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DIREITO ADMINISTRATIVO
1. Administração pública
2. Agentes públicos
3. Atos administrativos
a) Classificação dos atos administrativos
b) Requisitos dos atos administrativos
c) Ato vinculado x Ato discricionário
d) Espécies dos atos administrativos
e) Atributos dos atos administrativos
4. Autarquia X Fundação Pública X Empresa Pública X Sociedade de Economia Mista
a) Autarquia
5. Bens Públicos
a) Características dos Bens Públicos
b) Uso dos Bens Públicos
6. Bens da União
7. Controle da Administração Pública
8. Crimes contra a Administração Pública (Crimes Funcionais)
a) Espécies de Peculato
9. Desconcentração X Descentralização
10. Estado X Governo X Administração
11. Formas de Provimento (Lei 8112)
12. Improbidade Administrativa (Lei 8429/92)
13. Licitação (Lei 8666/93)
14. Parcerias Administrativas
15. Contrato de Concessão
16. Poderes da Administração Pública
17. Princípios da Administração Pública Federal
18. Princípios da Administração Pública
19. Responsabilidade Civil
a) Responsabilidade Civil do Estado
20. Serviços Públicos
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 Website protegido por leis de direitos autorais. Registrado perante a Biblioteca Nacional,n.º 641.675, livro 1.233 f. 417.
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com
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Legalidade: Traduz que o administrador, em todas as suas atividades, se sujeita aos mandamentos da lei e
as exigências do bem comum. Tal princípio é uma das principais garantias de respeito aos direitos
individuais, haja vista que a lei tanto define as limitações da atuação administrativa que tenha por objeto
restrições, isto ocorre em prol da coletividade. Assim sendo, a administração Pública tem o dever de aplicar
a lei e de velar pelo cumprimento da mesma; não pode atuar contra lei, nem mesmo acima da lei e não pode
a negligenciar.
Impessoalidade, toda e qualquer atuação do administrador deve atender ao interesse coletivo. O mesmo tem
que ter seu norte em critérios objetivos, não fazendo alusões a critérios pessoais ou partidários. Este
princípio é decorrente de que os atos devem ser, sempre, dados a entidade ou órgãos que os titula e não ao
agente pública que o colocou em uso, isso quer dizer que o mérito dos atos pertencem à Administração e não
a aqueles que os praticam.
Moralidade, esta tem seu significado baseado na moral administrativa, onde aos administrados não aplica
somente a lei, mas vai além, aplicando substância. Trata-se não da moral comum, mas da moral
administrativa, usando a ética profissional, ou seja, tais atos devem ter licitude e honestidade.
Publicidade, é usada para efeitos externos dos atos administrativos. Dar publicidade a tais atos é informar,
orientar e educar a população administrada a respeito da Administração. Outra vertente é a transparência.
Eficiência, este encontra-se implícito no princípio da Moralidade Administrativa. Ele é usado para limitar a
discricionariedade do administrador, levando-o a escolher a melhor opção, ela é obtenção do melhor
resultado com o uso racional dos meios.
Princípio da Razoabilidade: a Administração Pública tem um fim social e por isso os poderes dados a ela
devem ser exercidos nos limites ao atendimento do fim da coletividade. As opções imorais e ilegítimas não
podem ser cogitadas.
Princípio da Igualdade, ou seja isonomia, todos são iguais perante a lei e também perante a Administração
Pública. Vale frisar que tal princípio não está inserido no rol dos princípios administrativos.
Princípio da Especialidade, este referente as entidades (autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
entre outras) que integram a Administração Pública, este será usado para limitação das entidades, para que
elas não se afastem de sua verdadeira finalidade.
Princípio do poder-dever, é o poder-dever que a Administração tem de agir dentro de sua competência
legal.
Princípio da Continuidade do Serviço Público: o serviço público vem com a proposta de atender os fins
sociais. Não se pode integrar contra a Administração a Exceção do Contrato Não Cumprido.
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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Princípio da Proporcionalidade, esse age em conjunto com o da Razoabilidade, pois os dois visam adotar
medidas que atingem, aos fins almejados, a sociedade. Este é utilizado mais na força policial, em que o
Estado impõe restrições aos administradores.
Princípio da autotutela dá o poder que a Administração tem de anular seus próprios atos, pois eles devem
zelar pela legalidade e eficiência dos mesmos.
Princípio da Indisponibilidade diz que, todos os bens e interesses gerenciados pela Administração Pública
e seus agentes pertencem ao povo. Isso quer dizer que, nenhum agente público pode por em prática qualquer
ato que implique em renúncia de direitos ou prejuízos para a sociedade.
Princípio da Segurança Jurídica, quando o cidadão sente a sua segurança ameaçada, poderá invocar este
princípio que oferece aos seus administradores a garantia de uma estabilidade nas relações jurídicas.
EXERCÍCIOS
1 - A Administração tem que exercer a atividade administrativa de acordo com os objetivos legais.
Aqui, estão representados os princípios:
a) da legalidade e da finalidade.
b) da moralidade e da publicidade.
c) da eficiência e da impessoalidade.
d) da finalidade e da oficialidade.
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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6 - Com relação aos princípios constitucionais da Administração Pública é CORRETO afirmar:
a) o princípio da legalidade comporta exceção no caso de ato discricionário.
b) o desvio de finalidade implica em ofensa ao princípio da publicidade
c) a inobservância ao princípio da proporcionalidade, acarreta também a ofensa ao princípio da
razoabilidade.
d) os princípios administrativos aplicam-se apenas às esferas Estaduais do Poder Executivo.
8 - A atuação administrativa não pode contrariar, além da lei, a moral, os bons costumes, a
honestidade, os deveres de boa administração, sob pena de ofensa ao princípio da:
a) moralidade.
b) publicidade.
c) impessoalidade.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
9 - A ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações,
benéficas ou detrimentosas, é referente ao princípio da:
a) impessoalidade.
b) publicidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
11 - A Administração Pública deve obediência ao que lhe é prescrito, sendo-lhe vedada aplicação
retroativa de nova interpretação de uma norma administrativa. O disposto é estabelecido pelo
princípio da:
a) razoabilidade.
b) segurança jurídica.
c) proporcionalidade.
d) impessoalidade.
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13 - Do princípio da publicidade decorre o direito à informação, interesse que o administrado tem
como garantia jurisdicional. Para garantir esse direito o administrado poderá valer-se do:
a) habeas corpus.
b) habeas data.
c) mandado de segurança.
d) mandado de injunção.
16 - Se o ato administrativo estiver viciado pelo desvio de poder, por falta do elemento relativo à
finalidade de interesse público, atingirá o princípio da:
a) publicidade.
b) moralidade.
c) legalidade.
d) impessoalidade.
18 - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Tal
prerrogativa da Administração decorre do princípio da:
a) autotutela.
b) auto-executoriedade.
c) finalidade.
d) motivação.
19 - Quando a autoridade remove servidor para localidade remota, com o intuito de puni-lo:
a) age dentro de suas atribuições.
b) não está obrigada a instaurar processo administrativo.
c) utiliza-se do poder hierárquico.
d) incorre em desvio de poder.
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20 - A prerrogativa atribuída à Administração Pública para invadir materialmente a esfera jurídica
dos particulares, sem ir previamente ao Poder Judiciário é característica da:
a) presunção de validade.
b) imperatividade.
c) auto-executoriedade.
d) exigibilidade.
1- A – 2 - C – 3 - C – 4 - B – 5 - C – 6 - C- 7 - D – 8 - A – 9 - A – 10 - B – 11 - B – 12 - D – 13 - B – 14 - A
– 15 - B – 16 - C – 17 - C – 18 - A – 19 - D – 20 - C
http://www.direitonet.com.br/testes/exibir/112/resultados
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,administracao-publica-e-suas-vertentes-no-direito-e-principios-intrinsecos-a-natureza-juridica-da-
mesma,40045.html
2. Coordenação
Harmoniza todas atividades da Administração, submete-as ao que fora planejado e visa poupar desperdício.
Na Administração superior, a coordenação é de competência da Casa Civil da Presidência da República. O
objetivo é propiciar soluções integradas e em sincronia com a política geral e setorial do Governo.
3. Descentralização
Descongestiona a Administração Federal por meio de:
Desconcentração Administrativa: divide funções entre vários órgãos (despersonalizados) de mesma
Administração, sem ferir a hierarquia;
Delegação de execução de serviço - Pode ser particular ou pessoa administrativa, mediante convênio ou
consórcio;
Execução indireta - Mediante contratação de particulares; precedido de licitação, salvo nos casos de
dispensa por impossibilidade de competição.
4. Delegação De Competência
Autoridades da Administração transferem atribuições decisórias a seus subordinados, mediante ato próprio
que indique a autoridade delegante, a delegada e o objeto da delegação. Tem caráter facultativo e transitório,
apoiando-se em razões de oportunidade, conveniência e capacidade do delegado. Apenas é delegável a
competência para prática de atos e decisões administrativas.
Não pode ser delegado:
• Atos de natureza política (sanção e veto);
• Poder de tributar;
• Edição de atos de caráter normativo decisão de recursos administrativos;
• Matérias de competência exclusiva dos órgãos ou autoridade.
5. Controle
No âmbito da Administração direta, prevê-se os seguintes controles:
• Controle de execução e normas específicas é feito pela chefia competente;
• Controle do atendimento das normas gerais reguladoras do exercício das atividades auxiliares são
organizadas sob a forma de sistemas (pessoal, auditoria) realizada pelos órgãos próprios de cada sistema;
• Controle de aplicação dos dinheiros públicos é o próprio sistema de contabilidade e auditoria realizado, em
cada Ministério, pela respectiva Secretaria de Controle Interno.
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http://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/140-administracao-publica/157-principios-fundamentais-da-administracao-publica-
federal
Texto e esquematização gentilmente enviados pela Dra. Marta Santiago Fernandes
EXERCÍCIOS
1 - A Administração tem que exercer a atividade administrativa de acordo com os objetivos legais.
Aqui, estão representados os princípios:
a) da legalidade e da finalidade.
b) da moralidade e da publicidade.
c) da eficiência e da impessoalidade.
d) da finalidade e da oficialidade.
8 - A atuação administrativa não pode contrariar, além da lei, a moral, os bons costumes, a
honestidade, os deveres de boa administração, sob pena de ofensa ao princípio da:
a) moralidade.
b) publicidade.
c) impessoalidade.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
9 - A ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações,
benéficas ou detrimentosas, é referente ao princípio da:
a) impessoalidade.
b) publicidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
11 - A Administração Pública deve obediência ao que lhe é prescrito, sendo-lhe vedada aplicação
retroativa de nova interpretação de uma norma administrativa. O disposto é estabelecido pelo
princípio da:
a) razoabilidade.
b) segurança jurídica.
c) proporcionalidade.
d) impessoalidade.
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15 - Se a autoridade competente declara de utilidade pública para fins de expropriação bem de
inimigo político, visando afrontá-lo, embora invocando motivo de interesse público, caracteriza-se:
a) o exercício de poder discricionário.
b) desvio de poder ou de finalidade.
c) exercício de poder político, insuscetível de controle judicial.
d) excesso de poder.
16 - Se o ato administrativo estiver viciado pelo desvio de poder, por falta do elemento relativo à
finalidade de interesse público, atingirá o princípio da:
a) publicidade.
b) moralidade.
c) legalidade.
d) impessoalidade.
18 - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Tal
prerrogativa da Administração decorre do princípio da:
a) autotutela.
b) autoexecutoriedade.
c) finalidade.
d) motivação.
19 - Quando a autoridade remove servidor para localidade remota, com o intuito de puni-lo:
a) age dentro de suas atribuições.
b) não está obrigada a instaurar processo administrativo.
c) utiliza-se do poder hierárquico.
d) incorre em desvio de poder.
GABARITO:
1 - A. Só se cumpre a legalidade quando se atende à sua finalidade. Atividade administrativa desencontrada
com o fim legal é inválida e por isso juridicamente censurável.
2 - C. Os interesses públicos são qualificados como próprios da coletividade – internos ao setor público, não
se encontram à livre disposição de quem quer que seja, por serem inapropriáveis. O próprio órgão
administrativo que os representa não tem disponibilidade (princípio da indisponibilidade) sobre eles, no
sentido de que lhe incumbe apenas curá-los – o que é também um dever – na estrita conformidade do que
predispuser a intentio legis (princípio da legalidade).
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4 - B. O princípio da motivação é reclamado quer como afirmação do direito político dos cidadãos ao
esclarecimento do "porquê" das ações de quem gere negócios que lhes dizem respeito por serem titulares
últimos do poder, quer como direito individual a não se assujeitarem a decisões arbitrárias, pois só têm que
se conformar às que forem ajustadas às leis.
8 - A. A atuação administrativa não pode contrariar, além da lei, a moral, os bons costumes, a honestidade,
os deveres de boa administração, sob pena de ofensa ao princípio da moralidade.
9 - A. A ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas
ou detrimentosas, é referente ao princípio da impessoalidade.
10 - B. Dispõe o art. 5º, LIV e LV, da CF: "Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal; aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes".
11 - B. Pelo princípio da segurança jurídica firmou-se o correto entendimento de que orientações firmadas
pela Administração em dada matéria não podem, sem prévia e pública notícia, ser modificadas em casos
concretos para fins de sancionar, agravar a situação dos administrados ou denegar-lhes pretensões.
13 - B. O art. 5º, LXXII, da CF, garante o habeas data para assegurar judicialmente o conhecimento de
informações relativas ao impetrante que constem de registros ou banco de dados de entidades
governamentais ou de âmbito público, bem como para retificação de dados que neles estejam armazenados.
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lei a que esteja dando execução. Se utilizar uma lei como suporte para a prática de ato desconforme com sua
finalidade é desvio de poder ou desvio de finalidade, ensejando a nulidade do ato.
16 - C. O princípio da finalidade é uma inerência ao princípio da legalidade, aquele está contido neste, pois
corresponde à aplicação da lei nos seus exatos termos.
18 - A. Também por força desta posição de supremacia do interesse público reconhece-se à Administração a
possibilidade de revogar os próprios atos inconvenientes ou inoportunos, conquanto dentro de certo limites
(princípio da autotutela).
19 - D. A hierarquia observada na Administração não confere ao administrador a utilizar a lei como melhor
reputar. Deve, portanto, utilizá-la para o alcance de seus fins.
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Os poderes de que dotada a Administração Pública são necessários e proporcionais às funções à mesma
determinados. Em outras palavras, a Administração Pública é dotada de poderes que se constituem em
instrumentos de trabalho.
Os poderes administrativos surgem com a Administração e se apresentam conforme as demandas dos serviços
públicos, o interesse público e os fins aos quais devem atingir. São classificados em poder vinculado e poder
discricionário, segundo a necessidade de prática de atos, poder hierárquico e poder disciplinar, de acordo com a
necessidade de se organizar a Administração ou aplicar sanções aos seus servidores, poder regulamentar para
criar normas para certas situações e poder de polícia, quando necessário se faz a contenção de direitos individuais
em prol da coletividade.
Poder hierárquico.
Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as funções de seus órgãos,
estabelecendo a relação de subordinação entre o servidores do seu quadro de pessoal.
Inexistente no Judiciário e no Legislativo, a hierarquia é privativa da função executiva, sendo elemento típico da
organização e ordenação dos serviços administrativos.
O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no
âmbito interno da Administração Pública. Ordena as atividades da administração ao repartir e escalonar as
funções entre os agentes do Poder, de modo que cada qual exerça eficientemente o seu cargo, coordena na busca
de harmonia entre todos os serviços do mesmo órgão, controla ao fazer cumprir as leis e as ordens e acompanhar
o desempenho de cada servidor, corrige os erros administrativos dos seus inferiores, além de agir como meio de
responsabilização dos agentes ao impor-lhes o dever de obediência.
Pela hierarquia é imposta ao subalterno a estrita obediência das ordens e instruções legais superiores, além de se
definir a responsabilidade de cada um.
Do poder hierárquico são decorrentes certas faculdades implícitas ao superior, tais como dar ordens e fiscalizar o
seu cumprimento, delegar e avocar atribuições e rever atos dos inferiores.
