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Direito Civil - Do pagamento por consignação

O pagamento por consignação consiste no depósito em juízo da coisa devida pelo sujeito passivo da
obrigação (seja coisa móvel ou imóvel, não se tratando somente de dinheiro), seja por recusa do credor em
receber ou por qualquer outro motivo que a torne necessária, fazendo com que o devedor libere-se de sua
dívida, conforme determina o art. 972 do Código Civil: "Considera-se pagamento, e extingue a obrigação o
depósito judicial da coisa devida, nos casos e formas legais".
O instrumento para tal dispositivo é a ação de consignação em pagamento, prevista nos artigos 890 e
seguintes do Código de Processo Civil.
O depósito deve substituir o pagamento, se julgado procedente, extinguindo a obrigação (art. 972) e seus
juros e riscos, de acordo com o art. 976: "O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto
que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente".
O devedor não está obrigado à realização de tal depósito. O Código (art. 972) determina que ele seja feito
nos casos e formas legais, ou seja, se o devedor depositar o que deve, em vez de pagar diretamente ao
credor, sem uma razão que justifique tal atitude, este depósito será julgado improcedente e o depositante
sofrerá será responsável pelas conseqüências de tal ato. Mas isso não impede que ele o faça, pois dessa
forma estará cumprindo sua obrigação realizando o pagamento, evitando uma discussão sobre quem seria o
responsável por seu atraso e poupando o trabalho de guardar consigo o que deve.
O art. 973 do Código Civil estabelece os casos em que é cabível o depósito em juízo: "A consignação tem lugar":

"I – se o credor, sem justa causa, recusar a receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma". Neste
caso o devedor não está obrigado a depositar em juízo o objeto da obrigação, mas pode faze-lo caso o credor
se recuse a receber, ou recebendo, se recusar a dar a quitação legalmente devida ao credor. Se a recusa do
credor em receber tiver justificativa é julgada improcedente a ação. Trata-se esta hipótese de dívida portable,
ou seja, o devedor deve ir até o domicílio do credor para executar o pagamento. No caso descrito neste
inciso o credor será citado para vir ou mandar receber (art. 975).
"II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condições devidas". Da mesma
forma do inciso anterior, bem como em todos os demais, é dada ao credor a faculdade de consignar o
pagamento, pois, embora o devedor fique isento da culpa pela mora, ele pode mesmo assim depositar se
quiser. Trata-se de uma dívida quérable, ou seja, aquela em que o credor deve ir até o domicílio do devedor
para receber o pagamento. Também no caso descrito neste inciso será o credor citado para vir ou mandar
receber (art. 975).

"III – se o credor for desconhecido, estiver declarado ausente, ou residir em lugar incerto, ou de acesso
perigoso ou difícil". Trata-se de uma dívida portable, mas, se o devedor não souber quem é o credor, ou se
este for declarado ausente (desaparecido há muito tempo), ou, ainda, se residir em lugar não sabido ou de
acesso difícil ou perigoso, cabe ao devedor também a consignação. O credor será citado para vir ou mandar
receber também neste caso (art. 975).

"IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento". Se o devedor tiver
dúvida em relação ao credor, isto é, a quem ele deve entregar a coisa devida, por receio de pagar a pessoa
errada ele pode também depositar a coisa em juízo. Mas esta dúvida deve ter fundamento, caso contrário
será julgada improcedente a ação e o devedor responderá pelas conseqüências. No caso descrito neste inciso
será o credor citado para provar o seu direito (art. 975).

"V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento". Se s coisa devida for objeto de disputa judicial, mesmo
que seja claro ao devedor a quem ele deve pagar, a lei lhe defere esta alternativa, para que não incorra em
erro de credor, devendo pagar duas vezes, segundo determina o art. 983: "O devedor de obrigação litigiosa
exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo
conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento".

"VI – se houver concurso de preferência aberto contra o credor, ou se este for incapaz de receber o
pagamento". Refere-se este inciso à existência de mais de um credor, que postulam uma execução conjunta
contra o devedor, devendo este consignar o pagamento, cabendo aos credores dividir entre eles o que cada
um tem direito. Refere-se também a incapacidade (menoridade) do credor e à não existência de um
representante legal seu, devendo também o devedor consignar o pagamento.

O art. 974 relaciona os requisitos para que o pagamento consignado tenha validade: "Para que a consignação
tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os
requisitos sem os quais não é válido o pagamento".
Para ter validade, a ação de consignação, em relação às pessoas, deve ser proposta por quem tenha qualidade
para efetuar o pagamento (o devedor ou terceiro) e contra o credor ou seu representante; em relação ao
objeto, a prestação oferecida deve ser a coisa devida e na quantia devida; em relação ao tempo, a prestação
deve ser dada na época devida ou, se depois, acrescida dos encargos da mora. Se sua mora tornou inútil ao
credor a coisa, esta pode ser enjeitada.
O depósito pode ser levantado (retirado) pelo devedor a qualquer tempo, desde que antes da manifestação de
aceitação ou impugnação do credor, pagando as despesas com tal levantamento e voltando à condição
anterior ao depósito: a obrigação subsiste integralmente, segundo art. 977: "Enquanto o credor não declarar
que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas
despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito".
Existe também a possibilidade de ser levantado o depósito mesmo após ter sido julgado procedente, mas há
uma condição para isto: não basta o consentimento do credor para que o devedor faça o levantamento, é
necessário que os demais credores e fiadores estejam de acordo (art. 978: "Julgado procedente o depósito, o
devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e
fiadores").
Mas o Código Civil prevê uma conseqüência para o levantamento com a aceitação pelo credor depois de
julgado procedente: como, após tal julgamento, a consignação tem força de pagamento, a obrigação antiga
extinguiu-se; assim, se o devedor levantar o pagamento com anuência do credor, cria-se uma nova
obrigação, e não há que se falar em mora ou inadimplemento da obrigação anterior, posto que já não mais
existe, pois o levantamento nestas condições não tem força para ressuscitar a dívida antiga. Da mesma forma
os antigos coobrigados e fiadores que não anuíram já não fazem parte dessa nova obrigação. (art. 979: "O
credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no levantamento, perderá a preferência
e garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-
devedores e fiadores, que não anuíram").
O Código Civil prevê ainda a possibilidade de ser a prestação devida um corpo certo, o qual deve ser
entregue ao credor no local onde se faça. Se o credor não atender, pode o devedor encontra. Nesse caso,
poderá o devedor pedir que o credor seja citado para ir receber ou mandar que alguém depositar a coisa (art.
980: "Se a coisa devida for corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor
citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada").
Uma outra questão refere-se à escolha, em se tratando de coisa indeterminada. Se competir ao credor, será
ele citado para fazê-la. Se ele não a fizer, pode perder o direito, dando possibilidade ao devedor de escolhê-
la e depositá-la. Se for a escolha feita pelo devedor, aplica-se o que dispõe o artigo 980, acima citado (art.
981: "Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação
de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher. Feita a escolha pelo devedor,
proceder-se-á como no artigo antecedente").
Estabelece ainda o Código que as despesas do depósito correrão por conta do credor se julgado procedente, e
por conta do devedor se improcedente (art. 982: "As despesas com o depósito, quando julgado procedente,
correrão por conta do credor e, no caso contrário, por conta do devedor").

http://www.advocaciaassociada.com.br/informacoes.asp?IdSiteAdv=2803&action=exibir&idinfo=1799
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A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
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“A ação de prestação de contas é a ação de conhecimento, de procedimento especial de jurisdição
contenciosa, em que se busca a realização do direito de exigir ou do direito de prestar contas a alguém.”
Em razão do artigo 914 prever
- quem tem o direito de exigir e
- quem tem o direito de prestar contas,
a doutrina divide a ação de prestação de contas em duas espécies:
1. ação de exigir contas espontânea e
2. ação de prestação de contas PROVOCADA.
Depende de quem tem o direito de exigir ou quem tem a obrigação de prestar as contas.
Cada uma das espécies segue um procedimento diferente.
Ambas são de JURISDIÇÃO CONTENCIOSA.

NATUREZA
É uma ação preponderantemente condenatória.
Por quê?
1. O parágrafo 2º do artigo 915 prevê a CONDENAÇÃO DO RÉU a prestar as contas.
2. Ao final das contas prestadas, o saldo credor apurado será cobrado do devedor.
A sentença tem natureza de título executivo: art. 918.
Sem excluir a natureza DECLARATÓRIA desta ação.
Porquanto tenha NATUREZA CONDENATÓRIA, não afasta a natureza declaratória.
O juiz DECLARA as contas corretas.
Entrou 100, saiu 100.
O que tange a declarar que as contas estão boas, é declaratória.

OBJETIVO
PRESTAR AS CONTAS na forma mercantil ou contábil (917).
Em apontando saldo, executa-se esse saldo nos PRÓPRIOS AUTOS do processo (918).
Mas esta ação tem, também, uma distinção: em razão deste artigo 918, a ação tem CARÁTER DÚPLICE.
Porque possibilita que o saldo apurado seja cobrado do autor ou do réu.
Com isso, uma vez que a ação tem caráter dúplice, não se admite:
- pedido contraposto nem
- reconvenção.
Se o réu oferecer reconvenção, haverá a carência da ação por falta de interesse processual.
Portanto, não há a possibilidade de oferecer pedido contraposto nem reconvenção.

Art. 917. As contas, assim do autor como do réu, serão apresentadas em forma mercantil, especificando-se
as receitas e a aplicação das despesas, bem como o respectivo saldo; e serão instruídas com os documentos
justificativos.
Art. 918. O saldo credor declarado na sentença poderá ser cobrado em execução forçada.

http://anotacoesprocedimentosespeciais.blogspot.com.br/2008/09/conceito-ao-de-prestao-de-contas.html

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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais) Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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Em regra, os limites objetivos da demanda (matéria sobre a qual o juiz se pronunciará no dispositivo da
sentença, fazendo coisa julgada) são fixados no momento em que o réu responde à demanda. A ação declaratória
incidental tem por objetivo permitir à parte, diante de um fato superveniente, ampliar esses limites, levando ao
juiz fatos novos, referentes à mesma matéria, sobre os quais ele terá que se pronunciar, decidindo e evitando uma
nova demanda que verse sobre questão que prejudicaria o julgamento da demanda inicial (art. 5º). Com a ação
declaratória incidental, a relação jurídica, que não era objeto do pedido da ação principal, será alcançada pela
coisa julgada. Ou seja, a questão prejudicial, que normalmente é decidida de modo a não fazer coisa julgada (art.
469, III), passa a ter essa autoridade com a propositura da ação declaratória incidental (art. 470). Ex: se o autor
promove ação de despejo, pode o réu propor ação declaratória incidental visando a declaração da inexistência da
locação. Essa relação jurídica (locação) não era objeto do pedido, embora necessariamente integrasse a causa de
pedir. Assim, caso não proposta a declaratória incidental, a sentença, em sua parte dispositiva, somente poderia
versar sobre a procedência ou não do despejo, mas a locação em si não faria coisa julgada. Proposta a ação
declaratória incidental, também a relação locatícia integrará a coisa julgada, evitando futuras demandas sobre o
mesmo tema.
2. Requisitos de Admissibilidade
Para sua admissão, necessária a observância dos seguintes requisitos:
a) Identidade de partes: necessitam ser as mesmas partes uma vez o que se visa com a ação declaratória
incidental é a alteração dos limites da coisa julgada.
b) Ação pendente: pois é ação incidente sobre outra ação (dita principal).
c) Litigiosidade superveniente: somente se admite declaratória incidental em virtude de fato que se tornou
litigioso após a resposta do réu.
d) Prejudicialidade: só pode ser objeto de declaratória incidental a relação jurídica prejudicial. É o nexo de
prejudicialidade que permite a declaratória incidental. Considera-se prejudicial toda e qualquer matéria que,
embora não diretamente de mérito, deva ser julgada como requisito para o exame de mérito (são antecedentes
lógicos da questão que forma o mérito da causa). Desde, logo, deve-se excluir do conceito de questão prejudicial
as matérias relacionadas com as preliminares de natureza processual, as quais não se incluem jamais nos limites
da coisa julgada material.
e) Competência para julgamento da prejudicial: o juiz deverá ser competente para julgar, além da ação principal,
a prejudicial.
f) Procedimentos compatíveis: necessário que os procedimentos da principal e da incidental sejam compatíveis,
pois ambas seguirão em conjunto e serão julgadas na mesma sentença.
3. Procedimento da Declaratória Incidental
O Código de Processo Civil não tem um capítulo destinado ao estudo da declaratória incidental, existindo
somente dois artigos, um afirmando seu cabimento (artigo 5º do Código de Processo Civil) e outro afirmando,
quando trata da réplica, que o autor pode ingressar com a declaratória incidental no prazo de 10 dias (artigo 325
do Código de Processo Civil). Surge, então, uma discussão quanto ao prazo para a propositura da declaratória
incidental. Parte dominante da doutrina entende que o prazo de 10 dias, de que trata o artigo 325, valerá para
todas as hipóteses de declaratória incidental.Apresentada a declaratória incidental, a parte contrária será intimada,
na pessoa do seu advogado, para defender-se. Nesse caso, o prazo, segundo a doutrina dominante, será de 15 dias
(prazo para resposta). Essa intimação é uma verdadeira e própria citação, entretanto, em razão de o Código falar
em intimação, não há necessidade de mandado, podendo haver a intimação pelo Diário Oficial. Nas hipóteses de
revelia do réu, necessária será a citação (art. 321).Apresentada a resposta à declaratória incidental, o
processamento deverá ser conjunto, sendo proferida uma única sentença. Nesse caso, o recurso cabível será a
apelação. Se o juiz julgar isoladamente a declaratória incidental, o recurso cabível será o agravo.Tecnicamente, a
declaratória incidental deve tramitar simultaneamente com a relação principal para uma decisão única. Se o juiz,
por qualquer motivo, determinar que a declaratória incidental siga autonomamente, haverá dois processos; então,
nesse caso, contra a decisão do juiz, o recurso cabível será a apelação.Para o réu, a ação declaratória pode
normalmente ser manejada através da reconvenção.

THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 52. ed. Rio de Janeiro: Gen, 2011.

