Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GUIA DA
DISCIPLINA
2022
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
1. PLANEJAMENTO
Objetivo
A proposta deste texto é apresentar a você o que é planejamento e porque ele é
importante no nosso dia a dia e na gestão de organizações.
Introdução
Planejar é central para obter-se o sucesso nos objetivos pretendidos. É com
planejamento que conseguimos considerar todas as hipóteses e variáveis que afetam esses
objetivos, e nos preparar melhor para lidar com elas. Não é à toa que o planejamento é
estudado há muitos anos, tendo em vista que são inúmeros os casos de organizações que
sucumbiram ou tiveram sucesso em virtude de um bom planejamento. Neste texto, você vai
conhecer um pouco mais sobre essa teoria e sua aplicabilidade na prática, obtendo o
conhecimento que é necessário.
• Assunto: diz respeito ao tema abordado no planejamento, que pode ser produção,
pesquisa, finanças, marketing, etc.
• Elementos: que compõe o planejamento – objetivos, estratégias, políticas,
orçamentos, etc.
• Tempo: a duração do planejamento, que pode ser de longo, médio ou curto prazo.
• Unidades organizacionais: se é voltado para toda a organização, para alguns
departamentos, subsidiárias, etc.
• Características: de que tipo de planejamento estamos falando? Pode ser tático,
operacional ou estratégico, sendo este último o foco da nossa disciplina no curso.
Todo planejamento, aliás, vai ser formalizado em um plano escrito, mas são produtos
diferentes.
1.2. Princípios
Ainda que existam muitas metodologias para o planejamento estratégico, sendo que
você conhecerá a mais tradicional delas neste curso, é importante ressaltar que o
planejamento dentro de uma organização precisa respeitar alguns princípios para que os
resultados de sua implementação sejam os esperados. Eles são divididos em gerais e
específicos.
Você sabe já o que é eficiência, eficácia e efetividade, não é mesmo? Bem, vou
conceituá-los, de qualquer forma:
E aí, está pronto para uma tarefa, agora que você já conhece os três tipos de
planejamento?
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Objetivo
Este segundo texto do nosso guia da disciplina tem como objetivo falar sobre o
planejamento estratégico e porque ele é importante nas organizações.
Introdução
Quando o planejamento estratégico é realizado e acompanhado de forma adequada,
ele é responsável por garantir o alcance dos objetivos traçados e viabiliza o sucesso das
metas estabelecidas. Sem planejamento – e sem planejamento estratégico – não há visão
de longo prazo na organização ou empresa, e sim apenas ações continuadas, sendo
realizadas uma atrás da outra. Com planejamento, há perspectiva de crescimento e
ampliação, conseguindo-se efetivamente pensar em todas as possibilidades, diminuindo o
personalismo na gestão e tornando-a mais profissionalizada.
Teremos apenas duas seções nesse texto, mas isso não significa que ele contém
menos conteúdo. Na verdade, tratarei aqui da razão de existência do planejamento
estratégico, de como ele influencia as empresas e demais organizações e quais as suas
fases de realização, as quais irei detalhar nos textos seguintes deste guia.
2.1. Introdução
Você sabe o que é planejamento estratégico? Planejamento estratégico é:
Reparou que tem processo novamente aí? Pois é, planejar é sempre um processo!
Quando estou ministrando um curso de planejamento estratégico, sempre destaco
algumas habilidades com as quais um bom profissional liderando esse processo deve
contar, que são:
Ufa! Muitos? Não é necessário decorar todos os benefícios listados acima, mas pelo
menos ter uma visão geral dos efeitos do planejamento em uma organização quando bem
implementado.
Destaquei mais quatro palavras, não é mesmo? Pontos fortes, pontos fracos,
oportunidades e ameaças. Voltarei a elas no próximo texto desse guia.
Agora, quero que você conheça alguns dos resultados esperados com o
planejamento estratégico:
Diagnóstico Estratégico
Empresa Ambiente
• O que é? • Como está?
• Como está? • Como estará?
− Recursos − Conjunturas
− Vantagem competitiva − Necessidades Identificadas
− Concorrências
− Limitações Governamentais
Missão da Empresa
Cenários
− O que está para acontecer?
− Como a empresa será afetada?
Identificação de objetivos, desafios e metas
Objetivo
O terceiro texto do guia tem como propósito apresentar a você detalhes sobre a
análise ambiental das organizações, um dos primeiros passos para o desenvolvimento de
um planejamento estratégico efetivo.
