar a decisões
corretas para a saúde financeira d organização.

2.1 Gestão Estratégica de Custos e Formação De Preços.

No mundo globalizado marcado pela tecnologia da informação, mercado competitivo e


mudanças constantes, as organizações empresariais enfrentam o desafio do equilíbrio entre
aumento de produtividade e redução de custos envolvidos no processo de produção ou serviço.

Com isso a gestão de custo tem como forma estratégica fontes gerencias para ajudar na
melhor tomada de decisão e ofertar melhores valores, ou seja, é um fator determinante para a
formação de preço de maneira atrativa para o consumidor.

Custo

Conceitualmente custo é o gasto que é aplicado na produção ou manutenção para se


obter um produto ou serviço. Nesta perspectiva, a gestão estratégica de custos deve estar
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vinculada de maneira intrínseca e contínua entre clientes e fornecedores, sendo um cenário


propício para a relação entre custos e vantagem competitiva, eles são classificados como: custo
fixo, direto, indireto e variável. Muitas das vezes sendo confundidos como despesas.

Os custos fixos são os gastos que permanecem continuo independente se tiver aumento ou
diminuição de produtos fabricados, exemplos: luz, água, telefone, etc...

Os custos diretos é o gasto ligado a produção de um determinado produto sendo de fácil


atribuição, sendo eles mão de obra ou matéria-prima.

Já os custos indiretos é o custo que não possui vínculo direto com o produto, dificultando
atribuir um valor para cada unidade produzida, exemplos: prestador de serviços, taxas de
manutenção, aluguel do espaço, etc.

O custo variável aumenta ou diminui conforme a venda ou queda de produtividade,


combustível, matéria-prima, horas extras são alguns dos exemplos.

Então, a área estratégica de custos tem como principal objetivo a preocupação com o custeio
em toda a cadeira produtiva de valor para que se observe e se compreenda onde estão as
oportunidades de redução e os possíveis ganhos de competitividade.

Os métodos e modelos de custeio são importantes metodologias para a efetividade da gestão


estratégica de custos, por meio dos principais custeios, sendo eles: ABC, absorção, variável,
padrão e UEP.

Custeio ABC

O método de custeio ABC ou método de custeio por atividade, identifica os custos indiretos,
dando importância a todas as atividades atendendo cada uma de forma individual respeitando
suas particularidades.

Neste método, tem-se como vantagem, mais informações fidedignas por meio da redução
do rateio, tem maior atendimento os princípios fundamentais da contabilidade, necessidade de
controles internos. Já como desvantagens, pode-se citar gastos elevados com a implantação;
altos níveis de controle, necessidade de revisão constante, grande volume de dados.

Custeio Variável
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O método de custeio variável considera os custos de fabricação, sendo custos variáveis,


diretos e indiretos, é um dos métodos mais aplicado por empresas, principalmente industrias e
comércios. Nesse método os custos fixos são considerados como despesas.

Dentre as suas vantagens, destaca-se a identificação de produtos mais rentáveis, direção dos
esforços de produção, eficiência em obter a margem de contribuição ou esclarecer os custos
dos produtos. Já as desvantagens estão ligadas ao não atendimento das normas contábeis e não
tem garantia de dados a longo prazo.

Custeio por Absorção

O custeio por absorção considera os custos de fabricação muito utilizado pois


diferentemente dos outros custeios é o único que considera todos os custos: diretos, indireto,
fixos e variáveis, aprovando que se obtenha um custo total da produção do produto.

Umas de suas vantagens e o atendimento aos princípios contábeis e o único aceito pela
legislação brasileira para apresentação de relatórios contábeis como o DRE (demonstrativo dos
resultados do exercício) e considera todos os custos iguais se tonando simples de elaborar.

Custeio Padrão

O custeio padrão é o método que consegue planejar o custo de um determinado produto


antes de sua fabricação, ele consegue antecipar uma margem de gastos antes de saber quais são.
É um custeio indicado para empresas que fabricam produtos padronizados sob encomenda, é
uma ferramenta de controle que vai para além dos custos, envolvendo toda a cadeia produtiva
e realizando comparação entre os custos reais da empresa e o padrão.

Uma das suas grandes vantagens é a interação com resultados, dando maior parâmetro aos
gestores para que tomem decisões que tragam benefícios e ganhos a organização. Já a sua
desvantagem é a grandes variações entre os padrões definidos e os reais.