A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
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AÇÃO MONITÓRIA
Destina-se à constituição de título executivo e, se for o caso, à sua posterior execução.
A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo,
pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel. Estando a petição
inicial devidamente instruída, o juiz deferirá de plano a expedição do mandado de pagamento ou de entrega
da coisa no prazo de quinze dias. No prazo previsto no artigo anterior, poderá o réu oferecer embargos, que
suspenderão a eficácia do mandado inicial. Se os embargos não forem opostos, constituir-se-á, de pleno
direito, o título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo. Cumprindo o
réu o mandado, ficará isento de custas e honorários advocatícios. Os embargos independem de prévia
segurança do juízo e serão processados nos próprios autos, pelo procedimento ordinário. Rejeitados os
embargos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial, intimando-se o devedor e
prosseguindo-se na forma prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X do CPC. Veja Arts. 1.102a a 1.102c
do Código de Processo Civil e Lei n° 9.079/95.
Nosso ordenamento jurídico adotou o procedimento monitório documental, que é aquele em que as
alegações do autor devem obrigatoriamente vir acompanhadas de prova documental (escrita) sem eficácia de
título executivo. "Assim, entre nós, a ação monitória é definida como procedimento especial de jurisdição
contenciosa, que tem por finalidade a formação de título executivo judicial a favor de quem tiver prova
escrita, na qual conste obrigação de pagar soma em dinheiro, entregar coisa fungível ou determinado bem
móvel"
Vale mencionar que a ação monitória possui um procedimento especial e célere de natureza condenatória,
para a formação do título executivo.
AÇÃO MONITÓRIA X AÇÃO DE COBRANÇA
A ação de cobrança comparada à ação monitória é bem mais demorada, pelo simples motivo de que seu
procedimento exige determinadas fases até a obtenção da sentença de mérito, como a contestação, a fase de
instrução probatória etc.
A ação de cobrança não depende de um tipo de prova específico, pode ser fundada em qualquer tipo de
prova (documental, testemunhal e pericial). Já a ação monitória é baseada exclusivamente em prova escrita,
como um instrumento particular, porém sem eficácia de título executivo, conforme o art. 1.102-A do CPC:
“A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo,
pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.”
A ação monitória, portanto, é mais célere do que a ação de cobrança, pois se procede através do rito
sumário. Além de dispensar outros meios de instrução probatória, ela já se inicia com a expedição do
mandado de pagamento ou entrega da coisa pelo réu, se devidamente instruída a petição inicial, conforme
determina o artigo 1102-B do CPC.
Na ação de cobrança o réu é citado primeiramente para apresentar contestação como meio de defesa, já na
monitória, o mandado inicial não é de citação para que o réu venha contestar o pedido, mas para que venha
solver a dívida demonstrada documentalmente pelo autor. Porém, se o réu entender que não está obrigado ao
pagamento daquela quantia, poderá apresentar sua defesa por meio de embargos, dentro de 15 dias,
englobadas no macete.
Há duas teorias fundamentais voltadas à conceituação da posse
-Teoria subjetiva (clássica): foi desenvolvida por Savigny, para esta teoria a posse decorre da conjugação de
dois elementos básicos, primeiro é o “corpus”, e depois o “animus”. “Corpus” é o poder físico sobre a coisa,
trata-se do elemento material da posse, já o “animus” representa o elemento subjetivo, o elemento ético,
representando a vontade do possuidor de ter a coisa como sua, para esta teoria a vontade de possuir para si
originaria a posse jurídica, então uma distinção entre posse e detenção, na detenção o possuidor não se
comporta em relação a coisa com ânimo de dono, assim para a teoria subjetiva aquele que detém a coisa em
nome alheio não é possuidor, como por exemplo, o locatário, o comodatário, o depositário, entre outros.
- Teoria objetiva: difundida por Ihering, segundo essa doutrina, o elemento objetivo, ou seja, o poder de fato
sobre a coisa é o que caracteriza a posse. A posse é então a exteriorização de um direito sobre o bem, que
importa na sua utilização econômica, ainda que exercida em nome de outrem.
O nosso Novo Código Civil, artigo 1.196, adotou a teoria objetiva. De acordo com a teoria objetiva pode
haver a bipartição da posse, a co-existência da posse direta e da posse indireta sobre o mesmo bem, em
situações como a do usufruto, do comodato e da locação, entre outros. E, desse modo o possuidor indireto
também pode reclamar em juízo a proteção possessória.
Natureza jurídica da posse
Para aqueles que defendem a teoria subjetiva, a posse é ao mesmo tempo um fato e um direito, aponta-se
que se trata de um acontecimento casual que produz efeitos jurídicos, já para teoria objetiva a posse é
simplesmente um direito por representar um interesse juridicamente protegido. A doutrina moderna tem de a
considerar a posse um direito.
O Professor Caio Mario da Silva Pereira realça que o debate doutrinário desse aspecto não tem hoje grande
importância bastando dizer que nascendo a posse de uma relação de fato converte-se desde logo em uma
relação jurídica.
Admitida a posse como direito perdura o dissenso sobre a natureza desse direito, ou seja, se ele é pessoal ou
real. Civilistas como Caio Mario da Silva Pereira, Orlando Gomes, e Pontes de Miranda conclui que a posse
é um direito real. Eles dão conta; realçam que a sujeição da coisa à pessoa é direta e imediata, e o direito do
possuidor é exercitado “erga omnes” como todo direito real.
O Código de Processo Civil, no artigo 10, § 2º não reconhece que o direito de posse tem natureza real,
dispõe que nas ações possessória, a participação do cônjuge do litigante só será indispensável no caso de
composse ou de atos praticados por ambos os cônjuges. A participação do casal em uma ação possessória
não decorre da natureza jurídica da posse, mas da comunhão de direitos e obrigações.
Classificação da Posse
No aspecto objetivo, a posse é justa ou injusta. Somente a posse justa é objeto da proteção judicial. Essa
classificação tem em conta o modo de aquisição da posse.
Posse justa é aquela adquirida em conformidade com o direito. E, posse injusta é adquirida de forma
violenta, clandestina ou precária, como prevê os artigos 1.200 e 1.208 do Novo Código Civil.
No aspecto subjetivo, a posse é de boa ou má-fé. Essa classificação interessa principalmente aos efeitos que
produz em relação aos frutos e rendimentos auferidos pelo possuidor durante o tempo em que reteve a coisa,
interessa também para definir eventual direito à indenização por benfeitorias e acessões introduzidas.
Se o possuidor ignora o vício ou o obstáculo que o impede de adquirir a coisa possuída, sua posse é de boa-
fé. Se ele conhece o vício ou o obstáculo, age de má-fé, como disposto no artigo 1.201 do Novo Código
Civil. O possuidor de má-fé tem plena consciência de que não lhe assiste o direito de reter a coisa, ou seja,
está ciente da ilegitimidade da sua condição. E, por fim a posse pode ainda ser direta ou indireta, como prevê
o artigo 1.197 do Novo Código Civil. Essa classificação é importante para identificar a ilegitimidade ativa
nas ações possessórias. Tem a posse direta da coisa, aquele que não é o dono dela, mas exerce uma das
faculdades inerentes ao domínio. Tem a posse indireta, o proprietário que se desvincula de um dos atributos
ligados ao domínio cedendo-o a outrem o seu exercício.
Proteção Possessória
Um dos efeitos da posse é justamente o direito aos interditos, como previsto nos artigos 1.210 e 1.211 do
Novo Código Civil. O Código de Processo Civil disciplina como ações possessórias típicas, à ação de
reintegração de posse, a de manutenção da posse, e o interdito proibitório. Os embargos de terceiros, e a
nunciação de obra nova não são consideradas ações tipicamente possessórias. O que determina o caráter
possessório da ação não é o pedido, mas a causa de pedir. Somente será possessória, a ação que tem por
fundamento a posse. Se o autor disputa a posse com fundamento no domínio, a ação será petitória, e não,
possessória, como por exemplo, ação reivindicatória que é uma ação petitória, e ação de imissão da posse.
Diante do esbulho que é uma agressão que faz cessar a posse do autor cabe ação de reintegração de posse (a
doutrina chama de ação de força espoliativa).
Havendo turbação, agressão que apenas embaraça o exercício da posse, cabe ação de manutenção da posse
(na doutrina é ação de força turbativa).
O interdito proibitório é cabível para corrigir agressões que ameaçam a posse. Essa ação tem caráter
preventivo, pois busca impedir a concretização da turbação ou do esbulho.
Os interditos são diferenciados no Código de Processo Civil levando-se em conta as providências a serem
adotadas em juízo diante da agressão à posse.
Fungibilidade das Ações Possessórias
Diante do disposto no artigo 920 do Código de Processo Civil, admite-se a conversibilidade dos interditos, o
juiz pode outorgar proteção possessória que seja adequada ao caso concreto, cujos requisitos estejam
presentes embora o autor tenha formulado um pedido diverso.
A idéia é permitir a concessão da tutela pertinente e idônea diante da possibilidade de alteração do estado de
fato no curso da lide.
Cumulação de Pedidos
Ao pedido possessório podem ser cumulados outros pedidos como prevê o artigo 921 do Código de Processo
Civil.
Competência
Tendo por objeto coisa móvel, a ação possessória de vê ser ajuizada no foro do domicílio do réu. Versando
sobre imóvel, observa-se a competência do foro da situação da coisa litigiosa como dispõe o artigo 95 do
Código de Processo Civil.
Trata-se de competência absoluta, pelo critério objetivo material.
Admite-se ação possessória no Juizado Especial Cível como prevê os artigos 3º, IV e 4º da Lei 9.099/95.
Natureza Dúplice das Ações Possessórias
O Código de Processo Civil, no artigo 922 admite que o réu formule em seu favor pedido contraposto ao do
autor. O réu pode pleitear em seu favor a proteção possessória, além de indenização pelos prejuízos
freqüentes para eventual agressão à posse praticada pelo autor. Autor e réu ocupam simultaneamente
posições subjetivas na relação processual, pois o réu pode obter como conseqüência direta da rejeição do
pedido do autor, a tutela da sua posse independente de reconvenção.
Deve haver pedido expresso na contestação para que se aplique a regra do artigo 922 do Código de Processo
Civil.
Exceção de Domínio
No juízo possessório discute-se apenas o direito a posse como tutela de mero fato. Não se admite debate a
respeito do domínio da coisa, salvo se ambos os litigantes disputam a posse alegando propriedade, ou ainda,
quando duvidosas ambas as posses como dispõe a súmula 487 do Supremo Tribunal Federal.
Já no juízo petitório a pretensão reduzida tem por fundamento o direito de propriedade.
Consagra-se então, a autonomia da posse perante a propriedade, não podendo ser negada a reintegração ou a
manutenção ao verdadeiro possuidor, pelo simples fato de alguém alegar e provar o domínio sobre a coisa
legitimamente possuída por aquele como prevê o artigo 1.210, § 2º do Novo Código Civil.
Não se pode então utilizar a exceção de domínio como matéria de defesa, em uma ação possessória como
reza o artigo 923 do Código de Processo Civil. A conseqüência imediata do dispositivo será que o possuidor,
não proprietário, que uma vez ajuizada a ação possessória, poderá pedir a recuperação da coisa pelo legítimo
dono.
Este não poderá recorrer ao juízo petitório enquanto a possessória não tiver sido julgada em definitivo. O
objetivo da vedação legal seria impedir que a ação voltada ao reconhecimento do domínio possa retardar ao
julgamento do pedido possessório. A doutrina e a jurisprudência tem reagido contra essa norma. Acórdãos
do Supremo Tribunal Federal vêm aceitando que apenas na pendência de processo possessório fundado na
alegação de domínio é defeso as partes mover ação de reconhecimento de domínio. Pode ser ação de
usucapião ou reivindicatória.
Procedimento das Ações Possessórias
O procedimento da ação possessória é determinada por circunstâncias de natureza temporal. Se a ação é de
força nova, ou seja, é proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho, observa-se o rito especial dos
artigos 926 a 931 do Código de Processo Civil. Se a ação de for de força velha, ou seja, proposta a mais de
ano e dia, após a violação da posse observa-se o procedimento comum (ordinário ou sumário dependendo do
valor da causa).
Tratando-se de interdito proibitório, o procedimento será sempre especial de acordo com os artigos 932 e
933 do Código de Processo Civil.
Não se pode falar em força nova ou força velha em relação ao interdito, pois a ameaça de violação à posse
deve ser necessariamente atual. Nas ações de força velha não incide o disposto nos artigos 928 e 929 do
Código de processo Civil que autoriza a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração
da posse, mas o autor pode obter a tutela antecipada nas ações de força velha com fundamento no artigo 273
do Código de Processo Civil.
A concessão da tutela liminar pode ficar condicionada a prestação de caução real ou fidejussória. A caução
pode ser exigida se o réu provar que o autor carece de idoneidade financeira para responder por perdas e
danos caso venha decair do pedido.
Nos processos possessórios não há instauração de execução autônoma para efetivação da sentença, ou seja,
não há instância executiva somente. A posse é mantida ou restituída ao vencedor da ação mediante simples
expedição de mandado ocorrendo então na mesma relação processual atividade jurisdicional de cognição e
execução.
Fala-se que ação possessória é executiva “lato sensu”. Dessa forma, não se admite oposição de embargos em
face da efetivação da sentença.
Se o demandado (o réu) tem benfeitorias a indenizar e pretende exercer o direito de retenção deve suscitar o
tema na contestação. O direito de retenção deve ser reconhecido na sentença da ação possessória, o réu
poderá se valer dos embargos de retenção após a sentença, pois esses embargos são cabíveis apenas na
execução para a entrega da coisa fundada em título extra-judicial como reza o artigo 744 do Código de
Processo Civil.
Procedimento das Ações de Manutenção e Reintegração na Posse
O procedimento é idêntico nas duas ações, embora os seus objetivos sejam diferentes.
De acordo com o artigo 927 do Código de Processo Civil, o autor deve:
1º) demonstrar a posse anterior sobre a coisa;
2º) a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
3º) a data em que a posse foi violada;
4º) a preservação da posse, embora turbada em se tratando de ação de manutenção e a perda da posse em se
tratando de ação de reintegração.
Se houver prova pré-constituída da presença dos requisitos legais (prova literal) cabe deferimento da medida
liminarmente “inaudita altera pars” em se tratando de ação de força nova. O réu pode manifestar agravo de
instrumento contra essa decisão liminar.
Se não houver prova pré-constituída, os fatos mencionados no artigo 927, faculta-se ao autor, a justificação
prévia devendo o réu ser citado para comparecer a audiência de justificação.
Nessa hipótese, o juiz não defere de plano o mandado liminar.
Na audiência o autor produzirá prova testemunhal podendo o réu, por meio de advogado contraditar as
testemunhas e formular perguntas.
Entende-se que o réu não pode produzir prova oral nesta audiência. Não estamos diante de audiência de
instrução e julgamento colhendo-se a prova apenas para fornecer ao juiz elementos para a apreciação do
pedido de liminar.
Se for acolhida da justificação, o juiz determinará a imediata expedição do mandado de reintegração ou de
manutenção. Rejeitada a justificação, a medida liminar será negada prosseguindo-se com a instauração de
contraditório.
Cabe agravo de instrumento contra a decisão de juiz.
Se a ré é pessoa jurídica de direito público não cabe indeferimento de liminar sem prévia audiência de seu
representante judicial como dispõe o artigo 928, § único do Código de Processo Civil.
Não sendo designada audiência de justificação, concedida ou não a liminar de plano, o réu será citado para
apresentar resposta em 15 dias.
Se for realizada a audiência de justificação o réu já terá sido citado passando a fluir o prazo de 15 dias para
resposta da data que foi intimado da decisão que deferir ou não a medida liminar.
Entende-se que se o réu não comparecer a audiência de justificação e nem se fez representar por advogado
apesar de validamente citado considera-se intimado da decisão a ser proferida iniciando-se desde logo o
prazo para resposta. A questão é controvertida.
Se o réu foi citado pessoalmente e pautou-se pela revelia aplica-se o artigo 330, II do Código de Processo
Civil.
Se o réu foi citado por edital ou hora-certa, o juiz deve nomear curador especial para apresentar contestação.
Contestado ou não o pedido, o juiz deverá verificar se é caso ou não de extinção do processo ou julgamento
antecipado de acordo com os artigos 329 e 330 do Código de Processo Civil. Caso contrário deverá observar
o artigo 331 do Código de Processo Civil.
Na contestação, o réu pode postular a proteção possessória em seu favor, além da composição de perdas e
danos, assim em princípio não cabe reconvenção.
Podem ser apresentadas, no entanto, as exceções instrumentais como prevê o artigo 304 do Código de
Processo Civil.

