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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

CARREIRAS
ADMINISTRATIVAS
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O planejamento estratégico existe há muito tempo, desde o século XVIII,


quando já se iniciaram as disputas pelos mercados, mas naquela época o
planejamento estratégico não era visto como uma forma eficiente em longo
prazo, visto que havia administradores que tinham prática na gestão
administrativa; existia, naquele tempo, também, o contador para contar o
dinheiro resultante das atividades. As funções da empresa eram guiadas pelo
coordenador das estratégias, cada departamento tinha seus objetivos a serem
seguidos; contudo, quando surgiram as grandes empresas e estas de
segmentos diferentes, fora constatada a falta de um planejamento
estratégico mais sofisticado integrado a elas, algo que pudesse atender suas
necessidades a curto, médio e longo prazo. Com o auxílio de Henry Ford e
Alfred Sloan foram criados planejamentos estratégicos para empresas com
base no estudo dos pontos fortes e fracos dos concorrentes, a fim de verificar
o que a organização poderia fazer para ser melhor e se manter competitiva
(CHIAVENATO e SAPIRO, 2009).

Planejamento estratégico é um conjunto de atividades realizadas por meio de


análise do que foi feito no passado, idealizando-se, assim, um objetivo
adequado para o futuro. É uma ferramenta de trabalho que facilita para as
organizações lidarem com situações de mudanças (SOUZA e QUALHARINI,
2007).

O planejamento estratégico envolve vários fatores, que devem ser pensados


de forma a alcançar o que a empresa deseja. Deve-se, então, planejar o que
deve ser feito, como deve ser feito, quando, quanto, para quem, por que, por
quem e onde (AMORIM, 2012).

Tudo que for realizado no planejamento para a empresa deve decorrer de


decisões presentes e que irão surtir efeito no futuro. É uma atividade que
analisa a organização como um todo, verifica quais são suas oportunidades e
ameaças, por meio de estudos sobre seus pontos fortes e fracos, buscando
criar métodos corretos a serem seguidos pela organização, a fim de executar
a missão da empresa e fazer com que a empresa siga na direção do que ela
pretende ser (OLIVEIRA, 2004).

A intenção do planejamento para a empresa implica na redução de dúvidas


no processo de tomada de decisão, bem como aumentar as chances de
atingir os objetivos, desafios e metas propostas, além de fazer com que a
empresa caminhe de forma correta; assim, cumprindo com sua missão e
alcançando seus objetivos (FISCHMANN e ALMEIDA, 2011).

A criação do planejamento estratégico da empresa é uma atividade


complexa, posto que se trata de uma atividade que determina os estados
futuros e a avaliação das ações realizadas pela empresa para se alcançar os
objetivos. É um processo contínuo. Entretanto, não segue a mesma linha, já
que a empresa sofre várias influências internas e externas, sobre as quais,
muitas vezes, ela não pode interferir (CHIAVENATO e SAPIRO, 2009).
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É uma ferramenta que necessita de um contínuo monitoramento, uma vez


que as empresas podem tomar direções diferentes, já que sofrem inúmeras
variações de acordo com o mercado, o que incidirá no reajuste do
planejamento de acordo com as circunstâncias atuais da organização
(TAVARES, 2010).

No entanto, Matos e Chiavenato (1999) lecionam que o planejamento


estratégico apresenta cinco características fundamentais:

➢ O planejamento estratégico está relacionado com a adaptação da


organização a um ambiente mutável: Ou seja, sujeito à incerteza a
respeito dos eventos ambientais. Por se defrontar com a incerteza tem
suas decisões baseadas em julgamentos e não em dados concretos.
Reflete uma orientação externa que focaliza as respostas adequadas às
forças e pressões que estão situadas do lado de fora da organização.

➢ O planejamento estratégico é orientado para o futuro: Seu horizonte


de tempo é o longo prazo. Durante o curso do planejamento, a
consideração dos problemas atuais é dada em função dos obstáculos e
barreiras que eles possam provocar para um almejado lugar no futuro.

