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SOCIAIS E CULTURAIS
BEATRIZ HELENA RAMSTHALER FIGUEIREDO
e-Book 2
Sumário
INTRODUÇÃO������������������������������������������������� 3
PLANEJAMENTO������������������������������������������� 6
DIAGNÓSTICO������������������������������������������������ 9
MOBILIZAÇÃO E ARTICULAÇÃO����������������� 24
GESTÃO�������������������������������������������������������� 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS���������������������������� 32
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É fato que vivemos inundados de informações.
Diante do acesso a qualquer tipo de informação,
facilitado pelo desenvolvimento tecnológico e pela
democratização da internet, faz-se fundamental o
desenvolvimento de um tipo de conhecimento que
nos possibilite filtrar essas informações, verificá-las
e sistematizá-las em nome de um bem comum.
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Seja bem-vindo, pesquisador! Vamos mergulhar na
construção do conhecimento acerca do projeto e
de sua elaboração, viabilização e monitoramento.
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PLANEJAMENTO
Conceituar a prática do planejamento é algo apa-
rentemente fácil: planejar pode ser definido como
o ato de organizar, planificar, elaborar um projeto
ou ação a partir de um objetivo. Simples? Parece
que sim, mas a prática implica grandes desafios.
Vamos a eles?
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Muitas vezes, uma experiência nasce de uma ne-
cessidade premente e a prática vai se constituindo
conforme as situações se configuram. Nesse tipo
de cenário há poucas chances de fortalecimento
e de criação de parcerias sólidas para a ação ou
atividade desenvolvida. Isso não significa dizer que
as oportunidades não existem, mas que se reduzem
frente à falta de um planejamento consistente.
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Como unidade socioeconômica voltada para a
produção de um bem de consumo ou serviço, a
empresa é um sistema que reúne capital, trabalho,
normas, políticas e natureza técnica. Uma empresa
não apenas objetiva gerar bens econômicos para
uma relação de troca entre produtor e consumidor,
mas procura também desempenhar um papel signi-
ficativo no tecido social, missão que deve cumprir
qualquer que seja o contexto político. (TORQUATO,
2015, p. 22).
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DIAGNÓSTICO
Com um bom planejamento, é possível criar
diagnósticos pautados na realidade vivida, com
base em variáveis que serão fundamentais para o
estabelecimento de seus objetivos. São eles que
nortearão a sua atuação frente ao projeto. Não há
projeto eficiente sem objetivos consistentes.
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fim de planejar ações diante das áreas de maior
fragilidade social.
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Também a investigação tem um papel importante
nesse processo. Todas essas etapas, seja por
meio de ações in loco ou de levantamento de
dados bibliográficos e demográficos, objetivam o
levantamento de informações sobre o cenário em
que se pretende atuar. A pesquisa é um método
de investigação que pode ser bastante sedutor,
basta vontade e entrega para a construção de um
conhecimento metodológico que proporcionará
ao pesquisador uma experiência rica diante da
construção do conhecimento.
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ETAPAS DA ELABORAÇÃO
DE PROJETOS
Compreendendo a importância do cenário social
para a implementação de um projeto cultural ou
social, podemos então começar a falar especifi-
camente do campo da elaboração de projetos.
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Objetivo definido? Vamos à próxima etapa de
seu projeto. É preciso saber defender a sua ideia.
Para essa defesa, comumente damos o nome de
justificativa. A pergunta-chave, nesse caso, é “por
que você deve realizar esse projeto?”. Defenda a
sua ideia, não apenas com opiniões pessoais, mas
com dados frutos de pesquisas, investigações e
diagnósticos.
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A pré-produção é tudo o que você vai fazer para
alcançar o momento de realização de seu projeto.
Nesse momento entram as contratações, a organi-
zação de contratos, a liberação de direitos, ensaios
(quando necessários) e captação de recursos,
entre outras ações.