Informações Sobre o Autor


Omar Aref Abdul Latif

MACETES JURÍDICOS

AÇÕES POSSESSÓRIAS
Matéria muito cobrada em concurso.
Com este Macete você nunca mais irá esquecer as ações possessórias, pois auxilia na memorização.
A Frase para nunca mais esquecer é:
MAtei um TUbarão e REtirei a ESpinha INTEira com A Mão

Manutenção = Turbação
Reintegração de Posse = Esbulho
Interdito Proibitório = Ameaça

Agora vamos a um breve resumo para reforçar a matéria:


AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE:
Todo possuidor que sofrer turbação em sua posse. Tem legitimidade para propor a ação de Manutenção de
Posse.
Por turbação, entende-se como todo ato que embaraça o livre exercício da posse.
O autor da ação de manutenção deverá provar:
- posse;
- a turbação;
- data da turbação, para efeitos de liminar (quando a posse for nova - menos de ano e dia). Se a posse for
velha, a ação segue o rito ordinário e requer a antecipação de tutela, mas desde que prove-se os requisitos
desta.
- continuidade da posse, pois se devido ao ato do réu perdeu a posse, a ação competente não mais é a de
manutenção e sim de reintegração de posse;
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE:
É a movida por quem sofre esbulho.
Esbulho é a perda do poder de fato sobre o bem.
Pode o possuidor esbulhado cumular indenização não só contra o esbulhador, mas também contra terceiro
que recebeu a coisa esbulhada, sabendo que o era.
É cabível liminar e seguirá a mesma regra da ação de manutenção de posse
INTERDITO PROIBITÓRIO:
Neste caso há uma ameaça de turbação ou esbulho.
Não cabe liminar.
Se a ameaça de turbação ou esbulho se concretizar, o juiz transformará o interdito proibitório em ação de
manutenção ou reintegração de posse conforme o caso.
Observação: Não esquecer que há também outras ações possessórias como, por exemplo nunciação de obra
nova, embargos de terceiro entre outras, porém cremos ser as mais cobradas em provas aquelas ações
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis.
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
AÇÃO RESCISÓRIA é a forma de impugnar uma decisão judicial transitada em julgado, para desconstituir
a força e eficácia da coisa julgada material. É uma ação autônoma, de competência originária dos Tribunais
por meio da qual se pede a desconstituição de uma sentença ou acórdão transitado materialmente em julgado
e a eventual reapreciação do mérito.
http://leticiacalderaro.blogspot.com.br/2011/11/acao-rescisoria.html

Artigo 295/ CPC


Parágrafo único.
Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir;
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
III - o pedido for juridicamente impossível;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

A ação rescisória é meio processual extrínseco à relação jurídica a qual se busca rescindir. Depreende-se de
tal afirmação, ser a ação rescisória um remédio processual para atacar a validade de sentença, ou qualquer
outra decisão meritória, eivada de vícios, nas hipóteses previstas no art. 485 do Código de Processo Civil.

Assim, visa rescindir, romper, ou cindir uma decisão judicial como ato jurídico viciado. Em outras palavras,
trata-se de meio processual em que se garante a segurança jurídica processual.

Nas palavras do Ilustre doutrinador Humberto Theodoro Junior, a ação rescisória busca reparar a injustiça da
sentença transitada em julgado, quando o seu grau de imperfeição é de tal grandeza que supere a necessidade
de segurança tutelada pela res iudicata? .

A ação rescisória serve ao desfazimento da coisa julga material, quer por motivos de invalidade, quer por
motivos de não cumprimento do nosso ordenamento jurídico. Assim, trata-se, em verdade, de uma ação
constitutiva negativa ou desconstitutiva, porquanto visa ao desfazimento de coisa julgada material
anteriormente formada em outro processo .

No direito a ação rescisória é uma ação autônoma (ou remédio), que tem como objetivo desfazer os efeitos
de sentença já transitada em julgado, ou seja, da qual já não caiba mais qualquer recurso, tendo em vista
vício existente que a torne anulável. Tem a natureza desconstitutiva (ou seja, tirar os efeitos de outra decisão
que está em vigor) ou, para alguns autores, declaratória de nulidade de sentença (ou seja, reconhecer que a
sentença não pode gerar efeitos por possuir vícios).

Não visa a anular sentença que, portadora de vício tal que a torne inexistente. Seu escopo é atingir sentenças
consideradas anuláveis, as quais estarão definitivamente sanadas após o prazo decadencial para sua
propositura.

O prazo de decadência é de dois anos após o trânsito em julgado da decisão que se deseja rescindir (art. 495
do Código de Processo Civil). Não basta a simples discordância do teor da decisão atacada, afinal todos os
recursos ali previstos já foram utilizados ou deixaram de ser interpostos nos prazos legais.

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Os motivos que permitem a propositura da ação rescisória estão taxativamente elencados no art. 485 do
Código de Processo Civil Brasileiro, quais sejam:

1. se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;


2. proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;
3. resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim
de fraudar a lei;
4. ofender a coisa julgada.
5. violar literal disposição de lei;
6. se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria
ação rescisória;
7. depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer
uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável;
8. houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença;
9. fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa.

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DESPACHO
é o ato processual do juiz que dá andamento ao processo, sem decidir incidente algum. Difere o despacho
dos outros atos praticados pelo juiz - decisão interlocutória e sentença- pelo seu caráter meramente
instrumental, visando o contínuo caminhar do processo em busca de uma solução definitiva. Logo, do
despacho não cabe recurso, diferentemente da decisão interlocutória e sentença.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
é um dos atos processuais praticados pelo juiz no processo que, conforme artigo162, § 2º, do Código de
Processo Civil, decide uma questão incidente, sem dar uma solução final à lide proposta em juízo
(característica esta da sentença). A questão incidente é uma pendência que deve ser examinada como
pressuposto para o que o pedido (questão principal) seja concedido.
Não é possível elencar exaustivamente as decisões interlocutórias, porque toda e qualquer questão surgida
no desenvolvimento do processo pode gerar decisão judicial.
São exemplos de decisões interlocutórias:
decisões liminares;
deferimento ou não de produção de provas;
decisões de sobrestamento;
julgamento de exceções.
SENTENÇA
Segundo o conceito antigo, É o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269,
do Código de Processo Civil, ou seja, é a decisão do juiz que extingue o processo sem exame do mérito, ou
que resolve o mérito, ainda que não extinga o processo.

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
Art. 213, CPC.
Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.
A citação é uma forma de comunicar o réu de que existe uma ação contra ele. Apenas após ser citado, o réu
poderá se defender do que lhe é imputado. A citação ocorre de três formas: por meio de correspondência
enviada pelo correio (com aviso de recebimento), por um oficial de justiça (serventuário público que
desempenha as diligências judiciais) ou mesmo por edital (intimação publicada em jornal).

Art. 234, CPC.


Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de
fazer alguma coisa.
A intimação comunica as partes ou alguém dos atos e termos do processo para que, querendo, se manifeste.
Pode ser feita pela imprensa oficial, pelo correio ou pelo oficial de justiça. A intimação para o advogado se dá
pela imprensa. Mas a intimação para as partes não pode se dar pela imprensa, apenas pessoalmente, via correio
ou oficial de justiça.

No que tange à comunicação dos atos processuais, há apenas duas modalidades: A citação e a intimação.
O Código de Processo Civil prevê outro meio de comunicação, este entre juízos (não entre partes), que permite
que um órgão jurisdicional solicite a outro que pratique determinado ato processual. Tal comunicação é
realizada através de cartas, podendo estas ser de várias espécies, dependendo dos juízos entre os quais se dá a
comunicação (carta precatória, rogatória e de ordem).

CITAÇÃO
A primeira modalidade de comunicação dos atos processuais é a citação. Esta denomina-se como ato pelo qual
o réu se integra à relação processual, sendo este a partir de então, parte do processo, que antes era integrado
somente pelo autor e pelo Estado.
Em nosso ordenamento jurídico, um indivíduo só pode ser citado para integrar o pólo passivo da demanda, ou
seja, ninguém será citado para ser autor. Cita-se somente aquele que deverá ser o réu (ou demandado).
Para que o processo possa se desenvolver regularmente, é essencial que a citação seja válida, conforme dispõe
o artigo 214 do Código de Processo civil. Entretanto, a falta ou nulidade da citação poderão ser supridas pelo
comparecimento espontâneo do demandado (artigo 214, § 1º, CPC).
A doutrina majoritária afirma que não havendo citação válida (nem o comparecimento espontâneo do
demandado), a sentença de mérito que venha a ser proferida no processo será um ato jurídico inexistente.
Entretanto esse entendimento sofre algumas opiniões divergentes.
A ineficácia da citação deverá ser alegada em “ação rescisória”, em impugnação à execução ou por demanda
autônoma, normalmente chamada de querella nulitatis, que nada mais é do que uma ação declaratória de
ineficácia da sentença proferida em processo onde não se efetuou a citação válida do réu.
A citação deverá ser feita diretamente ao réu. Estando este ausente, deverá ser citado seu mandatário,
administrador, gerente ou feitor, mesmo que estes não tenham poderes especiais para receber a citação, quando
a demanda se originar de ato praticado por algum deles, conforme a determinação parágrafo primeiro do artigo
215.
Se o réu for locador que se encontre fora do país, e que não tenha comunicado ao locatário que deixou
procurador com poderes para receber citações, será citado àquele que administra o imóvel, sendo considerado
assim aquele que recebe o aluguel.
Quando a ação for proposta, cabe à parte autora promover a citação do demandado nos dez dias subsequentes
ao despacho que determinará a citação do réu. Este prazo poderá ser dilatado no máximo em noventa dias pelo
magistrado, de ofício ou a requerimento da parte.

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

Existem duas espécies de citação: citação real e citação ficta.


A citação real é aquela pela qual o demandado será verdadeiramente citado, enquanto na citação ficta não há
verdadeira comunicação ao réu acerca da existência de demanda proposta contra ele, mas mera ficção.
A citação real poder realizada via postal, por oficial de justiça, ou por via eletrônica.
Na citação por via postal, deve a comunicação ser enviada por registro postal com aviso de recebimento. Só
se considera válida a citação por via postal se for o próprio réu que tenha assinado o aviso de recebimento. No
caso de pessoas jurídicas, a citação será válida se o aviso de recebimento for assinado por quem exerça poderes
de gerência geral ou de administração. Desta forma será inválida se assinado por porteiros ou meros
empregados domésticos.
A citação por oficial de justiça se dá quando a citação por via postal for proibida (situações enumeradas pelo
artigo 222 do CPC), e nos casos em que esta for frustrada.
Esta modalidade de citação deverá ser realizada conforme todas as disposições dos artigos 225 e 226 do código
de Processo Civil.
Conforme o artigo 230 do aludido Código, nas comarcas contíguas, e nas que componham a mesma região
metropolitana, o oficial de justiça poderá fazer a citação em qualquer uma delas, sem necessidade de carta de
comunicação entre juízos.
A citação eletrônica poderá ser realizada para qualquer demandado que seja previamente cadastrado junto ao
Poder Judiciário.

A citação ficta se divide nas modalidades citação por hora certa e citação por edital.
A citação por hora certa é realizada quando o oficial de justiça, após se dirigir três vezes ao endereço do
demandado, não o encontra, suspeitando que o réu esteja se escondendo para impedir a citação. Desta forma,
deverá o oficial de justiça intimar qualquer familiar do réu, ou na ausência deste, qualquer vizinho ou
funcionário do prédio onde aquele resida, de que voltará ao local no dia seguinte, em hora determinada. Ao
voltar ao local, se o réu for encontrado, este será citado normalmente, caso não o seja, ter- se – á o mesmo
como citado, sendo deixada com a família ou com vizinhos a cópia do mandado.
A citação por edital ocorre nas hipóteses previstas no artigo 231 do Código Processual Civil, que se refere
às ocasiões em que o réu se encontre em local incerto, ignorado ou inacessível. A inacessibilidade poderá ser
física, se o demandado residir em local de difícil acesso, jurídica se o réu residir em outro país que recusa o
cumprimento da carta rogatória, e social, se o demandado residir em favela dominada pelo narcotráfico ou
outro local que oferece perigo ao oficial de justiça ou carteiro.
Desta forma, o edital deverá ser afixado na sede do juízo, e também publicado três vezes em um prazo de
quinze dias. A primeira publicação deverá ser feita no Diário Oficial, e as outras duas em jornal de grande
circulação local. Deve-se ressaltar que as três publicações devem ser feitas dentro do prazo de quinze dias, e
não uma a cada quinze dias.
Intimação

INTIMAÇÃO
O segundo tipo de ato de comunicação processual denomina-se intimação.
A intimação é o ato pelo qual se comunica uma pessoa ligada ao processo dos acontecimentos do processo,
devendo a pessoa intimada fazer ou deixar de fazer algo em função de tal comunicação. As partes, via de
regra, são intimadas através de seus advogados, podendo também nas capitais e nos Distrito Federal realizar
a intimação com a publicação no órgão oficial, devendo sempre (sob pena de nulidade) constar nela a indicação
dos nomes das partes e de seus advogados.
Não sendo o caso de intimação pelo Diário Oficial, aplicam- se à intimação as mesmas regras da citação,
dando-se preferência à via postal.

Bibliografia:
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 20. Ed. Rio de Janeiro. Lumen Juris. 2010.

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
1 - A respeito de citação, assinale a opção correta.
a) Nula a citação, o comparecimento espontâneo do réu não supre a necessidade de repetição do ato citatório.
b) É possível a prolação de sentença de mérito sem antes ter havido citação.
c) A citação válida opera efeitos desde que não ordenada por juiz incompetente.
d) Rejeitada a nulidade de citação arguida no prazo para contestação, este deve ser reaberto.
e) Acolhida pelo juiz a nulidade de citação arguida pelo réu, este deve ser novamente citado.

2 - Num determinado processo, o oficial de justiça, após procurar o réu por três vezes, e suspeitando que
este estava se escondendo para não ser citado, procedeu à citação por hora certa, cumprindo todos os
requisitos determinados em lei, para tanto. Devolvido o mandado em cartório, foi ele juntado aos autos.
Nenhuma outra providência foi tomada pelo escrivão. O réu compareceu apenas para arguir nulidade da
citação.
Nesse caso, o juiz deve decretar
a) à revelia, eis que não há qualquer causa de nulidade da citação, sendo que o comparecimento do réu deixou
patente que tem ciência da ação contra ele proposta, pelo que a falta de contestação no tocante ao mérito o torna
revel.
b) a nulidade da citação, eis que a certidão do oficial de justiça não goza de fé pública pelo que deveria ele
comprovar o motivo da suspeita de que o réu estava se escondendo para não ser citado, sendo que, em
consequência, o juiz deve mandar expedir novo mandado de citação.
c) a nulidade da citação, por falta da expedição, pelo escrivão, de carta cientificando o réu de que foi citado por
hora certa, sendo que o seu comparecimento espontâneo, no caso, supre a falta de citação, não havendo que se falar
em expedição de novo mandado.
d) a nulidade da citação, por falta da expedição, pelo escrivão, de carta cientificando o réu de que foi citado por
hora certa, sendo que, como este apenas alegou a nulidade, será a partir da intimação dessa decisão que o prazo
para contestar o mérito será contado.

3 - Não se fará a citação, exceto para evitar o perecimento do direito:


a) aos noivos, nos 7 (sete) primeiros dias de bodas;
b) ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em
segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
c) aos doentes, qualquer que seja o seu estado;
d) nenhuma das alternativas anteriores (a, b, c) é correta.

