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DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO: A PRIMEIRA

FASE DO PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL


Silvia da Silva Santos¹
Jéssica Marques de Andrade²

RESUMO
O presente artigo cientifico tem como tema o Diagnóstico Estratégico: A primeira fase do
planejamento Organizacional. Este tem como principal objetivo, fazer integração das análises
SWOT Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats
(Ameaças), pois esta é uma das mais importantes metodologias para realizar o diagnóstico
estratégico de uma empresa, e com base na pesquisa aplicada, foi realizado na empresa
multinacional Vale S/A, que atua diretamente no campo da mineração, tendo como principal
foco, o minério de Ferro. Foi necessário avaliar o cenário atual em que a empresa está inserida,
analisar oportunidades e ameaças presentes no ambiente interno e externo, identificar os pontos
fortes, fracos da organização, e junto a um de seus gestores verificar objetivos e metas de curto e
médio prazo a fim fazer um estudo referente as estratégias para aumentar ganhos, e melhorar a
gestão. O Identificou-se, através deste diagnóstico, que existem fatores relevantes a serem
considerados em um planejamento estratégico pela empresa, os quais tangem as variáveis
contempladas pela ferramenta de análise estratégica de SWOT. Desta forma objetivou-se também
fazer um link enquanto a identificação das estratégias existentes utilizadas para fortalecer a
atuação no mercado, pilares de negócios, eliminação de riscos, e responsabilidade perante a
sociedade, para enfim proporcionar um breve esclarecimento e conhecimento transparente das
realidades interna e externa da empresa aos seus gestores para assim ser possível um
planejamento estratégico mais assertivo focado na neutralização e/ou aperfeiçoamento de suas
fraquezas; e na manutenção ou melhoria de suas forças, com propósito de auferir diferencial
competitivo da empresa.

Palavras-chave

Planejamento, Estratégia, Análise SWOT

1. INTRODUÇÃO

O presente seminário, foi realizado de acordo com o diagnóstico, entrevistas e pesquisas


bibliográficas feitas para desenvolve-lo, tendo como empresa, a Vale S/A, que atua no ramo de
mineração, é uma das principais exportadores de minério de ferro do país, e juntos a esse ponto
positivo, será desacatado também informações relevantes sobre os desafios que a empresa
enfrenta, bem como as estratégias para se manter ativa no mercado a tanto tempo.
Este foi realizado de acordo com a percepção de um dos gestores da empresa Vale S/A, por
meio de uma entrevista, e esta se deu por meio de questionário, onde o mesmo deu um
direcionamento fontes deste conteúdo, como: Ajudando a entender como a empresa atua no
mercado a tanto tempo, levando em consideração suas forças, oportunidades, fraquezas e ameaças,
1 Silvia da Silva Santos
2 Jéssica Marques de Andrade
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Administração (ADG103) – Prática do Módulo VII –
29/11/2022
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objetivando alcançar melhores resultados, levando sempre em conta a opinião dos autores para
investir mais no conhecimento bibliográfico e agregando valores considerando o posicionamento
dos autores, que trouxe auxílio e referencial, para melhorar a compreensão.
Nos dias atuais, nota-se a necessidade de uma visão estratégica do ambiente interno de uma
empresa, bem como, gestão qualificada para atuar sobre influências no ambiente externo. Para que a
gestão se desenvolva de forma significativa, é indispensável que os gestores se utilizem de
ferramentas administrativas e, estratégicas para alavancar sua produtividade e lucratividade.
O artigo tem como principal objetivo analisar o comportamento do mercado referente a uma
mineradora forte no país, e traz observações de fatores internos e externos para elaboração da
Análise SWOT desta. Dessa maneira, foram desenvolvidos os seguintes objetivos específicos:
verificar a estratégia do modelo de negócio da empresa Vale S/A, elaborar a Análise SWOT com
base nas informações coletadas.
A pesquisa é moldada através de referenciais teóricos, que traz consigo conceitos da
administração e analises de mercado fundamentais para o desenvolvimento das atividades
organizacionais, e as estratégias, que estruturam a base do atingimento de metas. Traz também
Análise SWOT determinando o estudo de análise de mercado, seguido pela metodologia e os
resultados obtidos com a pesquisa e as conclusões determinadas a partir do estudo de caso
realizado.

