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Administração
1. FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
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A seguir, a figura que representa o Processo Administrativo, suas funções e atividades.
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1.1. Planejamento
•• Decidir antecipadamente aquilo que deve ser feito, como, quando e quem deve fazer (Ko-
ontz et al.).
•• Processo de estabelecer objetivos e determinar o que deve ser feito para alcançá-los
(Schermerhorn).
•• Meios: caminho para chegar ao estado futuro – estratégias, políticas, projetos, processos, etc.
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Djalma Oliveira (2013) cita princípios gerais do Planejamento:
1. Contribuição aos objetivos – o planejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da
organização. Deve-se hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua
totalidade, tendo em vista a interligação entre eles.
2. Precedência do planejamento – é uma função administrativa que vem antes das outras
(organização, direção e controle).
3. Maior penetração e abrangência – pode provocar uma série de modificações nas caracte-
rísticas e atividades da empresa (pessoas, tecnologia, materiais, etc.).
4. Maior eficiência, eficácia e efetividade – deve procurar maximizar os resultados e minimi-
zar as deficiências.
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1.1.1.1. Planejamento Estratégico
Também chamado de Planejamento Institucional ou Organizacional, procura estabelecer a me-
lhor direção a ser seguida pela organização com um todo, ou, em outras palavras, visa à defini-
ção de objetivos organizacionais amplos e de longo prazo.
O processo de planejamento estratégico consiste em estruturar e esclarecer os caminhos da
organização e os objetivos que ela deve alcançar. É de responsabilidade da alta administração
(cúpula administrativa) e está voltado para as relações entre a empresa e seu ambiente, levan-
do em conta os fatores internos (forças e fraquezas) e externos (ameaças e oportunidades).
Como o Planejamento Estratégico é genérico e abrangente, ele não pode ser aplicado isolada-
mente. Por isso, é preciso que sejam elaborados, de maneira integrada, os Planos Táticos (fun-
cionais) e Operacionais, os quais desdobram e detalham a estratégia.
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1.1.1.2. Planejamento Tático
É notório que, para o Planejamento Estratégico dar certo, cada área da organização deve fazer
sua parte. O Planejamento Tático é justamente o desdobramento do plano estratégico em cada
unidade/área/departamento/divisão (Planos Funcionais, Administrativos).
Os planos táticos são responsabilidade dos gerentes funcionais (marketing, recursos humanos,
produção, finanças, etc.) e traduzem as estratégias globais em ações especializadas, com o ob-
jetivo de otimizar determinada área (ou áreas).
É, portanto, o planejamento desenvolvido no nível intermediário, de médio prazo, visando
aproximar o estratégico do operacional. Dessa forma, ao ser a interface entre estratégia e ope-
ração, produz planos mais bem direcionados às distintas atividades organizacionais.
Os planos operacionais especificam atividades e recursos que são necessários para a realização
dos objetivos.
É direcionado às unidades operacionais básicas, a cada atividade. É o desdobramento dos pla-
nos táticos, seu foco está no curto prazo e, como o próprio nome já define, está voltada espe-
cificamente às tarefas e operações, ou seja, para o dia a dia da organização (procedimentos,
orçamentos, programas, regulamentos, etc.).
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A figura a seguir mostra o desdobramento do planejamento organizacional.
1.2. Organização
O processo de organizar criar a estrutura da empresa de modo a facilitar o alcance dos resul-
tados. Em outras palavras, é alocar/dispor os recursos humanos e materiais em uma estrutura
organizacional que facilite a realização dos objetivos.
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Está relacionada à estrutura das áreas de uma organização, à divisão interna do trabalho, à alo-
cação de recursos, à coordenação de esforços, etc., representando os meios para se colocar em
prática as outras funções administrativas: o planejamento, a direção e o controle.
Envolve identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e recursos, visando ao
alcance dos resultados estabelecidos pelo planejamento. Reúne as pessoas e os equipamentos
e estabelece relações de responsabilidade e autoridade.
A organização, portanto, é a maneira pela qual as atividades são divididas, organizadas e coor-
denadas: atribuição de tarefas, agrupamentos de tarefas em equipes ou departamentos e alo-
cação dos recursos necessários nessas instâncias. É o processo de distribuir, arranjar e alocar o
trabalho, estabelecer a autoridade e os recursos entre os órgãos para que possam ajudar a al-
cançar os objetivos organizacionais. Assim, a organização é o processo de engajar as pessoas
em um trabalho conjunto, de maneira estruturada para alcançar objetivos comuns.
Organograma é a representação gráfica de determi-
nados aspectos da estrutura organizacional (figura ao
lado).
São duas as formatações básicas da estrutura organiza-
cional:
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•• Relações: entre os órgãos componentes da organização e entre as pessoas com relação ao
seu trabalho.
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Esses seis elementos são a resposta algumas perguntas básicas, conforme o quadro a seguir:
Pergunta Resposta
Até que ponto as atividades podem ser subdivididas em tare-
Divisão e Especialização do Trabalho
fas separadas?
Qual a base (critério) para o agrupamento das tarefas? Departamentalização
A quem as pessoas/grupos vão se reportar? Cadeia de Comando – Hierarquia
Quantas pessoas cada chefe pode dirigir/supervisionar direta-
Amplitude de Controle
mente com eficiência e eficácia?
Onde fica a autoridade no processo decisório? Centralização e Descentralização
Até que ponto haverá regras/normas para dirigir as pessoas? Grau de Formalização
Com a divisão do trabalho, a organização empresarial passa a desdobrar-se em três níveis ad-
ministrativos que compõem o aparato administrativo necessário para dirigir a execução das
tarefas e operações:
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a) Nível institucional, composto por dirigentes e diretores da organização.
b) Nível intermediário, ou nível do meio do campo, composto dos gerentes.
c) Nível operacional, composto dos supervisores que administram a execução das tarefas e
operações da empresa.
1.2.1.2. Especialização
A Especialização é uma consequência da divisão do trabalho: cada unidade ou cargo passa a ter
funções e tarefas específicas e especializadas. Essencialmente, ela faz com que os indivíduos se
especializem em realizar parte de uma atividade em vez de realizar a atividade inteira.
A especialização pode dar-se em duas direções: vertical e horizontal.
A horizontal representa a tendência de criar departamentos especializados no mesmo nível
hierárquico, cada qual com suas funções e tarefas. Ex.: gerência de Marketing, gerência de Pro-
dução, gerência de Recursos Humanos, etc.
A vertical caracteriza-se pelos níveis hierárquicos (chefia), pois, na medida em que ocorre a
especialização horizontal do trabalho, é necessário coordenar essas diferentes atividades e fun-
ções. Ex.: Presidência, Diretoria-Geral, Gerências, Coordenadorias, etc.
A especialização tem limites. Em determinados trabalhos, o excesso de especialização chegou
a um ponto em que as deseconomias
humanas (tédio, fadiga, estresse, bai-
xa produtividade, perda de qualidade,
aumento do absenteísmo e da rotati-
vidade) superavam em muito as van-
tagens econômicas. Por isso, muitas
empresas descobriram que dar aos
funcionários diversas tarefas, permi-
tindo que eles realizassem uma ativi-
dade completa, e colocá-los em equi-
pes com habilidades intercambiáveis,
geralmente levava a resultados melho-
res e ao aumento da satisfação com o
trabalho.
1.2.1.3. Hierarquia
A Hierarquia é, basicamente, a especialização vertical. A pluralidade de funções imposta pela
especialização do trabalho exige o desdobramento da função de comando, cuja missão é dirigir
as atividades para que essas cumpram harmoniosamente as respectivas missões. O princípio
da hierarquia é o escalar: à medida que se sobe na escala hierárquica, aumenta o volume de
autoridade do administrador.
A cadeia de comando é uma linha única de autoridade, que vai do topo da organização até o
escalão mais baixo e determina quem se reporta a quem na empresa. Ela responde a perguntas
dos funcionários do tipo “Se eu tiver um problema, com quem devo falar?” ou “Por quem sou
responsável?”.
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Autoridade
É o direito formal que a chefia tem de alocar recursos e exigir o cumprimento de tarefas por
parte dos funcionários. A autoridade emana do superior para o subordinado, e este é obrigado
a realizar seus deveres.
A autoridade:
•• é alocada em posições da organização, e não em pessoas;
•• flui desde o topo até a base da organização – as posições do topo têm mais autoridade do
que as posições da base;
•• é aceita pelos subordinados devido à crença na cultura organizacional.
Tipos de autoridade:
Existem três tipos básicos de autoridade:
•• Autoridade linear, hierárquica, ou única – segue o princípio da unidade de comando: cada pes-
soa deve ter apenas um superior a quem se reportar diretamente. Essa autoridade é única e
absoluta do superior aos seus subordinados. Um exemplo típico são as organizações militares;
•• Autoridade funcional, ou dividida – tem como base a especialização, o conhecimento.
Cada subordinado reporta-se a vários superiores, de acordo com a especialidade de cada
um – autoridade é parcial e relativa. Nenhum superior tem autoridade total. Ex.: médicos
em um hospital;
•• Autoridade de Staff, ou de Assessoria – com base no aconselhamento e assessoramento,
visando orientar e dar suporte a decisões. Ex.: assessoria jurídica, assessoria de imprensa,
consultoria em gestão, etc.
Responsabilidade
Dever de desempenhar a tarefa ou atividade, ou cumprir um dever para o qual se foi desig-
nado. Dentro dos princípios da divisão do trabalho, especialização e hierarquia, cada depar-
tamento ou cargo recebe uma determinada quantidade de responsabilidades. Nessa relação
contratual, tais áreas/cargos concordam em executar certos serviços em troca de retribuições
ou compensações financeiras.
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O grau de responsabilidade é, geralmente, proporcional ao grau de autoridade da pessoa. Des-
sa forma, os cargos de alto escalão possuem maior autoridade e responsabilidade que os car-
gos mais baixos.
Delegação é o processo de transferir autoridade e responsabilidade para posições inferiores na
hierarquia. Muitas organizações encorajam seus gerentes a delegar autoridade aos níveis mais
baixos para proporcionar o máximo de flexibilidade para satisfazer as necessidades do cliente e
se adaptar ao ambiente.
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Necessidade de controle Equipe precisa de controle e Equipe é capaz de trabalhar
sobre a equipe direção sozinha
Relações com outras Muitas relações, exigindo esforço Relações mínimas com outras
equipes de coordenação equipes
Necessidade de Grande necessidade de análise e Tarefas mecânicas, sem
planejamento resoluções de problemas necessidade de planejamento
Centralização
É a concentração do poder decisório no topo da organização. Isso facilita o controle e coor-
denação das atividades, além de padronizar as decisões e torná-las mais consistentes com os
objetivos globais da instituição.
Parte do princípio de que as pessoas do topo usualmente são mais bem treinadas e prepara-
das para decisões, eliminando esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduzindo
custos operacionais.
As principais desvantagens da centralização são: as decisões ficam distanciadas dos fatos e cir-
cunstâncias, pois os tomadores de decisão têm pouco contato com as partes envolvidas e com
a situação operacional; maior demora na tomada de decisão, pois depende da disponibilidade
do gestor; as decisões passam pela cadeia escalar, dando margem a distorções e erros de co-
municação.
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Descentralização
O poder decisório é deslocado para os níveis mais baixos da administração (fica distribuído pe-
los diversos níveis hierárquicos). É uma tendência moderna, pois proporciona maior autonomia
aos cargos mais baixos e alivia a carga decisória da alta administração.
A descentralização altera a divisão do trabalho (e das decisões) entre os cargos e os departa-
mentos. Por causa disso, é mais duradoura e tem mais alcance que a delegação (que ocorre
entre pessoas).
As vantagens são: melhoria da qualidade das decisões, pois os gerentes médios ficam mais próximos
da operação e, portanto, conhecem melhor a realidade; melhoria no aproveitamento das pessoas,
com aumento da motivação, da criatividade e da autonomia; alivia os chefes principais do excesso
de trabalho decisório; agilidade e eficiência: a organização responde de forma mais rápida.
As desvantagens são: falta de uniformidade das decisões; insuficiente aproveitamento dos es-
pecialistas centrais; necessidade de maior estrutura de apoio.
Delegação
Delegação é a transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu subordi-
nado, criando o correspondente compromisso pela execução da tarefa delegada.
A delegação pode alcançar apenas tarefas específicas ou um conjunto de tarefas.
Cuidado: não confundir a responsabilidade funcional/de execução com a responsabilidade fi-
nal/do cargo. Diversos autores afirmam que a responsabilidade final do cargo não pode ser
delegada. Delega-se apenas a execução, ou seja, a responsabilidade pelo bom desempenho
de uma tarefa e a respectiva autoridade para executá-la. A responsabilidade final pelo cum-
primento permanece com o delegante e, dessa forma, ele é o verdadeiro responsável e deve
manter supervisão aos delegados para que cumpram as funções. No serviço público, há previ-
são legal (leis, resoluções, regimentos internos) explicitando responsabilidades e o que pode
ou não ser delegado.
Algumas considerações importantes sobre delegação: a autoridade deve ser delegada até o
ponto, e na medida necessária, para a realização dos resultados esperados; a autoridade deve
ser proporcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou função considerada; a res-
ponsabilidade não pode ser delegada, pois nem o chefe nem o subordinado podem livrar-se,
totalmente, de suas obrigações, designando outros para realizá-las; e a clareza na delegação é
fundamental, com designação precisa, entendida e aceita por todos os envolvidos no processo.
No quadro a seguir são citadas as principais diferenças entre descentralizar e delegar.
DESCENTRALIZAÇÃO DELEGAÇÃO
•• Ligada ao cargo •• Ligada à pessoa
•• Geralmente atinge vários níveis hierárquicos •• Atinge um nível hierárquico
•• Caráter mais formal
•• Caráter mais informal
•• Menos pessoal
•• Mais estável no tempo •• Mais pessoal
•• Menos estável no tempo
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1.2.1.6. Formalização
A formalização se refere ao grau em que as tarefas dentro da organização são padronizadas.
Quando uma tarefa é muito padronizada, seu responsável tem pouca autonomia para decidir o
que, quando e como deve ser realizado. A padronização não apenas elimina a possibilidade de
os funcionários adotarem comportamentos alternativos, como também elimina a necessidade
de eles buscarem alternativas.
O grau de formalização pode variar muito entre as organizações e dentro de uma mesma em-
presa.
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Estruturas orgânicas têm esse nome porque imitam o comportamento dinâmico dos organis-
mos vivos.
Esse modelo é chamado pós-burocrático ou adhocrático* (de acordo com a demanda, um modelo
para cada situação), pois procura se adaptar a condições instáveis, mutáveis. Ambientes assim ofere-
cem problemas complexos que muitas vezes não podem ser resolvidos com estruturas tradicionais.
Burocracia Adhocracia
Estruturas permanentes Estruturas temporárias e flexíveis
Atividades rotineiras ou estáveis; minuciosa Atividades inovadoras ou não-estáveis; divisão
divisão de trabalho do trabalho nem sempre bem definida
Profunda normatização, regras detalhadas e
Pouca normatização, regras genéricas
definidas pela cúpula
Confiança nas regras e procedimentos formais Confiança nas pessoas e nas comunicações
Predomínio da interação vertical (superior –
Predomínio da interação horizontal; confiança e
subordinado); relacionamento baseado em
crença recíprocas
autoridade e obediência
Cargos generalistas (atividades diversas e amplo
Cargos ocupados por especialistas
conhecimento)
Hierarquia rígida; tomada de decisões Hierarquia flexível; tomada de decisão
centralizada; pouca delegação descentralizada; delegação
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Nenhuma organização é exclusivamente mecanicista ou orgânica. Também não há uma estru-
tura ou modelo de organização que seja melhor que outra – cada estrutura é mais adaptada a
diferentes circunstâncias ou situações.