4 - Constituem requisitos da citação por edital:


a) a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes
em jornal local, onde houver;
b) a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 30 (trinta) e 60 (sessenta) dias, correndo da data da primeira
publicação;
c) a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 30 (trinta) e 60 (sessenta) dias, correndo da data da última
publicação;
d) nenhuma das alternativas anteriores (a, b, c) é correta.

5 - Como preconizado pelo Código de Processo Civil, se o autor requerer na peça inicial a citação pelo correio
ela poderá ser normalmente realizada
a) nas ações de estado.
b) quando for ré a Fazenda Pública do Estado de Rondônia.
c) quando for ré empresa pública.
d) nos processos de execução.
e) quando for ré pessoa incapaz.

___________________________________________
Fonte: http://www.questoesdeconcursos.com.br
1-b, 2-d, 3-b, 4-a, 5-c

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 Website protegido por leis de direitos autorais. Registrado perante a Biblioteca Nacional,n.º 641.675, livro 1.233 f. 417.
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com
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Civil
são ações baseadas no Código Civil ou na Constituição ou ainda em princípios e que não possuem natureza
punitiva do estado e nem disputa relações de trabalho.
a) Ação civil de conhecimento (ou cognitiva) – aquelas em que o magistrado irá conhecer a pretensão do
autor e a defesa do réu para que assim julgue o mérito da questão.
b) Ações executivas – discussão em cima do pagamento e não de fatos. Possuem natureza satisfatória quanto
a obrigação, solicitando que a jurisdição obrigue o devedor ao pagamento ou realização de algum ato. Obs.:
não existe ação de execução de sentença – esta foi substituída por simples petição, conhecida como
cumprimento da sentanca (lei 11232/05)
c) Ações cautelares – cuidado prévio, tem caráter de urgência – visam assegurar os efeitos de um
provimento principal, que esta em perigo por eventual demora na solução do processo. Existem dois tipos:
ação cautelar preventiva, proposta antes da ação principal e ação cautelar incidental, ocorre dentro do
processo e corre paralelamente; é proposta no curso do processo principal.
Obs.: ambas estarão em conjunto com a principal, ou seja, correrão apensadas.

Penal
De natureza punitiva do Estado, sendo dividida em pública e privada.
a) penal pública incondicionada – promovida pelo Ministério Público, mesmo sem a representação do
ofendido. Inicia-se através da peça denominada DENUNCIA.
b) penal pública condicionada – mesmo de natureza pública, necessitam que o ofendido represente contra o
ofensor, autorizando assim que o Ministério Público promova a ação penal. Uma vez oferecida a denúncia, o
Ministério Público deve prosseguir com a ação até o seu término, sem a possibilidade de desistência ou
perdão.

Trabalhista
a) trabalhista individual – discute apenas a relação privada entre empregado e empregador, sendo que sua
sentença possui validade apenas para reclamante e reclamado –patrão/empregado.
b) trabalhista coletiva – resguarda direitos de uma classe trabalhadora ou de grupos e categorias. Neste caso,
a sentença será válida para toda a categoria representada na ação.

EMPREGO É DIFERENTE DE TRABALHO


Emprego tem carteira assinada e benefícios, mas a justiça protege tanto empregado quanto trabalhador.

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morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais)
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OMPETÊNCIA é o critério de distribuição entre os vários órgãos do Poder Judiciário das atividades
relativas ao desempenho da jurisdição, ou seja, competência nada mais é que a medida da jurisdição. Todo
juiz tem jurisdição, entretanto, só pode exercitá-la em determinadas matérias e em determinados espaços,
segundo sua competência.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA
A competência é considerada absoluta, em princípio, quando fixada em razão da matéria, em razão da
pessoa ou pelo critério funcional. A competência absoluta é inderrogável, não podendo ser modificada.

A incompetência absoluta deve ser declara de ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição, independentemente de exceção (art. 113, CPC).

Via de regra, ela (incompetência absoluta) é argüída como preliminar da contestação (art. 301, II, CPC).
Declarada a incompetência absoluta, os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juízo
competente (art. 113, § 2º, CPC).

Considera-se competência relativa quando fixada em razão do território ou em razão do valor da causa.

A incompetência relativa é argüida por meio de exceção. Caso o réu não o faça, no momento oportuno (art.
297, CPC), dar-se-á a prorrogação da competência e o juiz que era incompetente passa a ser competente,
embora pudesse ter sido afastado (art. 114, CPC).

O juiz não pode declarar a incompetência relativa de ofício, pois não pode ele conhecer de questões
suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte (art. 128, CPC).

A exceção é um incidente, processado em separado, em autos apartados, que serve para acusar a
incompetência relativa do juiz, bem como sua suspeição ou impedimento (art. 304).

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

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Trata-se da modalidade processual de resposta mais comum, pois é através da contestação que o réu
impugna o pedido formulado pelo autor da ação, defendendo-se no plano do mérito. Essa defesa pode ser
direta (quando o fato constitutivo do direito alegado pelo autor ou os efeitos jurídicos por ele produzidos são
negados) ou indireta (quando o réu argúi um novo fato, modificativo, impeditivo ou extintivo do direito
alegado pelo autor).

É portanto uma das modalidades de resposta, junto com a reconvenção e as exceções. No entanto, é através
da contestação que o réu apresentará defesa sobre o próprio mérito da ação, razão pela qual, caso não
apresentada, tornar-se-á revel o réu naquela ação. Assim, caso a contestação não seja apresentada no prazo
legal, ocorrerá a revelia, cujo efeito é a presunção de que são verdadeiros (presunção relativa) os fatos
alegados pelo autor na petição inicial. Cabe salientar que a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo
autor, efeito da revelia, não acompanha obrigatoriamente o instituto, podendo o juiz, mesmo tendo decretada
a revelia, pedir ao réu que especfiique as provas que pretende produzir.
Direito Civil - Do pagamento por consignação

O pagamento por consignação consiste no depósito em juízo da coisa devida pelo sujeito passivo da
obrigação (seja coisa móvel ou imóvel, não se tratando somente de dinheiro), seja por recusa do credor em
receber ou por qualquer outro motivo que a torne necessária, fazendo com que o devedor libere-se de sua
dívida, conforme determina o art. 972 do Código Civil: "Considera-se pagamento, e extingue a obrigação o
depósito judicial da coisa devida, nos casos e formas legais".
O instrumento para tal dispositivo é a ação de consignação em pagamento, prevista nos artigos 890 e
seguintes do Código de Processo Civil.
O depósito deve substituir o pagamento, se julgado procedente, extinguindo a obrigação (art. 972) e seus
juros e riscos, de acordo com o art. 976: "O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto
que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente".
O devedor não está obrigado à realização de tal depósito. O Código (art. 972) determina que ele seja feito
nos casos e formas legais, ou seja, se o devedor depositar o que deve, em vez de pagar diretamente ao
credor, sem uma razão que justifique tal atitude, este depósito será julgado improcedente e o depositante
sofrerá será responsável pelas conseqüências de tal ato. Mas isso não impede que ele o faça, pois dessa
forma estará cumprindo sua obrigação realizando o pagamento, evitando uma discussão sobre quem seria o
responsável por seu atraso e poupando o trabalho de guardar consigo o que deve.
O art. 973 do Código Civil estabelece os casos em que é cabível o depósito em juízo: "A consignação tem lugar":

"I – se o credor, sem justa causa, recusar a receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma". Neste
caso o devedor não está obrigado a depositar em juízo o objeto da obrigação, mas pode faze-lo caso o credor
se recuse a receber, ou recebendo, se recusar a dar a quitação legalmente devida ao credor. Se a recusa do
credor em receber tiver justificativa é julgada improcedente a ação. Trata-se esta hipótese de dívida portable,
ou seja, o devedor deve ir até o domicílio do credor para executar o pagamento. No caso descrito neste
inciso o credor será citado para vir ou mandar receber (art. 975).
"II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condições devidas". Da mesma
forma do inciso anterior, bem como em todos os demais, é dada ao credor a faculdade de consignar o
pagamento, pois, embora o devedor fique isento da culpa pela mora, ele pode mesmo assim depositar se
quiser. Trata-se de uma dívida quérable, ou seja, aquela em que o credor deve ir até o domicílio do devedor
para receber o pagamento. Também no caso descrito neste inciso será o credor citado para vir ou mandar
receber (art. 975).

"III – se o credor for desconhecido, estiver declarado ausente, ou residir em lugar incerto, ou de acesso
perigoso ou difícil". Trata-se de uma dívida portable, mas, se o devedor não souber quem é o credor, ou se
este for declarado ausente (desaparecido há muito tempo), ou, ainda, se residir em lugar não sabido ou de
acesso difícil ou perigoso, cabe ao devedor também a consignação. O credor será citado para vir ou mandar
receber também neste caso (art. 975).

"IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento". Se o devedor tiver
dúvida em relação ao credor, isto é, a quem ele deve entregar a coisa devida, por receio de pagar a pessoa
errada ele pode também depositar a coisa em juízo. Mas esta dúvida deve ter fundamento, caso contrário
será julgada improcedente a ação e o devedor responderá pelas conseqüências. No caso descrito neste inciso
será o credor citado para provar o seu direito (art. 975).

"V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento". Se s coisa devida for objeto de disputa judicial, mesmo
que seja claro ao devedor a quem ele deve pagar, a lei lhe defere esta alternativa, para que não incorra em
erro de credor, devendo pagar duas vezes, segundo determina o art. 983: "O devedor de obrigação litigiosa
exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo
conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento".

"VI – se houver concurso de preferência aberto contra o credor, ou se este for incapaz de receber o
pagamento". Refere-se este inciso à existência de mais de um credor, que postulam uma execução conjunta
contra o devedor, devendo este consignar o pagamento, cabendo aos credores dividir entre eles o que cada
um tem direito. Refere-se também a incapacidade (menoridade) do credor e à não existência de um
representante legal seu, devendo também o devedor consignar o pagamento.

O art. 974 relaciona os requisitos para que o pagamento consignado tenha validade: "Para que a consignação
tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os
requisitos sem os quais não é válido o pagamento".
Para ter validade, a ação de consignação, em relação às pessoas, deve ser proposta por quem tenha qualidade
para efetuar o pagamento (o devedor ou terceiro) e contra o credor ou seu representante; em relação ao
objeto, a prestação oferecida deve ser a coisa devida e na quantia devida; em relação ao tempo, a prestação
deve ser dada na época devida ou, se depois, acrescida dos encargos da mora. Se sua mora tornou inútil ao
credor a coisa, esta pode ser enjeitada.
O depósito pode ser levantado (retirado) pelo devedor a qualquer tempo, desde que antes da manifestação de
aceitação ou impugnação do credor, pagando as despesas com tal levantamento e voltando à condição
anterior ao depósito: a obrigação subsiste integralmente, segundo art. 977: "Enquanto o credor não declarar
que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas
despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito".
Existe também a possibilidade de ser levantado o depósito mesmo após ter sido julgado procedente, mas há
uma condição para isto: não basta o consentimento do credor para que o devedor faça o levantamento, é
necessário que os demais credores e fiadores estejam de acordo (art. 978: "Julgado procedente o depósito, o
devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e
fiadores").
Mas o Código Civil prevê uma conseqüência para o levantamento com a aceitação pelo credor depois de
julgado procedente: como, após tal julgamento, a consignação tem força de pagamento, a obrigação antiga
extinguiu-se; assim, se o devedor levantar o pagamento com anuência do credor, cria-se uma nova
obrigação, e não há que se falar em mora ou inadimplemento da obrigação anterior, posto que já não mais
existe, pois o levantamento nestas condições não tem força para ressuscitar a dívida antiga. Da mesma forma
os antigos coobrigados e fiadores que não anuíram já não fazem parte dessa nova obrigação. (art. 979: "O
credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no levantamento, perderá a preferência
e garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-
devedores e fiadores, que não anuíram").
O Código Civil prevê ainda a possibilidade de ser a prestação devida um corpo certo, o qual deve ser
entregue ao credor no local onde se faça. Se o credor não atender, pode o devedor encontra. Nesse caso,
poderá o devedor pedir que o credor seja citado para ir receber ou mandar que alguém depositar a coisa (art.
980: "Se a coisa devida for corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor
citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada").
Uma outra questão refere-se à escolha, em se tratando de coisa indeterminada. Se competir ao credor, será
ele citado para fazê-la. Se ele não a fizer, pode perder o direito, dando possibilidade ao devedor de escolhê-
la e depositá-la. Se for a escolha feita pelo devedor, aplica-se o que dispõe o artigo 980, acima citado (art.
981: "Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação
de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher. Feita a escolha pelo devedor,
proceder-se-á como no artigo antecedente").
Estabelece ainda o Código que as despesas do depósito correrão por conta do credor se julgado procedente, e
por conta do devedor se improcedente (art. 982: "As despesas com o depósito, quando julgado procedente,
correrão por conta do credor e, no caso contrário, por conta do devedor").

http://www.advocaciaassociada.com.br/informacoes.asp?IdSiteAdv=2803&action=exibir&idinfo=1799
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ESPÉCIES DE DEFESA DO RÉU


PROCESSO CIVIL

P
R Uma vez acolhidas,
Trata-se de uma PEREMPTÓRIAS
O DEFESA (art. 267 – CPC)
levam o processo à
EXTINÇÃO.
C INDIRETA,
E uma vez que o réu
D S
não está negando o
Mesmo quando
direito, mas
E S indicando um
acolhidas, NÃO
provocam a
F U DEFEITO DILATÓRIAS EXTINÇÃO do
E PROCESSUAL. (art. 301,
processo, apenas
A I, II, VII, VIII, XI CPC)
causam ampliação ou
S L dilatação do curso do

A
procedimento.

DO
Após a defesa
Assim como as
M processual, o réu
DIRETA defesas processuais, as
R A
fará a
O réu nega os fatos e o defesas de mérito
DEFESA
É direito do autor. podem ser:
T MATERIAL, DILATÓRIAS
U E que pode ser quando visa protelar
o exercício do direito.
DIRETA E
R INDIRETA. INDIRETA PEREMPTÓRIAS
quando visa a
I Conhecida como
O réu reconhece
o direito do autor , mas exclusão total do
A DEFESA DE fala sobre outro fato direito material do
autor.
MÉRITO. existente que impede,
L modifica ou extingue
esse direito.

EXEMPLO:
PRESCRIÇÃO.
CONTESTAÇÃO

EXCEÇÃO

RECONVENÇÃO

IMAGEM: www.clipartof.com

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ESPÉCIES DE DEFESA NO PROCESSO CIVIL


a. Inexistência ou nulidade de citação;
b. Incompetência absoluta; DILATÓRIA
c. Inépcia da inicial; NÃO EXTINGUE O PROCESSO
d. Perempção (quando autor, por três vezes, dá
PROCESSUAL
ensejo à extinção do processo por abandono); ou PRELIMINAR
e. Litispendência (quando se produz ação artigo 301/CPC PEREMPTÓRIA
anteriormente ajuizada); EXTINGUE O PROCESSO
f. Coisa julgada (imutabilidade dos efeitos da
sentença. Reproduz ação anteriormente julgada);
g. Conexão; DIRETA
h. Incapacidade da parte ou representação; O RÉU NEGA OS FATOS
i. Convenção de arbitragem (as partes elegem um
árbitro para dirimir um conflito); DE MÉRITO
INDIRETA
j. Carência da ação;
O RÉU CONCORDA, MAS ALEGA
k. Falta de caução ou outra prestação cujo ato
EXISTÊNCIA DE FATOS
a lei exija.
MODIFICAM, EXTINGUEM OU
IMPEDEM O DIREITO DO AUTOR

Apesar do artigo 297/CPC demonstrar certa taxatividade ao


enumerar as possibilidades de reações do réu como sendo:
contestação, exceção e reconvenção, diversos outros
dispositivos preveem outras formas de resposta do réu, como,
por exemplo, a arguição de falsidade documental.

