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ABUSO DE AUTORIDADE

CARREIRAS POLICIAS

LEI Nº 13.869/19

@MARCELOMAPAS
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pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal.

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é uma pessoa de bem e que
jamais faria uma coisa dessas.
Agradecemos a sua compreensão
e desejamos um ótimo estudo.

Resumosmapasdireito
Marcelo.mapaseresumos@gmail.com
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ABUSO DE AUTORIDADE
INTRODUÇÃO

A lei n.º 13.869/2019 se propõe a modernizar o


tratamento dado ao abuso de autoridade. Na
legislação anterior, de 1965, ano em que o brasil passava
por um período de flexibilização de garantias e o governo
era formado na maioria por oficiais das forças armadas,
os crimes de abuso de autoridade eram punidos com
pena de detenção que variavam de 10 (dez) dias a 6
(seis) meses, indo contrariamente ao princípio da
proporcionalidade e da vedação à proteção ineficiente.

A principal função da Lei nº


13.869/2019 é a prevenção e
repressão de
comportamentos abusivos de
poder.

BEM JURÍDICO TUTELADO

Trata-se de crime pluriofensivo, o que significa que


existe mais de um bem tutelado.
Direitos fundamentais do cidadão;
Protege o bom funcionamento do estado.

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ABUSO DE AUTORIDADE
INTRODUÇÃO

CONCEITO
Art. 1º Esta lei define os crimes de abuso
de autoridade, cometidos por agente
público, servidor ou não, que no exercício
de suas funções ou a pretexto de exercê-
las, abuse do poder que lhe tenha sido
atribuído.

O conceito de abuso de poder é um gênero de ato


ilícito cometido pela autoridade, que subdividi-se
em duas espécies:

Excesso de poder: O agente público


atua sem competência, seja por sua
total ausência, seja por extrapolar os
limites da competência que lhe foi
legalmente atribuída.
Desvio de poder: É caracterizado
quando o agente pratica o ato visando
fim diverso daquele previsto, explícita
ou implicitamente, na regra de
competência.

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ABUSO DE AUTORIDADE
SUJEITO ATIVO

SUJEITO ATIVO DO DELITO

Rol exemplificativo (art. 2º);


Crime próprio: é necessário ser
agente público, independentemente
de ser servidor ou não.

OBSERVAÇÕES:

Para ser considerado agente público pela lei 13.869/19


basta que exista vínculo com o estado, pouco
importando a forma de investidura, também não necessita
de estabilidade ou de remuneração.

NÃO são considerados


agentes públicos aqueles que
exercem apenas um múnus
público (função privada com
interesse público):

Curadores e tutores dativos, inventariantes judiciais,


administradores judiciais, depositários judiciários, leiloeiros
dativos etc.

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ABUSO DE AUTORIDADE
SUJEITO ATIVO

IMPORTANTE

Para a caracterização do abuso de


autoridade é imprescindível que o sujeito
ativo seja agente público no sentido do
art.2º da lei 13.869/19, mas não é
obrigatório o efetivo exercício da função
no momento da conduta.

Agente público demitido, agente público de


fato ou aposentado NÃO podem praticar o
crime de abuso de autoridade, em razão da
ausência de vínculo com o Estado.

IMPORTANTE

O crime de abuso de autoridade


admite concurso de pessoas com
particulares, DESDE que SAIBAM da
condição de agente público.

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ABUSO DE AUTORIDADE
SUJEITO ATIVO

IMPORTANTE

Isso acontece porque a condição


de agente público se comunica a
eventuais coautores e partícipes
por ser uma elementar do tipo
(art. 30 do CP).

Caso o particular desconheça a condição de


agente público, estará incurso em erro de
tipo, que afasta a tipicidade do crime de
abuso de autoridade.

Contudo, ainda poderá o


particular responder por
outro crime, em razão da
cooperação
dolosamente distinta
(art. 29, § 2º, do CP).

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ABUSO DE AUTORIDADE
SUJEITO PASSIVO DO DELITO

Os crimes de abuso de autoridade são delitos


de dupla subjetividade passiva, ou seja,
existem duas vítimas:

Sujeito passivo
imediato/ direto/
eventual: Cidadão;
Sujeito passivo mediato/
indireto/ permanente:
Estado.

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ABUSO DE AUTORIDADE
ELEMENTO SUBJETIVO

O crime de abuso de autoridade só pode


ser punido a título de dolo (vontade
livre e consciente), ou seja, não existe
abuso de autoridade culposo;

Ainda, o dolo precisa ser específico, o


que significa que a conduta só será
típica quando tiver o dolo de produzir um
resultado específico, a uma das
seguintes finalidades:

Prejudicar outrem;
Beneficiar a si mesmo ou terceiro;
Por mero capricho ou satisfação pessoal.

IMPORTANTE

Não haverá crime de abuso de


autoridade quando se tratar apenas
de divergência razoável na
interpretação da lei ou na avaliação de
fatos e provas - os denominados
Crimes de Hermenêutica não são
aceitos pela doutrina e nem pela
jurisprudência.

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ABUSO DE AUTORIDADE
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
Pode ser exercido por qualquer pessoa;
Não é necessária a assistência de advogado

OBSERVAÇÕES:

O DIREITO DE
REPRESENTAÇÃO SERÁ
EXERCIDO POR MEIO DE
PETIÇÃO.

Dirigida á autoridade
superior que tiver
competência legal para
aplicar, á autoridade civil
ou militar culpada, a
respectiva sanção;

Dirigida ao órgão do ministério público que


tiver competência para iniciar processo-
crime contra a autoridade culpada.

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ABUSO DE AUTORIDADE
DA AÇÃO PENAL

Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal


pública incondicionada.

Será admitida ação penal


privada subsidiária da pública
se a ação penal pública não for
intentada no prazo legal.

Cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la


e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os
termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência
do querelante, retomar a ação como parte principal.

A ação privada
subsidiária será exercida
no prazo de 6 (seis)
meses, contado da data
em que se esgotar o
prazo para oferecimento
da denúncia.

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ABUSO DE AUTORIDADE
COMPETÊNCIA

Regra geral: Os crimes de abuso de autoridade são


processados pela Justiça Comum.

Exceções: Justiça Federal:

Se estiverem presentes as hipóteses do art. 109 da


Constituição Federal, a competência para o
processamento e julgamento dos crimes de abuso de
autoridade será da Justiça Federal.

Justiça Militar:

Com o advento da Lei n. 13.491/17 a Justiça Militar da


União ou dos Estados passou a ter competência para o
processo de julgamento dos crimes de abuso de autoridade.