➢ O planejamento estratégico é compreensivo: Ele envolve a


organização como uma totalidade, abarcando todos os seus recursos,
no sentido de obter efeitos sinergéticos de todas as capacidades e
potencialidades da organização. A resposta estratégica da organização
envolve um comportamento global, compreensivo e sistêmico. A
participação das pessoas é fundamental nesse aspecto, pois o
planejamento estratégico não deve ficar apenas no papel, mas na
cabeça e no coração de todos os envolvidos. São eles que o realizam e
o fazem acontecer.

➢ O planejamento estratégico é um processo de construção de


consenso. Devido à diversidade dos interesses e necessidades dos
parceiros envolvidos, o planejamento deve oferecer um meio de
atender a todos na direção futura que melhor convenha para que a
organização possa alcançar seus objetivos. Para isso, é preciso
aceitação ampla e irrestrita para que o planejamento estratégico possa
ser realizado através dessas pessoas em todos os níveis da organização.

➢ O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem


organizacional. Por estar orientado para a adaptação da organização
ao contexto ambiental, o planejamento constitui uma tentativa
constante de aprender a ajustar-se a um ambiente complexo,
competitivo e suscetível a mudanças.

Vantagens e Desvantagens do Planejamento Estratégico

Existem as vantagens e desvantagens da utilização do planejamento


estratégico nas empresas (MORGADO e PINHO, 2009).
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Plano Estratégico

O Plano Estratégico é o produto obtido com o processo de planejamento. Um


PE pode ser considerado como “um conjunto coerente de grandes
prioridades e de decisões que orientam o desenvolvimento e a construção do
futuro de uma organização no prazo estabelecido” (PORTO,1998). Neste
sentido converte-se em ferramenta gerencial básica para se assegurar
racionalidade ao processo decisório, fazendo convergir os esforços e as ações
de uma determinada organização. É o caminho que uma organização
pretende percorrer para sair de uma situação presente e chegar, em um
período previamente determinado, a uma situação futura que represente sua
evolução.

Segundo PORTO (2001), o Plano Estratégico é, em última instância, a


materialização de todo o esforço do processo de planejamento estratégico
empreendido pela organização. Sua transformação em documento escrito é
importante, tanto no que se refere à difusão das ideias propostas, como na
possibilidade de seu uso como ferramenta de apoio à gestão estratégica da
organização, funcionando como uma agenda para os dirigentes.

PORTO (2001) define o Plano Estratégico como:

✓ Um modelo de decisões coerente, unificador e integrador;

✓ Um meio de estabelecer o propósito da organização em termos de seus


objetivos de longo prazo, programas de ação e prioridades de alocação
de recursos;
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✓ Uma definição dos domínios competitivos da organização;

✓ Uma resposta consistente a oportunidades e ameaças externas e forças


e fraquezas internas, com a finalidade de alcançar e manter um alto
desempenho (competitivo);

✓ Um critério para diferenciar as tarefas gerenciais dos níveis corporativo,


de negócios e funcionais.

Nesse sentido, o Plano Estratégico é ferramenta fundamental para garantir à


organização sua continuidade, dando meios para que ela possa se adaptar às
mudanças no ambiente externo, superando suas dificuldades e maximizando
o aproveitamento das oportunidades identificadas.

Classificação dos Planos

Maximiano (2004) afirma que os planos definidos através dos processos de


planejamento também podem ser classificados como permanentes e
temporários.

Os planos temporários são, por exemplo, a definição de uma meta de


produção até determinada data. Os planos permanentes são as políticas e
procedimentos da empresa. Por exemplo, a política de fornecer uma
determinada quantidade de bolsas de estudo para funcionários é uma política
da empresa. Os procedimentos são rotinas, como entrega de relatórios em
determinado dia do mês.

