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Planear é:
✓ Uma técnica de gestão que permite conduzir as organizações para um futuro desejado;
prazos.
Portanto:
✓ Planear é pensar sobre o futuro;
✓ Planear é controlar o futuro;
✓ Planear é decidir(…) decidir de forma integrada;
✓ Planear é um processo formalizado.
Planear
Formular os objectivos e definir
os meios para os alcançar.
Controlar Organizar
Desenhar o trabalho, alocar
Monitorar as actividades e
recursos e coordenar as
corrigir os desvios.
actividades.
Dirigir
Designar as pessoas, dirigir os
seus esforços, motivá-las, liderá-
las e comunicar com elas.
Funções do Planeamento
Funções decisionais
✓ Formalizar o processo de decisão estratégica;
Saber decidir
✓ Previsão e competências;
✓ Coordenar as decisões.
Funções de poder
✓ Exprimir o discurso estratégico oficial;
✓ Instrumentos de exercício de poder.
Planear implicar dar resposta a três
grandes questões:
(tarefas e actividades).
discussão a busca pela vantagem competitiva (VC) (Porter & Kramer, 2011; Srivastava, Fahey
& Christensen, 2014). Desse modo, existem várias formas de concepção e execução da
estratégia que convergem para o objectivo central de garantir que as empresas detenham
dissociá-los. Não é mais uma função, mas uma actividade que, além de ser derivada da
associação de forma mais dirigida, aplicando a VBR como referência no desenvolvimento da teoria do
marketing ou, ainda, na avaliação dos desafios verificados na prática do marketing (Srivastava et al.,
O marketing defende maior eficiência empresarial a partir da integração de processos. Segundo El-
gerar valor.
O que é o Marketing?
1ª Abordagem Restrita:
✓ Conjunto de técnicas que uma empresa dispõe para vender os seus produtos aos clientes de forma
rentável;
2ª Abordagem Alargada:
✓ Conjunto de meios que uma organização dispõe para promover nos públicos pelos quais se interessa,
produtos ou serviços, mas também um compromisso com a busca da melhoria da qualidade de vida
das pessoas. Se tudo for feito de forma coerente, o sucesso de venda é a consequência mais lógica e
o destino mais previsível. Já Freire e Souza (2001) relatam que Marketing é o processo de planear e
serviços com o objectivo de estabelecer trocas que atendam às metas individuais e organizacionais.
Consideram uma actividade sistemática de uma organização humana voltada para a busca de
forma de agir, de pensar, dentre outros aspectos. O Marketing, por sua vez, também se
sociedade como um todo. Dessa forma, torna-se necessário estudar o papel do indivíduo
dentro das organizações e a sua relação com o Marketing visto que ele desempenha o
papel fundamental para que as empresas e os produtos e serviços que estas oferecem
As organizações não funcionam sem pessoas, e estas são o seu maior bem. Com isso
temos uma relação de troca, pois as organizações dependem das pessoas para atingir
seus objectivos e cumprir suas metas assim como as pessoas dependem das organizações
Concepção Tradicional:
O Marketing era:
Concepção Moderna:
O Marketing é:
✓ Lato no seu campo de aplicação (bancos, bens industriais, medicamentos, igrejas, partidos políticos, etc).
Actualmente:
organização;
Publicidade Vendas
Promoção
Composto
Vendedores
Relações do Objectivos
públicas Marketing Incentivos
Merchandising
Estudos de
mercados
Clientes
Necessidades
Preferências
Fonte: Adaptado de Oliveira (2016)
Procedimento de Marketing
✓ Ser constante.
Processo de Marketing
Informação
Planeamento Estudos
Estratégia
Definir o mercado
Segmentar o mercado
Alinhar os segmentos
Adaptar as mensagens
Articulação Estratégia/Marketing
Segmentação;
Targeting;
Posicionamento.
O que é a segmentação do mercado?
Selecção:
✓ Acessibilidade;
✓ Rentabilidade;
✓ Prioridade;
✓ Capacidade.
Posicionamento
É a imagem mental criada pelos consumidores a propósito de uma marca, produto,
serviço ou empresa;
falha todo o resto corre sérios riscos. No entanto, está intimamente associado às tarefas
✓ Identificar os concorrentes;
✓ Analisar os consumidores;
✓ Seleccionar a posição;
✓ Monitorizar a posição.
Fonte: Oliveira (2016)
Tipos de Estratégias de Marketing
Portanto, tem como objectivos de identificar grupos de clientes com necessidades comuns (segmentar);
Controlo Implentação
Estamos a atingir os Como operacionalizar
objectivos? estratégias?
- Programas de correcção - Desenvolvimento de
- Planos de contigência programas de acção com
custos.
O processo de marketing
Análise de
mercado
Análise Externa
Análise Interno
Análise do
Produto
Análise da
Organização
Análise SWOT
Análise
Estratégica
Objectivos
Factores de
Sucesso
Plano de Acção
Análise da
Perfomance
Em suma:
✓ ao preço conveniente;
✓ no lugar certo;
✓ Na ocasião exacta.