ESPÉCIES DE DEFESA DO RÉU

CONTESTAÇÃO EXCEÇÃO RECONVENÇÃO


É APRESENTADA JUNTO COM OCORRE QUANDO O RÉU
É A MODALIDADE DE RESPOSTA A CONTESTAÇÃO E A PROCESSA O AUTOR, NO
DO RÉU MAIS COMUM, É RECONVENÇÃO, NOS CASOS PRAZO DA DEFESA.
ATRAVÉS DELA QUE É FEITA A EM QUE O RÉU DESEJA
IMUGNAÇÃO DO PEDIDO ALEGAR INCOMPETÊNCIA
FORMULADO PELO AUTOR. RELATIVA, IMPEDIMENTO OU NO RITO ORDINÁRIO EXISTE A
DEVE CONTER TODA A MATÉRIA SUSPEIÇÃO DO JUIZ. POSSIBILIDADE DO RÉU,
POIS, QUALQUER OMISSÃO NÃO JUNTO COM A CONTESTAÇÃO,
PODERÁ SER ALEGADA EM FORMULAR UMA PRETENSÃO
CLASSIFICADA COMO DEFESA
OUTRO MOMENTO PROCESSUAL. CONTRA O AUTOR.
PROCESSUAL INDIRETA.
O PRAZO PARA CONTESTAR O
O PRAZO PARA CONTESTAR É DE
APESAR DE ESTAR PREVISTA PEDIDO DE RECONVENÇÃO É
15 DIAS. DE 15 DIAS
NO CAPÍTULO DAS RESPOSTAS
QUANDO FOR MAIS DE UM RÉU
DO RÉU, PODEM TAMBÉM SER
COM MAIS DE UM ADVOGADO, O QUANDO O PROCESSO SEGUE
ALEGADAS PELO AUTOR.
PRAZO PODERÁ SER EM DOBRO O RITO SUMÁRIO OU
(30 DIAS). SUMARÍSSIMO (JEC),
NO CASO DA FAZENDA PÚBLICA NÃO HÁ RECONVENÇÃO;
INTEGRAR O PÓLO PASSIVO, O EXCEÇÃO pode ser alegada NESSES CASOS A PRETENSÃO
PRAZO QUADRIPLICA (60 DIAS). pelo réu ou pelo autor. DO RÉU É FORMULADA NA
PRÓPRIA AÇÃO, POR MEIO DE
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10707589/artigo-297-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://caduchagas.blogspot.com.br/2012/05/especies-de-defesa-defesa-processual-e.htmlFonte: PORTAL
PEDIDO CONTRAPOSTO.
EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado (Art. 278§1º CPC).
http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/37520/defesas-do-reu-direito-processual-
civil#ixzz2yQJfHAJd
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ESPÉCIES DE DEFESA DO RÉU


PROCESSO CIVIL

1 - PROCESSUAL
Inicialmente o réu deve fazer uma defesa relacionada aos PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS antecedentes necessários para que o processo tenha
Trata-se de uma DEFESA INDIRETA, uma vez que o existência jurídica e validade formal (investidura do
réu não está negando o direito, mas indicando um juiz, interesse das partes, capacidade de estar em juízo).
DEFEITO PROCESSUAL. O objetivo é impedir a outorga da tutela jurisdicional
pretendida pelo autor mediante extinção do processo,
Preliminarmente, o réu alegará as sem que se ofereça oportunidade para composição da
lide, isto é, sem apreciação do mérito pelo juiz.
objeções do art. 301, CPC

Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:


I - inexistência ou nulidade da citação;
A DEFESA PROCESSUAL ANALISA O
II - incompetência absoluta;
III - inépcia da petição inicial; CONTEÚDO FORMAL
IV - litispendência; VERIFICA-SE SE A FORMA ESTÁ
V - coisa julgada; CORRETA OU SE ESTÁ FALTANDO
ALGO ESSENCIAL
VI - conexão;
VII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
VIII - compromisso arbitral;
IX - carência de ação;
X - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2º É idêntica a outra, ação que tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação
que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso.
§ 4º Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de oficio da matéria enumerada neste artigo.

Nem todas as defesas processuais tem por objetivo a total e imediata extinção do processo.
Assim, estão divididas em:

PEREMPTÓRIAS uma vez acolhidas, levam o inépcia da inicial, ilegitimidade de parte,


(art. 267 – CPC) processo à EXTINÇÃO. litispendência, coisa julgada, perempção etc.

nulidade da citação, incompetência do juízo,


mesmo quando acolhidas, NÃO
conexão de causas, deficiência de
DILATÓRIAS provocam a EXTINÇÃO do representação da parte ou falta de
(art. 301, processo, apenas causam autorização para a causa, ou ausência de
I, II, VII, VIII, XI CPC) ampliação ou dilatação caução ou de outra prestação que a lei exige
do curso do procedimento. como preliminar

Pode ocorrer que uma defesa meramente DILATÓRIA venha a adquirir a força
de PEREMPTÓRIA, quando, acolhida pelo juiz, a parte deixar de cumprir a
IMAGEM: www.clipartof.com diligência saneadora que lhe for determinada, no prazo.

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
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ESPÉCIES DE DEFESA DO RÉU


PROCESSO CIVIL

2 - MATERIAL ou DE MÉRITO
A DEFESA DE MÉRITO É A DEFESA PROPRIAMENTE DITA.
ANALISA O
CONTEÚDO MATERIAL É NESSE MOMENTO QUE OS FATOS ALEGADOS PELO
MANIFESTA-SE SOBRE AUTOR SÃO CONTRADITADOS, ITEM POR ITEM.
OS FATOS ALEGADOS NA
PETIÇÃO INICIAL. aqueles não contestados são tidos como verdadeiros.

Art. 302/CPC - Cabe também ao réu manifestar-se


precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial.
Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, SALVO:
I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - se a petição inicial não estiver acompanhada do Art. 303/CPC - Depois da contestação, só é
instrumento público que a lei considerar da lícito deduzir novas alegações quando:
substância do ato; I - relativas a direito superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - se estiverem em contradição com a defesa,
III - por expressa autorização legal, puderem
considerada em seu conjunto. ser formuladas em qualquer tempo e juízo.

DEFESA DE MÉRITO DEFESA DE MÉRITO


DIRETA INDIRETA
As defesas indiretas de mérito são chamadas por alguns autores de
OCORRE QUANDO O RÉU NEGA EXCEÇÕES MATERIAIS OU SUBSTANCIAIS.
OS FATOS ALEGADOS PELO AUTOR.
exemplo: o réu diz que não chegou a celebrar OCORRE QUANDO O RÉU CONFESSA OS FATOS
o contrato e, portanto, ele não existe. ALEGADOS PELO AUTOR E APRESENTA OUTROS QUE
SÃO IMPEDITIVOS, MODIFICATIVOS ou EXTINTIVOS.

NÃO NEGA OS FATOS ALEGADOS PELO AUTOR O art. 333, II/ CPC determina exemplos:
MAS DÁ UMA INTERPRETAÇÃO JURÍDICA que O ÔNUS DA PROVA incapacidade do agente (impeditivos),
DIFERENTE DAQUELA TRAZIDA NA INICIAL. INCIDE AO RÉU, quanto a fato alteração contratual (modificativos),
impeditivo, modificativo ou pagamento (extintivos).
exemplo: o réu entende que o contrato existe, mas
extintivo do direito do autor.
que a cláusula "x" é abusiva, ou seja, não tem o
Exemplos: a prescrição e a compensação.
alcance que o autor alega.
Se o autor propõe uma ação
cobrando uma determinada
O RÉU NÃO TRAZ NADA NOVO AO PROCESSO. dívida, e o réu, em
contestação, entende que a
Essa discussão é muito mais doutrinária do que fática.
FATOS dívida existe (confessa a
IMPEDITIVOS existência da dívida) mas
MODIFICATIVOS
declara que já a pagou, sendo
EXTINTIVOS
o pagamento uma forma de
Art. 333, I/CPC, cabe ao autor provar suas alegações. extinção das obrigações, ele
Art. 333, II/CPC, cabe ao réu o ônus probatório quando alegar estará confessando a alegação
do autor, mas opondo a esta
fato impeditivo, modificativo ou impeditivo do direito do autor
alegação um fato que extingue
o próprio direito do autor.

As defesas de mérito podem ser:


- DILATÓRIAS – quando vise protelar o exercício do direito.
- PEREMPTÓRIAS – conforme visem a total exclusão do direito material do autor.

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Espécies de defesa - Defesa Processual e Defesa de Mérito
Entre as partes em litígio poderão ser apreciadas duas relações jurídicas distintas:
a) a relação processual – de ordem pública e originando-se na propositura da ação e se aperfeiçoando-se com
a citação do demandado, vinculando, assim, autor, juiz e réu.
b) a relação de direito material – é objeto da controvérsia existente entre as partes (lide ou litígio) e que
configura o mérito da causa, normalmente de natureza privada. Identifica-se pelo fundamento do pedido ou
causa de pedir (causa petendi) e pelo pedido que o autor formula na petição inicial.
Desta forma, quando o réu responde ao autor, poderá defender-se no plano da relação processual
(preliminares), assim como no plano do direito material (questão de mérito).
Daí decorre a classificação das defesas em:
- defesa processual.
- defesa de mérito.

DEFESA PROCESSUAL
Denomina-se defesa processual ou defesa de rito a que tem conteúdo apenas formal.
É espécie de defesa indireta, porque ela visa a embaraçar a outorga da tutela jurisdicional pretendida pelo
autor mediante extinção do processo, sem que se ofereça oportunidade para composição da lide, isto é, sem
apreciação do mérito pelo juiz.
São exemplos de defesa indireta as que invocam a inexistência de pressupostos processuais ou de condições
da ação (art. 301 – CPC).
Nem todas as defesas processuais, no entanto, visam à total e imediata aniquilação do processo, razão pela
qual elas podem ser subdivididas em peremptórias e dilatórias.

DEFESA PROCESSUAL PEREMPTÓRIA


São defesas processuais peremptórias as que, uma vez acolhidas, levam o processo à extinção, como a de
inépcia da inicial, ilegitimidade de parte, litispendência, coisa julgada, perempção etc. (art. 267 – CPC).

DEFESA PROCESSUAL DILATÓRIA


São defesas processuais dilatórias as defesas processuais que, mesmo quando acolhidas, não provocam a
extinção do processo, mas apenas causam ampliação ou dilatação do curso do procedimento.
Assim, quando se alega nulidade da citação, incompetência do juízo, conexão de causas, deficiência de
representação da parte ou falta de autorização para a causa, ou ausência de caução ou de outra prestação que
a lei exige como preliminar (art. 301, I, II, VII, VIII, XI – CPC).
Em todos esses casos a defesa provoca apenas uma paralisação temporária do curso normal do
procedimento, enquanto o obstáculo processual não seja removido.
Superado o impasse, a relação processual retoma sua marcha regular rumo à solução de mérito, que é o
objetivo final do processo.
Pode ocorre que uma defesa meramente dilatória venha a adquirir a força de peremptória, quando, acolhida
pelo juiz, a parte deixar de cumprir a diligência saneadora que lhe for determinada, no prazo legal ou
naquele que o juiz houver marcado.
Exemplo:
O juiz determina ao autor que regularize sua representação nos autos em 10 dias, e este deixa escoar o prazo
sem diligenciar o saneamento da falta. A exceção que, inicialmente, foi dilatória, acabou se tornando
peremptória, porque o juiz terá de decretar a extinção do processo (art. 267, IV). (CAPEZ, 2012, ed. 53, p.
399)
A solução da defesa processual pode variar de natureza, sendo:
- decisão interlocutória – o ato do juiz que rejeita exceção dilatória ou que julga sanada a falha que a
motivou.
- sentença – o ato que acolhe a defesa processual para extinguir a relação processual.

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DEFESA DE MÉRITO
Dá-se a defesa de mérito quando o réu ataca o fato jurídico que constitui o mérito da causa (causa petendi).
O ataque do contestante pode atingir o próprio fato arguido pelo autor (quando, por exemplo, nega a
existência do dano a indenizar), ou suas consequências jurídicas (quando reconhecido o fato, nega-se-lhe o
efeito pretendido pelo autor). Em ambos os casos, diz-se que a defesa de mérito é direta. (CAPEZ, 2012, ed.
53, p. 399)
Denomina-se direta, por voltar-se contra a pretensão do autor e tendo por escopo destruir lhe os
fundamentos de fato ou de direito.
A defesa de mérito poderá ser indireta, quando, o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outro
lhe opuser impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 10 (dez)
dias, facultando-lhe o juiz a produção de prova documental. (art. 326 – CPC)
São exemplos de defesa indireta de mérito a prescrição e a compensação.
Assim como as defesas processuais, as defesas de mérito podem ser:
- dilatórias – quando vise protelar o exercício do direito.
- peremptórias – conforme visem a total exclusão do direito material do autor.

Referências bibliográficas:
Theodoro Jr., Humberto. Teoria Geral do Direito Processual Civil I. 53. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2012. 822 p.
Alvim, J. E. Carreira. Teoria Geral do Processo. 13. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2010. 315p.
Silva, De Plácido e. Dicionário Jurídico Conciso. 1. ed. Rio de janeiro: Editora Forense, 2008. 749p.
Pinto, Antônio Luiz de Toledo e outros. Vade Mecum. 11. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2011. 2003p.
http://www.dicio.com.br

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Incompetência absoluta e relativa
A incompetência relativa não é causa de nulidade do processo e sim de anulabilidade. Não pode ser
decretada pelo juiz sem a parte solicitar. Se a parte não solicitar a anulação do processo na ocasião
apropriada o processo será válido. Ocorre mais em questão de qual local a causa deve ser proposta. Ex: A
causa é cível, sendo competente a Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, o réu reside em Porto Alegre. O
autor move ação em Viamão um tanto longe do Município do réu o que lhe causa certo ônus de ter um
deslocamento maior para Viamão para as audiências e também arrumar advogados em Viamão ou ter
maiores despesas com advogados de Porto Alegre que tem de se deslocar para o foro de Viamão. Não
proposta a exceção de incompetência na ocasião apropriada não mais poderá o ser no futuro.
Quanto a incompetência absoluta por ser mais grave esta deve ser decretada de ofício pelo juiz. Sem
necessidade de nenhuma das partes alegá-la. E pode ser decretada a qualquer tempo. Um exemplo é
incompetência em razão da matéria. Como ocorre em ação de divórcio. Competente é a Justiça Estadual,
Vara de Família. Se a parte propõe ação em Vara da Justiça Federal ou Justiça do Trabalho nulo é o
processo visto à competência em razão da matéria ser somente da Justiça Estadual.
Enquanto a incompetência relativa deve ser alegada em autos apartados do processo principal, na chamada
exceção de incompetência, a absoluta deve ser alegada na contestação como preliminar de mérito. Isto quer
dizer, a parte a quem interessa a decretação da nulidade na contestação alega primeiro a incompetência
absoluta e após ela ataca o mérito da questão, ou seja, o direito alegado pelo autor, negando-o ou provando
que não é da forma que o autor entende que o direito é. O juiz decretando a nulidade, nem precisa analisar o
mérito.
Num caso como noutro, atualmente os autos são enviados ao juiz competente, podendo conforme o caso ser
aproveitados os atos até a decretação da nulidade. Antes o autor devia entrar com outra ação e começar tudo
do zero. Evidente que sentença e outras decisões, não podem ser aproveitadas no caso de envio dos autos ao
juiz competente. Mas coleta e produção de provas para embasar a decisão judicial são admissíveis por
questão de economia processual.