Os principais fatores que influenciam a escolha da estrutura ideal são: estratégia, tamanho,
tecnologia e ambiente. Outros fatores podem ser considerados, como recursos humanos e sis-
tema de produção.
•• Estratégia: é a variável mais importante que afeta o tipo de estrutura, afinal, a estrutura organi-
zacional é uma ferramenta para realizar os objetivos. Ex: se a estratégia exige inovação, é me-
lhor uma estrutura orgânica; se exige redução de custos, é melhor uma estrutura mecanicista.
•• Tamanho: dependendo da quantidade de funcionários, são necessárias diferentes estrutu-
ras para gerenciar a organização. Uma empresa muito grande tende ser mecanicista.
•• Tecnologia: de acordo com o tipo e a complexidade da tecnologia envolvida no trabalho,
as tarefas podem ser mais rotineiras (linha de produção) ou mais diversificadas (setor de
pesquisa e desenvolvimento), exigindo diferentes estruturas.
•• Ambiente: as organizações precisam se ajustar ao ambiente, que pode ser estável e unifor-
me ou complexo e dinâmico.
•• Recursos humanos: são as características das pessoas, tais como tipo de formação,
experiência, perfil psicológico, motivações e mesmo relações pessoais.
•• Sistema de produção: nas empresas de produção em massa, o modelo mecanicista adapta-
-se melhor; já a estrutura orgânica é mais apropriada quando o produto não é padronizado.
A figura a seguir mostra os determinantes e as consequências do desenho da estrutura.
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1.2.3. Departamentalização
Depois de dividir o trabalho por meio da especialização, é necessário agrupar as atividades para que
as tarefas comuns possam ser coordenadas. Esse agrupamento é chamado de departamentalização.
Departamentalizar é agrupar as atividades e correspondentes recursos (humanos, materiais
e tecnológicos) em unidades, de acordo com um critério específico de homogeneidade.
O conjunto de departamentos forma a estrutura organizacional e é representado graficamente
por meio do organograma da empresa.
Distintos critérios podem ser usados para criar departamentos, sendo os mais comuns: por
função (funcional); por produtos e serviços; geográfica (territorial, regional); por clientes; por
processo; por projeto; matricial e mista.
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Arranjo físico e disposição Contraindicada quando a
Agrupamento por fases racional dos recursos. tecnologia sofre
do processo. Utilização econômica da mudanças e
Processo Ênfase na tecnologia tecnologia e do processo. desenvolvimento
utilizada. Ideal quando a tecnologia tecnológico.
Foco introversivo. e os produtos são Falta flexibilidade e
estáveis e permanentes. adaptação a mudanças.
Agrupamento em função
Ideal quando a
de saídas ou resultados Concentra pessoas e
concentração de recursos
dos recursos em cada projeto.
é grande e provisória.
projetos. Quando termina um
Orientada para resultados
Requer estrutura projeto, há indefinição
Projetos concretos.
flexível e adaptável às quanto a outros.
Adaptação ao
circunstâncias do projeto. Angústia dos especialistas
desenvolvimento técnico.
Requer alto grau de quando ao seu próprio
Ideal para produtos
coordenação entre futuro.
altamente complexos.
órgãos para cada projeto.
Há outros tipos menos difundidos de departamentalização que acabam sendo cópias conceitu-
ais dos apresentados aqui e, por isso, não foram detalhados. Exemplos:
•• Por quantidade: agrupar uma certa quantidade de pessoas não diferenciáveis para execu-
tar tarefas sob as ordens de um superior.
•• Por turno: um conjunto de atividades similares é alocado em diferentes unidades organiza-
cionais, tendo em vista o turno (manhã, tarde ou noite) em que essas atividades similares
são realizadas.
•• Por área do conhecimento: comum em universidades, pois agrupa as atividades de acordo
com a área de conhecimento (matemática, química, física, etc.).
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1.2.3.2. Departamentalização Matricial
Chama-se matricial, pois combina dois ou mais tipos de departamentalização, formando uma
grade, conforme a figura a seguir.
Pode ser definida, também, como a combinação da abordagem divisional com a funcional, ou
então, conforme o tipo mais comum, a combinação da departamentalização funcional com a
de projetos.
•• Matricial forte: ênfase nos projetos: possui muitas das características da organização por proje-
to. Podem ter gerentes de projetos com autoridade considerável e pessoal trabalhando para o
projeto em tempo integral. O poder do gerente do projeto é soberano e as atividades funcionais
ordinárias (RH, Marketing, etc.) ficam em segundo plano (quando não são terceirizadas).
•• Balanceada: embora reconheça a necessidade de um gerente de projetos, não fornece a
ele autoridade total e os recursos financeiros do projeto.
•• Matricial fraca: ênfase funcional: mantém muitas das características de uma organização
funcional e a função do gerente de projetos é mais parecida com a de um coordenador ou
facilitador que com a de um gerente. Os gerentes funcionais possuem mais poder que os
de projeto, criando grandes conflitos e dificultando o alcance dos resultados.
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O quadro a seguir mostra as características das estruturas funcional, matricial e de projetos.
Vantagens
•• Maior versatilidade e otimização dos recursos;
•• Forma efetiva para conseguir resultados ou resolver problemas complexos;
•• Mais fortemente orientada para resultados;
•• Maior grau de especialização.
Desvantagens
•• Ambiguidade de papéis e relações das pessoas – conflito de interesses entre linha e projeto;
•• Duplicidade de autoridade e comando.
1.3. Direção
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A base conceitual para a direção é a área do conhecimento denominada Comportamento Organizacio-
nal, que busca a compreensão do comportamento individual e dos grupos no ambiente de trabalho.
Dirigir, portanto, é lidar com conceitos voltados à Gestão de Pessoas: liderança, comunicação,
incentivo, motivação, satisfação, capacitação, participação, etc. As pessoas precisam ser apli-
cadas em seus cargos e funções, treinadas, guiadas e motivadas para alcançarem os resultados
que delas se esperam.
Todos os gestores da organização devem ser, em certo sentido, gestores de pessoas.
A Direção é aplicada em todos os níveis hierárquicos e também segue o princípio escalar: dire-
tores dirigem gerentes, gerentes dirigem supervisores e supervisores dirigem funcionários etc.
Os avanços observados nas últimas décadas têm levado as organizações a buscarem novas for-
mas de gestão com o intuito de melhorar o desempenho e alcançar resultados para o pleno
atendimento das necessidades dos clientes. Devido a isso, o papel das pessoas nas organiza-
ções foi revisto: deixaram de ser recursos (ou custos) e assumiram uma posição estratégica.
Em outras palavras, no início do processo de industrialização, as pessoas eram vistas como um cus-
to, um “mal necessário” às empresas. Hoje em dia, essa visão mudou e as pessoas são vistas no
ambiente de trabalho como: seres humanos, agentes ativos e inteligentes, parceiros da organização.
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A evolução supracitada é condizente com as Teorias X e Y de Douglas McGregor. O autor pôs
em evidência a filosofia do gestor sobre a natureza humana e a sua relação com a motivação
dos subordinados. Segundo ele, os gestores tendem a desenvolver um conjunto de crenças
ou ideias sobre os empregados, as quais podem ser divididas em dois grupos, com visões
antagônicas – a Teoria X e a Teoria Y.
•• De acordo com os pressupostos da Teoria X, as pessoas: são preguiçosas e indolentes; evi-
tam o trabalho; evitam a responsabilidade para se sentirem mais seguras; precisam ser
controladas e dirigidas; são ingênuas e sem iniciativa. Se o gestor tem essa visão negati-
va das pessoas, ele tende a ser mais controlador e repressor, a tratar os subordinados de
modo mais rígido, a ser autocrático, a não delegar responsabilidades.
•• Nas pressuposições da Teoria Y, o trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou
descansar, portanto, as pessoas: são esforçadas e gostam de ter o que fazer; procuram e
aceitam responsabilidades e desafios; podem ser automotivadas e autodirigidas; são cria-
tivas e competentes. Como o gestor acredita no potencial dos funcionários, ele incentiva a
participação, delega poderes e cria um ambiente mais democrático e empreendedor.
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1.4. Controle
Controlar significa garantir que aquilo que foi planejado seja bem executado e que os objeti-
vos estabelecidos sejam alcançados adequadamente.
Busca manter a organização no caminho adequado para alcance dos objetivos e permitir as cor-
reções necessárias para atenuar ou corrigir os desvios.
A essência do controle, portanto, é a comparação entre aquilo que foi planejado e aquilo que
está sendo executado, para verificar se tudo está funcionando da maneira certa e no tempo
certo. Para isso, são fornecidas as informações e a retroação, de forma a manter as operações
dentro do curso correto de ação. A comparação do desempenho real com o que foi planejado
não busca apenas localizar as variações, erros ou desvios, mas também localizar dificuldades e
pontos passíveis de melhoria ao longo do processo. Dessa forma, o controle permite a chama-
da "melhoria contínua" para que as operações futuras possam alcançar melhores resultados.
O controle é algo universal: todas as atividades humanas fazem uso de algum tipo controle,
consciente ou inconscientemente. Além disso, abrange todos os níveis organizacionais:
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Nível Tipo de Extensão do
Conteúdo Amplitude
organizacional Controle tempo
Genérico, Macro-orientado. Aborda a
Institucional Estratégico sintético e Longo Prazo empresa como uma totalidade
abrangente – desempenho global
Menos
genérico Aborda cada unidade
Intermediário Tático e mais Médio prazo (departamento)
detalhado que separadamente
o estratégico
Detalhado,
Micro-orientado. Aborda
Operacional Operacional específico e Curto prazo
cada tarefa ou operação
analítico
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1.4.3. Processo de Controle
O controle é um processo cíclico/repetitivo composto de quatro fases:
1. estabelecimento de objetivos ou padrões de controle;
2. avaliação/mensuração do desempenho;
3. comparação do desempenho com os padrões estabelecidos;
4. ação corretiva.
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Alguns autores incluem um terceiro elemento para a medição do desempenho, especialmente
quando se trata de políticas públicas: a Efetividade.
•• Efetividade é a relação entre os impactos gerados por uma ação e os impactos esperados
no médio e longo prazo. Impacto é o efeito sobre a população-alvo, ou seja, as mudanças
geradas na sociedade.
•• Quadro Resumo:
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Questões
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Atribuir e alocar tarefas em departamentos são ações relacionadas à função administrativa de
planejamento.
( ) Certo ( ) Errado
8. (90359) FCC – 2014 – ADMINISTRAÇÃO GERAL – Nova Gestão Pública, Eficiência, Eficácia e
Efetividade
É consenso que a atuação da Administração pública deve estar pautada pela busca do atendi-
mento das necessidades e das expectativas da sociedade pelos serviços prestados. Quando o
impacto final das ações da Administração atinge tal escopo, é correto dizer que seu desempe-
nho corresponde ao grau de
a) eficácia.
b) eficiência.
c) efetividade.
d) economicidade.
e) accountability.
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9. (42515) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO As tarefas e as atividades das equipes de
GERAL – Estrutura Organizacional, Princí- trabalho são elementos importantes para
pios da Organização do Trabalho, Processo a escolha e composição das unidades e de-
Organizacional, Organização partamentos das organizações para que os
Acerca do comportamento organizacional, resultados finais tenham valor reconhecido.
julgue o item a seguir. ( ) Certo ( ) Errado
O projeto organizacional define uma confi-
guração estrutural para a organização com 13. (14414) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
base na autoridade legal e ordem para qual- GERAL – Controle, Funções da Administra-
quer tipo de organização. ção, Processo Organizacional
( ) Certo ( ) Errado O controle consiste em ferramenta adminis-
trativa para a reunião e a coordenação dos re-
10. (42488) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO cursos humanos, financeiros, físicos, de infor-
GERAL – Estrutura Organizacional, Princí- mação e outros necessários ao atendimento
pios da Organização do Trabalho, Processo dos objetivos organizacionais estabelecidos.
Organizacional, Organização ( ) Certo ( ) Errado
Em relação à estrutura organizacional, jul-
gue o item a seguir. 14. (82689) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
A estrutura organizacional que depende da GERAL Funções da Administração, Processo
ênfase nas decisões operacionais é constru- Organizacional
ída quando a organização busca enfrentar No que se refere ao processo organizacio-
mudanças ambientais emergentes. nal, julgue o item que se segue.
( ) Certo ( ) Errado Como uma das funções do processo de ad-
ministração, cabe à direção assegurar que
11. (42486) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO os objetivos traçados pela organização este-
GERAL – Princípios da Organização do Tra- jam sendo cumpridos.
balho, Estrutura Organizacional, Processo ( ) Certo ( ) Errado
Organizacional, Organização
Em relação à estrutura organizacional, jul- 15. (82686) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
gue o item a seguir. GERAL – Princípios da Organização do Tra-
O trabalho em equipe e a cooperação são balho, Estrutura Organizacional, Processo
favorecidos quando as estruturas organiza- Organizacional, Organização
cionais são mais rígidas, uma vez que per- No que se refere ao processo organizacional,
mitem decisões mais rápidas. julgue o item que se segue.
( ) Certo ( ) Errado A descentralização é natural nas organiza-
ções em crescimento, uma vez que o au-
mento da estrutura organizacional estimula
12. (42484) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO a tomada de decisões por níveis hierárqui-
GERAL – Estrutura Organizacional, Princí- cos intermediários.
pios da Organização do Trabalho, Processo
Organizacional, Organização ( ) Certo ( ) Errado
A respeito das relações humanas no traba-
lho, julgue o item a seguir.
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16. (82684) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 20. (71636) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO GE-
GERAL – Funções da Administração, Proces- RAL – Funções da Administração, Controle
so Organizacional Organizacional – Visão Geral, Processo Or-
No que se refere ao processo organizacional, ganizacional, Controle
julgue o item que se segue. O processo administrativo é composto por
A distribuição de tarefas e de recursos entre os quatro funções específicas: planejamento,
membros da organização compete à direção. organização, direção e controle. Sobre con-
trole, considere:
( ) Certo ( ) Errado
I – Um dos primeiros passos é estabelecer
previamente os objetivos ou padrões que se
17. (82683) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO deseja alcançar e manter.
GERAL – Princípios da Organização do Tra-
balho, Estrutura Organizacional, Processo II – Processo pelo qual são fornecidas infor-
Organizacional, Organização mações de retroação para manter as fun-
ções dentro de suas respectivas trilhas.
Julgue o item a seguir, relativo à estrutura III – Define meios para possibilitar a realiza-
organizacional. ção de resultados.
Nas organizações, a departamentalização Está correto o que consta em:
pode ser identificada por meio da estrutura
vertical de seus organogramas. a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
( ) Certo ( ) Errado c) I, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.
18. (82682) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Estrutura Organizacional, Princí-
pios da Organização do Trabalho, Processo 21. (74386) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
Organizacional, Organização GERAL – Funções da Administração, Proces-
so Organizacional
Julgue o item a seguir, relativo à estrutura
organizacional. Acerca das funções e do processo da admi-
nistração, julgue os itens que se seguem.
A estrutura de uma organização é definida
por sua composição hierárquica, sua depar- Definir a missão da organização, designar as
tamentalização e seus sistemas de comuni- pessoas, dividir o trabalho e definir e con-
cação, coordenação e integração. trolar o desempenho são funções da admi-
nistração relacionadas, respectivamente, ao
( ) Certo ( ) Errado planejamento, à organização, à direção e ao
controle.