1.4. Teoria dos 4 P´s
As actividades de marketing que materializam a estratégia pensada são as chamadas políticas de Marketing-mix
(Kotler & Keller, 2012).
O ambiente altamente competitivo do presente, a velocidade com que as transacções se dão, os fluxos de
informação que decorrem ao segundo e a crescente interacção entre clientes e marcas originaram uma reforma
aos quatro p’s tradicionais (Kotler & Keller, 2012; Kotler, Kartajaya & Setiawan, 2015).
Tabela 1: Marketing-Mix
Os 4 p’s modernos actualizam os antigos p’s de marketing-mix. A política de marketing para as pessoas
compreende as acções direccionadas para os clientes das empresas (trata-se da dimensão relacionada com
a necessidade de se criar relações duradouras) mas, também, para os colaboradores da empresa (marketing
interno, não existe política de marketing bem sucedida se os colaboradores não se identificarem com a
mesma e não aplicarem os seus princípios) (Kotler & Keller, 2012; Chernev, 2014).
A política de processos representa a constante actividade que o marketing actual exige; assegura que as
políticas de marketing não se tornam estanques, tentando criar mecanismos para que todas as restantes
políticas (os restantes p’s) actuem consoante as práticas mais recentes e criativas (Kotler & Keller, 2012).
A política de programas engloba as quatro políticas originais do marketing-mix: produto, preço,
distribuição e comunicação (Kotler & Keller, 2012).
Na nova definição de Kotler e Keller (2012), estabelece-se a política de performance que, na prática, visa
monitorizar a aplicação de todas as outras políticas de marketing. No entanto, a política de performance deve
procurar ir mais longe ao fazer o levantamento das consequências da política de marketing ao nível da
Já Chernev (2014) menciona sete elementos de grande importância que na sua óptica compõem as políticas
de marketing mix, a saber: produto (características funcionais da oferta), serviço (também relacionado com as
características funcionais da oferta mas sem que haja transmissão de propriedade da oferta em causa), marca
(conjunto de elementos que identificam e acrescentam valor à oferta para além dos seus benefícios
funcionais), preço, comunicação, distribuição e incentivos (ferramentas que ajudam a valorizar a oferta junto
O marketing mix refere-se às quatro áreas primárias do processo decisório associado ao marketing.
Essas quatro áreas são decisões de produto, decisões de preço, decisões de comunicação e decisões de
lugar (ou distribuição). O marketing mix é também frequentemente chamado de os quatro Ps (produto,
price, place e promotion) descrição usada pela primeira vez por E. Jerome McCarthy no início dos anos
60.
Toda organização deve desenvolver um mix de marketing — a combinação de um produto, como ele é
distribuído e promovido e seu preço.
Juntos, esses quatro factores devem satisfazer às necessidades de mercados-alvo e, ao
mesmo tempo, atingir os objectivos de marketing da organização. Vamos considerar os
quatro factores e alguns dos conceitos e estratégias ligados a eles:
• Produto
As estratégias são necessárias para se administrar produtos existentes durante algum
tempo, adicionar novos e retirar produtos que não vendem. As decisões estratégicas
também devem ser feitas com relação a marca, embalagem e outras características do
produto, como garantia.
• Preço
As estratégias necessárias referem-se à flexibilidade de preço, itens relacionados dentro
de uma linha de produto, termos de venda e possíveis descontos. Além disso, as
estratégias de preço para se entrar em um mercado, especialmente com um produto
novo, devem ser desenvolvidas.
• Distribuição (Praça)
Aqui, as estratégias relacionam-se com os canais por meio dos quais a posse dos produtos é transferida do
produtor para o consumidor e, em muitos casos, os meios pelos quais as mercadorias são transportadas de
onde são fabricadas ao local onde são compradas pelo consumidor final. Além disso, as estratégias aplicáveis
aos intermediários, tais como negociantes por exemplo, devem ser desenvolvidas.
• Promoção
As estratégias são necessárias para se combinar métodos individuais, como publicidade, venda pessoal e
promoção de vendas em uma campanha coordenada. Além disso, as estratégias promocionais devem ser
ajustadas quando um produto se move dos estágios iniciais de vida para os finais. As decisões estratégicas
também devem ser tomadas com relação a cada método individual de promoção.
Os quatro factores do marketing mix (também chamado de mix de marketing) estão inter-
relacionados; decisões em uma área afectam acções em outra. Para ilustrar, o projeto de um mix de
marketing certamente é afectado pelo facto de a empresa escolher competir com base no preço ou
em um ou mais factores. Quando uma empresa depende do preço como ferramenta competitiva
primária, os outros factores devem ser desenhados para dar suporte a uma estratégia de preço
agressiva. Por exemplo, a campanha promocional provavelmente será construída em torno de um
tema de "preços baixos, baixos". Em uma concorrência fora da área de preço, entretanto, as
estratégias de produto, distribuição e/ou promoção vêm na frente.