Eldo Luis Andrade

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LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995.
Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e
Criminais e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União,
no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas
causas de sua competência.
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia
processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.
Capítulo II
Dos Juizados Especiais Cíveis
Seção I
Da Competência
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas
cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio;
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:
I - dos seus julgados;
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o
disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar,
fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado
e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao
limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação.
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:
I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou
econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer
natureza.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste
artigo.
Seção II
Do Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para
apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins
sociais da lei e às exigências do bem comum.
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros,
preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de
experiência.
Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados
Especiais, enquanto no desempenho de suas funções.
Seção III
Das Partes
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
§ 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado EspecialI - as pessoas físicas capazes,
excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicasII - as microempresas, assim definidas III - as
pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei
no 9.790, de 23 de março de 1999;
IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de
fevereiro de 2001.
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de
conciliação.
Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo
ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória.
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se o réu
for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada por órgão
instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local.
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa o
recomendar.
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais.
§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto
credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo
empregatício.
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência.
Admitir-se-á o litisconsórcio.
Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em lei.
seção IV
dos atos processuais
Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme
dispuserem as normas de organização judiciária.
Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais forem
realizados, atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio idôneo
de comunicação.
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais serão registrados resumidamente, em notas manuscritas,
datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demais atos poderão ser gravados em fita magnética ou
equivalente, que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão.
§ 4º As normas locais disporão sobre a conservação das peças do processo e demais documentos que o
instruem.
seção v
do pedido
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do
Juizado.
§ 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagem acessível:
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes;
II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta;
III - o objeto e seu valor.
§ 2º É lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, a extensão da
obrigação.
§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o sistema de
fichas ou formulários impressos.
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei poderão ser alternativos ou cumulados; nesta
última hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o limite fixado naquele dispositivo.
Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado
designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias.
Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de
conciliação, dispensados o registro prévio de pedido e a citação.
Parágrafo único. Havendo pedidos contrapostos, poderá ser dispensada a contestação formal e ambos
serão apreciados na mesma sentença.
Seção VI
Das Citações e Intimações
Art. 18. A citação far-se-á:
I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria;
II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção,
que será obrigatoriamente identificado;
III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória.
§ 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para comparecimento do citando e advertência
de que, não comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será proferido
julgamento, de plano.
§ 2º Não se fará citação por edital.
§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou nulidade da citação.
Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista para citação, ou por qualquer outro meio idôneo
de comunicação.
§ 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desde logo cientes as partes.
§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo,
reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência da comunicação.
Seção VII
Da Revelia
Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e
julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da
convicção do Juiz.
Seção VIII
Da Conciliação e do Juízo Arbitral
Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da
conciliação, mostrando-lhes os riscos e as conseqüências do litígio, especialmente quanto ao disposto no § 3º
do art. 3º desta Lei.
Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação.
Parágrafo único. Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz togado,
mediante sentença com eficácia de título executivo.
Art. 23. Não comparecendo o demandado, o Juiz togado proferirá sentença.
Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo arbitral, na
forma prevista nesta Lei.
§ 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado, independentemente de termo de compromisso, com a
escolha do árbitro pelas partes. Se este não estiver presente, o Juiz convocá-lo-á e designará, de imediato, a
data para a audiência de instrução.
§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos.
Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º
desta Lei, podendo decidir por eqüidade.
Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz
togado para homologação por sentença irrecorrível.
Seção IX
Da Instrução e Julgamento
Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á imediatamente à audiência de instrução e
julgamento, desde que não resulte prejuízo para a defesa.
Parágrafo único. Não sendo possível a sua realização imediata, será a audiência designada para um dos
quinze dias subseqüentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhas eventualmente presentes.
Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida,
proferida a sentença.
Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes que possam interferir no regular prosseguimento
da audiência. As demais questões serão decididas na sentença.
Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente
a parte contrária, sem interrupção da audiência.
Seção X
Da Resposta do Réu
Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, exceto argüição de
suspeição ou impedimento do Juiz, que se processará na forma da legislação em vigor.
Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor,
nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia.
Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu na própria audiência ou requerer a
designação da nova data, que será desde logo fixada, cientes todos os presentes.
Seção XI
Das Provas
Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei, são hábeis
para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes.
Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não
requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou
protelatórias.
Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e
julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se
assim for requerido.
§ 1º O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mínimo cinco
dias antes da audiência de instrução e julgamento.
§ 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz poderá determinar sua imediata condução,
valendo-se, se necessário, do concurso da força pública.
Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, permitida às
partes a apresentação de parecer técnico.
Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar
inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará
informalmente o verificado.
Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo a sentença referir, no essencial, os informes
trazidos nos depoimentos.
Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a supervisão de Juiz togado.
Seção XII
Da Sentença
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos
relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o
pedido.
Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta Lei.
Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirá sua decisão e imediatamente a submeterá
ao Juiz togado, que poderá homologá-la, proferir outra em substituição ou, antes de se manifestar,
determinar a realização de atos probatórios indispensáveis.
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o
próprio Juizado.
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no primeiro
grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado.
Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença, por petição
escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.
§ 1º O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à
interposição, sob pena de deserção.
§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para oferecer resposta escrita no prazo de dez
dias.
Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar
dano irreparável para a parte.
Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o § 3º do
art. 13 desta Lei, correndo por conta do requerente as despesas respectivas.
Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento.
Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do
processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios
fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
Art. 47. (VETADO)
Seção XIII
Dos Embargos de Declaração
Art. 48. Caberão embargos de declaração quando, na sentença ou acórdão, houver obscuridade,
contradição, omissão ou dúvida.
Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.
Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias,
contados da ciência da decisão.
Art. 50. Quando interpostos contra sentença, os embargos de declaração suspenderão o prazo para
recurso.
Seção XIV
Da Extinção do Processo Sem Julgamento do Mérito
Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei:
I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo;
II - quando inadmissível o procedimento instituído por esta Lei ou seu prosseguimento, após a
conciliação;
III - quando for reconhecida a incompetência territorial;
IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos no art. 8º desta Lei;
V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de trinta dias;
VI - quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias da
ciência do fato.
§ 1º A extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das partes.
§ 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar que a ausência decorre de força maior, a parte
poderá ser isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas.
Seção XV
Da Execução
Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o
disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações:
I - as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo a conversão em Bônus do Tesouro Nacional -
BTN ou índice equivalente;
II - os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros e de outras parcelas serão efetuados por
servidor judicial;
III - a intimação da sentença será feita, sempre que possível, na própria audiência em que for proferida.
Nessa intimação, o vencido será instado a cumprir a sentença tão logo ocorra seu trânsito em julgado, e
advertido dos efeitos do seu descumprimento (inciso V);
IV - não cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido solicitação do
interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução, dispensada nova citação;
V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de
execução, cominará multa diária, arbitrada de acordo com as condições econômicas do devedor, para a
hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credor poderá requerer a elevação da multa ou a
transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se a execução
por quantia certa, incluída a multa vencida de obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor na
execução do julgado;
VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o cumprimento por outrem, fixado o valor que o
devedor deve depositar para as despesas, sob pena de multa diária;
VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor, o credor ou terceira pessoa
idônea a tratar da alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a data fixada para a praça
ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o pagamento não for à vista,
será oferecida caução idônea, nos casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o imóvel;
VIII - é dispensada a publicação de editais em jornais, quando se tratar de alienação de bens de
pequeno valor;
IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre:
a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia;
b) manifesto excesso de execução;
c) erro de cálculo;
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença.
Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários mínimos,
obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei.
§ 1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando
poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente.
§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio, se possível com
dispensa da alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre outras medidas cabíveis, o pagamento do
débito a prazo ou a prestação, a dação em pagamento ou a imediata adjudicação do bem penhorado.
§ 3º Não apresentados os embargos em audiência, ou julgados improcedentes, qualquer das partes
poderá requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do parágrafo anterior.
§ 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto,
devolvendo-se os documentos ao autor.
Seção XVI
Das Despesas
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de
custas, taxas ou despesas.
Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá todas as
despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de
assistência judiciária gratuita.
Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advogado,
ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e
honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor de condenação ou,
não havendo condenação, do valor corrigido da causa.
Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas, salvo quando:
I - reconhecida a litigância de má-fé;
II - improcedentes os embargos do devedor;
III - tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto de recurso improvido do devedor.
Seção XVII
Disposições Finais
Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implantadas as curadorias necessárias e o serviço de
assistência judiciária.
Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou valor, poderá ser homologado, no juízo
competente, independentemente de termo, valendo a sentença como título executivo judicial.
Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial o acordo celebrado pelas partes, por instrumento
escrito, referendado pelo órgão competente do Ministério Público.
Art. 58. As normas de organização judiciária local poderão estender a conciliação prevista nos arts. 22
e 23 a causas não abrangidas por esta Lei.
Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei.
O pedido, as partes e a causa de pedir constituem os elementos da ação e devem ser verificados na inicial, sob
pena de indeferimento da mesma por inépcia.
A reprodução do material disponibilizado neste blog é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais)
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres)
Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
O pedido, as partes e a causa de pedir constituem os elementos da ação e devem ser verificados na inicial,
sob pena de indeferimento da mesma por inépcia.
O pedido é o tipo, provimento judicial pretendido. É o pedido que traça os parâmetros da lide, delimitando o
conflito, razão pela qual deve ser: certo e determinado.
O pedido corresponde o exercício da pretensão subjetiva de direito material em juízo, constituindo a razão
do exercício do direito de ação e deverá constar da respectiva petição inicial inclusive reconvencional
(qualquer petição específica).
Deve o pedido ser expresso de forma clara e precisa dando início ao processo, pedido implícito.
O pedido nada mais é do que a manifestação da intenção daquele que ingressa com uma demanda no
judiciário ,é a materialização de sua pretensão, é o que ele pretende que seja lhe outorgado, reconhecido ou
ainda constituído, este animus por determinado bem da vida, por determinada conduta a ser materializada,
deve ser claramente explicitada literalmente e de forma clara na petição inicial, é neste momento que o juiz ,
representante legítimo do estado-juiz , conhece o teor da vontade do autor, é salutar que no pedido,
entendido aqui de forma ampla, contenha todas as pretensões do autor.

Toda inicial traz consigo dois pedidos distintos.


O primeiro é o chamado pedido imediato, ligado a natureza da pretensão do autor, pode ser executiva, de
conhecimento ou cautelar, é a tutela jurisdicional pretendida pelo autor e manifestada através de sua
visualização no pedido imediato,exemplificando temos que se alguém tem algum direito da personalidade
lesado, digamos sua imagem publicada em veículo de comunicação de grande circulação e para fins
comerciais sem prévia autorização, tal situação de fato ensejaria a propositura de ação visando indenizar o
detentor do direito a sua imagem, este tem a prerrogativa jurídica de ter seu direito tutelado e vai requerê-lo
via jurisdição contenciosa por meio de uma ação de conhecimento visando a condenação daquele que usou
ilicitamente da sua imagem sem a devida autorização, é o pedido imediato se manifestando na inicial que
trará a lume o que deseja o autor que se faça a seu favor.

PEDIDO ALTERNATIVO
é a modalidade de pedido em que o autor tem a faculdade de optar por ou outro pedido, está vinculado a
natureza da obrigação contraída, vejamos como exemplo clareador a modalidade obrigacional elencado no
artigo 252 do CC, trata-se de obrigação alternativa onde a escolha(concretização) cabe ao devedor, se o
contrario não foi avençado anteriormente,neste caso se for explicitado na inicial pedido de natureza
alternativo, notadamente a sentença também será de idêntica forma, no caso da escolha caber ao contraente
da obrigação, e não ao devedor ,se aquele for o autor da demanda deverá realizar a concretização na inicial
de pronto.

PEDIDO SUCESSIVO
é uma modalidade de pedido alternativo que difere deste quanto ao tipo de pedido requerido pelo autor(
imediato ou mediato), no pedido alternativo este se atém a característica mediata, vejamos o exemplo
anterior da obrigação alternativa, o objeto prestacional, ou seja, aquele que se resume no quê dar, fazer ou
não fazer será o objeto do pedido mediato em uma eventual ação ,no pedido subsidiário ocorre a incidência
sobre o tipo de pretensão que requer o autor da demanda, pede uma condenação mais deixa margem também
para uma possível constituição ou desconstituição,como exemplo de fácil percepção do conteúdo aqui
demonstrado temos o caso daquele que aliena imóvel mediante contrato de parcelamento, em eventual
inadimplemento o autor da ação pode requerer ao magistrado a devolução do bem ou ainda pleitear o
pagamento das mensalidades faltantes ao total adimplemento da dívida contraída.
A respeito do tema adverte Humberto Theodoro Junior:
A cumulação de pedidos na hipótese do artigo 289 é apenas eventual.há, na verdade,um pedido principal e
um ou vários outros subsidiários e que só serão analisados em caso de eventual não acolhimento do
primeiro.
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
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PEDIDO DE PRESTAÇÕES PERIÓDICAS
o artigo 290 do código de processo civil pátrio permite ao magistrado brasileiro que inclua no dispositivo da
sentença definitiva de mérito a condenação a pagamento de prestações periódicas ou também denominadas
pela doutrina como de trato sucessivo, é importante lembrar que neste caso o juiz não se encontra vinculado
ao conteúdo do pedido do autor , não esta adstrito a julgar de acordo com o pedido.

PEDIDO DE PRESTAÇÃO INDIVISÍVEL


esta regulado pelo artigo 291 do CPC, é aplicado quando o pedido mediato no caso não pode ser dividido e
também em situações de solidariedade ativa.

PEDIDOS CUMULADOS
é o caso de o réu solicitar ao poder judiciário mais de um pedido na mesma ação, deduzidos todos eles em
uma mesma petição inicial, pede o autor que seja dado provimento a todos conjuntamente, exemplificando
temos o caso de alguém ter o nome inserido indevidamente em entidade de proteção ao credito(SPC ou
SERASA) ,este recorre a jurisdição para requerer seu direito de não ter seu nome lançado no rol de
inadimplentes,então pede cumulativamente que seja retirado seu nome dos arquivos da entidade e que lhe
seja pago indenização por danos morais sofridos devido ao constrangimento que foi submetido pelo fato
ocorrido.

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1. Conceito
Conforme dito, o processo, por ser dinâmico, lógico e contínuo, tramita pela prática de atos processuais que
estão ligados entre si e são sucessivos, com o objetivo de chegar ao seu final com a prolação da sentença de
mérito. É cediço na doutrina, na lei e na jurisprudência que o processo só tem início com provocação pelas
partes, todavia se desenvolve por meio do impulso oficial, que tem o condão de transferir aos sujeitos do
contraditório ônus processuais, assim definidas as incumbências de prática de determinados atos que, se não
realizados, importam prejuízo em desfavor exclusivamente da parte omissa. Com efeito, dispõe o art. 177 do
CPC: “os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei”.
Prazo é a fração ou delimitação de tempo dentro do qual deve ser praticado o ato processual, assegurando
que o processo se desenvolva através do iter procedimental. Não se confunde com termo, que são os marcos
(limites) que determinam a fração chamada prazo. O prazo ocorre justamente entre dois termos: tem início
com o advento do termo a quo (inicial) e se expira com o advento do termo ad quem (final).