Quando a autoridade superior dá uma ordem, ela determina, de maneira específica, os atos a praticar ou a
conduta a seguir em caso concreto. Daí é decorrente o dever de obediência.
Já a fiscalizar é o poder de vigiar permanentemente os atos praticados pelos seus subordinados. Tal se dá com o
intuito de mantê-los de acordo com os padrões legais regulamentares instituídos para a atividade administrativa.
Delegar é conferir a outrem delegações originalmente competentes ao que delega. No nosso sistema não se
admitem delegações entre os diferentes poderes, nem de atos de natureza política.
As delegações devem ser feitas nos casos em que as atribuições objeto das primeiras forem genéricas e não
fixadas como privativas de certo executor.
Avocar é trazer para si funções originalmente atribuídas a um subordinado. Nada impede que seja feita,
entretanto, deve ser evitada por importar desprestígio ao seu inferior.
Rever os atos dos inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos para mantê-los ou
invalidá-los.
MEIRELLES destaca subordinação de vinculação administrativa. A subordinação é decorrente do poder
hierárquico e admite todos os meios de controle do superior sobre o inferior. A vinculação é resultante do poder
de supervisão ministerial sobre a entidade vinculada e é exercida nos limites que a lei estabelece, sem retirar a
autonomia do ente supervisionado.
Poder disciplinar.
Faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores, o poder disciplinar é exercido no âmbito
dos órgãos e serviços da Administração. É considerado como supremacia especial do Estado.
Correlato com o poder hierárquico, o poder disciplinar não se confunde com o mesmo. No uso do primeiro a
Administração Pública distribui e escalona as suas funções executivas. Já no uso do poder disciplinar, a
Administração simplesmente controla o desempenho dessas funções e a conduta de seus servidores,
responsabilizando-os pelas faltas porventura cometidas.
Marcelo CAETANO já advertia:
"o poder disciplinar tem sua origem e razão de ser no interesse e na necessidade de aperfeiçoamento
progressivo do serviço público."
O poder disciplinar da Administração não deve ser confundido com o poder punitivo do Estado , realizado por
meio da Justiça Penal. O disciplinar é interno à Administração, enquanto que o penal visa a proteger os valores e
bens mais importantes do grupo social em questão.
A punição disciplinar e a penal têm fundamentos diversos. A diferença é de substância e não de grau.
Poder regulamentar.
Poder regulamentar é o poder dos Chefes de Executivo de explicar, de detalhar a lei para sua correta execução,
ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei. É um poder
inerente e privativo do Chefe do Executivo. É, em razão disto, indelegável a qualquer subordinado.
O Chefe do Executivo regulamenta por meio de decretos. Ele não pode, entretanto, invadir os espaços da lei.
MEIRELLES conceitua que regulamento é ato administrativo geral e normativo, expedido privativamente pelo
Chefe do Executivo, por meio de decreto, visando a explicar modo e forma de execução da lei (regulamento de
execução) ou prover situações não disciplinadas em lei (regulamento autônomo ou independente).
Poder de polícia
MEIRELLES conceitua: "Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar
e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio
Estado".
Explica o autor que poder de polícia é o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para
conter os abusos do direito individual.
Já em relação à polícia sanitária, não há como se medir o seu campo de atuação.
Podemos falar a respeito das situações de perigo presente ou futuro que lesem ou ameacem lesar a saúde e a
segurança dos indivíduos e da comunidade. Amplo é o poder discricionário decorrente em virtude da amplitude
própria do bem a ser protegido pelo Estado.
DI PIETRO explica que o poder de polícia do Estado pode agir em duas áreas de atuação estatal. São as áreas
administrativa e judiciária.
Polícia administrativa.
A polícia administrativa tem um caráter preventivo. Seu objetivo será não permitir as ações anti-sociais.
Entretanto, a diferença não é absoluta. A polícia administrativa protege os interesses maiores da sociedade ao
impedir, por exemplo, comportamentos individuais que possam causar prejuízos maiores à coletividade.
DI PIETRO se utiliza da seguinte opinião de Álvaro Lazzarini para distinguir a polícia administrativa da polícia
judiciária:
"a linha de diferenciação está na ocorrência ou não de ilícito penal. Com efeito, quando atua na área do ilícito
puramente administrativo (preventivamente ou repressivamente), a polícia é administrativa. Quando o ilícito
penal é praticado, é a polícia judiciária que age".
A polícia administrativa é regida pelo Direito Administrativo, agindo sobre bens, direitos ou atividades.
A polícia administrativa é dividida entre diferentes órgãos da Administração Pública. São incluídos aqui a polícia
militar e os vários órgãos de fiscalização como os das áreas da saúde, educação, trabalho, previdência e
assistência social.
Polícia judiciária.
A polícia judiciária é de caráter repressivo. Sua razão de ser é a punição dos infratores da lei penal.
A polícia judiciária se rege pelo Direito Processual Penal. Ela incide sobre pessoas.
A polícia judiciária é exercida pelas corporações especializadas, chamadas de polícia civil e polícia militar.
Características.
As características do poder de polícia que costumam ser apontadas são, segundo Maria Sylvia Zanella DI
PIETRO, a discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade.
A discricionariedade é uma liberdade existente ao administrador para agir quando a lei deixa certa margem de
liberdade para a escolha da oportunidade ou da conveniência de agir, ou, como diz DI PIETRO, "o motivo ou o
objeto", do ato a ser realizado. Quando a Administração Pública tiver que decidir "qual o melhor momento de
agir, qual o meio de ação mais adequado, qual a sanção cabível diante das previstas na norma legal. Em tais
circunstâncias, o poder de polícia será discricionário".
Pode-se dizer, no entanto, que o poder de polícia pode ser discricionário ou vinculado.
Outra característica é a auto-executoriedade. Ela é a possibilidade da Administração utilizar seus próprios meios
para executar as suas decisões sem precisar recorrer ao Poder Judiciário.
Como opina DI PIETRO:
"Pelo atributo da auto-executoriedade, a Administração compele materialmente o administrado, usando meios
diretos de coação. Por exemplo, ela dissolve uma reunião, apreende mercadorias, interdita uma fábrica".
Finalmente, o poder de polícia tem como característica a coercibilidade indissociavelmente ligada à auto-
executoriedade.
Lembra a autora: "O ato de polícia só é auto-executório porque dotado de força coercitiva".
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais.
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com
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CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
É a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta
funcional de outro”.
No Brasil, qualquer atuação administrativa está condicionada aos princípios expressos no art. 37
da Constituição brasileira. O controle da administração pública é regulamentado através de diversos atos
normativos, que trazem regras, modalidades e instrumentos para a organização desse controle.
Conforme a origem
· Controle interno: é aquele exercido pela entidade ou órgão que é o responsável pela atividade controlada,
no âmbito de sua própria estrutura. Todo superior hierárquico poderá exercer controle administrativo nos
atos de seus subalternos, sendo, por isso, responsável por todos os atos praticados em seu setor por
servidores sob seu comando.
· Controle externo: é o que se realiza por órgão estranho à Administração responsável pelo ato controlado.
· Controle externo popular: refere-se à existência de mecanismos que possibilitem a verificação da
regularidade da atuação da administração por parte dos administrados, impedindo a prática de atos
ilegítimos, lesivos tanto ao indivíduo como à coletividade.
Quanto à amplitude
· Controle hierárquico: é aquele que resulta automaticamente do escalonamento vertical dos órgãos do Poder
Executivo, em que os inferiores estão subordinados aos superiores.
· Controle finalístico: é o controle exercido pela Administração direta sobre as pessoas jurídicas integrantes
da Administração indireta.
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O controle judicial da administração pública pode ser feito pelos seguintes meios:
1. Habeas corpus;
2. Habeas data;
3. Mandado de segurança individual;
4. Mandado de segurança coletivo;
5. Ação popular;
6. Ação civil pública.
EXERCÍCIOS
1 - Maria Helena requereu que lhe fosse concedida licença para construir em seu terreno. Observou a
legislação municipal, contratou a execução do competente projeto e apresentou à Administração
pública para aprovação. O pedido, no entanto, foi indeferido, sob o fundamento de que na mesma rua
já existia uma obra em curso, o que poderia ocasionar transtornos aos demais administrados. Maria
Helena, inconformada, ajuizou medida judicial para obtenção da licença, no que foi atendida. A
decisão judicial,
A - é regular manifestação do poder de controle do ato administrativo, desde que comprovado o
preenchimento dos requisitos de edição do ato vinculado.
B - excede os limites do controle judicial do ato administrativo, na medida em que interfere em juízo
discricionário da Administração Pública.
C - excede os limites do controle judicial do ato administrativo, na medida em que a atuação do Judiciário
deve ficar adstrita a análise de legalidade, não podendo substituir o ato administrativo como no caso
proposto.
D - é regular manifestação do poder de controle do ato administrativo, com exceção da concessão da licença,
atividade privativa da administração, que não poderia ser suprida pelo Judiciário, ainda que diante de recusa
da autoridade.
E - é regular manifestação do poder de controle do ato administrativo, tendo em vista que
contemporaneamente vem sendo admitido o controle dos aspectos discricionários do ato administrativo.
GABARITO:
1-A
2 - CERTO
3 - CERTO
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer as
necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras,
administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo
dividida em administração direta e indireta.
A administração direta é aquela exercida pelo conjunto dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. Nesse caso, os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, patrimônio,
nem autonomia administrativa.
Diferentemente da administração direta, a qual o Estado exerce suas funções diretamente; na administração
indireta, o Estado transfere a sua titularidade ou execução das funções para que outras pessoas jurídicas,
ligadas a ele, possam realizar. A administração indireta é composta pelas autarquias, fundações, sociedades
de economia mista, empresas públicas e outras entidades de direito privado. Tais entidades possuem
personalidade jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa.
É a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados, sob o regime de Direito Público, destinada a
atender de modo direto e imediato, necessidades concretas da coletividade. É todo o aparelhamento do
Estado para a prestação dos serviços públicos, para a gestão dos bens públicos e dos interesses da
comunidade.
“A Administração Pública direta e indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência ...”
Características:
1 - praticar atos tão somente de execução – estes atos são denominados atos administrativos; quem pratica 3
estes atos são os órgãos e seus agentes, que são sempre públicos;
2 - exercer atividade politicamente neutra - sua atividade é vinculada à Lei e não à Política;
3 - ter conduta hierarquizada – dever de obediência - escalona os poderes administrativos do mais alto
escalão até a mais humilde das funções;
4 - praticar atos com responsabilidade técnica e legal – busca a perfeição técnica de seus atos, que devem
ser tecnicamente perfeitos e segundo os preceitos legais;
5 - caráter instrumental – a Administração Pública é um instrumento para o Estado conseguir seus
objetivos. A Administração serve ao Estado.
6 - competência limitada – o poder de decisão e de comando de cada área da Administração Pública é
delimitada pela área de atuação de cada órgão.
EXERCÍCIOS:
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03. Quando ocorre a distribuição de competência, por parte do Estado, de uma pessoa jurídica para
outra, atuando através da administração indireta, temos:
a) centralização;
b) descentralização;
c) desconcentração;
d) desmobilização;
e) desestatização;
Comentários: Na descentralização, ocorre a distribuição de competências de uma pessoa para outra, ou seja,
o Estado delega a atividade a outras entidades. A descentralização supõe existência de, pelo menos, duas
pessoas, entre as quais se repartem as competências.
05. São características comuns a todas espécies de entidades da administração indireta, exceto:
a) possuírem personalidade jurídica própria;
b) estarem sujeitas à reserva legal para sua criação ou para autorização de sua instituição;
c) possuírem patrimônio próprio;
d) serem titulares de direitos e obrigações distintos da pessoa política que as instituiu;
e) subordinação hierárquica para com a entidade estatal a que pertence.
Comentários: Pontos comuns:
- Autorização de criação e extinção;
- Personalidade jurídica;
- Sujeição ao controle estatal;
- Derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público;
- Vinculação aos fins definidos na lei instituidora;
- Objeto (desempenho de atividade de natureza econômica);
- Regime de pessoal;
- Regime tributário e patrimônio.
06. São entidades com personalidade jurídica de direito público, criadas por lei, para executar
atividades típicas da Administração Pública:
a) as entidades paraestatais;
b) as entidades estatais;
c) as autarquias;
d) as empresas públicas;e) as sociedades de economia mista.
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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Comentários: Autarquias: o conceito legal de autarquia encontra-se no art. 5°, I do Decreto-lei n° 200/67.
Observe-se que, desse preceito, não consta a natureza pública de sua personalidade. Entretanto, nenhuma
dúvida há, em tempos atuais, a despeito da omissão do legislador federal, de que as autarquias são pessoas
jurídicas de direito público.
07. A constituição estabelece que a criação de autarquias somente poderá ser feita por:
a) lei complementar;
b) lei ordinária;
c) lei específica;
d) decreto legislativo;
e) decreto autônomo.
Comentários: A constituição estabelece que a criação das autarquias somente poderá ser feita mediante lei
específica. O que significa dizer que o nascimento da autarquia, e a conseqüente personalidade jurídica, dá-
se com a própria lei.
08. São entidades de direito público, às quais se aplicam as mesmas normas, direitos e restrições
pertinentes às autarquias:
a) fundações públicas;
b) empresas públicas;
c) sociedades de economia mista;
d) entidades paraestatais;
e) serviços sociais autônomos.
Comentários: As fundações de direito público são consideradas verdadeiras autarquias, visto que são
consideradas espécies do gênero autarquias, recebendo, inclusive, a denominação de fundações autarquias.
09. As empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies do gênero empresas estatais,
que possuem características comuns. As opções abaixo apresentam características comuns às 5
empresas públicas e às sociedades de economia mista, exceto:
a) personalidade jurídica de direito privado;
b) capital público e privado;
c) impossibilidade de gozarem de privilégios fiscais não-extensivos ao setor privado;
d) sujeição à licitação para contratação com terceiros;
e) vinculação à entidade estatal que as instituiu.
Comentários: Traços distintivos:
- Composição do capital;
- Forma jurídica;
- Foro processual.
Composição do capital: A sociedade de economia mista é constituída por capital público e privado. O capital
da empresa pública é formado, unicamente, por capital público, ou seja, não se admite a presença de pessoas
da iniciativa privada na empresa pública.
11. A publicidade de obra pública, em que conste nome de autoridade pública, caracteriza
inobservância ao seguinte princípio da Administração Pública:
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a) legalidade;
b) impessoalidade;
c) autotutela;
d) publicidade;
e) eficiência.
Comentários: A constituição, no seu art. 37, § 1°, dá conseqüência expressa a essa regra ao vetar a promoção
pessoal de autoridades e servidores públicos sobre suas realizações administrativas.
§ 1 ° A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
12. Qual o princípio da Administração Pública que funciona como requisito de eficácia do ato
administrativo ?
a) legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade
d) Publicidade
e) Eficiência.
Comentários: Observe-se que a publicidade não é elemento formativo do ato, é requisito de eficácia, pois é a
divulgação do ato para conhecimento público que dá início aos seus efeitos externos.
13. Qual o principio da Administração Pública que confere posição de superioridade do Estado em
relação aos administrados ?
a) Principio da razoabilidade;
b) Principio da impessoalidade;
c) Principio da supremacia do interesse público;
d) Principio moralidade; 6
e) Principio da finalidade.
Comentários: Supremacia do interesse público: As atividades administrativas são desenvolvidas pelo Estado
em benefício da coletividade. Assim, o direito do indivíduo, como integrante da sociedade, não pode, em
regra, ser equiparado aos direitos sociais. Daí, o primado de que os interesses públicos têm supremacia sobre
os individuais.
14. Quando não há, por parte da Administração Pública, a inobservância da proporcionalidade entre
os meios de que se utilize, e os fins a que se destine, há desrespeito ao seguinte princípio:
a) princípio da razoabilidade;
b) princípio da impessoalidade;
c) princípio da supremacia do interesse público;
d) princípio moralidade;
e) princípio da finalidade.
Comentários: Razoabilidade: o princípio da razoabilidade exige proporcionalidade entre os meios de que se
utilize a administração e os fins que ela tem a alcançar.