Introdução
Você deve lembrar que nos dois primeiros textos desse guia me preocupei em
conceituar o que é planejamento e o que é planejamento estratégico, mostrando suas
características, princípios, benefícios e aplicações. Agora, começo a detalhar as fases do
planejamento estratégico, dentro daquilo que tenho reforçado desde o início, de se tratar
de um processo, e não de um produto ou um mero documento.
Neste texto tratarei da análise ambiental em um tópico único, sendo que serão
apresentadas três técnicas de análise de ambiente organizacional.
Quais são os papéis da análise ambiental? Eu gostaria de destacar pelo menos três:
• Componente fornecedor
• Componente internacional
Ambiente Interno – nível de ambiente da organização que está dentro dela e que
normalmente tem implicação imediata e específica em sua administração.
• Componente organizacional
• Componente trabalhista
• Componente de marketing
• Componente de produção
• Componente financeiro.
Isto posto, apresento a seguir algumas das de técnicas de análise do ambiente que
podem ser utilizadas pela organização. Elas não são exaustivas e vários teóricos e livros
Essa é a famosa análise SWOT (ou FOFA, em português), que considera os pontos
fortes, oportunidades, pontos fracos e ameaças. Percebeu que as letras grifadas compõem
o nome da técnica em português? O mesmo vale para o inglês – strenghs, weaknesses,
opportunities e threats (que, traduzindo, está em ordem diferente – forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças).
Veja agora como é um quadro de uma análise FOFA, para aspectos ambientais que
afetam a organização:
Para aplicar esta metodologia, deve-se avaliar a organização a partir dos fatores
ambientais citados anteriormente e identificar cada um deles dentro de um dos quadrados
do quadro acima.
Este já foi um texto muito mais prático, não? Apresentei a você detalhes do
processo de elaboração de um planejamento estratégico, que começam pelo
estudo da análise ambiental da organização. Você foi apresentado a novos
termos, como o conceito de ambiente organizacional, importante à análise
ambiental, que é dividido em três níveis, e também aos objetivos, momentos
e papéis da análise ambiental. Também abordei de forma mais específica três
técnicas de análise ambiental: o exame de ambiente, a análise de operações e
riscos (SWOT/FOFA) e a previsão ambiental. Lembrem-se que esta lista não é
exaustiva e existem outras espécies apontadas pelos teóricos, ok? Agora, a fim
de dar continuidade à nossa análise sobre diagnósticos estratégico, vou
abordar no tópico seguinte detalhes sobre a visão, os valores e a missão,
quando você terminará o ciclo de estudos sobre o início de um
desenvolvimento estratégico efetivo.
Objetivo
O quarto texto do guia tem como propósito apresentar a você ainda mais detalhes
sobre a análise ambiental das organizações. Aqui trataremos sobre a visão, os valores e a
missão - os primeiros passos para o desenvolvimento de um planejamento estratégico
efetivo.
Introdução
A visão representa o ponto em que a organização pretende alcançar no prazo futuro.
Os valores representam o conjunto dos princípios e crenças fundamentais de uma
organização e dão apoio para todas as principais decisões que ela vier a tomar. Já a missão
é, efetivamente, a definição da razão de existência daquela organização. É algo
fundamental de se estabelecer, como será visto aqui.
Ao todo, vou tratar de três tópicos que serão apresentados neste texto são:
4.1. Visão;
4.2. Valores;
4.3. Missão.
4.1. Visão
A visão representa o ponto em que a organização pretende alcançar no prazo futuro.
Em geral, a grande maioria dos planejamentos estratégicos é feito com uma visão temporal
de 05 anos. Esse período é longo o suficiente para nos permitir desenvolver projetos que
facilitem o alcance da visão e ao mesmo tempo tem uma duração que facilita lidar com os
acontecimentos imprevistos. Lidar com planejamento de 10, 15 ou 20 anos, nos impediria
de conseguir mapear todas as possibilidades que afetariam o nosso planejamento, e daí a
teoria indicar que eles devem sempre ser elaborados para um prazo de quatro a cinco anos.
A visão é a descrição de AONDE a organização quer chegar. Veja o que ela deve
conter:
• Deve guiar o desenvolvimento da estratégia da organização.
Esse último ponto é importante e você deve marcá-lo: a visão deve focar na
comunicação interna, serve para inspirar os membros da equipe, funcionários e
trabalhadores, e por isso muitas organizações sequer a tornam pública. Mas isso não é
uma regra, e você vai ver logo abaixo exemplos de visão de várias empresas e ONGs que
selecionei para este material.