2. Classificação
2.1. Prazos Próprios e Impróprios
Prazos próprios: são os que dizem respeito às praticas de atos processuais pelas partes. A sua desobediência
acarreta o que a doutrina denomina, “situação de desvalia processual”, uma vez que não houve o desencargo
de ônus pela parte. Exemplo: sem contestação, podem ocorrer os efeitos da revelia.
Prazos impróprios: são os prazos do juiz, do escrivão e dos seus serventuários. O descumprimento não gera
qualquer desvalia em matéria processual, nem mesmo a preclusão, todavia, sujeita os desidiosos, salvo justo
motivo, às sanções administrativas aplicáveis à espécie.

2.2. Prazos Legais, Judiciais e Convencionais


Dispõe a lei que os prazos, via de regra, nela devem estar fixados. Caso não estejam previstos no
ordenamento, devem ser fixados a critério judicial. Por fim, em havendo omissão pelo juiz, o Código prevê
um prazo legal subsidiário, de 5 dias, para a prática dos atos processuais (artigo 185 do Código de Processo
Civil).Assim, quanto ao modo de previsão, os prazos classificam-se em:
a) prazos legais: são os definidos em lei, não tendo disponibilidade sobre estes, em princípio, nem o juiz
nem as partes, como o de resposta do réu e o dos diversos recursos;
b) prazos judiciais: são os fixados a critério do juiz, que deve utilizar como critério definidor a complexidade
da causa (designação de data para audiência – art. 331, II; conclusão de prova pericial – art. 427, II) etc.
c) convencionais: são os ajustados, de comum acordo, entre as partes, como o de suspensão do processo (art.
265, II, e § 3º), ou de concessão pelo credor ao devedor, na execução, para que a obrigação seja
voluntariamente cumprida (art. 792).

2.3. Dilatórios e peremptórios


Segundo sua natureza, ou seja, a depender da disponibilidade ou não, pelas partes, quanto ao prazo, estes se
classificam em dilatórios e peremptórios.
Dilatórios: é o que, embora fixado na lei, admite ampliação pelo juiz ou que, por convenção das partes
podem ser ampliados ou reduzidos (art. 181). A ampliação ou redução dos prazos dilatórios pela convenção
das partes só tem eficácia se: a) for requerida antes do vencimento do prazo; b) estiver fundada em motivo
legítimo; c) for objeto de aprovação do juiz, a quem compete fixar o dia do vencimento do prazo da
prorrogação (art. 181 e § 1º).
Peremptórios: é o que a convenção das partes e, ordinariamente, o próprio juiz, não podem alterar (art. 182).
Pode o juiz, todavia, em casos excepcionais, prorrogar os prazos, mesmo os peremptórios, até 60 dias nas
comarcas onde for difícil o transporte (art. 182, 2ª parte), ou pelo tempo necessário em caso de calamidade.
A lei não distingue a natureza dos prazos, se dilatórios ou peremptórios; para tanto, deve-se observar as
conseqüências jurídicas advindas de seu decurso in albis. Acarretando situação que condiciona a própria

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função jurisdicional, como a revelia e a coisa julgada, será peremptório; do contrário, será dilatório se está
em jogo apenas interesse particular da parte. Há alguns prazos, todavia, que têm sua natureza já assentada
dentro de um consenso mais ou menos uniforme da doutrina processualística. Com efeito, os prazos para
contestar, para oferecer exceções e reconvenção, bem como o de recorrer, são tidos como peremptórios. E os
de juntar documentos, arrolar testemunhas e realizar diligencias determinadas pelo juiz são meramente
dilatórios.

3. Curso de prazos
Todo prazo em regra é contínuo, não se interrompendo nos feriados ou dia não útil (art. 178). Sobrevindo,
porém, as férias forenses, suspendem-se os prazos. Paralisada a contagem, o restante recomeçará a fluir a
partir do primeiro dia útil seguinte ao término das férias (art. 179). Também suspendem os prazos:
a) o obstáculo criado pela parte contrária; b) a morte ou a perda da capacidade processual da parte, de seu
representante legal ou de seu procurador; c) a convenção das partes, se o prazo for dilatório; d) a exceção de
incompetência, bem como de suspeição ou de impedimento do juiz, salvo no processo de execução.
Superado o motivo que deu causa à suspensão, apenas o remanescente do prazo voltará a fluir (art. 180).

4. Contagem de prazos
Em regra, os prazos são contados, com exclusão do dia de começo e com inclusão do de vencimento (art.
180). Como é a intimação o marco inicial dos prazos (art. 240), estes só começam a fluir a partir do dia útil
seguinte ao da intimação. A intimação feita numa sexta-feira, só permitirá o início do prazo na segunda-feira
(se for útil). Na intimação feita no sábado, o início do prazo começará na terça-feira, se for dia útil (art. 240,
parágrafo único).
Com relação à fixação do dies a quo da contagem do prazo processual, o art. 241 fornece as seguintes
regras:
a) quando a citação ou intimação for pessoal ou com hora certa, o prazo se inicia a partir da juntada aos
autos do mandado devidamente cumprido;
b) quando houve vários réus, o prazo começará a fluir da juntada do último mandado, devidamente
cumprido;
c) se a comunicação for feita por edital, o prazo para a prática do ato processual terá início a partir do termo
final do prazo estipulado pelo juiz no edital para aperfeiçoamento da diligência;
d) se o ato de comunicação se der através de carta de ordem, precatória ou rogatória, o termo a quo do prazo
será a data de sua juntada aos autos, depois de realizar a diligencia;
e) se a intimação for por via postal, a contagem do prazo será feita a partir da juntada aos autos do aviso de
recebimento.
O termo final de qualquer prazo processual nunca cairá em dia não-útil, ou em que não houver expediente
normal do juízo. Dessa forma, considera-se prorrogado até o primeiro dia útil (art. 184, § 1º), se o
vencimento cair em feriado, em dia que for determinado o fechamento do fórum, ou em que o expediente
forense for encerrado antes da hora normal.
Note-se que o vencimento deverá observar o horário do expediente do fórum, de sorte que no último dia do
prazo o ato da parte deverá ser praticado até às 20 horas (art. 172). Se o expediente do cartório, pela
organização judiciária local, encerrar-se antes das 20 horas, o momento final do prazo será o do fechamento
da repartição e não o do limite do art. 172.

5. Prazos para a parte


Quando nem a lei nem o juiz fixar prazo para o ato, “será de cinco dias o prazo para a prática de ato
processual a cargo da parte” (art. 185). Se figurarem litisconsortes na relação processual e forem diversos os
seus advogados, os seus prazos, para contestar, para recorrer de modo geral, para falar nos autos, serão
contados em dobro (art. 191). Quando a lei não marcar prazo e ficar a critério do juiz a determinação do

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momento para a realização do ato, incide a regra limitativa do art. 192, segundo a qual “as intimações
somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 horas”.

6. Prazos para o MP e Fazenda Pública


Tendo em vista as notórias dificuldades de ordem burocrática que se notam no funcionamento dos serviços
jurídicos da Administração Pública, manda o art. 188 que sejam computados em quádruplo o prazo para
contestar e em dobro para recorrer, quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. No
conceito de Fazenda Pública, englobam-se a União, os Estados, Distrito Federal, os Territórios e os
Municípios, bem como as respectivas autarquias. As sociedades de economia mista e as empresas públicas,
todavia, não se beneficiam dos favores do art. 188, porque seu regime é de direito privado.

7. Prazo para a Defensoria Pública (organizada e mantida pelo Estado e DF)


Dispõe o art. 5º, § 5º, da Lei nº 1.060/50, que o Defensor Público será intimado pessoalmente de todos os
atos do processo, contando-lhe em dobro todos os prazos.

8. Inobservância de prazo
Compete ao advogado restituir os autos no prazo legal. Da inobservância dessa norma, ocorrerá a preclusão,
em decorrência da qual o juiz mandará, de ofício riscar o que neles houver escrito o faltoso e desentranhar as
alegações e documentos que apresentar (art. 195).
Se ocorrer desrespeito a prazo processual pelo juiz, qualquer das partes ou o orgao do Ministério Público
poderá representar ao Presidente do Tribunal de Justiça, a quem incumbirá o encaminhamento do caso ao
órgão competente, para instauração do procedimento para apuração de responsabilidade. O relator, conforme
as circunstâncias, poderá avocar os autos em que ocorreu o excesso de prazo e designar outro juiz para
decidir a causa (art. 198).

9. Preclusão
Todos os prazos processuais, mesmo os dilatórios, são preclusivos. Portanto, “decorrido o prazo, extingue-
se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato” (art. 183). Opera, para o que se
manteve inerte aquele fenômeno que se denomina preclusão processual. Temos três espécies de preclusão:
Temporal - ocorre quando a parte deixa de praticar o ato no tempo devido (art. 183). Como exemplo, cita-se
a não-interposição de recurso. Aqui temos o transcurso in albis de determinado prazo legal, que gera
situação de desvalia para a parte.
Lógica - Decorre da incompatibilidade entre o ato praticado e outro que se queria praticar também. A parte,
que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não poderá recorrer (art. 503). Temos também
como exemplo, se o réu requereu em petição a produção de uma prova pericial – CPC, art. 849, não pode
entrar em seguida com outra petição solicitando o julgamento antecipado da lide - CPC, art. 330 - por não
haver mais provas a produzir.
Consumativa - é aquela em que a faculdade processual já foi exercida validamente, com a escolha de uma
das hipóteses legalmente oferecidas para a prática do ato, tendo caráter de fato extintivo. Pelo fato do ato já
ter sido praticado, não poderá ser praticado novamente, de modo diverso. Assim, como exemplo, a parte que
já apelou não poderá oferecer embargos de declaração se não o fez antes de oferecida a apelação.

http://leticiacalderaro.blogspot.com.br/2006/09/os-prazos-no-processo-civil.html

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
A diferença básica entre prescrição e decadência reside em que a prescrição está ligada ao direito subjetivo,
ou seja, o direito que todas as pessoas titularizam perante o ordenamento jurídico, necessita-se de uma ação
(agir) de outrem, já a decadência é ligada ao direito potestativo, ou seja, não há a necessidade de um agir;
exerço o meu direito sem uma contraprestação.
Marcus Vinicius
PRESCRIÇÃO é a perda da pretensão, ou seja, perda da proteção jurídica relativa ao direito pelo decurso
(perda) de prazo. A prescrição reprime a inércia (atitude passiva) e incentiva o titular do direito a tomar
providências que possibilitem o exercício de seu direito em um período de tempo razoável. Por isso a lei
estipula prazos a serem observados para o exercício de alguns direitos, sob pena destas proteções jurídicas
não poderem mais ser exercidas. A prescrição existe para criar tranquilidade e segurança nas relações
sociais, pois não se pode admitir que uma pessoa tenha sobre outra uma pretensão que pode ser reivindicada
ou não no decorrer dos tempos, dependendo exclusivamente de um ato de vontade. A finalidade da
prescrição é, assim, evitar instabilidades nas relações sociais. A prescrição atua diretamente sobre a
pretensão, fazendo com que a proteção judicial desse direito não possa ser exercida. Vale dizer que a
prescrição não irá extinguir o direito em si, mas o atingirá indiretamente pois uma vez extinta a sua forma de
proteção, o direito propriamente dito normalmente ficará prejudicado. DECADÊNCIA
Perda do direito por não havê-lo exercido no prazo fixado em lei. Salvo disposição expressa em contrário, o
ofendido decai do direito de queixa ou de representação, se não o exerce dentro do prazo de seis meses,
contados do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou do dia em que se esgota o prazo por
oferecimento da denúncia.
No direito civil, decadência é a extinção de um direito por não ter sido exercido no prazo legal, ou seja,
quando o sujeito não respeita o prazo fixado por lei para o exercício de seu direito, perde o direito de exercê-
lo. Desta forma, nada mais é que a perda do próprio direito pela inércia de seu titular.
No direito penal, decadência é a perda do direito de representação ou de oferecer queixa-crime na ação
privada quando passado o lapso temporal improrrogável exigido em lei, sendo este, via de regra, de 6 (seis)
meses. Verificando-se a decadência, opera-se a extinção da punibilidade do acusado.
No direito tributário, decadência é a extinção do direito do fisco em constituir um crédito tributário passados
5 (cinco) anos da data que a decisão anulatória por vício formal do lançamento anteriormente efetuado
torna-se definitiva, ou então a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele que poderia ter sido
efetuado o lançamento.
Fundamentação:
Arts. 37, 269, IV, 295, IV, 810 e 811, IV do CPC
Arts. 119, parágrafo único, 178, 207 a 211, 446, 501, parágrafo único, 504, 745, 754 e 1.194 do CC
Art. 38, parágrafo único, do CPP
Arts. 103 e 107, IV do CP.
EXERCÍCIOS:

1 - Se a decadência for convencional, nos termos preconizados pelo Código Civil Brasileiro, a parte a
quem aproveita pode alegá-la:
a) Em qualquer grau de jurisdição, e o juiz poderá suprir a alegação.
b) Em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
c) Até o término do prazo para contestação, mas o juiz não pode suprir a alegação.
d) Até o término do prazo para contestação, e o juiz poderá suprir a alegação.
e) Até a data da prolação da sentença de primeiro grau, mas o juiz não pode suprir a alegação.

2 - As regras que regem a prescrição se aplicam à decadência, se as partes não pactuarem de forma
diversa.
CERTO
ERRADO

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3 - No tocante a decadência e a prescrição, considere:

I. Na decadência há a perda do direito pelo decurso do prazo e não a perda da exigibilidade do direito.
II. A prescrição, assim como a decadência, são temas de direito material e não de direito processual,
contudo, o reconhecimento da prescrição gera efeitos processuais.
III. Em regra, o prazo de prescrição para o empregado urbano ou rural propor ação na Justiça do
Trabalho é de 5 anos a contar da cessação do contrato de trabalho.
IV. Não corre prescrição ou decadência para incapazes.

Está correto o que se afirma APENAS em:


a) I, II e IV.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) I e II.

4 – Sobre a prescrição:
a) Só se admite a renúncia quando realizada de forma tácita.
b) Os prazos não podem ser alterados por acordo das partes.
c) Deve ser alegada pela parte na primeira oportunidade que se manifestar nos autos.
d) Iniciada contra uma pessoa, se interrompe com sua morte e reinicia seu curso contra o seu sucessor, de
pleno direito, na data da sua morte.
e) Os prazos não poderão sofrer interrupção ou suspensão.

5 - Sobre os institutos da prescrição e da decadência, é um EQUÍVOCO considerar que:


a) A decadência não se interrompe nem se suspende, salvo por previsão expressa em lei.
b) O prazo prescricional interrompido faz com que a contagem do tempo se inicie novamente.
c) As causas de suspensão da prescrição são de natureza pessoal.
d) As ações de reconhecimento de paternidade e referentes ao estado da pessoa humana prescrevem em 2
anos.
e) Os prazos decadenciais podem ser eleitos por contrato, via manifestação expressa de vontade e desde que
não restrinjam direito estabelecido em lei.

