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Cultura Organizacional

O conceito de cultura abrange teoricamente uma ampla representação de ideias.


Segundo Edward Taylor, “cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as
crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades
adquiridos pelo homem como membro da sociedade" (TAYLOR, )

A representação de cultura, portanto, ocorre na interação entre os seres humanos,


no comportamento social. Ou seja, representa o conjunto de saberes e tradições de um
povo. Estes são produzidos pela interação social entre os indivíduos de uma
comunidade ou sociedade.

Dentro desta perspectiva encontramos, a cultura organizacional, também


chamada de "cultura corporativa", um conceito que reúne um conjunto de elementos
associados aos valores, missões e comportamentos de determinada organização. Logo,
cada organização irá contar com valores e elementos que o formam. Além do
estabelecimento de relações complexas, a cultura organizacional possibilita o
desenvolvimento de regimentos que governam o comportamento destes que fazem parte
da organização.

A partir do contexto da globalização e dos estudos mercadológicos, esse tipo de


cultura foi criando padrões de funcionamento e operações, por exemplo, dentro de uma
empresa.

Chiavenato (2004) realiza o comparativo da cultura organizacional com um


iceberg, visto que aquilo que é expressamente manifesto fica fácil identificar. Assim
aquilo que é de concreto na organização, como por exemplo, a forma de organização
dos objetos. Na parte inferior encontram-se as partes de mais difícil identificação.
“Nessa parte estão as decorrências e aspectos psicológicos e sociológicos da cultura”
(CHIAVENATO, 2004, p. 122). Tal comparação tem por objetivo indicar que as
organizações possuem metodologias específicas que possibilitam ao colaborador
apreender a forma como os processos acontecem no ambiente organizacional.

Segundo Luz (2003), expressar a cultura de uma organização se dá através de


inúmeros fatores como: o código de ética, declaração da visão, missão e dos valores da
organização, dos seus slogans, e finalmente, através do comportamento da empresa e do
comportamento dos seus colaboradores. Importante pontuar aqui a influência do meio
sócio-cultural ao qual a organização está inserida.

Mas como se delineia a cultura organizacional, de que forma ela se estabelece.


Silva e Zanelli (2004) indicam que o modo de trabalhar de uma organização será
determinado inicialmente pela forma de pensamento dos seus idealizadores. Logo, os
fundadores, a partir das perspectivas pessoais irão ditar a configuração inicial dos
empreendimentos. Porém, é a cultura organizacional que possibilita a manifestação dos
valores e crenças que cada colaborador partilha com a organização.

Lima et al, discorre que para que a cultura da organização seja compartilhada
entre os membros que a compõe, faz-se necessário que os gestores estimulem seus
colaboradores a alcançaremos objetivos básicos da organização. A compreensão
possibilita-nos refletir que tais objetivos, são as atividades essenciais que cada membro
da organização deve realizar para o alcance das metas organizacionais.

Nesse panorama, a empresa deve se atentar aos rumos que se deseja seguir. Para
que tipo de percurso está fazendo e para onde que chegar. A esse propósito se define o
planejamento estratégico.

Planejamento Estratégic

O planejamento estratégico é segundo Rovina (2018,) o “processo de elaborar a


estratégia de uma organização e definir como ela pode ser alcançada” (ROVINA, 2018,
p.1). Em outras palavras, a empresa reconhece a sua situação atual e faz uma projeção
de futuro, isto é, como ela deseja estar daqui a alguns anos. Essa visão de longo prazo
prevê mudanças que ajudem na diferenciação de negócio.

O planejamento estratégico age como uma rota. Para isso, a organização precisa
saber o destino e o percurso em quer que seguir. “Se refere a um processo sistêmico
que ajuda na definição da melhor estratégia para que uma organização alcance seus
objetivos e alcançar o sucesso.”(MENESES, 2021, p. 1) . Logo, consiste no
estabelecimento de metas, ações e na mobilização de recursos financeiros ou materiais
para atingir determinado objetivo maior, que pode definir o sucesso de um
empreendimento ou organização.
Além do planejamento estratégico vemos a noção de outros tipos de
planejamento essenciais nesse escopo de realização. Para montar a melhor estratégia se
definiu alguns tipos de planejamento, discorrido por Meneses (2021):

Tipos de Planejamento:

Planejamento tático

O planejamento estratégico tático busca desenvolver uma visão para unidades de


negócio ou de departamentos, por exemplo. Isso quer dizer que ele foca no médio prazo
e nas definições das ações principais para melhoria de uma área ou departamento.

Planejamento operacional

Já o planejamento operacional está ligado às tarefas de rotina da organização ou


instituição. O foco dele é no curto prazo, então suas ações são para a realização de
objetivos muito mais específicos para o negócio.