Por exemplo, o produto deve ter características que justifiquem um preço mais alto, e a promoção
deve criar uma imagem de alta qualidade para o produto. Cada elemento do mix de marketing
contém infinitas alternativas. Por exemplo, um produtor pode fazer e colocar um ou muitos
produtos no mercado, e eles podem estar relacionados entre si ou não. Os produtos podem ser
distribuídos pelos atacadistas, para varejistas sem o benefício de atacadistas ou até mesmo
directamente para o consumidor final.
1.5. Metodologia para o
Plano de Marketing
O plano de marketing é um documento tem como objectivo combinar todas as ferramentas a que o marketing
recorre, estabelecendo simultaneamente os objectivos para o período considerado e as acções de marketing a
realizar para atingir esses objectivos (Torres, 2011; Kotler & Keller, 2012; Toledo et al., 2014).
Segundo Ferrel e Hartline (2005) um bom plano de marketing deverá clarificar o ponto de situação em que a
empresa se encontra e os objectivos que se propõe cumprir; mas, deverá apontar as acções específicas a serem
concretizadas, orçamentar os recursos que serão necessários para implementar o plano e, finalmente,
estabelecer os indicadores de controlo e monitorização da política de marketing.
Acima de tudo, o plano de marketing deve apontar para o futuro, tendo em atenção o ponto de partida actual
(Toledo et al., 2014).
A organização geral de um plano de marketing acaba por ser muito semelhante entre os autores
de referência, com uma ou outra nuance que os acaba por distinguir; cada plano de marketing
acaba por ser construído consoante a interpretação e organização de conceitos que cada técnico
de marketing acha mais pertinente; como afirma Torres (2011, p. 19), “o plano de marketing tem
seguramente tantas estruturas quantos os profissionais de marketing que existem no mundo.”
Regra geral, cada plano de marketing, quando formalmente finalizado e apresentado, começa por
um sumário executivo, que explicita os principais objectivos e recomendações (Ferrel & Hartline,
2005; Kotler & Keller, 2012; Chernev, 2014).
Seguidamente procede-se à análise da situação. Por norma a análise divide-se entre interna (respeitante à
marca / organização a aplicar o plano de marketing) e externa. Segundo Lambin (2000) a análise externa de um
plano de marketing estratégico deve compreender o seguinte: tendências de mercado, comportamento dos
compradores, análise da distribuição, análise da concorrência, análise do ambiente económico, social e político;
a análise interna dá uma perspectiva da situação actual da empresa. Kotler & Keller (2012) afirmam que é
comum sintetizar-se os pontos recolhidos numa grelha SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats).
Depois de se proceder à análise estratégica e de se definirem os objectivos a que a política de marketing deve
responder, o plano de marketing passa a definir a estratégia de marketing propriamente dita – os segmentos
que vai trabalhar, os targets que quer atingir, o posicionamento estratégico e as vantagens competitivas a
comunicar (Kotler & Keller, 2012; Toledo et al., 2014).
Alguns autores, como Kotler e Keller (2012) englobam neste capítulo toda a formulação estratégica, bem como
as políticas de marketing a implementar (o marketing-mix); outros, como Ferrel e Hartline (2005) fazem uma
distinção clara entre o Planeamento Estratégico e a Implementação das políticas de marketing, isto é, o
marketing-mix, sua operacionalização, logística e calendarização; Chernev (2014) vai mais longe e considera
que o Plano de Marketing deve ter uma parte dedicada à estratégia, outra dedicada apenas às políticas de
marketing-mix (a que chama tácticas) e só depois se deve pensar em como implementar o marketing-mix,
como operacionaliza-lo.
Todos os autores são claros em afirmar que no plano de marketing devem constar mecanismos de controlo da
política de marketing e seus resultados devendo-se, igualmente, proceder a avaliações no tempo das medidas
implementadas no terreno (Ferrel & Hartline, 2005; Torres, 2011; Kotler & Keller, 2012; Cherney, 2014). Cherney
(2014) adiciona, ainda, uma espécie de segundo sumário final, onde se deve relevar os principais destaques
que sobressaem do plano.
Tabela 1- Diferentes modelos de plano de marketing
Kotler & Keller (2012) Ferrel & Hartline (2005) Chernev (2014) Torres (2011)
Fonte: Adaptado de Ferrel & Hartline (2005), Torres (2011), Kotler & Keller (2012), Chernev (2014).
Destaques do plano
Independentemente do modelo utilizado na construção do plano de marketing, este deve revestir-se de
características relacionadas com a flexibilidade, abrangência e consistência, isto é, deve possibilitar
correcções no rumo traçado, deve cobrir o máximo de informações possível e, acima de tudo, deve ser
funcional, articulando-se com toda a política da empresa (Ferrel & Hartline, 2005). Estas considerações vão
ao encontro de Porter (1996) e de Weber e Tarba (2014) quando estes sublinham que qualquer estratégia
tem de ser ágil o suficiente, quer para salvaguardar interesses da marca, quer para que todas as actividades
da empresa se desenvolvam em harmonia.