6 - Quanto à prescrição e à decadência, é correto afirmar que:


a) Os prazos prescricionais podem ser alterados por acordo das partes, não o podendo os prazos
decadenciais.
b) A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro,
depois que a prescrição se consumar.
c) A decadência pode ser reconhecida de ofício, mas a prescrição depende da iniciativa da parte para seu
reconhecimento.
d) A prescrição deve ser alegada pela parte a quem aproveita na primeira oportunidade, sob pena de
preclusão.
e) Não corre a prescrição contra os relativamente incapazes.

7 - Quanto à prescrição, é correto afirmar que:


a) O prazo prescricional iniciado contra uma pessoa não corre contra o seu sucessor.
b) Sua renúncia será necessariamente expressa.
c) Seus prazos podem ser alterados por acordo das partes, se maiores e capazes.
d) Pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem beneficia.
e) Não pode ser pronunciada de ofício pelo juiz, necessitando da iniciativa da parte para tanto.

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8 - O prazo prescricional é estabelecido por lei ou por convenção das partes, ao passo que o prazo
decadencial só se estabelece por lei.
CERTO
ERRADO

9 - Os prazos decadenciais podem ser legais ou convencionais.


CERTO
ERRADO

GABARITO

1–B
2 – ERRADO
3–A
4–B
5–D
6–B
7–D
8 – ERRADO
9 - CERTO

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O processo, instrumento estatal de composição de litígios, da mesma forma que a ação deve preencher
determinadas condições para que exista, possui requisitos para que possa ser considerado existente. Mais que
isso, além de sua existência, deve preencher requisitos que permitam o seu desenvolvimento válido e regular,
uma vez que é o instrumento pelo qual o direito de ação é exercido. Esses requisitos de existência e de validade
são chamados de pressupostos processuais, e se subdividem conforme abaixo:
- Pressupostos processuais de existência: a doutrina elenca dentre os pressupostos processuais de existência: a
petição inicial; juiz regularmente investido na jurisdição; citação; e, por fim, a capacidade postulatória.
- Pressupostos processuais de validade: a doutrina, em relação aos pressupostos processuais de desenvolvimento
válido do processo, não se restringe a apontá-los, fazendo também competente divisão destes, em objetivos e
subjetivos. Em relação aos pressupostos de validade objetivos, estes se subdividem em positivos e negativos. São
pressupostos objetivos a competência absoluta; petição inicial apta; ausência de coisa julgada; ausência de
litispendência; ausência de perempção. Em contrapartida, são pressupostos subjetivos: juiz imparcial; intimação
obrigatória do Ministério Público, quando deva atuar no feito; ausência de colusão entre as partes etc.
Cumpre observar a questão prática que envolve a subdivisão dos pressupostos processuais. Com efeito, estes se
subdividem em pressupostos de existência e validade em razão de haver, ante a ausência destes, conseqüências
diversas, a depender justamente de sua natureza jurídica, conforme adiante se verá. Assim, a título de exemplo, a
ausência de pressupostos de existência leva, por óbvio, à inexistência do processo, ocorrendo apenas um
simulacro deste, e tal vício é corrigido pela ação denominada querella nulitatis insanable.
2. Pressupostos Processuais de Existência
2.1. Petição inicial
Em razão do princípio da inércia da jurisdição, que determina o início do processo, em regra, somente por
iniciativa das partes, faz-se necessária a petição inicial, documento pelo qual o autor invoca a prestação
jurisdicional.A partir da inicial o processo será regido pelo princípio do impulso oficial. Note-se que a aptidão da
inicial, diferente de sua simples existência, configura pressuposto objetivo positivo de validade. Por fim, em
determinados casos, excepcionalmente previstos em lei, é dado ao juiz, de ofício, a possibilidade de iniciar
relações jurídicas processuais sem que haja ofensa à inércia da jurisdição, a exemplo da abertura de inventário,
declaração de falência (se não presentes os pressupostos da concordata preventiva), a execução penal e a
concessão de habeas corpus.
2.2. Juiz regularmente investido na Jurisdição
Com efeito, para que o processo exista, é necessário que seja proposto perante juiz regularmente investido na
jurisdição, pois de nada adiantaria submeter a lide a um juiz já aposentado, por exemplo, ou a alguém que não
ocupe o cargo de juiz, preenchidas as regras de investidura.
2.3. Citação
A citação torna efetivo o processo existente, como relação angular entre as partes e mediação do juiz, exercendo
a jurisdição, conforme dito. Todavia, a citação deve ser válida, ou seja, exige que estejam presentes os seus
requisitos intrínsecos (conteúdo mínimo), bem como seus requisitos extrínsecos (formalidades essenciais), para
que efetivamente forme o processo.
2.4. Capacidade processual e capacidade postulatória
Por capacidade processual entende-se a capacidade de exercício do direito de invocar o Judiciário para a
resolução da lide. É também conhecida como capacidade de fato, capacidade de exercício, ou legitimatio ad
processum.Como pressuposto da capacidade de exercício, temos a capacidade de direito, também conhecida
como capacidade de aquisição, capacidade de vir a juízo, ou legitimatio ad causam, deferida a todos aqueles que
possuem personalidade civil, ao menos via de regra. Com efeito, dizemos, via de regra, porque o Código, de
forma a atender princípios tais como o da segurança nas relações jurídicas, isonomia e inevitabilidade da
jurisdição, por vezes, confere legitimidade ad causam e processual, ativa e passiva,

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entes despersonalizados, tais como as universalidades de bens (massa falida e espólio) e as sociedades de fato
(artigo 12 do Código de Processo Civil).
Em relação à capacidade postulatória, também inserida pela doutrina majoritária como pressuposto de existência
do processo, em que pese às suas peculiaridades, esta justifica-se em razão de a lei exigir, em regra, a
interposição de peças processuais por quem possua conhecimentos técnico-jurídicos, de modo a prestigiar a
importante função de advogado, declarada pelo texto constitucional como função essencial à justiça, e de forma a
possibilitar, em razão de utilização de conhecimentos técnicos, otimização do instrumento estatal de composição
de litígios. Fins de registro, salienta-se que em determinados casos a lei autoriza o início de processos por
atuação exclusivamente das partes, a exemplo do que ocorre com os juizados especiais, nas causas de até 20
salários mínimos.
2.5. Conseqüências da ausência de pressuposto de existência
Os pressupostos de existência, quando ausentes, por óbvio, causam a inexistência do processo, havendo apenas
um simulacro deste. Esse controle é feito pelo juiz, incidentalmente, no decorrer do feito, e por ser matéria de
ordem pública todos são reconhecíveis de ofício. Todavia, em razão de ser o representante do Estado-juiz um ser
humano, podem ocorrer, e de fato ocorrem, erros no trâmite, e, por vezes, um processo que sequer deveria existir
chega a seu final, com sentença. Assim, às partes é conferido um instrumento, uma ação para a correção de tal
vício, denominada querella nulitatis insanable. Essa ação possui natureza declaratória da inexistência do feito,
processa-se perante o juiz de primeiro grau pelo rito ordinário, admitindo, por conseguinte, ampla dilação
probatória, e não se submete a prazo prescricional. Essa última afirmação talvez seja a mais importante a respeito
do instituto. Com efeito, entendimento jurisprudencial sumulado pelo Pretório Excelso determina que atos
constitucionais, inexistentes, não se convalidam no tempo.
3. Pressupostos Processuais de Validade
Conforme dito, os pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo são exigidos, pois não basta que
o processo exista, uma vez que é o instrumento pelo qual o direito de ação se desenvolve. Logo, faz-se necessário
que durante toda a marcha, disposições legais e assecuratórias de prerrogativas que o Estado de Direito confere
ao cidadão sejam observadas. Os pressupostos de validade se subdividem em objetivos e subjetivos. Por sua vez,
os pressupostos de validade objetivos são classificados em positivos e negativos.
a) Positivos (intrínsecos)
São aqueles pressupostos que devem necessariamente ser observados, no bojo do feito, sob pena de nulidade do
processo. São eles:
- Petição inicial apta: conforme dito, a petição inicial é simultaneamente requisito de existência (bastando que
exista), e também pressuposto de validade, pois deve, em uma segunda análise, assim subdividida somente para
fins didáticos, ser apta a instaurar o feito e prosseguir a marcha, com determinação da citação do réu.
- Competência absoluta: com efeito, só se considera válido um processo quando corra perante juiz absolutamente
competente para o julgamento da lide atribuída àquele feito, em razão da necessidade de observância do princípio
da eficiência, que atinge todo o Estado. Assim, ao contrário da incompetência relativa, que se considera sanada
quando não argüida, a incompetência absoluta do juízo contamina o feito de nulidade inafastável, a exemplo de
um juiz da vara da fazenda pública que julga determinada ação de investigação de paternidade, de competência
das varas de família, em regra.
b) Negativos (extrínsecos)
Diz-se pressuposto negativo, pois é a sua inexistência que determinará a validade do processo. Diz-se extrínseco,
pois é observado fora da relação jurídica processual que se objetiva validade, ou seja, fora destes autos. Por esses
motivos, a doutrina os denomina pressupostos processuais de validade objetivos negativos. São eles:

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- Ausência de coisa julgada: para que o processo se desenvolva validamente, a lide proposta não deve ter sido
definitivamente julgada em seu mérito anteriormente, por isso é que se exige como pressuposto negativo a
ausência de coisa julgada. Define-se coisa julgada a qualidade dos efeitos de uma sentença tornarem-se
imutáveis, sem possibilidade de mais recurso.
- Ausência de litispendência: verifica-se a litispendência quando duas demandas idênticas tramitam
simultaneamente, mas sem julgamento definitivo, devendo a demanda proposta em último lugar ser extinta.
Assim, para que se considere válido o processo, deve haver ausência de litispendência, ou seja, ou inexiste, ou,
caso tenha existido, esteja definitivamente liquidada.
- Ausência de perempção: por perempção entende-se a perda do direito de ação conferido ao autor contumaz,
assim considerado aquele que reiteradamente incorre em erro. Quando o autor deixar que, por erro seu, o
processo seja extinto por três vezes sem julgamento do mérito, a quarta tentativa de ver sua lide julgada não será
admitida pelo Estado-juiz, todavia, tais prerrogativas poderão continuar sendo alegadas em defesa. Para que seja
o processo considerado válido, portanto, não deve ter ocorrido o instituto da perempção.
3.1. Pressupostos processuais de validade subjetivos
- Juiz imparcial: para que o processo seja válido deve haver imparcialidade do juiz, pois é da natureza da
Jurisdição Estatal a sua higidez, de forma a atender ao princípio da igualdade. Existem dois graus, ou formas de
imparcialidade: suspeição e impedimento. Quando verificado um destes vícios pelas partes, caso não sejam
reconhecidos de ofício pelo magistrado do feito, há a possibilidade de controle incidental deles, por meio de
exceções. Após o fim do processo, o controle será o mesmo de todos os pressupostos processuais de validade,
conforme adiante se verá.
- Intimação obrigatória do Ministério Público, quando deva atuar no feito: O Ministério Público deve atuar em
determinados casos, conforme expressa disposição legal, em razão do interesse em litígio ou em razão da
qualidade especial de determinadas partes, a exemplo dos incapazes. Quando não intervir como parte nestes
feitos, deverá atuar como custos legis, expressão latina que define “fiscal da Lei”, devendo para tanto, ser
intimado de todos os atos do processo. Desse modo, prevê o texto do diploma processual que, quando a lei
determinar a participação obrigatória do Ministério Público, a ausência de usa intimação contamina o feito de
nulidade insanável (artigo 84 do Código de Processo Civil).
- Ausência de colusão entre as partes: em razão de princípios informadores do processo, como a probidade e a
boa-fé, para que um processo se revista de validade, é estritamente necessário que ajam as partes com boa-fé,
sem o conluio fraudulento para fraudar a lei ou terceiros, pena de rescisão do julgado.
4. Conseqüências da Ausência de Pressupostos de Validade
Os pressupostos processuais de validade, se não verificados, levam o feito à nulidade absoluta. O controle pode
ser realizado pelo juiz mesmo de ofício, uma vez que este é o senhor do feito. Caso não seja verificada a
irregularidade dos pressupostos antes do trânsito em julgado da sentença, sendo argüida somente após seu
trânsito em julgado, a solução de tal incongruência será diversa daquela apontada aos pressupostos de existência.
O meio de declaração de nulidade do feito por ausência dos pressupostos processuais de validade que o código
prevê é a ação rescisória. Por meio desta as partes ou o Ministério Público podem requerer ao tribunal que
declare nulo o feito em que foi verificado o pretenso vício. Seu prazo de interposição é de dois anos contados do
trânsito em julgado da sentença do processo irregular. Após o decurso deste lapso, in albis, a decisão não poderá
mais ser modificada, ao menos de acordo com a maioria da doutrina e da jurisprudência. Nesse caso, ocorrerá o
que a doutrina denomina coisa julgada soberana, uma vez que não será passível de desconstituição por qualquer
meio processual.
Autor: João Ricardo Alves de Oliveira

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PROCESSO DE EXECUÇÃO

Conceitos iniciais - O processo judicial é uma soma de atos que visa determinado fim. Na primeira fase
procura o Estado, através do juiz, aplicar o direito ao caso concreto a ele submetido. Aqui procura-se
solucionar o conflito, compor a lide, de tal forma que a pendência entre as partes fique regulada pela
sentença, como se fora por lei específica e a elas destinada. Neste sentido veja-se o que dispõe o artigo 468,
do CPC:
A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões
decididas.
Solucionada a questão de mérito no processo de conhecimento e tendo-se concluído quem tinha direito ao
bem, objeto de litígio, haverá apenas um direito a ser efetivado na sua realidade prática.
Há no processo judicial atividade de conhecimento e a de execução.
Nem sempre reclama a conjugação dos dois processos, de conhecimento e execução, para exercer a
atividade jurisdicional. Por vezes a declaração de certeza é suficiente para eliminar o litígio; em outras, a
certeza em torno do direito da parte já está assegurada por mecanismos que dispensam o processo de
conhecimento e permitem a utilização direta da execução forçada em juízo.
Recurso Adesivo
“É aquele admissível quando autor e réu são sucumbentes (isto é, vencidos na ação, ainda que em parte). O
recurso adesivo só tem cabimento na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no
recurso especial (art. 500, II, do CPC). O recurso adesivo nada mais é do que o recurso contraposto ao da
parte adversa por aquela que se dispunha a não impugnar a decisão, e só veio a impugná-la porque o fizera o
outro litigante.”
No caso do pedido ter sido apenas parcialmente procedente, poderá o autor ou o réu não recorrente, no prazo
que dispõe para responder ao recurso da parte contrária, interpor recurso adesivo.
O recurso adesivo ficará subordinado ao recurso principal, ou seja, se este não prosseguir, por desistência,
inadmissibilidade ou deserção, o mesmo ocorrerá com aquele.
Na hipótese da apresentação do recurso adesivo, o cartório deverá certificar a tempestividade e abrir vista ao
recorrido.
Retornando, os autos serão conclusos ao juiz.
Artigo 500 – CPC
Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo,
porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O
recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes:
I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a
parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso
especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou
deserto.
Parágrafo único - Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às
condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior.
Ocorrerá o recurso adesivo quando existir sucumbência recíproca.
http://www.webestudante.com.br/we/index.php?option=com_content&view=article&id=131:recurso-
adesivo-&catid=10:processo-civil&Itemid=85

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