No geral, a visão será uma única e curta frase, com um direcionamento objetivo de
onde a organização quer chegar, e de fácil compreensão. Veja a seguir alguns exemplos
de visão:
“Seremos uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo e a
preferida pelos nossos públicos de interesse” - Petrobrás
“A Samsung se dedica ao desenvolvimento de tecnologias inovadoras e processos
eficientes que criam novos mercados, enriquecem a vida das pessoas e permitem
que a Samsung permaneça na posição de líder digital” - Samsung
“Ser reconhecida como organização que desenvolve e dissemina práticas que
contribuam para a transformação social” - Fundação Gol de Letra.
“A Natura, por seu comportamento empresarial, pela qualidade das relações que
estabelece e por seus produtos e serviços, será uma marca de expressão mundial,
identificada com a comunidade das pessoas que se comprometem com a
construção de um mundo melhor através da melhor relação consigo mesmas, com
o outro, com a natureza da qual fazem parte e com o todo” - Natura
“Disponibilizar recursos técnicos, científicos e humanos adequados, atuando como
centro de referência em diagnóstico e tratamento do câncer infanto-juvenil; oferecer
apoio multidisciplinar e suporte social, com a finalidade de manter a adesão ao
tratamento; Treinar e capacitar profissionais, buscando multiplicar conhecimento e
promover impacto na assistência à saúde do País; Trabalhar constantemente em
parceria, somando esforços com a comunidade, universidade e empresariado,
através de mobilização de recursos, gestão participativa e potencialização de
Em geral, valores são listados como frases curtas, ou mesmo apenas palavras, que
indicam quais são os valores observados.
Os valores devem ser sempre lembrados e divulgados, para que todos os membros
da organização o tenham em consideração quando estiverem atuando no nome dela.
Conheça alguns exemplos de valores de organizações nacionais:
4.3. Missão
A missão é a razão de existência da organização e reflete seus valores. A missão é
uma frase, um parágrafo, que atesta a declaração ampla da diretriz organizacional e é
relevante porque inclui e propõe-se a:
• Conter a descrição do PORQUÊ a organização existe;
• Guiar todas as decisões da organização;
• Descrever uma realidade duradoura / independente do tempo;
Marque os seis itens acima e use-os sempre quando for escrever uma missão e terá
começado bem o seu planejamento estratégico.
Ter uma missão é fundamental para qualquer organização, mesmo as que não
contam com um processo de planejamento estratégico estabelecido. Conheça abaixo
alguns dos motivos do porque é tão importante a missão:
• Ajuda a concentrar esforços em uma direção comum;
• Ajuda a assegurar que a organização não persiga propósitos conflitantes;
• Serve de base para a alocação de recursos organizacionais;
• Estabelece áreas amplas de responsabilidades por tarefa na organização;
• Atua como base para o desenvolvimento de objetivos organizacionais.
Há, finalmente, alguns pré-requisitos para que a missão que for desenvolvida pela
organização tenha sucesso e é muito importante que você os leve em consideração quando
estiver participando de um processo desses:
• Participação ativa e visível das pessoas chave da organização;
• Conhecimento da conjuntura e dos fatores-chave de sucesso no futuro;
• Discussão aberta e profunda de todos os pontos de vista.
Este já foi um texto muito mais prático, não? Apresentei a você detalhes do
processo de elaboração de um planejamento estratégico, que passam pela
definição de visão, valores e missão.
Você viu muitos exemplos também, certo? Procurei identificar quatro ou cinco
organizações que contam com um planejamento estratégico desenvolvido e
apresentado em seu website institucional, para ilustrar alguns casos e reforçar
o nosso conteúdo.
Considerando que você prestou bastante atenção no que eu escrevi, deve ter
observado que alguns dos exemplos apresentados estão de acordo com a
teoria, enquanto outros não. Isso é bom, pois era justamente a minha intenção
e será foco de exercícios e tarefas nosso. Até a próxima semana!
Objetivo
A quinta aula do curso tem como prioridade aprofundar o conhecimento na
formulação do planejamento estratégico. Agora você conhecerá mais sobre os objetivos e
os fatores que devem ser levados em consideração durante o processo do planejamento.
Introdução
Os objetivos têm como função tornar a visão alcançável, a fim de operacionalizar as
metas de longo prazo das organizações. Como conhecê-los é fundamental durante o
estudo do planejamento estratégico, neste texto o analisaremos dentro do escopo de sua
formulação.
Assim, você verá a seguinte divisão de tópicos neste texto:
5.1. Objetivos organizacionais;
5.2. Estratégias e estruturas;
5.3. Formulação de Estratégias;
5.4. Estratégias Funcionais;
5.5. Restrições e critérios de seleção na formulação de estratégias
5.5.1. Restrições;
5.5.2. Critérios.
E, afinal, por que os objetivos são importantes? Porque eles servem como diretrizes
na tomada da decisão; são como um guia para aumentar a eficiência organizacional e para
a avaliação do desempenho institucional.