Os responsáveis pela linha de produtos/ serviços e marca de cada unidade são assim
responsáveis por desenvolver um plano de marketing e definirem a política de
marketing-mix (Kotler, 2002). O marketing-mix consiste no conjunto de ferramentas de
marketing utilizado pelos marketeers para influenciar a procura dos seus produtos/
serviços, cumprindo assim com os objectivos propostos pela empresa no mercado-alvo.
Estas ferramentas dividem-se em 4 principais variáveis, designadas pelos 4P’s do
necessidades dos clientes de forma eficaz e rentável (Kotler & Keller, 2012).
✓ Estabelecer o plano de acção onde se definirá ao certo o que será feito, quando, por quem e qual o custo;
✓ Avaliar e calcular os lucros e perdas estimados com base no orçamento definido previamente no plano de
acção, para o volume de vendas previsto, custos associados ao serviço e lucro estimado;
✓ Monitorizar o plano de acção, controlando o cumprimento dos objectivos mensais e/ou trimestrais e
avaliando os resultados obtidos, de forma a estabelecer planos de contingência para prevenir situações
adversas do mercado.
Tratando-se de um trabalho que exige o tratamento de informações válidas para segmentar o mercado e
conhecer o perfil do cliente, as técnicas qualitativas de recolha de informação a que se recorreu foram, a recolha
de dados secundários externos e a realização de entrevistas em profundidade.
Segue abaixo o modelo conceptual utilizado que reflecte a estrutura de um
plano de marketing tal como idealizado por Ferrel e Hartline (2005).
Sumário Executivo
Análise da Situação
SWOT
Objectivos de Marketing
Estratégia de Marketing
Implementação
Orçamento
Avaliação e Controlo
Sumário Executivo: explicita os principais objectivos, recomendações e objectivos a
cumprir pelo plano de marketing (Ferrel & Hartline, 2005; Chernev, 2014);
empresa que é alvo da nossa atenção (Lambin, 2000; Kotler & Keller, 2012);
SWOT: Matriz de análise que resume os principais aspectos relevados pela análise de
Condurache, 2016);
Objectivos: objectivos que o plano de marketing se propõe a atingir. Podem ser de ordem
1. Sumário Executivo
O presente plano de marketing foi construído de forma a ser aplicado à empresa de
serviços náuticos Walk-On-Wind para os anos de 2018 a 2020.
Os principais objectivos que este plano tenta cumprir são o de aumentar a notoriedade
da empresa no meio em que se move, alavancar a venda de serviços turísticos através
da exportação de serviços, isto é, da captação de turistas náuticos estrangeiros e, no
longo prazo, tornar a empresa numa marca que divulgue os valores da portugalidade e
fomente a cultura de mar.
O orçamento disponibilizado para acções de marketing para o período que o plano
cobre cifrou-se nos 3000€, sendo que este plano prevê um investimento total de 2990€.
O plano prevê, logicamente, que se cumpram os objectivos financeiros relacionados com a
aplicação deste plano, pelo que o retorno da política de marketing representará no mínimo 8
com a actividade de marketing para o período 2018 – 2020. A este valor deve ser somado o valor
médio de vendas anuais da empresa que sem política de marketing se situam nos 10 000€.
As principais recomendações do plano passam por apostar fortemente nos recursos humanos ao
nível da capitania de embarcações, com skippers qualificados para fazerem o papel de guia e para
concorrência e numa rede de parcerias que seja capaz de gerar valor para a empresa e,
finalmente, apostar no digital como forma privilegiada de comunicar e distribuir a sua oferta.
2. Análise da Situação
2.1. Análise da Situação Interna
2.1.1. História e Cultura da Empresa
Walk-On-Wind, Lda. (WOW) é uma empresa que nasceu em Leça da Palmeira, no ano de 2006. A
sua actividade está relacionada com a venda de produtos e serviços náuticos (nomeadamente
relacionados com a Vela). A WOW, sendo uma microempresa propriedade de 2 sócios, emprega
um único colaborador a tempo inteiro, responsável pela venda dos produtos em loja (localizada
na marina de Leça da Palmeira) e outras actividades relacionadas com o contacto com clientes e
A sua ambição é transformar-se, no longo prazo, num centro náutico que ofereça os actuais serviços de vela
em conjunto com outras commodities como sejam o alojamento, alimentação e possibilidade de praticar
outros desportos náuticos.
Missão
A WOW, aquando do início da sua actividade, definiu a seguinte missão para a sua actividade: “desenvolver
uma oferta de produtos de qualidade e uma ampla gama de serviços náuticos integrados com a oferta de
outros sectores de actividade, visando o crescimento sustentado, a valorização dos seus activos com geração
de mais-valias para os accionistas.”
Valores
A WOW não definiu nenhum valor sobre o qual a sua gestão e estratégia se devam desenvolver.
Visão
A visão da WOW passa por “ser uma empresa de referência na área da náutica, oferecendo uma
variada gama de produtos e serviços de qualidade, promovendo a integração das actividades náuticas
com o turismo, com as actividades de lazer e formação, com as acções corporativas e organização de
eventos.”