2. PLANEJAMENTO

Planejar é tomar decisões antecipadas acerca do futuro porque ele é incerto e não há como
precisar o que será encontrado mais adiante. É necessário um mínimo de preparo, um mínimo de
organização para conseguir lidar com as contingências, com as situações futuras. No futuro de
longo prazo, como ocorre no âmbito do planejamento estratégico, alguns conceitos são relevantes
para fundamentar esse agir das organizações para alcançar aquilo que se pretende. O planejamento
pode ser definido como uma forma mais elevada de aprendizagem organizacional e visa a máxima
eficiência, eficácia e efetividade. E para facilitar a compreensão, Chiavenato afirma que:

“Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos a


serem atingidos e como se deve fazer para alcança-los. Trata-se, pois, de um modelo teórico para a
ação futura. Começa com a determinação dos objetivos e detalha os planos necessários para atingi-
los da melhor maneira possível. Planejar é definir os objetivos e alcançar antecipadamente o
melhor curso de ação para alcançá-los. O planejamento define onde se pretende chegar, o que deve
ser feito, quando, como e em que sequência” (CHIAVENATO, 2004, p. 77).

O Planejamento tem o significado desenvolver um objetivo para realização de estratégias e metas


da organização, e pode trazer o envolvimento de suas escolhas e ações antecipadas do que deve ser
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realizado e determinação de como e quando deverá ser feito (TERENCE, 2002). É no planejamento
estratégico da organização que se fundamentam os principais e mais abrangentes conceitos sobre a
organização. É nesse nível que se estabelece a consistência e concepção de crenças e princípios que
nortearam toda a comunidade, desde o nível estratégico até o nível organizacional, para que todos
cumpram seu papel, dentro da sua zona de alçada.
Dessa forma, é importante ressaltar que é no planejamento que é estabelecido objetivos e para
atingir objetivos, é necessário definir os meios para alcançar no planejamento deve-se entender essa
diretriz futura, o que se pretende alcança-lo, e para alcançar algo é necessário consistência e
orientação.

3. ESTRATÉGIA
A Estratégia é definida como: “a orientação e o alcance de uma organização a longo prazo
que conquista vantagens no ambiente inconstante por meio da configuração de recursos e
competências com intuito de atender às expectativas dos stakeholders” (JOHNSON et al., 2009, p.
103). Diante disso, é importante ressaltar que empresa selecionada para a pesquisa, busca explorar
maneiras de melhorar a comunicação e o engajamento com os stakeholders, e tendo isso como umas
das estratégias, o programa de engajamento com investidores tem evoluído e, ao abrir e ouvir uma
ampla gama de perspectivas, estão desenvolvendo práticas de forma a melhorar e apoiar os
negócios e sua cultura. Assim, entende-se que é necessário haver uma organização a frente das
tomadas de decisões para que estrategicamente, seja alcançado os objetivos conforme o planejado
para também atender as necessidades das partes interessadas.
E seguindo essa linha (CHIAVENATO, 2004, p. 42) diz que a estratégia é o “padrão ou plano
que integra as principais políticas, objetivos, metas e ações da organização.” Dessa forma,
analisando a forma como a estratégia deve ser definida, é importante entender que ela influencia no
futuro da empresa, e que definições a respeito das políticas, objetivos, metas e ações da
organização, impactará positivamente ou negativamente na evolução da empresa. E de acordo com
as pesquisas da empresa Vale S/A, foi detectado que alguma de suas estratégias é buscar o impacto
positivo da sociedade, e indo além dos impostos, trazer projetos sociais e reparação em
Brumadinho, para que se tornem um facilitador do desenvolvimento nas áreas em que atuam,
promovendo uma indústria de mineração mais segura e sustentável.
Chiavenato et al, (2004 p. 42) diz que “uma boa estratégia pode assegurar a melhor alocação
dos recursos em antecipação aos movimentos, planejados ou não, dos oponentes ou às
circunstancias do ambiente”. E fazendo um link com essa ideia, saber dar os passos certos antes aos
movimentos da empresa de modo geral, verificando-se também as oportunidades e ameaças do
ambiente interno e externo, fortalecerá as definições estratégicas frente a concorrência.
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4. ANÁLISE SWOT