Custeio UEP

O método de custeio UEP tem como finalidade facilitar a atividade de produção,


tornando com que os produtos sejam contabilizados por um único padrão.

Como principais vantagens destacam-se a apresentação de informações mais claras e


precisas sobre o produto, os custos incorridos, prejuízos, lucros, melhor planejamento do mix
de produtos e maximização da produção. Já como desvantagem, pode-se elencar aplicação
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limitada a produção, a não apuração do controle de perdas e desperdícios, assim como não
considerar as despesas administrativa.

Precificação

A formação do preço de venda de um produto ou serviço é essencial para o gerenciamento


de uma empresa, é através da precificação que se obtém lucro para arcar com os custos,
pagamentos de produção e investimentos. É um processo importante para que o gestor tome
decisões dentro da organização, sendo o objetivo atribuir um preço onde o cliente aceite e traga
lucratividade para a empresa.

Existem diversos fatores para a formação de preço, sendo os principais a demanda, variações
demográficas, elasticidade do preço, ciclo de vida do produto e diversidade das características
dos clientes. Um fato importante é saber que os consumidores não compram somente pelo
preço, e sim pelo benefício gerado entre o custo e a qualidade.

O preço também é um elemento composto de marketing conhecido como os 4Ps-preço,


praça, produto e promoção, sendo o único elemento gerador de receita e o único que pode ser
alterado com velocidade, devendo ser analisado com muita atenção.

Além da simples equação (P = C + L), existem várias estratégias para se obter o preço de
um produto, os mais estratégicos são:

Margem de contribuição é utilizado para verificar a sustentabilidade e a capacidade de gerar


lucro de um negócio, é quantia em dinheiro que restou da receita gerada através da venda de
um produto.

Markup é a técnica mais utilizada por empresas por ser de fácil implantação na formação
dos preços, é o método que se estabelece para os custos envolvidos em cada produto. O objetivo
é proporcionar um preço que gere lucro e cubra as despesas. Existe duas maneiras de calcular
o markup, sendo o multiplicado e o divisor, ambos darão resultados iguais ou próximos

Outro fator que pode ser usado é a pesquisa de preço, sendo não tão eficiente em relação aos
outros, esse modo é favorável quando a organização quer ter mais visibilidade entre a
concorrência e o consumidor.

O preço também é determinado pela lei da oferta (mercadoria ou serviço produzido para o
mercado) e da demanda (necessidade ou desejo do consumidor em adquirir um produto), onde
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o ofertante que vender e o consumidor quer comprar gerando assim o preço de equilíbrio (onde
consumidor e produtor concordam com o mesmo).

Aspectos Tributários na Formação de Preço

A empresa tem por obrigação saber sobre os aspectos fiscais e tributários para estar de acordo
com os processos contábeis e financeiros da empresa, é obrigação do setor responsável
controlar e gerenciar atentamente os aspectos tributários para não gerar multas ou sanções de
órgãos fiscais do governo seja ele municipal, estadual ou federal. A forma de cobrança tributária
se divide “em direta” ou “indireta”.

Sendo as tributações diretas aquela recolhida do financeiro aplicado, diretamente sobre o


patrimônio, consumo ou renda, exemplo: IPTU, IPVA, Imposto de Renda. As tributações
indiretas é aquele valor incluído no preço final do produto, exemplos: impostos cobrados nas
contas de luz, água e telefone, o consumidor é o contribuinte desse imposto. No Brasil as
principais tributações são ICMS, IPI, PIS E COFINS.

A carga tributária são os custos diretos associados com a variação de vendas, quanto maior
a variação, maior será a cobrança de tributo.

O regime tributário tem a função de definir como será cobrado os tributos para a empresa,
mas é a empresa que se adequa no melhor regime para cumprir com os pagamentos dos tributos
e impostos obrigatórios, mas precisam estar de acordo com os requisitos legais. No Brasil temos
três principais regimes tributários o Simples Nacional, Lucro Presumido e o Lucro Real.

O regime tributário simples nacional geralmente utilizado por empresas pequenas ou


microempresas, por ser um regime simplificado e incidir a menor carga tributária. O Lucro
Presumido normalmente é utilizado por empresas de grande e médio porte com lucratividade
alta ou variável, é a tributação simplificada do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IPRJ)
e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL). Já o Lucro Real incide sobre o lucro líquido
das empresas geralmente atribuído por empresas que não tem lucratividade alta porque é paga
a tributação conforme “vende”.