Informação Financeira
A WOW não tem um padrão específico na sua facturação, estando a mesma dependente de factores
ocasionais que podem alavancar determinado serviço (por exemplo, organização de eventos ou
fornecimento de barcos). Em linha com o sucede com a maioria das empresas do sector, tomaremos
como referência um volume de negócios anual de 10.000€ por parte da WOW.
Informação de Mercado
A WOW não definiu nenhum posicionamento para a sua empresa/marca. Os segmentos em que a
empresa actua na actualidade são os seguintes:
- Turismo;
- Venda de equipamento diverso;
- Criação e promoção de eventos náuticos desportivos;
Formação e segurança.
Produtos
A empresa oferece um portfólio de produtos e serviços relativos à vela que distribui através do espaço
físico que detém na Marina de Leça da Palmeira – onde se encontra sediada. Paralelamente à venda de
artigos para a prática desportiva de vela e de embarcações, a WOW disponibiliza uma panóplia de
serviços, a saber: cursos de vela (de cruzeiro), eventos corporate e team-building, consultoria náutica,
transporte de embarcações por mar, manutenção de embarcações, gestão de embarcações, logística e
organização de regatas, assistência ao velejador (serviço de aluguer de viaturas, serviço de transporte
ao supermercado, etc.) e serviços de cariz turístico.
Preços
A WOW pretende obter margens de lucro de 50% na venda dos seus produtos turísticos. A empresa,
no desenho actual dos seus produtos, tenta garantir que tem um preço mais competitivo do que
aqueles que são normalmente praticados no mercado.
Os preços que a WOW pratica variam muito consoante o tipo de serviço. Sendo o turismo náutico
relacionado com a vela, por norma, um tipo de turismo dirigido a pessoas com um poder de compra
mais elevado, verifica-se que o aluguer da embarcação por períodos de tempo consideráveis (1
semana ou mais) é o produto mais caro, variando entre o aluguer com a duração de 12 horas (250€ /
embarcação) e os programas de 2 semanas (ou mais) na época alta (3400€ / embarcação).
Comunicação
Ao nível da comunicação, as principais ferramentas da WOW são o seu Website e o Facebook.
O Website apresenta-se como o principal canal de comunicação dos produtos: é através do sítio
da Internet que a WOW informa sobre os seus produtos turísticos e os respectivos preços.
Estando disponível em 3 línguas (Inglês, Francês e Português) o website encontra-se
desactualizado ao nível do design e da interacção com o cliente, pelo que a empresa está já
neste momento a trabalhar na criação de um novo website.
Por outro lado, a empresa utiliza o Facebook para promover marcas que comercializa, não
promovendo os seus produtos turísticos. Durante o ano de 2016 a WOW publicou no Facebook
26 posts, sendo que a grande maioria (12) referem-se à promoção das marcas que a empresa
vende. A média de reacções (vulgo likes) por publicação é de 13 ao longo do ano de 2016.
Distribuição
acontece ao nível da comunicação são os contactos pessoais dos sócios que na maior parte das vezes alavancam
O sector da náutica é composto por diversas actividades económicas que contribuem para a valorização do
mesmo.
O Turismo Náutico, enquanto sector da actividade organiza-se em segmentos que compreendem actividades com
características diferentes: turismo de cruzeiros, charter náutico, portos de turismo (relacionado com actividade de
marinas e cais) e outras actividades náuticas (subaquáticas, pesca, canoagem, kayak, surf, windsurf, kitesurf, etc.).
O segmento charter náutico que, atendendo à actividade da WOW, dispensa a nossa maior atenção, pode ser ainda mais
segmentado em dois subsegmentos, de acordo com estudos efectuados sobre a temática.
Charter Náutico Recreativo diz respeito a programas que incluem passeios de barco ou o aluguer de uma embarcação com
ou sem skipper; Charter Náutico Desportivo diz respeito a actividades formativas ou de competição organizadas pelos
OMTs (competições, estágios desportivos, academias de férias).
Tendências de Mercado
Em relação às tendências de mercado do sector do turismo náutico foi possível aferir o seguinte:
A procura por barcos recreacionais está em queda – queda compensada pela evolução do serviço charter;
Os consumidores, no geral, tendem cada vez mais a informar-se nas grandes plataformas sociais (Tripadvisor, fóruns, blogs,
sites com reviews) do que nas redes sociais (Facebook).
Descrição do Mercado
valor total do mercado do turismo náutico na UE (2013) foi estimado em 72 mil milhões de euros; por outro
lado, calcula-se que o sector do charter náutico tem um volume de negócios estimado em 6 mil milhões de
euros no mercado europeu (2015). É um segmento com grande potencial, caracterizado por turistas que
gastam mais dinheiro com os produtos turísticos do que os turistas tradicionais (sol e mar, natureza,
património, etc.).
Perfil do Cliente
apenas faz referência a quatro dos principais OMTs que actuam na zona Norte e
Sailing, por ser uma empresa semelhante à WOW no que concerne à sua
dimensão.
Análise SWOT
Tabela 2- Análise SWOT
Objectivos
Objectivos Qualitativos:
✓ Garantir que no longo prazo a WOW é percepcionada como uma marca promotora
Objectivo para o total do período: Vendas num total de 54 500€, das quais 24 500€ se
Redes Sociais: 3000 seguidores no Facebook e 300 seguidores no Instagram (em 2020).