17. (CMRJ – COPPE/UFRJ). A opção em que estão expressos todos os princípios informativos do
Direito Administrativo Brasileiro, conforme o caput do artigo 37 da Constituição da República é:
a) da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da eficiência e da publicidade;
b) da legalidade, da moralidade, da impessoalidade e da publicidade;
c) da legalidade, do julgamento objetivo, da impessoalidade e da publicidade;
d) da continuidade, da legalidade e da moralidade;
e) da legalidade, da supremacia do interesse público, da impessoalidade, da eficiência e da publicidade.
Comentários: A constituição de 1988 inovou ao fazer expressa menção aos princípios a serem observados
por todas as pessoas administrativas de qualquer dos entes federativos, a saber: os princípios da legalidade,
da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência.
18. Na administração particular, é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe. Na Administração Pública,
só é permitido fazer o que a lei autoriza, regra que compõe o princípio básico da:
a) legalidade;
b) moralidade; 7
c) finalidade;
d) impessoalidade;
e) publicidade.
Comentários: Legalidade: o princípio da legalidade significa que toda e qualquer administrativa deve ser
autorizada por lei.
19. (AFTN/ESAF). As autarquias federais, pela sua natureza, são consideradas pessoas:
a) políticas;
b) administrativas, com personalidade jurídica de direito privado;
c) jurídicas de direito privado;
d) administrativas, sem personalidade jurídica própria;
e) jurídica de direito público.
Comentários: As autarquias são pessoas jurídicas de direito público.
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21. Quando o Direito concede à Administração, de modo explicito ou implícito, poder para pratica de
determinado ato com liberdade de escolha de sua conveniência e oportunidade, dá-se o denominado:
a) poder hierárquico;
b) poder disciplinar;
c) poder vinculado;
d) poder normativo;
e) poder discricionário.
Comentários: Quando o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, poder para a
prática de determinado ato, com liberdade de escolha de sua conveniência e oportunidade, dá-se a
denominação de poder discricionário. Cabe observar que a discricionariedade é a liberdade de ação
administrativa dentro dos limites permitidos, que não se confunde com arbitrariedade, que é a ação contrária
ou excedente da lei.
23. É o poder conferido à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades funcionais a
seus agentes e a demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, como é o caso das que por ela são
contratadas: 8
a) poder hierárquico;
b) poder disciplinar;
c) poder de polícia;
d) poder normativo;
e) poder discricionário.
Comentários: O poder disciplinar é conferido à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades
funcionais a seus agentes e a demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, como é o caso das que com
ela contratam. Convém esclarecer que as sanções aplicadas aos particulares não sujeitos à disciplina interna
da Administração não encontram fundamento no poder disciplina e sim no poder de polícia.
24. É o poder de que dispõe a Administração Pública para distribuir e escalonar as funções dos órgãos
públicos; estabelecer a relação de subordinação ente seus agentes; e ordenar e rever a atuação dos
mesmos:
a) poder hierárquico;
b) poder disciplinar;
c) poder de polícia;
d) poder normativo;
e) poder discricionário.
Comentários: Poder hierárquico é o meio de que dispõe a Administração pública para:
- distribuir e escalonar as funções dos órgãos públicos;
- estabelecer a relação de subordinação entre seus agentes;
- ordenar e rever a atuação de seus agentes.
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16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais.
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Agentes públicos
Conjunto de pessoas físicas que exercem função pública no âmbito do Estado.
Função Pública é a atribuição, encargo ou competência, criadas por lei, para o exercício de determinada
atividade de natureza pública.
A seguir serão conceituadas as espécies de agentes públicos existentes em nosso ordenamento público. Cabe
ressaltar que é uma classificação não unânime da doutrinária pátria.
Agente político – exercem funções públicas da estrutura constitucional do Estado e desempenham atividades
fundamentais e estratégicas na estrutura dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.
No poder executivo – são os chefes do executivo (presidente, governador, prefeito) e seus auxiliares diretos
(ministros e secretários estaduais).
No Legislativo (senadores; deputados federais, estaduais e distritais; e vereadores).
No Judiciário (os ministros de tribunais superiores, desembargadores, juízes titulares e substituto.
Para alguns doutrinadores, além desses deve-se acrescentar os membros do Ministério Público (procuradores
de justiça e promotores), os membros do Tribunal de Contas. Uma minoria ainda acrescenta os procuradores
de estado e defensores públicos. Esses agentes são remunerados por meio de subsídio.
Servidores Estatais (agentes administrativos) – são os agentes que possuem relação de trabalho com a
administração pública direta e indireta. Essa relação de trabalho é de natureza profissional, não eventual e
com vínculo de subordinação.
São espécies de servidores estatais:
a) os servidores públicos (concursados - titulares de cargos públicos, cargos em comissão e temporários);
b) empregado público – funcionários da administração direta, das autarquias e fundações públicas regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
c) empregados de empresas estatais – empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista
regidos pela CLT.
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1 - Quem é agente público?
a) É qualquer pessoa, tanto física quanto jurídica, que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da
administração indireta.
b) É toda pessoa jurídica que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da administração indireta.
c) É toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da administração indireta.
d) Nenhuma das alternativas.
a) São as pessoas jurídicas que prestam serviços ao Estado e às Entidades da Administração Indireta, com
vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
b) São as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às Entidades da Administração Indireta, com
vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
c) São as pessoas físicas que prestam serviços somente ao Estado, com vínculo empregatício e mediante
remuneração paga pelos cofres públicos.
d) São as pessoas jurídicas que prestam serviços somente às Entidades da Administração Indireta, com
vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
7 - Considere a seguinte afirmação: "São contratados por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público". Qual das alternativas representa melhor
essa definição?
a) Os servidores estatutários.
b) Os servidores determinados excepcionalmente.
c) Os servidores temporários.
d) Nenhuma alternativa está correta.
10 - Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, porém sem vínculo empregatício, com ou sem
remuneração, são chamadas de:
a) particulares em colaboração com o Poder Público.
b) prestadores de serviços autônomos.
c) servidores temporários.
d) servidores por tempo determinado.
11 - Os particulares em colaboração com o Poder Público podem prestar serviços sob títulos diversos.
A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
a) Por delegação do Poder Público.
b) Por requisição, nomeação ou designação.
c) Todas estão incorretas.
d) Por gestores de negócios.
13 - Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, dadas por requisição, nomeação ou designação
são:
a) os que assumem, espontaneamente, determinada função pública em um momento emergencial, como
enchentes, epidemia, desastre natural etc.
b) os que exercem serviços notariais e de registro.
c) fundamentais para o exercício de funções públicas relevantes.
d) Nenhuma das alternativas.
14 - A delegação do Poder Público é uma das formas de colaboração dos particulares com o Poder
Público. Qual das alternativas se enquadra nessa categoria?
a) São pessoas físicas que exercem função pública em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém
sob fiscalização do Poder Público.
b) São pessoas físicas que exercem funções públicas relevantes.
c) São pessoas jurídicas nomeadas pela Administração Pública para exercerem funções típicas do Estado,
independentemente de fiscalização.
d) Nenhuma das alternativas.
15 - Cargo, emprego e função. Uma dessas designações é subdividida em dois tipos. Quais das
alternativas correspondem a essa afirmação?
a) Emprego: emprego público e emprego em comissão.
b) Cargo: cargos públicos e cargos temporários.
c) Função: função temporária e função de confiança.
d) Todas as alternativas estão incorretas.
9
16 - Quanto aos empregos públicos, é correto afirmar que:
a) são preenchidos por servidores nomeados e exonerados "ad nutum", ou seja, independentemente de
concurso público. Destina-se a preencher cargos políticos, de confiança e, principalmente, de atribuições de
direção, chefia e assessoramento.
b) caracterizam-se por ser ocupados por servidor público que adquire efetividade no quadro de servidores da
Administração e são regidos pela CLT. Sua nomeação e posse no emprego se darão mediante concurso
público.
c) são aqueles contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público.
d) Todas estão corretas.
GABARITO
1 - C. Maria Sylvia Zanella Di Pietro define agente público como sendo "toda pessoa física que presta
serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta". (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella.
Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 485)
Além dessa definição, o art. 2° da Lei n°. 8.429/92, afirma que "reputa-se agente público, para os efeitos
desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função nas entidades mencionadas no artigo anterior".
2 - D. Todas alternativas estão corretas, posto que são uma breve conceituação de agentes políticos.
Hely Lopes Meirelles (2003:75) define agentes políticos como "componentes dos Governos nos seus
primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição,
designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais".
Celso Antonio Bandeira de Mello (1975a:7 e 2004:229) os define como "titulares dos cargos estruturais à
organização política do País, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional
do Estado e, portanto, o esquema fundamental do poder. Sua função é a de formadores da vontade superior
do Estado". (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p.
486)
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4 - B. Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, servidores públicos "são as pessoas físicas que prestam serviços
ao Estado e às Entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração
paga pelos cofres públicos". (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo:
Atlas, 2008, p. 487).Sendo assim, as demais alternativas ou estão incorretas ("A" e "D"), ou estão
incompletas, pois não conseguem abranger toda a categoria de servidores públicos ("C").
5 - B. Os empregados públicos são contratados sob o regime da legislação trabalhista e são ocupantes de
empregos públicos. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas,
2008, p. 487)
6 - A. Os servidores estatutários estão sujeitos ao regime estatutário e são ocupantes de cargos públicos (I e
III). (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 487)
As demais afirmações representam os empregados públicos ou os servidores temporários.
7 - C. É exatamente a definição do servidor temporário, nos termos do art. 37, inciso IX, da Constituição
Federal. As demais alternativas estão incorretas.
8 - D. A alternativa mais completa é a "D". Os militares são pessoas físicas que prestam serviços às Forças
11
Armadas - Marina, Exército e Aeronáutica (art. 142, "caput", e § 3º, da CF) e às Polícias Militares e Corpos
de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios (art. 42). (DI PIETRO, Maria Sylvia
Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 490)
10 - A. Particulares em colaboração com o Poder Público são pessoas físicas que prestam serviços ao
Estado, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito
Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 491)
11 - C. A alternativa incorreta é a "C", que diz que todas estão incorretas. As alternativas "A", "B" e "D"
estão corretas. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p.
491 e 492)
12 - B. Os gestores de negócios é uma das modalidades de particulares em colaboração com o poder público.
Segundo nos ensina Maria Sylvia di Pietro eles são agentes que "espontaneamente, assumem determinada
função pública em momento de emergência, como epidemia, incêndio, enchente etc." (DI PIETRO, Maria
Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 492)
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13 - C. A requisição, nomeação ou designação também é uma das modalidades de colaboração do particular
com o Poder Público. Esses agentes são fundamentais para o exercício de funções públicas relevantes; "é o
que se dá com os jurados, os convocados para prestação de serviço militar ou eleitoral, os comissários de
menores, os integrantes de comissões, grupos de trabalho etc.; também não têm vínculo empregatício e, em
geral, não recebem remuneração". (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São
Paulo: Atlas, 2008, p. 491)
14 - A. A delegação do Poder Público aos particulares enquadram-se também como uma das modalidades de
colaboração dos particulares com o Poder Público. Essa delegação é feita "como se dá com os empregados
das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, os que exercem serviços notariais e de
registro (art. 236 da Constituição), os leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos; eles exercem função
pública, em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A
remuneração que recebem não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço". (DI
PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 491)
15 - C. "A discussão quanto aos dois tipos de função atualmente existentes é de fundamental importância,
porque há uma série de normas constitucionais que, ao fazerem referência a cargo, emprego ou função,
estão-se referindo às funções de confiança e não à função temporária exercida com base no artigo 37, IX.
Qualquer outra interpretação seria inaceitável, por não se compatibilizar com a transitoriedade e
excepcionalidade dessas contratações." (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed.
São Paulo: Atlas, 2008, p. 494)
16 - B. Os empregos públicos caracterizam-se por ser ocupados por servidor público que adquire efetividade
no quadro de servidores da Administração e são regidos pela CLT. Sua nomeação e posse no emprego se
darão mediante concurso público.
Leciona Maria Sylvia que "embora sujeitos à CLT, submetem-se a todas as normas constitucionais
referentes a requisitos para a investidura, acumulação de cargos, vencimentos, entre outras previstas no
12
Capítulo VII, do Título III, da Constituição".
17 - D. Leciona Maria Sylvia que "a função exercida por servidores contratados temporariamente com base
no artigo 37, IX, para qual não se exige, necessariamente, o concurso público, porque, às vezes, a própria
urgência da contratação é incompatível com a demora do procedimento". (DI PIETRO, Maria Sylvia
Zanella. Direito Administrativo. 21ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 493)
18 - A. Os cargos em comissão são preenchidos por servidores nomeados e exonerados "ad nutum", ou seja,
independentemente de concurso público. Destina-se a preencher cargos políticos, de confiança e,
principalmente, de atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Dispõe o inciso V, do art. 37, da Constituição Federal, que "as funções de confiança, exercidas
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos
por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas
às atribuições de direção, chefia e assessoramento".
19 - C. Os cargos públicos caracterizam-se por serem ocupados por servidores públicos que adquirem
efetividade na função à qual são concursados, seus direitos e deveres são previstos em regime estatutário
(art. 37, II, CF). Sua nomeação e posse no cargo público se darão mediante concurso público.
20 - D. Era para assinalar a alternativa incorreta, e esta se encontra na alternativa "D", pois as demais estão
corretas. As demais explicações estão em conformidade com as questões acima.
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ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Também chamados de características dos atos administrativos, os atributos permitem distinguir o ato
administrativo do ato de direito privado, pois correspondem a verdadeiras prerrogativas do poder público.
São eles:
Presunção de legitimidade: presume-se que os atos administrativos são emitidos com observância da lei,
porém, trata-se de presunção relativa, pois admite-se prova em contrário.
Imperatividade: é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, devem ser observados
pelos particulares, independentemente da concordância destes.
Auto-executoriedade: é o atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria
Administração, sem necessidade de intervenção do Poder judiciário. Só é possível: quando expressamente
prevista em lei, quando se tratar de medida urgente que, caso não adotada, possa ocasionar prejuízo maior ao
interesse público.
Tipicidade: atributo do ato administrativo que determina que o ato deve corresponder a uma das figuras
definidas previamente pela lei, como aptas a produzir determinados resultados, sendo corolário, portanto, do
princípio da legalidade.
A sua função é impossibilitar que a Administração venha a praticar de atos inominados, representando, pois,
uma garantia ao administrado, já que impede que a Administração pratique um ato unilateral e coercitivo
sem a prévia previsão legal. Representa, também, a segurança de que o ato administrativo não pode ser
totalmente discricionário, pois a lei define os limites em que a discricionariedade poderá ser exercida.
MACETES JURÍDICOS
É muito fácil... basta lembrar do Inri Cristo, pois ele diz ser o emissário do PAI.
P = Presunção de Legitimidade
A = Auto executoriedade
I = Imperatividade
ATENÇÃO: Maria Silvia Di Pietro afirma existir mais um atributo: tipicidade, logo se você adere este
entendimento, a palavra é: PATI
Quanto ao alcance
Internos: seus efeitos atingem apenas os agentes que pertencem à entidade que editou o ato. Ex: portaria
que regulamenta o processo administrativo no âmbito do Banco Central. Geralmente, os atos praticados por
entidades da Administração Indireta têm efeitos apenas internos.
Externos: seus efeitos jurídicos afetam pessoas de fora da entidade que o produziu. Ex.: multa aplicada pelo
INSS a empresa que deixou de repassar as contribuições previdenciárias. Uma das características das
autarquias de regime especial, como as agências reguladoras, é o poder de editar normas técnicas, que têm
efeitos externos.
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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Quanto aos destinatários
Gerais, abstratos, impróprios ou normativos: servem para regular determinada situação, por isso têm
destinatários indeterminados. Exemplo: decreto que regulamenta o imposto de renda. São chamados de
impróprios porque, materialmente, são considerados como leis e não como atos administrativos.
Quanto à formação
Simples: tem apenas uma manifestação de vontade, mesmo que seja emitida por um órgão coletivo. Ex.:
regimento interno de um tribunal, que é aprovado pela maioria absoluta dos desembargadores. A decisão é
coletiva, mas expressa uma vontade única.