Os objetivos podem ser de curto e de longo prazo, com alcance de um a quatro anos,
e podem escritos para mirar várias áreas na organização (dentre outras):
• Posicionamento no mercado;
• Inovação;
• Produtividade;
• Níveis de recursos;
• Lucratividade;
• Desempenho e desenvolvimento do administrador;
• Desempenho e atitude do funcionário;
• Responsabilidade social.
Agora vou falar sobre como se estabelecem esses objetivos. São três etapas:
Existem várias alternativas de estratégia, você quer saber quais são elas?
I. Estratégia de concentração: é aquela em que a organização enfoca uma única
linha de negócios, de atuação. Quer um exemplo? Ovomaltine, só vende
achocolatado em pó;
II. Estratégia de estabilidade: a organização procura se estabelecer em determinadas
linhas de negócio e tenta manter-se nelas. Exemplo: a Universidade Santa Cecília
atua só com educação, de várias maneiras;
III. Estratégia de crescimento: organizações buscam crescer, seja nas vendas, lucros,
participação, etc. Isso é o normal, aliás, todas as empresas querem crescer, e
organizações não lucrativas precisam apresentar melhores resultados. As
estratégias de crescimento podem ser obtidas de várias maneiras:
a) Integração vertical: aquisição de outras organizações na cadeia econômica
da organização: uma universidade compra um colégio de ensino médio, por
exemplo;
b) Integração horizontal: crescimento por meio de aquisição de organizações
concorrentes: o Santander comprou o Banco Real, o Itaú comprou o
Unibanco;
c) Diversificação: crescimento por meio de aquisição de organizações em
outras áreas de negócios, para gerar sinergias e economias.
Ainda que a metodologia abaixo provavelmente não seja aplicável no seu dia-a-dia
profissional, é importante conhecê-la, pois ela é modelo na teoria do planejamento
estratégico, e foi desenvolvida por Michael Porter, um estudioso americano.
Para Porter, a análise desses cinco fatores citados deve moldar o desenvolvimento
da estratégia de negócios e, por exemplo, uma empresa tem maior oportunidade de obter
alta lucratividade em setores econômicos caracterizados por altas barreiras à entrada de
produtos substitutos e por concorrentes, compradores e fornecedores que sejam menos
competitivos. Ainda que poucos setores venham a ter essas mesmas características, a
chave para a formulação da estratégia é analisar as oportunidades e restrições particulares
no setor.
Mas você provavelmente vai me dizer que essas funções não são suficientes para
abranger, por exemplo, toda a administração pública. Eu concordo. A elas, devem ser
somadas outras funções específicas, como licitação, patrimônio, e excluídas aquelas que
não se aplicarem ao caso prático.
5.5.1. Restrições:
a. Disponibilidade de recursos financeiros: pode-se ter uma ótima estratégia,
mas pouco dinheiro para implementá-la. Assim, será preciso adaptar a própria
estratégia, pois ela não se tornará viável;
b. Atitude frente a riscos: há organizações e pessoas avessas a riscos. Querer
assumir mais ou menos riscos é uma das restrições do processo de definição da
estratégia;
c. Competências organizacionais: a estratégia pode ser excelente, mas a
organização não tem capacidade interna para implementá-la. Já viu isso antes?;
d. Relações entre canais: se é algo novo onde a organização não tem a devida
experiência ou não consegue implementar a estratégia por conta própria, isso
pode redundar em uma restrição;
5.1.2. Critérios:
E quais são os critérios que você deve levar em conta na elaboração de alternativas
estratégicas? Listei abaixo alguns deles:
• Correspondam ao ambiente externo;
• Envolvam uma vantagem competitiva sustentável;
• Sejam consistentes com outras estratégias da organização;
• Forneçam flexibilidade adequada para a organização;
• Estejam de acordo com a missão da organização e com os objetivos de longo
prazo;
• Sejam organizacionalmente factíveis.
Neste texto você viu uma grande quantidade de conteúdo sobre a estruturação,
formulação e estratégias funcionais, bem como restrições e critérios na
formulação de um planejamento estratégico, que será complementada na aula
seguinte, na qual veremos a sua implementação de fato. Assim, como a
complexidade do tema irá aumentar um pouco mais no texto a seguir, é
importante que você analise o conteúdo com bastante cuidado, para que o seu
conhecimento teórico seja devidamente arrematado.
6. IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIA
Objetivo
A proposta deste texto é o estudo da penúltima fase do processo de planejamento
estratégico, a implementação de estratégias. Formuladas as estratégias pela organização
é chagada a hora de colocá-las em prática, e para isso o gestor deve conhecer e identificar
as diferentes estratégias que tem a seu dispor, sempre levando em consideração a
estrutura organizacional.