Foro por Prerrogativa de função:

Se a autoridade que praticou o delito


no exercício da função goza de foro
de prerrogativa de função, deverá
ser julgada pelo respectivo Tribunal.

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ABUSO DE AUTORIDADE
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO

I - Obrigação de indenizar o dano causado pelo crime


(efeito extrapenal genérico e obrigatório);

II- A inabilitação para o


exercício de cargo, mandato
ou função pública, pelo
período de 1 (um) a 5
(cinco) anos;

III- A perda do cargo, do mandato ou da função pública.

ATENCÃO:

Os efeitos previstos nos incisos


II e III do caput deste artigo são
condicionados à ocorrência de
reincidência em crime de abuso
de autoridade e são específicos
e não automáticos, devendo
ser declarados motivadamente
na sentença.

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ABUSO DE AUTORIDADE
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS

PENAS:
Prestação de serviços à
comunidade ou a entidades
públicas;
Suspensão do exercício do cargo, da função ou do
mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com
a perda dos vencimentos e das vantagens;

As penas restritivas
de direitos podem
ser aplicadas
autônoma ou
cumulativamente.

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ABUSO DE AUTORIDADE
SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADM

As penas previstas nesta Lei serão aplicadas


independentemente das sanções de natureza
civil ou administrativa cabíveis.

As notícias de crimes
previstos nesta Lei que
descreverem falta funcional
serão informadas à
autoridade competente com
vistas à apuração.

RESPONSABILIDADE As responsabilidades
civil e administrativa são
independentes da
criminal;

Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-


disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado
em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito
cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

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ABUSO DE AUTORIDADE
CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 9º, caput: Decretar medida de privação da


liberdade em manifesta desconformidade com as
hipóteses legais:

Bem jurídico tutelado: A


Administração Pública e a
liberdade de locomoção.
Sujeito ativo do delito: Para o
caput, qualquer agente público.
Sujeito passivo do delito: É o
cidadão (imediato) com seu direito
de locomoção violado por uma
autoridade e o Estado (mediadto).

Consumação: Trata-se de crime formal que se


consuma no momento em que a autoridade profere a
decisão que decreta a prisão ilegal.
Pena: A pena cominada é até 4 anos, sendo possível a
aplicação do ANPP. Não sendo cabível o ANPP, pode haver
a suspensão condicional do processo, já que a pena
mínima é de 1 ano.

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ABUSO DE AUTORIDADE
CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 9º, § único: Incorre na mesma pena a autoridade


judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de:

I - relaxar a prisão manifestamente ilegal;

II - substituir a prisão
preventiva por medida cautelar
diversa ou de conceder
liberdade provisória, quando
manifestamente cabível;

III - deferir liminar ou ordem de


habeas corpus, quando
manifestamente cabível.

Conduta: Trata-se de crime


omisso próprio: Há crime
quando a autoridade deveria
ter praticado determinada
conduta, mas se omitiu.

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ABUSO DE AUTORIDADE
CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Sujeito ativo do delito: Crime próprio, apenas o juíz


poderá ser sujeito ativo (tanto o juiz das garantias
quanto o da instrução e julgamento, também os
desembargadores e ministros).

Sujeito passivo do delito: É


o cidadão (imediato) com seu
direito de locomoção violado
por uma autoridade e o
Estado (mediadto).

Consumação: Por se tratar de crime omissivo próprio, a


tentativa é inadmissível. O delito se consuma quando o
juiz deixa de cumprir as obrigações descritas nos
incisos I, II e III.

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ABUSO DE AUTORIDADE
CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 10: Decretar a condução


coercitiva de testemunha ou
investigado manifestamente
descabida ou sem prévia intimação de
comparecimento ao juízo.

ATENÇÃO: O STF, na ADPF 395/DF, firmou o entendimento


de que a condução coercitiva do investigado ou do réu
para interrogatório na investigação ou na ação penal, não
foi recepcionada pela CF/88.

Sujeito ativo do delito: Crime


próprio, apenas o a autoridade
judiciária, ou seja, o juíz poderá
ser sujeito ativo (tanto o juiz
das garantias quanto o da
instrução e julgamento,
também os desembargadores
e ministros).

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ABUSO DE AUTORIDADE
CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Sujeito passivo do delito: É a testemunha e o


investigado (imediatos) e o Estado (mediadto).

Conduta: Somente haverá


abuso quando a condução
coercitiva da testemunha ou
investigado for decretada em
uma das seguintes hipóteses:

Condução coercitiva manifestamente descabida;


Sem prévia intimação de comparecimento ao juízo.

Consumação: Trata-se
de crime formal, que se
consuma com a mera
decisão de determinação
da condução coercitiva,
ainda que esta não seja
concretizada.

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Art. 12: Deixar


injustificadamente de
comunicar prisão em
flagrante à autoridade
judiciária no prazo legal.
Pena - detenção, de 6
(seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:

I - Deixa de comunicar, imediatamente, a execução de


prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária
que a decretou;

II - Deixa de comunicar,
imediatamente, a prisão de
qualquer pessoa e o local onde se
encontra à sua família ou à pessoa
por ela indicada;

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Incorre na mesma pena quem:

III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte


e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela
autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do
condutor e das testemunhas;

IV - Prolonga a execução de pena privativa de liberdade,


de prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de
segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo
e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura
imediatamente após recebido ou de promover a soltura
do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.

Conduta:

No caput e nos incisos I, II, e III,


trata-se de crime omissivo
próprio: Há crime quando a
autoridade deveria ter praticado
determinada conduta, mas se
omitiu.

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Por sua vez, o crime do inciso IV, diferente dos


incisos anteriores e do caput, é um crime
permanente, porque a autoridade prolonga a
execução da pena privativa de liberdade,
deixando, sem motivo justo, de executar o alvará
de soltura ou de promover a soltura do preso.

ATENÇÃO!

NÃO basta que o agente público deixe de comunicar a


prisão em flagrante ao juiz das garantias no prazo legal. É
preciso que o faça injustificadamente - sem haver
alguma justificativa razoável para deixar de fazê-lo!!!

Não haverá crime de abuso


de autoridade se a autoridade
policial não comunicar a prisão
em flagrante ao Ministério
Público e à Defensoria
Pública, quando o
flagranteado não indicar o
nome de seu advogado (art.
306, caput e §1º, do CPP)..

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Isso porque o tipo penal em


análise faz referência apenas à
autoridade judiciária, se
estender tal interpretação
configuraria analogia in malam
partem (proibida!!).