19. (74888) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO ( ) Certo ( ) Errado
GERAL – Funções da Administração,
Processo Organizacional
22. (74374) CESPE 0 2014 0 ADMINISTRAÇÃO
Ao se certificar de que a organização está GERAL 0 Funções da Administração, Proces-
seguindo o rumo de seus objetivos, o gestor so Organizacional
pode planejar e organizar os recursos para
alcance da estratégia organizacional. O planejamento estabelece o alicerce para
as funções de organizar, dirigir e controlar.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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23 (74373) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO e) Não se devem adotar objetivos quan-
GERAL – Missão, Visão, Valores e Objetivos, titativos no planejamento, dado serem
Visão Geral do Planejamento, Níveis de Pla- difíceis de mensurar na realidade orga-
nejamento, Processo Organizacional, Plane- nizacional.
jamento, Gestão Estratégica
24. (108389) CESPE – 2016 – ADMINISTRAÇÃO
Acerca do planejamento em organizações, GERAL – Princípios da Organização do
assinale a opção correta. Trabalho
a) Nas organizações, não se estabelecem No que se refere às características básicas
planos permanentes, dado os planos das organizações formais modernas e aos
terem sempre natureza transitória. aspectos a elas inerentes, julgue o item que
b) As metas correspondem aos objetivos se segue.
quantificados de uma organização.
c) Planejamentos operacionais são desen- A divisão do trabalho dentro das organiza-
volvidos pela cúpula administrativa e ções — modo pelo qual um processo com-
são realizados, conjecturalmente, a lon- plexo é dividido em tarefas —, quando é
go prazo. implantada de forma vertical, define a de-
d) Os planos são estruturas que envolvem partamentalização.
macroaspectos das organizações e que
originam os planejamentos. ( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. (14378) A 2. (48486) Errado 3. (107674) C 4. (102359) Certo 5. (102251) Errado 6. (102250) Errado
7. (98604) B 8. (90359) C 9. (42515) Errado 10. (42488) Errado 11. (42486) Errado 12. (42484) Certo 13. (14414) Errado
14. (82689) Errado 15. (82686) Certo 16. (82684) Certo 17. (82683) Errado 18. (82682) Certo 19. (74888) Errado
20. (71636) B 21. (74386) Errado 22. (74374) Certo 23. (74373) B 24. (108389) Errado
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2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Planejar é também uma questão de atitude. Maximiano define duas atitudes básicas: proativa
e reativa. A atitude proativa é representada pelas forças que desejam e impulsionam as
mudanças na organização; é a atitude dos administradores que processam de maneira positiva
os inputs que vêm do ambiente e de dentro da própria organização; a atitude é mais proativa
quanto mais rapidamente a organização antecipar-se ao futuro e fizer as mudança necessárias.
A atitude reativa é representada pelas forças que desejam preservar a estabilidade, a
manutenção do status quo. É a atitude dos administradores que processam negativamente as
informações que vêm do ambiente externo e de dentro da própria organização; é a resistência
a mudanças.
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Em todas as organizações, os dois tipos de forças estão presentes e são necessários. A atitude
proativa é importante para o crescimento e a mudança; a atitude reativa é importante para
manter o equilíbrio e para impedir as mudanças abruptas e desnecessárias. O equilíbrio entre
os dois tipos de atitudes influencia o desempenho da organização. Predominando a atitude
proativa entre os administradores, a organização torna-se capaz de ajusta-se às mudanças no
ambiente e eleva sua eficácia. Predominando a atitude reativa, a organização preocupa-se
pouco com a necessidade de inovar.
Djalma Oliveira também relaciona três tipos de Filosofias de planejamento, pois, “todo
planejamento se subordina a uma filosofia de ação”:
2. Otimização: busca mais que a satisfação, procura fazer “tão bem quanto possível”. É analítica,
voltada para a inovação e a melhoria incremental dentro da organização – melhorar as práticas
vigentes. Busca assegurar a reação adequada às mudanças; maximizar o desempenho da orga-
nização, utilizando melhor os recursos disponíveis. Utiliza técnicas matemáticas, estatísticas e
simulações.
3. Adaptação: é o planejamento inovativo, voltado para as contingências, dando mais valor ao pro-
cesso de planejar do que ao plano em si. Busca antecipar-se, ser proativo. Exige diferentes planos
dependendo do conhecimento em relação ao futuro (certeza, incerteza ou ignorância) e busca a
homeostase – equilíbrio interno e externo após uma mudança. Foco nas contingências, no futuro
– antecipar eventos e identificar ações adequadas em um ambiente dinâmico e incerto.
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Estratégia tem em sua raiz a expressão “a arte do general”, que remete ao meio utilizado para
se atingir os objetivos.
Dess, Lumpkin e Eisner definem estratégia como o “conjunto de ações administrativas que pos-
sibilitam aos gestores de uma organização mantê-la integrada ao seu ambiente e no curso cor-
reto de desenvolvimento, assegurando-lhe atingir seus objetivos e sua missão”.
Tratando-se especificamente do Planejamento Estratégico, ele define a maneira pela qual uma
organização pretende aplicar uma determinada estratégia para alcançar os objetivos no longo
prazo.
São características gerais do Planejamento Estratégico:
•• É orientado para o futuro, projetado para longo prazo;
•• Envolve toda a organização: é amplo, compreensivo, sintético e sistêmico;
•• Define a missão, a visão, os objetivos globais e as estratégias organizacionais;
•• É dinâmico e contínuo – uma forma de aprendizagem organizacional: relacionado com a
adaptação da organização a um ambiente mutável, complexo, competitivo e incerto.
•• Impõe racionalidade às decisões e proporciona rumo (direcionamento) às ações da organi-
zação: é um processo de construção do consenso entre os diferentes interesses.
•• Exige uma análise global da situação: é embasado essencialmente nos problemas e de-
safios da organização, sendo necessário avaliar o passado (histórico), o presente (posição
estratégica) e o futuro, além de fatores internos e externos (ambientais).
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Obs: Plano Estratégico é o nome que se dá ao resultado do processo de planejamento estraté-
gico. O plano, portanto, é o produto do planejamento, é o documento que contém as diretrizes e
decisões estratégicas de uma organização.
As etapas genéricas são:
3. Elaboração do plano estratégico da organização (objetivos = para onde devemos ir? + estra-
tégias = o que devemos fazer para chegar até lá?);
4. Implementação e avaliação.
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Chiavenato adota a visão de Schermerhorn, definindo um processo de seis fases:
S Strengths (forças)
Análise Interna
W weaknesses (franquezas)
O Opportunities (oportunidades)
Análise Externa
T Threats (ameaças)
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No Planejamento Estratégico, a matriz SWOT é usada para fazer análise das relações do
ambiente externo (ameaças e oportunidades) com o potencial interno da organização (forças e
fraquezas).
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2.1.1.3. Matriz SWOT
O cruzamento entre fatores externos e internos fornece elementos para a construção da
estratégia da organização.
Há quatro tipos de estratégias decorrentes do cruzamento entre forças, fraquezas, ameaças e
oportunidades:
1. Sobrevivência: ambiente com predomínio de ameaças x pontos fracos da organização –
estratégias de redução de custos, desinvestimento, liquidação do negócio.
2. Manutenção: ameaças x pontos fortes – estratégias de estabilidade (equilíbrio), de nicho
de mercado, de especialização de atividades/produtos.
3. Crescimento: ambiente com predomínio de oportunidades x pontos fracos da organização
– inovação, internacionalização, joint venture (parceria), expansão.
4. Desenvolvimento: oportunidades x pontos fortes – novos mercados, produtos, capacida-
des.
A seguir, o exemplo de matriz SWOT de uma prefeitura.
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2.1.2.1. Missão
A missão é uma declaração sobre a razão de ser da organização: o que a organização é, qual
seu propósito e como pretende atuar no seu dia a dia. Representa sua identidade, portanto,
traduz o sistema de valores e é duradoura (atemporal).
Não pode ser ampla demais (sob risco de não especificar o que a organização faz), nem restrita
demais (a ponto de minimizar as ações da organização). A declaração de missão deve respon-
der “por que existimos?”. A missão está ligada diretamente aos objetivos institucionais e aos
motivos pelos quais a organização foi criada, na medida em que representa a sua razão de ser.
Não deve ser confundida com os produtos ou serviços ofertados pela instituição.
Em geral, a missão está alinhada com os seguintes aspectos:
•• A razão de ser da organização;
•• O papel na sociedade;
•• A natureza do negócio;
2.1.2.2. Visão
A visão representa aquilo que a organização deseja ser no futuro. Busca criar uma imagem
que desafie e mobilize as pessoas. É estabelecida sobre os fins da instituição e corresponde à
direção suprema que a organização busca, ao destino que se pretende transformar em realida-
de.
A visão de futuro é aquela que detecta os sinais de mudança, identificando oportunidades e
ameaças, e direciona os esforços, inspirando e transformando produtivamente um propósito
em ação, em fato concreto.
Características da visão:
•• Situação altamente desejável, aquilo que a organização quer ser no futuro;
•• Desafiadora, mas possível, com potencial de mobilização;
•• Clara e concisa;
•• Coerente com a missão;
•• Característica temporal – longo prazo, mas não permanente.
Poder Judiciário: ser reconhecido pela Sociedade como instrumento efetivo de justiça, equidade
e paz social.
Receita Federal: ser uma instituição de excelência em administração tributária e aduaneira,
referência nacional e internacional.
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2.1.2.3. Valores
Os valores são os atributos e as virtudes da organização, as suas qualidades.
Refletem as crenças fundamentais, os princípios, as convicções dominantes para a maioria das
pessoas da organização. São virtudes que se pretende preservar e incentivar.
Os valores atuam como motivadores que orientam e direcionam as ações das pessoas na orga-
nização e na tomada de decisões, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho.
Servem como padrão de comportamento e fornecem sustentação a todas as principais deci-
sões da organização.
Poder Judiciário: credibilidade; acessibilidade; celeridade; ética; imparcialidade; modernidade;
probidade; responsabilidade social e ambiental; transparência.
Receita Federal: respeito ao cidadão, integridade, lealdade com a instituição, legalidade, profis-
sionalismo e transparência.
2.1.2.5. Metas
Meta é um nível de desempenho que deve ser medido e realizado dentro de determinado pra-
zo. É uma etapa a ser realizada para o alcance do objetivo ou da missão. Exemplo: diminuir em
5% os casos de câncer de mama no prazo de cinco anos no Rio Grande do Sul.
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As metas devem refletir a realidade atual da organização e devem servir de motivação para a
melhoria dos processos e identificação de aspectos falhos. Se uma meta não é alcançada, ou
ela está superestimada ou existe algum problema no processo que precisa ser tratado.
Existe um acrônimo conhecido que auxilia a definição correta de metas: S.M.A.R.T.
S – Specific (Específico) – não se deve deixar espaço a interpretações duvidosas. Quanto mais
detalhada for a meta, melhor será sua compreensão e maiores suas chances de ser atingida.
Por exemplo, em vez de definir “aumentar as vendas em 10%”, uma meta melhor seria “obter
10% no aumento de vendas nacionais na área de negócios A pela equipe X, no próximo ano fis-
cal, sem redução da margem de lucros e mantendo o nível de satisfação do cliente”.
M – Measurable (Mensurável) – qualquer meta que não possa ser claramente medida, ou
transformada em um número, permite a manipulação e a interpretação para que os interessa-
dos a considerem atingido ou não.
A – Attainable (Atingível) – devem ser agressivas, mas nunca impossíveis de atingir. Definir núme-
ros que nunca poderão ser obtidos causa frustração e desânimo. O “A” também é algumas vezes
chamados de “Agreed Upon” (feito em comum acordo). Isso significa que todos os envolvidos na
definição e execução da meta a conhecem e estão de acordo com sua viabilidade e seus benefícios.
R – Realistic (Realista) – ao considerar o realismo, deve-se pensar em fatores como: A equipe
aceitará perseguir o objetivo? Esse objetivo está alinhado com a missão e visão da organização?
Algum princípio ético é ferido com esse objetivo?
T – Timely (Em Tempo) – significa que, além do início e do fim do período de busca da meta se-
rem bem definidos, esse período não deve ser tão curto que a torne impossível, nem tão longo
que cause dispersão da iniciativa com o tempo. O T também pode ser “Tangible” (Tangível) –
uma meta que possa ser sentida e observada tem maior chance de ser realizada.
•• Obs.: alguns autores tratam objetivo como sinônimo de meta. Entretanto, a diferença está
em que o objetivo estratégico costuma ser um alvo qualitativo, enquanto a meta é um alvo
quantitativo. Meta é a quantificação de um objetivo.
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Exemplo: na venda de sorvetes, um fator crítico é a refrigeração do produto – sem ela, não há sorve-
te –, logo, a empresa deve pensar em alternativas e traçar planos para evitar a falta de refrigeração.
2.1.3.3. Benchmarking
É o processo de análise referencial da empresa perante outras empresas do mercado, incluindo
o aprendizado do que essas empresas fazem de melhor, bem como a incorporação dessas re-
alidades de maneira otimizada e mais vantajosa para a empresa que aplicou o benchmarking.
É um processo que visa comparar as melhores práticas do mercado, avaliando produtos, servi-
ços e práticas daquelas organizações que são reconhecidas como líderes.
Ex.: a empresa X quer melhorar seus resultados. Para isso, ela avalia produtos, serviços e proces-
sos de trabalho da empresa Y (que é reconhecida como a detentora das melhores práticas no
mercado), com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades de melhoria.
Essa avaliação pode ser aplicada a qualquer função – produção, vendas, recursos humanos, en-
genharia, pesquisa e desenvolvimento, distribuição, etc. – e produz melhores resultados quan-
do implementada na empresa como um todo.
2.1.3.4. Stakeholders
Também chamados de partes interessadas, são as pessoas, grupos ou entidades afetadas pela
atividade da organização, ou que possuem interesse em quaisquer processos executados ou
resultados gerados pela mesma.
•• Stakeholders primários: indivíduos ou grupos que exercem impacto direto sobre a organi-
zação – empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, investidores e proprietários.
•• Stakeholders secundários: indivíduos ou grupos que não estão diretamente ligados às ativi-
dades da organização, mas que podem exercer influência sobre ela – governo, ONG, comu-
nidade, imprensa, etc.
Obs.: não confundir com shareholders, que são os acionistas, ou seja, todos aqueles que pos-
suem parte da organização.
Exemplo: uma associação de pescadores é parte interessada na construção de uma hidrelétri-
ca, pois essa vai transformar o rio de onde retiram seu sustento. Da mesma forma, os fornece-
dores do material da represa, a comunidade beneficiada com a riqueza decorrente da obra, os
acionistas privados – se houver –, os trabalhadores, os sindicatos, as ONGs preocupadas com o
impacto ambiental e o governo são alguns dos stakeholders.
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Questões
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5. (102360) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO negativos que devem ser evitados para se
GERAL – Planejamento Estratégico, Missão, obter os objetivos organizacionais almeja-
Visão, Valores e Objetivos dos.
Com relação ao processo administrativo, ( ) Certo ( ) Errado
julgue o item a seguir.
As metas são recomendações genéricas 9. (74401) FCC – 2014 – ADMINISTRAÇÃO GE-
desdobradas a partir dos objetivos organi- RAL – Missão, Visão, Valores e Objetivos, Pla-
zacionais e são empregadas como princí- nejamento Estratégico, Gestão Estratégica
pios para definição dos meios adequados
para as ações da instituição. Há elementos fundamentais para a elabora-
ção do Planejamento Estratégico da Organi-
( ) Certo ( ) Errado zação. O enunciado de determinada empre-
sa declarado como "Ser reconhecida pela
Sociedade como instrumento efetivo de jus-
6. (100091) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO tiça, equidade e paz social", em termos de
GERAL – Planejamento Estratégico Gestão Estratégica, refere-se
Julgue o item seguinte, a respeito de gestão a) ao Propósito.
de pessoas. b) à Vantagem competitiva
A gestão estratégica organizacional, por in- c) à Visão.
corporar o planejamento como mecanismo d) à Missão.
de ação, diverge da gestão estratégica de e) ao Valor.
pessoas.
