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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ESTRATÉGICA –
PLANEJAMENTO,
FERRAMENTAS E
IMPLANTAÇÃO
Planejamento
Controle Organização
Direção
Vamos entender rapidamente cada uma destas funções, que têm origem
na Teoria Clássica da Administração. No primeiro momento, o Planejamento é a
etapa na qual se determinam os objetivos da organização e definem-se os
recursos (sejam eles humanos, tecnológicos, físicos ou financeiros) que serão
necessários para atingi-los.
Na Organização, é o momento de agrupar os objetivos de maneira lógica
e otimizar os recursos; delegar as responsabilidades pelas tarefas; definir prazos
e políticas adequadas para a conclusão dos objetivos propostos na etapa do
Planejamento.
A Direção é necessária para que se tenha uma visão holística do processo,
que percebe e provê coordenação, integração e motivação dos envolvidos, assim
como ajustes necessários, integração entre setores, resolução de possíveis
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conflitos, entre outras ações necessárias para consolidar o que vem sendo
desenvolvido nas etapas anteriores.
A etapa de Controle é o momento de avaliação, de comparação do que
está acontecendo com aquilo que havia sido previsto inicialmente no
Planejamento. Neste momento, deve-se ponderar se o desempenho dos objetivos
está satisfatório e se haverá continuidade para novas etapas e fases. Caso não,
é preciso retomar o processo, aplicando medidas corretivas, revendo os objetivos
ou os recursos destinados para este fim.
Claro que tudo isso é um ciclo contínuo e ininterrupto, mas que,
infelizmente, não acontece exatamente de maneira programada para as
organizações. Imprevistos acontecem a todo o tempo e, por isso, elas precisam
reorganizar seus objetivos, rever seu planejamento e mudar o curso durante todas
as etapas, considerando a visão de seus gestores, principalmente no que tange
às organizações públicas, que apresentam alterações significativas no perfil de
gestão conforme o grupo que está no poder.
A adequada divisão das tarefas, organização dos recursos e distribuição
das responsabilidades, principalmente na primeira etapa do planejamento,
possibilita que a administração tenha mais garantias e certeza da efetivação dos
objetivos traçados. Para isso, é importante compreender todas as etapas do
processo e as responsabilidades de cada um dos envolvidos. Assim, veremos o
desmembramento do planejamento estratégico nesta aula.
Saiba mais
Leia mais em: <https://empreendedor.com.br/conteudo/planejamento-
estrategico-no-servico-publico/>. Acesso em: 07 maio 2019.
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1.2.1 Recursos
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quatro anos de mandato, mas ele deve ter mecanismos que controlam as ações
constantemente, de maneira que, quando algo se distancia do previsto, um alerta
deve ser acionado para que seja possível retornar, ver o que está dando errado e
tomar ações corretivas ou até mesmo rever o planejamento.
Agora, como estas letras podem ajudar a organizar o seu plano de ação
para a implantação do seu planejamento estratégico? Vamos usar alguns
exemplos de objetivos fictícios definidos por uma prefeitura e desmembrá-los
nestas questões. Você verá como fica muito mais fácil levantar a diagnosticar as
informações para acompanhamento e análise dos gestores.
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Exemplos de objetivos da prefeitura da Cidade X:
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É perceptível como a separação por este método facilita a organização das
informações, além de deixar claro quem são os responsáveis, os prazos e os
custos. A partir daqui, são desmembrados os planos táticos e operacionais para
as áreas, neste caso, para as secretarias e os departamentos da Prefeitura da
Cidade X, que já distribuiria para seus funcionários as atividades e
responsabilidades.
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que não sejam importantes os materiais de higiene bucal, mas eles podem esperar
uma nova remessa de recursos sem que isso cause riscos à população. Nesse
caso, as vacinas receberiam nota 5 e o material de higiene bucal, nota 2, por
exemplo.
Outro impacto que pode ocorrer é no custo. Digamos que, se determinado
objetivo não for realizado no prazo, pode ocasionar uma multa, assim, ele também
deve ser considerado como de alta gravidade.
A Urgência está relacionada ao tempo. Voltemos ao exemplo do
Planejamento Estratégico do Município X. Uma das ações do planejamento de
uma Secretaria da Educação é a aquisição de material escolar para as todas as
escolas do município. A Secretaria pode deixar para realizar a compra no mês de
abril? Não é possível, só se for para o próximo ano letivo, pois as aulas já
iniciaram. Deve existir uma programação de acordo com o calendário, respeitando
também o impacto do tempo. Assim, dependendo do prazo em que estiver sendo
feito este planejamento, deve ser estabelecida a nota da urgência.
A Tendência refere-se ao potencial de crescimento do problema, caso
nada se faça para resolvê-lo. Muitas vezes, aqueles problemas que não são
considerados prioritários pelas gestões, que popularmente não “atraem votos”,
são muitas vezes os que têm potencial baixo, porém que acabam
progressivamente aumentando, até que, em alguma gestão, se tornam
prioritários. O preço de não haver um planejamento preventivo gera um custo
maior por ter de fazer reativo, mas falaremos desse assunto melhor no próximo
tema, na análise de cenários.
A matriz é montada e os valores são colocados de acordo com o
estabelecido para cada um dos objetivos conflitantes. Ao final, é feita a
multiplicação (G x U x T) e definida a prioridade, sendo o maior resultado o
considerado mais importante.
Segue um modelo simplificado encontrado na literatura de Matriz GUT, mas
adaptado às decisões de atividades conflitantes para realizações dos objetivos e
não problemas, como acontece na Gestão da Qualidade.
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Tabela 2 – Matriz GUT
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Figura 2 – Planejamento modelo de Hill e Jones (2013)
Formular planos
Investir em um
Identificar possíveis para lidar com esses
plano, mas...
cenários possíveis cenários
trocar de estratégia
colocar parte de
casos os sinais
suas fichas na
indicares que outros
preparação para
cenários se tornaram
outros cenários...
mais prováveis
Modelagem dinâmica;
Extrapolação de tendências temporais;
Método de Peter Schwartz ou Método da Global Business Network (GBN);
Método de previsão de cenários de Michel Godet;
Análise Pestel;
Julgamento de especialistas;
Método de cenários de Michel Porter.
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Quadro 1 – Aspectos e Variáveis utilizáveis para a análise de cenários
Aspecto Variável
Sociedade Tendências populacionais
Mudança de preferência de clientes
Economia Taxas de juros
Taxas de câmbio
Mudanças na renda pessoal real
Fornecedores Mudanças nos custos de entrada
Mudanças em suprimentos
Mudanças no número de fornecedores
Mercado Novos usos dos produtos
Novos mercados
Obsolescência de produtos
Governo Novas regulações
Novas prioridades
Competição Novas tecnologias
Novos concorrentes
Mudanças nos preços praticados
Novos produtos
Fonte: Torres et al., 2013, p. 72.
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Figura 3 – Cinco forças de Porter
Ameaça de
produtos
substitutos
Ameaça de
entrada de novos
concorrentes
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Algumas barreiras identificadas por Porter que dificultam a entrada de
empresas em determinado mercado são: economias de escala, diferenciação do
produto, necessidade de investimento, custos de troca, facilidade de acesso a
canais de distribuição, desvantagens de custo e políticas públicas.
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organização. Sabendo que detêm poder, muitas vezes acabam exigindo
condições de pagamentos e prazos de entrega mais facilitados que outros
compradores sem esse poder.
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REFERÊNCIAS
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