Complexos: são formados por duas ou mais manifestações de vontade, provenientes de órgãos diversos.
Exemplo: investidura em cargo público, que depende da nomeação realizada pelo Chefe do Poder Executivo
e da posse, feita pelo chefe da repartição.
Os atos complexos não se confundem com os processos administrativos. Apesar de ambos serem um
conjunto de atos realizados com o objetivo de praticar um ato final, os atos complexos são praticados por
diferentes órgãos, enquanto que os processos administrativos são praticados, geralmente, no interior do
mesmo órgão.
Compostos: são os que resultam da “vontade de um órgão, mas depende da verificação por parte de outro,
para se tornar exequível. Exemplo: uma autorização que dependa do visto de uma autoridade superior. Em
tal caso a autorização é o ato principal e o visto é complementar que lhe dá exequibilidade. O ato composto
distingue-se do complexo porque este só se forma com a conjugação de vontades de órgãos diversos, ao
passo que aquele é formado pela manifestação de vontade de um único órgão, sendo apenas ratificado por
outra autoridade” (Meirelles, 2007, p. 173). O segundo ato pode ser aprovação, autorização, ratificação,
visto ou homologação. Ex.: os Ministros do STF são indicados pelo Presidente da República e aprovados
pelo Senado para que possam ser finalmente nomeados pelo Presidente.
Quanto ao objeto
Atos de império: são aqueles em que a Administração Pública tem supremacia sobre o particular, sendo
disciplinados pelo Direito Público. São unilaterais, pois a vontade do particular é irrelevante. Ex.:
desapropriação.
Atos de gestão: são aqueles em que a Administração atua em situação de igualdade com o particular. São
regidos pelo Direito Privado. São atos bilaterais, pois seus efeitos dependem da concordância do particular.
Na verdade, não configuram atos administrativos, mas apenas atos da Administração. Ex.: locação de um
imóvel.
Atos de expediente: são simples atos de tramitação interna de papéis, não tendo efeitos diretos sobre os
administrados. Ex.: protocolo de documentos recebidos na repartição.
Atos normativos: São aqueles que contém um comando geral do Poder Executivo visando à correta
aplicação da lei. São atos infra legais que encontram fundamento no poder normativo (art. 84, IV da CF).
Ex: Decretos; Regulamentos; Portarias e etc.
Atos ordinatórios: São aqueles que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de
seus agentes no desempenho de suas atribuições. Encontra fundamento no Poder Hierárquico. Ex: Ordens,
Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de serviço e Ofícios.
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Atos negociais: São aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração visando concretizar
negócios jurídicos, conferindo certa faculdade ao particular nas condições impostas por ela. É diferente dos
negócios jurídicos, pois é ato unilateral.
Atos enunciativos: São aqueles que contêm a certificação de um fato ou emissão de opinião da
Administração sobre determinado assunto sem se vincular ao seu enunciado. Ex: Certidões, Atestados,
Pareceres e o apostilamento de direitos (atos declaratórios de uma situação anterior criada por lei).
Atos punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles que infringirem
disposições legais. Encontra fundamento no Poder Disciplinar. Ex: Interdição de estabelecimento comercial
em vista de irregularidade; Aplicação de multas e etc.
http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Administrativo/Atos_Administrativos.htm
Para que a Administração Pública possa desenvolver suas atividades de forma a satisfazer o interesse
público, a mesma utiliza ato discricionário e ato vinculado. São institutos que o ordenamento jurídico dotou
ao administrador público frente às inúmeras situações que surgem dia a dia na atividade administrativa. O
legislador ciente de não prever todas as situações possíveis que ocorrem no meio social, e, mais
especificamente na seara administrativa, confere através da ciência do Direito, essas ferramentas ao
administrador para que as utilize em favor do melhor administrar. Sendo que, a princípio, a Administração
Pública deve se pautar exclusivamente na lei.
Podemos dizer que o ato discricionário é um pequeno espaço de locomoção que o administrador público
detém com o devido respaldo na norma administrativa para agir com base na oportunidade e conveniência,
desde que em conformidade com o direito. Espaço esse que está envolvido pela Moldura Maior, ou seja, a
Constituição Federal, não podendo o administrador afrontar as regras emanadas da Carta Constitucional sob
pena de nulidade, pois é possível afirmar que não existe discricionariedade totalmente discricionária, sendo
que sempre haverá alguma limitação pela lei, fazendo com que o administrador esteja sob uma verdadeira
linha mestra através da qual deverá se conduzir.
Importante é salientar que a discricionariedade não se trata de um cheque em branco, em que possibilita ao
agente público utilizar dela de forma arbitrária passando ao largo da razoabilidade e principalmente da
justiça. Leve-se em consideração que, no caso concreto, deverá o administrador fazer uma análise da
oportunidade e da conveniência, ou seja, é oportuno escolher no momento, é conveniente agir com base na
escolha eleita; estará a razoabilidade sendo buscada juntamente com a justiça?
Com bem preleciona o Nobre Professor Marcus Vinicius Corrêa Bittencourt, de formas bem acertadas,
sendo um exemplo de ato discricionário na administração pública, o “deferimento ou não para a licença para
capacitação ao servidor público federal (art. 87 da Lei nº 8.112/90). O servidor pode, após cada quinquênio
de efetivo exercício, afastar-se das suas atribuições, com respectiva remuneração, por até três meses, para
participar de curso de capacitação profissional, no interesse da administração. Caberá à autoridade
competente decidir se é conveniente ou oportuno, permitir que o servidor usufrua dessa licença. Dependendo
da quantidade de trabalho na repartição ou do curso que o agente queira participar, a autoridade emitirá um
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juízo de valor, decidindo pela concessão ou não da licença para capacitação. A discricionariedade reside
nessa decisão.”.
Diferentemente é o ato vinculado onde o administrador público estará inteiramente vigiado e conduzido pela
norma a qual ditará o procedimento a ser produzido, não facultando a escolha do ato pelo agente público.
E, mais uma vez, utilizando as lições do professor Marcus Vinicius, onde expõe que: "Um exemplo de
atividade vinculada é a cobrança de um tributo pelo agente fazendário. No art. 3º do Código Tributário
Nacional, encontra-se o conceito de tributo como" prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei ". No final do art. 3º
está previsto que o tributo deve ser cobrado "mediante atividade administrativa plenamente vinculada".
Assim não cabe ao agente fazendário decidir se cobra ou não cobra o tributo. Ao ocorrer o fato gerador da
cobrança do tributo, correspondente à hipótese de incidência prevista em lei, o agente deverá
obrigatoriamente cobrar o tributo, nos termos previstos, sob pena de responsabilidade".
Assim sendo, mediante os fatos que estão a surgir diante da administração e outros já previstos, o
administrador público é dotado de atos, ou seja, ato discricionário - juízo de subjetividade e ato vinculado -
adstrito tão somente a lei, devendo o agente público ter o máximo de cuidado ao manejá-los, pois
dependendo da forma como os utilize poderá intervir em direitos subjetivos de terceiros de forma não
autorizada causando prejuízo para com estes e também para com administração pública.
BITTENCOURT, Marcus Vinicius Corrêa. Manual de Direito Administrativo. 2ª edição, Belo Horizonte: Fórum, 2005, p.120.
BITTENCOURT, Marcus Vinicius Corrêa. Manual Direito Administrativo. 2ª edição, Belo Horizonte: Fórum, 2005, p.121.
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AUTARQUIAS
Na administração pública brasileira, uma autarquia é uma entidade auxiliar da administração pública estatal
autônoma e descentralizada. É um dos tipos de entidades da administração indireta. Seu patrimônio e receita
são próprios, porém, tutelados pelo Estado. O Decreto-Lei nº 200 de 1967, no seu artigo 5º, inciso I, define
autarquias como "Serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica de direito público,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram para
seu melhor funcionamento gestão administrativa e financeira descentralizada".
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Fundações Públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público ou de direito
privado dependendo da lei instituidora., sem fins lucrativos, criadas em virtude de autorização legislativa
para o desenvolvimento de atividades de interesse público, como educação, cultura e pesquisa, sempre
merecedoras de amparo legal. São criadas por lei específica e regulamentadas por decreto,
independentemente de qualquer registro.
“A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como foram
criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de
poderes e também da natureza dos serviços por elas prestados”
“Aquela orientação constitucional alterou-se pela Emenda Constitucional n. 19/98,
pela qual se retornou ao entendimento antes adotado, possibilitando-se a existência
de fundações de direito privado no âmbito da Administração Pública (edições
posteriores ao advento daquela Emenda), onde se observa: A EC 19/98 deu nova
redação ao inc. XIX do art. 37 da CF, deixando transparecer ter voltado ao
entendimento anterior de que a fundação é entidade com personalidade jurídica de
direito privado: ‘somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada
a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo á lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação’.
A fundação foi colocada ao lado das empresas governamentais (entidades de Direito 3
Privado): a lei não cria, apenas autoriza a sua criação, devendo o Executivo tomar as
providências necessárias para o registro determinante do nascimento da pessoa
jurídica de Direito Privado. E mais: lei complementar deverá definir as áreas em que
poderá atuar a fundação, não podendo essa figura jurídica servir de panacéia para
qualquer atividade que a Administração pretenda efetuar com relativa autonomia”
(Idem, Ibidem)”
Ministra Cármen Lúcia do STF - Esclarecimento, constante dos autos do processo
relativo à Adin nº 191-4 (à fl.16), de 29 de novembro de 2007 (posterior à Medida
Cautelar)
EMPRESA PÚBLICA
Entidade empresarial, com personalidade jurídica de direito privado e participação única do Poder Público
no seu capital e direção, na forma da lei, sendo de propriedade única do Estado. É pessoa jurídica de direito
privado, sem privilégios estatais, salvo as prerrogativas que a lei especificar em cada caso particular, para a
realização das atividades desejadas pelo Poder Público.
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
Sociedade criada pela administração pública, junto com pessoas ou entidades de direito privado, para
exercer fins de interesse público. São as empresas que aliam o poder público com o privado, ou seja, são as
empresas em que o Estado participa (com capital e direito a voto), conjuntamente com o particular Empresa
composta por capital particular e capital estatal, sendo que a maioria de ações com direito a voto pertence ao
Estado. Existem sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos e exploradoras de atividade
econômica. Para a maioria dos doutrinadores, essas sociedades são regidas pelas regras de Direito Privado,
porém, em relação à organização, contratação de pessoal etc, são regidas pelo Direito Público. O Banco do
Brasil é um exemplo de sociedade de economia mista.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/296750/sociedade-de-economia-mista
http://www.seuconcurso.com.br/admintiradas/autarquias.htm#ixzz2Ilyeek1i
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1. BENS PÚBLICOS
Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta.
Todos os demais são considerados particulares.
“São públicos os bens de domínio nacional pertencentes as pessoas jurídicas de direito público interno;
todos os outros são particulares, seja qual fora pessoa a que pertencerem” (art. 98 do CC). – As empresas
públicas e as sociedades de economia, embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, integram as
pessoas jurídicas de direito público interno, assim os bens destas pessoas também são públicos.
2. Classificação:
O artigo 99 do Código Civil utilizou o critério da destinação do bem para classificar os bens públicos.
Bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a população. Ex: Mar, rio,
rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC).
O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio da lei
da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoológico. O uso desses
bens públicos é oneroso.
Bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex: Bibliotecas, teatros,
escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral (art. 99, II do CC).
Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial.
“Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou
real, de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC).
Os bens dominicais representam o patrimônio disponível do Estado, pois não estão destinados e em
razão disso o Estado figura como proprietário desses bens. Ex: Terras devolutas.
3. Afetação e desafetação:
Afetação consiste em conferir ao bem público uma destinação. Desafetação (desconsagração) consiste
em retirar do bem aquela destinação anteriormente conferida a ele.
Os bens dominicais não apresentam nenhuma destinação pública, ou seja, não estão afetados. Assim, são
os únicos que não precisam ser desafetados para que ocorra sua alienação.
1. Noções Gerais:
A concessão desse regime jurídico decorre dos interesses que o Poder Público representa quando atua.
Inalienabilidade
Imprescritibilidade
Impenhorabilidade
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2. Inalienabilidade:
Regra geral: Os bens públicos não podem ser alienados (vendidos, permutados ou doados).
Exceção: Os bens públicos podem ser alienados se atenderem aos seguintes requisitos:
Realização de pesquisa prévia de preços. Se vender abaixo do preço causando atos lesivos ao
patrimônio público cabe ação popular.
Desafetação dos bens de uso comum e de uso especial: Os bens de uso comum e de uso
especial são inalienáveis enquanto estiverem afetados. - “Os bens públicos de uso comum do
povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na
forma que a lei determinar” (art. 100 do CC).
Os bens dominicais não precisam de desafetação para que sejam alienados. - “Os bens
públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei” (art. 101 do CC).
o Permuta, por outro imóvel que atende os requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta
lei (art. 17, I, “c” da Lei 8666/93).
o Alienação, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis
construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais
de interesse social, por órgãos ou entidades da Administração Pública especificamente
criados para esse fim (art. 17, I, “f” da Lei 8666/93).
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
o Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após a avaliação de
sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma
de alienação (art. 17, II, “a” da Lei 8666/93).
o Venda de ações, que poderão ser negociadas na bolsa, observada a legislação específica
(art. 17, II, “c” da Lei 8666/93).
o Venda de títulos, na forma da legislação pertinente (art. 17, II, “d” da Lei 8666/93).
3. Imprescritibilidade:
É a característica dos bens públicos que impedem que sejam adquiridos por usucapião. Os imóveis
públicos, urbanos ou rurais, não podem ser adquiridos por usucapião.
“Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião” (art. 183 e 191, parágrafo único da CF). “Os bens
públicos não estão sujeitos a usucapião” (art. 101 do CC).
“Desde a vigência do Código Civil (CC/16), os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem
ser adquiridos por usucapião” (súmula 340 do STF).
4. Impenhorabilidade:
É a característica dos bens públicos que impedem que sejam eles oferecidos em garantia para
cumprimento das obrigações contraídas pela Administração junto a terceiros.
Os bens públicos não podem ser penhorados, pois a execução contra a Fazenda Pública se faz de forma
diferente. “À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal,
Estadual, ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica
de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim” (art. 100 da CF).
o Regra geral: A execução contra a Fazenda se faz através da expedição de precatórios (títulos
emitidos a partir de sentença com trânsito em julgado que o torna legitimo credor da Administração
Pública). Só serão incluídos no orçamento os precatórios apresentados até 01/07, pois é nesta data
que começa a discussão do orçamento para o ano seguinte (art. 100, §1º da CF).
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
O pagamento fora da ordem cronológica de sua apresentação pode gerar, por parte do credor
prejudicado, um pedido de sequestro de quantia necessária a satisfação do seu débito, além da
possibilidade intervenção federal ou estadual – “As dotações orçamentárias e os créditos
abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do
Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento segundo as possibilidades
do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de
preterimento de seu direito de precedência, o sequestro da quantia necessária à satisfação do
débito” (art. 100, §2º da CF).
“O Presidente do Tribunal competente, que por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar
frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade”
(Art. 100, §6º da CF).
o Serão Liquidados até o último dia do exercício financeiro seguinte (art. 100, §1º da CF).
“As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liquidadas até o final
do exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade
devedora” (art. 78, §2º dos ADCT). Assim, se o Poder Público não pagar o precatório no
primeiro ano, o particular pode ser liberado do pagamento de tributos. Esta norma sobre
compensação legal depende de lei que ainda não veio.
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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dos ADCT; estar total ou parcialmente pendente de pagamento na data da publicação da EC 37/02
(art. 86 dos ADCT).
Essa emenda estabeleceu uma regra transitória até a edição das leis definidoras de pequeno valor.
Exceção:
“A execução prevista no art. 100 caput, da Constituição, em favor dos créditos de natureza
alimentar não dispensa a expedição de precatórios, limitando-se a isenta-los da observância
da ordem cronológica dos precatórios decorrentes de condenações de outra natureza” (Súmula
655 do STF).
