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1.

Desistência Voluntária: iniciada a execução do crime, o agente desiste voluntariamente de nela prosseguir;
2. Arrependimento Eficaz: terminada a execução, o agente impede que o resultado se produza;
3. Arrependimento Posterior: é uma causa de diminuição de pena, que tem como requisitos: a) crimes
praticados sem violência ou grave ameaça à pessoa; b) reparação do dano ou restituição da coisa até o
recebimento da denúncia; c) por ato voluntário do agente.
4. Crime impossível: ocorre quando a consumação é de impossível alcance por: a) ineficácia absoluta do meio
(instrumento). Exemplo: tentar matar alguém com arma de brinquedo ou arma desmuniciada; b) impropriedade
absoluta do objeto. Exemplo: tentar matar um cadáver, tentar abortar quando não está grávida. Nesses casos, qual
a consequência? O FATO É ATÍPICO.
E se a ineficácia ou a impropriedade for relativa? haverá crime tentado. Exemplo: arma falhar, o tiro pegou em
medalha ou em uma moeda, entre outros.
DESISTENCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ E ARREPENDINENTO POSTERIOR:
desistência voluntária: seria quando o agente interrompe a execução do crime de sua consumação.
Arrependimento eficaz: o agente consome o ato e, este evita a produção do resultado, o arrependimento eficaz
seria a tentativa abandonada.
Qual a diferença entre o arrependimento eficaz e a tentativa?
R: no arrependimento eficaz, o agente desiste da prática do crime por força própria, enquanto que a tentativa tem
circunstâncias alheias, no arrependimento eficaz seria a realização inteiramente, após o resultado impedido.
Seus elementos:
a) inicio da execução.
b) não consumação.
c) o agente próprio interfere.
O agente só responde pelo ato praticado, e a tentativa abandonada com isso se chama de presente de ouro, por
causa do favorecimento que o agente tem em relação à diminuição da pena.
Tentativa abandonada, seria igual ao arrependimento eficaz e a desistência voluntária.
O ato voluntário, seria o que o agente opta por aquele momento se era desistir ou não.
O ato involuntário, circunstância não deixa prosseguir.
Arrependimento posterior: seria uma causa de diminuição de pena, não há violência ou grave ameaça e o
agente tem que devolver voluntariamente até o recebimento da denuncia.
Arrependimento eficaz x arrependimento posterior:
1. o posterior tem que ser sem violência o grave ameaça de lesão, agora o eficaz abrange estes 2.
2. no eficaz só responde pelo crime cometido enquanto que o posterior só é uma mera recondução de pena de 1 a
2/3.
3. o arrependimento eficaz é anterior a consumação, enquanto que o posterior pressupõe a produção do resultado.
Seus requisitos:
a) crime cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa: só é referida na situação de violência dolorosa,
mas segundo a doutrina pode ser aplicada em crime culposo como homicídio e lesão, ou no crime de dano.
b) reparação da coisa, o dano e da restituição: deve ser integral, a não ser que a vitima ou seus herdeiros
aceitem parcialmente, renunciando o restante.
c) voluntariedade do agente: não é impedimento para diminuição da pena, pode ser feita por parente autorizado
e não exige que o ato indenizatório seja realizada pelo agente.
d) até o recebimento da denuncia ou queixa: sendo posterior é atenuante genérica segundo o artigo 65,
paragrafo 3, alínea b. Nos crimes de ordem pública não se fala em arrependimento posterior se entregar o
dinheiro antes da queixa.
É comunicável aos que desistem e, aos seus participes, desde que concordem.
Se aplica em: crimes culposos, crimes dolosos, crimes tentados, crimes consumados, crimes simples, crimes
qualificados, crimes privilegiados, onde a pena deve ser reduzida de um a dois terços.
Os fatores para a redução são sinceridade ou espontaneidade e a reparação do dano. A delação eficaz serve para
estimular um dos coautores com o beneficio da redução de pena.
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais)
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres)
Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
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Concurso de crimes quer dizer que o agente ou um grupo de agentes cometeu dois ou mais crimes mediante
a prática de uma ou várias ações. Portanto, dentro de uma mesma dinâmica há a pratica vários crimes.
O concurso de crimes está previsto nos artigos 69, 70 e 71 do Código Penal. Ele é subdividido em concurso
material, concurso formal e crime continuado.

a) CONCURSO MATERIAL
Ocorre quando o agente mediante mais de uma conduta (ação ou omissão) pratica dois ou mais crimes
idênticos ou não. Exemplo: Fulano, armado com um revolver, atira em Cicrano e depois atira em Beltrano,
ambos morrem. Neste exemplo, há duas condutas e dois resultados idênticos.
Quando os resultados são idênticos, utiliza-se o termo homogêneo e quando os resultados são diversos
utiliza-se o termo heterogêneo.
No concurso material, o agente deve ser punido pela soma das penas privativas de liberdade.
Guilherme Nucci explica quanto ao critério para a aplicação da pena “torna-se imprescindível que o juiz,
para proceder à soma das penas, individualize, antes cada uma. Ex. três tentativas de homicídio em
concurso material. O magistrado deve, em primeiro lugar, aplicar a pena para cada uma delas e, no final,
efetuar a adição”.
Importante observar que se houver a soma das penas antes da individualização ocorrerá a inobservância do
princípio da individualização da pena, e consequentemente a anulação da sentença.
No caso da sentença cumular pena de reclusão e detenção, aquela deverá ser cumprida primeiramente.
Em relação ao juiz competente para aplicar a regra do concurso material, Fernando Capez explica que “se
houver conexão entre os delitos com a respectiva unidade processual, a regra do concurso material é
aplicada pelo próprio juiz sentenciante. Em não havendo conexão entre os diversos delitos, que são objeto
de diversas ações penais, a regra do concurso material é aplicada pelo juízo da execução, uma vez que,
com o trânsito em julgado, todas as condenações são reunidas na mesma execução, momento em que as
penas serão somadas (LEP, art. 66, III, a)”.
b) CONCURSO FORMAL
Ocorre quando o agente mediante uma conduta (ação ou omissão) pratica dois ou mais crimes idênticos ou
não. Exemplo: Fulano atropela três pessoas e elas morrem. Neste exemplo, nós temos três resultados
idênticos diante de uma única conduta.
Portanto, os requisitos para que se configure o concurso formal são: Única conduta e dois ou mais resultados
que sejam fatos típicos e antijurídicos.
Em relação a punição, Gilherme Nucci explica que “No Concurso formal, o agente deve ser punido pela
pena mais grave, ou uma delas, se idênticas, aumentada de um sexto até a metade, através do sistema de
exasperação”, enquanto que se houver desígnios autônomos a pena será cumulativa conforme previsto nos
crimes materiais.
A exasperação, de acordo com Guilherme Nutti, é “o critério que permite, quando o agente pratica mais de
um crime, a fixação de somente uma das apenas, mas acrescida de uma cota-parte que sirva para
representar a punição por todos eles. Trata-se de um sistema benéfico ao acusado e adotado, no Brasil, nos
arts. 70 (concurso formal) e 71 (crime continuado)”.
Desígnios autônomos quer dizer que o agente tem a intenção (dolo) de praticar dois ou mais crimes
mediante uma única conduta. Nesse sentido, a pena será cumulada (soma das penas).
Vejamos um exemplo para entender a dinâmica da aplicação da pena no crime formal. Ex. Fulano quer
matar os pais para ficar com a herança da família. Ele coloca veneno no chá e oferece aos pais, que tomam e
morrem por envenenamento. Neste exemplo, Fulano queria matar a mãe e o pai para ficar com a herança –
desígnios autônomos –, portanto, aplica-se a soma das penas. Outro exemplo, Fulano queria matar o pai,
porque ele era uma pessoa violenta, agressiva que chegava bêbado em casa e espancava sua esposa e seus
irmãos. Fulano oferece o chá ao pai que toma e morre por envenenamento. Porém, a mãe de Fulano,
acidentalmente, toma o chá envenenado e também morre em decorrência do envenenamento. Neste
exemplo, configurar-se-á o aumento da pena, pois não foram identificados os desígnios autônomos, ou seja,
a intenção de matar tanto o pai quanto a mãe.
A doutrina denomina crime formal perfeito quando se aplica a pena do crime mais grave com aumento. O
crime formal imperfeito ocorre quando há somatória das penas.

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O resultado pode ser heterogêneo quando o resultado é diverso. Ex. Atropelo duas pessoas, uma se fere
levemente e a outra morre. E homogêneo quando o resultado é idêntico. Ex. Atropelo duas pessoas e as duas
se ferem levemente.
O parágrafo único do artigo 70 do Código Penal trata do concurso material benéfico que quer dizer que
mesmo se tratando de concurso formal a aplicação da pena poderá ser feita utilizando as regras do concurso
material caso esta for mais benéfica do que a pena aumentada. Guilherme Nucci explica “se o réu está
respondendo por homicídio doloso e lesões culposas, em concurso formal, valendo-se da regra do art. 70, a
pena mínima seria de 6 anos – pelo homicídio simples – acrescida de um sexto, diante da exasperação
prevista, resultando em 7 anos de reclusão. Se fosse aplicada a pena seguindo a regra do concurso
material, a pena ficaria em 6 anos de reclusão e 2 meses de detenção. Portanto, já que o concurso formal é
um benefício ao réu, deve ser aplicada a pena como se fosse concurso material. Observa-se que o concurso
é formal, embora a aplicação da pena siga a regra do concurso material. É a opção do legislador pelo
sistema do acúmulo material.”
c) CRIME CONTINUADO
Ocorre quando o agente, reiteradamente, mediante mais de uma conduta (ação ou omissão) pratica dois ou
mais crimes da mesma espécie , nas mesmas condições de tempo, ação e lugar. Por exemplo, a empregada
que furta toda semana da carteira da patroa R$ 10,00.
Quais as condições de tempo? Toda semana. Ação? Furto. Lugar? Carteira da patroa.
A rigor, cada vez que a empregada furta R$ 10,00 é considerado um crime de furto qualificado, pois,
acrescenta-se o abuso de confiança entre a empregada e a patroa. O furto qualificado tem uma pena mínima
de 2 anos, portanto, se ocorresse 50 crimes desta natureza, a empregada teria uma pena de 100 anos. Isso
seria um tanto quanto injusto, pois quem mata uma pessoa tem pena mínima de 6 anos, enquanto que nesse
caso ela teria uma pena de 100 anos. Portanto, identificando que houve a prática reiterada, as mesmas
condições de tempo, ação e lugar, aplica-se a pena de um só crime se idêntico ou a mais grave se diferentes,
aumentada a pena. O crime continuado nada mais é do que um concurso material de crimes, porém com
regra de apelamento de concurso formal.
De acordo com Fernando Capez, há o crime continuado comum – sem violência ou grave ameaça - no qual
se aplica a pena do crime mais grave aumentada de 1/6 a 2/3 ou o crime continuado específico – com
violência ou grave ameaça – no qual se aplica a pena mais grave aumentada até o triplo. No entanto, se a
aplicação da regra do crime continuado, a pena resultar superior à que restaria se somadas as penas, aplica-
se a regra do concurso formal (concurso material benéfico).
A prescrição nos casos dos crimes de concurso material, formal e crime continuado devem obedecer ao texto
do art. 119 do Código Penal que diz “no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá
sobre a pena de cada um, isoladamente”.
As citações realizadas dos autores Fernando Capez e Guilherme Nucci encontram-se nos livros: Código
Penal Comentado, 11° Edição, Editora Malheiros, Guilherme de Souza Nutti e Curso de Direito Penal,
Volume 1, 16° Edição, Editora Saraiva, Fernando Capez.
*Escrito por: Angelo Mestriner | Aluno do curso de Direito da UNIP. Formado em Processamento de Dados
com ênfase em Análise de Sistemas pela FATEC.
http://www.direitosimplificado.com/materias/concurso_de_crimes.htm

QUESTÃO 01: CESPE - 2007 - TJ-PI - Juiz


Com relação ao concurso de crimes, a assinale a opção correta.
a) No concurso formal de crimes, aplica-se ao agente a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas de multa são aplicadas
distinta e integralmente.
b) Ocorre o concurso formal perfeito quando a ação ou a omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam
de desígnios autônomos, caso em que as penas são aplicadas cumulativamente.
c) No crime continuado qualificado, o juiz, considerando as circunstâncias judiciais, poderá aumentar a pena
de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o quádruplo.