O caput do art. 12 da Lei 13.869/2019 é uma norma


penal em branco homogênea heterovitelina, tendo em
vista que a expressão “prazo legal” é complementada
pelo art. 306, §1º do CPP, de modo que, de acordo com a
doutrina, o prazo legal a que se refere o art. 12 da Lei
13.869/2019 será de 24 horas.

SUJEITO ATIVO DO DELITO


Conduta do caput e inc. III - o
sujeito ativo será o Delegado de
Polícia que possui a obrigação de
comunicar as prisões à autoridade
judiciária, bem como entregar a
nota de culpa ao preso.

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IMPORTANTE: A comunicação deverá ser feita ao


juiz das garantias, nos termos do art. 3º-B, II do
CPP (atualmente está com a eficácia suspensa em
razão da decisão do Min. Fux).

Conduta do inc. I –
apesar de parte da
doutrina se limitar ao
Delegado de Polícia,
Renato Brasileiro afirma
que é possível que o
magistrado também
figure como sujeito ativo.

Conduta do inc. II – O sujeito ativo deve ser o


agente público, nos termos do art. 2° da Lei n.
13.869/19, portanto, crime próprio.

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Conduta do inc. IV - Autoridade policial, diretores


de estabelecimentos prisionais, de manicômios
judiciários, de casas de internação de
adolescentes infratores (art. 121/123, ECA), etc.

Consumação: Como
estamos diante de
crime omissivo próprio,
o delito se consuma no
exato momento em
que o agente deixa de
fazer aquilo que a
norma lhe impõe como
dever legal. Não admite
tentativa.

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Art. 13. Constranger o preso ou o detento,


mediante violência, grave ameaça ou redução de
sua capacidade de resistência, a:

I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à


curiosidade pública;

II - submeter-se a situação
vexatória ou a
constrangimento não
autorizado em lei;
III - produzir prova contra si
mesmo ou contra terceiro.

Bem jurídico tutelado:


Dignidade da função pública;
Integridade moral e a honra
objetiva do preso ou detento
(inc. I e II); Direito à não
autoincriminação, no caso do
inciso III.

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Crime bipróprio: exigem


qualidades especiais tanto do
sujeito ativo quanto do
sujeito passivo.

Sujeito ativo do delito: trata-


se de crime próprio, praticado
pelo agente público.

Sujeito passivo do delito: a vítima não pode ser


qualquer pessoa, mas tão somente aquela que se
estiver na condição de preso ou detento.

Preso – A prisão da pessoa está


formalizada, ou seja, foi lavrado APF.
Detento - A prisão ainda não foi
formalizada, mas a pessoa está privada
de sua liberdade de locomoção.

Consumação: Trata-se de crime material. O crime se


consuma quando o ofendido faz ou deixa de fazer aquilo
para o qual foi constrangido. Admite-se tentativa.

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Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão,


pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem


prossegue com o interrogatório:
I - De pessoa que tenha decidido exercer o direito ao
silêncio; ou

II - de pessoa que tenha


optado por ser assistida por
advogado ou defensor público,
sem a presença de seu
patrono.

Conduta: Constranger a
prestar depoimento. Aqui, o
constrangimento não é
realizado mediante violência,
grave ameaça ou diminuição da
capacidade de resistência da
vítima, mas sim sob AMEAÇA
DE PRISÃO.

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Sujeito ativo do delito: trata-se de crime próprio,


praticado pelo agente público, nos termos do art. 2° da
Lei n. 13.869/19.

Sujeito passivo do delito: é o


Estado e, no caso concreto, a
pessoa que, a despeito do dever
de guardar segredo em razão de
função, ministério, ofício ou
profissão, foi constrangida pelo
agente público a prestar
depoimento.

Consumação: Trata-se de crime material. O crime se


consuma no exato momento em que a pessoa obrigada a
guardar segredo ou resguardar sigilo, prestar seu depoimento
em virtude do constrangimento sob ameaça de prisão. A mera
ameaça de prisão, sem que a vítima adote o comportamento
desejado, configura tentativa

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Art. 16 - Deixar de identificar-se ou identificar-se


falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou
quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão:

Parágrafo único: Incorre na


mesma pena quem, como
responsável por interrogatório
em sede de procedimento
investigatório de infração penal,
deixa de identificar-se ao preso
ou atribui a si mesmo falsa
identidade, cargo ou função.

Conduta omissiva - quando o agente público


deixa de se identificar.
Conduta comissiva - nos casos em que o
agente público se identifica falsamente.

SUJEITO ATIVO DO DELITO:

Caput – agente público responsável pela captura,


detenção ou prisão do indivíduo.

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SUJEITO ATIVO DO DELITO:

Figura equiparada (parágrafo único) - qualquer


agente público responsável por interrogatório em
sede de procedimento investigatório de
infração penal, a exemplo do Promotor de Justiça
e do Delegado de Polícia.

CONSUMAÇÃO:

"Deixar de identificar-se” – crime instantâneo, pois se


consuma quando o agente estatal, tendo o dever se identificar
ao preso, cala-se.

“Identificar-se falsamente" - o
crime será consumado quando o
agente atribuir a si próprio a
identidade de outra pessoa ou de
uma pessoa inexistente.

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ABUSO DE AUTORIDADE
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Art. 18 - Submeter o preso a interrogatório policial durante o


período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito
ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações.

O conceito de abuso noturno é encontrado na


própria Lei de Abuso de Autoridade, período
compreendido entre 21h e 5h. (art. 22, § 1º, II).

Conduta omissiva - quando o


agente público deixa de se
identificar.

Conduta comissiva - nos casos


em que o agente público se
identifica falsamente.

Sujeito ativo: Crime próprio – somente o


Delegado de Polícia!

Sujeito passivo: o preso que for


submetido ao interrogatório policial
durante o período de repouso noturno.

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ABUSO DE AUTORIDADE
CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

ATENÇÃO:
Em se tratando de prisão em flagrante, o
interrogatório pode ser realizado a qualquer
momento, seja durante o dia, seja durante a noite.
Se um indivíduo preso, devidamente acompanhado
de um advogado, concordar em prestar o
depoimento no período noturno, não haverá crime.

Consumação: O crime
se consuma no exato
momento em que o
delegado dá início ao
interrogatório policial do
preso durante o período
de repouso noturno,
ainda que o ato não seja
concluído.

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ABUSO DE AUTORIDADE
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Art. 19 - Impedir ou retardar,


injustificadamente, o envio de pleito de preso à
autoridade judiciária competente para a
apreciação da legalidade de sua prisão ou das
circunstâncias de sua custódia:

Parágrafo Único: Incorre na mesma


pena o magistrado que, ciente do
impedimento ou da demora, deixa de
tomar as providências tendentes a saná-
lo ou, não sendo competente para decidir
sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à
autoridade judiciária que o seja

CONDUTA:

Impedir: criar um obstáculo intransponível,


fazendo com que a solicitação do preso não
chegue à autoridade judiciária.
Retardar: Crime formal, que consiste na demora
injustificada para levar as solicitações.