O art. 87 do ADCT trazia a definição de pequeno valor, mas como os entes da federação já
fixaram os limites em lei, não vale mais o ADCT. – “A lei pode fixar valores distintos para o
fim previsto no §3 deste artigo, segundo as diferentes capacidades das entidades de direito
público” (art. 100, §5º da CF).
1. Noções gerais:
As regras sobre o uso do bem público são de competência daquele que detém a sua propriedade, isto é da
União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal.
“É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios zelar pela guarda
da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público” (art. 23, I da
CF).
“Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei” (art. 144, §8º da CF). Ex: Para se fazer uma passeata não é
necessária autorização, mas deve-se avisar o Poder Público para preservação dos bens dos quais tenha
titularidade.
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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Concessão de uso:
Concessão de direito real de uso: É o contrato por meio do qual delega-se se o uso
em imóvel não edificado para fins de edificação; urbanização; industrialização;
cultivo da terra. (Decreto-lei 271/67). Delega-se o direito real de uso do bem.
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II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das
vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem
como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV- as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas
afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
VI - o mar territorial;
§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos
da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo
território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira
por essa exploração.
§ 2º - A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada
como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e
utilização serão reguladas em lei.
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais)
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Delegação feita a particulares:
Concessão;
Permissão.
CONCESSÃO: para que haja contrato de concessão, a administração pública contrata uma empresa; essa
empresa presta um serviço público que será remunerado pelo usuário desse serviço.
EX. transporte urbano.
Modalidades de concessão:
- de serviço público,
- de serviço público precedida de obra pública.
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Reversão - término do prazo da concessão, ocasionando assim o retorno do serviço ao poder concedente (art.36
Lei 8987/95).
Encampação ou resgate – retomada do serviço pelo poder concedente durante o período de concessão, por
motivo de interesse público (art. 37 Lei 8987/95). O concessionário não poderá se opor a encampação, tendo
direito a indenização dos prejuízos que o ato do Poder Público lhe causar. A encampação necessita de lei
autorizadora específica e o pagamento de prévia indenização.
Caducidade – rescisão do contrato de concessão por inadimplência do concessionário (art.38 Lei 8987/95). A
caducidade devera ser declarada por decreto do poder concedente, após a comprovação da inadimplência do
concessionário mediante processo administrativo, e respeitado o princípio do contraditório.
Rescisão – desfazimento do contrato promovida pelo concessionário junto ao Poder Judiciário, durante o
prazo de execução, em face do descumprimento do contrato por parte do poder concedente, sendo que os
serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos até a decisão judicial transitar em
julgado, conforme art. 39 da Lei 8987/95.
Anulação – invalidação do contrato de concessão por ilegalidade na concessão ou na sua formalização.
Assim a anulação pressupõe um contrato ilegal, diferentemente das demais formas de extinção onde havia
um contrato válido. Os efeitos são ex tunc, retroagindo ao início da concessão
Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de
empresa individual. – como bem observa o Professor Hely Lopes Meirelles “Esta última hipótese só de
aplica as permissões, uma vez que somente pessoa jurídica pode ser concessionária (art. 2º, II), e jurídicas
são apenas aquelas enumeradas no art. 16 do CC, as sociedades civis, as fundações e as sociedades
comerciais, sem contar as pessoas jurídicas de Direito Público.”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOUTO, Marcos Juruena Villela. Desestatização – privatização,
concessões, terceirizações e regulação. 4ªed. Editora Lúmen Júris. Rio de Janeiro, 2001
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27ªed. Editora Malheiros. São Paulo, 2002
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“Nos crimes funcionais próprios, a qualidade de funcionário público é elementar do tipo. Ausente a
condição de funcionário público, a conduta é atípica ( concussão, excesso de exação, corrupção passiva,
prevaricação ). Aqueles chamados de impróprios são crimes funcionais em que o fato seria igualmente
criminoso se não fosse praticado por funcionário público, embora a outro título ....”
Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/21088/procedimento-no-rito-ordinario-dos-crimes-praticados-por-funcionarios-
publicos#ixzz2R2l4ZH4P
Rodolfo, empresário, presidente de uma empresa de engenharia, atua em parceria com Felipe,
Prefeito de um determinado Município brasileiro, e ambos conseguem desviar em proveito próprio a
quantia de R$ 300.000,00 da verba destinada à construção de uma escola do referido município.
Rodolfo
a) responderá por crime de peculato.
b) não responderá por nenhum delito, pois não é funcionário público.
c) responderá por crime de corrupção ativa.
d) responderá por crime de emprego irregular de verbas públicas.
e) responderá por crime de concussão.
João, funcionário público no exercício de suas funções, em cumprimento de mandado de citação,
abordou José, o citando, ordenando-lhe que ajoelhasse no chão para ouvir a leitura do teor do
mandado. José recusou-se a ajoelhar- se, dizendo que ouviria de pé. Nesse caso, José
a) cometeu crime de desacato.
b) cometeu crime de desobediência.
c) não cometeu nenhum delito.
d) cometeu crime de resistência simples.
e) cometeu crime de resistência qualificada.
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O funcionário público, lotado em bilheteria de ferrovia estatal, que falsifica e vende bilhetes de
passagem, apropriando- se do respectivo valor, comete crime de
a) peculato.
b) furto qualificado pela fraude.
c) falsificação de documento público.
d) falsificação de documento particular.
e) apropriação indébita.
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DESCENTRALIZAR
Distribuir competências de uma para outra pessoa física ou jurídica.
Exemplo: quando é criada por lei uma autarquia de direito público para a prestação de um serviço
específico. Esta competência que era do serviço público passa a ser da autarquia.
DESCONCENTRAR
Distribuir competências internamente, dentro da mesma pessoa jurídica.
Ex.: na prefeitura de SBC temos as secretarias, que têm os diretores, que têm as seções, etc. = desconcentrar
competência.
Sendo o titular dos serviços públicos, o Estado deve prestá-los da melhor forma possível. Assim, pode, em
casos específicos, dividir a tarefa da execução, não podendo, em nenhuma hipótese, transferir a titularidade
do serviço.
O certo é que, possível a parceria, podem os serviços públicos serem executados direta ou indiretamente.
O Estado, por seus diversos órgãos e nos diversos níveis da federação, estará prestando serviço por
EXECUÇÃO DIRETA quando, dentro de sua estrutura administrativa -ministérios, secretarias,
departamentos, delegacias -, for o titular do serviço e o seu executor. Assim, o ente federativo, será tanto o
titular do serviço, quando o prestador do mesmo. Esses órgãos formam o que a doutrina chama de
ADMINISTRAÇÃO CENTRALIZADA, porque é o próprio Estado que, nesses casos, centraliza a atividade.
O professor CARVALHO DOS SANTOS, conclui:
“O Decr.-lei n° 200/67, que implantou a reforma administrativa federal, denominou esse grupamento de
órgãos de administração direta (art. 4°, I), isso porque o Estado, na função de administrar, assumirá
diretamente seus encargos."
Por outro lado, identifica-se a EXECUÇÃO INDIRETA quando os serviços são prestados por pessoas
diversas das entidades formadoras da federação.
Ainda que prestados por terceiros, insisto, o Estado não poderá nunca abdicar do controle sobre os serviços
públicos, afinal, quem teve o poder jurídico de transferir atividades deve suportar, de algum modo, as
consequências do fato.
Essa execução indireta, quando os serviços públicos são prestados por terceiros sob o controle e a
fiscalização do ente titular, é conhecido na doutrina como DESCENTRALIZAÇÃO.
Leciona o Professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO que:
“Diz-se que a atividade é descentralizada quando é exercida,..., por pessoas distintas do Estado.” Na
descentralização o Estado atua indiretamente, pois o faz através de outras pessoas, seres juridicamente
distintos dele, ainda quando sejam criaturas suas e por isso mesmo se constituam,..., em parcelas
personalizadas da totalidade do aparelho administrativo estatal."
Visualizado o conceito de descentralização da prestação dos serviços públicos, há que destacar os modelos
de descentralização adotados pela doutrina pátria.
Não há, pelos doutrinadores, uniformidade na classificação das subespécies de descentralização.
Entretanto, tenho por mais didática a apresentação feita pela Professora MARIA SYLVIA ZANELA DI
PIETRO, em seu Direito Administrativo, São Paulo, Ed. Atlas, 1997, 8° ed. Pg. 296 e ss.
Em seu curso, a professora MARIA SYLVIA divide a descentralização inicialmente em política e
administrativa.
A descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não
decorrem do ente central. Tema que já foi abordado supra, a descentralização política decorre diretamente da
constituição (o fundamento de validade é o texto constitucional) e independe da manifestação do ente central
(União).
Já a descentralização administrativa ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições que decorrem
do ente central, que empresta sua competência administrativa constitucional a um dos entes da federação tais
como os Estados-Membros, os municípios e o Distrito Federal, para a consecução dos serviços públicos.
Assim, entende-se que na descentralização administrativa, os entes descentralizados têm capacidade para
gerir os seus próprios "negócios", mas com subordinação a leis postas pelo ente central
A descentralização administrativa se apresenta de três formas. Pode ser territorial ou geográfica, por
serviços, funcional ou técnica e por colaboração.
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais.
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
A descentralização territorial ou geográfica é a que se verifica quando uma entidade local, geograficamente
delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade jurídica própria e
com a capacidade legislativa (quando existente) subordinada a normas emanadas do poder central.
No Brasil, podem ser incluídos nessa modalidade de descentralização os territórios federais, embora na
atualidade não existam.
A descentralização por serviços, funcional ou técnica é a que se verifica quando o poder público (União,
Estados, Distrito Federal ou Município) por meio de uma lei cria uma pessoa jurídica de direito público –
autarquia e a ela atribui a titularidade (não a plena, mas a decorrente de lei) e a execução de serviço público
descentralizado.
Doutrina minoritária permite, ignorando o DL 200/67, a transferência da titularidade legal e da execução de
serviço público a pessoa jurídica de direito privado. Essa classificação permitiria no Brasil a transferência da
titularidade legal e da execução dos serviços às sociedades de economia mista e às empresas públicas.
Na descentralização por serviços, o ente descentralizado passa a deter a "titularidade" e a execução do
serviço nos termos da lei não devendo e não podendo sofrer interferências indevidas por parte do ente que
lhe deu vida. Deve pois, desempenhar o seu mister da melhor forma e de acordo com a estrita demarcação
legal.
A descentralização por colaboração é a que se verifica quando por meio de contrato (concessão de serviço
público) ou de ato administrativo unilateral (permissão de serviço público), se transfere a execução de
determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado, previamente existente, conservando o
poder público, in totum, a titularidade do serviço, o que permite ao ente público dispor do serviço de acordo
com o interesse público.
Feitas as distinções concernentes ao tema, vale recordar que a descentralização não se confunde com a
desconcentração.
A desconcentração é procedimento eminentemente interno, significando, tão somente, a substituição de um
órgão por dois ou mais com o objetivo de acelerar a prestação do serviço. Na desconcentração o serviço era
centralizado e continuou centralizado, pois que a substituição se processou apenas internamente.
Na desconcentração, as atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compões a
hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre um e outros. Isso é feito com o
intuito de desafogar, ou seja, desconcentrar, tirar do centro um grande volume de atribuições para permitir o
seu mais adequado e racional desempenho.
BIBLIOGRAFIA
MEIRELLES, HELY LOPES. Direito Administrativo Brasileiro, São Paulo, Ed. Malheiros, 22ª Ed., 1997. BANDEIRA DE
MELLO, CELSO ANTÔNIO. Curso de Direto Administrativo, São Paulo, Ed. Malheiros, 10 ed., 1998.
CARVALHO FILHO, JOSÉ DOS SANTOS. Manual de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, Ed. Lumen Juris, 3ª ed., 1999.
DI PIETRO, MARIA SYLVIA ZANELA, Direito Administrativo, São Paulo, Ed. Atlas, 8° ed., 1997 Leia mais:
http://jus.com.br/artigos/334/centralizacao-e-descentralizacao-da-administracao-publica#ixzz3BWF3gO8b
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
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ESTADO GOVERNO
“NAÇÃO POLITICAMENTE ORGANIZADA”,
ATIVIDADE QUE FIXA OS OBJETIVOS DO
DOTADO DE PERSONALIDADE JURÍDICA
ESTADO E CONDUZ POLITICAMENTE OS
PRÓPRIA (PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
NEGÓCIOS PÚBLICOS.
PÚBLICO INTERNO),
FORMADO PELAS ENTIDADES ESTATAIS:
FORMADO POR 4 ELEMENTOS BÁSICOS:
UNIÃO,
POVO,
ESTADOS-MEMBROS,
TERRITÓRIO,
DISTRITO FEDERAL E
PODER SOBERANO E
MUNICÍPIOS
FINALIDADES DEFINIDAS
ADMINISTRAÇÃO
DIRETA INDIRETA
ATUAÇÃO DIRETA PELO PRÓPRIO ESTADO INTEGRADA POR PESSOAS JURÍDICAS DE
POR SUAS ENTIDADES ESTATAIS. DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO,
CRIADAS OU INSTITUÍDAS ATRAVÉS DE LEIS
ESPECÍFICAS.
"Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do SÃO AS AUTARQUIAS,
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos FUNDAÇÕES, EMPRESAS
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, PÚBLICAS E SOCIEDADES
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: DE ECONOMIA MISTA.
XIX - somente por lei específica poderá ser criada
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, PARTE DA DOUTRINA INCLUI
de sociedade de economia mista e de fundação, AS CONCESSIONÁRIAS E
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir PERMISSIONÁRIAS
as áreas de sua atuação; DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998
CARACTERÍSTICAS DA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
CONTROLE INTERNO 1 - CRIADAS OU INSTITUIDAS APENAS
O controle interno é aquele que é exercido pela entidade ou ATRAVÉS DE LEI ESPECÍFICA ( EC N° 19/98);
órgão que é o responsável pela atividade controlada, no âmbito 2 - SEM FINALIDADE LUCRATIVA;
de sua própria estrutura. Sempre será interno o controle 3 - NÃO SE EXTINGUE POR VONTADE
exercido no Legislativo ou no Judiciário por seus órgãos de
administração, sobre seus servidores e os atos administrativos
PRÓPRIA, APENAS POR FORÇA DE LEI;
praticados por estes. 4 - SUBMETEM-SE A CONTROLE INTERNO
CONTROLE EXTERNO PELA PRÓPRIA ENTIDADE A QUE SE VINCULAM
O controle externo ocorre quando outro Poder exerce controle E CONTROLE EXTERNO, EXERCIDO PELO
sobre os atos administrativos praticados por outro Poder. Nas LEGISLATIVO (COM APOIO DO TRIBUNAL DE
palavras de Hely Lopes Meirelles, “é o que se realiza por órgão CONTAS) E PELO JUDICIÁRIO, ALÉM DA
estranho à Administração responsável pelo ato controlado”. FISCALIZAÇÃO DESEMPENHADA PELO
Este mesmo autor utiliza como exemplo a apreciação das
contas do Executivo e do Judiciário pelo Legislativo; a
MINISTÉRIO PÚBLICO;
auditoria do Tribunal de Contas sobre a efetivação de 5 - PERMANECE PRESO À FINALIDADE
determinada despesa do Executivo; a anulação de um ato do PARA A QUAL FORAM INSTITUÍDAS.
Executivo por decisão do Judiciário; a sustação de ato
normativo do Executivo pelo Legislativo.
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
O conceito de Estado varia conforme o ângulo em que é considerado. Para nossos fins, interessa o prisma
constitucional: o Estado é pessoa jurídica territorial soberana. Pessoa jurídica é a unidade de pessoas naturais
ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de
direitos e obrigações. Território é o espaço físico em que o Estado exerce sua soberania. Inclui o solo, o
subsolo, as águas interiores, o mar territorial e o espaço aéreo. Já a soberania, no âmbito interno, é o poder
supremo consistente na capacidade de autodeterminação e, no âmbito externo, é a prerrogativa de receber
tratamento igualitário na comunidade internacional. Disso decorre, por exemplo, a imunidade diplomática.