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d) No concurso formal imperfeito, a pena poderá exceder a que seria cabível caso fossem aplicadas as regras
do concurso material.
e) Não se admite a existência de crime habitual em continuidade delitiva.
_____________________________________________________________________
QUESTÃO 02: MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça
Aponte a alternativa que está em desacordo com disposição do Código Penal envolvendo concurso de
crimes.
a) No concurso formal e no crime continuado, a pena final não poderá exceder aquela que resultaria da
cumulação.
b) É possível o reconhecimento da continuidade delitiva entre crimes consumados e tentados.
c) Nos casos de concurso material, a prescrição incide sobre a soma das penas cominadas ou aplicadas a
cada crime.
d) Na condenação por roubo em concurso formal perfeito, as multas devem ser aplicadas cumulativamente.
e) No concurso de crimes culposos, a substituição por restritivas de direito é possível qualquer que seja o
total das penas privativas de liberdade.
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QUESTÃO 03: FCC - 2009 - TJ-GO - Juiz
Em relação ao crime continuado,
a) é inaplicável a lei penal mais grave, ainda que a sua vigência seja anterior à cessação da continuidade,
consoante posição do Superior Tribunal de Justiça.
b) é cabível a suspensão condicional do processo, ainda que a soma da pena mínima da infração mais grave
com o aumento mínimo de um sexto seja superior a um ano, de acordo com entendimento sumulado do
Superior Tribunal de Justiça.
c) é possível a identificação de sua modalidade específica, prevista no art. 71, parágrafo único, do Código
Penal, com o aumento da pena de uma das infrações até o triplo, se cometidas contra a mesma vítima.
d) o aumento da pena, no caso do art. 71, caput, do Código Penal, deve levar em conta o número de
infrações cometidas, segundo majoritário entendimento jurisprudencial.
e) é inadmissível o seu reconhecimento nos crimes dolosos contra a vida.
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QUESTÃO 04: FCC - 2009 - TJ-MS - Juiz
Em relação ao concurso formal, é correto afirmar que
a) é cabível mesmo entre delito doloso e culposo.
b) os crimes devem ser da mesma espécie.
c) o crime concorrente pode resultar de desígnio autônomo, se a ação for culposa.
d) a pena não pode exceder a que seria cabível pela regra do crime continuado.
e) a multiplicidade de resultados não pode decorrer de omissão.
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QUESTÃO 05: Prova: ND - 2006 - OAB/DF - Exame de Ordem - Primeira Fase
Sobre o crime continuado é correto afirmar que:
a) ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou
não, aplicam-se cumulativamente s penas privativas de liberdade em que haja incorrido;
b) ocorre quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mais aumentada, em
qualquer caso, de um sexto até metade;
c) ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços;
d) ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade.

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QUESTÃO 06: Julgue os itens e assinale a alternativa correta:
I - É possível o concurso material entre roubo circunstanciado pelo emprego de arma e quadrilha armada,
não se devendo falar em bis in idem, pois os bens jurídicos tutelados são diversos. Enquanto a punição do
roubo protege o patrimônio, a da quadrilha ou bando protege a paz pública.
II - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um deles,
isoladamente.
III - Segundo precedentes do STJ, o percentual de aumento decorrente do concurso formal de crimes deve
ser aferido em razão do número de delitos praticados, e não, à luz das circunstâncias judiciais analisadas na
primeira fase da dosimetria da pena.
IV - Em caso de concurso formal de crimes, a pena privativa de liberdade não pode exceder a que seria
cabível pela regra do concurso material.

a) apenas I está correta


b) apenas I, II e III estão corretas
c) apenas II e IV estão corretas
d) todas estão corretas.
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Gabarito:
01- A
02- C
03- D
04- A
05- C
06- D

http://direitobrasileiroatualizado.blogspot.com.br/2013/04/questoes-concurso-de-crimes.html

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
O concurso de pessoas, também denominado de concurso de agentes, concurso de delinquentes (concursus
delinquentium) ou codelinquência, implica na concorrência de duas ou mais pessoas para o cometimento de
um ilícito penal.
Há quem denomine, ainda, o concurso de pessoas de coautoria ou coparticipação. Ocorre, no entanto, que
essas expressões não são propriamente sinônimas de concurso de pessoas, mas sim espécies deste último,
que abrange tanto a autoria quanto a participação.
Aliás, esse foi o entendimento da própria comissão reformadora da parte geral do Código Penal, conforme
pode se ver do item 25 da exposição de motivos: "Ao reformular o Título IV, adotou-se a denominação ‘Do
Concurso de Pessoas’ decerto mais abrangente, já que a co-autoria não esgota as hipóteses de concursus
delinquentium".
Não há que se confundir o concursus delinquentium (concurso de pessoas) com o concursus delictorum
(concurso de crimes) nem tampouco com o concursus normarum (concurso de normas penais). São três
institutos penais totalmente distintos, muito embora possam vir a se relacionar.
O Código Penal Brasileiro não traz exatamente uma definição de concurso de pessoas, afirmando apenas no
caput do art. 29 que "quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na
medida de sua culpabilidade".
O diploma penal pátrio dispõe, ainda, que "se a participação for de menor importância, a pena pode ser
diminuída de um sexto a um terço" (art. 29, § 1º), bem como que "se algum dos concorrentes quis participar
de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de
ter sido previsível o resultado mais grave" (art. 29, § 2º).Em nível doutrinário, tem-se definido o concurso de
agentes como a reunião de duas ou mais pessoas, de forma consciente e voluntária, concorrendo ou
colaborando para o cometimento de certa infração penal.
http://jus.com.br/revista/texto/13528/concurso-de-pessoas-definicao-e-elementos#ixzz22hIehEDz

É POSSÍVEL HAVER CONCURSO DE AGENTES EM CRIME CULPOSO?


Antes de se apresentar aquilo que a doutrina tem entendido como sendo majoritário, é preciso dizer que o
tema é por certo controvertido. No entanto, abordaremos apenas aquilo que tem se apresentado como de
maior força na doutrina.
A saber, inicialmente, só existem duas maneiras de se praticar uma infração penal (crime ou contravenção),
que é justamente por meio de uma conduta dolosa – quando o agente realmente deseja algo e molda sua
conduta visando este fim, ou então quando por não prever um resultado que até então era previsível, seja por
ter sido negligente, imprudente ou ainda por ter ele ignorado um dever objetivo de cuidado. Resumindo, a lei
penal brasileira só admite a prática de uma infração penal, quando houver dolo ou culpa.
Partindo desse princípio, e considerando que duas ou mais pessoas podem perfeitamente por meio de união
de desígnios assentirem para a prática de um ato, conclui-se, portanto, que havendo dolo não há problema, o
concurso de agentes se dá tranquilamente na forma prevista no artigo 29 do CP. E o mesmo vale para a
participação dolosa.
Agora, respondendo a pergunta feita, e relembrando que esse tema é por deveras discutido na doutrina, mas
ressaltando a majoritária. É possível notar que o problema surge justamente quando se retira o dolo do
agente e passa-se a analisar sua conduta apenas na modalidade culposa.
A resposta positiva não esta errada, mas também não esta completamente certa. Isso porque, é preciso que se
faça uma diferenciação do concurso de agentes pautado na figura da coautoria, daquele visto na forma da
participação, posto que em se tratando desta última para sua verificação no caso em concreto, deve-se dividi-
la em dolosa e culposa.
Desta forma, considerando o concurso de agentes em crime culposo, na modalidade coautoria, ele se faz
perfeitamente possível vez que duas pessoas podem perfeitamente, por meio de condutas culposas,
quebrando com o dever objetivo de cuidado, agredirem bem juridicamente tutelado. Neste caso, os
envolvidos responderão conjuntamente pela infração. Exemplificando tal questão, vale citar o que aconteceu
com a menor Grazielly de 3 anos, que morreu após ter sido atingida por um Jet ski, neste caso em especial, o
delegado verificou um concurso de culpa e por isso indiciou 4 pessoas.

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime,
punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para
Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521.
Website protegido por leis de direitos autorais. Registrado perante a Biblioteca Nacional, sob n.º 641.675, livro 1.233 folha 417
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
Deixando de lado a figura da coautoria, doravante, o problema sobre esse tema surge justamente quando se
fala na participação em crime culposo, considerando que é preciso verificar a natureza dessa participação, ou
seja, se foi culposa ou dolosa.
A participação dita culposa, embora haja resistência por parte da doutrina, é sim possível de ser verificada,
pois se uma pessoa estimula, incita ou provoca outra a ter uma conduta imprudente, a partir desse momento
fica certo que ambos quebraram um dever objetivo de cuidado. Embora tenha sido um quem efetivamente
realizou o núcleo do tipo, aquele que o inspirou em sua conduta será tido como participe e deverá responder
a título de culpa.
Como exemplo de tal situação, vale dizer o que foi dito pelo professor Rogério Greco (2012), descrevendo a
situação onde num veículo aquele que esta como carona induz o motorista a imprimir alta velocidade, só
para que assim cheguem mais rápido a determinado lugar, ocorre que no trajeto o carro atropela um
pedestre. Nesse caso, ambos não faziam previsão daquilo que era perfeitamente previsível, o que impõe ao
motorista a devida imputação por crime culposo, assim como também ao carona que instigou o motorista a
praticar tal fato, de forma que igualmente responderá pela infração praticada na modalidade participação
culposa.
Até ai tudo bem, o problema surge quando se fala da participação dolosa em crime culposo. Sobre isso,
realmente não se tem como aceitar a participação dolosa em crime culposo, posto que se alguém,
DOLOSAMENTE, ínsita outra pessoa à adotar determinada conduta que sabidamente ensejará a prática de
um ilícito penal, ainda que a pessoa instigada tenha realmente agido com culpa, aquele que o incitou, assim
o fez já esperando a produção de um resultado, de forma que este deverá responder pelo mesmo crime,
porém, na sua forma dolosa.
Exemplo: Mevelina sabendo que Tício deseja pregar uma peça (brincadeira) em Caio, seu inimigo mortal,
entrega uma arma àquele dizendo que embora ela não funcione (não dispara!) serviria para assustar Caio.
Acreditando nisso, Tício desejando assustar Caio e acreditando no que foi dito por Mevelina,
imprudentemente aperta o gatilho que para sua surpresa dispara e mata Caio. Veja, embora Tício realmente
tenha agido com culpa, o mesmo não pode ser dito sobre Mevelina que utilizou Tício com seu instrumento
para a prática do crime, por isso que nesse caso, Tício responde por Homicídio culposo e Mevelina por
homicídio doloso.
Resumindo, é sim possível a coautoria em crime culposo, já no que tange a participação ela só será possível
se for uma participação culposa.
Fabricio da Mata Corrêa
Advogado Criminalista – Professor de Direito Penal e Processo Penal nas Faculdades Unificadas Doctum – Guarapari/ES
http://atualidadesdodireito.com.br/fabriciocorrea/2012/10/17/pergunta-e-possivel-haver-concurso-de-agentes-em-crime-culposo/

1 - Os crimes considerados monossubjetivos:


a) Não admitem concurso de pessoas.
b) Admitem concurso de pessoas, mas apenas o concurso eventual.
c) Admitem concurso de pessoas, mas apenas o concurso necessário.
d) Admitem concurso de pessoas, inclusive nas duas espécies: eventual e necessário.