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ABUSO DE AUTORIDADE
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SUJEITO ATIVO DO DELITO:

Caput e Figura equiparada (parágrafo


único): Crimes próprios:
Agente público responsável pela
custódia de presos:
⦁ Diretor de estabelecimento prisional;
⦁ Agente penitenciário;
⦁ Magistrado (em relação ao §único).

Sujeito passivo: É o preso que tem violado o seu direito de


relatar ao Juiz a existência de uma ilegalidade em sua prisão e
o Estado (sempre como mediato).

CONSUMAÇÃO: § ÚNICO:

Crime próprio - Sujeito ativo é exclusivamente o juiz;


Apenas dolo direto – “ciente do impedimento ou da
demora”;
Crime omissivo próprio - Não admite tentativa.

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ABUSO DE AUTORIDADE
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Art. 20 - Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e


reservada do preso com seu advogado:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o


preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se
pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor,
por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de
sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a
audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de
audiência realizada por videoconferência

É direito do cliente/assistido
ter uma entrevista pessoal e
reservada com seu
advogado/defensor público,
para auxiliar o trabalho da
defesa técnica e para o melhor
exercício da autodefesa.

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ABUSO DE AUTORIDADE

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Caput – Impedir o preso, sem


CONDUTA: justa causa, da entrevista do
com seu advogado.

Figura equiparada (§único) – Impedir o preso, réu


solto e investigado (vai além do preso) do direito de
entrevista com o advogado/defensor antes da
audiência judicial.

SUJEITO ATIVO:
⦁ Caput - crime praticado por
qualquer agente público que,
tendo atribuição para custodiar
o preso, impede a comunicação
pessoal e reservada com seu
advogado.
⦁ § único – o crime só pode ser
praticado pelo magistrado.

Sujeito passivo: É o preso, independentemente


da espécie de prisão (penal ou extrapenal) e o
Estado.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 21 - Manter presos de ambos os sexos na


mesma cela ou espaço de confinamento: Pena -
detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma


pena quem mantém, na mesma cela,
criança ou adolescente na companhia
de maior de idade, ou em ambiente
inadequado, observado o disposto na
Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente).

Bem jurídico tutelado: tutela não apenas a


Administração Pública, como também a dignidade da
pessoa humana.

Sujeito ativo: Crime próprio, podem praticar o delito:

⦁ Delegados de Polícia;
⦁ Agentes carcerários;
⦁ Diretores de presídios;
⦁ Juízes.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

SUJEITO PASSIVO:

No caso do caput – o sujeito passivo direto (ou imediato) é


a mulher custodiada com homens, assim como o homem
confinado com uma mulher.

No caso do parágrafo
único – o sujeito passivo
são as crianças ou
adolescentes recolhidos
na companhia de maior
de idade, ou em ambiente
inadequado.

O crime só pode ser praticado a título de dolo, e


é imprescindível que o agente tenha
conhecimento de que está mantendo pessoa de
sexo diverso naquele local.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Transexuais: pessoas que são psicologicamente de


um sexo e anatomicamente de outro, rejeitando o
próprio órgão sexual biológico – deverá ser
recolhido ou recolhida na cela que diga respeito
ao seu gênero, a não ser que opte pela cela
correspondente ao seu sexo anatômico.

Travestis: pessoas que pertencem ao


sexo masculino na dimensão fisiológica,
mas que socialmente se apresentam no
gênero feminino, sem rejeitar o sexo
biológico – deverá ser respeitada sua
identidade social (nome social de
acordo com seu gênero) e ser recolhida
em ela feminina.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou


astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante,
imóvel alheio ou suas dependências, ou nele
permanecer nas mesmas condições, sem determinação
judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

§ 1º Incorre na mesma
pena, na forma prevista no
caput deste artigo, quem:
I - coage alguém, mediante
violência ou grave ameaça,
a franquear-lhe o acesso a
imóvel ou suas
dependências;
II - vetado

III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após


as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas).

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar


socorro, ou quando houver fundados indícios que
indiquem a necessidade do ingresso em razão de
situação de flagrante delito ou de desastre.

Bem jurídico tutelado:


Tutela-se, não apenas a
dignidade da função pública,
mas também a inviolabilidade
domiciliar, cujo fundamento
constitucional repousa no art.
5°, XI, da Constituição.

A entrada em domicílio somente pode ser realizada com


autorização judicial, salvo nos seguintes casos:

⦁ Com consentimento do morador;


⦁ Em caso de flagrante delito;
⦁ Desastre;
⦁ Para prestar socorro.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Sujeito ativo: É o agente


público, nos termos do art.
2° da Lei n. 13.869/19.

Sujeito passivo: Qualquer


pessoa, titular do direito à
intimidade protegido pela
inviolabilidade domiciliar.

Condutas: Tipo misto alternativo:


INVADIR: é a ação de ocupar, penetrar, praticado de
maneira ostensiva, geralmente com o emprego de
meios violentos;
ADENTRAR: também traduz a ideia de penetrar ou de
ingressar totalmente, porém de maneira não violenta;

PERMANECER: pressupõe a
entrada lícita, pelo menos num
primeiro momento, seguida de uma
omissão, concretizado na negativa
em sair do local.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 23 - Inovar artificiosamente,


no curso de diligência, de
investigação ou de processo, o
estado de lugar, de coisa ou de
pessoa, com o fim de eximir-se
de responsabilidade ou de
responsabilizar criminalmente
alguém, ou agravar-lhe a
responsabilidade.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4
(quatro) anos, e multa.

Parágrafo único: Incorre na mesma pena quem pratica a


conduta com o intuito de:
I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa
por excesso praticado no curso de diligência;

II - omitir dados ou informações


ou divulgar dados ou
informações incompletos para
desviar o curso da investigação,
da diligência ou do processo.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Tipo subjetivo: Além do dolo específico presente em


todos os crimes de abuso de autoridade, a conduta deve
ser praticada com o intuito de:

I - Eximir-se de
responsabilidade criminal -
Ex.: solicitada a entrega de
arma de fogo utilizada em
confronto com criminosos do
qual resultou a morte de terceiro
inocente, o agente público
entrega artefato diverso.