Introdução
Estamos chegando ao fim do processo de planejamento estratégico, já estudamos
diversas fases deste processo, como a análise ambiental, o estabelecimento da diretriz
organizacional, a formulação da estratégia. Agora iremos estudar a implementação da
estratégia formulada.
Para tanto, é necessário que analisemos aspectos importantes sobre esse assunto,
como as estratégias que o gestor tem à sua disposição. Ainda, é bastante importante que
conheçamos a estrutura organizacional e os projetos.
Formulação da Estratégia
Boa Ruim
Implementação Boa Sucesso Roleta-russa
da Estratégia Ruim Problema Fracasso
Análise da Análise da
estrutura cultura
organizacional organizacional
Implementação e avaliação da
estratégia
Listei abaixo diferentes tipos de mudanças estratégias para apresentar a você, e vou
comentar um pouco sobre as suas implicações:
sempre bom entender também na teoria, pois são várias as formas de uma organização se
arranjar internamente. Lembrando: estrutura organizacional é como a organização está
disposta na sua forma de gestão interna:
A. Estrutura simples
B. Estrutura funcional
C. Estrutura divisional
6.2. Projetos
Avançamos muito, até aqui, mas ainda temos bastante conteúdo pela frente. Agora,
vou falar dos projetos, que são o desdobramento dos objetivos. Lembrando: a missão e a
visão redundam nos objetivos estratégicos, em geral de longo prazo. Já os projetos são as
ações práticas da organização para alcançar os seus objetivos definidos.
Projetos são trabalhos com data de início e final previamente estabelecidas e que
têm um coordenador responsável, um resultado final predeterminado e para onde se
alocam recursos necessários para a sua realização.
Projetos têm características próprias e envolvem alguns outros conceitos que são
importantes para você saber:
• Atividade é a unidade ou parte identificada e administrada dentro de um projeto.
• Programa é o conjunto de projetos homogêneos quanto ao seu objetivo maior.
• Administração de projeto é o esforço no sentido de melhor alocar os recursos
da empresa, tendo em vista alcançar os objetivos estabelecidos anteriormente.
• Plano de ação é o conjunto das partes comuns dos diversos projetos, quanto ao
assunto que está sendo abordado, como recursos humanos, finanças, etc.
Projetos têm apenas duas fases, já que são mais simples que o planejamento como
um todo: caracterização e execução. Na fase da caracterização se analisam o problema
alvo, o ambiente do projeto, os objetivos a serem alcançados, os estudos necessários, a
equipe de trabalho alocada, os recursos que serão precisos, etc. Já na fase de execução,
observa-se a utilização dos recursos, a supervisão do trabalho, o seu acompanhamento e
a avaliação final dos trabalhos executados.
Para fechar esse texto, é importante reforçar a ligação dos projetos com os planos
de ação. Na parte de formulação estratégica, estamos definindo os objetivos do nosso
planejamento, que precisarão ser alcançados em determinado período de temo.
Quando tratamos de projetos, estamos falando da parte tática, dos planos que vamos
desenvolver para alcançar esses objetivos que, finalmente, se ligam à visão.
7. CONTROLE E AVALIAÇÃO
Objetivo
Este módulo do curso pretende apresentar a você as características do controle e
avaliação do planejamento estratégico. Como processo que é – e que reforço desde o início
desse curso – o planejamento precisa ser continuamente monitorado e aprimorado, para
garantir o seu sucesso. E é disso que tratarei aqui.
Introdução
Em uma organização com um processo bem estabelecido de planejamento
estratégico, a cada cinco anos se inicia um novo ciclo de renovação deste planejamento.
Algumas terão ciclos maiores, de seis ou sete anos, talvez de quatro, mas nunca nada
muito diferente disso.
7.1. Finalidade
A finalidade do controle e avaliação do processo de planejamento estratégico é
acompanhar como a organização está indo no seu caminho de implementá-lo. Este é,
portanto, um fim de monitoramento e aprimoramento dos rumos, e não de cerceamento do
trabalho que está sendo realizado.
O controle pode ser definido como a função que visa comparar o que foi
previamente estabelecido – os parâmetros – com o que está sendo verificado – os
resultados alcançados. A comparação parâmetros x resultados permite à função do controle
Mas você deve querer saber mais sobre este tema, e está se perguntando quais as
finalidades da função de controle e avaliação em um planejamento estratégico. Bem, então
vamos lá!