Planejamento situacional

Esse tipo de planejamento inicialmente foi pensado para desafios da


administração pública, mas hoje ele é muito utilizado por diversos tipos de negócios e
organizações. Ele consiste na aplicação de planos de ação para adaptar a realidade
existente ou em sua reformulação, levando em consideração as variáveis situacionais.
Isso quer dizer que é baseado no presente, na realidade atual de uma empresa, por
exemplo.

Em relação as utilizações dos diversos tipos de planejamento vemos que o


planejamento estratégico e o tático visam onde a empresa quer chegar, pensando a longo
prazo, e traçando estratégias macro. Já o operacional tem como foco buscar aquilo que
será mais eficaz para as atividades diárias. Ele busca o aumentar a produtividade e a
eficiência, aumentando a velocidade e a qualidade das entregas.

Por mais que sejam bem diferentes, esses três tipos de planejamento que falamos
acima precisam estar em total sintonia. Dessa forma, a empresa terá sucesso em sua
estratégia e conseguirá atingir seus objetivos de curto, médio e longo prazo. É uma
ferramenta de gestão empresarial de extrema importância pois possibilita identificar a
realidade do negócio, avaliando os possíveis caminhos e auxiliando a tomar decisões
mais racionais.

Um planejamento feito com qualidade faz a empresa colher frutos a curto, médio
e longo prazo, vez que eles trabalham como uma engrenagem dentro da empresa.

As vantagens de se desempenhar um planejamento estratégico se apresenta em


diversos níveis. Segundo Meneses:

Ele permite que a empresa ou equipe possua uma visão mais


didática e real dos objetivos estabelecidos. Assim, esse
planejamento passa a ser algo palpável e tangível, ficando mais
fácil de definir além da teoria, podendo ser visualizado de forma
prática, na realidade de cada colaborador. (MENESES, 2021,
p.10)

Deste modo, vemos o comprometimento e engajamento dos funcionários, pois


ainda como aponta Meneses, “em um planejamento estratégico para seguir, é uma
organização com maior grau de comprometimento”, ao poder participar do processo de
crescimento do negócio. Além de tornar os funcionários mais engajados, pois eles
sabem onde podem chegar e devem chegar.

Outra questão é a prevenção de problema, quando um planejamento é realizado,


as ações já estão previstas, o que facilita imaginar o cenário futuro e obstáculos que
podem aparecer. Isso permite que soluções também já possam ser pensadas, caso os
problemas venham a surgir.

A produtividade da equipe também é um ponto de desataque. Pois, com as


funções definidas a equipe não fica sobrecarregada. Quando se faz um planejamento,
você já sabe quais passos serão seguidos e pode definir a prioridade de cada um deles,
de acordo com as necessidades mais urgentes e menos urgentes. Também pode
organizar a equipe de acordo com o que cada pessoa faz de melhor, melhorando o foco,
otimizando tempo e incentivando os funcionários. Esse é o combo capaz de melhorar a
produtividade do time.

A economia adquirida também consegue ser um diferencial. Com um plano


definido o desperdício diminui, já que se reduz os gastos tanto de tarefas como de
recursos investidos. Sem falar que erros que poderiam causar retrabalhos, costumam ser
evitados.

Conclusão:

Nesse percurso, podemos ver que a cultura organizacional se apresenta como


uma condição inerente as organizações. No entanto, a sua aplicação vem acompanhada
de elaborações coletivas, buscando o melhor rumo a empresa em sua prática e seus
objetivos. Assim, a cultura organizacional é preparada para uma nova situação, qual
seja, que tenha uma visão mais adequada junto aos indivíduos, agindo o mais próximo
daquilo que se espera para a evolução da cultura da organização

A esse que tipo de percurso está fazendo e para onde que chegar.se conceitua o
planejamento estratégico. Nessa perspectiva, os rumos da empresa são definidos, na
forma que se adquire um caminho, uma rota para se seguir. Isso se faz analisando
cenários, definindo metas e ações que permitirão chegar onde se deseja. Vimos também
a importância e definições do planejamento tático, operacional e situacional. Esses três
níveis, embora conectados, se diferenciam em relação ao escopo, às pessoas envolvidas,
ao prazo e aos resultados que cada um desses níveis de planejamento proporcionam para
a organização.

Referência Bibliográfica:

CHIAVENATO, Idalberto. TGA:Abordagem descritiva e explicativas. São


Paulo:Manole, 2014.

LIMA, Lucas; SILVA, Lucas; HOROSTECKI, Marcelo. Cultura Organizacional. VIII


SEGET. 2019. Disponível em:
<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos11/32914309.pdf>

LUZ, Ricardo. Gestão do Clima Organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.

MENESES, Isabela de. O que é o planejamento estratégico, quais os tipos, vantagens e


como fazer? . Celero. 2021. Disponível em:< https://celero.com.br/blog/planejamento-
estrategico/>
ROVINA, Jackson. O que é Planejamento Estratégico: entenda o conceito. EUAX.
2018. Disponível em: https://www.euax.com.br/2018/08/o-que-e-planejamento-
estrategico/.

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