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No velho paradigma, a física era a referência. “Toda a filosofia é uma árvore. As raízes
são a metafísica, o tronco é a física e os ramos as outras ciências”, dizia Descartes. Dela
partiam as demais ciências. Hoje, a física não deixou de ser um referencial, mas passou a
ser mais um, compartilhando sua vitalidade com outras ciências como a biologia e a
química. Não é à toa que os pioneiros do pensamento sistêmico foram os biólogos.
O que temos na natureza são redes dentro de redes, formando a teia da vida, como
denomina Capra. O que causa espanto para alguns, pois a ciência não pode fornecer uma
compreensão completa e definitiva, já que está impossibilitada de experimentar todas as
conexões que envolvem um fenômeno, além do que, as mesmas estão em constante
transformação. Independentemente de quantas conexões levamos em conta numa
descrição científica, alguma sempre ficará de fora. O velho paradigma da crença
cartesiana na certeza, a partir da dúvida, dá lugar à descoberta de que há conhecimento
aproximado, na medida em que a ciência não pode fornecer uma compreensão completa
e definitiva.
O “todo” da visão do todo, representado pela conexão entre tarefas, projetos, processos
e objetivos, rompe as fronteiras da organização interna. Inclui também o que, numa
visão não sistêmica, seria definido como fora, ou seja, o meio ambiente e a sociedade. Os
objetivos estratégicos numa visão sistêmica devem contemplar este fora. Cada
organização tem um papel na sociedade e uma responsabilidade com o planeta, a partir
do desenvolvimento de uma consciência ecológica. Os tempos atuais exigem
transparência e os agentes do mercado não perdoam aquele que não se preocupa com as
questões sociais e ambientais.
O “todos” da visão de todos se concretiza quando as pessoas estão cientes do que fazer,
porque fazer, como fazer, para que os objetivos da organização sejam alcançados.
Objetivos que representam o desejo de todos não só do investidor ou do gestor.
Incrementa-se a comunicação e a consciência da alteridade, do trabalho colaborativo, da
troca e da relação mais próxima entre gestores e colaboradores. O todos abarca ainda a
dimensão dos clientes e dos fornecedores. Uma relação que precisa ser continuamente
monitorada e alimentada para o sucesso do negócio.
Se a visão sistêmica passa a ser o novo paradigma da gestão, não podemos deixar de
fora a importância do uso da tecnologia. De um sistema (software) para ajudar na
montagem do novo modelo de gestão e sua governança. O Scopi foi desenvolvido com
este propósito, promover a visão do todo e de todos, fazer a teoria funcionar na
prática, integrando num só lugar modelo de negócio, mapa de empatia, análise de
cenários, gestão de riscos, objetivos estratégicos, indicadores, metas, projetos, processos
e tarefas. Tudo isso para que gestores, colaboradores, clientes e fornecedores, sintam-se
integrados e tenham uma vida mais organizada e uma visão mais ampliada. Muito mais
para se prepararem para o futuro do que para controlá-lo.