A análise SWOT é uma ferramenta da gestão estratégica, usada para fazer análise de cenário,
sendo uma base para o planejamento estratégico. É também conhecida como uma matriz “FOFA”. A
análise Swot é uma ferramenta de avaliação ambiental, e trabalha com duas perspectivas: a perspectiva a
interna e perspectiva externa. Dentro da perspectiva interna, ela analisa as forças e as fraquezas da
organização, e dentro das perspectivas externas, ela avalia as oportunidades e ameaças no contexto
organizacional. Assim, “A análise SWOT permite o afloramento de recursos e capacidades que podem
ser úteis e alavancados no processo de gestão estratégica”. (TAVARES, 2010, p.164).
Johnson et al., (2009, p. 103) diz que a “Análises SWOT somente se mostra útil se for
comparativa se examinar forças fraquezas oportunidades e ameaças em relação aos competidores”.
Diante desse exposto, vejamos algumas análises referentes as forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças da empresa a melhora na tomada de decisões, sendo uma ferramenta imprescindível na
definição de estratégias para o negócio.

ILUSTRAÇÃO 1 - MATRIZ SWOT

FONTE: PRODUÇÃO DA PESQUISADORA

A figura 1 mostra a matriz com os diagnósticos da atuação da mineradora, e compreendem


como forças, a produção de minério de ferro e a solidez financeira. As fraquezas estão voltadas para
a integração dos sistemas transacionais em suas operações e o crescimento que impacta no meio
ambiente. Como oportunidade, temos a pesquisa de desenvolvimento de energia limpa, novos
pactos com a sociedade, maximização “flight to quality” no Minério de ferro, contribuição
Socioeconômica e entrada no mercado de fertilizantes. As ameaças estão voltadas para intervenções
governamentais e a dependência do mercado chines, barragens, e também a volatilidade da
comercialização de commodity (minério).
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Vale salientar que as tragédias de Mariana e Brumadinho fizeram parte de uma ameaça
externa da mineradora e mudou para sempre a sua atuação perante o assunto, adotando-se novas
metodologias como o controle e Gestão de Barragens, acompanhamento do Desempenho de
Barragens e implementação de programa de Descaracterização e atuação direta na reparação
integral dos seus impactos, afim de garantir a não repetição.
Pode-se dizer que as empresas trabalham com intuito de alcançar ou fortificar suas vantagens
em relação a competitividade. É possível que está vantagem competitiva seja alcançada quando a
organização é capaz de gerar maior valor econômico do que as empresas concorrentes (BARNEY;
HESTERLY, 2007).
Diante desta avaliação, sabemos da posição competitiva e desafiadora que esta empresa tem
no mercado, e através desta matriz, identificamos as duas variações: pontos fortes (strenghts) e
pontos fracos (weaknesses) da análise interna; oportunidades (opportunities) e ameaças (threats) da
análise externa. Ao ilustrar a matriz, as variações são sobrepostas, levando a facilitar a análise e a
para a tomada de decisões, sendo uma ferramenta indispensável para definir as estratégias do
negócio.
3. METODOLOGIA