Estratégia de Marketing
Segmentação
O segmento principal de actuação da WOW será o Turismo Náutico Recreativo e, dentro deste, centrará
a sua acção no subsegmento do charter náutico. Por outro lado, e por uma questão de
operacionalização de curto prazo, a empresa tentará vender produtos específicos a outros turistas que
visitam a região tendo outros interesses que não a náutica (turistas sol e mar, da natureza, golf,
património, etc.).
Comportamento de Compra
Como verificado, os principais clientes do turismo náutico são os turistas alemães, britânicos, franceses,
holandeses, espanhóis e escandinavos. Atendendo aos custos muito elevados de comunicar a oferta
através de meios tradicionais, nomeadamente a imprensa escrita ou a presença em feiras, bem como ao
facto de a empresa não ter um grande volume de negócios nesta área (sendo necessário alavancar o
negócio), não faz sentido investir o orçamento de marketing a tentar captar clientes de um ou outro
mercado em específico.
Antes, a estratégia da WOW passará pela aposta nos canais digitais, nomeadamente os websites
de charter náutico que comunicam e servem de plataforma de venda de serviços turísticos,
sendo esta uma forma barata e simples de atingir os targets deste segmento.
Posicionamento Estratégico
✓ numa rede de parcerias, que permita à empresa valorizar a sua oferta, fomentar a cultura de
mar e alavancar as vendas da empresa.
Implementação
Produto
A WOW precisa de se diferenciar dos produtos que existem no mercado Os programas Fish
Experience, Green Coast Experience e Minho Experience são propostas da WOW que envolvem a
experiência de velejar, com a paisagem da costa portuguesa e elementos da cultura portuguesa
particularmente ligados ao mar e à sua vivência.
Estes produtos são especialmente dirigidos a turistas náuticos, que apresentam um
grande poder de compra e viajam frequentemente em grupo (seja em família ou amigos)
e gostam de desfrutar de actividades náuticas complementares.
Preço
1) Apresentar preços mais acessíveis nos programas de curta duração (com potencial
para captar outros turistas que não os náuticos e grupos de pequena dimensão);
2) Apresentar preços mais elevados nos produtos de maior valor integrado dirigidos aos
turistas náuticos;
Comunicação
Como mencionado, a política de comunicação da WOW passa por apostar nos meios digitais e
em parcerias que promovam a empresa nos seus canais. Os meios digitais são os meios
privilegiados de comunicação (e mesmo distribuição) da oferta, pelo baixo custo que envolvem e
por atingirem facilmente os targets, neste caso turistas náuticos. A política de comunicação da
WOW passará pela aposta em websites náuticos e em ferramentas do marketing digital como o
Google AdWords ou aquelas disponibilizadas através do Facebook Business.
Distribuição
A política de distribuição da WOW segue os eixos estratégicos definidos inicialmente: apostar nos
canais digitais e nas parcerias estabelecidas para vender os seus produtos.
Por outro lado, uma vez que a marca atinja bons níveis de credibilidade e notoriedade, é incrível
que a empresa consiga cativar agentes turísticos estrangeiros que comuniquem e vendam a
oferta da WOW nos mercados de origem dos turistas náuticos, o que se espera que aconteça a
partir de 2020.
Acções
As acções de comunicação da WOW ao longo dos três anos que o Plano de Marketing contempla estão
organizadas no tempo que também informa até quando duram as acções implementadas.
Orçamento
Avaliação e Controlo
A política de marketing e a aplicação do plano gizado será controlado através dos vários
indicadores que podem ser trabalhados. De forma mais recorrente devem ser
Website e evolução dos seguidores nas redes sociais, tentando encontrar relações entre
variações mais ou menos anormais destes indicadores. Por outro lado, os indicadores
financeiros são essenciais para perceber se a estratégia pensada está a dar resultados,
com especial relevo para a evolução das vendas e o retorno sobre o investimento em
marketing.
1.6. Mercado Global
O que é o mercado?
É a interacção entre os agentes económicos. Ou seja, é o local onde os agentes económicos realizam as suas trocas
comerciais ou buscam produtos ou serviços para satisfazer suas necessidades.
É importante conhecer as estruturas de mercado para identificar nos produtos que consumimos diariamente a qual
estrutura pertence.
Quando falamos de mercado, estamos a nos referir da relação entre a procura por algum produto e a oferta
de algum produto. Ou seja, a procura se dá pelo facto das pessoas estarem dispostas a gastar para
adquirir alguma mercadoria. Leva-se em conta o salário, a utilidade, a necessidade e os preços.
E quando observamos a oferta de um produto estamos a falar de níveis ou quantidades de produtos que
as empresa ou os prestadores de serviços estão dispostos a oferecer no mercado, considerando
factores de produção, clima, custos operacionais, regiões, se possui clientela para o seu produto e os
preços praticados.