• Identificar problemas, falhas e erros que se transforma em desvios do planejado,
com a finalidade de corrigi-los e de evitar sua reincidência;
• Fazer com que os resultados obtidos com a realização das operações estejam,
tanto quanto possível, próximos dos resultados esperados e possibilitem o
alcance dos objetivos;
• Verificar se as estratégias estão proporcionando os resultados esperados, dentro
das situações existentes e previstas;
• Proporcionar informações gerenciais com periodicidade, para que seja rápida a
intervenção no desempenho do processo.
Ação corretiva – são as medidas adotadas para eliminar graves desvios encontrados
entre o realizado e que era esperado. No geral, as ações de correção devem:
• Estar focadas em pontos críticos, para não se perder tempo e gastar dinheiro;
• Ser bem explicitadas, para facilitar entendimento e aceitação da ação de correção;
• Ser rígidas e precisas, mas permitir certa flexibilidade para se adequar ao ambiente;
• Ser realista e operacionalizável – precisa ser executável;
• Ter custos de operação menor do que os benefícios que vai proporcionar, ou então
a ação não compensará ser realizada;
• Ser ágeis;
• Ser objetivas e efetivamente reforçar o processo, ao invés de prejudicá-lo.
Assim como o planejamento pode ter caráter estratégico, tático e operacional, o mesmo
vale para o controle, que pode ser realizado nos três níveis e afetar, com ações de correção,
os objetivos (estratégicos), os projetos (táticos) e as ações pontuais.
O planejamento deve mostrar sempre consistência, seja ela interna (fatores internos
à organização), externa (fatores externos – fornecedores, legislação, etc.), em relação aos
riscos, ao horizonte de tempo e à sua praticabilidade. Se não houver consistência, o
planejamento está desde o início fadado ao fracasso.
Um outro quadro, a seguir, nos mostra aspectos das diferentes atitudes que as
pessoas das organizações têm diante do processo de planejamento, e que prejudicam o
alcance da sua consistência. Diga-me, várias dessas reações não são conhecidas por
você?
Atitude /
Inativa Reativa Pré-ativa Interativa
Discriminação
Situação Atual Passada Futuro previsto Futuro esperado
desejada
Frase “Navego com a “Tento nadar “Estarei na frente “Tento
Básica I maré sem balançar contra a maré de da maré e redirecionar a
o barco” volta a uma praia chegarei antes maré”
familiar” dela”
Frase Básica II “Estou satisfeito “Tentei isso e não “Vou tentar isso” “Vou fazer as
com a situação” funcionou” coisas
acontecerem”
Estilo de Conservador. “Por Reacionário Liberal Criativo
administração crise”
Postura básica Conservador Saudosista Otimizador Idealizador
Postura básica Estabilidade e Situação passada Otimização da Autodesenvolvim
sobrevivência adequada situação ento
Auto-realização
Autocontrole
Base para Viabilidade Experiência em Lógica, ciência e Conhecimento e
tomada de anos e intuição experimentação compreensão das
decisão pessoas e do
ambiente
Tratamento do Não trata do futuro Não trata do futuro Planeja o futuro Prepara o futuro
futuro
Prazo do futuro Não considera o Não considera o Curto e médio Longo
futuro futuro
Mudanças nos Não efetua Não efetua Não efetua Procura
sistemas introduzir
vizinhos mudanças
Ambiente Reage às Reage às Reage às Procura criar
externo mudanças sérias e mudanças sérias e oportunidades e às oportunidades e
não às não às ameaças se antecipar às
oportunidades oportunidades mudanças
Mudanças São ilusórias, Não se preocupa Existem Existem e são
ambientais superficiais ou com isso importantes
temporárias
Alocação e Dentro do sistema Dentro do sistema Dentro do sistema Dentro e fora do
administração de sistema
recursos
Ação Nula Fraca Forte Muito forte
Dispêndio de Elevado (para Elevado (para Relativo Elevado (para
esforços manter as coisas manter as coisas fazer as coisas
como estão) como estão) acontecerem)
Problemas Eles não têm Procura soluções São tratados São tratados
solução em ações antecipadamente antecipadamente
passadas
e de forma
sistêmica
Processos de Resistente Resistente Não é resistente Não é resistente
mudança
Soluções Não se preocupa Tipo “panaceia” Planejadas Planejadas e
apresentadas com isso inovadoras
Complexidade Não gosta de Não gosta de Trata Trata
tratar tratar
Avanço Inadequado Prejudicial É uma coisa boa Seus efeitos
tecnológico dependem de
como as pessoas
o usam
Foco de Não considera Não considera Nos resultados Nos produtores,
intervenção (problemas) nos resultados
(problemas) e
seus efeitos
Implantação dos Não se preocupa Não se preocupa Não se preocupa Preocupa-se com
planos com isso com isso com isso o processo de
aprimoramento
Preocupação Nenhuma Praticamente Como uma Total
com o nenhuma sequencia de
planejamento passos
estabelecidos
Filosofia básica Quer o que pode Quer o que já teve Tenta conseguir o Tenta criar
entender que quiser condições ara
conseguir o que
quer
Empresas que As protegidas Dificilmente Normalmente Todas,
sobrevivem através de sobrevivem sobrevivem principalmente as
nessa atitude subsídios mais criativas
Medo básico Fazer algo que é Fazer algo que Fazer algo que é Fazer algo que é
para ser feito provoque novas para ser feito para ser feito
(erro de ação) situações (erro (erro de ação) (erro de ação)
de inovação) Não fazer (erro Não fazer (erro
de omissão) de omissão)
Não mudar (erro
de manutenção
7.4. Defeitos
Um planejamento estratégico pode apresentar falhas na sua elaboração, e é
importante que você saiba sobre elas:
• Não interligação do planejamento estratégico com os planejamentos
operacionais – isso vai significar que o que é definido no topo do planejamento
não está coerente com o que é definido para a aplicação, para o resto da
organização, causando ruído e falta de sincronicidade.