As operações financeiras tem o objetivo gerar recursos financeiros para a empresa, são
diversas as modalidades das operações, entre elas estão aplicações financeiras, operações com
duplicatas, empréstimos bancários e o factoring.
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2.2 Matemática Financeira

A matemática financeira mostra o desempenho do dinheiro através do tempo. No caso


de uma aplicação quanto de retorno terá, ou um empréstimo quanto será pago do capital mais
os juros até o final da liquidação, formando o montante. Onde o capital é o valor inicial da
operação e o montante o valor final.

Porcentagem é uma medida de razão 100, um determinado valor divido por 100 se chega
a porcentagem buscada.

Taxa de juros é o número que irá indicar o valor dos juros pago ou recebido, sempre se
refere a uma unidade de dia, mês, semestre, ano. Os juros são o ajuste financeiro em cima do
valor inicial, utilizado geralmente em forma percentual ou unitária. Que vão de acordo com os
regimes de capitalização, sendo divididos em juros simples e compostos.

O cálculo de juros simples, é aquele em que a taxa de juros incide somente sobre o
capital inicial, e não rendem juros, conseguimos observar através do ensino aplicado que esse
tipo de capitalização é pouco utilizado em operações financeiras e comerciais por não obter um
“retorno maior” para o credor.

Já os compostos, é marcado pelo juro produzido no final do período, somado com o


capital que o produziu, rendem juros, esse modelo é o mais utilizado por ter um retorno maior
para o credor. Sendo assim, aplicando-se o capital (C) a uma série de períodos (n), a uma taxa
(i), obtém-se um montante (M).

Existe o sistema de amortização de empréstimos e financiamentos que foi elaborado


para suprir essas operações, dentro deles existem operações mais utilizadas, e suas definições
como:

Encargos financeiros: São os juros da operação, onde o credor receber e o devedor arca
com o pagamento.

Amortização: é parte do capital que é paga ou recebida no período.

Saldo Devedor: Valor principal da dívida.

Prestação: Valor pago no período determinado ao longo da operação.

Carência: é a conceção de um prazo em que o credor não paga ou não amortiza o valor
principal.
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Sistemas mais utilizados:

O Sistema de Amortização Constante (SAC) o valor da amortização é sempre igual


dentro de todo o período, o valor a ser pago da amortização é obtido pelo resultado da divisão
do capital pelo número de parcelas combinadas na operação, os juros são multiplicados em
cima do saldo devedor, o montante vai diminuindo conforme o pagamento que é amortizado, e
as prestações também diminuem. Existe a possiblidade se for oferecido ao devedor nesse
sistema de ter a carência durante um período determinado, com as opções de pagar só o valor
dos juros que é feito o cálculo de multiplicação em cima do capital durante a carência, passando
esse período é feito o procedimento de pagamento normal de amortização mais juros formando
a prestação sem desconto dos juros que foi pago durante a carência. E há a forma onde os juros
são capitalizados e acrescidos em cima do capital a cada período da carência, e o valor da
amortização é feito do cálculo da divisão das parcelas sobre o valor dos juros capitalizados e
acrescidos, após o período de carência é pago a amortização, juros e cada prestação.

Sistema de Amortização Francês (SAF) é muito utilizado no mercado financeiro


brasileiro, as prestações são iguais em todo o período, já os juros são decrescentes por incidirem
sobre o saldo o devedor, e as parcelas do saldo devedor são crescentes e o valor da amortização
é a soma da dos juros mais a prestação, para isso é calculado primeiro as prestações, depois os
juros, a amortização e o saldo devedor,

Sistema de Amortização Price ou pode ser chamado de Tabela Price representa uma
variante Sistema de Amortização Francês (SAF) as parcelas começam mais baixas ficam
fixadas durante todo o período de financiamento.

Sistema de Amortização Misto (SAM) na época foi criado para o sistema financeiro de
habitação, o cálculo é feito sobre a divisão entre o sistema francês e o sistema de amortização
constante, seja da prestação ou saldo devedor.