10. (14377) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
( ) Certo ( ) Errado GERAL – Gestão Estratégica, Análise SWOT
A Análise S.W.O.T. (ou análise F.O.F.A. em
7. (74895) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO português) é uma ferramenta estrutural
GERAL – Planejamento Estratégico, utilizada para a formulação de estratégias,
Estratégia, Gestão Estratégica permitindo-se identificar os objetivos da
A gestão estratégica acompanha e avalia empresa. São características desta análise:
a execução sistemática e continuada do a) Planejar, Dirigir, Controlar e Organizar.
planejamento na administração pública a b) Preço, Propaganda e Praça.
fim de atingir desígnios predeterminados. c) Fornecedores, Clientes e Colaboradores.
( ) Certo ( ) Errado d) Forças, Fraquezas, Oportunidades e
Ameaças.
e) Entrada, Processamento e Saídas de In-
8. (74893) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO formações
GERAL – Planejamento Estratégico, Gestão
Estratégica 11. (74399) FCC – 2014 – ADMINISTRAÇÃO GE-
RAL – Análise SWOT, Gestão Estratégica
Acerca de empreendedorismo governamen-
tal, gestão estratégica e excelência nos servi- Entre as etapas do planejamento estratégi-
ços públicos, julgue os itens subsequentes. co de uma instituição se inclui o diagnóstico
institucional que contempla as análises in-
O gestor público ao elaborar o seu plane- terna e externa. Uma das formas de reali-
jamento estratégico deverá considerar os zar essas análises é elaborando uma Matriz
fatores críticos de sucesso como aspectos SWOT, que identifica
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a) as probabilidades de ocorrência de 16. (74373) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
eventos positivos e negativos. GERAL – Missão, Visão, Valores e Objetivos,
b) a missão, visão e valores da instituição. Visão Geral do Planejamento, Níveis de Pla-
c) as oportunidades e ameaças externas, e nejamento, Processo Organizacional, Plane-
as forças e fraquezas da instituição. jamento, Gestão Estratégica
d) as competências disponíveis na instituição
e aquelas que devem ser desenvolvidas. Acerca do planejamento em organizações,
e) os objetivos e metas a serem persegui- assinale a opção correta.
dos e os correspondentes indicadores a) Nas organizações, não se estabelecem
de resultado. planos permanentes, dado os planos
terem sempre natureza transitória.
12. (74385) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO b) As metas correspondem aos objetivos
GERAL – Planejamento Estratégico, Gestão quantificados de uma organização.
Estratégica c) Planejamentos operacionais são desen-
A mobilização de atores é a última tarefa que volvidos pela cúpula administrativa e
deve ser executada pelo gestor durante a são realizados, conjecturalmente, a lon-
elaboração de um planejamento estratégico. go prazo.
( ) Certo ( ) Errado d) Os planos são estruturas que envolvem
macroaspectos das organizações e que
originam os planejamentos.
13. (74384) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO e) Não se devem adotar objetivos quan-
GERAL – Planejamento Estratégico, Gestão titativos no planejamento, dado serem
Estratégica difíceis de mensurar na realidade orga-
A primeira etapa da elaboração de um pla- nizacional.
nejamento estratégico é a definição do pla-
no de ações. 17. (14378) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO GE-
RAL – Processo Organizacional, Planejamen-
( ) Certo ( ) Errado to, Níveis de Planejamento, Planejamento
Estratégico, Gestão Estratégica
14. (74383) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO GE- O planejamento estratégico força o gerente
RAL – Missão, Visão, Valores e Objetivos, Pla- a sentar e refletir sobre os problemas e al-
nejamento Estratégico, Gestão Estratégica ternativas até chegar a uma situação e pre-
A missão da organização deverá ser definida ver alternativas para direcionar as decisões
no planejamento estratégico. e superar os problemas. São níveis de pla-
nejamento estratégico existentes:
( ) Certo ( ) Errado
a) Operacional, Tático e Estratégico.
b) Pessoal, de Crescimento e de Desenvol-
15. (74378) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO vimento.
GERAL – Planejamento Estratégico, Gestão c) Técnico e Administrativo.
Estratégica d) Empresarial e de Treinamento.
A respeito de planejamento estratégico. e) Pessoal e Estratégico.
O planejamento estratégico e situacional é
uma ferramenta utilizada para viabilizar os
processos de planejamento em organiza-
ções públicas.
( ) Certo ( ) Errado
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18. (107673) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO c) As ameaças, fatores do ambiente exter-
GERAL – Análise SWOT no que impactam diretamente nas or-
ganizações, não podem ser controladas,
No que se refere à utilização da ferramenta mas seus efeitos podem ser ameniza-
SWOT para a análise de cenário, assinale a dos, considerando-se as características
opção correta. internas da organização.
a) As fraquezas são variáveis externas que d) Oportunidades são variáveis internas e
podem prejudicar o alcance dos objeti- controláveis que propiciam uma condi-
vos, devendo, por isso, ser constante- ção favorável para a empresa.
mente monitoradas pelos gestores. e) As ameaças e oportunidades apresen-
b) A análise das ameaças e oportunidades tam-se de forma semelhante para as
advindas do ambiente externo da orga- empresas que atuam no mesmo ramo
nização é mais importante que a análise de negócio, cabendo a cada uma neu-
dos pontos fracos e fortes de seu am- tralizar as ameaças e aproveitar as
biente interno. oportunidades, assegurando, assim,
vantagem competitiva.
Gabarito: 1. (14375) Errado 2. (79203) Errado 3. (107675) D 4.(107674) C 5. (102360) Errado 6. (100091) Errado
7. (74895) Certo 8. (74893) Errado 9. (74401) C 10. (14377) D 11. (74399) C 12. (74385) Errado 13. (74384) Errado
14. (74383) Certo 15. (74378) Certo 16. (74373) B 17. (14378) A 18. (107673) C
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2.2. Balanced ScoreCard – BSC
Por volta de 1990, os métodos de avaliação de performance das organizações eram fundados
apenas em dados financeiros (lucros, custos, etc.).
Dois pesquisadores, Kaplan e Norton, publicaram um artigo demonstrando que apenas os da-
dos financeiros não bastavam para retratar a complexidade de uma organização. Para captar
toda essa complexidade da performance na organização eram necessárias outras perspectivas
além da financeira (era necessário observar outros tipos de indicadores de desempenho).
Nascia, nesse momento, o Balanced Scorecard (BSC), uma expressão que, traduzida, significa
algo como “Placar Balanceado de Desempenho”. A proposta dos autores media o desempenho
organizacional por meio de quatro perspectivas: financeira, do cliente, de processos internos
e, por fim, de aprendizado e crescimento.
O BSC, utilizando essas quatro perspectivas, leva à criação de uma rede de indicadores de desem-
penho que deve atingir todos os níveis organizacionais, tornando-se, assim, uma ferramenta para
comunicar e promover o comprometimento geral com a estratégia de longo prazo da corporação.
1. Financeira: Monitora se a estratégia da empresa está contribuindo para a melhoria dos re-
sultados financeiros. As metas financeiras se relacionam com rentabilidade, crescimento e
valor para os acionistas.
Os objetivos financeiros servem de foco para os objetivos e as medidas das outras perspectivas
do BSC; qualquer medida selecionada deve fazer parte de uma cadeia de relações de causa e
efeito que culminam com a melhoria do desempenho financeiro.
Exemplos de indicadores: ativo total, custos totais, taxa de crescimento anual, rentabilidade do
capital próprio, preço da ação, etc.
É uma perspectiva focada em como criar valor de forma sustentável e diferenciada para os
clientes, por meio da sua conquista, satisfação e retenção, com consequente aumento da sua
rentabilidade e de participação de mercado, indicadores estes com relações de causa e efeito
entre si. Permite o alinhamento das medidas essenciais de resultados em relação aos clientes
(satisfação, fidelidade, retenção, captação e lucratividade).
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3. Processos Internos (perspectiva interna): as perspectivas financeira e de clientes são de
resultados. A perspectiva de processos internos é o meio para atingir tais resultados. Um
dos desafios na criação do scorecard é identificar os processos internos críticos que dão
suporte às perspectivas anteriores e que levam a estratégia da empresa ao sucesso; outro
desafio é identificar novos processos críticos que necessitam ser desenvolvidos e monito-
rados para atingir a excelência no cumprimento do planejamento estratégico.
Kaplan e Norton recomendam que os executivos definam uma cadeia de valor completa dos
processos internos: inicia com o processo de inovação – identificação das necessidades atuais e
futuras dos clientes e desenvolvimento de novas soluções para essas necessidades – prossegue
com os processos de operações – entrega dos produtos e prestação dos serviços aos clientes
existentes –; e termina com o serviço pós-venda – que complementam o valor proporcionado
aos clientes pelos produtos ou serviços.
Em outras palavras, busca criar um ambiente propício à mudança e ao crescimento por meio
de questões relacionadas à motivação, às habilidades e à produtividade dos funcionários, ao
alinhamentos das tecnologias e aos sistemas de informação.
Há três categorias principais de ativos intangíveis nessa perspectiva: a) capital humano, que en-
volve habilidade, talento e know-how dos funcionários; b) capital da informação, que envolve
a disponibilidade de sistemas, redes e infraestrutura de informação; c) capital organizacional,
referente à capacidade de mobilização e sustentabilidade das mudanças.
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Vistas de maneira integrada, as quatro perspectivas do Balanced Scorecard traduzem o co-
nhecimento, as habilidades e os sistemas que os funcionários precisarão (seu aprendizado e
crescimento), para inovar e construir as capacidades estratégicas certas e eficientes (processos
internos) que entregarão valor específico ao mercado (clientes), os quais, eventualmente, pro-
porcionarão o aumento do valor ao acionista (financeiro).
É importante ressaltar que as quatro perspectivas não são um modelo rígido. Kaplan e Norton
admitem que, de acordo com as circunstâncias, uma organização pode renomear ou criar suas
próprias perspectivas.
Ao medir o desempenho organizacional por meio das quatro perspectivas, o BSC permite que
as organizações acompanhem o desempenho financeiro passado (tangível) e, ao mesmo tem-
po, os vetores que impulsionam o desempenho futuro (a construção de capacidades e a aquisi-
ção de ativos intangíveis).
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2. Resultados de desempenho – O processo de construção do BSC esclarece os objetivos es-
tratégicos e identifica um pequeno número de vetores críticos que determinam esses ob-
jetivos (indicadores). O BSC deve ser uma combinação de indicadores de resultados (ocor-
rências – lagging indicators) e indicadores de tendência (leading indicators). As medidas de
desempenho definem a forma como os resultados serão alcançados e indicam se a imple-
mentação da estratégia está se dando de forma correta.
3. Relação com os fatores financeiros – O BSC deve enfatizar bem os resultados financeiros
(considerado o objetivo maior na administração privada).
Com base nesses três princípios, os componentes de cada perspectiva (objetivos, indicadores,
metas e iniciativas) formam a estrutura que traduz a estratégia em termos operacionais (des-
dobra e comunica a estratégia para as áreas e para as pessoas).
Para entender como funciona essa estrutura de tradução e desdobramento da estratégia, veja
a figura a seguir, que mostra a relação entre os cinco componentes principais do BSC.
2. Objetivos estratégicos: são os fins a serem perseguidos pela organização para o cumpri-
mento de sua missão institucional e o alcance de sua visão de futuro. Constituem elo entre
as diretrizes de uma instituição e seu referencial estratégico. Traduzem, consideradas as
demandas e expectativas dos clientes, os desafios a serem enfrentados pela organização
num determinado período.
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3. Indicadores: são padrões utilizados para avaliar e comunicar um desempenho alcançado
frente a um resultado esperado. Possuem, sempre, unidades de medidas associadas (quan-
tidade, percentual, dias, etc.). Podem ser de resultado ou de tendência. Os indicadores de
resultado medem se os objetivos foram alcançados após um período de tempo. Já os in-
dicadores de tendência medem os meios, os processos, e permitem que as organizações
ajustem os comportamentos ao desempenho.
4. Metas: representam os níveis de desempenho ou de melhoria requeridos para o alcance
de um objetivo estratégico.
5. Iniciativas: conjunto de ações necessárias ao alcance dos objetivos estratégicos e ao pre-
enchimento das lacunas de desempenho existentes. Frequentemente são projetos, progra-
mas e planos de ação.
Percebe-se, portanto, que, por meio das suas quatro perspectivas e dos seus cinco compo-
nentes, o BSC consegue equilibrar (balancear):
Outra forma de enxergar esse desdobramento pode ser vista na figura a seguir, que mostra a
relação da missão, da visão, dos valores e da estratégia com o BSC.
No bloco superior, percebe-se que a
Missão da organização é o ponto de
partida, pois é sua razão de ser. Os
Valores colaboram com a missão e,
assim como ela, são mais estáveis
ao longo do tempo. A Visão é tem-
poral e focada no futuro, colocando
a organização em movimento, em
direção a mudanças. A Estratégia de-
senvolve-se e evolui para adaptar-se
às mudanças no ambiente externo e
nas competências internas.
No bloco intermediário, tem-se o
Mapa Estratégico e o BSC, que repre-
sentam a implementação da estraté-
gia (tradução e mensuração). O mapa
descreve a lógica da estratégia (rela-
ção de causa-efeito entre objetivos),
enquanto o BSC coloca a visão em
movimento, pois traduz os objetivos do mapa em indicadores e metas.
No bloco intermediário, tem-se o Mapa Estratégico e o BSC, que representam a implementação
da estratégia (tradução e mensuração). O mapa descreve a lógica da estratégia (relação de
causa-efeito entre objetivos), enquanto o BSC coloca a visão em movimento, pois traduz os
objetivos do mapa em indicadores e metas.
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Conclui-se, a partir da análise das duas figuras anteriores, que o BSC traduz a missão e a estra-
tégia num conjunto abrangente de medidas de desempenho (indicadores de cada perspecti-
va) que serve de base para um sistema de medição e gestão da estratégia.
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1. Traduzir a estratégia em termos operacionais: não é possível implementar a estratégia sem
descrevê-la. Deve-se identificar os objetivos centrais a serem perseguidos, evidenciar as rela-
ções de causa e efeito de forma compreensível e definir indicadores, metas e iniciativas.
Para os autores, o BSC seria um modelo capaz de inserir a estratégia no centro dos processos
gerenciais e, assim, criar “organizações orientadas para estratégia”. O modelo apoia-se nos
seguintes processos-chave:
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Há três papéis críticos para a construção e incorporação do BSC:
1. Arquiteto: responsável pela construção e incorporação do BSC ao sistema gerencial (é
o "gerente de projeto" do BSC). Costuma ser um alto executivo de uma área de apoio.
2. Comunicador: faz o marketing interno – comunica as novas estratégias aos funcio-
nários e incentiva o fornecimento de feedback.
3. Agente de Mudanças: é um representante do executivo principal. Seu papel é aju-
dar a incorporar o BSC aos processos gerenciais – moldar a rotina de uso do novo
sistema gerencial (o BSC).
Resumo:
Em uma visão moderna, pode-se definir o BSC como uma ferramenta que traduz de forma
balanceada e integrada a visão e a estratégia da organização por meio de um mapa coerente
com objetivos estratégicos organizados em diferentes perspectivas (financeira, do cliente,
dos processos internos e do aprendizado e crescimento), sendo interligados em uma relação
de causa e efeito. Além disso, o BSC promove o vínculo desses objetivos com indicadores de
desempenho, metas e planos de ação. Dessa maneira, é possível gerenciar a empresa de forma
integrada e garantir que os esforços da organização estejam direcionados para a estratégia.
