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FACULDADE DE FILOSOFIA
Planeamento Estratégico
Braga
Janeiro de 2014
1. Estratégia
O termo estratégia foi inicialmente utilizado no âmbito das esferas militares e políticas.
Nesses casos, estratégia é um caminho para alcançar a vitória, seja numa eleição, seja
numa guerra. Segundo Magretta (2002), a estratégia em gestão também trata de vencer,
mas neste caso a vitória de uma empresa não significa necessariamente a derrota de outra.
Vencer pode significar, simplesmente, obter uma vantagem competitiva.
Quando uma organização pretende estabelecer objectivos a longo prazo, articulados em
metas e objectivos claros e, essas metas e objectivos podem ser convertidos num plano de
acção coerente, então podemos afirmar que a organização tem uma estratégia. A
organização terá uma estratégia adequada quando esse plano também envolve os recursos e
as capacidades existentes para explorar as oportunidades externas crescentes. Estratégia é
então, um conceito central, integrado, orientado para o exterior que envolve a identificação
de oportunidades e ameaças no ambiente onde a organização opera. Envolve também a
avaliação das forças e fraquezas da empresa, a sua capacidade ou potencial para se adaptar
aos desafios e necessidades do mercado ou para competir em condições de risco.
O planeamento estratégico é o corpo de conhecimento que responde a perguntas sobre o
desenvolvimento e implementação de estratégias adequadas. O planeamento estratégico é
importante para todas as organizações, porque, quando correctamente formulado e
comunicado habilita os líderes e funcionários com um conjunto claro de directrizes para as
suas acções diárias. Simplificando, a estratégia é fazer escolhas: O que eu faço hoje? O que
eu não deveria estar fazendo? O que deve estar fazendo a minha organização? O que ela
deve deixar de fazer?
2. Planeamento
Planear significa criar um esquema para agir (Cunha, 1996). Também significa elaborar
um esquema para alcançar algo que se deseje, contrapondo-se à improvisação, que é a
acção ao acaso.
Na gestão das organizações, o planeamento consiste num processo de tomada de decisões
pré-estabelecidas e interdependentes, através qual a organização procura alcançar um
futuro desejado. Para realizar um planeamento adequado, é necessário estabelecer
objectivos específicos e mensuráveis, com prazos finais realistas e metas atingíveis. A
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definição dos objectivos torna-se importante por proporcionar um sentido de direcção,
maximizar os esforços, orientar os planos e as decisões e auxiliar a avaliar o progresso
(Silveira & Bastias, 2003).
O processo de planear envolve, portanto, um modo de pensar a organização e, um modo de
pensar saudável envolve indagações que por sua vez envolvem questionamentos sobre o
que fazer, como, quando, quanto, para quem, por quem e onde. (Oliveira, 2010).
Para a realização de uma gestão eficaz nas organizações, os gestores devem ser munidos
das informações estabelecidas no início do planeamento e a mesma deve ser executada
através de planos de acção delineados quando os objectivos foram estabelecidos
procurando assim atingir o nível mais consistente e objectivo de sucesso. Este processo de
planeamento deve envolver todos os níveis hierárquicos da organização, tendo por fim
definir a missão, visão e objectivos da mesma.
3. Planeamento Estratégico
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Drucker (1977) por seu lado define planeamento estratégico como um processo contínuo,
sistemático e organizado, com a capacidade de prever o futuro com algum grau de certeza,
de modo a tomar decisões que minimizem riscos.
Um outro conceito interessante apresenta o planeamento estratégico como um processo
administrativo para encontrar o melhor caminho a ser percorrido pela empresa,
optimizando a influência de factores externos não controláveis, actuando de forma
inovadora e diferenciada (Oliveira, 2010).
Independente do autor fica claro que o planeamento estratégico é um conjunto de
ferramentas que por si só são insuficientes, mas que quando é seguido dos planeamentos
tácticos e operacionais, constitui uma ferramenta sólida para implementar o pensamento
estratégico da organização.
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os desvios eventualmente existentes.
6. Técnicas de Planeamento
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reduzindo os riscos de ameaças. Se aplicada correctamente, a análise SWOT pode
fornecer uma boa base para a formulação de estratégias de sucesso.
6.2.Matriz de Ansoff
A Matriz de Ansoff, também conhecida como Matriz Produto/Mercado, é um
modelo utilizado para determinar oportunidades de crescimento de unidades de
negócio de uma organização. A missão da empresa assenta no seu compromisso de
explorar uma necessidade existente no mercado como um todo estabelecendo assim
a linha mestra da empresa. A Matriz de Ansoff fornece quatro diferentes estratégias
de crescimento:
a) Penetração de Mercado - a empresa procura alcançar crescimento com
produtos existentes nos seus segmentos de mercado actuais, com o
objectivo de aumentar a sua quota de mercado.
b) Desenvolvimento de Mercado - a empresa procura crescimento, orientando
os seus produtos para novos segmentos de mercado.
c) Desenvolvimento de Produto - a empresas desenvolve novos produtos
voltados para os segmentos de mercado existentes.
d) Diversificação - a empresa cresce através da diversificação para novos
negócios e do desenvolvimento de novos produtos para novos mercados.
6.3. Curva de Ciclo de Vida de um Produto
Os produtos têm uma vida composta por ciclos, que vão do nascimento à morte. Estes
ciclos são denominados: introdução, crescimento, maturidade e declínio.
O período de introdução pode terminar abruptamente pela incapacidade do produto em
romper as barreiras inerentes aos novos produtos. No entanto, se o produto vence as
barreiras de penetração e recupera o investimento inicial, ele entra na fase de
penetração gradativa no mercado ou fase de crescimento. Depois de certo tempo o
mercado torna-se relativamente preenchido, a velocidade do crescimento diminui e as
vendas estabilizam com a saturação do mercado, na maturidade. Após esta fase, as
vendas caem e o produto entra no período de declínio, até o seu abandono. Torna-se
pois fundamental o estudo do ciclo de vida de um produto de modo a evitar que o
processo de declínio se inicie muito precocemente, mantendo a maturidade pelo maior
tempo possível.
6.4. Matriz Ambiental
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A Matriz Ambiental tem como objectivo caracterizar os ambientes competitivos para
cada tipo de mercado. Estabelece a classificação de quatro tipos de ambientes
competitivos:
a) Mercado por Volume – predomínio de poucos competidores que atingem
uma grande superioridade numa dimensão qualquer do negócio.
b) Mercado de Impasse – onde a competência e os recursos para atingir níveis
competitivos de actuação são facilmente obtidos. Assim, nenhuma
organização obtem vantagem sobre a outra.
c) Mercado Fragmentado – em que as vantagens são provisórias ou restritas a
pequenas regiões, ocorrendo uma fragmentação.
d) Mercado Especializado – onde as oportunidades para o estabelecimento de
posições são protegidas, possibilitando o desenvolvimento de uma
competência específica pela organização.
7. Conclusão
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Referências Bibliográficas
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Silveira, N.P. & Bastias, A.P. (2003). Desafios e oportunidades: o verdadeiro papel do
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