2 - Pode-se dizer que:


a) Coautoria e participação são a mesma forma de concurso de pessoas.
b) Na coautoria os agentes contribuem para a realização do delito, enquanto na participação, eles realizam a
conduta típica do crime.
c) Na participação, os agentes não cometem o comportamento descrito pelo tipo penal, mas concorrem para
a realização do delito. Já na coautoria, os agentes realizam a conduta típica.
d) A coautoria e a participação só ocorrem no concurso necessário.

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3 - A teoria adotada pelo Código Penal em relação à natureza jurídica do concurso de pessoas é a
Teoria Unitária. Segundo tal teoria:
a) Todos que contribuem para a prática do delito cometem o mesmo crime.
b) Entre os autores há um único crime e entre os partícipes há outro crime único.
c) Cada um dos participantes do delito responde por um crime próprio.
d) Apenas o autor responderá pelo delito.

4 - Analise as seguintes afirmações sobre autoria mediata:


I - Exige pluralidade de pessoas.
II - Não admite a participação entre o autor e terceiro.
III - O autor pode aproveitar-se do executor por sua ausência de capacidade penal, inimputabilidade
por doença mental ou por sua obediência hierárquica.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas I e III estão corretas.
c) As alternativas II e III estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.

5 - No concurso de pessoas:
I - Pode haver participação dolosa em crime culposo.
II - Pode haver participação culposa em crime doloso.
III - Exige-se homogeneidade de elemento subjetivo-normativo.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) Apenas a alternativa I está correta.
c) Apenas a alternativas II está correta.
d) Apenas a alternativa III está correta

6 - Pode-se dizer que autoria colateral caracteriza-se:


a) Pelo acordo prévio entre os agentes.
b) Pela igualdade da arma utilizada pelos agentes.
c) Pela existência da figura do coautor.
d) Pela inexistência de acordo prévio entre os agentes.

7 - Cada participante do crime responderá:


a) Igualmente aos demais, não importando a extensão de sua culpabilidade no delito.
b) Apenas se participou materialmente.
c) Na medida de sua culpabilidade.
d) Sempre pela pena mais grave.

8 - No decorrer do crime, o partícipe se arrepende e consegue impedir a consumação do delito. O


partícipe:
a) Não responderá pela tentativa, apenas se responsabilizará pelos atos anteriores à desistência voluntária ou
arrependimento eficaz.
b) Responderá pelo crime na forma consumada, por já ter iniciado a execução do crime.
c) Responderá pelo crime na forma tentada, uma vez que teve a intenção de praticá-lo.
d) Não responderá nem pelo crime nem pelos atos praticados anteriormente à desistência.

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9 - No caso de dois sujeitos, sem saber, atirarem em uma mesma pessoa e esta vier a falecer em
decorrência dos ferimentos produzidos pelo projétil de uma das armas, ficando impossível saber de
qual delas o objeto foi disparado, deve-se:
a) Condenar ambos pelo crime de homicídio consumado.
b) Absolver ambos.
c) Condenar ambos pelo crime de homicídio na sua forma privilegiada.
d) Condenar ambos pelo crime de homicídio na sua forma tentada.

10 - Analise as seguintes situações e escolha a alternativa correta:


I - Alberto aconselha Bruno a matar Carlos.
II - Alberto, sabendo que Bruno pretende matar Carlos, empresta-lhe uma arma.
a) Na situação I, Alberto não responde por nenhum crime, uma vez que executou a morte de Carlos.
b) Na situação II, Alberto responde como autor do crime, uma vez que a arma era sua, e Bruno responde
como partícipe, já que apenas cumpriu um conselho de Alberto.
c) Em ambas as situações Alberto responde como partícipe da crime, sendo que na situação I sua
participação era apenas moral, enquanto que na situação II era material.
d) Em ambas as situações Alberto responde como autor do crime e Bruno é absolvido.

11 - Em qual das alternativas há coparticipação por omissão?


a) Um soldado, podendo agir, assiste a um assalto sem tomar qualquer providência.
b) Um civil, que podendo agir, assiste a um assalto sem tomar qualquer providência.
c) Um soldado, por covardia, assiste a um assalto sem tomar qualquer providência.
d) Um civil, por covardia, assiste a um assalto sem tomar qualquer providência.

12 - No caso de excesso qualitativo o participante que desejou o crime menos grave responderá:
a) Pelo crime consumado, mesmo sendo ele mais grave.
b) Apenas pelo crime que desejou, pois não previa o resultado mais grave.
c) Por crime algum, pois não havia previsto a ocorrência de crime mais grave.
d) Pelos dois crimes: o que desejou e o que se consumou.

13 - São requisitos do concurso de pessoas:


I - Pluralidade de condutas.
II - Liame subjetivo.
III - Diferentes infrações para os participantes.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas I e III estão corretas.
c) As alternativas II e III estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.

14 - O Código Penal adotou, em relação à autoria, a teoria restritiva. O que diz tal teoria:
a) Autor é quem dá causa ao evento, ou seja, contribui de qualquer forma para a produção do resultado.
b) Autor é o sujeito que realiza as características do tipo penal.
c) Autor é quem consente com a realização da prática delitiva por outra pessoa.
d) Autor é quem encobre a prática delitiva de alguém.

15 - No caso de coautoria ou participação, as condições de caráter pessoal:


a) Se comunicam entre todos os agentes, uma vez que aderiam à prática delitiva uns aos outros.
b) Se comunicam quando um dos agentes for primário, pois todos deverão ter o tratamento mais benéfico.
c) Não se comunicam aos fatos cometidos pelos outros participantes.
d) São desconsideradas se todos os agentes nunca agiram em concurso de pessoas.

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16 - Suponha a seguinte situação: "A" instiga "B" a matar "C", sem dizer a forma de execução. "B"
mata "C" por asfixia. O sujeito "A" responderá:
a) Por homicídio simples.
b) Por homicídio qualificado por emprego de asfixia.
c) Por tentativa de homicídio, pois não tinha conhecimento dos meios utilizados por "B".
d) Por nenhum crime, uma vez que "B" utilizou um meio de execução que qualificava o delito.

17 - Quanto ao modo de execução, os crimes plurissubjetivos apresentam várias formas. Há crimes de


condutas paralelas, condutas convergentes e condutas contrapostas. Assim, é correto dizer que:
a) Condutas paralelas são aquelas que se manifestam na mesma direção, mas tendem a encontrar-se.
b) Condutas convergentes são aquelas de auxílio mútuo, onde os agentes possuem a intenção de produzir o
mesmo evento.
c) Condutas paralelas são aquelas que produzem eventos diferentes.
d) Condutas contrapostas são aquelas onde os agentes cometem condutas contra a pessoa, que, por sua vez,
comporta-se da mesma maneira e é também sujeito ativo do delito.

18 - Não se pode falar em participação por omissão quando não concorra o dever jurídico de impedir
o crime. Assim, quando inexiste o dever de agir, fala-se em conivência ou participação negativa. A
conivência pode produzir os seguintes efeitos:
I - constituir infração mais grave que a praticada pelo autor principal.
II - constituir infração autônoma da praticada pelo autor principal.
III - não constituir participação no delito do autor principal nem infração autônoma.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas I e III estão corretas.
c) As alternativas II e III estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.

19 - A participação de cada concorrente do crime adere à conduta e não à pessoa dos demais
participantes, assim:
a) Se comunicam as condições ou circunstâncias de caráter pessoal.
b) A circunstância objetiva não pode ser considerada no fato do partícipe se não ingressou na esfera de seu
conhecimento.
c) As elementares, sejam objetivas ou pessoais, não se comunicam entre os fatos cometidos pelos
participantes, mesmo que tenham ingressado na esfera de seu conhecimento.
d) Todas as respostas estão corretas.

20 - A determinação e a instigação são formas de participação moral. Para que o determinador seja
punido:
I - Basta que instigue ou determine ao autor a prática de um delito, podendo este acolher ao não.
II - É necessário pelo menos a conduta do autor determinado constitua tentativa de execução de um
delito.
III - Basta que a determinação seja acolhida pelo que seria o autor, mesmo se este não praticar o
crime.
a) Apenas a alternativa I está correta.
b) Apenas a alternativa II está correta.
c) Apenas a alternativa III está correta.
d) Todas as alternativas estão corretas.

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime,
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GABARITO

1 - letra B. Os crimes monossubjetivos são aqueles que podem ser cometidos por um só sujeito. No entanto,
às vezes, são cometidos por várias pessoas. Nesse caso, há concurso eventual. Já nos crimes plurissubjetivos,
a pluralidade de agentes é elemento do tipo, sendo o concurso necessário, como por exemplo, a rixa.

2 - letra C. Na coautoria, os agentes realizam a conduta descrita pela figura típica. Na participação, os
agentes contribuem para a formação do delito. Desta forma a alternativa "C" está correta.

3 - letra A. O Código Penal adota a Teoria Unitária, também chamada de Monista. Segundo tal teoria, todos
os que contribuem para a integração do delito comentem o mesmo crime, havendo unidade de crime e
pluralidade de agentes. Neste sentido, dispõe o Código Penal, em seu artigo 29 que "quem, de qualquer
modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade".

4 - letra B. Na autoria mediata, o autor faz com que o executor pratique a conduta delituosa levado a erro de
tipo essencial, ou aproveitando-se de sua inimputabilidade por doença mental, entre outros casos. Assim, a
autoria mediata exige pluralidade de pessoas, mas, não há concurso entre o autor mediato, responsável pelo
crime, e o executor material do fato. No entanto, é possível participação entre o autor mediato e terceiro.

5 - letra D. No concurso de pessoas exige-se homogeneidade de elemento subjetivo-normativo, ou seja,


autor e partícipes devem agir com o mesmo elemento subjetivo (dolo) ou normativo (culpa).A maioria da
doutrina e da jurisprudência, por seu turno, entende que não pode haver participação dolosa em crime
culposo, uma vez que não há como instigar alguém a fazer algo que não queira. No mesmo sentido entende
que não pode haver participação culposa em crime doloso.

6 - letra D. A autoria colateral caracteriza-se pela inexistência de acordo prévio entre os agentes. Ocorre
quando os agentes, desconhecendo cada um a conduta do outro, realizam atos convergentes à produção do
evento a que todos visam, mas que ocorre em face do comportamento de um só deles, ficando este
responsável pelo crime consumado e os demais pela tentativa (se admissível). Se houvesse tal acordo,
haveria coautoria e todos os agentes responderiam igualmente pelo crime consumado.

7 - letra C. Embora o Código Penal tenha adotado a teoria unitária, dispõe em seu artigo 29 que todos os
participantes incidem nas penas cominadas ao crime, "na medida de sua culpabilidade".

8 - letra A. De acordo com o art. 15, do CP, "o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados".

9 - letra D. A autoria incerta ocorre quando na autoria colateral não se apura a quem atribuir a produção do
evento. Além disso, os agentes desconhecem as condutas paralelas e convergentes. Desse modo, ambos
devem responder pelo crime em sua forma tentada, uma vez que não é possível distinguir qual dos dois
sujeitos é o autor do crime, aplicando-se, desta forma, o princípio do "in dubio pro reo".

10 - letra C. A participação no crime pode ser moral ou material. Na situação I, Alberto é partícipe moral do
fato delituoso cometido por Bruno, que é o autor principal. Na situação II, por sua vez, Alberto participa
materialmente do delito, entregando a arma ao autor do crime (Bruno).

11 - letra A. Pode haver concurso de pessoas mediante omissão quando há o dever jurídico de evitar o
evento, pois em tal caso a conduta omissiva é causal. Faltando esse dever não haverá co-participação. Ainda,
deve-se analisar o elemento subjetivo da obrigação. Faltando a vontade de colaborar no fato, não pode o
agente ser responsabilizado pelo crime.