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2.2.4. BSC na Administração Pública
O modelo básico do BSC tem por pressuposto uma organização com fins lucrativos. Nesse sen-
tido, a perspectiva financeira é a última e mais importante para esse tipo de organização. Esse
não é o caso de organizações sem fins lucrativos, como as ONGs e o Governo.
Em outra abordagem, Kaplan e Norton (2000) citam o caso do Conselho Municipal da cidade de
Charlotte, que desenvolveu um modelo diferente. Para lidar com temas estratégicos da cidade
, foi desenvolvido um modelo de BSC em que a perspectiva do cliente (cidadãos) foi colocada
no topo do BSC e a perspectiva financeira tornou-se a habilitadora da perspectiva do cidadão.
Diversos autores propuseram distintas soluções para organizações públicas, seja substituindo a
perspectiva financeira por outra, seja incluindo uma nova perspectiva no topo.
Exemplos:
•• Passos (2004) – perspectiva fiduciária: relaciona-se com a redução de desperdícios e desvio
de recursos públicas, de forma a beneficiar o principal cliente: a sociedade.
•• Pedro (2004) – inclui a missão da organização como objetivo final.
•• Muller (2001) – perspectiva social.
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Questões
Consoante à gestão organizacional, julgue Nesse sentido, considere que a sigla BSC,
os itens a seguir. sempre que empregada, refere-se ao termo
balanced scorecard.
Nesse sentido, considere que a sigla BSC,
sempre que empregada, refere-se ao termo O aspecto mais importante do BSC é a me-
balanced scorecard. dição de resultados e a utilização de direcio-
nadores que possibilitam à organização atu-
Os resultados financeiros positivos e sus- ar de acordo com suas estratégias.
tentáveis sinalizam como o presente da es-
tratégia empresarial tem sido conduzido e ( ) Certo ( ) Errado
permitirá o fortalecimento do BSC.
( ) Certo ( ) Errado 4. (14376) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Estratégia, Gestão Estratégica,
Balanced Scorecard
2. (14373) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Balanced Scorecard, Gestão Estra- Sob o enfoque do Balanced Scorecard (BSC),
tégica que é alicerçado na premissa de convergên-
cia estratégica, a consistência interna da es-
Consoante à gestão organizacional, julgue tratégia refere-se ao grau de alinhamento
os itens a seguir. dos planos estratégico, tático e operacional
entre si.
Nesse sentido, considere que a sigla BSC,
sempre que empregada, refere-se ao termo ( ) Certo ( ) Errado
balanced scorecard.
As relações de causa e efeito, presentes nas 5. (90364) FCC – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
medições do BSC, possibilitam o entendi- GERAL – Balanced Scorecard
mento de como os indicadores não finan-
ceiros direcionam os indicadores financei- Uma das metodologias bastante utilizada
ros na organização. para viabilizar a avaliação e mensuração do
desempenho das instituições, tanto priva-
( ) Certo ( ) Errado das como governamentais, alinhada com o
modelo de gestão estratégica, é o Balanced
Scorecard − BSC, que
a) prioriza os indicadores ligados ao apren-
dizado operacional, que substituem os
de natureza estritamente financeira.
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b) utiliza a gestão por competências como 8. (101999) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
principal ferramenta de definição estra- GERAL – Balanced Scorecard
tégica.
c) se fundamenta no conceito de reenge- Entre as metodologias frequentemente uti-
nharia, com ampla revisão de processos lizadas pelas organizações para implemen-
e procedimentos. tação de seu planejamento estratégico está
d) utiliza o mapa estratégico para defini- o Balanced Scorecard −BSC, que propõe, en-
ção dos indicadores alinhados às guias tre seus princípios,
operacionais. I – traduzir a estratégia em guias operacio-
e) alinha missão, visão e estratégias a con- nais.
junto equilibrado de indicadores, finan-
ceiros e não financeiros. II – mobilizar a mudança por meio da lide-
rança executiva.
6. (95340) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO III – transformar todos os objetivos em indi-
GERAL – Balanced Scorecard cadores de natureza financeira.
O Balanced Scorecard − BSC é um conheci- Está correto o que se afirma APENAS em
do modelo de gestão estratégica que prio-
riza o equilíbrio organizacional a partir das a) III e II.
perspectivas b) III.
c) I.
a) financeira, dos clientes, dos processos d) I e II.
internos, do aprendizado e do cresci- e) I e III.
mento.
b) individual, corporativa, institucional e
9. (103522) FCC – 2016 – ADMINISTRAÇÃO
externa.
GERAL – Balanced Scorecard, Gestão Estra-
c) sistêmica, educacional, metodológica e
tégica
estratégica.
d) dos líderes, da corporação, dos colabo- O Balanced Scorecard é um instrumento de
radores e da sociedade. apoio à gestão estratégica, que visa fornecer
e) financeira, do aprendizado institucional uma visão de conjunto dos fatores críticos
e da comunicação. de sucesso para as organizações e enfatiza
as seguintes dimensões ou perspectivas,
7. (102361) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO EXCETO:
GERAL – Balanced Scorecard
a) Financeira.
A implantação de um modelo de balanced b) Processos internos.
scorecard pressupõe que o processo de pla- c) Aprendizagem organizacional.
nejamento do negócio consistirá em alocar d) Política.
os recursos e definir as prioridades de acor- e) Mercadológica (do cliente).
do com as metas estratégicas, evitando-se,
todavia, que, na definição dos objetivos
individuais, se priorizem as metas de curto
prazo.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. (14372) Errado 2. (14373) Certo 3. (14374) Certo 4. (14376) Certo 5. (90364) E 6. (95340) A 7. (102361) Certo
8. (101999) D 9. (103522) D
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2.3. Macrodesafios do Poder Judiciário 2015 – 2020
Recursos:
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Dentre os macrodesafios, competem à Justiça Eleitoral apenas 9:
Sociedade:
Recursos:
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3. Instituição da governança judiciária: Formulação, implantação e monitoramento de estraté-
gias flexíveis e aderentes às especificidades regionais e próprias de cada segmento de justiça,
produzidas de forma colaborativa pelos órgãos da justiça e pela sociedade. Visa à eficiência
operacional, à transparência institucional, ao fortalecimento da autonomia administrativa e
financeira do Poder Judiciário e à adoção das melhores práticas de comunicação da estraté-
gia, de gestão documental, da informação, de processos de trabalho e de projetos.
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3. GESTÃO DE PROJETOS
3.1.1. Singularidade
Possui objetivos determinados, singulares/exclusivos e não repetitivos, algo que não havia sido
feito antes da mesma maneira. O resultado específico produzido, seja para caracterizar a con-
clusão de uma fase do projeto, seja para finalizar o projeto todo, é chamado entrega. A entrega
deve ser tangível, mensurável e de fácil comprovação, podendo ser: um produto, um serviço,
um documento, o desenvolvimento de algo, um novo processo de negócio, uma mudança etc.
3.1.2. Temporariedade
Temporário não significa necessariamente de curta duração. Pode durar um dia, ou anos, mas
possui cronograma com início e fim bem definidos (inclusive de suas fases), determinados em
função do problema a ser resolvido e das metas que se quer alcançar. Apesar de o projeto ser
temporário, geralmente seu resultado é duradouro. O término é alcançado quando os objetivos
tiverem sido atingidos, ou quando se concluir que esses objetivos não poderão ser atingidos,
ou quando o mesmo não for mais necessário e o projeto for encerrado.
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3.1.3. Incerteza
Cada projeto tem algum grau de incerteza ao gerar produto ou serviço singular, pois sempre
há certo desconhecimento quanto à forma de atingir os objetivos ou de gerar os produtos e os
resultados esperados.
3.1.5. Stakeholders
O termo stakeholders é traduzido como partes interessadas. É qualquer indivíduo, grupo ou
organização que pode afetar, ser afetada, ou sentir-se afetada por uma decisão, atividade ou
resultado de um projeto. Essas pessoas podem estar ativamente envolvidas no projeto ou ter
interesses que possam ser positiva ou negativamente afetados pelo desempenho ou pelo
término do projeto.
Essas partes interessadas (positivas, negativas e neutras) devem ter suas expectativas alinhadas
desde antes da aprova-
ção do projeto, de for-
ma a criar a coalização
necessária à mudança
trazida pelo projeto.
O alinhamento vai re-
sultar na negociação do
escopo possível para o
projeto e que atenda à
maioria dos interesses.
Tais interesses devem
ser gerenciados duran-
te todo o ciclo de vida
do projeto, uma vez que
os resultados esperados
tendem a mudar com o
tempo.
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3.1.7. Responsabilidade
A definição das responsabilidades é importante tanto para poder alocar as pessoas com as suas
diversas funções dentro do projeto, quanto para conhecer as relações que o projeto tem com a
organização e o comprometimento das instâncias superiores e de outros envolvidos no projeto.
3.1.8. Interdisciplinaridade
Tanto faz se há uma pessoa no projeto ou milhares, o desenvolvimento de projetos requer
distintos conhecimentos, oriundos de diversas áreas além de técnicas específicas da área de
projetos, ferramentas e conceitos de outras disciplinas tais como administração em geral,
planejamento, controle de qualidade, informática, estatística, custos e orçamentação etc.
3.2.1. Funcional
É uma hierarquia em que os funcionários são agrupados por especialidade, cada uma com um
superior bem definido. As organizações funcionais podem possuir projetos, mas o escopo ge-
ralmente é restrito aos limites da função. Esse tipo de estrutura reduz a cooperação interdepar-
tamental e dá ênfase às especialidades em detrimento do objetivo organizacional global.
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3.2.2. Por projetos
Os membros das equipes geralmente são colocados juntos. A maior parte dos recursos da organização
está envolvida nos projetos e os gerentes de projeto possuem grande independência e autoridade. As
organizações por projeto em geral possuem outros departamentos, mas esses grupos se reportam di-
retamente ao gerente de projetos ou oferecem serviços de suporte para os diversos projetos.
A desvantagem reside no fato de que cada projeto é único, Assim, quando termina uma fase,
ou mesmo o projeto, a empresa pode ser obrigada a dispensar pessoal ou a paralisar máquinas
e equipamentos se não tiver outro projeto em vista.
3.2.3. Matricial
Chama-se matricial pois combina duas formas de estrutura formando uma espécie de grade. Trata-
se de uma estrutura mista, híbrida, que combina a departamentalização funcional com a de projetos.
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Mantém muitas das características de uma organização funcional e a função do gerente de pro-
jetos é mais parecida com a de um coordenador ou facilitador que com a de um gerente.
Matriz Forte:
Matriz Balanceada:
Composta:
Combina diversas estruturas.
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Quadro Resumo:
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A seguir alguns modelos de ciclo de vida:
•• Maximiano:
•• Fase 1 – Inspiração, ideia.
•• Fase 2 – Concepção: ideia vira modelo mental.
•• Fase 3 – Desenho: o modelo mental transforma-se em um desenho detalhado do
produto.
•• Fase 4 – Desenvolvimento: o produto é gradativamente elaborado.
•• Fase 5 – Entrega: o produto é apresentado ao cliente.
•• Menezes:
•• Fase 1 – Conceitual:
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•• Fase 3 – Execução
•• Fase 4 – Conclusão
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3.3.2. Quando um projeto acaba?
Um projeto pode acabar por inúmeros motivos, sendo os mais comuns:
•• Objetivo atingido;
•• Objetivo não pode mais ser atingido;
•• Necessidade do projeto não existe mais;
•• Cliente / patrocinador mandou.
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dade de gerenciamento e controle da organização e pela natureza e área de aplicação do proje-
to. O entendimento do ciclo de vida permite visualizar todas as fases do projeto
Um projeto pode ter uma única fase – englobando início, organização e preparação, execução
do trabalho e encerramento – porém, o mais comum é existirem diversas.
A transição de uma fase para a outra envolve alguma forma de transferência técnica ou entre-
ga, que são revisadas e aprovadas antes que o trabalho seja iniciado na próxima fase. No entan-
to, pode ocorrer de uma fase ser iniciada antes da aprovação das entregas da anterior, quando
os riscos envolvidos são considerados aceitáveis.
Fases Sequenciais: uma fase só poderá iniciar depois que acabar a anterior. Essa abordagem
reduz incertezas, mas pode eliminar opções de redução do cronograma.
Fases Sobrepostas: a fase tem início antes do término da anterior. Às vezes, ela pode ser apli-
cada como um exemplo da técnica de compressão de cronograma denominada paralelismo. As
fases sobrepostas podem aumentar o risco e resultar em retrabalho caso uma fase subsequen-
te progrida antes que informações precisas sejam disponibilizadas pela fase anterior.
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3.3.4. Tipos de ciclos
São as diferentes formas de se planejar as fases do projeto. A diferença básica é o grau de
incerteza do ambiente.
•• Preditivo: totalmente planejado o mais cedo possível;
•• Iterativo ou Incremental: o planejamento da próxima fase é feito de acordo com o avanço na fase
atual e nas entregas. As fases do projeto (também chamadas de iterações) intencionalmente
repetem uma ou mais atividades de projeto à medida que a compreensão do produto pela
equipe aumenta. Iterações desenvolvem o produto por meio de uma série de ciclos repetidos,
enquanto os incrementos sucessivamente acrescentam à funcionalidade do produto.
•• Adaptativo (métodos ágeis): é iterativo e incremental, porém é muito rápido. Os métodos
adaptativos geralmente são preferidos quando se lida com um ambiente em rápida mutação,
quando os requisitos e o escopo são difíceis de definir antecipadamente, e quando é possível
definir pequenas melhorias incrementais que entregarão valor às partes interessadas.
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tural entre os portfólios, os programas e os projetos da organização e os sistemas de medição
corporativos (p. ex., Balanced Scorecard), procurando acompanhar o andamento dos projetos
de forma a alinhá-los ao planejamento estratégico.
A principal função de um PMO é apoiar os gerentes de projetos de diversas maneiras, que po-
dem incluir, mas não se limitam, a:
•• Gerenciamento de recursos compartilhados em todos os projetos administrados pelo PMO;
•• Identificação e desenvolvimento de metodologia, melhores práticas e padrões de gerencia-
mento de projetos;
•• Orientação, aconselhamento, treinamento e supervisão;
•• Monitoramento da conformidade com os padrões, as políticas, os procedimentos e mode-
los de gerenciamento de projetos por meio de auditorias em projetos;
•• Desenvolvimento e gerenciamento de políticas, procedimentos, modelos e outros docu-
mentos compartilhados do projeto (ativos de processos organizacionais); e
•• Coordenação das comunicações entre projetos.
•• Os gerentes de projetos e os PMOs buscam objetivos diferentes e, assim sendo, são
motivados por requisitos diferentes. Todos esses esforços estão alinhados às necessidades
estratégicas da organização. As diferenças entre o papel dos gerentes de projetos e um
PMO podem incluir:
•• O gerente de projetos se concentra nos objetivos especificados do projeto, enquanto o
PMO gerencia as principais mudanças do escopo do programa, que podem ser vistas como
possíveis oportunidades para melhor alcançar os objetivos de negócios.
•• O gerente de projetos controla os recursos alocados para o projeto a fim de melhor
atender aos seus objetivos, enquanto o PMO otimiza o uso de recursos organizacionais
compartilhados entre todos os projetos.
•• O gerente de projetos gerencia as restrições (escopo, cronograma, custo, qualidade, etc.) dos
projetos individuais, enquanto o PMO gerencia as metodologias, os padrões, os riscos e as
oportunidades globais, as métricas e as interdependências entre os projetos, no nível da empresa.