Governo é o conjunto de órgãos e as atividades que eles exercem no sentido de conduzir politicamente o
Estado, definindo suas diretrizes supremas. Não se confunde com a Administração Pública em sentido
estrito, que tem a função de realizar concretamente as diretrizes traçadas pelo Governo. Portanto, enquanto o
Governo age com ampla discricionariedade, a Administração Pública atua de modo subordinado.
Administração - "administrar" significa não só prestar serviço, executá-lo, mas também dirigir, governar,
exercer a vontade com o objetivo de obter um resultado útil; e até, traçar um programa de ação e executá-lo.
Distingue-se da propriedade no sentido de que, na administração, o dever e a finalidade são predominantes;
no domínio, a vontade prevalece.
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2
NOMEAÇÃO
Iniciamos pela nomeação. Trata-se, como já dissemos, da única forma de provimento originário atualmente
existente, única compatível com o sistema estabelecido pela CF/88.
A nomeação pode dar-se em caráter efetivo ou em comissão, para cargos de confiança, esta última não
exigindo concurso público, podendo tanto recair sobre quem já seja integrante da Administração Pública (o
que não descaracteriza o provimento como originário, já que a causa da nomeação em comissão não é a
relação existente entre o servidor e a Administração) ou sobre pessoa sem qualquer vínculo anterior com a
Administração.
Uma regra prática é a seguinte: sempre que o provimento decorrer de concurso público haverá nomeação e o
provimento é efetivo e originário. Se fulano ingressou num hospital federal por concurso como enfermeiro,
mais tarde concluiu o curso de medicina e deseja exercer esta profissão no mesmo hospital, terá que fazer
novo concurso, para o cargo de médico. Se aprovado, será nomeado no cargo e depois tomará posse.
Embora fulano possuísse um vínculo anterior com a mesma Administração, nenhuma relação há entre o
provimento desse cargo de médico e seu cargo anterior. Sua nomeação como médico decorre
exclusivamente de sua aprovação no novo concurso e seu provimento, portanto, é originário.
Assim, a nomeação em caráter efetivo depende de prévia aprovação em concurso público compatível com a
natureza e a complexidade do cargo a ser provido. É ato administrativo unilateral que não gera, por si só,
qualquer obrigação para o servidor, mas sim o direito subjetivo para que esse formalize seu vínculo com a
Administração, por meio da posse.
A posse, que só ocorre nos casos de provimento por nomeação, esta sim, é ato jurídico bilateral, em que o
servidor é investido das atribuições e responsabilidades inerentes ao cargo. O nomeado somente se torna
servidor com a posse.
O nomeado tem o prazo de trinta dias, contados da nomeação, para tomar posse, salvo nos casos de licença
ou afastamento, hipótese em que se inicia a contagem a partir do término do impedimento. Não o fazendo no
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prazo previsto, o nomeado não chega a aperfeiçoar o vínculo com a Administração, e o ato de provimento é
tornado sem efeito. Não é caso de anulação porque não há vício no ato de nomeação que tal justificasse e
também não cabe falar em exoneração, pois o nomeado não chegou a tornar-se servidor.
READAPTAÇÃO
Readaptação é a primeira forma de provimento derivado de que trataremos, sendo bastante simples. Ocorre
ela quando o servidor, estável ou não, havendo sofrido uma limitação física ou mental em suas habilidades,
torna-se inapto ao exercício do cargo que ocupa, mas, por não ser caso de invalidez permanente, pode ainda
exercer outro cargo para o qual a limitação sofrida não o inabilita.
O cargo provido por readaptação deverá ter atribuições afins às do anterior. Tem que ser respeitada a
habilitação exigida, o nível de escolaridade e a equivalência de vencimentos. Na hipótese de inexistência de
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
Assim, fica claro que a readaptação não significa provimento de cargo “inferior” (e nem “superior”) pelo
servidor que sofreu limitação em suas habilidades. Simplesmente o novo cargo, para seu exercício, não
exige utilização da habilidade que o servidor teve reduzida. É a primeira opção da Administração ante a
hipótese de aposentar o servidor por invalidez permanente, evidentemente muito mais vantajosa para ela,
Administração, e também para o servidor, especialmente nos casos em que a aposentadoria a que ele faria
jus seria a proporcional.
REINTEGRAÇÃO
A reintegração é forma de provimento derivado expressamente prevista na Constituição (art. 41, § 2º).
Ocorre quando o servidor estável, anteriormente demitido, tem a decisão administrativa ou judicial que
determinou sua demissão invalidada. O irregularmente demitido retornará, então, ao cargo de origem, com
ressarcimento de todas as vantagens a que teria feito jus durante o período de seu afastamento ilegal,
inclusive às promoções por antigüidade que teria obtido neste ínterim.
Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, até seu adequado
aproveitamento. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante, se estável, será reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em
3
disponibilidade (nesse caso com remuneração proporcional). Se não estável deverá ser exonerado (essa é a
única conclusão compatível com os dispositivos constitucionais e legais. Não há jurisprudência a respeito).
O texto constitucional determina que a reintegração somente se aplica ao servidor estável. O que se pode
concluir daí não é o absurdo de que o servidor não estável, demitido irregularmente, que tenha a demissão
invalidada pela Administração ou pelo Judiciário, simplesmente não retorne ao cargo e tenha sua demissão
convertida em exoneração. Também é absurdo entender-se que servidor não estável não pode ser demitido,
somente exonerado, pois demissão é punição por falta grave e exoneração é desligamento ou sem qualquer
caráter punitivo, ou por insuficiência de desempenho (CF, art. 41, § 1º, III), ou por inabilitação no estágio
probatório.
Deixamos para a próxima aula as três formas de provimento faltantes – aproveitamento, promoção e
reversão -, sendo que a análise desta última alcançará, para que você fique 100% atualizado com a Lei n.º
8.112/90 (RJU), as novíssimas alterações nela introduzidas na última sexta-feira, dia 05 de maio de 2000
(Ah, você não sabia dessa modificação? É para isso que estamos por aqui!).
APROVEITAMENTO
É forma de provimento derivado expressamente prevista pela Constituição (art. 41, § 3º). Trata-se do retorno
do servidor posto em disponibilidade (portanto estável) a cargo de atribuições e vencimentos compatíveis
com o anteriormente ocupado (o qual foi extinto ou declarado desnecessário).
Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício
no prazo legal, não especificado na Lei 8.112/90. Em princípio, esse prazo seria de 15 dias, por analogia
com o disposto no art. 15, § 1º, da mesma Lei. Observe-se que a cassação da disponibilidade é penalidade
administrativa, punição, equivalente à demissão, nos termos do art. 127, IV, da Lei 8.112/90 (lembrem-se,
no caso de o empossado não entrar em exercício ele é apenas exonerado, sem nenhum caráter de penalidade
disciplinar, conforme art. 15, § 2º da Lei).
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PROMOÇÃO
A promoção é forma de provimento derivado, nas carreiras em que o desenvolvimento do servidor ocorre
por provimento de cargos sucessivos e ascendentes. O conceito é um tanto complexo. Não se aplica aos
cargos isolados, somente aos escalonados em carreira e sempre se refere ao progresso dentro da mesma
carreira, nunca à passagem de uma carreira à outra, o que seria impossível por provimento derivado. Para
esclarecer a definição, trazemos trecho do voto do Min. Moreira Alves, relator da ADIn 837-4/DF:
“O critério do mérito aferível por concurso público de provas ou de provas e títulos é indispensável para
cargo ou emprego público isolado ou em carreira. Para o isolado, em qualquer hipótese; para o em carreira,
para o ingresso nela, que só se fará na classe inicial e pelo concurso público de provas ou de provas e títulos,
não o sendo, porém, para os cargos subseqüentes que nela se escalonam até o final dela, pois, para estes, a
investidura se fará pela forma de provimento que é a promoção. Não há promoção de uma carreira inferior
para outra carreira superior, correlata, afim ou principal. Promoção - e é esse o seu conceito jurídico que foi
adotado pela Constituição toda vez que a ele se refere, explicitando-o – é provimento derivado dentro da
mesma carreira."
A lei 8.112/90, dispõe que “Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na
carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na
Administração Pública Federal e seus regulamentos” (art. 10, parágrafo único) e que “A promoção não
interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de
publicação do ato que promover o servidor (art. 17).
REVERSÃO
Deixamos a reversão por último para que pudéssemos apresentar algo que, sem dúvida alguma, é novidade
mesmo!
A reversão, forma de provimento derivado não explicitada na Constituição, aplica-se, segundo a redação
original da Lei 8.112/90, exclusivamente ao servidor que, aposentado por invalidez permanente (portanto
estável ou não), tem declarados insubsistentes, por junta médica oficial, as causas que determinaram sua
aposentadoria (não mais existe a invalidez. O servidor curou-se, por milagre, reza brava, não importa. Ou
então o diagnóstico da junta que determinou sua invalidez era infundado).
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Deduz-se, assim, que a reversão, como estava prevista originariamente na Lei 8.112/90 sempre é ato de
ofício e é obrigatória caso constatada a insubsistência citada. Não se aplicaria, em hipótese nenhuma, ao
servidor aposentado por tempo de serviço, e não podia ocorrer a pedido do servidor aposentado por
invalidez (este poderia até requerer novo diagnóstico de junta oficial se entendesse não mais existente sua
invalidez. Mesmo assim, a reversão seria ato de ofício e, uma vez declarada a insubsistência da invalidez,
seria obrigatória para a Administração).
Pois bem, visto o regramento do instituto pela redação original da Lei 8.112/90, e acrescentando-se que a
reversão faz-se no mesmo cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com a
possibilidade de ficar o revertido como excedente caso provido seu cargo, e que não pode reverter o
aposentado que já tiver completado 70 anos de idade (pois cairia na aposentadoria compulsória), vem a
novidade.
A Medida Provisória 1971–11 (DOU de 05/05/2000) alterou substancialmente o instituto da reversão, dando
nova redação ao art. 25 da Lei n.º 8.112, de 1990, que passou a tratar do assunto nos seguintes termos:
“Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
II - no interesse da administração, desde que:
a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.
§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga.
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§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se
permanecer pelo menos cinco anos no cargo.
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.”
Anote-se que tal modificação trouxe a possibilidade de o servidor aposentado por tempo de serviço pedir o
retorno ao cargo anteriormente ocupado, mediante reversão, desde que atendidos os demais pressupostos
constantes das alíneas do inciso II. A hipótese depende ainda de regulamentação, a qual deve ser
estabelecida por Decreto. De qualquer forma é certo que, a partir de tal ato normativo, passa a existir o
instituto da reversão a pedido, no interesse da Administração, de servidor aposentado por tempo de serviço –
hipótese que antes, como se viu, não existia!
Na verdade, essa nova hipótese veio possibilitar o retorno dos servidores públicos aposentados,
apressadamente, antes da promulgação da Emenda Constitucional n.º 20, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço, em face do receio de que esta EC, que implementou a conhecida Reforma da Previdência,
trouxesse inovações desfavoráveis aos direitos dos aposentados (para quem não se lembra, à época aventou-
se inclusive a possibilidade de desvinculação entre os proventos da aposentadoria e a remuneração dos
servidores ativos!). Outro aspecto que também causou verdadeiro pânico entre os servidores, rumo aos
portões da aposentadoria, foi a controvérsia existente acerca dos limites do poder constituinte derivado:
poderia a EC violar os direitos adquiridos dos aposentados ou não?
Diante de todas essas perspectivas, o fato é que muitos colegas – inclusive da SRF – aposentaram-se às
pressas, com proventos proporcionais ao tempo de serviço, muitos deles com perdas pecuniárias
significativas. Estes, após o advento da referida MP, desde que satisfaçam os requisitos do inciso II do art.
25, podem requerer o seu retorno à atividade (sujeitando-se apenas à valoração administrativa de
oportunidade e conveniência). Voltando ao desempenho das atribuições de seu cargo poderão contar esse
novo tempo de atividade para, depois, aposentarem-se com proventos integrais. "Direito Administrativo -
Descomplicado", de autoria de Marcelo Alexandre e Vicente Paulo.
5
1 - Em relação aos agentes públicos, julgue os itens a seguir.
A promoção constitui ato de investidura derivada, enquanto a nomeação consiste em ato de investidura
originária.
( ) CERTO ( ) ERRADO
3 - Qual a forma de provimento de cargo público federal em que o servidor estável retorna ao cargo
anteriormente ocupado em decorrência de reintegração do anterior ocupante?
a) Readaptação.
b) Ascensão.
c) Recondução.
d) Reversão.
e) Aproveitamento.
8 - Com base nas disposições legais acerca do regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
das autarquias e das fundações públicas federais, julgue os itens a seguir.
Entre as formas de provimento em cargo público incluem-se a readaptação, a reversão, a recondução, a
transferência e a ascensão.
6
( ) CERTO ( ) ERRADO
9 - Constitui forma de provimento de cargo público, de acordo com a legislação que rege a matéria:
a) Reversão, consistente no retorno à atividade de servidor aposentado, nas hipóteses previstas em lei, no
mesmo cargo ou em cargo resultante de sua transformação.
b) Recondução, consistente no retorno do servidor ao cargo de origem, quando invalidada sua demissão por
decisão administrativa ou judicial.
c) Readaptação, consistente no retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta
médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.
d) Reversão, consistente no provimento de cargo decorrente de transformação do originalmente ocupado
pelo servidor, condicionada a aprovação em processo seletivo específico.
e) Readaptação, consistente na investidura de servidor em cargo de menor complexidade, quando
inabilitado em estágio probatório do cargo efetivo originalmente provido.
10 - Claudio, servidor público municipal, foi demitido do serviço público. Dois anos após a aplicação
da aludida pena, esta foi invalidada por sentença judicial transitada em julgado.
Nesses dois anos, Roberto, também servidor público municipal, ocupou o cargo antes ocupado por Claudio.
Nesse caso, após a invalidação da demissão, Claudio e Roberto serão, respectivamente,
a) aproveitado no cargo e reintegrado ao cargo de origem.
b) aproveitado no cargo e reconduzido ao cargo de origem, com direito à indenização.
c) reintegrado ao cargo e posto em disponibilidade, mesmo que o cargo de Roberto não tenha sido extinto.
d) reintegrado ao cargo e reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização.
e) reconduzido ao cargo e aproveitado em outro, mesmo que o cargo de origem de Roberto esteja vago.
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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11 - João Carlos, aposentado por invalidez, foi submetido à junta médica oficial, que declarou
insubsistentes os motivos da aposentadoria, razão pela qual foi determinado o seu retorno à atividade,
que deverá ser feito
a) através da reintegração em qualquer cargo de atribuições correlatas àquelas do cargo que ocupava
anteriormente, ficando o servidor em disponibilidade remunerada se não houver cargo vago com tais
características.
b) por recondução para o mesmo cargo anteriormente ocupado. Na hipótese deste estar provido, o servidor
será colocado em disponibilidade remunerada até que ocorra a vaga em outro cargo.
c) mediante reversão e ocorrer no mesmo cargo ou naquele resultante da sua transformação. Na hipótese de
estar provido esse cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
e) com a aplicação da transposição para o cargo ocupado quando da aposentadoria, ou para outro com as
mesmas características, ou ainda colocado em disponibilidade remunerada, até que ocorra cargo vago.
12 - É INCORRETO afirmar que são formas de provimento de cargo público, dentre outras,
a) a reintegração e a recondução.
b) readaptação e a nomeação.
c) promoção e o aproveitamento.
d) transferência e a ascensão.
e) nomeação e a promoção.
13 - São formas de provimento de cargo público, de acordo com a Lei Federal no 8.112/90:
7
a) Nomeação e indicação.
b) Ascensão e reversão.
c) Transferência e readaptação.
d) Reintegração e readaptação.
e) Recondução e ascensão.
GABARITO:
1 - CERTO
2-D
3-C
4 - CERTO
5 - CERTO
6 - ERRADO
7-B
8 - ERRADO
9-A
10 - D
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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11 - C
12 - D
13 - D
14 - C
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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração, cometido por agente público, durante o
exercício de função pública ou decorrente desta. Segundo Calil Simão, o ato de improbidade qualificado como
administrativo (ato de improbidade administrativa), é aquele impregnado de desonestidade e deslealdade.