O presente artigo foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas, livros, artigos e


entrevista com um dos gestores da empresa Vale S/A, que levou a considerar fatores relevantes
para o desenvolvimento eficaz deste seminário. A entrevista se deu por meio de questionário, onde
o mesmo direcionou as fontes deste conteúdo, como: Ajudando a entender como a empresa atua
no mercado a tanto tempo, levando em consideração suas forças, oportunidades, fraquezas e
ameaças, objetivando alcançar melhores resultados, levando sempre em conta a opinião dos
autores para investir mais no conhecimento bibliográfico e agregando valores considerando o
posicionamento dos autores, que trouxe auxílio e referencial, para melhorar a compreensão.
Os autores como: Barney, Terence, Chiavenato, Tavares, Johnson contribuíram e trouxe
elucidação para elaborar com clareza a fundamentação teórica, assim desenvolvendo uma análise
onde foi utilizado a opinião dos mesmo que foi de suma importância. Assim obtendo os resultados
esperado com originalidade, facilitando o aperfeiçoamento no tema estudado, trazendo lucidez na
apresentação deste artigo bibliográfico no assunto que está sendo abordado.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com base nos dados coletados, pode-se entender que a empresa por mais ampla de
estruturada que seja, ela precisará de uma formulação embasada em referenciais teóricos. E ligado
a esse pensamento, Parra, (1998) diz que o conhecimento teórico, é a maneira mais formal de se obter
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experiencia em seu conteúdo. E embasado nisso, é importante reiterar que a maioria dessas teorias,
passam a ser exercidas na prática.
A análise SWOT, foi idealizada por Kenneth Andrews e Roland Christensen, professores da
Harvard Business School, e hoje é utilizada por grandes empresas como a Vale S/A, pois ela tem a
função de nortear as estratégias da organizando, fazendo-se necessário analisar ações externas do
mercado, para que enfim, possa trazem impacto positivo no atingimento de metas da empresa.

6. CONCLUSÃO

O Presente trabalho teve por objetivo demostrar as análises SWOT na empresa Vale S/A.
Buscou-se um entendimento de perto sobre suas forças, oportunidades, fraquezas e ameaças, em
sua organização, e também trazer novas formas de enxergar o negócio e como se tornar um
potencial competidor para garantir espaço no mercado. Sem dúvidas, é bastante desafiador está
inserindo no ramo de mineração, e sendo um dos principais e mais influentes exportador de
commodities do país, e um dos desafios, e pode se dizer, “ameaça”, é a queda do valor do minério
de ferro e a volatilidade da economia no país e no mundo, e principalmente, na China, que é o
principal importador do minério de ferro no Brasil.
Nesse sentido, vemos o quanto é necessário ter uma boa gestão e visão do mercado dentro e
afora, pois ele traz consequências, pode ser positiva e negativa. É importante ter um modelo
gerencial a par das situações voláteis do mercado, visando também a importância das pessoas que
atuam nas organizações visando também a cultura da empresa quando necessária para o alcance dos
objetivos organizacionais na empresa. Assim, identificou-se, através deste diagnóstico, que existem
fatores relevantes a serem considerados em um planejamento estratégico pela empresa, os quais
tangem as variáveis contempladas pela ferramenta de análise estratégica de SWOT.
Desta forma objetivou-se também fazer um link enquanto a identificação das estratégias
existentes utilizadas para fortalecer a atuação no mercado, pilares de negócios, eliminação de riscos,
e responsabilidade perante a sociedade, para enfim proporcionar um breve esclarecimento e
conhecimento transparente das realidades interna e externa da empresa aos seus gestores para assim
ser possível um planejamento estratégico mais assertivo focado na neutralização e/ou
aperfeiçoamento de suas fraquezas; e na manutenção ou melhoria de suas forças, com propósito de
auferir diferencial competitivo da empresa.
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REFERÊNCIAS

BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem competitiva. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

CHIAVENATO, I.; SAPIRO, A. Planejamento Estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004

JOHNSON, GERRY, Fundamentos de Estratégia. Front Cover. Gerry Johnson, Kevan Scholes,
Richard Whittington: Tradução: Rodrigo Dubal – Porto Alegre: Bookman, 2011.

TAVARES, Mauto Calixta. Gestão Estratégica. 3.ed. São Paulo, Editora Atlas,
2010.

TERENCE, A. C. F. Planejamento estratégico como ferramenta de competitividade na pequena


empresa. São Paulo, USP, 2002. Dissertação (Mestrado). Mestrado em Engenharia de Produção. Escola
de Engenharia de São Carlos. Departamento de Engenharia de Produção. São Paulo, 2002.
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