Bem, essa queda de braço cria uma força chamada Lei da Oferta e Lei da Procura. Em muitos mercados,
como a bolsa de valores, os preços e as quantidades comercializadas, são determinadas pela oferta e
procura de mercadorias. Adam Smith chama isto de a mão invisível do mercado, e de facto é esta mão
que dita às regras, de preço e quantidades (procuradas e ofertadas).
1.7. Estudo dos comportamentos e
atitudes dos consumidores
O comportamento do consumidor é uma função dos indivíduos envolvidos, da categoria de produtos ou
O conhecimento a respeito do comportamento dos consumidores pode ser fonte de vantagem competitiva para
uma organização, ao reduzir as possibilidades de tomar decisões incorretas causadas pela ignorância sobre os
impactam na compra daquilo que consideram mais adequado ao seu consumo, e, portanto,
O tipo de produto desejado também afecta o processo de compra, uma vez que aqueles mais difíceis
de ser encontrados irão requerer maior esforço do consumidor. Outra variável a ser notada é a
conjuntura em que o consumo irá ocorrer – crises e situações de instabilidade política, por exemplo,
Ainda para o autor, o ponto de partida para conhecer e satisfazer as necessidades dos clientes-alvo é tentar
seleccionam, compram, usam e descartam artigos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer suas
necessidades e desejos.
Solomon (2003), por sua vez, indica que o comportamento do consumidor deve ser visto como um processo,
e não como uma actividade ocorrida em um momento específico em que uma compra ou venda é realizada e
um produto ou serviço é entregue. É claro que os diferentes consumidores dos diferentes produtos e serviços
existentes tenderão a apresentar condutas desiguais a cada processo de compra ou mesmo de pesquisa.
Cada mercado apresenta características não necessariamente similares às dos outros, e isto pode impactar de
forma intensa na actuação dos consumidores, uma vez que, de acordo com as peculiaridades do mercado em
questão, um mesmo consumidor pode apresentar uma conduta distinta a cada negócio realizado.
Para entender o comportamento do consumidor, é preciso entender o modelo mental que dá origem às suas
decisões de compra.
Segundo Engel, Blackwell e Miniard (2000), o comportamento do consumidor é uma ciência aplicada que
se utiliza do conhecimento de economia, psicologia, antropologia, sociologia e estatística, entre outras
disciplinas. Essas referências servem de suporte para o conhecimento da cultura, dos valores, crenças,
desejos e tudo aquilo que influencia na formação da personalidade e que, consequentemente,
influenciará no processo de decisão de compra.
Segundo Maslow (1943, apud SCHIFFMAN; KANUK, 2000), os indivíduos possuem necessidades, as quais
são satisfeitas obedecendo a uma hierarquia, a chamada Hierarquia das Necessidades de Maslow,
conforme podemos observar na figura seguinte:
Fonte: Adaptado de Maslow (1943, apud SCHIFFMAN e KANUK, 2000)
Como se pode perceber, o sector de investimentos financeiros aparece no segundo andar na hierarquia
investimentos é algo sensível, e deve ser adoptada com responsabilidade e planeamento. É, entretanto,
relevante notar que alguns autores (BECKETT, 2003) sugerem que os serviços financeiros podem suprir
Uma transferência bancária, por exemplo, poderia ser responsável por capacitar o indivíduo a adquirir
bens e serviços que satisfariam necessidades fisiológicas e de segurança; já um cartão de crédito premium
embutida.
Os clientes de instituições financeiras apresentam alguma motivação ao optar por uma delas e nela
investir seus recursos a fim de no futuro obter um retorno considerado adequado. Por causa disso, é
determinada maneira em um contexto específico, movido por desejos, necessidades e até por
(KOTLER, 1998).
A motivação pode ser intrínseca ou extrínseca (BÉNABOU; TIROLE, 2003). A motivação intrínseca
pode ser entendida como o desejo interno do indivíduo de realizar algo para seu próprio benefício,
obtendo satisfação por completar a tarefa proposta. Em contraste, a motivação extrínseca é
derivada de factores externos ao indivíduo em si, como a obtenção de uma recompensa em
dinheiro, que acarreta um tipo de satisfação que a realização da tarefa por si só não provê.
Assim, uma pessoa com uma motivação extrínseca poderá ser impelida a realizar algo com que
não possui afinidade, devido à antecipação da satisfação que terá com a recompensa a receber
no futuro, o que não ocorre nas situações em que há uma motivação intrínseca envolvida –
contexto em que se insere – por exemplo, quando há maior risco percebido, maior
consumidor pode ser adequada a produtos e a serviços, tal como foi referido anteriormente.
Para Beckett (2003), há dois factores atitudinais que motivam o comportamento de compra
individual: incerteza e envolvimento. Este pode ser entendido como o interesse apresentado pelo
consumidor em relação a um produto ou serviço, enquanto aquela seria uma dúvida sobre a decisão
a tomar, sendo mais reduzida quanto melhor for a antecipação do resultado final da escolha feita.