Classificação dos Planos


Planos Permanentes Planos Singulares ou Temporários
1 - Políticas 2 - Cronogramas
1 - Procedimentos 2 - Calendários
1 - Missão e outros objetivos 2 - Orçamentos
permanentes 2 - Projetos
Fonte: Maximiano

Os planos também são classificados em níveis de planejamento. São eles:


Planos estratégicos, funcionais e operacionais. Os planos estratégicos
estabelecem os produtos e serviços que a empresa pretende oferecer, o
impacto dos concorrentes, e as necessidades dos clientes. Os planos
funcionais são feitos para permitir a execução dos planos estratégicos. Os
planos operacionais são os planos que permitem a execução de objetivos
específicos.

Etapas do planejamento estratégico

As etapas do planejamento estratégico representam uma verdadeira


polêmica. Não há um consenso entre os autores.

ETAPAS DO PLANEJAMENTO EM DIVERSOS CONTEXTOS


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Para Maximiano, o Por seu turno, Ademais, Djalma Rebouças de Oliveira,


planejamento Chiavenato descreve dispõe que o planejamento estratégico
estratégico é uma sete etapas do compõe-se por quatro fases básicas:
sequência de análises e planejamento
decisões que estratégico:
compreende os
seguintes componentes
principais:

• Entendimento da ✓ Determinação Fase I – Diagnóstico estratégico –


missão. (Em que ponto dos objetivos; também denominada auditoria de
estamos?) posição, deve-se determinar “como se
✓ Análise está”. As pessoas representativas devem
• Análise do ambiente ambiental analisar os aspectos inerente à realidade
externo. (Quais são as externa; interna e externa da empresa. Essa fase
ameaças e pode ser dividida em cinco etapas
oportunidades do ✓ Análise básicas: (a) identificação da visão; (b)
ambiente?) organizacional identificação dos valores; (c) análise
interna; externa; (d) análise interna; e (e) análise
• Análise do ambiente dos concorrentes.
interno. (Quais são os ✓ Formulação de
pontos fortes e fracos alternativas; Fase II – Missão da empresa – nesse
dos sistemas internos momento, deve ser estabelecida a razão
da organização?) ✓ Elaboração do de ser da empresa, bem como o seu
planejamento; posicionamento estratégico. Essa fase
• Definição do plano divide-se em cinco etapas: (a)
estratégico. (Para onde ✓ Implementação estabelecimento da missão da empresa;
devemos ir? O que e execução; (b) estabelecimento dos propósitos atuais
devemos fazer para e potenciais; (c) estruturação e debate de
chegar lá?) ✓ Avaliação dos cenários; (d) estabelecimento da postura
resultados. estratégica; e (e) estabelecimento das
macroestratégias e macropolíticas;

Fase III – Instrumentos prescritivos e


quantitativos – nessa fase, deve-se
estabelecer “de onde se quer chegar” e de
“como chegar na situação que se deseja”.
Assim, pode-se dividi-la em dois
instrumentos perfeitamente interligados:
(a) instrumentos prescritivos (explicitação
do que deve ser feito pela empresa); e (b)
instrumentos quantitativos (projeções
econômico-financeiras do planejamento
orçamentário);

Fase IV – Controle e avaliação – deve


verificar “como a empresa está indo” para
a situação desejada.

Componentes/Elementos do Planejamento Estratégico


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DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO

O diagnóstico é um estudo detalhado de toda a organização, tanto estudo


interno, quanto externo da empresa. A estratégia empresarial será criada por
meio de uma análise de todos os pontos fortes, fracos e oportunidades e
ameaças que a empresa tiver, a fim de diagnosticar qual é a real situação da
empresa perante o ambiente em que se encontra (TAVARES, 2010).

Um eficiente diagnóstico irá estudar a competitividade da organização, seu


portfólio de produtos e serviços, o grau de vulnerabilidade em relação às
ameaças, os recursos disponíveis para a realização de suas atividades, sua
estrutura e os processos de se conquistar os objetivos propostos. Após isso, é
feita uma avaliação dos dados e será possível verificar se há problemas na
estratégia da empresa ou se está tudo de acordo para uma gestão adequada
(OLIVEIRA, 2004).
Para a elaboração do diagnóstico estratégico são necessárias várias análises,
tais como: a identificação da missão empresarial, visão, análise do ambiente
em que a empresa está inserida, o estabelecimento dos seus objetivos e,
posteriormente, elaborar as ações estratégicas a serem seguidas (AMORIM,
2012).