Sistema de Amortização Americana (SAA) o pagamento é feito de uma vez só do capital


emprestado da final das prestações mais juros, durante o restante do período só é pago os juros
de forma periódica, não tem amortização

Sistema de Amortização Crescente (SACRE) é um sistema misto de cálculos do sistema


financeiro de habitação muito utilizado pela caixa econômica federal seu objetivo é conseguir
uma maior amortização e reduzir os juros do saldo devedor, até que um certo momento as
prestações começam a diminuir.
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2.3 Análise das Demonstrações Financeiras

A contabilidade e suas diversas áreas vem cada vez mais se tornado uma das ferramentas
para gestão e tomada de decisão no âmbito empresarial. Porém, as decisões mais importantes
ou relevantes requerem cuidado maior, profunda análise dotada de critérios racionais e métodos
específicos.

Na concepção da contabilidade, a tomada de decisão configura-se, como o instrumento


avançado à administração e a gestão de empresas, na coleta de dados econômicos e
consequentemente na parte financeira da organização, que será analisada e registrada em
relatórios que contribuem para a tomada de decisões.

Então a contabilidade contribui para a tomada de decisões, a partir dos relatórios e


registros, transformando em informações os dados financeiros, por parte dos administrados.
Qualquer pessoa que será afetado pelo financeiro da empresa pode tomar decisões através dos
demonstrativos, sendo eles: os investidores, os fornecedores, os bancos (instituições
financeiras), o governo, os sindicatos e outros interessados. Ou seja, o processo de gestão e
tomada de decisão envolve a organização e todo o contexto que a mesma tem interesse.

E meio ao grande volume de informações produzidas pela contabilidade, a análise das


demonstrações é essencial para que as informações sejam pertinentes e traduzam a realidade
econômico-financeira da organização. De maneira geral, as demonstrações contábeis têm por
finalidade realizar um balanço patrimonial, trazendo as características financeiras da
organização empresarial.

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um demonstrativo que comprova


os lucros ou prejuízos em um tempo de exercício pré-determinado, analisando despesas,
receitas e outras atividades econômico-financeiras do período.

Na perspectiva do uso das informações contábeis, existem os indicadores financeiros


que ajudam nas análises contábeis contribuindo para ter uma observação detalhada da empresa.
Os indicadores são divididos em dois grupos:
• Índices financeiros: índices de liquidez, índices de endividamento e índices de
atividades.

• Índices econômicos: índices de rentabilidade.


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Dentre os índices de liquidez esta os de liquidez imediata, geral, corrente e seca, e são
de grande valia para ter maior parâmetro no que tange adquirir créditos e o quanto de recursos
disponíveis a empresa tem para quitar suas obrigações com terceiros. O índice representa a
relação entre conta ou grupos de contas das demonstrações financeiras, que tem como objetivo
representar uma visão geral da situação econômico-financeira da empresa.

A liquidez imediata (LI), avalia quanto de recursos financeiros a empresa tem de


imediatamente disponível, como, caixa, bancos, e aplicações conversíveis em dinheiro. Este
índice mede a capacidade que a empresa tem de pagar suas obrigações em curto prazo.

𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝐿𝐼 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

A liquidez geral (LG), avalia a capacidade da empresa de pagar as obrigações totais,


com os ativos de curto e longo prazo. Sendo calculada:

𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 +𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑛ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐿𝐺 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 +𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑛ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

A liquidez corrente (LC) mede a capacidade da empresa em pagar suas obrigações em curto
prazo com as disponibilidades financeiras, contas a receber e estoques. O cálculo da LC é
determinado pela seguinte expressão:

𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐿𝐶 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 

Já a liquidez seca (LS), indica quanto a empresa possui de ativo liquido para cada
unidade monetária. A conta estoque não entra no cálculo por não saber a exatidão de venda do
mesmo. Sendo calculada:

𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒
𝐿𝑆 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 
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Os índices de atividade têm como objetivo mostrar as etapas do ciclo financeiro da


empresa, mostram o prazo de recebimento das vendas a prazo, a rapidez com que algumas
contas são convertidas em vendas ou em caixa, os pagamentos das compras a prazo. Destacam
nesses indicadores os prazos médios de vendas, recebimento e estocagem. Sempre utiliza os
valores médios considerando:

• Prazo Médio de Recebimento (PMR).

• Prazo Médio de Estoque (PME).

• Prazo Médio de Pagamento (PMP).

Ciclo financeiro = PMR +PME – PMP

O Prazo Médio Recebimento (PMR) é o prazo médio, em dias, entre a venda e o


recebimento. Quanto menor o prazo melhor para a empresa.