II - Responsabilizar
criminalmente alguém - Ex.:
o agente público deixa no
local do crime um objeto
qualquer com as impressões
digitais de um inocente.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

III – Agravar a responsabilidade de alguém - Ex.:


sabendo que o indivíduo teria praticado um crime de
furto simples, o agente público introduz na cena do
crime uma chave falsa, de modo a qualificar o crime.

Bem jurídico tutelado:


Tutela-se a Administração
da Justiça.
Sujeito ativo: É o agente
público, nos termos do art.
2° da Lei n. 13.869/19.

Consumação:

Trata-se de crime formal, de consumação antecipada ou


de resultado cortado, pois se consuma no exato momento
em que o agente inovar artificiosamente o estado de
lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de
responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente
alguém ou agravar-lhe a responsabilidade.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

CONSUMAÇÃO:

Se o agente público solicitar,


receber ou aceitar promessa
de vantagem indevida para
inovar artificiosamente o
estado de lugar, de coisa ou de
pessoa, a ele deverá ser
imputado exclusivamente o
crime de corrupção passiva
(CP, art. 317), haja vista a
subsidiariedade implícita do
crime previsto no art. 23 da Lei
n. 13.869/19.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 24 - Constranger, sob violência ou grave ameaça,


funcionário ou empregado de instituição hospitalar
pública ou privada a admitir para tratamento pessoa
cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local
ou momento de crime, prejudicando sua apuração.

Bem jurídico tutelado: Tutela-se a Administração da


Justiça.

Sujeito ativo: São os agentes


públicos que normalmente
são os primeiros a chegar à
cena do crime. Exemplos:
Policiais militares, policiais
civis, guardas municipais e
Bombeiros.

Sujeito passivo: Além do Estado, é o funcionário ou


empregado de instituição hospitalar pública, ou privada
que foi constrangido pelo agente público.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Conduta:
O crime deve ser praticado por
meio de constrangimento, sob
violência ou grave ameaça à
pessoa, jamais à coisa.
Caso o agente público não saiba
que a vítima já morreu, não
haverá dolo e, não haverá
crime.

Elemento Subjetivo: Dolo específico, o agente


deve agir com a específica intenção de alterar local
ou momento de crime, prejudicando sua apuração.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 25 - Proceder à OBTENÇÃO de prova, em


procedimento de investigação ou fiscalização, por
meio manifestamente ilícito.

Parágrafo único: Incorre na


mesma pena quem recorre a
USO de prova, em desfavor do
investigado ou fiscalizado,
com prévio conhecimento de
sua ilicitude.

Por força constitucional, "são inadmissíveis, no processo,


as provas obtidas por meios ilícitos".

Conduta:

Entende-se por meio manifestamente ilícito:

As provas ilícitas - obtidas com violação a regra de


direito material, a exemplo da confissão mediante
tortura;
As provas derivadas das ilícitas – Teoria dos Frutos
da Árvore Envenenada.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Caput - A conduta incriminada aqui é PROCEDER À


OBTENÇÃO DE PROVA, ou seja, pratica crime o
agente que produz ou obtém uma prova por meio
manifestamente ilícito.

Figura equiparada
(§único): FAZER USO de
prova, com prévio
conhecimento de sua
ilicitude, em desfavor do
investigado ou fiscalizado.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 27 - Requisitar instauração ou instaurar


procedimento investigatório de infração penal, ou
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de
qualquer indício da prática de crime, de ilícito
funcional ou de infração administrativa.

Parágrafo único: Não há


crime quando se tratar de
sindicância ou
investigação preliminar
sumária, devidamente
justificada.

Sujeito ativo: qualquer agente público que tenha atribuição


ou competência para requisitar a instauração ou para
instaurar procedimento investigatório de infração penal ou
administrativa.

Ex.: delegado de polícia, promotor de justiça.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Sujeito passivo: é a pessoa, física ou jurídica, prejudicada


pela investigação abusiva contra si instaurada.

CONDUTA: São dois os verbos núcleos utilizados:

REQUISITAR: significa exigir


certa providência em razão
da autoridade que alguém se
encontra investido;

INSTAURAR: consiste em dar


início a algo que não existia,
seguindo os trâmites legais.
Nesse caso, é a própria autoridade
policial (ou administrativa) que
determina a deflagração do
procedimento investigatório.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 28 - Divulgar gravação ou trecho de gravação sem


relação com a prova que se pretenda produzir, expondo
a intimidade ou a vida privada, ou ferindo a honra, ou a
imagem do investigado, ou acusado.

Sujeito ativo: agente público que


tomou conhecimento da
interceptação telefônica (ou
ambiental), ou de seu resultado,
em virtude do exercício de cargo,
emprego ou função.

Sujeito passivo: não apenas o Estado, mas também a


pessoa física ou jurídica cuja intimidade, vida privada,
honra ou imagem, foi atingida pela ação delituosa.

Conduta: divulgar, tornar


pública alguma coisa, que
até então era desconhecida
por outrem.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Objeto material: É a gravação ou trecho


de gravação, sem relação com a prova
que se pretenda produzir.

Se houver relação com a


prova, estará caracterizado
o crime do art. 10 ou 10-A,
§2º da Lei de Interceptação
Telefônica.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 29 - Prestar informação falsa sobre


procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo
com o fim de prejudicar interesse de investigado

Sujeito ativo: agentes públicos


cujo exercício funcional lhes
permita ter algum tipo de acesso
a informações sobre
procedimento judicial, policial,
fiscal ou administrativo.
Sujeito passivo: investigado.

Conduta:

PRESTAR INFORMAÇÃO FALSA - o agente público, ao


prestar informação sobre procedimento judicial,
policial, fiscal ou administrativo, insere ou faz inserir
declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita.
Elemento subjetivo: Dolo específico - “fim de
prejudicar interesse do investigado”.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 30 - Dar início ou proceder à persecução penal,


civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada, ou contra quem sabe inocente;

Sujeito ativo: Agente público que


tenha atribuição ou competência
para dar início ou proceder à
persecução penal, civil ou
administrativa.
Exemplos:
⦁ Delegado de Polícia;
⦁ Autoridades Administrativas;
⦁ Procuradores da República;

Sujeito passivo: O Estado


e também será vítima a
pessoa física ou jurídica
constrangida pela
persecução indevida.

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ABUSO DE AUTORIDADE

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CONDUTA:

DAR INÍCIO - significa instaurar, deflagrar, provocar


a instauração, de persecução penal, civil ou
administrativa.
PROCEDER - deve ser compreendido como dar
seguimento, prosseguir.