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12 - letra B. No caso de excesso qualitativo o participante que desejou o crime menos grave responderá
apenas por ele, já que falta relação de causalidade, uma vez que o ato praticado não se situa na linha de
desdobramento causal da ação desejada pelo outro agente, como também lhe falta o elemento subjetivo que
se dirija ao outro crime. Neste sentido, dispõe o artigo 29, § 2º do CP que "se algum dos concorrentes quis
participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave".

13 - letra A. Para que haja participação, são necessários os requisitos: pluralidade de condutas; relevância
causal de cada uma; liame subjetivo e identidade de infração para todos os participantes.

14 - letra B. O artigo 29 do Código Penal distingue nitidamente autor de partícipe. Assim, autor é o sujeito
que executa a conduta expressa pelo verbo típico da figura delitiva.

15 - letra C. Em caso de coautoria ou participação, as condições ligadas à pessoa do agente não se estendem
aos fatos cometidos pelos outros participantes.
Neste sentido, dispõe o Código Penal, em seu artigo 30, que "não se comunicam as circunstâncias e as
condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime".

16 - letra A. Tratando-se de qualificadora ou causa de aumento de pena, as circunstâncias objetivas não


alcançam o partícipe senão quando tiver agido, pelo menos, culposamente.

17 - letra D. As condutas paralelas são aquelas de auxílio mútuo, onde os agentes possuem a intenção de
produzir o mesmo evento, como acontece no crime de quadrilha ou bando. As convergentes manifestam-se
na mesma direção e no mesmo plano, mas tendem a encontrar-se, com o que se constitui a figura típica,
como na bigamia e no adultério. Nas condutas contrapostas, os agentes cometem condutas contra a pessoa,
que, por sua vez, comporta-se da mesma maneira e é também sujeito ativo do delito. É o caso da rixa, por
exemplo.

18 - letra C. Não se pode falar em participação por omissão quando não concorra o dever jurídico de
impedir o crime. Assim, quando inexiste o dever de agir, fala-se em conivência ou participação negativa. A
conivência pode produzir os seguintes efeitos: constituir infração per se stante (não constitui participação no
crime principal, mas infração autônoma) ou não constituir participação no delito do autor principal nem
infração autônoma.

19 - letra B. A participação de cada concorrente do crime adere à conduta e não à pessoa dos demais
participantes, assim: não se comunicam as condições ou circunstâncias de caráter pessoal (subjetivas); a
circunstância objetiva não pode ser considerada no fato do partícipe se não ingressou na esfera de seu
conhecimento; as elementares, sejam objetivas ou pessoais, comunicam-se entre os fatos cometidos pelos
participantes, desde que tenham ingressado na esfera de seu conhecimento.

20 - letra B. A determinação e a instigação são formas de participação moral. Para que o determinador seja
punido é necessário pelo menos a conduta do autor determinado constitua atos de execução do delito
(tentativa). Se a determinação não é acolhida pelo que seria o autor principal, não existe participação
punível. Se o induzimento é acolhido, mas o crime não é nem tentado, os sujeitos da relação não são
punidos. Neste sentido, dispõe o artigo 31 do Código Penal que "o ajuste, a determinação ou instigação e o
auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser
tentado".

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Conflito aparente de normas
Sinônimos:
Concurso aparente de normas coexistentes,
Conflito aparente de disposições penais,
Concurso ficto (ou fictício) de leis,
Concorrência imprópria,
Concurso ideal impróprio,
Concurso impróprio de normas.

Para que haja conflito aparente de normas, é preciso que encontremos:


· Unidade de fatos (fato é crime, cada crime é uma infração);
· Pluralidade de normas;
· Aparente aplicação de todas as normas ao mesmo fato;
· Efetiva aplicação de apenas uma delas.

Esses princípios são solucionados pelos seguintes princípios:


1) Principio da especialidade;
2) Principio das subsidiariedade;
3) Principio da consunção;
4) Principio da alternatividade.
PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE – FATO
Ocorre quando só uma norma contém várias condutas – várias formas de realização de um mesmo crime.

Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos,
se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Induzir ou instigar - várias formas de realizar um mesmo crime.

Usado para dirimir um conflito de incidência dos chamados TIPOS MISTOS ou de conteúdo variado, que
são os dispositivos legais incriminadores que prevêem mais de um núcleo. Dessa forma, o agente que
praticar mais de uma ação descrita no tipo misto, no mesmo contexto fático, responde por crime único, pois
as várias condutas, nessa hipótese, correspondem às fases de um mesmo crime.

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa.
18 núcleos – 18 formas de praticar o mesmo crime.

Há conflito interno dentro da mesma norma.


Exemplo 1.
· Vende ópio.
· Transporta maconha.
· Exporta heroína.
– 3 FATOS.
Exemplo 2.
· Vende, transporta e exporta maconha.
– 1 FATO, várias ações dentro de um mesmo conceito.

Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave
ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do
art. 75 deste Código.
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Crime Consumado e Crime Tentado
O Crime é consumado quando se reúnem nele todos os elementos de sua definição legal.
O Crime é tentado quando, iniciada a sua execução, não se consuma por circunstâncias alheias a
vontade do agente.
Existe algo em direito chamado de CAMINHO DO CRIME, ou "iter criminis". Esse caminho do
crime é composto por 4 etapas:
1° etapa: COGITAÇÃO - Cogitação no direito penal não é punida. Você simplesmente pensar
em cometer um crime não é um fato suscetível de punição. Apenas pensar, cogitar consigo
mesmo.
2º etapa: ATOS PREPARATÓRIOS - Os atos preparatórios também não são punidos,
SALVO quando por si só configuram um crime autônomo.
3º etapa: ATOS DE EXECUÇÃO OU ATOS EXECUTÓRIOS A tentativa está aqui, o
agente inicia a execução do crime mas que não se consuma por circunstâncias alheias a sua
vontade.
4º etapa: CONSUMAÇÃO A consumação ocorre quando se reúnem num determinado crime
todos os elementos de sua definição legal.
Há dois tipos de tentativa:
a) tentativa perfeita ou acabada. É também chamado de crime falho. Essa tentativa ocorre
quando o agente esgota nos seus atos de execução todo seu potencial ofensivo. O agente faz
tudo o que estava ao seu alcance para consumar o crime. Mesmo fazendo tudo o que estava ao
seu alcance, não consegue consumar o crime por circunstâncias alheias a sua vontade.
b) tentativa imperfeita ou inacabada: Aqui, ao contrário da letra a, o agente não esgota nos
seus atos de execução todo o seu potencial ofensivo. Ele comete apenas alguns atos de execução
e pára por circunstâncias alheias a sua vontade.

1-O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução do crime, responde:


a) pela prática do crime tentado.
b) pela prática do crime consumado.
c) somente pelos atos já praticados.
d) pelo crime consumado, mas reduzida a pena de um a dois terços em virtude do
arrependimento posterior.
e) pelo crime consumado, sem qualquer redução da pena.

Resolução:
A alternativa correta é a C, já que a situação constitui hipótese de desistência voluntária (artigo
15 do CP). Na desistência voluntária o agente inicia a execução do crime. Mas, por ato
voluntário, desiste de prosseguir em sua execução, em que pese ter ainda meio consumar o
ilícito. Assim agindo, a lei lhe outorga benefício extraordinário. Não responderá por crime
tentado, mas sim pelos atos até então praticados. A alternativa A está errada, pois para que haja
tentativa a consumação não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente (artigo 14, II,
do CP). No caso, não ocorreu por ato voluntário do agente. Crime consumado não houve, pois o
agente deixou de prosseguir na execução e, para haver execução, devemos estar antes da
consumação. Assim, equivocada as alternativas B, D e E. Para ilustrar, o arrependimento
posterior ocorre quando o agente, após a consumação, nos crimes materiais e de dano, por ato
voluntário, restitui a coisa ou repara o dano causado antes do recebimento da denúncia ou
queixa-crime pelo juiz (artigo 16 do CP).

A reprodução do material disponibilizado neste blog é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais. Inscrição no
INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
FCC - 2009 - TRE-PI - Analista Judiciário - Área Judiciária) João, dirigindo uma
motocicleta sem capacete, foi interceptado por um policial em serviço de trânsito, o qual
lhe deu ordem para parar o veículo. João, no entanto, desobedecendo a ordem recebida,
fugiu em alta velocidade. Cerca de uma hora depois, arrependeu-se de sua conduta e
voltou ao local, submetendo-se à fiscalização. Nesse caso, em relação ao crime de
desobediência, ocorreu:
a) tentativa.
b) consumação.
c) arrependimento eficaz.
d) desistência voluntária.
e) crime impossível.

A alternativa correta é a B - art. 14 CPB. Diz-se di crime: I - consumado, quando nele se reúnem
todos os elementos da definição legal. O crime de desobediência está previsto no art. 339 do CP
nos seguintes termos: Desobediência Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário
público. Conforme se percebe o crime foi consumado.
http://direitomaisdireito.blogspot.com.br/2010/01/crime-consumado-e-crime-tentado.html

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No Código Penal atual não existe uma definição de crime, então a doutrina desenvolveu alguns conceitos.
Existem três tipos de forma de conceituar o crime, segundo Mirabete e Fernando Capez, que são o conceito
formal, material e analítico, onde veremos agora a definição de cada um deles.
O conceito formal é aquele que segue o que a lei diz, sendo assim o legislador define uma conduta como
crime, já existira o crime por si só, sem entrar em sua essência, em seu conteúdo, em sua matéria.
Já o conceito material procura explicar o que é o crime, sob vários outros aspectos que chegam a envolver
outras ciências extrajurídicas, como por exemplo, a Sociologia, a Filosofia, a Psicologia etc.
Esse conceito procura uma definição de crime indagando a razão que levou o legislador a prever a punição
dos autores de certos fatos e não de outros, fazendo assim uma análise mais profunda para definir o que é
crime e não apenas ao aspecto externo do crime.

Manzini define o crime, sob o aspecto material, como se delito for à ação ou omissão, imputável a uma
pessoa, lesiva ou perigosa a interesse penalmente protegido, constituída de determinados elementos e
eventualmente integrada por certas condições, ou acompanhadas de determinadas circunstâncias previstas
em lei.
Mirabete diz que as referências nessas definições de crime, sob o aspecto material, a “valores ou interesses
do corpo social”, “condições de existência, de conservação e de desenvolvimento da sociedade” e “norma de
cultura” apresentam problemas.
Manoel Pedro Pimentel afirma que resta ainda dificuldade em fixar o critério, segundo o qual o legislador
consideraria conduta à norma de cultura. Por esse motivo não foi criado um conceito material inatacável de
crime.
O conceito analítico diz que o crime é a “ação típica, antijurídica e culpável”.
Segundo Battaglini crime é “o fato humano descrito no tipo legal e cometido com culpa, ao qual é aplicável
a pena”.
Basileu Garcia já define crime como a “ação humana, antijurídica, típica, culpável e punível”.
Mesmo a punibilidade sendo a “possibilidade de aplicar-se a pena”, ele não é elemento do crime.
Segundo Hungria “um fato pode ser típico, antijurídico, culpado e ameaçado de pena, isto é, criminoso e, no
entanto, anormalmente deixar de acarretar a efetiva imposição da pena”.
O conceito mais usado é o que diz que crime é a “ação típica, antijurídica e culpável”, sendo utilizada tanto
pelos autores que seguem a teoria causalista, como pelos que seguem a teoria finalista da ação.
A culpabilidade para a teoria causalista consiste no vínculo subjetivo que liga a ação ao resultado, ou seja,
no dolo, ou na culpa em sentido estrito por imprudência, negligência ou imperícia.
Na teoria finalista a conduta ou ação é uma atividade que sempre tem uma finalidade.
O conceito analítico abrange o dolo e a culpa em sentido estrito, sendo assim, o crime existe em si mesmo,
por um fato típico e antijurídico, e a culpabilidade significa reprovabilidade ou censurabilidade de conduta.
O crime tem os requisitos genéricos e os requisitos específicos. Os requisitos genéricos são a tipicidade e a
antijuricidade, e os específicos são as circunstâncias elementares, que estão descritos no artigo 30 do CP,
exemplo é o verbo que descreve a conduta, o objeto material, os sujeitos ativo e passivo, etc.

CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS CRIMES


· CRIME COMUM – crime que não exige qualidade alguma do sujeito, pode ser praticado por qualquer
pessoa – ex.: homicídio.
· CRIME PRÓPRIO – crime que exige uma qualidade especial do sujeito, ou seja, só pode ser praticado
por alguém específico – ex.: infanticídio (só a mãe pode praticar), peculato (só o funcionário público pode
praticar).
· CRIME DE MÃO PRÓPRIA – crime que não admite co-autoria ou participação – ex.: falso testemunho.
· CRIME DE DANO – aquele que se consuma ou exige efetiva lesão ao bem jurídico tutelado – ex.: expor
alguém a doença venérea. (artigos 130 q 136, crimes de perigo).
· CRIME DE PERIGO – se consuma com a simples exposição do bem ao perigo. ABSTRATO – descreve
uma conduta e presume que o agente, ao realizá-la, expõe.

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· CRIME MATERIAL – Só se consuma se houver RESULTADO. A lei prevê uma conduta e um resultado
e exige o resultado para fins de consumação.
· CRIME FORMAL – Também chamado de consumação antecipada, ou seja, basta conduta para que haja
consumação. Conduta e resultado, mas dispensa o resultado. Ex.: Art.140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a
dignidade ou o decoro.
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Conduta – FRAUDAR
Resultado – OBTER VANTAGEM
A regra é que os crimes são MATERIAIS e alguns são FORMAIS.
· IDENTIFICAR OS DOLOS
Mesmo dolo – apenas um crime
Dolos diferentes – crimes diferentes.
· CONCURSO DE AGENTES
Quando mais de uma pessoa pratica o crime. Todos os concorrentes vão responder pelo crime.
· CRIMES VAGOS – crimes em que o sujeito passivo é uma universalidade, uma coletividade destituída de
personalidade jurídica, ou seja, não há vitimas especificas. ex.: família.
· CRIME INSTANTÂNEO – a consumação se dá em um determinado momento. Fez, acabou! – ex.:
homicídio, furto.
· CRIME PERMANENTE – aquele em que a consumação se protrai (alonga, estica, arrasta, prolonga) no
tempo. Fez, passam se dias, meses e ainda está fazendo. – ex.: seqüestro, maus tratos.
· CRIME INSTANTÂNEO DE EFEITOS PERMANENTES (é irreversível) – as conseqüências se
prolongam independente da vontade do agente. ex.: homicídio – a vida nunca volta, é irreversível.
Furto não é crime instantâneo com efeito permanente, pois se trata de patrimônio e patrimônio sempre é
substituível. Se não pelo mesmo objeto, por outro de igual valor.
· CRIME À PRAZO – aquele em que a consumação depende de um lapso temporal para se concretizar. –
ex.: o sequestro, até o 14º dia é sequestro simples, a partir do 15º dia é sequestro qualificado, logo, crime a
prazo.
Ex.: Art. 148, CP - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:
§ 1º - A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos:
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias;
· CRIME COMISSIVO – comete-se mediante ação.
· CRIME OMISSIVO (puro ou próprio) – comete-se mediante omissão.
· CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO (omissivo impróprio) – não pratica ações que levarão ao
desejo/fim, através de omissões. Ex.: não dar remédios que fazem com que o doente mantenha a vida. Após
algum tempo, essa omissão levara à morte.
Omissivo próprio não admite tentativas (como tentar prestar socorro? Ou faz, ou não faz) já o
omissivo impróprio admite tentativa (tentar matar através de omissões, porem não conseguir).
· CRIME UNISSUBJETIVO – se existe a possibilidade de ser praticado por apenas uma pessoa, é
unissubjetivo, ainda que tenha sido praticado por mais pessoas.
· CRIME PLURISSUBJETIVO – é impossível ser praticado por apenas uma pessoa, exige que mais de
um o pratique para que possa existir. Ex.: quadrilha precisa de, no mínimo 4 pessoas.
Homicídio qualificado ou simples praticado em atividade típica de grupo de extermínio é considerado
hediondo ainda que praticado por apenas uma pessoa.
· CRIME SIMPLES – comporta apenas um crime no tipo penal. Ex.: FURTO = SUBTRAÇÃO.
· CRIME COMPLEXO – aquele que é a reunião de mais de um crime em um único tipo penal. Ex.:
ROUBO = SUBTRAÇÃO + VIOLÊNCIA.
Consumação do crime complexo – pela regra, considera-se consumado um crime complexo quando houver
consumação dos elementos que o compõem.
· CRIME MONOOFENSIVO – atinge apenas um bem jurídico. Ex.: furto, atinge o patrimônio.

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· CRIME PLURIOFENSIVO – atinge mais de um bem jurídico. Ex.: roubo, atinge o patrimônio +
integridade física + integridade psicológica.
A maioria dos crimes são pluriofensivos.
· CRIME DE FORMA LIVRE – admite vários meios de execução . Ex.: Homicídio, pode ser a facadas, a
pancadas, tiro, sufocamento...
· CRIME DE FORMA VINCULADA – admite apenas um meio de execução. Ex.: curandeirismo:
Curandeirismo
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
· CRIME PRINCIPAL – tem existência autônoma.
· CRIME ACESSÓRIO – depende da existência de outro crime. Ex.: receptação, favorecimento pessoal.
Receptação - Art. 180- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte
Favorecimento pessoal - Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em
poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:

· CRIME UNISSUBSISTENTE – aqueles em que a conduta é unívoca. Exterioriza-se por um único ato.
Ex.: injúria, desacato – não cabe tentativa, ou comete o crime, ou não comete.
· CRIME PLURISSUBSISTENTE – a conduta é fracionável. Exterioriza-se por vários atos. Ex.:
homicídio – admite tentativa.
Não é plausível fundamentar a inadmissibilidade de tentativa de um crime por ser classificado como formal.
· CRIME INDEPENDENTE – não depende de outro crime. Ex.: roubo, furto, homicídio.
· CRIME CONEXO – aquele interligado a uma outra infração penal.
. CRIME TELEOLÓGICO – quando a finalidade é assegurar a execução de outro crime. Ex.: matar o
vigia em um dia para facilitar o furto no dia seguinte;
. CRIME CONSEQUENCIAL – a infração é praticada para assegurar a ocultação de um outro crime. Ex.:
o vigia reconhece o ladrão, este volta e mata aquele para que não seja denunciado;
. CRIME OCASIONAL – praticado pela facilidade sugerida por um outro crime. Ex.: no meio de um
arrastão, uma pessoa que não faz parte da gangue aproveita a “oportunidade” para furtar alguma coisa que
tenha gostado.
· CRIME A DISTÂNCIA – conduta e resultado ocorrem em países diferentes.
· CRIME PLURILOCAL – conduta e resultado em comarcas diferentes.
· CRIME EM TRÂNSITO – parte da conduta ou resultado desenrola-se em um determinado pais sem que
o bem jurídico de seus cidadãos seja atingido. Ex.: uma carta sai da Argentina, contendo xingamentos, com
destino ao Japão. No trajeto, essa carta faz escala no Brasil. Ao passar pela Brasil, a carta não atingiu bem
jurídico de nenhum dos brasileiros.

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Crime Consumado e Crime Tentado
O Crime é consumado quando se reúnem nele todos os elementos de sua definição legal.
O Crime é tentado quando, iniciada a sua execução, não se consuma por circunstâncias alheias a
vontade do agente.
Existe algo em direito chamado de CAMINHO DO CRIME, ou "iter criminis". Esse caminho do
crime é composto por 4 etapas:
1° etapa: COGITAÇÃO - Cogitação no direito penal não é punida. Você simplesmente pensar
em cometer um crime não é um fato suscetível de punição. Apenas pensar, cogitar consigo
mesmo.
2º etapa: ATOS PREPARATÓRIOS - Os atos preparatórios também não são punidos,
SALVO quando por si só configuram um crime autônomo.
3º etapa: ATOS DE EXECUÇÃO OU ATOS EXECUTÓRIOS A tentativa está aqui, o
agente inicia a execução do crime mas que não se consuma por circunstâncias alheias a sua
vontade.
4º etapa: CONSUMAÇÃO A consumação ocorre quando se reúnem num determinado crime
todos os elementos de sua definição legal.
Há dois tipos de tentativa:
a) tentativa perfeita ou acabada. É também chamado de crime falho. Essa tentativa ocorre
quando o agente esgota nos seus atos de execução todo seu potencial ofensivo. O agente faz
tudo o que estava ao seu alcance para consumar o crime. Mesmo fazendo tudo o que estava ao
seu alcance, não consegue consumar o crime por circunstâncias alheias a sua vontade.
b) tentativa imperfeita ou inacabada: Aqui, ao contrário da letra a, o agente não esgota nos
seus atos de execução todo o seu potencial ofensivo. Ele comete apenas alguns atos de execução
e pára por circunstâncias alheias a sua vontade.

1-O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução do crime, responde:


a) pela prática do crime tentado.
b) pela prática do crime consumado.
c) somente pelos atos já praticados.
d) pelo crime consumado, mas reduzida a pena de um a dois terços em virtude do
arrependimento posterior.
e) pelo crime consumado, sem qualquer redução da pena.

Resolução:
A alternativa correta é a C, já que a situação constitui hipótese de desistência voluntária (artigo
15 do CP). Na desistência voluntária o agente inicia a execução do crime. Mas, por ato
voluntário, desiste de prosseguir em sua execução, em que pese ter ainda meio consumar o
ilícito. Assim agindo, a lei lhe outorga benefício extraordinário. Não responderá por crime
tentado, mas sim pelos atos até então praticados. A alternativa A está errada, pois para que haja
tentativa a consumação não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente (artigo 14, II,
do CP). No caso, não ocorreu por ato voluntário do agente. Crime consumado não houve, pois o
agente deixou de prosseguir na execução e, para haver execução, devemos estar antes da
consumação. Assim, equivocada as alternativas B, D e E. Para ilustrar, o arrependimento
posterior ocorre quando o agente, após a consumação, nos crimes materiais e de dano, por ato
voluntário, restitui a coisa ou repara o dano causado antes do recebimento da denúncia ou
queixa-crime pelo juiz (artigo 16 do CP).

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motocicleta sem capacete, foi interceptado por um policial em serviço de trânsito, o qual
lhe deu ordem para parar o veículo. João, no entanto, desobedecendo a ordem recebida,
fugiu em alta velocidade. Cerca de uma hora depois, arrependeu-se de sua conduta e
voltou ao local, submetendo-se à fiscalização. Nesse caso, em relação ao crime de
desobediência, ocorreu:
a) tentativa.
b) consumação.
c) arrependimento eficaz.
d) desistência voluntária.
e) crime impossível.