Assim, o processo de decisão de compra, exibido em sua forma genérica na Figura 2, mostra que
isto é, percebe que algo não está como deveria, ou que uma necessidade não foi satisfeita (MOWEN;
MINOR, 2003). A partir daí, parte-se para a busca de informações que permitam escolher a solução
que ocorre a avaliação das alternativas para resolver o problema. Em seguida, escolhe-se a solução
mais adequada e então acontece a avaliação pós-compra, a qual se refere a consumir, utilizar e avaliar
informação para ajudá-los a tomar a decisão de compra correta” (FERRELL; HARTLINE, 2009,
p.167), o que significa que, quanto maior a complexidade envolvida na decisão de compra,
mais difícil para o consumidor é decidir o que lhe será mais aprazível, apropriado ou
conveniente.
As influências individuais podem envolver desde o estilo de vida do cliente até o status por ele
desejado ao adquirir algo, o que impacta nos desejos provenientes das necessidades
Comportamento do consumidor
Schiffman e Kanuk (2000, p. 394) definem uma decisão como sendo “a escolha de uma opção entre duas ou
mais alternativas. Por outras palavras, podemos dizer que uma pessoa ao tomar uma decisão é necessário ter
ao disponível mais de uma alternativa.
Numa decisão de compra, as pessoas podem desempenhar cinco tipos de papéis distinguidos
por Kotler (2005, p. 199): iniciador (pessoa que sugere a idéia de comprar um produto/serviço);
influenciador (aquele cujo ponto de vista ou conselho influencia na decisão); decisor (pessoa
que decide sobre quaisquer componentes de uma decisão de compra, ou seja, comprar, o que
comprar, como comprar ou onde comprar); comprador (indivíduo que efectivamente realiza a
compra); e usuário (pessoa que consome ou usa o produto/serviço).
Para além das características citadas anteriormente, é frisar que os consumidores são
influenciados por sugestões ou recomendações de terceiros. Essa influência ocorre de modo
informal, e, geralmente verbal, podendo assumir a forma de comportamento não-verbal
observado pelos outros. Pode-se dizer que o fluxo é informal quando a influência ocorre entre
duas pessoas que conversam se referindo a determinado produto.
Modelo do processo de tomada de decisão do consumidor
Schiffman e Kanuk (2000) apresentam um modelo do processo de tomada de decisão do consumidor que
reflete o consumidor cognitivo, e até certo ponto, o consumidor emocional. Este modelo possui três
principais componentes: input, processo e output.
O componente input se baseia nas influências externas que servem como fontes de informação sobre
determinado produto e influenciam o consumidor quanto a valores, atitudes e comportamento relacionados
ao produto. Os factores mais importantes são as actividades do composto de marketing das organizações, e
as influências socioculturais de fora do marketing.
O elemento processo do modelo está relacionado à maneira como os consumidores tomam as decisões. O
campo psicológico representa as influências internas (motivação, percepção, aprendizagem, personalidade e
atitudes) que afetam o processo de tomada de decisão dos consumidores. O acto de tomar uma decisão
será visto no tópico seguinte.
O item output se refere a dois tipos de atividades pós-decisão intimamente associadas: o
comportamento de compra e a avaliação pós-compra. O objetivo de ambas é aumentar a
satisfação do consumidor com sua aquisição.
É mais comum que compras repetidas sejam efectuadas tendo como base hábitos já utilizados
pelo consumidor no seu dia-a-dia. “O comportamento habitual assume formas diferentes,
dependendo do processo decisório seguido na compra inicial: lealdade à marca ou empresa, ou
inércia”. (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000, p. 105).
Lealdade à marca ocorre quando é importante encontrar uma alternativa que atenda as
necessidades do consumidor. Por outro lado, a inércia acontece quando o cliente já está
acostumado a adquirir determinado produto que é muito semelhante aos concorrentes. O
consumidor só irá fazer uma troca, caso ocorra uma diminuição dos preços ou quando um
concorrente apresentar uma oferta de algo novo que se pareça ainda melhor àquele que o
indivíduo está habituado a usar. (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000).
O primeiro passo à compreensão do comportamento do consumidor é o modelo de estímulo e resposta
entre a chegada do estímulo externo e a decisão de compra. O modelo de estímulo e resposta pode ser
BÉNABOU, R.; TIROLE, J. Intrinsic and extrinsic motivation. Review of Economic Studies, v.70, n.
4, p. 489-520, Jul. 2003;
CHURCHILL, Jr., Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing, Criando valor para os clientes. 2ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2000. 626p;
ENGEL, J. F.; BLACKWELL, R.; MINIARD, P. W. Comportamento do consumidor. 8ª. ed. Rio
Janeiro: LTC, 2000. 641p;
HAWKINS, D. I.; BEST, R. J.; CONEY, K. A. Consumer behavior: implications for marketing
strategy. 6th. ed. United States: Irwin, 1995. 649p;
Tradução de Ailton Bomfim Brandão. 5ª. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 725 p;
SCHIFFMAN, Leon G.; KANUK, Leslie Lazar. Comportamento do consumidor. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2000;
SOLOMON, M. Consumer behavior: buying, having and being. 6th. ed. USA: Pearson/Prentice
Hall, 2003 592p.