É a partir do diagnóstico estratégico que o executivo saberá quais as


prioridades de ação, que dará um direcionamento para a organização saber
por onde começar para se alcançar o que deseja (CHIAVENATO e SAPIRO,
2009).

CONCEITO DE MISSÃO

“A missão é a razão de ser da empresa. Nesse ponto procura-se determinar


qual o negócio da empresa, por que ela existe, ou, ainda, em que tipos de
atividades a empresa deverá concentrar-se no futuro. Aqui se procura
responder á pergunta básica: “Aonde se quer chegar com a empresa? ”
OLIVEIRA (2007, p.126).

CHIAVENATO e SAPIRO (2003, p. 56) descreve o conceito de missão é que a


declaração da “missão (mission statement) de uma organização incorpora o
mercado nas considerações sobre a concretização da visão de negócios.

A missão deve estar clara a todos os integrantes da organização, ela deve ser
entendida como uma identificação a ser seguida. Ao estipular a missão da
empresa, os gestores devem se atentar para os diversos fatores que compõem
o desenvolvimento de sua missão, ela deve ser focalizada no sentido da
satisfação das necessidades dos clientes, uma vez que, a satisfação do cliente
trará benefícios para a empresa e ela conseguirá o sucesso. A missão deve ser
capaz de refletir as aptidões essenciais da empresa, devem ser
compreensíveis por todos, realistas e motivadoras, cativando os envolvidos a
cumprirem com o determinado (OLIVEIRA, 2004).

Entendemos que a Missão é o horizonte ao qual a organização prevê seu


futuro, sendo a razão do existir no qual o gestor, no processo de
elaboração da missão deverá responder as seguintes perguntas: Quem
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somos? Por que existimos? Quais são as necessidades que satisfazem na


sociedade?

Sabendo-se aonde chegar com a empresa, deve-se estabelecer o caminho


que a organização se propõe a fazer e assim com as lideranças relacionadas a
cada setor mostrar aos colaboradores o por que a organização existe , o que é
proposto para empresa fazer e para quem executar serviços de qualidade,
assim interagindo e seduzido principal alvo, o cliente, de forma que, o mesmo
se sinta acolhido e retorne aquela instituição.

Conforme OLIVEIRA (2008), Missão é a maneira de determinar os valores,


crenças, ou áreas básicas de atuação, conforme filosofias e tradições da
empresa.

CONCEITO DE VISÃO

A visão relaciona-se diretamente com os objetivos gerais, de longo prazo,


descrevendo as aspirações da Instituição para o futuro, sem especificar os
meios para alcançá-las. É o que se espera ser num determinado tempo e
espaço. Descreve o que a organização quer realizar objetivamente nos
próximos anos da sua existência, normalmente a longo prazo.

A visão com mais efeito é aquela que cria inspiração e esta inspiração é
normalmente querer mais, melhor e maior. Assim, ela deve ser
ambiciosamente voltada para o futuro e simultaneamente inspiradora, clara,
concisa, coerente com a missão, de modo a que todos a compreendam e a
sintam. A visão deve, ainda, ser suficientemente atrativa e constituir um
desafio, ao mesmo tempo, atingível, por forma a motivar todos os
colaboradores.

Descrevo que a Visão é a explicitação do que se realiza para alcançar um


determinado objetivo organizacional no futuro, sendo o desejo e a
intenção do direcionamento da instituição.

A visão, literalmente, significa uma imagem. Visão de negócio ou visão


organizacional ou, ainda, visão de futuro é o sonho acalentado pela
organização. É a imagem com a qual ela se vê no futuro. É a explicação do por
que, diariamente, todos se levantam e dedicam a maior parte dos seus dias ao
sucesso da organização onde trabalham, onde investem ou fazem negócios
(CHIAVENATO e SAPIRO 2009, p. 87).