A alternativa correta é a B - art. 14 CPB. Diz-se di crime: I - consumado, quando nele se reúnem
todos os elementos da definição legal. O crime de desobediência está previsto no art. 339 do CP
nos seguintes termos: Desobediência Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário
público. Conforme se percebe o crime foi consumado.
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

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“Nos crimes funcionais próprios, a qualidade de funcionário público é elementar do tipo. Ausente a
condição de funcionário público, a conduta é atípica ( concussão, excesso de exação, corrupção passiva,
prevaricação ). Aqueles chamados de impróprios são crimes funcionais em que o fato seria igualmente
criminoso se não fosse praticado por funcionário público, embora a outro título ....”
Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/21088/procedimento-no-rito-ordinario-dos-crimes-praticados-por-funcionarios-
publicos#ixzz2R2l4ZH4P

DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


CRIMES FUNCIONAIS
Crimes Funcionais Próprios
Crimes praticados contra a administração pública são crimes ditos como próprios. Rogério Greco (2012,
p.15), ao doutrinar o crime de infanticídio1, esclarece que tal crime trata de uma modalidade especial de
homicídio, uma vez “[...] que é cometido considerando determinadas condições particulares do sujeito ativo
[...]”.2 Ou seja, trata-se de crime próprio pelo motivo de somente a mãe poder cometê-lo.
A seguir, ao falar sobre o crime de violação de segredo profissional3, Greco (2012, p.141) explica que “Para
que o fato possa se subsumir à figura típica em estudo, é preciso que o segredo tenha sido revelado por
alguém que o soube, por intermédio da própria pessoa detentora do segredo, em razão de função, ministério,
de ofício ou profissão.” Portanto, de igual modo, trata-se de crime próprio, uma vez que somente aquele que
detinha o segredo poderia violá-lo.
Nesse condão, Greco4 (2009, p. 358) conceitua crimes funcionais próprios como sendo aqueles em que “[...]
a qualidade de funcionário público é essencial à sua configuração, não havendo figura semelhante que possa
ser praticada por quem não goza dessa qualidade [...]”.Assim, consideram-se próprios os crimes praticados
contra a administração pública, pois só podem ser cometidos por funcionários públicos5.
Causa de Aumento de Pena
O art. 327, §2º do Código Penal, acrescentado pela Lei nº 6.799, de 23 de julho de 1980, estabelece uma
causa de aumento de pena no quantum de um terço, quando fica caracterizada a quebra de confiança nos
cargos e funções descritas no tipo.
Concurso de Agentes nos Crimes Funcionais
Admite-se o concurso de agentes, ou pessoas, em crimes de funcionalismo público (funcionais) devido à
permissão contida no art. 30 do CP. Ou seja, ao estipular que, quando no concurso, comunicam-se as
circunstâncias elementares do crime, e considerando que o funcionalismo público é circunstância elementar
nos crimes contra a administração pública, tal circunstância irá se comunicar aos demais agentes que
concorrem na prática do tipo.

Rodolfo, empresário, presidente de uma empresa de engenharia, atua em parceria com Felipe,
Prefeito de um determinado Município brasileiro, e ambos conseguem desviar em proveito próprio a
quantia de R$ 300.000,00 da verba destinada à construção de uma escola do referido município.
Rodolfo
a) responderá por crime de peculato.
b) não responderá por nenhum delito, pois não é funcionário público.
c) responderá por crime de corrupção ativa.
d) responderá por crime de emprego irregular de verbas públicas.
e) responderá por crime de concussão.
João, funcionário público no exercício de suas funções, em cumprimento de mandado de citação,
abordou José, o citando, ordenando-lhe que ajoelhasse no chão para ouvir a leitura do teor do
mandado. José recusou-se a ajoelhar- se, dizendo que ouviria de pé. Nesse caso, José
a) cometeu crime de desacato.
b) cometeu crime de desobediência.
c) não cometeu nenhum delito.
d) cometeu crime de resistência simples.
e) cometeu crime de resistência qualificada.
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Constitui forma qualificada do crime de violação de sigilo funcional:


a) quebrar o sigilo fiscal ou bancário, fornecendo, ilegalmente, dados referentes a contribuintes, correntistas
e investidores.
b) utilizar-se, indevidamente, do acesso restrito a sistema de informações da Administração Pública.
c) permitir, mediante empréstimo de senha, o acesso de pessoas não autorizadas a banco de dados da
Administração Pública.
d) revelar o conteúdo de proposta de concorrência pública, ou facilitar-lhe a revelação.
e) revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, resultando da ação
dano à Administração Pública.

O funcionário público, lotado em bilheteria de ferrovia estatal, que falsifica e vende bilhetes de
passagem, apropriando- se do respectivo valor, comete crime de
a) peculato.
b) furto qualificado pela fraude.
c) falsificação de documento público.
d) falsificação de documento particular.
e) apropriação indébita.

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O homem, por exigência prática e jurídica, diante da multiplicidade das relações sociais, elevou a categoria de
imperativo de convivência, a necessidade de crença na legitimidade a autenticidade dos documentos

Seria ilógico, que a cada transação, fôssemos obrigados à provar a veracidade de um documento. Assim, até
prova em contrário, aceita-se , em geral, que os documentos sejam autênticos. A isso dá-se o nome de fé-pública,
que é a confiança “a priori”, que os cidadãos depositam na legitimidade dos sinais, documentos, moedas, papeis,
aos quais a legislação atribui valor probatório.
O Estado tem assim relevante interesse em preservar o objeto jurídico, fé pública, razão pela qual elevou à
categoria de crimes os fatos atentatórios a essa objetividade jurídica.
Nos delitos deste capítulo a potencialidade de dano, muito embora não sendo elemento típico expresso no tipo,
ela está implícita, já fazendo parte de sua essência.
Não há delito de falso sem potencialidade lesiva, possibilidade de dano capaz de iludir a vítima.
Se o falso é grosseiro, incapaz de enganar, não ofende a fé-pública, por isso, inexiste crime.
Documento é considerado todo escrito, devido à um autor determinado, contendo a exposição de fatos ou
declaração de vontade, dotado de significação ou relevância jurídica.
(conceito dado pela eminente jurista Helena Fragoso)
É necessário existir autoria certa, posto que escrito anônimo não é documento.
O conteúdo deve expressar manifestação de vontade ou exposição de fatos.

http://www.webestudante.com.br/we/index.php?option=com_content&view=article&id=617:crimes-contra-a-fe-
publica-&catid=8:penal&Itemid=80
Calúnia, difamação e injúria estão em ordem decrescente de gravidade.
Qual o significado de honra? Ainda que imateral, é valor inerente à dignidade humana.
Conjunto de atributos morais, físicos e intelectuais da pessoa, que lhe conferem auto-estima e reputação.
Quando tratamos de auto-estima, falamos de honra subjetiva. A reputação está relacionada com a honra
objetiva.
Honra objetiva pode ser compreendida como o juízo que terceiros fazem acerca dos atributos de alguém.
Honra subjetiva, o juízo que determinada pessoa faz acerca de seus próprios atributos.
A calúnia e a difamação atingem a honra objetiva. A injúria atinge à honra subjetiva.
São todos crimes formais, pois ainda que a lesão ao bem esteja prevista, não é necessária, bastando que o
meio seja relativamente idôneo, ou seja, capaz eventualmente de atingir o resultado.
Em nosso sistema penal, não há livre censura de atributos alheios, ou de seus comportamentos, bem como
não podemos expor nossos pensamentos a seu respeito. Essa é a essência dos raciocínios ligados com os
crimes contra a honra. Ainda que seja “verdade” não deve ser dito. É que a ofensa sempre gera tumulto,
violência na sociedade, e o Estado tenta a todo custo diminuir a violência.
Se o fato já é de conhecimento público, prevalece que não há difamação, pela ausência de risco ao bem
jurídico. No entanto, é óbvio que as pessoas marginalizadas também têm honra, e direito a defendê-la.
1. Calúnia
Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Há necessidade de fato determinado,
falso, definido como crime.
O parágrafo traz ainda a conduta propalar e divulgar. Prevalece que, no caput, basta que o sujeito tolere a
falsidade do fato. No parágrafo, é necessário que o sujeito tenha certeza da falsidade.
O animus jocandi, ou seja, a intenção de brincar, afasta a seriedade necessária aos crimes contra a honra.
A falsidade pode ser quanto ao fato ou apontar o “alguém” errado.
Trata-se de crime contra a honra objetiva e, assim, consuma-se com a ciência por parte de terceiro acerca da
imputação. A tentativa é possível desde que o fato em concreto seja plurissubsistente, ou seja, possível
iniciar a execução sem atingir a consumação (forma escrita, secretária eletrônica).
A calúnia pode ser explícita, implícita (não fui eu quem desviou o dinheiro público na compra de canetas no
mês passado) e reflexa (oficial que fez a certidão foi comprado pelo executado – atinge o oficial e o
executado).
Possível concurso formal entre calúnia e injúria.
Na calúnia, é possível exceção da verdade; busca demonstrar a atipicidade do ato, pois o fato imputado seria
verdadeiro. A regra é a possibilidade, com três exceções:
- No caso de ação penal privada, se o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
- Se é imputado a qualquer das pessoas referidas no artigo 141 do Código Penal (Presidente da República e
chefe de governo estrangeiro);
- Se do crime imputado de ação pública o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Se for por meio de informação – Lei de Imprensa.
Se a intenção não é lesar a honra, mas sim causar investigação, há crime de denunciação caluniosa.
É punível a calúnia contra os mortos, por expressa previsão legal. É possível calúnia contra menor ou contra
doente mental? Prevalece que sim, até porque o menor e o doente mental poderiam praticar fato definido
como crime. É possível calúnia contra pessoa jurídica? Para aqueles que admitem a possibilidade de crime
praticado por pessoa jurídica (majoritário), é possível.
2. Difamação
Visa proteger a honra objetiva, a reputação.
Também é necessário que seja imputado fato determinado, mas aqui não precisa ser falso, e não deve ser
criminoso.
Difamar é levar fato ofensivo à reputação ao conhecimento d eterceiros.
Pessoa jurídica pode ser sujeito passivo, mas não há difamação contra os mortos prevista no Código Penal
(na lei de imprensa é punível – artigo 24).
No caso de funcionário público no exercício de suas funções, a imputação deve ser falsa.
Da mesma forma que na calúnia, prevalece a necessidade de seriedade.
Assim como a calúnia, consuma-se com a ciência por terceiro da imputação. Tentativa, também, somente
por escrito ou outro meio que faça o crime plurissubsistente.
Se por meio de informação: Lei de Imprensa.
É possível exceção da verdade se a difamação é contra funcionário público no exercício das funções e há
relação com tais funções. É preciso ainda que, ao tempo da prova da verdade, o sujeito ainda seja
funcionário público.
3. Injúria
Busca proteger a honra subjetiva. Trata-se da imputação de qualidade negativa a alguém. Pode conter fatos,
mas enunciados de forma vaga e genérica.
A conduta pode ser comissiva ou omissiva, de forma livre (verbal, gestual). Podem ser usados meio humano,
animal ou mecânico. O crime de injúria admite a prática omissiva, quando, por exemplo, a vítima
cumprimenta diversas pessoas em fila e o agente, dolosamente, não estende a mão.
Consuma-se quando a vítima toma conhecimento da imputação.
Se houver dúvida entre injúria e difamação prevalece que deve se optar pela injúria, para que não haja abuso
na adequação típica.
Para que o crime de injúria seja configurado, o sujeito passivo deve ter a capacidade mínima de fazer um
juízo de valores sobre si mesmo. Assim, em alguns casos, será impossível o crime de injúria contra quem
tenha desenvolvimento mental imcompleto ou retardado (chamar de tola criança com um mês de idade).
Novamente, só havendo o dolo a conduta será típica.
O § 1° do artigo 140 do Código Penal contempla as hipóteses de perdão judicial:
Provocação reprovável: o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria.
Retorsão imediata: que consista em outra injúria.
Ocorre injúria real quando a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou meio
empregado, se considerem aviltantes.
A constatação de que as atitudes foram “aviltantes” pode decorrer da natureza (tapa no rosto) ou do meio
empregado (arremesso de excrementos).
Na injúria real as vias de fato são sempre absorvidas. Havendo lesão corporal, as penas serão aplicadas em
concurso formal.
A injúria é qualificada se consiste na referência a elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
4. Disposições Comuns
4.1. Aumento de Pena
A pena é aumentada em um 1/3 se a ofensa atinge o Presidente da República ou chefe de governo
estrangeiro, se é contra funcionário público no exercício das funções, ou se é praticado em meio a várias
pessoas, ou de forma que facilite a divulgação (salvo se regulado pela Lei de Imprensa – meios específicos
de informação ou divulgação), ou, ainda, se o sujeito passivo contar com mais de 60 anos, salvo na injúria.
Com o estatuto do idoso, também há aumento nos crimes de calúnia e difamação se a ofensa é praticada
contra pessoa maior de 60 anos, ou portadora de deficiência.
A pena é duplicada se o crime é praticado mediante paga ou promessa de recompensa.
4.2. Exclusão
Em algumas situações previstas no artigo 142 do Código Penal, não há difamação ou injúria punível. Alguns
entendem que afasta o caráter criminoso porque seriam especificações do exercício regular de direito, mas
prevalece que em tais casos é evidente a ausência do elemento subjetivo:
a) ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por procurador: a ofensa deve partir da
parte ou do procurador, e deve ter relação com a causa. Prevalece que as ofensas ao magistrado não têm sua
relevância penal excluída por esse inciso. No caso de advogado, como há artigo expresso no estatuto da
OAB, não se fala mais em imunidade judiciária do artigo 142 do Código Penal, mas sim imunidade
profissional do estatuto.
b) Opinião desfavorável de crítica, salvo quando inequívoca intenção de difamar ou injuriar: de outra forma,
não poderia mais haver crítica nem evolução do pensamento. Há a ressalva do excesso, que espelha a nítida
intenção de injuriar ou difamar.
c) Conceito desfavorável de funcionário público no exercício da função: não há crime porque a censura do
comportamento alheio não é livre, mas sim dever do agente, que o faz por dever.
Nos itens a e c, que descrevem os incisos I e II do artigo 142 do Código Penal, responde pelo crime quem dá
publicidade à ofensa.
4.3. Retratação
A retratação já foi comentada nas causas extintivas da punibilidade. Trata-se do agente que desdiz o que
disse, ou seja, se retrata.
No sistema do Código Penal, prevalece que a retratação pode ser feita até a sentença de primeiro grau.
Apenas é possível, pela redação do artigo 143 do Código Penal, nos crimes de calúnia e difamação (também
é possível na injúria nos crimes de imprensa).
4.4. Ação Penal
A Ação é privada, em regra.
Será pública, condicionada à requisição do Ministro da Justiça no caso do ofendido ser o Presidente da
República ou chefe de governo estrangeiro.
No caso de injúria real, será pública incondicionada se a lesão for grave ou gravíssima, e condicionada à
representação, se leve.
Se o ofendido for funcionário público no exercício da função, será pública condicionada à representação.
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Abrange os artigos 146 a 154 do Código Penal. O legislador visou proteger a liberdade jurídica, considerada
na liberdade de autodeterminação, de locomoção e livre disposição do individuo. Os crimes previstos neste
capítulo se exaurem com a própria lesão a liberdade, não se exigindo para a tipificação qualquer resultado
ulterior, prevendo-se para estes casos especiais, forma qualificada ou concurso material de delitos.