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verificar a existência do alvará de funcionamento
e dos itens de segurança do teatro a ser locado,
garantir a segurança da equipe técnica, dos artis-
tas e da plateia, enfim, há um número grande de
informações que não podem ser descartadas no
momento do planejamento.
SAIBA MAIS
Sobre o caso do acidente no espetáculo de teatro mu-
sical citado, veja a notícia:
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https://caras.uol.com.br/arquivo/danielle-winits-que-
da-acidente-thiago-fragoso-inconsciente-xanadu-tea-
tro-musical-miguel-falabella.phtml
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tário e/ou profissional de marketing, um relações
públicas e um jornalista. Esse é o cenário ideal.
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seja ele dentro de organizações públicas ou privadas.
Quanto mais elaborado e consistente estiver o seu
projeto, mais chances você terá de conseguir realizá-lo.
SAIBA MAIS
Assista ao documentário Infinito ao meu redor, sobre
uma turnê internacional da cantora brasileira Marisa
Monte. Ele é uma aula de produção cultural e, sob sua
narrativa, é possível mergulhar na experiência da pro-
dução de grandes eventos.
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Saiba que uma pessoa com deficiência visual tam-
bém pode ser um fotógrafo e que uma pessoa surda
pode frequentar um show musical. É obrigação do
produtor pensar que seu projeto precisa ser adaptado.
Se o local em que você trabalha não tem rampas ou
elevadores, não está devidamente sinalizado, não
tem banheiros adaptados, está na hora de pensar
um projeto para a adaptação urgente desse espaço.
É importante e é um direito de todo cidadão.
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em São Paulo do que em seu território, isso porque
o projeto em São Paulo ganhava maior visibilidade
e tinha maior interesse da mídia. Diante desse
contexto, imagine os desafios da gestão pública.
São enormes e exigem um olhar atento pautado
em dados científicos e pesquisas comprováveis.
Sem informação, não haverá boa gestão.
SAIBA MAIS
Sobre a elaboração de projetos para o campo cultural,
uma das obras de referência é de autoria do advogado
especializado no setor cultural Fábio de Sá Cesnik. É uma
obra para consulta e de grande importância para quem
deseja se especializar no setor. Anote esta referência:
20
Autor: Fábio de Sá Cesnik
Editora Manole
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ORGANIZAÇÃO PARA
IMPLEMENTAÇÃO
Um projeto também é um passo importante para
a sua implementação. Quando bem desenvolvi-
do ele se torna um importante guia de ação. Um
cronograma coerente o ajudará a se organizar,
pautando as suas ações nas etapas elaboradas
em planejamento prévio.
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sucesso e os objetivos previstos. Um ambiente
ruim pode levar o projeto ao fracasso. Lembre-se
sempre que trabalhar com pessoas envolve saber
ouvi-las e dar oportunidade para que se expressem
e se sintam valorizadas. Ofertar experiências que
gerem aprendizado também pode ser uma estra-
tégia importante para o fortalecimento de laços
profissionais.
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MOBILIZAÇÃO E
ARTICULAÇÃO
Pense estrategicamente também na articulação
do projeto com o meio e com o mercado. O meio
social onde o projeto está inserido não é apenas
um cenário ou um objeto de pesquisa, ele justifica
a existência de seu projeto. Articule as ações do
projeto de forma a atender as demandas diagnos-
ticadas na etapa preliminar da organização de sua
ideia de projeto. Pense, converse com as pessoas,
crie oportunidade para ouvi-las.
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contas sobre o uso do dinheiro e sobre as propostas
e promessas que pautaram as suas negociações.
Avalie os resultados. Procure compreender o que
pode ser melhorado. Faça diagnósticos e constitua
relatórios que possam ser a base de suas futuras
atividades.
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AGENTES FINANCEIROS
NACIONAIS E
INTERNACIONAIS
Falando em financiamentos, é preciso apontar que
há diversos tipos de apoios financeiros a serem
pleiteados por um projeto.