Esse início ou prosseguimento


de persecução penal, civil ou
administrativa deve,
necessariamente, ser
praticado por meio de uma
das seguintes condutas
alternativas:

1) Sem justa causa fundamentada (dolo direto ou eventual);


2) Contra quem sabe inocente (admite apenas dolo direto,
não eventual).

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 31 - Estender injustificadamente a


investigação, procrastinando-a em prejuízo do
investigado ou fiscalizado.

Parágrafo único: Incorre na


mesma pena quem, inexistindo
prazo para execução ou
conclusão de procedimento, o
estende de forma imotivada,
procrastinando-o em prejuízo do
investigado ou do fiscalizado.

Bem jurídico tutelado:


Tutela-se o direito à
razoável duração do
processo.

Sujeito ativo: o agente público com atribuição para


presidir a investigação.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Sujeito passivo: O investigado.

Conduta:

ESTENDER a investigação:
significa prolongar,
injustificadamente, para
prejudicar o investigado.
Não se aplica ao processo, mas
somente à investigação.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 32 - Negar ao interessado, seu defensor ou


advogado acesso aos autos de investigação preliminar,
ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer
outro procedimento investigatório de infração penal,
civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção
de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a
diligências em curso, ou que indiquem a realização de
diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível.

Este artigo vem em


conformidade com o
entendimento da Súmula
Vinculante 14 e também do
Estatuto da OAB, que
garantem o acesso aos autos
de investigação preliminar.

Súmula vinculante n. 14 do STF: É direito do


defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados
em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito
ao exercício do direito de defesa.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Sujeito ativo: o agente público com


atribuição para presidir a investigação.
Sujeito passivo: é o Estado e o
investigado, seu defensor ou advogado.
CONDUTA: NEGAR ACESSO AOS AUTOS
E/OU IMPEDIR A OBTENÇÃO DE CÓPIAS.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 33 - Exigir informação ou cumprimento de


obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer,
sem expresso amparo legal.

Parágrafo único: Incorre na mesma


pena quem se utiliza de cargo ou
função pública ou invoca a condição
de agente público para se eximir de
obrigação legal ou para obter
vantagem ou privilégio indevido.

Sujeito ativo: qualquer agente público presente no


art. 2º da presente Lei.

Sujeito passivo: a pessoa física


ou jurídica submetida à exigência
sem expresso amparo legal.

Conduta: EXIGIR: significa impor


uma obrigação, o agente público
aproveita-se das suas funções
públicas para impor algo.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 36 - Decretar, em processo judicial, a


indisponibilidade de ativos financeiros em quantia
que extrapole exacerbadamente o valor estimado
para a satisfação da dívida da parte e, ante a
demonstração, pela parte, da excessividade da
medida, deixar de corrigi-la.

Sujeito ativo: O
juiz/magistrado, único
agente público listado
pelo art. 2° da Lei n.
13.869/19 com
competência para tanto.

Sujeito passivo: é o Estado e o devedor, pessoa física ou


jurídica, cujo patrimônio foi objeto de indevida constrição.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Conduta: São duas as condutas que devem


ser praticadas cumulativamente pelo
magistrado para fins de tipificação do crime:

1) DECRETAR a
indisponibilidade de ativos
financeiros em quantia que
extrapole exacerbadamente
o valor estimado para a
satisfação da dívida.

2) Ante a demonstração da excessividade da medida, o


magistrado DEIXA DE CORRIGI-LA.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 37 - Demorar demasiada e injustificadamente no


exame de processo de que tenha requerido vista em
órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu
andamento ou retardar o julgamento.

Sujeito ativo: O
juiz/magistrado de
primeira instância
integrante de órgãos
colegiados, além de
Desembargadores e
Ministros.

Conduta: DEMORAR, que consiste em retardar, atrasar,


ultrapassar o limite necessário e razoável para a prática
de determinado ato.
Além disto, exigi-se o especial fim de agir, de procrastinar
seu andamento ou retardar o julgamento.

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ABUSO DE AUTORIDADE

CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 38 - Antecipar o responsável pelas investigações,


por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição
de culpa, antes de concluídas as apurações e
formalizada a acusação

Sujeito ativo: o agente público


responsável pelas investigações.
Sujeito passivo: o Estado e a
pessoa a quem foi atribuída
culpa de maneira antecipada.
Conduta: O agente público
responsável pelas investigações
antecipa atribuição de culpa, ou
seja, aponta precipitadamente
alguém como autor (ou
partícipe) de determinada
infração penal, civil ou
administrativa.

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ABUSO DE AUTORIDADE

SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

ADMINISTRATIVAS
Advertência;
Repreensão;
Suspensão do cargo, função ou posto por prazo
de 05 a 180 dias, com (atenção) perda de
vencimentos e vantagens;
Destituição de função;
Demissão;
Demissão, a bem do serviço público.

SANÇÕES PENAIS

A sanção penal será


aplicado em conformidade
com as regras dos Arts. 42
a 56 do código penal.

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ABUSO DE AUTORIDADE

SUMULA VINCULANTE 11

USO DE ALGEMAS - restrições do agente e do estado-


nulidades.

Só é lícito o uso de algemas em


casos de resistência e de
fundado receio de fuga a
integridade física própria ou
alheia, por parte do preso ou de
terceiros, JUSTIFICADA A
EXCEPCIONALIDADE POR
ESCRITO, sob pena de
responsabilidade disciplina, civil e
penal do agente ou da autoridade
e de nulidades da prisão ou do
ato processual a que se refere,
sem prejudico da
responsabilidade civil do estado.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
GABARITO: NO FINAL DOS EXERCÍCIOS

01) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, é sujeito


ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente
público,servidor ou não, da administração direta, indireta ou
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal,dos Municípios e de Território, compreendendo,
mas não se limitando a:
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas.
II - membros dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
III - membros do Ministério Público.
IV - membros dos tribunais ou conselhos de contas. V - membros
de sindicatos patronais.

Está correto o que se afirma APENAS em:


A)I, III e V.
B)I e III.
C)I, II, III e IV
D)II, IV e V.
E)III.

02) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a ação


privada subsidiária será exercida no prazo de , contado da
data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
A)2 (dois) meses
B)3 (três) meses
C)5 (cinco) meses
D)6 (seis) meses

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03) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, são efeitos


da condenação:
I- tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime,
devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor
mínimo para reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuízos por ele sofridos.
II- a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função
pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
III- a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função
pública, pelo período de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
IV- a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função
pública, pelo período de 3 três) a 5 (cinco) anos.
V- a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Está correto o que se afirma APENAS em:
A)I, III e V.
B)I e III.
C)I, II, III e IV
D)I, II e V.
E)III.

04) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, as penas


restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade
prevê suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato,
pelo prazo de , com a perda dos vencimentos e das vantagens.
A)1 (um) a 3 (três) meses
B)1 (um) a 4 (quatro)meses
C)1 (um) a 6 (seis) meses
D)2 (dois) a 6 (seis) meses

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05) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente que


decretar medida de privação da liberdade em manifesta
desconformidade com as hipóteses legais, incorre na penalidade de
detenção de:
A)1 (um) a 3 (três) anos e multa.
B)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
C)1 (um) a 6 (seis) anos e multa.
D)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.

06) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente que


decretar medida de privação da liberdade em manifesta
desconformidade com as hipóteses legais, incorre na penalidade de
detenção de:
A)1 (um) a 3 (três) anos e multa.
B)1 (um) a 6 (seis) anos e multa.
C)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
D)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.
07) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade
judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de relaxar a prisão
manifestamente ilegal, incorre na penalidade de detenção de:
A)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
B)2 (dois) a 3 (três) anos e multa.
C)1 (um) a 6 (seis) anos e multa.
D)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.
08) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade
judiciária que, substituir a prisão preventiva por medida cautelar
diversa ou de conceder liberdade provisória, quando
manifestamente cabível, incorre na penalidade de detenção de:
A)2 (dois) a 3 (três) anos e multa.
B)1 (um) a 6 (seis) anos e multa.
C)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.
D)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.

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09) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que, decretar a condução coercitiva de testemunha ou
investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de
comparecimento ao juízo, sujeita-se à penalidade de:
A)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
B)2 (dois) a 3 (três) anos e multa.
C)1 (um) a 6 (seis) anos e multa.
D)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.

10) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que, deixar injustificadamente de comunicar prisão em
flagrante à autoridade judiciária no prazo legal, sujeita-se à
penalidade de:

A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.


B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos e multa.

11) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que deixa de comunicar,imediatamente, a execução de
prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a
decretou, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 2 (dois) anos e multa.
C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa.

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12) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que deixa de comunicar,imediatamente, a prisão de
qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa
por ela indicada,sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 2 (dois) anos e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa.
D)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

13) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e
quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o
motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas,
sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) anos e multa.
D)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.

14) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de
prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança ou
de internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de
executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de
promovera soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou
legal, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 2 (dois) anos e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa.
D)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa

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15) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que, constranger o preso ou o detento, mediante violência,
grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência a
produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro, sujeita-se à
penalidade de:
A)detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa
B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da
pena cominada à violência.
C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa
D)detenção, de 3 (três) a 5 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da
pena cominada à violência.
16) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade
judiciária que, constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva
guardar segredo ou resguardar sigilo, fica sujeito à penalidade de:
A)detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa

17) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a


autoridade judiciária que, deixar de identificar- se ou
identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua
captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou
prisão, fica sujeito à pena de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

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18) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem, como


responsável por interrogatório em sede de procedimento
investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou
atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função, fica sujeito à
pena de:
A)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

19) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que, submeter o preso a interrogatório policial durante o
período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito
ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações,
fica sujeito à pena de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

20) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que, impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de
pleito de preso à autoridade judiciária competente para a apreciação
da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua
custódia,fica sujeito à pena de:
A)detenção, de 6 (seis) meses 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

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21) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, impedir, sem


justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado, fica sujeito à pena de:

A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.


B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

22) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem impede o


preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal e
reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável,
antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele
comunicar-se durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou
no caso de audiência realizada por videoconferência, fica sujeito à
pena de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

23) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade


judiciária que, manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou
espaço de confinamento, fica sujeito à pena de:
A)detenção, de 6 (seis) meses 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

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24) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem


mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de
maior de idade ou em ambiente inadequado, fica sujeito à pena de:
B) detenção,de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
A) detenção,de 6 (seis) meses 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.
25) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente
público/autoridade judiciária que, invadir ou adentrar, clandestina
ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel
alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas
condições, sem determinação judicial ou fora das condições
estabelecidas em lei, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
26) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem coage
alguém,mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o
acesso a imóvel ou suas dependências, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
B) detenção,de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
27) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem
cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h
(vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas), sujeita-se à
penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

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28) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade judiciária que, inovar artificiosamente, no curso
de diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de
coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-sede responsabilidade ou
de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a
responsabilidade, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
29) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o
agente/autoridade judiciária que omitir dados ou informações ou
divulgar dados ou informações incompletos para desviar o curso da
investigação, da diligência ou do processo, sujeita-se à penalidade
de:
A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
D)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
30) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente que,
constranger, sob violência ou grave ameaça,funcionário ou
empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para
tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar
local ou momento de crime, prejudicando sua apuração, sujeita-se à
penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.
C)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
D)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.

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31) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente que


proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou
fiscalização, por meio manifestamente ilícito, sujeita-se à
penalidade de:
A)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa.
B)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

32) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade que requisitar instauração ou instaurar
procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em
desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime,
de ilícito funcional ou de infração administrativa, sujeita- se à
penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

33) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade que divulgar gravação ou trecho de gravação
sem relação com a prova que se pretenda produzir,expondo a
intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

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34) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade que prestar informação falsa sobre
procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim
de prejudicar interesse de investigado, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

35) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade que dar início ou proceder à persecução penal,
civil ou administrativa sem justa causa fundamentada ou contra
quem sabe inocente, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

36) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade que estender injustificadamente a
investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou
fiscalizado, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

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37) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade que negar ao interessado, seu defensor ou
advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo
circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento
investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim
como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças
relativas a diligências em curso, ou que indiquem a realização de
diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível, sujeita-se à
penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

38) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade que exigir informação ou cumprimento de
obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem
expresso amparo legal, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.
39) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o
agente/autoridade que decretar, em processo judicial, a
indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole
exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da
parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da
medida, deixar de corrigi-la, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.
B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos, e multa.
C)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

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40) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o


agente/autoridade que demorar demasiada e injustificadamente
no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão
colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou
retardar o julgamento, sujeita-se à penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.
41) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o
agente/autoridade que antecipar o responsável pelas
investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social,
atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e
formalizada a acusação, estará sujeito à pena de, sujeita-se à
penalidade de:
A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa.
C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa.