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•• Desempenho: o que o gerente de projetos é capaz de realizar enquanto aplica seu conhe-
cimento em gerenciamento de projetos. Ou seja, como o gerente de projetos aplica seu
conhecimento para atingir os requisitos do projeto;
•• Pessoais: refere-se ao comportamento do gerente. Abrange atitudes, personalidade e li-
derança; a capacidade de orientar a equipe do projeto ao mesmo tempo em que atinge
objetivos e equilibra as suas restrições.
3.4.3. Patrocinador
Patrocinador é uma pessoa ou grupo que fornece recursos e suporte para o projeto e é respon-
sável pelo seu sucesso. O patrocinador pode ser externo ou interno em relação à organização
do gerente de projetos. O patrocinador promove o projeto desde a sua concepção inicial até o
seu encerramento. Isso inclui servir como porta-voz para os níveis mais altos de gerenciamento
para angariar suporte em toda a organização e promover os benefícios que o projeto propor-
ciona.
O patrocinador conduz o projeto por meio dos processos iniciais até a sua autorização formal e
desempenha um papel significativo no desenvolvimento do escopo inicial e do termo de aber-
tura. No caso das questões que estão além do controle do gerente do projeto, o patrocinador
pode encaminhá-las para níveis hierárquicos superiores. O patrocinador também pode se en-
volver em outras questões importantes, como a autorização de mudanças no escopo, análises
de final de fase e decisões de continuação/cancelamento quando os riscos são particularmen-
te altos. O patrocinador também garante uma transferência tranquila das entregas do projeto
para os negócios da organização do solicitante após o encerramento do projeto.
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•• Cumprir os requisitos para atender às necessidades e às expectativas das partes interessadas;
•• Obter equilíbrio entre as diversas demandas concorrentes de escopo, tempo, custo, quali-
dade, recursos e riscos.
O Pacote de Trabalho é o nível mais baixo na EAP, é o ponto em que o custo e a duração das
atividades para o trabalho podem ser estimados e gerenciados com confiança.
No contexto da EAP, o trabalho refere-se a produtos de trabalho ou entregas que são o resultado
do esforço*.
*quantidade de mão de obra necessária para terminar uma atividade do cronograma ou
um componente da estrutura analítica do projeto. Normalmente expresso como equipe-
horas, equipe-dias ou equipe-semanas.
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A EAP é apoiada pelo Dicionário da EAP, um documento que fornece informações detalhadas
sobre entregas, atividades e agendamento de cada componente da estrutura analítica do
projeto. As informações contidas no dicionário da EAP incluem, mas não estão limitadas: à
descriçã o do trabalho, às premissas e restrições, à organização responsável, aos marcos do
cronograma, às atividades do cronograma associadas, aos recursos necessários, à estimativa
de custos, aos requisitos de qualidade, aos critérios de aceitação, às referências técnicas e às
informações sobre acordos.
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3.5. GERENCIAMENTO DE PROJETOS - PMBOK
Gerir ou administrar um projeto significa tomar decisões e realizar ações de planejamento,
organização, execução e controle do ciclo de vida do projeto. É a combinação de pessoas,
técnicas e sistemas necessários à administração dos recursos indispensáveis para atingir
com êxito o final do projeto. Significa fazer o necessário para completar o projeto dentro dos
objetivos estabelecidos.
A gestão de projeto é também a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e
técnicas nas atividades do projeto a fim de atender aos requisitos.
Requisito é a tradução das necessidades e expectativas dos clientes e das demais partes
interessadas (stakeholders).
O gerenciamento de um projeto tipicamente inclui:
•• Identificar os requisitos;
•• Adaptar-se às diferentes necessidades, preocupações e expectativas das partes interessa-
das à medida que o projeto é planejado e realizado;
•• Estabelecer e manter a comunicação ativa com as partes interessadas; e
•• Balancear as restrições conflitantes do projeto que incluem, mas não se limitam, a: escopo,
qualidade, cronograma, orçamento, recursos e riscos.
As circunstâncias específicas do projeto influenciarão as restrições que devem ser focadas pelo
gerente do projeto e exigem a aplicação de processos de gerenciamento de projetos apropriados.
Existem diversas metodologias para o gerenciamento de projetos, porém, a mais utilizada é a
do Project Management Institute (PMI). Fundado em 1969, é a principal organização mundial
no que se refere ao gerenciamento de projetos. Foi estabelecido para criar os padrões, avançar
a metodologia e promover a responsabilidade profissional no gerenciamento de projetos.
O PMI produz o The Project Management Body of Knowledge (PMBOK), um guia com o
conjunto de padrões, normas, métodos, processos e práticas, sempre revisado e atualizado
de acordo com as boas práticas em gerenciamento de projetos. Tais padrões mundiais são
constantemente criados e atualizados (tanto por equipes de voluntários quanto pelo público
em geral), de forma a fornecer orientações, regras e características do gerenciamento de
projetos, as quais são amplamente aceitas e aplicadas.
É importante ressaltar que "boa prática" não significa que o conhecimento descrito no PMBOK
deva ser sempre aplicado uniformemente a todos os projetos; a organização e/ou a equipe de
gerenciamento do projeto é responsável por determinar o que é apropriado para um projeto
específico. Nesse contexto, “boa prática” refere-se a um acordo geral de que a aplicação dos
processos de gerenciamento de projetos pode aumentar as chances de sucesso em uma ampla
série de projetos.
Project Management Professional (PMP, Profissional de Gerenciamento de Projetos) é a
credencial adotada pelos profissionais que são certificados pelo PMI. Tal certificação para
gerentes de projeto é reconhecida internacionalmente e atesta, por meio de análises e provas,
que o gerente tem formação (escolaridade, capacitação), experiência e competência para
conduzir e dirigir projetos. Exige-se que os candidatos para a credencial PMP:
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•• Desempenhem suas tarefas sob supervisão geral e sejam responsáveis por todos os aspec-
tos do projeto e pela vida deste.
•• Liderem e conduzam equipes multifuncionais para a entrega de projetos dentro das limita-
ções de cronograma, orçamento e escopo.
•• Demonstrem conhecimento e experiência suficientes para aplicar de forma apropriada
uma metodologia a projetos que possuem requisitos e resultados razoavelmente bem de-
finidos.
De acordo com a versão atual do Guia PMBOK (5ª Edição – 2013), um projeto pode ser mais
bem gerido mediante a integração e a aplicação adequada de 47 processos, que podem ser
reunidos em 10 áreas de conhecimento e 5 grupos de processos.
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comunicação contínua com as partes interessadas para entender suas necessidades e expectativas,
abordando as questões conforme elas ocorrem, gerenciando os interesses conflitantes e
incentivando o comprometimento das partes interessadas com as decisões e atividades do projeto.
A satisfação das partes interessadas deve ser gerenciada como um objetivo essencial do projeto.
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gerenciamento das aquisições do projeto abrange os processos de gerenciamento de contratos
e controle de mudanças que são necessários para desenvolver e administrar contratos ou
pedidos de compra emitidos por membros autorizados da equipe do projeto.
O gerenciamento das aquisições do projeto também inclui a administração de todos os contratos
emitidos por uma organização externa (o comprador) que está adquirindo os resultados do
projeto da organização executora (o fornecedor) e a administração das obrigações contratuais
atribuídas à equipe do projeto pelo contrato.
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A natureza integrativa do gerenciamento de projetos requer que o grupo de processos de mo-
nitoramento e controle interaja com os outros grupos de processos, conforme a figura a seguir.
Importante: os grupos de processos não são fases do projeto. Quando projetos complexos ou
de grande porte são separados em fases ou subprojetos distintos (ex: estudo de viabilidade,
design, protótipo, construção, teste etc.), todos os grupos de processos normalmente são
repetidos para cada fase ou subprojeto.
Page 84 of 162
Nos processos de iniciação, o escopo inicial é definido, os recursos financeiros iniciais são com-
prometidos e as partes interessadas são identificadas. Se ainda não foi designado, o gerente de
projetos será selecionado.
Essas informações são capturadas no Termo de Abertura do Projeto (TAP), que autoriza o pro-
jeto, e no registro das partes interessadas. Quando o TAP é aprovado, o projeto se torna ofi-
cialmente autorizado. Embora a equipe de gerenciamento possa ajudar a escrever o termo de
abertura, a aprovação e o financiamento são externos aos limites do projeto.
Page 85 of 162
3.5.3. Processos de Gerenciamento de Projetos
Grupo de processos de gerenciamento de projetos
e mapeamento das áreas de conhecimento
4.4 Monitorar e
controlar o traba-
4. Gerenciamen- 4.1 Desenvolver o 4.2 Desenvolver o pla- 4.3 Orientar e ge-
lho do projeto 4.5 4.6 Encerrar o
to da integração termo de abertu- no de gerenciamento renciar o trabalho
Realizar o contro- projeto ou fase
do projeto ra do projeto do projeto do projeto
le integrado de
mudanças
6.1 Planejar o
gerenciamento do
cronograma
6.2 Definir as atividades
6.3 Sequenciar as ativi-
6. Gerenciamen-
dades 6.7 Controlar o
to do tempo do
6.4 Estimar os recursos cronograma
projeto
das atividades
6.5 Estimar as durações
das atividades
6.6 Desenvolver o
cronograma
9.2 Mobilizar a
9. Gerenciamen- equipe do projeto
9.1 Planejar o geren-
to dos recursos 9.3 Desenvolver a
ciamento dos recursos
humanos do equipe do projeto
humanos
projeto 9.4 Gerenciar a
equipe do projeto
10. Gerencia-
mento dos 10.1 Planejar o geren-
10.2 Gerenciar as 10.3 Controlar as
recursos de ciamento das comuni-
comunicações comunicações
comunicações cações
do projeto
Page 86 of 162
11.1 Planejar o geren-
ciamento dos riscos
11.2 Identificar os riscos
11. Gerencia- 11.3 Realizar a análise
11.6 Controlar os
mento dos riscos qualitativa dos riscos
riscos
do projeto 11.4 Realizar a análise
quantitativa dos riscos
11.5 Planejar as res-
postas aos riscos
12. Gerencia-
12.1 Planejar o gerencia- 12.2 Conduzir as 12.3 Controlar as 12.4 Encerrar as
mento das aqui-
mento das aquisições aquisições aquisições aquisições
sições do projeto
13.
13.3 Gerenciar o 13.4 Controlar o
Gerenciamento 13.1 Identificar 13.2 Planejar o geren-
engajamento das engajamento das
das partes as partes interes- ciamento das partes
partes interessa- partes interessa-
interessadas no sadas interessadas
das das
projeto
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Questões
Page 88 of 162
d) comunicação, integração, planejamen- são as atividades que podem ser execu-
to, cronograma, escopo, custo. tadas de forma independente.
e) riscos, comunicação, cronograma, partes b) a EAP − Estrutura Analítica do Projeto,
interessadas, qualidade e planejamento. que consiste em uma representação
gráfica de todo o trabalho do projeto.
5. (114122) CESPE – 2016 – ADMINISTRAÇÃO c) o gerenciamento de riscos, que objetiva
GERAL – PMBOK, Projetos, Gestão de exclusivamente assegurar que o projeto
Projetos seja cumprido no prazo estabelecido.
d) o COBIT, que está diretamente relacio-
De acordo com o PMBOK, projeto é nado com o gerenciamento dos recur-
a) a coordenação de um conjunto de pes- sos humanos.
soas destinadas a realizar atividades e) o gerenciamento da qualidade, que se
funcionais e disciplinadas a partir do opera por intermédio da identificação
uso de um conjunto de documentos do denominado caminho crítico.
e artefatos obrigatórios propostos no
PMBOK. 7. (1141200) CESPE – 2016 – ADMINISTRAÇÃO
b) um esforço coordenado para se alcan- GERAL – PMBOK, Projetos, Gestão de
çar objetivos e entregar produtos ou Projetos
serviços exclusivos dentro de determi- É da responsabilidade exclusiva do gerente
nado período de tempo. de projetos da equipe de gerenciamento de
c) um conjunto de atividades previsíveis projetos
com prazo e escopo definidos que são
realizadas ao longo de um período de a) fornecer o suporte financeiro ao projeto.
tempo padrão e que ocorrem de manei- b) executar as atividades coordenadas
ra sequencial. pelo patrocinador do projeto.
d) o desenho de um conjunto de soluções c) impedir que os riscos do projeto se con-
definidas pelo gerente e pela equipe de cretizem, devendo, ainda, o gerente
projetos, as quais são postas em prática responsabilizar-se por quaisquer danos
a partir de processos e atividades ope- que o impacto do projeto possa causar.
racionais, repetitivas e sequenciadas. d) cumprir o papel de parte interessada no
e) um processo executado por meio de ge- projeto.
rentes de projeto certificados pelo PMI e) executar o projeto e liderar a equipe
que realizam atividades de coordena- responsável por alcançar os objetivos
ção de pessoal para alcance de objeti- do projeto.
vos estratégicos.
8. (114119) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
6. (114121) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO GERAL – PMBOK, Projetos, Gestão de Proje-
GERAL – PMBOK, Projetos, Gestão de Proje- tos
tos
O grupo de processos de execução é respon-
No bojo dos conceitos aplicáveis para o ge- sável por monitorar, revisar e regulamentar
renciamento por projetos, pode-se apontar o progresso e o desempenho dos projetos,
bem como por identificar as áreas em que
a) o gerenciamento de escopo, o qual há necessidade de mudanças.
identifica os “pacotes de trabalho”, que
( ) Certo ( ) Errado
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9. (114117) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO definidos, e com objetivos específicos de
GERAL – PMBOK, Projetos, Gestão de Proje- criação de produtos únicos, serviços ou re-
tos sultados.
No PMBoK 5a edição, à exceção dos grupos ( ) Certo ( ) Errado
de processo Iniciação e Encerramento, os
demais grupos estabelecidos são:
13. (104629) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
a) Execução; Monitoramento e Controle; GERAL – PMBOK, Projetos, Gestão de
Planejamento. Projetos
b) Gerenciamento da Integração; Execu-
ção; Gerenciamento do Custo Com relação à estrutura analítica de projeto
c) Planejamento; Gerenciamento do Ris- (EAP), assinale a opção correta.
co; Monitoramento e Controle. a) Na decomposição do escopo em partes
d) Monitoramento e Controle; Gerencia- menores, o pacote de trabalho fica de
mento da Comunicação; Execução. fora da elaboração da EAP, pois ele está
e) Gerenciamento do Risco; Gerenciamen- ligado a aspectos gerenciais do projeto.
to do Escopo; Execução. b) O principal benefício trazido pela elabo-
ração da EAP é a visualização organiza-
10. (114113) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO da do que será entregue pelo projeto.
GERAL – Projetos, Gestão de Projetos c) A EAP é o desmembramento hierarqui-
As necessidades sociais e os avanços tecno- zado das partes mais importantes do
lógicos são algumas das considerações es- escopo de trabalho da equipe do proje-
tratégicas organizacionais tipicamente usa- to, com o intuito de alcançar o objetivo
das para justificar e viabilizar a realização de principal do projeto.
projetos. d) Durante a decomposição do escopo do
projeto, deve-se evitar a opinião espe-
( ) Certo ( ) Errado cializada, que tende a aumentar o volu-
me de informações, o que gera dúvidas
que atrapalham a finalização do traba-
11. (102219) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO lho.
GERAL – Projetos e) A criação da EAP é um processo de jun-
Julgue o item subsequente, relativo à ge- ção das entregas em um só documento,
rência de projetos. o que facilita a obtenção de uma visão
consolidada de todo o projeto.
As funções do patrocinador de projeto em
organizações com orientação a projetos são 14. (102237) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
análogas às do gerente do projeto: fornecer GERAL – PMBOK
recursos e suporte para o sucesso do proje-
to e elaborar a Estrutura Analítica de Proje- Acerca da metodologia PMI (project mana-
to (EAP). gement institute) para desenvolvimento de
projetos de software, julgue o item a seguir.