Art. 146 – Constrangimento ilegal – É um crime subsidiário, ou seja, é uma figura de reserva, e ele só
existe se não integrar como elementar como elementar de outro crime – surge em quase todos os crimes.
Sujeito ativo: qualquer pessoa, mas no caso de funcionário público, pode tipificar o crime de abuso de poder
(art. 350 do CPB).
Sujeito passivo: qualquer pessoa que sofra a violência, mas que tenha capacidade de auto determinação.
Elemento objetivo: é o constrangimento ilegal ao obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa,
mediante emprego de violência ou grave ameaça.
A violência pode ser:
a) própria: com emprego de força física
b) imprópria: qualquer outro meio que reduza a resistência como o hipinotismo ou a embriaguez
Elemento subjetivo: é o dolo direto ou eventual, não há constrangimento culposo.
Consumação: com o efetivo constrangimento ilegal, quando a vítima faz ou deixa de fazer alguma coisa.
Tentativa: em se tratando de crime material, é admissível
Ação penal: pública incondicionada.
Aumento de pena: cumulativamente e em dobro. Mais de 3 pessoas, ou seja, no mínimo 4 e emprego de
armas.
Ex: 1) A lei não autoriza a cobrança de pedágio na EPTG, mas, a partir das 9h, todos são obrigados a pagar
para passar (Fazer o que a lei não determina). 2) A lei determina que se pague pedágio na Via Anhanguera;
mas um grupo de moradores constrangem os motoristas que ali passam a não recolher o pedágio, com intuito
de obter uma provável diminuição do preço (A não fazer o que a lei manda).

Art. 147 – Ameaça – "Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa."
A ameaça consiste na promessa de causar a alguém um mal injusto, seja por palavra, escrito, gesto ou meio
simbólico. Procede-se mediante representação (ação pública condicionada).
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: qualquer pessoa que tenha a capacidade de entendimento, com exceção, portanto, da pessoa
jurídica, crianças e loucos. Delmanto diz que a criança poderá ser sujeito passivo se tiver capacidade de
entendimento. Contra o Presidente da República, do Senado, da Câmara e do STF é considerado crime
contra a segurança nacional.
Elemento objetivo: é o anúncio de mal injusto e grave. Parte as doutrina e da jurisprudência exige que o mal
a ser executado deva ser para o futuro e não atual; para outros, pouco importa tal situação.
Elemento subjetivo: só existe a título de dolo, quando a vontade é dirigida para intimidar. Parte da
jurisprudência, inclusive do STF, entende que para tipificar o delito de ameaça, torna-se imprescindível o
ânimo calmo, sereno e refletido do agente.
Consumação: quando a vítima tem conhecimento da ameaça.
Tentativa: só é possível quando se utiliza o meio escrito. Ex: enviar uma carta ameaçando alguém, mas que
por motivo alheio à vontade do sujeito ativo, não chega até as mãos da vítima.
Ação penal: pública condicionada.
Meio de execução: oral, escrito, gestos e símbolos.
Diferença entre ameaça e constrangimento ilegal: na ameaça há o simples temor da vítima, no
constrangimento ilegal, exige-se um comportamento positivo ou negativo.
Art. 148 – Seqüestro e cárcere privado – Em ambas as situações, configura-se a retenção ou detenção de
uma pessoa, privando-a total ou parcialmente de sua liberdade de locomoção. A vítima não detém a

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liberdade de ir e vir. No sequestro, embora exista privação de liberdade, a vítima tem uma maior liberdade
de locomoção. Ex. Deter uma pessoa num sítio, cercado por capatazes, cães de guarda, ou cerca elétrica.
No cárcere privado, ao contrário, não existe essa liberdade de ir e vir, pois a vítima é confinada em local
fechado. Ex: prender uma pessoa no quarto ou em qualquer cômodo de uma casa. Detenção: a vítima é presa
num local. Retenção: a vítima é proibida de sair.
Sujeito ativo e passivo: qualquer pessoa. No caso do sujeito passivo ser o Presidente da República, do
Senado, da Câmara ou do STF, será crime contra a segurança nacional. Caso haja participação ativa de
funcionário público, pode ficar configurado o abuso de autoridade do art. 350, ou violência arbitrária do art.
322.
Meios de execução: comissivo através da detenção, que é levar e prender, e retenção que é impedir a saída;
omissivo através de se deixar de por em liberdade pessoa que se restabeleceu de doença.
Elemento subjetivo: é o dolo, que consiste na vontade livre e consciente de privar alguém de sua liberdade
pessoal.
Consumação: com a privação da liberdade; e sendo crime permanente, a consumação perdura enquanto
houver a privação.
Tentativa: só é admissível na forma comissiva.
Ação penal: pública incondicionada.
Duração: há duas correntes, uma que prevê um tempo mínimo para se configurar, e outra que diz que basta o
menor tempo de permanência para se configurar o crime em tela, sendo a mais aceita.

Art. 149 – Redução à condição análoga de escravo – Não se trata de impor a condição de escravo, mas da
vítima ficar totalmente submissa à vontade do agente, ou seja, o sujeito ativo exerce um completo domínio
sobre a vítima, anulando a sua liberdade. Neste delito o consentimento é irrelevante.
Sujeito ativo e passivo: qualquer pessoa.
Elemento subjetivo: é o dolo.
Meio de execução: somente comissivo.
Consumação: quando a condição se efetivar.
Tentativa: é admissível, pois se trata de crime material.
Ação penal: pública incondicionada.