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ou indiretos. Fontes de financiamentos diretos são
investimentos vindos direto do caixa da empresa
para o projeto. Os indiretos se dariam por meio do
uso de leis de incentivo, por exemplo.
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projetos é tarefa do profissional gestor. Há alguns
portais e sites especializados na divulgação de
oportunidades e editais. Fique atento e procure por
eles. Há ainda uma série de grupos em redes sociais
que se propõem a divulgar essas oportunidades.
SAIBA MAIS
Há um site muito interessante que conecta quem executa
projetos sociais com quem os financia. Você pode fazer
uma inscrição gratuita e receber informações dos mais
diversos tipos de editais. Acesse: https://prosas.com.
br/home e verifique.
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GESTÃO
Fazer a gestão de um projeto não é tarefa fácil, mas
é uma etapa importante e, por isso, é extremamente
necessário que você se cerque de profissionais capa-
zes e com experiência, para que se possa realizar um
projeto de forma a atender e superar as expectativas.
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esquecido. O projeto não é um documento que
pode “morrer” no papel. A execução de um bom
projeto depende de uma boa equipe coordenada
por um bom gestor.
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montagem física elaborada, planejada e executada
em parceria com a equipe estrangeira.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O campo da elaboração de projetos é vasto e re-
pleto de especificidades. Aqui falamos de forma
global, procurando compreender elementos dos
campos cultural e social, mas é certo que cada
um dos universos sociais é repleto de elementos
sensíveis que correspondem aos seus respectivos
campos. Há projetos para as áreas ambientais, do
esporte, da saúde, da educação, sociais e culturais.
Há projetos para todas as áreas que você imagi-
nar e para cada uma delas, poderemos abrir um
horizonte novo e cheio de informações próprias
e peculiares.
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Essa formação é fundamental para um gestor de
projetos, para que ele compreenda que, no exercício
do dia a dia profissional, não devemos partir do
que achamos, supomos e pensamos saber. Pelo
contrário, toda atividade de planejamento deve
vir precedida de uma pesquisa detalhada com
levantamento de informações e dados que serão
relevantes para o desenho do objeto e do objetivo
a ser alcançado.
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sem um acompanhamento cuidadoso de todas as
suas etapas.
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Não há projeto de sucesso se não alcançarmos o
público que pretendemos ao planejá-lo. Uma sala
vazia de teatro pode até apresentar um ótimo espe-
táculo, mas se não houver público o projeto não se
concretizou conforme planejamento. Planejar exige
cuidado, pensamento estratégico e conhecimento.
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de compartilhar determinado conteúdo. Por isso
para projetos culturais e sociais funcionam muito
bem as estratégias de marketing de conteúdo. Sim,
gerar conteúdo relevante que dialogue com o seu
projeto com o intuito de potencializar a sua ação de
comunicação pode ser algo bastante interessante.
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Além da exibição do filme, poderíamos também pro-
por levar um ou mais atores, diretores e produtores
para um bate-papo sobre o processo de produção
após a exibição do filme. Podemos ainda convidar
estudantes de escolas públicas ofertando ingres-
sos e transporte para levá-los ao cinema. Quem
sabe, poderíamos também contratar estudantes
como estagiários em uma produção, dando a eles
o direito à experiência da produção cultural além
da própria fruição? Há inúmeras possibilidade
de ofertarmos ações de contrapartida social que
incentivem, inclusive, o acesso à fruição ou ao
fazer cultural. Há, nesses exemplos, uma clara
preocupação com a formação de plateia.
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Criar projetos é uma gostosa aventura e você pode
se tornar um gestor, um redator ou um produtor
de projetos.
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Referências Bibliográficas
& Consultadas
ANDRADE, R. B. Manual de eventos. Caxias do
Sul, RS: EDUCS, 2007. [Biblioteca Virtual].