O procedimento do giro de estoques ou rotatividade de estoques é um dos mais


praticados métodos de controle agregado de estoques, o prazo médio mostra em dias quanto
tempo a empresa leva para vender o seu estoque. Quanto menor esse prazo, melhor para a
empresa.

Já o Prazo Médio de Pagamento (PMP) indica em quanto tempo a empresa leva para
pagar suas compras, quanto maior o prazo, melhor para a empresa.

O Índice de Endividamento, contabiliza capitais próprio e de terceiros, consegue


relacionar como está a dívida da empresa e mostra no que ela aplicou os seus recursos. Com
isso deixa claro o que ela tem em valores e bens, o que é capital próprio e o que foi usado de
terceiros. Ficando evidente também quanto ela tem em dívida para pagar em menor prazo para
os terceiros, e para saber quanto ela tem de garantia de capital próprio, é feito o cálculo para
cada unidade monetária de capitais de terceiros. Observando todas essas situações é fato afirmar
que quanto menor for a dívida da empresa melhor para seu andamento e saúde financeira.

Em meio aos indicadores contabilísticos, ainda existem os índices de rentabilidade, que


visam a mostrar a eficiência dos resultados obtidos em relação aos capitais investidos, medindo
o retorno financeiro que pode ser relativo com investimentos, patrimônio líquido, aos ativos e
outros fatores, isso é, indicam o grau de êxito econômico da empresa. Os principais indicadores
da rentabilidade são: margem liquida, taxa de retorno sobre os investimentos, taxa de retorno
sobre o patrimônio líquido e taxa de retorno sobre os ativos.
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A margem líquida mede a capacidade que a empresa tem de produzir lucro através de
suas vendas, fornecendo o percentual de lucro que a empresa ganha no seu faturamento.
A taxa de retorno sobre os investimentos mostra o retorno produzido pelo total de
aplicações efetuadas no ativo da empresa, mostrando a lucratividade sobre os investimentos.
A taxa de retorno sobre o patrimônio líquido é a que mede o retorno dos investimentos
aplicados aos acionistas ou proprietários, mostra o percentual que o lucro líquido representa
para cada unidade monetária
E a taxa de retorno sobre o ativo total e a capacidade que a empresa tem em gerar lucro
com seus ativos disponíveis, quanto maior a remuneração sobre o ativo total, melhor.
O Relatório de Análise, é um documento executado no final das análises, com as
conclusões dos resultados obtidos através das análises horizontal e vertical, dos indicadores
financeiros e econômicos, esse relatório é elaborado por um profissional da área contábil, o
analista de balanço. Nele deve conter informações para diferentes tipos de usuários que irão
examinar o relatório, conseguindo suprir a necessidade de cada um. Sua linguagem deve estar
de um modo mais simplificado para compreensão de todos. A opinião pessoal do analista não
é considerada para o documento, o que este responsável pode fazer é dar sugestões sobre tomada
de decisão, alegando com muita clareza como está a situação econômica da empresa através de
histórico dos períodos, conseguindo ter uma estimativa para o futuro. Deve conter referencias
que explicam por que a entidade está com aquele grau de endividamento, liquidez ou
lucratividade.
É imprescindível fazer a comparação dos indicadores obtidos na análise com o padrão
de mercado do ramo da empresa.