BATEMAN (2006, P. 125) relata que “a visão estratégica vai além da declaração
da missão para promover uma perspectiva em relação ao direcionamento da
empresa e em que a organização pode transformar-se.

A visão da empresa pode ser conceituada das seguintes formas:

✓ Articulação das aspirações de uma empresa a respeito do seu futuro


(Hart, 1994:8);

✓ Clara e permanente demonstração, para a comunidade, da natureza e


da essência da empresa em termos de seus propósitos, do escopo do
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negócio e da liderança competitiva, para prover a estrutura que regula


as relações entre a empresa e os principais interessados e para os
objetivos gerais de desempenho da empresa (Hax e Majluf, 1984:17)

✓ Algo que se vislumbre para o futuro desejado da empresa (Quigley,


1993:4);

✓ Idealização de um futuro desejado para a empresa (Collins e Porras,


1993:10)

Afirma-se também que a visão expressa a previsão da alta direção de como a


empresa deve estar durante certo período, por exemplo, daqui a 10 anos. Deve
ser elaborada pela alta direção, e deve ser criada observando o mercado em
que se insere e os valores e princípios que a organização deseja chegar. A visão
também deve ser divulgada por toda a empresa.

Essa visão precisa ser respiradora para todos os membros da organização, ou


seja, uma ponte norteadora do compromisso organizacional em prol do futuro
a ser alcançado.

Cenários

Refere-se à etapa de diagnóstico estratégico, considerando variáveis do


ambiente interno e externo à organização, referenciais obrigatórios para a
definição de estratégias e objetivos.

A ferramenta mais utilizada para a definição de cenários é a matriz de análise


SWOT. O termo vem do inglês e representa as iniciais das palavras Strenghts
(forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats
(ameaças).

A análise de cenário se divide em ambiente interno (Forças e Fraquezas) e


ambiente externo (Oportunidades e Ameaças). As forças e fraquezas são
determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase sempre,
a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro
e estão relacionadas a fatores externos.

O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma


vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios
membros da organização. Desta forma, durante a análise, quando for
percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for
percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo
menos, minimizar seu efeito.

Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas,


apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo
com frequência, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças.
Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um
planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos.
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CONCEITO DE VALORES

São ideias fundamentais em torno das quais se constrói a organização.


Representam as convicções dominantes, as crenças básicas, aquilo em que as
pessoas da organização acreditam. Os valores permeiam todas as atividades
e relações com os clientes. Os valores descrevem como a organização
pretende atuar no cotidiano enquanto busca realizar sua visão.

Os valores são elementos motivadores que direcionam as ações das pessoas


na organização, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho.
Sinalizam o que se persegue em termos de padrão de comportamento de
toda a equipe de colaboradores na busca da excelência.

CONCEITO DE NEGÓCIO

Aponta a área de atuação à qual a organização pública ou empresa privada


quer se dedicar, considerando o universo de possibilidades existentes no
ambiente empresarial em que se insere.

Exemplos:
O negócio da IBM é informação;
O da Xerox é automação de escritórios;
O dos estúdios de Hollywood é entretenimento.

Fatores críticos de sucesso

Fatores críticos de sucesso (do inglês Critical Success Factors - CSF) são os
fatores que definem o sucesso ou o fracasso de uma empresa. São pontos
sobre os quais você deve redobrar a atenção, pois não se pode falhar. Quando
bem definidos, os fatores críticos de sucesso tornam-se ponto de referência
para as pessoas que admiram o seu trabalho, os seus produtos/serviços.

CONCEITO DE OBJETIVO

Os objetivos são resultados a serem alcançados pela instituição no


contexto de seu ambiente para concretizar a sua visão do futuro e cumprir
sua missão. Segundo a norma ISO 9001, os objetivos devem ser consistentes
com a política e comprometidos com a melhoria contínua, e seus resultados
devem ser mensuráveis e atingíveis.