1 . (TCE-CE - FCC, Auditor - 2008) É regra estranha ao regime da Lei Federal 8.429/92, dita Lei da
Improbidade Administrativa, a
A) possibilidade de determinação da indisponibilidade de bens do indiciado em inquérito para apuração de
ato de improbidade administrativa, quando esse ato causar lesão ao patrimônio público ou ensejar
enriquecimento ilícito.
B) sujeição do sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente, às
cominações da Lei, até o limite do valor da herança.
C) inclusão, no conceito de agente público, para os efeitos da Lei, daqueles que exercem, transitoriamente ou
sem remuneração, função nas entidades da administração direta ou indireta.
D) impossibilidade de cumulação de sanções penais, civis e administrativas, com as cominações previstas na
Lei.
E) sujeição às penalidades da Lei dos atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que
receba subvenção de órgão público, limitada a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição
dos cofres públicos.
2 . (TRT-2ª Região, FCC – Analista Judiciário - 2008) Nas hipóteses de atos de improbidade
administrativa que importam enriquecimento ilícito, o agente está sujeito, dentre outras penalidades, à
suspensão dos direitos políticos de
A) oito a dez anos e pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial.
B) seis a dez anos e pagamento de multa civil de até três vezes o valor do dano.
C) oito a doze anos e pagamento de multa civil de até cinco vezes o valor do acréscimo patrimonial.
D) cinco a oito anos e pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano.
E) três a cinco anos e pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo
agente.
3 . (CGU, ESAF - Analista de Finanças e Controle - 2004) Assinale, no rol abaixo, a conduta considerada
como improbidade administrativa que está sujeita a pena mais branda do que as demais.
A) Frustrar a licitude de processo licitatório.
B) Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente.
C) Permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao do mercado.
D) Frustrar a licitude de concurso público.
E) Ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento.
4 . (CGU, ESAF - Analista de Finanças e Controle - 2006) Configura ato de improbidade administrativa
no exercício da função pública:
I. o servidor adquirir bens cujo montante seja incompatível com a sua renda se não conseguir comprovar a
origem lícita dos mesmos.
II. o funcionário do Ministério da Saúde que, fora do horário normal de expediente, presta serviços de
informática a uma empresa que não é fornecedora de bens ou serviços para esse Ministério.
III. o servidor do setor de fiscalização de uma agência reguladora que, nos períodos de férias, presta consultoria
para empresa da área de regulação dessa agência.
IV. o servidor que, por negligência, atesta a realização de serviço que não foi realizado.
V. o chefe do setor de compras que recebe passagem aérea e estadia em hotel, pagas por um fornecedor
interessado em fazer demonstração de novos produtos.
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Estão corretas
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas II, IV e V.
C) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
D) apenas as afirmativas I, IV e V.
E) apenas as afirmativas I, III e V.
5 . (TRT-RJ, Cespe - Analista Judiciário - 2008) Quanto à improbidade administrativa, assinale a opção
correta.
A) Ação de improbidade proposta contra ministro do STF será processada e julgada nesse tribunal.
B) Se o responsável pelas licitações de um tribunal tiver sido exonerado do cargo em 22/1/2004 por
improbidade administrativa, nessa situação, se a ação de improbidade tiver sido proposta em 30/12/2004 pelo
Ministério Público contra atos lesivos ao patrimônio público estará prescrita.
C) A rejeição de representação de improbidade por autoridade administrativa impede o particular de requerê-
la ao Ministério Público.
D) Mediante concessões recíprocas em que haja recomposição do dano, será lícita a transação das partes na
ação de improbidade administrativa.
E) Na ação de improbidade administrativa, o réu poderá apelar da decisão que receber a petição inicial.
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D) entre as sanções aplicáveis à improbidade administrativa estão a perda de função pública e proibição de
receber incentivos fiscais e creditícios do poder público.
E) N.R.A.
9 . (TJ-SP, Vunesp - Agente de Fiscalização Judiciária - 2010) O art. 11 da Lei nº 8.429/92 normatiza
que constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e
lealdade às instituições. O mesmo dispositivo legal descreve algumas situações em que isso se verifica.
Assinale a alternativa que traz, apenas, as situações expressamente mencionadas no referido artigo de
lei.
A) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; negar publicidade aos atos oficiais.
B) Frustrar a licitude de concurso público; nomear parente ou amigo próximo para cargo de confiança.
C) Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; utilizar-se, em proveito próprio, de veículos
automotores a serviço do ente público.
D) Revelar fato ou circunstância de que tenha ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em
segredo; priorizar o atendimento público a conhecidos ou indicados por estes.
E) Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na regra de
competência; estabelecer diferenciação entre os particulares em razão de raça ou gênero.
10 . (TRT-9ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2010) De conformidade com a Lei nº 8.429/1992,
receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem
tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente
das atribuições do agente público caracteriza
A) ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito.
B) infração administrativa, mas não ato de improbidade administrativa.
C) ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário.
D) crime de improbidade administrativa.
E) ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública.
GABARITO:
1-D 2-A 3-D 4-C 5-A
6-A 7-C 8-B 9-A 10 - A
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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Licitação
é o procedimento administrativo para contratação de serviços ou aquisição de produtos pelos entes da
Administração Pública direta ou indireta. No Brasil, para licitações por entidades que façam uso da verba
pública, o processo é regulado pela lei nº 8666/93
É composto de diversos procedimentos que têm como meta princípios constitucionais como a legalidade, a
isonomia, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência, com o intuito de proporcionar à
Administração a aquisição, a venda ou uma prestação de serviço de forma vantajosa, ou seja, menos onerosa
e com melhor qualidade possível. É a chamada "eficiência contraditória".
Isto acontece utilizando-se um sistema de comparação de orçamentos chamado de "propostas das empresas".
As empresas devem atender às especificações legais necessárias, todas constantes do edital.
A empresa que oferecer maiores vantagens ao governo será a escolhida para o fornecimento do produto ou do
serviço, para aquisição de bens alienados pela administração pública ou para atuar nos regimes de concessão
ou permissão em relação a serviço público.
Oferta mais vantajosa, na legislação brasileira, entende-se pelo critério de
- menor preço;
- melhor técnica;
- técnica e preço; ou,
- maior lance ou oferta para os casos de alienação de bens ou de concessão de direito real de uso.
Dentre estes, o critério 'menor preço' é comumente mais utilizado.
Ao lado deste, figuram o critério de 'Melhor Técnica', quando se leva em consideração, além do preço, a
qualificação do licitante e as características de sua proposta; e 'Maior Lance', utilizado quando o objetivo é
alienar (vender) bens públicos, como ocorre nos leilões.
O ordenamento brasileiro, (art. 37, inciso XXI), determinou a obrigatoriedade da licitação para todas as
aquisições de bens e contratações de serviços e obras, bem como para alienação de bens, realizados pela
Administração no exercício de suas funções.
A lei 8666/93 é uma lei federal brasileira, criada em 21 de junho de 1993. Esta lei estabelece normas gerais
6
sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras,
alienações e locações no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A lei 10.520, de 2002, institui o pregão no ordenamento jurídico brasileiro, para aquisição de bens e serviços
comuns.
Como fonte de consulta, há uma publicação do Tribunal de Contas da União, disponível no site do TCU, que
versa sobre questões relacionadas ao processo licitatório.
EXERCÍCIOS
1 - O pregão é modalidade de licitação cabível à aquisição de bens e serviços comuns, entendidos como
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital por
meio de especificações usuais no mercado. Já a consulta é modalidade de licitação cabível para bens e
serviços não comuns, sendo suas propostas submetidas a um júri. Essas duas modalidades de licitação
se identificam por não exigirem qualquer limite de valor para sua realização.
Certo
Errado
2 - O edital é o meio pelo qual a administração torna pública a realização de uma licitação. A modalidade
de licitação que não utiliza o edital como meio de tornar pública a licitação é o(a)
a) concorrência.
b) leilão.
c) tomada de preços.
d) convite.
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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e) concurso.
5 - Considere as afirmações abaixo sobre a participação nas licitações para outorga de contratos de
concessão para a atividade de exploração de petróleo.
I - Empresa estrangeira pode participar da licitação, mas, se vencedora, deverá constituir empresa
segundo as leis brasileiras.
7
II - Empresa estrangeira pode participar da licitação, isoladamente ou em consórcio, vedada a
participação em consórcio com empresa brasileira.
III - Empresa (nacional ou estrangeira) que integre um consórcio não pode concorrer isoladamente no
processo licitatório relativo a um mesmo bloco.
6 - Acerca de licitações e contratos da administração pública, regulamentados pela Lei n.º 8.666/1993,
e do regime diferenciado de contratações públicas, regrado pela Lei n.º 12.462/2011, julgue os itens
seguintes.
Nos casos em que a lei autoriza a não realização de licitação, considera-se que ela é dispensável e, assim,
não cabe à administração, discricionariamente, decidir sobre a realização ou não de licitação.
Certo
Errado
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais.
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
12 - Sobre a Lei 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, é
correto afirmar, exceto:
A) A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a
proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os
princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade e publicidade, dentre outros.
B) A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo
quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
C) Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, inicialmente, aos
bens e serviços produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional.
D) É vedado aos agentes públicos admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou
condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou
distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato.
E) O procedimento licitatório caracteriza ato administrativo formal, dependendo, contudo, da esfera da
Administração Pública.
GABARITO
1 - CERTO 2-D 3-A 4 - ERRADO 5-D
11 - D 12 - E 13 - C
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ÓRGÃOS PÚBLICOS
São entidades governamentais responsáveis pela administração direta ou indireta e gerenciamento dos
recursos públicos. Tais entidades se dividem em federais, estaduais e municipais, estando também vinculadas a
um dos Três Poderes.
Contrato administrativo constitui um acordo de vontade celebrado entre a Administração Pública e
particular, sujeito ao regime jurídico administrativo, com natureza de direito público (aplicando
subsidiariamente princípios do direito privado), através do qual a Administração recebe uma série de
prerrogativas e sujeições.
A duração do contrato está presa à vigência dos respectivos créditos orçamentários, cuja duração é de 01
(um) ano. Portanto, o contrato administrativo tem vigência de 01 ano.
Esta limitação ocorre para evitar ônus superiores às disponibilidades orçamentárias do ano seguinte.
Mas, como a toda regra existe exceção, três casos que fogem à regra da duração de 01 ano podem ser
expostos:
1) Os projetos previstos nas metas estabelecidas no Plano Plurianual podem ser prorrogados conforme o
interesse da Administração e desde que tenha previsão no ato convocatório;
2) As prestações de serviços executados de forma contínua (segurança, limpeza, etc..) podem ter vigência de
até 60 meses.
3) O aluguel de programas de informática pode ser prorrogado pelo prazo de até 48 meses.
Ocorrendo algumas das circunstâncias excepcionais do § 1º do art. 57 da Lei 8.666/93, o contrato
administrativo pode ser prorrogado, desde que mantidas as demais cláusulas e o equilíbrio econômico-
financeiro.
"§ 1o Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas
as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde
que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere
fundamentalmente as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da
Administração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em
documento contemporâneo à sua ocorrência;
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos
previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo
das sanções legais aplicáveis aos responsáveis."
Apesar de colocar no art. 57, caput que a duração do contrato administrativo é de 01 ano, entendeu por bem
o legislador expor no § 3º deste mesmo dispositivo a vedação expressa ao contrato por prazo indeterminado.
Resta ainda falar sobre os contratos de concessão e permissão posto que não se englobam nas hipóteses
previstas no art. 57 da Lei 8.666/93.
Como tais contratos não oneram a Fazenda Pública, pois correm por conta e risco dos contratados, estes
contratos possuem duração maior que 01 ano.
A Lei 8.666/93 estabelece algumas formalidades legais e essenciais à validade dos contratos administrativos
a partir do art. 60.
Estas formalidades são estabelecidas com o intuito de proteger o patrimônio público, além de permitir o
controle da sua legalidade.
Com relação à forma, o instrumento de contrato (e seus aditamentos, se houver), é lavrado na repartição
interessada.
"Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que
autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição
dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais." (art. 61 da Lei 8.666/93).
O instrumento de contrato é obrigatório nas hipóteses de concorrência, tomada de preço e contratação direta.
Ressalta-se que nos casos de dispensa e inexigibilidade cujos preços estejam compreendidos nos limites da
concorrência e tomada de preços também é obrigatório o instrumento de contrato.
Observação:
Concorrência é a modalidade de licitação empregada nos contratos de grande valor;
Tomada de preços é a modalidade de licitação empregada nos contratos de vulto médio;
Contratação direta é realizada sem o procedimento prévio licitatório.
A lei determina também que o instrumento de contrato é facultativo nos casos em que pode ser substituído
por outros instrumentos tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou
ordem de execução de serviço.
A lei abre ainda a possibilidade de contratação verbal para pequenas compras de pronto pagamento feitas em
regime de adiantamento.
Art. 60, parágrafo único da Lei 8.666/93. "É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em
regime de adiantamento."
A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é
condição indispensável e essencial para sua eficácia.
Quaisquer dos licitantes têm direito de conhecer previamente a minuta do contrato e da licitação e esta
minuta, como parte integrante do edital, deve ser totalmente e completamente seguida pelo contrato.
O contrato administrativo deve ser resultado de uma licitação, salvo nos casos de dispensa ou
inexigibilidade.
P.S.:A dispensa e a inexigibilidade de licitação constituem exceções ao princípio constitucional da
obrigatoriedade de licitação.
A licitação é um procedimento administrativo realizado obrigatoriamente pelo Poder Público todas as vezes
que este deseja alienar, adquirir ou alugar bens, contratar obras ou serviços, outorgar concessões ou
permissões. Visa selecionar entre o universo de fornecedores que possui a proposta mais vantajosa,
possibilitando uma forma de competição entre eles.
A inexigibilidade de licitação ocorre quando há a inviabilidade de competição na contratação pretendida
pela Administração Pública e a dispensa de licitação ocorre quando, mesmo sendo viável a competição, esta
contraria o interesse público.
Os casos de inexigibilidade encontram-se exemplificados no art. 25 e de dispensa taxados no art. 24 da Lei
8.666/93.
CONTRATO DE OBRAS PÚBLICAS
O contrato de obra pública é celebrado quando a Administração Pública objetiva a construção, reforma,
fabricação, recuperação ou ampliação de uma obra pública. A remuneração é apurada conforme a execução
do serviço. Pode ser sob o regime de empreitada por preço global (a obra é contratada por um preço certo e
total), empreitada por preço unitário (o preço é fixado por unidades determinadas), empreitada integral (a
obra é contratada como um todo, sob inteira responsabilidade da contratada até a entrega ao contratante em
condições de início de uso) ou por tarefa (se contrata a mão-de-obra para pequenas obras, por preço certo,
com ou sem fornecimento de materiais, e a contraprestação é concedida na proporção em que é realizada a
obra).
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
O contrato de prestação de serviços é celebrado quando o objeto é a prestação de uma atividade útil para o
Poder Público. Considera-se serviço "toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse
para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação,
reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais." (art. 6º, II da Lei 8.666/93)
Assim, os serviços podem ser comuns (que não exigem habilitação específica), profissionais generalizados
(que exigem habilitação específica) e profissionais especializados (que exigem habilitação específica e
notoriedade - são os serviços dispostos no art. 13 da Lei 8.666/93).
CONTRATO DE FORNEIMENTO
O contrato de fornecimento equivale ao contrato de compra e venda do direito comum. Servem para
aquisição de bens como gêneros alimentícios.
CONTRATO DE CONCESSÃO
O contrato de concessão se divide em dois: contrato de concessão de uso de bem público e contrato de
concessão de serviço público. Este contrato é explicado no curso "A concessão e a permissão de serviços
públicos".
CONTRATO DE GESTÃO
O contrato de gestão foi criado pela Emenda Constitucional nº 19 com diversos objetivos, entre eles o de dar
maior autonomia aos contratantes à medida que demonstrem maior eficiência em sua atuação.
Este contrato pode ser firmado entre a Administração Pública direta e as entidades da Administração Pública
indireta, entre órgãos administrativos e entre o Estado e particulares.