3 ESTUDO DE CASO

3.1 Descrição da Organização

O Grupo Varejista Lojas Renner S.A, surgiu no ano de 1922, como parte do Grupo A.J
Renner, localizado no Bairro dos Navegantes, na cidade de Porto Alegre (RS). Incialmente
como uma loja de comercialização de artigos têxtil e posteriormente, em 1940, tornando-se uma
loja de departamento, com sua constante evolução e crescimento a Renner começa sua história
independente em 1965, quando optou a desvinculação do A.J e transformando no então
conhecido atualmente Grupo Renner S.A, que dois anos após sua individualização, tornou-se
uma companhia de capital aberto.
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O grande crescimento do Grupo, teve início após sua reestruturação nos anos de 1990,
passando a operar como loja de departamento especializada em moda, com uma totalidade de
oito operações. Saindo dos limites geográficos do Estado de origem Rio Grande do Sul,
expandindo sua atuação nos Estados Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais e para o Distrito Federal. Com grande diversificação agrupando em roupas, calçados e
acessórios, a criação dos produtos da organização passou a serem baseados em cinco estilos de
vidas, levando em consideração jeito de ser e de vestir, com base em atitudes, interesses,
valores, personalidades e hábitos dos clientes, tendo slogan “Você tem seu estilo.”, difundindo
a moda por meio de produtos de 06 marcas próprias, que atende praticamente todos os públicos
sociais.
A Renner em 2005 passou a ser a primeira companhia brasileira a ter seu capital
pulverizado e aproximadamente 100% das ações em circulação, com comercialização das ações
no Novo Mercado da Bovespa. Com pleno sucesso nas operações das ações na bolsa, no ano
posterior a Renner expandiu sua atuação para região Nordeste, com abertura de lojas nos
Estados de Pernambuco, Ceará e Bahia, ainda no mesmo ano, foi implantada a área de Produtos
Financeiros, com a oferta de Empréstimo Pessoal e Saque Rápido, posteriormente
complementada com Seguros. Em sequência, no ano de 2007 o grupo chega até a região Norte
com a abertura de uma loja no estado do Amazonas. O ano de 2010, foi marcado pela
consolidação de seus produtos financeiros, lançando o co-branded Meu Cartão Renner, com as
bandeiras Visa e MasterCard e o lançamento no mundo virtual, por meio do e-commerce. Em
2014 abriu primeira loja dentro do projeto Renner Sustentável no Riomar Shopping Fortaleza,
sendo selecionada para compor a carteira do índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da
BM&FBOVESPA de 2015.As Lojas Renner S.A. adquiriu a Camicado, uma empresa no
segmento de casa e decoração, e, em 2013 e lançou a Youcom, destinada a um público mais
jovem, assim como também a linha Ashua busca trazer moda especialmente para pessoas plus
size.
A empresa trata-se de uma sociedade anônima, de capital aberto, que se rege pelo
estatuto social vigente e pela legislação aplicável. Sua operação está predominantemente
presente no Brasil, atualmente, segundo seu relatório 2020, a loja Renner, conta com 20 marcas
próprias, 385 lojas sendo 373 em todos os Estados Brasileiro, 8 lojas no Uruguai e 4 lojas na
Argentina. Já as lojas Camicado, atua com 113 lojas em todas as regiões Brasileiras, Yucom
com cerca de 100 lojas, também presente em todas as regiões, a Ashua, lançada em 2016, conta
com 8 lojas físicas, desde do ano de 2018, todas estas atuam com comercialização em loja
online, o chamado e-commerce, totalizando um quantitativo de lojas físicas de 606 e 25, 4 mil
18

colaboradores segundo dados do seu relatório anual de 2021, o percentual por idade, mais de
56% tem a idade de até 29 anos; 39% entre 30 e 549 anos e pouco mais de 3% acima de 50
anos, esse quadro funcional em grande maior tem o nível de escolaridade médio/ técnico e cerca
de 4,6 trabalhadores com ensino superior, no que tange gênero, mais de 65% do quadro é
feminino e o mesmo percentual de mulheres ocupando cargos de chefia na organização, cargos
estes de supervisão, administração, gerencia e direção. Seus escritórios no Brasil, sede em Porto
Alegre – (RS) e assistenciais em Shangai (China) e Dhaka (Bangladesh) e 03 centros de
distribuição.
A cadeia de suprimentos da Renner S.A, conta com fornecedores em diversos locais,
principalmente no território brasileiro de matérias primas de tecidos e acessórios para as suas
peças. Vistos como parceiros estratégicos pela organização, seus fornecedores devem seguir
seu código de conduta fornecedores. Grande parte desses parceiros são empresas de confecções
de origem brasileiras, outras estão localizadas em regiões como Dhaka, que é polo industrial de
confecção, exemplo desses são: Shanghai Jiasi Fashion Co., Ltd e Água Verde Confecções
Ltda.
Na sua presidência atual, Fabio Faccio, a Renner S.A completou 55 anos de história no
ano de 2020, enfrentando desafios e construindo uma história brilhando, sendo considerada a
maior varejista de moda do país, a qual aposta na versatilidade, diversidade, investimento do
capital humano e engajamento social, econômico e ambiental.