OLIVEIRA (2007, p.159) também define Objetivo como:

Objetivo é o alvo ou ponto quantificado, com prazo de realização e


responsável estabelecidos, que se pretende atingir através de esforço
extra.

Esse aspecto, também, está relacionado ao fato de o objetivo poder ter dois
tipos básicos de valor:

✓ Instrumental: permite a obtenção ou retenção de algo de valor. Como


exemplo, pode-se citar a situação da empresa que tem como objetivo
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aumentar o volume de vendas e manter a atual participação de


mercado diante de seus concorrentes;
✓ Estilístico: tem o valor por si mesmo. Como exemplo pode-se ter o
objetivo de diversificação, que reflete um estilo de administração.

Logo, a missão, a visão e objetivo devem ser usadas de forma que


conquista não só os colaboradores da empresa mas também seus clientes,
tornando assim uma empresa competitiva no mercado.

Metas e indicadores

Indicadores são formas de representação quantificáveis de características de


produtos e processos, utilizadas para acompanhar e melhorar os resultados e
o desempenho da organização ao longo do tempo. A partir dos indicadores
são traçadas as metas, que representam os resultados a serem alcançados
para atingir os objetivos propostos. Elas podem ser definidas, ainda, como o
padrão ideal de desempenho a ser alcançado ou mantido.

O estabelecimento de metas permite um melhor controle dos resultados, pois


as mesmas devem ser observáveis, quantificadas por meio dos indicadores,
conter prazos de execução e definição de responsabilidade. É importante
frisar que a definição das metas deve estar focada na análise das
necessidades, expectativas e satisfação do cliente.

Características das metas:

- desafiantes, para estimular os executores;


- significado particular à organização, gerando comprometimento e
motivação;
- relevantes, importantes para o alcance dos objetivos;
- claras, precisam evitar ambiguidades e todos devem entender;
- específicas, metas genéricas não geram resultados observáveis, claros;
- mensuráveis, precisam ser quantificadas por meio dos indicadores;
- temporais, com prazo bem definido, contendo dia, mês e ano;
- viáveis, precisam ser alcançáveis.

Leitura Obrigatória
Já Lacombe e Heilborn (2008, p. 166) destacam os componentes relacionados abaixo:

Para eles, as premissas básicas são os princípios mais gerais que inspiram todas as atividades
da instituição. O diagnóstico diz respeito ao exame da situação de uma empresa,
consubstanciando-o em conclusões sobre os aspectos analisados com sugestões do que se
deve fazer. As estimativas são uma avaliação qualitativa ou quantitativa, e as projeções,
operações quantitativas em que uma configuração presente de acontecimentos se transforma
em outra futura, mediante regras preestabelecidas. As metas são resultados a serem atingidos
como consequência de um plano, programa ou projeto com um prazo previsto para sua
execução e os objetivos, propósitos permanentes e serem atingidos. As políticas correspondem
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a um conjunto de declarações escritas a respeito das intenções da instituição em relação a


determinado assunto, e os procedimentos são as formas de atuação estabelecidas por critérios
predeterminados para orientar decisões recorrentes. Finalmente, há os planos, os programas
e os projetos. Os primeiros são instrumentos que expressam concretamente o propósito geral
do planejamento e que possibilitam a programação das ações e atividades necessárias para sua
realização; os programas fazem parte dos planos, abrangendo desdobramentos específicos; já
os projetos são parte de um programa ou de um plano cuja responsabilidade pela execução é
claramente atribuída a uma empresa ou parte dela.

DICA DO HERON
Por fim, sublinhamos a visão de Chiavenato (2010), na qual o planejamento
estratégico se assenta sobre três parâmetros: a visão para o futuro, os fatores
ambientais externos e os fatores organizacionais internos.

Em virtude do exposto, verifica-se que o planejamento estratégico é um


instrumento de gestão de grande valia para as organizações, e é através
dele que o gestor e sua equipe estabelecem os parâmetros orientadores do
seu plano de ação.

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