No contrato firmado entre a Administração Pública direta e as entidades da Administração Pública indireta,
a CR/88 em seu art. 37, § 8º preceitua que aos integrantes da Administração indireta é outorgada maior
autonomia à medida que cumprem as metas de desempenho a eles impostas. Senão vejamos:
Art. 37,§ 8º da CR/88. "A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos
dirigentes;
III - a remuneração do pessoal."
Para o contrato firmado entre os órgãos existe uma crítica muito grande uma vez que estes não possuem
personalidade jurídica.
CONVÊNIO
O convênio é um contrato firmado entre entidades estatais de qualquer espécie ou entre esta e entidade
privada com o intuito de alcançar um interesse comum com a cooperação mútua entre os contratantes.
CONSÓRCIO
O consórcio é um contrato firmado entre entidades estatais da mesma espécie com o intuito de reunir
esforços para realização de objetivos de interesse comum.
As normas regulamentadoras dos consórcios públicos encontram-se dispostas na Lei 11.107/05.
http://www.jurisway.org.br
LÍDIA SALOMÃO
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
morais cabíveis (Lei dos Direitos Autorais) Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
AUTARQUIAS
Na administração pública brasileira, uma autarquia é uma entidade auxiliar da administração pública estatal
autônoma e descentralizada. É um dos tipos de entidades da administração indireta. Seu patrimônio e receita
são próprios, porém, tutelados pelo Estado. O Decreto-Lei nº 200 de 1967, no seu artigo 5º, inciso I, define
autarquias como "Serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica de direito público, patrimônio
e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram para seu melhor
funcionamento gestão administrativa e financeira descentralizada".
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Fundações Públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público ou de direito
privado dependendo da lei instituidora, sem fins lucrativos, criadas em virtude de autorização legislativa para
o desenvolvimento de atividades de interesse público, como educação, cultura e pesquisa, sempre merecedoras
de amparo legal. São criadas por lei específica e regulamentadas por decreto, independentemente de qualquer
registro.
“A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como foram criadas, da opção legal
pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos serviços por
elas prestados”
“Aquela orientação constitucional alterou-se pela Emenda Constitucional n. 19/98, pela qual se retornou
ao entendimento antes adotado, possibilitando-se a existência de fundações de direito privado no âmbito da
Administração Pública (edições posteriores ao advento daquela Emenda), onde se observa: A EC 19/98 deu
nova redação ao inc. XIX do art. 37 da CF, deixando transparecer ter voltado ao entendimento anterior de
que a fundação é entidade com personalidade jurídica de direito privado: ‘somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista
e de fundação, cabendo a lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação’.
A fundação foi colocada ao lado das empresas governamentais (entidades de Direito
Privado): a lei não cria, apenas autoriza a sua criação, devendo o Executivo tomar as providências
necessárias para o registro determinante do nascimento da pessoa jurídica de Direito Privado. E mais: lei
complementar deverá definir as áreas em que poderá atuar a fundação, não podendo essa figura jurídica
servir de panacéia para qualquer atividade que a Administração pretenda efetuar com relativa autonomia”
(Idem, Ibidem)”
Ministra Cármen Lúcia do STF - Esclarecimento, constante dos autos do processo relativo à Adin nº 191-4
(à fl.16), de 29 de novembro de 2007 (posterior à Medida Cautelar)
EMPRESA PÚBLICA
Entidade empresarial, com personalidade jurídica de direito privado e participação única do Poder Público no
seu capital e direção, na forma da lei, sendo de propriedade única do Estado. É pessoa jurídica de direito
privado, sem privilégios estatais, salvo as prerrogativas que a lei especificar em cada caso particular, para a
realização das atividades desejadas pelo Poder Público.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/296750/sociedade-de-economia-mista
http://www.seuconcurso.com.br/admintiradas/autarquias.htm#ixzz2Ilyeek1i
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
CF/88, art. 37, § 6º -
"As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa".
a) teoria da culpa administrativa: a obrigação do Estado indenizar decorre da ausência objetiva do serviço
público em si. Não se trata de culpa do agente público, mas de culpa especial do Poder Público,
caracterizada pela falta de serviço público.
b) teoria do risco administrativo: a responsabilidade civil do Estado por atos comissivos ou omissivos de
seus agentes, é de natureza objetiva, ou seja, dispensa a comprovação de culpa. "Para que se configure a
responsabilidade objetiva do ente público, basta a prova da omissão e do fato danoso e que deste resulte o
dano material ou moral". Em seu Relato o Min. José Delgado continua "A ré (Prefeitura/SP) só ficaria isenta
da responsabilidade civil se demonstrasse - o que não foi feito - que o fato danoso aconteceu por culpa
exclusiva da vítima". Portanto, basta tão só o ato lesivo e injusto imputável à Administração Pública. Não se
indaga da culpa do Poder Público mesmo porque ela é inferida do ato lesivo da Administração. É
fundamental, entretanto, que haja o nexo causal. "Deve haver nexo de causalidade, isto é, uma relação de
causa e efeito entre a conduta do agente e o dano que se pretende reparar. Inexistindo o nexo causal, ainda
que haja prejuízo sofrido pelo credor, não cabe cogitação de indenização". Lembrando que a dispensa de
comprovação de culpa da Administração pelo administrado não quer dizer que aquela esteja proibida de
comprovar a culpa total ou parcial da vítima, para excluir ou atenuar a indenização. Verificado o dolo ou a
culpa do agente, cabe à fazenda pública acionar regressivamente para recuperar deste, tudo aquilo que
despendeu com a indenização da vítima.
c) Teoria do risco integral: a Administração responde invariavelmente pelo dano suportado por terceiro,
ainda que decorrente de culpa exclusiva deste, ou até mesmo de dolo. É a exacerbação da teoria do risco
administrativo que conduz ao abuso e à iniquidade social, com bem lembrado por Meirelles.
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
O RE discutiu se a palavra “terceiros”, contida no artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal* também
alcança pessoas que não se utilizam do serviço público. Isto porque a empresa alegava que o falecido não
era usurário do serviço prestado por ela.
http://www.tudosobreconcursos.com/responsabilidades-dos-servidores-publicos
http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/fadipa/marcossilviodesantana/respcivilestado.htm
EXERCÍCIOS
2 - Pela teoria da faute du service, ou da culpa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao
funcionário culpado, isentando a administração da responsabilidade pelo dano causado.
CERTO
ERRADO
3 - A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente de a vítima
ter concorrido para o seu aperfeiçoamento.
CERTO
ERRADO
4 - De acordo com a jurisprudência e a doutrina dominante, na hipótese em pauta, caso haja danos a algum
cidadão e reste provada conduta omissiva por parte do Estado, a responsabilidade deste será subjetiva.
CERTO
ERRADO
5 - Caso algum cidadão pretenda ser ressarcido de prejuízos sofridos, poderá propor ação contra o Estado
ou, se preferir, diretamente contra o agente público responsável, visto que a responsabilidade civil na
situação hipotética em apreço é solidária.
CERTO
ERRADO
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6 - Determinado cidadão sofreu prejuízos em razão da conduta de agente público federal atuando nessa
qualidade. De acordo com a Constituição Federal e com a Lei nº 8.112/1990,
a) A União é obrigada a reparar o dano, podendo exercer o direito de regresso em face do servidor
somente no caso de comprovada a conduta dolosa do mesmo.
b) A União é obrigada a reparar o dano, respondendo o agente perante esta, em ação regressiva, caso
comprovado ato comissivo ou omissivo, doloso ou culposo.
c) A União é obrigada a reparar o dano, desde que comprovada a conduta dolosa ou culposa do agente.
d) O servidor é obrigado a ressarcir a Fazenda Pública, em ação regressiva, sempre que a União for
condenada a reparar o dano.
e) O servidor é obrigado a ressarcir a Fazenda Pública, em ação regressiva, somente na hipótese de
comprovada conduta comissiva, dolosa ou culposa.
7 - A responsabilidade civil da administração pública por atos comissivos é objetiva, embasada na teoria do
risco administrativo, isto é, independe da comprovação da culpa ou dolo.
CERTO
ERRADO
9 - Uma servidora pública estadual é vítima de constantes humilhações de seu superior hierárquico,
culminando a perseguição com a remoção desnecessária e injustificada para um posto distante de sua
residência. Diante de tal circunstância, a servidora decide ajuizar ação de indenização por danos morais e
materiais – visto que teve gastos médicos decorrentes do sofrimento psicológico a que foi submetida. Uma
vez provados tais fatos, a responsabilidade
a) é atribuível de forma solidária ao Estado e ao agente público que submeteu a autora a assédio moral.
b) No tocante aos danos morais é atribuível tão somente ao agente público, em vista da natureza
eminentemente pessoal do conflito.
c) É exclusiva do agente público, visto que a entidade estatal não obteve nenhum proveito da situação,
refugindo ao âmbito da teoria do risco-proveito, embasadora da responsabilidade objetiva estatal.
d) Somente poderá ser atribuída ao ente estatal caso se comprove a culpa in vigilando em relação à
atuação do agente público que promoveu o assédio moral, por se tratar de conduta omissiva do ente
estatal, o que ensejaria responsabilidade na modalidade subjetiva.
e) é atribuível de forma principal ao agente público, por ser o causador direto do dano; e de forma
subsidiária ao ente estatal, caso o agente público não tenha patrimônio para reparar o dano causado.
10 - João, servidor público, conduzia veículo oficial a serviço da Administração federal e envolveu-se em
acidente de trânsito do qual resultou prejuízo de grande monta a particular. O particular acionou a União e
esta foi condenada a indenizá-lo.
De acordo com os dispositivos constitucionais e legais que regem a matéria, o direito de regresso da
Administração em face do servidor
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
a) independe de comprovação de dolo ou culpa, dada a sua natureza objetiva.
b) é afastado se configurada responsabilidade objetiva do Estado.
c) depende da comprovação de dolo e é afastado no caso de culpa, salvo se configurada inobservância de
dever legal.
d) depende da comprovação de conduta dolosa ou culposa, dada a natureza subjetiva da responsabilidade do
agente.
e) é sempre possível, em razão da responsabilidade objetiva do agente, salvo quando comprovada culpa
exclusiva da vítima ou causas excludentes da ilicitude.
11 - A responsabilidade civil do Estado exige três requisitos para a sua configuração: ação atribuível ao
Estado, dano causado a terceiros e nexo de causalidade.
CERTO
ERRADO
12 - As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica respondem
pelos danos que seus agentes causarem a terceiros conforme as mesmas regras aplicadas à demais pessoas
jurídicas de direito privado.
CERTO
ERRADO
14 - (CESPE/Fiscal INSS/1998) Vigora no Brasil, como regra, a teoria do risco integral da responsabilidade
civil.
CERTO
ERRADO
18 - (ESAF/Procurador DF/2004) O Estado responde pelos danos causados por seus agentes, na execução de
serviços públicos, descontando destes, automaticamente os valores que despender no pagamento de
indenizações.
CERTO
ERRADO
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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22. (CESPE/Delegado PF-Regional/2004) A responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva não
exige caracterização da culpa estatal pelo não-cumprimento de dever legal, uma vez que a Constituição
brasileira adota para a matéria a teoria da responsabilidade civil objetiva.
CERTO
ERRADO
23. (ESAF/AFRF/2005) Assinale, entre as entidades abaixo, aquela que não se submete à responsabilidade
objetiva pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causem a terceiros.
a) REDE GLOBO DE TELEVISÃO
b) FUNASA – Fundação Nacional de Saúde
c) ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações
d) CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
e) TELEMAR
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
26. (CESPE/Defensor Público União/2001)
A teoria do risco administrativo, base para a responsabilidade objetiva do Estado, admite a exclusão da
responsabilidade do Estado nos casos de comprovação de culpa exclusiva da vítima.
CERTO
ERRADO
27. (CESPE/Fiscal INSS/1998) Será subjetiva a responsabilidade civil do Estado por acidentes nucleares.
CERTO
ERRADO
28. (CESPE/Fiscal INSS/1998) Ainda que se comprove erro judiciário, o Estado não estará obrigado a
indenizar o condenado, haja vista a sentença judicial não possuir natureza de ato administrativo.
CERTO
ERRADO
GABARITO:
1 – CERTO
2 – ERRADO
3 – CERTO
4 – CERTO
5 – ERRADO
6–B
7 – CERTO
8–D
9–A
10 – D
11 – CERTO
12 – CERTO
13 – CERTO
14 – ERRADO
15 – CERTO
16 – ERRADO
17 – ERRADO
18 – ERRADO
19 – ERRADO
20 – CERTO
21 – C
22 – ERRADO
23 -D
24 – ERRADO
25 – CORRETO
26 – CORRETO
27– ERRADO
28 – ERRADO
29 -E
http://www.mapadaprova.com.br/questoes/de/direito-administrativo/responsabilidade-civil-do-estado
https://www.euvoupassar.com.br/?go=artigos&a=duyP2ZsKMYPVjWpzoOlHntMpP50P_9WeqUXY08TfgsA~
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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Serviço público
toda atividade de oferecimento de utilidade e comodidade material, destinada à satisfação da
coletividade, mas que pode ser utilizada singularmente pelos administrados, e que o Estado
assume como pertinente a seus deveres e presta-a por si mesmo, ou por quem lhe faça as vezes,
sob um regime de direito público, total ou parcialmente.
Requisitos: importância da atividade material para satisfação das necessidades ou comodidades
do todo social + presença do Estado + regime público (regime jurídico-administrativo).
1 . (TCE-AM, FCC - Analista Técnico de Controle Externo - 2008) É item estranho ao rol
de direitos dos usuários de serviços públicos, nos termos da lei geral sobre concessões,
A) receber serviço adequado.
B) receber do poder concedente informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos.
C) receber da concessionária informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos.
D) receber o serviço, observados os princípios da universalidade, gratuidade e continuidade.
E) obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços,
quando for o caso, observadas as normas do poder concedente.
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4 . (Prefeitura de São Paulo, FCC - Auditor Fiscal – 2007) Nos termos do tratamento legal
da matéria, a
A) concessão e a permissão de serviços públicos são contratos.
B) concessão de serviços públicos é contrato, mas a permissão é ato unilateral.
C) permissão de serviços públicos é contrato, mas a concessão é ato unilateral.
D) concessão e a permissão de serviços públicos são atos unilaterais.
E) concessão de serviços públicos é contrato e a permissão de serviços não mais existe.
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8 . (TCE-MG, FCC - Auditor - 2005) A Administração, tendo em vista a insuficiência de
recursos para ampliação e manutenção de determinado sistema rodoviário, decidiu
conceder a sua exploração a particular, fixando, como critério de seleção da melhor
proposta, o maior ônus pela exploração da obra pública. No curso do contrato de
concessão, o poder concedente, sensibilizado pelos apelos da população, não concedeu o
reajuste da tarifa de pedágio de acordo com o índice fixado contratualmente. Em face da
disciplina legal dos contratos de concessão, é correto afirmar:
A) enquanto poder concedente, a Administração tem a faculdade de alterar unilateralmente todas
as cláusulas do contrato de concessão, inclusive aquelas relativas à equação econômico-
financeira, não cabendo qualquer compensação à concessionária.
B) com base no poder de alteração unilateral, o poder concedente pode modificar o contrato de
concessão para possibilitar a revisão dos critérios de fixação da tarifa, inclusive índices e
periodicidade de reajuste, desde que recomponha o equilíbrio econômico-financeiro em favor da
concessionária.
C) sendo vedado ao poder concedente conferir qualquer subsídio à concessionária, ainda que
destinado à modicidade da tarifa, não poderá compensá-la em função da não concessão de
reajuste tarifário, devendo a mesma arcar com a redução de receita correspondente.
D) considerando que o critério de julgamento não foi o de menor tarifa, mas sim o de maior
ônus pela concessão, o poder concedente pode alterar os critérios de reajuste da tarifa de pedágio
fixados no contrato, sem direito a eventual recomposição do equilíbrio econômico-financeiro em
favor da concessionária.
E) tendo em vista que a concessão pressupõe a exploração do serviço ou obra pública por conta
e risco do particular, não caberá, diferentemente dos demais contratos administrativos, medidas
de recomposição de equilíbrio econômico-financeiro.
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