3.2 Gestão Estratégica de Custos e Formação de Preços


No que desrespeito a formação de preço, a organização leva em consideração para sua
formação, insumos, questões de cambiais, que afetam diretamente os preços dos produtos
vendidos. Em 2020 até mesmo questões relacionadas com o carbono e mudanças climáticas
corroboraram para esses valores a serem posto em mercado, uso de energias e combustíveis
também fazem parte desta formação. Na divisão da marca Camicado via e-commerce, faz-se
uso da ferramenta busca preços de produtos comparáveis e faz sugestões para otimização de
preços, ainda, a Companhia ajusta a composição de preços no varejo para compensar o impacto
de uma possível valorização na cotação do Dólar nos custos. Acerca das margens, a empresa
costuma divulgar sua margem bruta de varejo, ou seja, EBITADA, que nos últimos anos se
apresentavam estáveis, com decréscimos que levaram ao negativo nos anos de 2020 e 2021.
19

Com base no demonstrativo o de Resultado da empresa, a empresa tem grande despesas


com tributos, como ICMS que chegou em 2021 a cerca de 243 mi, assim como PIS e COFINS,
sem dúvida esses impostos corroboram para a formação de preço dos produtos vendidos.

As operações realizadas pela Renner, foram empréstimos e financiamentos, que em


dezembro de 2021 2.664,5 Mi, também a conta Juros de Empréstimos, Financiamentos, Swap;
essas operações estão voltadas a fomentação e desenvolvimento da organização, possibilitando-
a maior capacidade operacional.

3.3 Matemática Financeira


Dentro das atividades da Renner S.A, a matemática financeira se aplica principalmente
nos empréstimos que a empresa do grupo A Realize Crédito, Financiamento e Investimento
S.A, que oferta para seus consumidores, principalmente aqueles que tem o cartão Renner, o
serviço de saque rápido. Os empréstimos tem uma taxa de juros de 3,8% com IOF incluso nas
parcelas, o empréstimo pessoal poderá ser de até R$ 3.600,00 e pagamento em 12 vezes, via
carnê.

Já o saque rápido, a partir do cartão, em um exemplo no qual o cliente realize resgate o


valor de R$ 300,00 em 15 vezes e 1º parcela para o prazo de 60 dias, sob a taxa de juro de
10,99% a.m, no final do período pagaria o valor de R$ 743,70, na imagem abaixo, segue essa
simulação e outras:

Figura 01: Simulação de empréstimo Renner


20

O grupo Renner S.A, além de ofertar serviços financeiros, também consume produtos
similares, como, os empréstimos, nas suas demonstrações contábeis há contas no passivo de
empréstimos, financiamentos e debêntures, assim como Juros e custos de estruturação sobre
empréstimos e arrendamento e até mesmo a Amortização de empréstimos e debêntures.
Infelizmente as taxas e demais informações acerca dessas transações não são reveladas pela
empresa.

3.4 Análise das Demonstrações Financeiras


Com base nos indicadores contábeis da Empresa nos exercícios de 2018, 2019 e 2020,
em anexo, seguem alguns indicadores:

Indicadores Financeiros
Liquidez corrente

LC= Ativo Circulante / Passivo Circulante

2019 2020 2021


6.656.209/4.765.317=1,40 8.896.766 /5.633.411=1,58 13.984.780/ 7.954.100=1,75

Liquidez seca
Liquidez seca= Ativo circulante-estoque/Passivo Circulante

2019 2020 2021


6.656.209-1.124.506 8.896.766- 1.381.662 13.984.780-1.609.560 /
7.954.100= 1,55
/ 4.765.317=1,16 /5.633.411=1,33

Indicadores de Atividade

Giro do ativo

GA = Vendas Líquidas / Ativo

2019 2020 2021


9588437/11.791.735= 7537180/14.642.583= 10.571.556/21.411.985=
0,81 0,51 0,49
21

Giro do estoque

Giro de estoque por ano = Vendas anuais/ Volume médio de estoque


Não foi possível obter a informação, uma vez que há disponibilidade do estoque
inicial e estoque final.

Indicadores de Endividamento

Índice de endividamento

IE = (Capital de Terceiros / Ativos) x 100


2019 2020 2021
6.861.883/11.791.735= 9.141.267 /14.642.583x 9.141.267/21.411.98x100=
100= 42,69%
58,19%
62,43%

De maneira geral, a Renner S.A nas suas demonstrações contábeis apresenta


bons resultados no que tange lucro, principalmente nos anos de 2019 e 2020. Já no
ano de 2021, verifica-se uma situação negativa em comparação com os dois
exercícios anteriores, resquícios da pandemia da Covid-19.