• Apresentação de falhas no estabelecimento e interligação dos vários itens do
planejamento estratégico – é importante que a metodologia utilizada na
elaboração do planejamento seja fácil de ser entendida, para evitar essas falhas.
8. O ESTRATEGISTA
Objetivo
Para finalizar nossos estudos sobre planejamento estratégico é importante não
esquecer aquele que é o responsável pelo planejamento e execução das estratégias
organizacionais, o Estrategista. As teorias a respeito do estrategista são diversificadas e
vão desde aspectos relacionados à sua personalidade, até as interessadas em estudar o
tipo de tarefas e habilidades que implicam no desempenho eficaz da função. Nesse módulo
falaremos um pouco de cada uma, ou seja, da personalidade e das competências do
estrategista.
Introdução
Tradicionalmente, os estudos têm tratado estratégia como uma propriedade das
organizações, isto é, uma organização tem alguma estratégia, de um ou outro tipo, contudo
é preciso ter em mente que “Organizações não criam ou realizam estratégias: as pessoas
o fazem. São as pessoas que investem seu talento, criatividade e energia para o serviço
estratégico”. (MANTERE, et al, 2009). Por isso é importante conhecer o estrategista e o
que ele pode representar, em termos ganho de valor, para as organizações.
por conta disso ocupa uma posição especial, a de chefe ou líder dentro de uma determinada
sociedade ou organização.
O nível estratégico das decisões em uma organização pode ser dividido em:
Decisões estratégicas, que asseguram que os produtos e mercados da empresa
sejam bem escolhidos.
É necessário ficar atento para que não haja sobreposição aos interesses estratégicos
da empresa, pois é uma das principais tarefas da alta direção.
Witzel (2005) define no prefácio de seu livro, o estrategista como sendo “aquele que
geralmente sabe aplicar e explorar com eficácia os recursos de que dispõem, suas atitudes
são planejadas de acordo com objetivos determinados”.
Henry J. Heinz (1844 – 1919) Heinz nasceu nos EUA e seu pai era dono de uma olaria.
Durante toda vida teve especial interesse na fabricação de
tijolos e já maduro impressionava os visitantes ao mostrar
pilhas de amostras de amostras de tijolos em seu escritório e
discorrer sobre as técnicas com que eram feitos. Heinz
fundou e desenvolveu a maior produtora de alimentos do
mundo e, ao fazê-lo, criou uma das maiores marcas de todos
os tempo.
Willian Lever (1851 – 1925) Lever, filho do dono de um armazém, nasceu na Inglaterra.
Apesar da insistência de sua mãe para que fosse médico,
aos dezesseis anos juntou-se ao pai na empresa da família e
aos 21 foi feito sócio. Posteriormente tornou-se um dos mais
bem-sucedidos industriais britânicos da era vitoriana, que
ergueu sua empresa a partir de uma pequena base regional
e a transformou em uma das principais empresas
multinacionais.
Henry Ford (1863 – 1947) Nasceu nos EUA. Teve educação rudimentar, trabalhando
como aprendiz de máquina em Detroit e relojoeiro para
complementar o salário. O mais famoso líder empresarial de
todos os tempos. Para alguns gênios empresarial que
revolucionou a cultura e o estilo de vida americano, para
outros incentivador do sistema de produção em massa,
desumanizador e embrutecedor que oprimiu a vida de
milhões em todo o mundo.