( ) Certo ( ) Errado
Apesar de o processo de aquisição fazer
parte dos processos de execução, a aquisi-
12. (114112) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO ção só é finalizada dentro do grupamento
GERAL – Projetos, Gestão de Projetos de processos de encerramento do projeto.
A natureza temporal de projetos está asso- ( ) Certo ( ) Errado
ciada a sua curta duração, com início e fim
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15. (102236) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO Após se elaborar a estrutura analítica de
GERAL PMBOK um projeto, é possível definir e sequenciar
atividades para que os objetivos do projeto
Acerca da metodologia PMI (project mana- sejam alcançados.
gement institute) para desenvolvimento de
projetos de software, julgue o item a seguir. ( ) Certo ( ) Errado
No grupamento de processos de iniciação
de um projeto, no termo de abertura do 19. (102232) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
projeto definem-se os requisitos iniciais do GERAL – PMBOK
projeto e o que não será feito nesse projeto.
Acerca da metodologia PMI (project mana-
( ) Certo ( ) Errado gement institute) para desenvolvimento de
projetos de software, julgue o item a seguir.
16. (102235) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO O processo de criação da estrutura analítica
GERAL – PMBOK de um projeto independe da declaração do
escopo desse projeto, podendo ser desen-
Acerca da metodologia PMI (project mana- volvido em reuniões de requisitos.
gement institute) para desenvolvimento de
projetos de software, julgue o item a seguir. ( ) Certo ( ) Errado
Ao se planejar a resposta a um risco que po-
derá atrasar o projeto, o registro de riscos 20. (102220) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
pode ser atualizado sem que haja necessi- GERAL – PMBOK, Gestão de Projetos, Proje-
dade de atualização do plano de gerencia- tos
mento do projeto.
À luz do PMBOK 5, um projeto que tenha ci-
( ) Certo ( ) Errado clo de vida adaptativo
deve reagir a altos níveis de mudança, com
17. (102234) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO métodos iterativos e incrementais e
GERAL – PMBOK
com iterações que girem em torno de duas
Acerca da metodologia PMI (project mana- a quatro semanas, com tempo e recursos fi-
gement institute) para desenvolvimento de xos.
projetos de software, julgue o item a seguir.
( ) Certo ( ) Errado
De acordo com o PMBOK, o caminho críti-
co de um projeto consiste no caminho mais
longo de atividades e que determina a me-
nor duração de um projeto.
( ) Certo ( ) Errado
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4. GESTÃO DE PROCESSOS
Sordi associa a abordagem da Gestão por Processos com a abordagem Sistêmica das organiza-
ções: “Sistema é um conjunto de elementos interconectados cuja transformação em uma de
suas partes influencia todas as demais.”
Nesse contexto moderno, as organizações são vistas como sistemas abertos, que interagem
com o meio ambiente, fazendo trocas com outros sistemas, processando insumos e transfor-
mando-os em produtos, incorporando alterações benéficas e neutralizando as maléficas. Essa
troca entre os sistemas permite a sobrevivência e adaptação das organizações.
4.1. Processos
Processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que toma um input, adiciona valor a
ele e fornece o output a um cliente específico. Esses inputs podem ser materiais, informações,
conhecimento, etc.
O conceito mais intuitivo de processo de trabalho, portanto, é o de transformação. Esse
conceito remete a três elementos:
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Para a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) é um conjunto de atividades preestabelecidas
que, quando executadas numa determinada sequência, vão conduzir a um resultado esperado,
o qual assegura o atendimento das necessidades e expectativas dos clientes e de outras partes
interessadas.
O Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública) define processos
como um conjunto de decisões que transformam insumos em valores gerados ao cliente/
cidadão. Esse conceito amplia a ideia de processos como meros fluxos operacionais (sequências
de atividades) e destaca o compromisso de satisfazer as necessidades dos clientes/cidadãos,
bem como a competência humana de tomar decisões.
Davenport (1994): conjunto de atividades estruturadas e medidas destinadas a resultar em um
produto especificado para um determinado cliente ou mercado [...] é uma ordenação específica
das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, e inputs e outputs
claramente identificados: uma estrutura para a ação.
Sordi (2014): fluxos de trabalhos que atendem a um ou mais objetivos da organização e que
proporcionam agregação de valor sob a ótica do cliente final.
O Guia para o Gerenciamento de Processos de Negócio (CBOK 3.0 – 2013) define processo
como uma agregação de atividades e comportamentos executados por humanos ou máqui-
nas para alcançar um ou mais resultados. Essas atividades inter-relacionadas solucionam uma
questão específica (entregam valor ao cliente ou apoiam/gerenciam outros processos) e são
governadas por regras de negócio. Esse trabalho pode ser ponta a ponta – interfuncional ou
interorganizacional.
Em suma, processos possuem o compromisso de satisfazer as necessidades dos clientes/
cidadãos, exigem sincronia, transformam elementos, seguem orientações e consomem
recursos.
De acordo com a ISO 9001, para uma organização funcionar de maneira eficaz e eficiente, ela
tem que identificar e gerenciar numerosas atividades interligadas, possibilitando a transforma-
ção de entradas em saídas. Frequentemente a saída de um processo é a entrada para o proces-
so seguinte.
Segundo essa visão, qualquer instituição é um “mar de processos” em contínua execução
pelas pessoas que compõem a força de trabalho. Esses processos interagem de tal forma que
os produtos/serviços de um constituem a entrada para outro.
Page 93 of 162
•• Recursos controlados (tempo, pessoas, finanças, materiais, etc.);
•• Atividades interdependentes são projetadas e ordenadas (definição de quando e de como
as atividades ocorrem);
•• Gerenciamento: planejamento, controle, sincronização, responsável (dono do processo);
•• Resultado específico e previsível;
•• Compromisso de satisfazer as necessidades dos clientes (gerar valor);
•• Melhoria: mecanismos de feedback e evolução contínua.
Projetos Processos
Evento temporário Evento contínuo/cíclico
Equipe temporária Equipe fixa
Diferenças
Resultado único (singular) Resultado repetido
Pode modificar a organização Mantém a organização
Planejados, executados, monitorados e controlados
Realizados por pessoas
Semelhanças
Possuem restrições (tempo, recursos etc.)
Buscam atingir objetivos organizacionais e/ou estratégicos
Page 94 of 162
denominados processos finalísticos, primários, essenciais, de negócio. São processos
tipicamente ponta a ponta, tanto interfuncionais quanto interorganizacionais.
•• Processos de Apoio – dão suporte aos processos principais, aos gerenciais e a si mesmos,
fornecendo produtos, serviços e insumos que não alcançam diretamente o cliente. Também
chamados processos de suporte, meio, organizacionais, podem ser classificados em quatro
grupos genéricos e comuns à maioria das organizações: suprimento; tecnologia; recursos
humanos; e infraestrutura. O fato de processos de suporte não gerarem diretamente valor
aos clientes não significa que não sejam importantes para a organização. Os processos
de suporte podem ser fundamentais e estratégicos à organização na medida em que
aumentam sua capacidade de efetivamente realizar os processos primários.
•• Processos Gerenciais – os processos de gerenciamento são utilizados para medir, monitorar
e controlar atividades de negócio. São as decisões da gerência, ligadas às estratégias e
ao estabelecimento de normas. Tais processos asseguram que um processo primário, ou
de suporte, atinja metas operacionais, financeiras, regulatórias e legais. Assim como os
processos de suporte, os processos de gerenciamento não agregam diretamente valor aos
clientes, mas são necessários para assegurar que a organização opere de maneira efetiva e
eficiente.
Os processos de suporte e de gerenciamento são processos de informação e de decisão. Eles
podem ser verticais e horizontais:
Page 95 of 162
•• Transversais: conjunto de várias especialidades, executadas em uma única operação,
com a finalidade de resolver problemas. Possuem caráter temporário ou provisório
•• Tarefas/operações – é uma decomposição ou detalhamento de uma atividade. É a menor
unidade de trabalho com significado executada por uma pessoa ou máquina.
4.1.4. Glossário
•• BPM (Business Process Management): disciplina de gerenciamento de processos e um
conjunto de tecnologias habilitadoras.
Page 96 of 162
•• BPMS (BPM Systems/Suite – Sistema de Gerenciamento de Processos de Negócio: tecno-
logias que suportam e capacitam o gerenciamento de processos; aplicações integradas de
software para gerenciamento de processos de negócio.
•• BPMN (Business Process Modeling Notation): especificação para modelagem visual de pro-
cessos cujo objetivo é prover uma interface simples, mas poderosa, que possa ser utilizada
tanto por profissionais de processos e sistemas, como por usuários.
•• Gargalo: restrição na capacidade que cria uma fila.
•• Requisitos do processo: é a tradução das necessidades e das expectativas dos clientes e das
demais partes interessadas (stakeholders).
•• Não conformidade: não atendimento a um requisito.
•• Handoff: qualquer ponto em um processo no qual o trabalho passa de um sistema, pessoa
ou grupo para outro. As atividades de handoff passam o controle do processo para outro
departamento ou organização (p. ex., transferir um cliente a outro departamento).
•• Regras de negócio: definem como o seu negócio funciona (políticas, interesses, objetivos,
compromissos éticos, etc.).
•• Plataforma de processos: conjunto de metodologias, padrões e ambiente tecnológico, vi-
sando à gestão de processos.
Page 97 of 162
Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM – Business Process Manage-
ment) é uma disciplina gerencial que integra estratégias e objetivos de uma
organização com expectativas e necessidades de clientes, por meio do foco
em processos ponta a ponta. BPM engloba estratégias, objetivos, cultura, es-
truturas organizacionais, papéis, políticas, métodos e tecnologias para anali-
sar, desenhar, implementar, gerenciar desempenho, transformar e estabele-
cer a governança de processos. (BPM-CBOK. V3)
Page 98 of 162
Embora existam processos realizados inteiramente em uma unidade funcional, os principais
processos de uma instituição atravessam as fronteiras das áreas e são executados por
colaboradores de diversos setores ou cargos (processos transversais – interfuncionalidade).
Quando esses setores não se comunicam eficientemente, o cliente final provavelmente será
afetado negativamente e o processo terá falhado.
Enquanto a visão funcional focaliza a especialização, sustentada por forte estrutura hierárquica,
a visão de processo enfoca o próprio trabalho, a fim de gerenciá-lo.
Para tornar a organização mais flexível, devem-se derrubar as barreiras departamentais e focar
os processos, pois assim o trabalho é sequenciado em termos de uma cadeia de relações entre
as diversas unidades da organização.
A estrutura horizontal dos processos propõe uma abordagem que fuja da organização
funcional (tradicional). Os departamentos são sócios, não concorrentes, por isso a gestão deve
ser orientada para identificar, desenhar (modelar), executar, documentar, medir, monitorar,
controlar e melhorar processos de negócio.
Page 99 of 162
4.2.2. Vantagens
A bibliografia revela que a gestão por processos proporciona as seguintes vantagens, entre
outras:
•• Alinhar estrategicamente a organização, compatibilizando os processos com a missão, a
visão e a estratégia;
•• Evidenciar as reais necessidades de alocação de recursos;
•• Priorizar atividades pertinentes e ajustar a força de trabalho;
•• Identificar e corrigir processos: que não agregam valor, mais complexos do que poderiam
ser, com altos custos, redundantes, demorados, etc.
•• Melhorar os fluxos de trabalho com foco na eficiência, no cliente e na qualidade dos
produtos/serviços;
•• Integrar e orientar as várias unidades, facilitando o entendimento sobre os procedimentos
para alcançar os resultados – visão sistêmica;
•• Evitar a descontinuidade nos casos de substituições de executores/gestores;
•• Avaliar o desempenho dos processos com o uso de indicadores, ou seja, verificar se estão
atingindo os objetivos a que se propõem;
•• Obrigar a organização a prestar contas pelo desempenho dos seus processos;
•• Gerar maior rapidez nas soluções e busca constante por melhoria.
4.2.5.1. Fluxograma
Técnica para se registrar um processo de maneira compacta, por meio de alguns símbolos
padronizados.
É a representação gráfica que permite a fácil visualização dos passos de um processo. Descreve,
passo a passo, a tramitação entre as áreas e as ações realizadas em cada atividade, bem como
as situações e as condições necessárias para a realização dessas atividades. Ele apresenta a
sequência lógica de atividades e decisões, de modo a obter uma visão sistêmica do fluxo de um
processo, possibilitando a realização de análise crítica para detecção de falhas, de gargalos e de
oportunidades de melhorias.
A visão sistêmica procura enxergar os processos percorrendo toda a organização, ao invés
de analisar apenas uma área (processos dentro de processos). A partir dessa visão, pode-se
identificar como se agrega valor na organização, perceber que os clientes são mais importantes
que funções e entender como o trabalho é feito realmente.
4.2.5.4. SIPOC
Ferramenta usada para identificar todos os elementos pertinentes de um projeto de melhoria
de processo antes de o trabalho começar. Ajuda a definir adequadamente o problema:
identificação das fronteiras (fornecedores e clientes) do processo, quais as principais “entradas”
a serem processadas e a relação quanto às “saídas” geradas aos clientes.
2. Redesenho: é diferente da melhoria de processos, pois toma uma perspectiva holística para
o processo (visão do todo, ponta a ponta) em vez de identificar e implementar pequenas
mudanças incrementais. Embora possa levar a mudanças significativas, essas mudanças
continuam a ser baseadas nos conceitos fundamentais do processo existente.
3. (102381) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO A gestão por processos é utilizada nas orga-
GERAL – Gestão de Processos nizações públicas como uma solução de in-
tegração organizacional capaz de melhorar
Acerca da gestão de processos, assinale a a qualidade dos serviços públicos prestados.
opção correta.
( ) Certo ( ) Errado
a) Geração de pedidos e atendimento a
clientes são exemplos de processos pe-
riféricos em uma organização. 6. (102248) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
b) Em uma secretaria de educação, as GERAL – Gestão de Processos
áreas de contabilidade e compras exe- Com relação a gestão de processos e de
cutam processos de apoio ao funciona- qualidade, julgue o item a seguir.
mento da secretaria.
c) As áreas de desenvolvimento de proje- De acordo com a hierarquia organizacional, as
tos de uma organização da construção atividades desdobram-se em processos, que,
civil são consideradas áreas de apoio. por sua vez, geram tarefas ou operações.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. (14548) Errado 2. (71550) Errado 3. (102381) B 4. (102375) Certo 5. (102249) Certo 6. (102248) Errado
7. (82758) Errado 8. (82654) B 9. (71551) Errado 10. (71547) Certo 11. (14550) Certo 12. (71652) B 13. (71647) A
14. (79205) Errado 15. (59781) Errado 16. (72665) Certo 17. (72655) Certo 18. (14561)Errado 19. (14552) Certo
20. (108401) Certo
O Gráfico de Pareto é uma técnica usada para identificar os problemas mais relevantes, ou as
causas mais importantes de um problema.
O diagrama tem como base o Princípio de Pareto (também conhecido como 80/20). A ideia
básica surgiu quando o economista italiano Vilfredo Pareto elaborava um estudo de renda e
riqueza da população e descobriu que 80% da riqueza local estava concentrada com 20% da
população. Esse princípio foi aplicado em outras áreas e se mostrou válido: poucas causas,
muitas consequências. A Curva ABC, por exemplo, usa esse princípio para identificar os
principais itens de um estoque (pouco itens que geram grande impacto financeiro). Juran
aplicou o método como forma de classificar os problemas da qualidade em “poucos vitais” e
“muitos triviais”.
O pressuposto básico dessa ferramenta é: a maior parte dos defeitos, das falhas, das
reclamações e dos custos provêm de uma pequena quantidade de causas. Se essas causas
principais forem identificadas e corrigidas, é possível a eliminação da maioria das perdas. É,
portanto, uma forma de priorização de problemas que facilita o direcionamento de esforços e
permite conseguir grandes resultados com poucas ações.