Com isso a sua margem bruta chegou a ultrapassar 60%, impactando positivo
ao chegar-se ao lucro líquido. No que se trata endividamento, a empresa apresenta
boas perspectivas, apesar do índice de endividamento apresenta-se estável em
ambos os exercícios analisados.

Com o fechamento temporário de lojas no início do ano e menor fluxo de


clientes, o grupo Renner teve um impacto importante nas receitas de vendas no
primeiro trimestre, apresentando um decréscimo em relação a 2019 de 17,4%. Com
a reabertura de lojas, a partir da 2ª quinzena de abril e o avanço das operações
digitais, observou-se importante retomada das vendas, com a performance
consolidada da Receita Líquida das Vendas de Mercadorias referente ao exercício
de 2021 atingindo R$ 9.547.440,00 com crescimento significativo de 43,3% antes
de 2020 e de 12,7% comparado a 2019.

Ainda com perspectivas ruins para o consumo de vestimentas, acessórios,


etc. A Renner é uma empresa visionária que vale a pena investir em suas ações, até
22

mesmo direcionando o olhar para um cenário mais animador, uma vez que a
organização tem excelente histórico.

A organização faz uso das in formações contábeis de maneira corriqueira e


de acordo com as normais vigentes as sociedades anônimas, divulgando e
mensurando os resultados dentro dos exercícios, respeitando o princípio da
tempestividade. Fica nítido nos relatórios anuais da Companhia que são artefactos
para a tomada de decisões acerca de mudanças dentro da organização, abertura de
novas lojas e expansão do quadro funcional, assim como destinação de gestos com
pessoal, et
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do estudo, foi possível perceber que os aspectos organizacionais de gestão
Estratégica de Custos e Formação de Preços, aspectos relacionados a matemática financeira e
análise das demonstrações contábeis, são temas que permeiam e fazem parte dos processos de
administração de organizações empresariais, principalmente no ramo varejista, como a empresa
tratada, Renner S.A.

Dentro dos campos de conhecimentos citados, abordados de maneira teórica e prática,


a partir da conceituação de diversos pensadores, percebe-se que as práticas de custos e formação
de preço no cotidiano das empresas, assim como na Renner S.A vão de encontro com o que é
posto na literatura, levando em consideração custos de insumos, matéria-prima, concorrência e
outras questões pertinentes na composição.

Na mesma perspectiva, no campo da matemática financeira, se atendo a porcentagem e


regimes de capitalização, os conceitos trazidos no primeiro momento do estudo, corroboram de
maneira muito fiel para as atividades financeiras que são desenvolvidas das pela empresa do
grupo Renner, Realize Financeira, fato esse apresentado no estudo de caso com as simulações
do saque rápido, também é possível enxergar a aplicabilidade da matemática financeira nos
empréstimos adquiridos pela organização.

Com as contribuições epistemológicas da contabilidade, foi possível melhor


entendimento e avaliação das demonstrações financeiras da Renner S.A. A contabilidade por
ser um campo de conhecimento tão vasto e de extrema importância, contribui para que a
empresa mensure suas despesas, custos e receitas e as divulgue, levando em consideração a
legislação pertinente e os princípios necessários para que as informações sejam ofertadas as
partes interessadas em tempo hábil e de maneira fidedigna. Se atendo aos números e indicares
23

da empresa estudada, percebe-se bons números e impactos da conjuntura de mercado frente a


pandemia do Covid-19, mesmo assim, a Renner tem bons índices de endividamento e liquidez,
mostrando capacidade de cumprimento de suas obrigações a curto e longo prazo.

De maneira geral, o estudo tem grande relevância para o campo acadêmica e


profissional, contribuindo para melhor formação do discente, desenvolvendo habilidades
técnicas e competências perceptíveis a área financeira, onde posteriormente serão diferencias
na atuação dentro do mercado de trabalho, desencadeando a as atividades inerentes com êxito.

REFERÊNCIAS

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http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistacontextos/wp-content/uploads/2016/03/62_CA_artigo-
revisado.pdf . Acesso em 30. março. 2022.

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https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Margem_de_contribui%C3%A7%C3%A3o. Acesso em
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