Fonte: Adaptado de Witzel (2005)
Bossidy e Charan (2010, p. 53) esclarecem que um líder deve ter sete
comportamentos essenciais, os quais, conforme os autores são o primeiro elemento da
execução.
Segundo os autores, essencial em um líder que:
• Conheça seu pessoal e a sua empresa;
• Insista no realismo;
• Estabeleça metas e prioridades claras;
• Recompense quem faz;
• Apelei às habilidades das pessoas pela orientação;
• Conheça a si próprio;
Objetivo
Conhecer o Balanced Score Card – BSC e saber como esta ferramenta tem
importante utilização na implementação das estratégias organizacionais.
Introdução
O Balanced Scorecard foi desenvolvido por Robert Kaplan, e David Norton, em
1990, quando lideraram uma pesquisa para descobrir novos métodos de medição de
desempenho das empresas, pois havia a convicção à época de que as medidas
financeiras de desempenho eram ineficazes para uma empresa moderna.
9.1. Conceito
Mas antes de nos aprofundarmos nos estudos vamos ver o que é o BSC (assim que
vamos tratá-lo daqui para frente). Veja, o BSC é uma ferramenta de gestão que possibilita
a tradução da visão e das estratégias em objetivos estratégicos monitorados por
indicadores.
Para Kaplan e Norton (1997), criadores do BSC, “O que não é medido não é
gerenciado”. Essa “medição” a que se referem os autores trata-se do desempenho
esperado de cada indivíduo ou departamento de uma organização, para que sua
estratégia seja atingida.
Quando o desempenho não é “medido” o gestor não sabe se as metas estão sendo
atingidas, fazendo com que perca o controle sobre aquilo que deveria estar sendo realizado.
Nesse sentido, podemos dizer que o BSC auxilia a gestão estratégica sob quatro
perspectivas:
a) A perspectiva Financeira;
b) A perspectiva do cliente;
c) A perspectiva dos processos internos da empresa; e
d) A perspectiva do aprendizado e crescimento.
9.2. Aplicação
Agora que temos a noção do que é e para que
serve o BSC, vejamos como se dá a sua aplicação.
Dessa maneira vemos que aplicação do BSC está vinculada diretamente na gestão
estratégica das empresas. Lembrando que:
• Estratégia é um conjunto integrado de ações destinadas a gerar e manter
vantagens competitivas duradouras (PORTER, 1991); e
• Planejamento é a determinação antecipada do que fazer, como e quem deverá
fazê-lo, ou seja, é a determinação de objetivos e metas, de tempo e recursos,
estabelecimento de prioridades, definição de diretrizes, previsão de obstáculos
à execução de atividades e tomada de decisões (THOMPSON e STRICKILAND,
2003).
Por isso, e a fim de entender um pouco mais sobre o BSC, leia o trecho a seguir, que
faz parte de uma pesquisa realizada em 2010 pela Profa. Talita Bernardi.
empresa, ela precisa ser definida de maneira simples, objetiva, compreensiva, tornando-se
útil e funcional para todos os envolvidos com a organização (COSTA, 2004; RAMPERSAD,
2004).
Visão de uma organização deve ser a situação futura desejada a longo prazo; dever
ser uma meta ambiciosa e servir como um guia para a definição dos objetivos e a realização
da missão. Sua função é explicar o que a empresa quer ser, unificar as expectativas,
inspirar as grandes diretrizes e balizar as estratégias e demais ações da empresa (FLEURY
e FLEURY, 2004).
Já os fatores críticos de sucesso são definidos com base na visão. Trata-se das
áreas em que a empresa deve ser excelente para sobreviver. Indicam a estratégia e a
vantagem competitiva da empresa e possibilitam que ela se destaque no mercado. Esses
fatores também orientam e podem ser fundamentais para o sucesso ou fracasso da
empresa (RAMPERSAD, 2004).
Ao todo, estes passos descrevem os parâmetros para uma boa realização das metas
estratégicas. E além dos cinco passos para formulação do BSC, a empresa deve contar
Esse grupo deve fazer reuniões com o propósito de coletar dados dos diversos
setores para que possam escolher os melhores indicadores de desempenho e para que
haja interação entre os participantes (WONG et al., 2009).
CELESTINO, Maxwell dos S., SILVA, José D. G. da. O Balanced Scorecard como
Framework para a Ação Estratégica. RIAE - Revista Ibero-Americana de
Estratégia - RIAE, São Paulo, v. 10, n. 3, p. 147-172, set./dez. 2011.
HISPAGNOL, Gustavo M.; RODRIGUES, André L. apud SILVA, P. D. A.;