5.6. Fluxograma
Existem diferentes padrões (notações) dos símbolos que representam elementos ou situações
que ocorrem nos processos. Os símbolos utilizados nos fluxogramas têm por objetivo evidenciar
origem, ação e destino da informação.
5.8. PDCA
O Ciclo PDCA é composto por um conjunto de ações em sequência, dada pela ordem estabele-
cida pelas letras que compõem a sigla: Plan (planejar), Do (fazer), Check (checar, verificar), Act
(agir corretivamente).
Shewhart foi o autor que criou o conceito de melhoria em ciclos, em 1939. Ele era o mentor
de Deming, que, mais tarde (1951), transformou a ideia e a disseminou como Ciclo PDCA. Por
isso, o ciclo também recebe o nome de: Roda/Círculo de Deming, Ciclo de Controle ou Ciclo de
Melhoria Contínua. Outro expoente, Ishikawa, contribuiu para a evolução do ciclo de Deming,
agregando a ele novas ações dentro dos quatro passos.
1. Planejar (PLAN) – é estabelecido com bases nas diretrizes da organização. Busca assegurar
alinhamento do contexto de processos de negócio e do desenho de processos com os
objetivos estratégicos da organização.
•• Estabelece objetivos e metas a serem alcançadas;
•• Define o caminho e o método para alcançar os objetivos.
Pode ser um planejamento estratégico, um plano de ação, um cronograma, etc.
4. Agir (ACT): visa manter a integridade do processo e assegurar que ele possa ser melhorado
continuamente para atender novas metas de desempenho ao longo do tempo. As ações
podem ser preventivas, corretivas ou de melhoria.
•• Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e implementar soluções eliminar
suas causas;
5.11. Brainstorming
É uma forma de representar e quantificar problemas (ou riscos) com o objetivo de priorizá-los.
Leva em conta três aspectos:
•• Gravidade: impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou
organizações.
•• Urgência: relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o problema.
•• Tendência: potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento,
redução ou desaparecimento do problema.
A tabela seguir permite classificar, em ordem, os problemas a serem atacados.
1. Enumerar os problemas;
2. Atribuir uma pontuação para cada problema, levando em conta os valores da tabela ao
lado.
3. Multiplicar GxUxT e achar o resultado, priorizando de acordo com os pontos obtidos.
5.13. Benchmarking
Método para comparar o desempenho de processos, práticas ou produtos com similares mais
eficazes e eficientes, interna ou externamente, com o objetivo de entender as práticas que
conduzem ao desempenho superior, adaptá-las e implementar melhorias significativas.
É um processo contínuo de avaliação de produtos, serviços e práticas dos concorrentes mais
fortes e daquelas organizações que são reconhecidas como líderes. Em suma, a empresa busca
aprender com as melhores práticas do mercado.
Ex: a empresa X quer melhorar seus resultados. Para isso, ela avalia produtos, serviços e
processos de trabalho da empresa Y (que é reconhecida como a detentora das melhores
práticas no mercado), com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades
de melhoria.
5.14. Programa 5S
O 5S ou house keeping é um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão. No final dos anos 60,
quando os industriais japoneses começaram a implantar o sistema de qualidade total (QT) nas
suas empresas, perceberam que o 5S seria um programa básico para o sucesso da QT.
O nome 5S vem das iniciais das cinco técnicas que o compõe:
3. Seiso – limpeza;
Gabarito: 1. (43744) C 2. (71645) C 3. (102368) Errado 4. (102364) Errado 5. (102365) Errado 6. (102366) Errado
7. (102367) Errado 8. (102369) Certo 9. (102373) Errado 10. (102374) Errado 11. (102375) Certo 12. (102376) Certo
13. (102377) Certo 14. (102378) Certo
No Brasil, as organizações que estão obtendo bons resultados na gestão de pessoas têm aplica-
do os conceitos de competência, complexidade e espaço ocupacional, de forma a permitir que
o gestor avalie os riscos e acompanhe os resultados de suas decisões.
Segundo Dutra (2013), o espaço ocupacional surgiu inicialmente como expressão para designar
o conjunto de atribuições e responsabilidades das pessoas. Gradualmente, tornou-se um
conceito que procura estabelecer a correlação entre complexidade e entrega.
A gestão por competência surge como resposta a uma série de novas exigências do mercado:
superar a concorrência globalizada, inovar e aprender continuamente, integrar estratégias e
pessoas (objetivos organizacionais e individuais), flexibilizar, empoderar, etc.
Ela figura como alternativa aos modelos gerenciais tradicionais (focados no controle e nos cargos).
É uma metodologia de gestão moderna, focada nos negócios (mercado), nos clientes e no desen-
volvimento profissional permanente (carreira de longo prazo). Propõe-se a orientar esforços para
planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização (individual, grupal e orga-
nizacional), as competências necessárias à consecução dos objetivos.
A proposta da gestão por competências é compreender quais são as competências organi-
zacionais críticas para o sucesso da organização, desdobrá-las em termos de competências
profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de funcionários.
A noção de competência apresenta duas perspectivas conceituais:
•• a perspectiva estratégica enfatiza a competência como um atributo da organização, que
a torna eficaz e permite a consecução de seus objetivos estratégicos. As competências or-
ganizacionais sustentam a vantagem competitiva, assumindo uma dimensão mais ampla
de rotinas ou capacidades organizacionais orientadas às demandas e ás oportunidades do
ambiente externo.
•• a perspectiva da gestão de pessoas enfatiza as competências dos funcionários (individu-
ais) para o alcance dos objetivos. As competências profissionais e/ou humanas assumem
uma posição central nas práticas de seleção, treinamento, avaliação e remuneração.
a. Valor: o desempenho viabilizado pela competência oferece uma vantagem competitiva va-
liosa para o cliente
c. Versatilidade: essa competência deve ser versátil e, portanto, útil para várias áreas de pro-
dutos e mesmos mercados.
Prahalad e Hamel escreveram, em 1990, o famoso artigo "The Core Competence of the Corpo-
ration", no qual trouxeram a importante definição de competências essenciais (core competen-
ces). Para eles, há dois tipos de competências:
•• Essenciais (core competences): servem para a sobrevivência na empresa e são centrais para
sua estratégia. Há três características que permitem identificar uma Core Competence: 1) provê
acesso a uma grande variedade de mercados; 2) contribui significativamente para os benefícios
percebidos pelo consumidor do produto final; 3) é difícil de ser imitada pelos concorrentes.
•• Básicas: também chamadas de competências de gestão, são as aquelas relacionadas com
a gestão de recursos — financeiros, comerciais, produtivos, etc. Sem o domínio dessas
competências básicas, a organização não consegue alcançar níveis elevados de excelência.
Outros tipos:
São as competências relativas às pessoas, ou seja, aquelas que cada pessoa precisa ter, apren-
der, ou desenvolver para atuar na organização.
Fernandes (2013) define competências individuais como um conjunto de conhecimentos, ha-
bilidades, atitudes e valores que um indivíduo mobiliza e aplica, de forma reiterada, dentro
de um contexto profissional, agregando valor à organização e a si mesmo.
Carbone (2006) tem uma visão semelhante: combinações sinérgicas de conhecimentos, habi-
lidades e atitudes, expressas pelo desempenho profissional em determinado contexto ou em
determinada estratégia organizacional.
Essas definições esclarecem algumas características importantes das competências individuais:
•• As competências devem necessariamente agregar valor: entrega é a marca distintiva da
competência. Por isso, a competência é expressa por verbos de ação. Verbos como “conhe-
cer”, “entender” ou mesmo “ser capaz de” não são adequados para traduzir competências
segundo essa acepção.
•• As competências são contextualizadas: toda competência se expressa numa agregação de
valor dentro de um espaço organizacional. Assim, a organização deve, de alguma forma,
prover ao profissional o espaço necessário para praticar suas competências – o que Dutra
(2013) chama de "espaço ocupacional".
No contexto geral apresentado, a gestão por competências tem como objetivo detectar, medir
e desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a realização dos proces-
sos e atividades do trabalho e do negócio da Instituição. Trata-se, portanto, de uma importante
ferramenta de apoio à gestão de pessoas, uma vez que possibilita um melhor direcionamento e
planejamento das ações de capacitação e desenvolvimento.
Assim, para avaliar a competência de alguém, temos de examinar:
As capacidades, que com frequência são utilizadas como sinônimo de competências, incluem
Conhecimentos, Habilidades e Atitudes. (alguns autores incluem os Valores).
A gestão por competências constitui um processo contínuo, que tem como etapa inicial a
formulação da estratégia organizacional. Em seguida, definem-se indicadores de desempenho
e metas no nível corporativo e identificam-se as competências necessárias para concretizar o
desempenho esperado.
c) irrelevâncias e obviedades, como, por exemplo, “coordena reuniões que são marcadas”.
Nesse caso, bastaria dizer: “coordena reuniões”;
e) abstrações, como, por exemplo, “pensa o inédito, sugerindo idéias que resolvam divergências”.
f) a utilização de verbos que não expressem uma ação concreta, ou seja, que não represen-
tem comportamentos passíveis de observação no trabalho, como, por exemplo, saber,
apreciar, acreditar e pensar, entre outros.
c) realizar a validação semântica das competências descritas, visando garantir que todos os
funcionários compreendam o comportamento descrito. Esse procedimento consiste em
entrevistar servidores com diferentes características (gênero, idade, nível de escolaridade,
cargo exercido, etc.), objetivando identificar e corrigir eventuais incorreções, falhas, itens
sugestivos e ambiguidades, para garantir que as descrições dos comportamentos sejam
bem compreendidas pelas pessoas a que se destinam.
A Lei nº 12.527, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), tem o propósito de regula-
mentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas e seus disposi-
tivos são aplicáveis aos três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
A publicação da LAI significa um importante passo para a consolidação democrática do Brasil
e também para o sucesso das ações de prevenção da corrupção no país. Por tornar possível a
maior participação popular e o controle social das ações governamentais, o acesso da socieda-
de às informações públicas permite que ocorra uma melhoria na gestão pública.
No Brasil, o direito de acesso à informação pública foi previsto na Constituição Federal, no art.
5º, inciso XXXIII do Capítulo I – dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos –, o qual dispõe
que: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de respon-
sabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado”.
A Constituição também tratou do acesso à informação pública no art. 5º, inciso XIV, no art. 37,
§ 3º, inciso II e no art. 216, § 2º. São esses os dispositivos que a LAI regulamenta, estabelecen-
do requisitos mínimos para a divulgação de informações públicas e procedimentos para facilitar
e agilizar o seu acesso por qualquer pessoa.
A LAI torna essencial o princípio da transparência máxima: o acesso é a regra, e o sigilo é a exce-
ção. Salvaguardando-se os dados pessoais e as exceções expressas na lei, todas as demais infor-
mações são consideradas públicas e, por isso, passíveis de serem disponibilizadas aos cidadãos.
A LAI também consolida e define o marco regulatório sobre o acesso à informação pública sob
a guarda do Estado e estabelece procedimentos para que a Administração responda a pedidos
de informação do cidadão. Para isso, a LAI estipula:
•• procedimentos, normas e prazos para o processamento dos pedidos de informação;
•• a criação de um Serviço de Informações ao Cidadão em todos os órgãos e entidades do
poder público;
•• que órgãos e entidades públicas devem divulgar informações de interesse coletivo, sobre-
tudo por meio da Internet, salvo aquelas cuja confidencialidade esteja prevista no texto
legal;
•• mecanismos de recurso em caso de negativa de acesso à informação.
A seguir, um quadro com o resumo dos conteúdos da LAI.
Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37
e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de
1991; e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art.
5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
I – os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo,
incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;
II – as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mis-
ta e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios.
§ 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na Art. 9º O acesso a informações públicas será as-
forma de regulamento, atender, entre ou- segurado mediante:
tros, aos seguintes requisitos: I – criação de serviço de informações ao ci-
I – conter ferramenta de pesquisa de conte- dadão, nos órgãos e entidades do poder pú-
údo que permita o acesso à informação de blico, em local com condições apropriadas
forma objetiva, transparente, clara e em lin- para:
guagem de fácil compreensão;
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro § 2º Verificada a procedência das razões do
teor de decisão de negativa de acesso, por certi- recurso, a Controladoria-Geral da União de-
dão ou cópia. terminará ao órgão ou entidade que adote
as providências necessárias para dar cum-
Seção II primento ao disposto nesta Lei.
DOS RECURSOS § 3º Negado o acesso à informação pela
Controladoria-Geral da União, poderá ser
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a interposto recurso à Comissão Mista de Re-
informações ou às razões da negativa do acesso, avaliação de Informações, a que se refere o
poderá o interessado interpor recurso contra a art. 35.
decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da
sua ciência. Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de
desclassificação de informação protocolado em
Parágrafo único. O recurso será dirigido à órgão da administração pública federal, poderá
autoridade hierarquicamente superior à o requerente recorrer ao Ministro de Estado da
que exarou a decisão impugnada, que deve- área, sem prejuízo das competências da Comis-
rá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. são Mista de Reavaliação de Informações, pre-
vistas no art. 35, e do disposto no art. 16.
Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a con- Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei nº 8.112,
tar da vigência desta Lei, o dirigente máximo de de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar
cada órgão ou entidade da administração públi- com a seguinte redação:
ca federal direta e indireta designará autoridade “Art. 116. .....................................................
que lhe seja diretamente subordinada para, no VI – levar as irregularidades de que tiver ci-
âmbito do respectivo órgão ou entidade, exer- ência em razão do cargo ao conhecimento
cer as seguintes atribuições: da autoridade superior ou, quando houver
I – assegurar o cumprimento das normas re- suspeita de envolvimento desta, ao conhe-
lativas ao acesso a informação, de forma efi- cimento de outra autoridade competente
ciente e adequada aos objetivos desta Lei; para apuração;
II – monitorar a implementação do disposto ..........................................................” (NR)
nesta Lei e apresentar relatórios periódicos Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº
sobre o seu cumprimento; 8.112, de 1990, passa a vigorar acrescido do se-
III – recomendar as medidas indispensáveis guinte art. 126-A:
à implementação e ao aperfeiçoamento das “Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser res-
normas e procedimentos necessários ao cor- ponsabilizado civil, penal ou administrativa-
reto cumprimento do disposto nesta Lei; e mente por dar ciência à autoridade superior
IV – orientar as respectivas unidades no que ou, quando houver suspeita de envolvimento
se refere ao cumprimento do disposto nesta desta, a outra autoridade competente para
Lei e seus regulamentos. apuração de informação concernente à prática
de crimes ou improbidade de que tenha conhe-
10. (102425) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 14. (102420) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Lei de Acesso à Informação GERAL Lei de Acesso à Informação
Segundo a lei de acesso à informação, a au-
tenticidade é a qualidade da informação co- Carlos, cidadão comum, requereu ao STF
letada na fonte, com o máximo de detalha- informação pessoal, relativa à intimidade e
mento possível, sem modificações. à vida privada de alguém. Nessa situação,
o acesso à informação deverá ser negado a
( ) Certo ( ) Errado Carlos, pois ela é classificada como restrita
Gabarito: 1. (102408) D 2. (102426) Errado 3. (102815) Errado 4. (102814) Certo 5. (102812) E 6. (105517) D
7. (102431) Certo 8. (102429) Certo 9. (102427) Certo 10. (102425) Errado 11. (102409) Errado 12. (102424) Certo
13. (102423) Errado 14. (102420) Certo 15. (102419) Errado 16. (102418) Certo 17. (102415) Certo 18. (102414) Certo
19. (102412) Errado 20. (102816) Errado Page 162 of 162