Gabarito:
01- C 11 - C 21 - C 31 - A
02 - D 12 - D 22 - B 32 - C
03 - D 13 - B 23 - B 33 - B
04- C 14 - D 24 - A 34 - A
05 - B 15 - B 25 - B 35 - B
06 - C 16 - D 26 - D 36 - A
07- A 17 - B 27 - B 37 - D
08 - D 18 - A 28 - C 38 - B
09 - A 19 - C 29 - D 39 - C
10 - B 20 - B 30 - D 40 - C
41 - C

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À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue os itens


quanto aos crimes de abuso de autoridade (CERTO ou ERRADO).
01. Se um delegado de polícia, mediante fundadas suspeitas de que
um motorista esteja transportando em seu caminhão certa
quantidade de substância entorpecente para fins de
comercialização, determinar a execução de busca no veículo, sem
autorização judicial, resultando infrutíferas as diligências, uma vez
que nada tenha sido encontrado, essa conduta da autoridade policial
caracterizará o crime de abuso de autoridade, pois,conforme
entendimento doutrinário dominante, o veículo automotor onde se
exerce profissão ou atividade lícita é considerado domicílio.

02. Caso, no decorrer do cumprimento de mandado de busca e


apreensão determinado nos autos de ação penal em curso, o policial
responsável pela diligência apreenda uma correspondência
destinada ao acusado e já aberta por ele, apresentando-a como
prova no correspondente processo, essa conduta do policial
encontrar-se-á resguardada legalmente, pois o sigilo da
correspondência, depois de sua chegada ao destino e aberta pelo
destinatário, não é absoluto,sujeitando-se ao regime de qualquer
outro documento.

03. A ação penal por crime de abuso de autoridade é pública


condicionada à representação do cidadão, titular do direito
fundamental lesado.

04. Considerando que determinada autoridade policial execute a


prisão em flagrante de um autor de furto, lavrando, logo após, o
respectivo auto de prisão,a partir de então, essa autoridade policial
deverá, entre outras providências, comunicar a prisão ao juiz
competente, dentro de 24 horas, sob pena de incorrer em abuso de
autoridade.

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05. Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o


sujeito ativo do crime é aquele que exerce cargo,emprego ou
função pública, de natureza civil ou militar, ainda que
transitoriamente e sem remuneração. À vista disso, afasta-se a
possibilidade de concurso de pessoas em tais delitos, quando o
coautor ou partícipe for um particular.
06. Considere que uma autoridade policial, no decorrer das
investigações de um crime de furto e sem o competente mandado
judicial, ordenou aos seus agentes que arrombassem a porta de
uma residência e vistoriassem o local,onde provavelmente
estariam os objetos furtados.No interior da residência foi
encontrada a maior parte dos bens subtraídos. Nessa situação, a
autoridade policial e seus agentes agiram dentro da legalidade,
pois a conduta policial oportunizou a recuperação dos objetos.
07. A prática de um crime definido como abuso de autoridade
sujeitará o seu autor à sanção administrativa, civil e penal,
aplicadas, cumulativamente, pelo juiz que presidiu o processo de
natureza criminal.

08 . a aplicação da sanção penal ante o reconhecimento da prática


de abuso de autoridade impede a aplicação das demais sanções civis
e administrativas ao agente público,uma vez que há a comunicação
das instâncias.
09 . o sujeito ativo no crime de abuso de autoridade é a pessoa que
exerce cargo, emprego ou função pública,de natureza civil ou militar,
ainda que transitoriamente e sem remuneração, tratando-se, assim,
de crime próprio.
10. o indivíduo não funcionário público não pode ser
responsabilizado pelo crime de abuso de autoridade, mesmo que
cometa o crime em concurso com um funcionário público, pois trata-
se de um crime de mão própria

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11. é expressamente vedada a substituição da pena privativa de


liberdade por restritiva de direitos ao funcionário público condenado
por abuso de autoridade.
12. Pratica crime de abuso de autoridade o agente que,
intencionalmente, prolonga a execução de prisão temporária.
13. Para averiguar se há a prática de crime de abuso de autoridade, é
necessário que o sujeito ativo se enquadre no conceito de
autoridade, assim não se considerando quem exerce função pública,
de natureza civil, transitoriamente e sem remuneração.
14. Considere que um delegado de polícia tenha efetuado a prisão de
um suspeito com a finalidade de verificar o possível envolvimento
deste na prática delituosa. A prisão não ocorreu em virtude de
flagrante delito, inexistindo, também, ordem escrita da autoridade
judiciária competente. Nesse caso, o delegado de polícia deverá
responder por crime de abuso de autoridade, pois efetuou prisão que
não se inclui nos casos permitidos pela lei.
15. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado aos direitos e
garantias legais assegurados ao exercício profissional.
16. A ação penal por abuso de autoridade será iniciada,
independentemente de inquérito policial.
17. A denúncia contra abuso de autoridade será precedida de
representação que será dirigida a órgão do Ministério Público.
18. O prazo para o recebimento de denúncia contra esse crime será
de 72 horas.
19. A sanção administrativa consistirá em advertência, repreensão,
suspensão do cargo ou demissão, a bem do serviço público.
20. A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos
artigos de 42 a 56 do Código Penal.

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21. A lei prevê a aplicação autônoma ou cumulativa das sanções de


natureza penal.
22. A sentença será proferida em audiência de instrução e
julgamento, depois de encerrado o debate
23. Diante da comprovada prática de crime capitulado como abuso
de autoridade, o seu autor está sujeito a sanção administrativa,
civil e penal, todavia, para a imposição da sanção administrativa,
qualquer que seja ela, há necessidade de procedimento
administrativo contraditório.
24. Somente a autoridade civil poderá ser sujeito ativo de crime de
abuso de autoridade, o que não se aplica ao militar, em face de sua
subordinação a legislação especial e regime disciplinar próprios.
25. Considere a seguinte situação hipotética. Justino, policial
militar em serviço, realizou a prisão de um indivíduo, mantendo-o
encarcerado por 2 dias, sem atender às formalidades legais
pertinentes, ou seja, não havia ordem judicial de prisão nem
situação flagrancial que justificassem a medida contra a pessoa
detida. Nessa situação, Justino incorreu em crime de abuso de
autoridade, sendo a Justiça Militar competente para processá-lo e
julgá-lo.
26. O abuso de autoridade sujeita seu autor a sanção
administrativa, civil e penal, constituindo a perda do cargo e a
inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por
prazo de até 3 anos sanção de natureza penal a ser aplicada de
acordo com as regras do Código Penal.

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Gabarito
01 - E
02 - C
03- E
04- C
05- E
06- E
07- E
08- E
09- C
10- E
11 - E
12 - C
13- E
14- C
15- C
16- C
17- C
18- E
19- E
20- C
21 - C
22 - C
23- C
24- E
25- E
26- C

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