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- CRIMES CONTRA A PESSOA
1. DOS CRIMES CONTRA A VIDA
- Homicídio simples (art.121, caput)
Bem jurídico: vida, bem indisponível. ( não admite consentimento do ofendido)
Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum).
Sujeito passivo: qualquer pessoa (ser humano vivo)
- A partir dos procedimentos de parto.
Tipo subjetivo: dolo (animus necandi ou occidendi)
Consumação: com a morte de alguém.( morte encefálica.)
- Homicídio privilegiado (art. 121, §1º - 1/6 a 1/3.)
a) Relevante valor social. Interesse da coletividade.
b) Relevante valor moral. princípios morais da sociedade. Ex.: eutanásia.
c) Homicídio emocional (crime de ímpeto).
1º) injusta provocação da vítima.
2º) domínio de violenta emoção.
3º) logo em seguida. (imediatidade) entre a injusta provocação e a reação. OBS: diferente da atenuante
genérica “sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima” (CP, art.65, III, “c”),
Homicídio qualificado (art.121, §2º - 12 a 30 anos)
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a
defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
OBS: é possível o homicídio privilegiado-qualificado, desde que as qualificadoras sejam de natureza
objetiva (incisos III e IV).
- Não é crime hediondo
Homicídio culposo (art.121, §3º)
OBS: o homicídio culposo na direção de veículo automotor (Art.302 da Lei 9.503/97).
Causas de aumento de pena (art.121, §4º - 1/3)
No homicídio culposo (§4º, 1ª parte):
a) se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício;
b) se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima;
c) não procura diminuir as consequências do seu ato;
d) foge para evitar prisão em flagrante.
No homicídio doloso:
a) menor de 14 (quatorze) b) maior de 60 (sessenta) anos.
Perdão judicial (art.121, §5º)
- Somente para homicídio culposo
- o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
- Natureza Jurídica: a sentença é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito
condenatório” (Súmula 18 STJ).
- Crime Hediondo:
- o homicídio simples (art.121, caput), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio,
- o homicídio qualificado (art. 121, § 2º).
- Homicídio e Latrocínio (art.157, § 3º):
- No crime de latrocínio a finalidade do agente é a subtração da coisa, mas para isso acaba matando.
- A morte no latrocínio pode ser por dolo (direito ou eventual) ou por culpa.
- Transmissão da AIDS: para o STF não configura tentativa de homicídio a prática de relação sexual, sem
preservativo, por pessoa portadora do vírus HIV. (há divergência no STJ)
- Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (Art. 122)
- Tipo objetivo:
a) induzir alguém a suicidar-se (fazer surgir a vontade de suicidar-se
b) instigar alguém a suicidar-se (reforçar ou estimular ideia peexistente)
c) prestar auxílio ao suicídio (ajudar a vítima)
- Consumação: com o ato de induzir, instigar ou auxiliar (crime formal – há divergência para
crime material)
- Tentativa: não se admite.
- a lei exige a produção do resultado morte ou lesão corporal de natureza grave para punir o (condição
objetiva de punibilidade)
- Forma qualificada (par. Único – pena em dobro)
- crime é praticado por motivo egoístico
- se a vítima é menor
- tem diminuída sua capacidade de resistência.
- Infanticídio (Art. 123)
- Sujeito Ativo: é a mãe (crime próprio), mas pode haver concurso de pessoas.
- Sujeito Passivo: o filho nascente (durante o parto) ou neonato (logo após o parto).
- Tipo objetivo:
- Estado puerperal: conjunto de sintomas fisiológicos, que se inicia com o parto e que permanece algum
tempo após o mesmo gerando perturbações emocionais na mulher.
- Tipo subjetivo: dolo direto ou eventual.
- Consumação e tentativa: consuma-se com a morte. A tentativa é admissível.
- Concurso de pessoas: é possível, a qualidade de mãe e estado puerperal são elementares do
crime (Art.30 CP). Modalidade culposa: Não há. Mas pode responder por homicídio culposo comum
- Aborto (Art. 124 / 125 / 126)
- Sujeitos Ativo:
- No Art. 124: a própria gestante
- No Art. 125 e 126: qualquer pessoa no aborto
- Sujeito passivo: o produto da concepção (ovo, embrião ou feto)
- Após a nidação (14 dias depois da fecundação) e antes dos procedimentos de parto.
- Art. 125 – Feto e também a Mãe.
- Tipo Objetivo:
- Art. 124 – aquele (co-autor) que pratica aborto junto com a mãe (consentir que outrem lho provoque)
responderá pelo Art. 126 e a mãe pelo Art. 124. (exceção a teoria monista)
- Art.125 - aborto provocado mediante violência, grave ameaça ou fraude
- Aplica-se a pena do Art. 125 se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil
mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
- Art.126: aborto com o consentimento para quem pratica o aborto autorizado pela mãe.
- Tipo subjetivo: dolo, vontade de interromper a gravidez,
- Não há previsão da modalidade culposa.
- Consumação: se consuma com a interrupção da gravidez e a destruição do produto da concepção.
- Tentativa: é admissível.
- Causas de Aumento (Art.127):
- Art. 125 e 126 são aumentadas de 1/3 se do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, se gera lesão
corporal de natureza grave
- são duplicadas, se gera a morte da gestante.
- não se aplica a causa de aumento ao Art.124 (auto-aborto).
- Aborto Autorizado ou legal (Art.128):
- I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
- II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando
incapaz, de seu representante legal.
- Natureza jurídica
- Inc. I - causa de exclusão da ilicitude.
- Inc. II – causa de exclusão da culpabilidade
- Aborto eugênico ou eugenésico: de aplicação divergente (STF – anencefalia)
- Quando mão há viabilidade para vida extrauterina
- não há previsão no Código Penal.
- DAS LESÕES CORPORAIS
- Lesão corporal leve (Art. 129, caput – 3 meses a 1 ano)
- Lesão corporal grave (§ 1º - 1 a 5 anos) - Se resulta:
I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias;
II- perigo de vida;
III- debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV- aceleração de parto (o agente deve conhecer a gravidez).
- Lesão corporal gravíssima (§ 2º - 2 a 8 anos) - Se resulta:I - incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização de membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto. ( a titulo de culpa)
Obs.: Os §§1º e 2º só se aplicam à lesão corporal dolosa.
- Lesão corporal seguida de morte (§ 3º - 4 a 12 anos).
- crime preterintencional ou preterdoloso.
- dolo em relação ao crime de lesão corporal e culpa no que se refere à morte.
- quando se quer a morte ou se assume o risco de produzi-la há homicídio doloso.
- Resultado decorrente de caso fortuito, força maior ou imprevisível: não haverá culpa e não se pode
responsabilizar o agente pela morte.
- Tentativa: inadmissível.
- Lesão corporal privilegiada (§ 4° - 1/6 a 1/3).
- motivo de relevante valor social ou moral
- sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima
- Substituição da pena (multa) na lesão corporal leve (§ 5°).
- I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
- II - se as lesões são recíprocas.
- Lesão corporal culposa (§ 6º - 2 meses a 1 ano).
- não há graduação da lesão culposa em leve, grave e gravíssima,
- Delitos de trânsito: art. 303 da Lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro).
- Ação penal pública condicionada à representação (Lei 9.099/95, art. 88).
- Lesão corporal leve qualificada pela violência doméstica e familiar (§ 9º).
- Qualificadora ( 3 meses a 3 anos) - lesões corporais leves nos casos de violência doméstica.
- não necessariamente será só contra a mulher
- Lesão corporal grave ou seguida de morte majorada pela violência doméstica e familiar (§
10º).
- Nos casos previstos nos §§ 1o a 3º do art. 129, se as circunstâncias são as indicadas no § 9º deste artigo,
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
- Lesão corporal no âmbito doméstico ou familiar majorado pela vulnerabilidade da vítima
(§11).
- Na hipótese do § 9º do art. 129, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido
contra pessoa portadora de deficiência.
- Ação penal:
- Publica condicionada a representação
- nos §§1º a 3º, a Ação é pública incondicionada.
- Ação penal na hipótese do §9º no caso específico de incidir a Lei Maria da Penha – Ação
Penal Publica condicionada a representação (STJ – Maj.)
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
- Perigo de contágio venéreo (art. 130). - Basta a vontade de praticar a conduta, independente da vontade
de causar o resultado
(contágio).
- Se é intenção do agente transmitir a moléstia (dolo direto) , o crime será qualificado. (par. 1º
- 1 a 4 anos)
- Ação Penal: Pública Condicionada a Representação.
- Perigo de contágio de moléstia grave (art. 131).
- Tipo subjetivo: especial fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado
- Consumação: com a conduta independentemente da produção do resultado (transmissão da
moléstia grave).
- Perigo para a vida ou saúde de outrem (art. 132).
- É proibido expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.
- Trata-se de crime subsidiário, que só incide se não houver crime mais grave.
- Aumento de Pena ( par. Único – 1/6 a 1/3):
- a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de
pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em
desacordo com as normas legais.
- Abandono de incapaz (art. 133).
- abandona pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade,
- incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono.
- Trata-se de crime próprio (o dever de cuidado, guarda, vigilância ou possui autoridade em
relação à vítima.)
- Não se pune a modalidade culposa.
- Consumação: o abandono deve gerar um perigo de dano.
- Exposição ou abandono de recém-nascido (art. 134).
- Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria ( especial fim de agir).
- a mãe esconde a gravidez, por ser fruto de relações extraconjugais (crime próprio).
- Omissão de socorro (art. 135).
- Crime Omissivo próprio e de mera conduta.
- não há tentativa
- Dever geral de assistência e solidariedade
- atuação sem risco pessoal, ou subsidiariamente chamar autoridade competente
- Hipóteses:
- à criança abandonada ou extraviada,
- à pessoa inválida ou ferida.
- ao desamparo ou em grave e iminente perigo
- Aumento de Pena ( par. único):
- se resulta lesões graves ( 1/2)
- se resulta morte (3x)
Maus-tratos (art. 136).
- Tipo objetivo: expor a perigo a vida ou a saúde
- Sujeito Passivo: - pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino,
tratamento ou custódia.
- Meios de execução específicos:
- privar de alimentação ou cuidados indispensáveis
- sujeitar a trabalho excessivo ou inadequado
- abusar de meios de correção ou disciplina.
- Sujeito Ativo: Crime próprio
- deve existir uma relação específica entre os sujeitos ativo e passivo.
- RIXA (Art. 137)
- Tipo Objetivo:
- Rixa é a briga desordenada de pelo menos 3 pessoas
- agressões físicas recíprocas entre os participantes.
OBS: não há rixa entre grupos rivais definidos.
- Consumação: com qualquer ato de agressão.
- Tentativa: é inadmissível
- Sujeito ativo: qualquer pessoa no mínimo 3 (crime de concurso necessário).
- Forma qualificada ( par. único – 6 meses a 2 anos):
- Morte ou lesão corporal de natureza grave que pode ser de um dos rixosos ou de terceiro.
- identificada a autoria da morte ou das lesões corporais graves, haverá concurso material com
rixa.
- os demais rixosos respondem apenas por rixa qualificada.
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
- Calúnia – Art. 138 CP – (“mentira”)
- Objeto jurídico: honra objetiva (reputação)
- Sujeito Ativo e Passivo: qualquer pessoa (crime comum).
§2º- é punível a calúnia contra os mortos.
- Tipo objetivo: fato definido como crime (contravenção = difamação)
- Tipo subjetivo:
- dolo direto ou eventual
- especifico propósito de ofender a honra (elemento subjetivo especial ).
- Consumação: terceira pessoa toma conhecimento.
- Tentativa: é admissível na forma escrita.
- Exceção da verdade: possibilidade de o agente provar que o fato é verdadeiro.
- afasta o crime.
- Não se admite em alguns casos (§3º).
- Difamação – Art. 139 CP – (“fofoca”)
- Objeto jurídico: a honra objetiva.
- Sujeito Ativo e Passivo: qualquer pessoa.
-Tipo objetivo: atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação.
- Não é necessário que o fato ofensivo seja falso. - Consumação: terceiro toma conhecimento do fato
ofensivo.
- Tentativa: é admissível na forma escrita.
- Exceção da verdade: somente se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao
exercício de suas funções.
- Injúria - Art. 140 – (“xingamento”)
- Objeto Jurídico: é a honra subjetiva.(sua própria dignidade e decoro)
- Consumação: vítima toma conhecimento do conceito negativo.
- Não é necessário que a vítima se sinta ofendida.(crime formal)
- Não se admite exceção da verdade.
- Tentativa: é admissível na forma escrita.
- Perdão judicial (§ 1º):
a) o ofendido provocou diretamente a injúria;
b) no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
- Injúria real (§ 2º- 3 meses a 1 ano):
- a injúria consiste em violência ou vias de fato que se considerem aviltantes.
- Injúria preconceituosa (§ 3º- 1 a 3 anos):
- a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou
a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
- Não confundir com crimes de preconceito de raça, ou de cor.(Racismo - Lei 7.716/89)
- Disposições gerais
- Causas de aumento (Art. 141 - 1/3)
I - contra o Presidente da República, ou chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação.
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de
injúria.
- Par. Único (pena em dobro): se o crime é cometido mediante paga ou promessa de
recompensa.
- Exclusão do crime (Art. 142)
I - a ofensa em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II - opinião desfavorável da crítica salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação
que preste no cumprimento de dever do ofício.
Obs: Incisos I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
- Retratação (Art. 143 – isenção de pena)
- o querelado que antes da sentença, se retrata (retira o que disse) cabalmente da calúnia ou
da difamação.
- Pedido de explicações (Art. 144) – medida previa e facultativa.
- Ação Penal (Art. 145)
- somente se procede mediante queixa.(Ação penal privada)
Exceções:1) Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça: crimes cometidos
contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro (art.141, I);
2) Ação penal pública condicionada à representação do ofendido: crimes cometidos contra
funcionário público, em razão de suas funções (art.141, II).
3) Ação penal pública condicionada à representação do ofendido: no caso de crime de injúria
preconceituosa (§ 3o
do art. 140)
4) Ação penal pública incondicionada: na Injúria real, se da violência resulta lesão corporal (art.
140, § 2º).
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
- Constrangimento Ilegal (Art. 146)
- Crime subsidiário só para casos em que não incide o crime mais grave (Ex.: Art. 158).
- se a pretensão for legítima (Exercício arbitrário das próprias razões - Art. 345 CP)
- Consumação: quando a vitima se demostra constrangida fazendo, ou deixando de fazer algo.
- Exclui-se o crime (paragr. 3º):
- a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente justificada por iminente perigo de
vida;
- a coação exercida para impedir suicídio.
- Ameaça (Art. 147)
- Meio de execução: por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal
injusto e grave.
- Consumação: momento em que a vítima vem conhecer a ameaça (crime formal)
-Tentativa: é admitida porém difícil (p.ex: escrito).
- Ação Penal: somente se procede mediante representação.
- Sequestro e cárcere privado (art. 148).
- Tipo objetivo: - privação da liberdade sem qualquer fim específico.
- cárcere privado: privação da liberdade dentro de recinto fechado
- sequestro: privação da liberdade fora de ambiente fechado
- Consumação: com a efetiva privação por tempo relevante
- Trata-se de crime permanente.
- Tentativa: é admitida
- Forma Qualificada (par. 1º - 2 a 5 anos)
- vitima ascendente, descendente, cônjuge e companheiro ou maior de 60 anos.
- em hospital, casa de saúde ou clinica
- se dura mais de 15 dias
- contra menor de 18 anos
- fins libidinosos ( antigo crime de rapto – Art. 219)
- Forma qualificada (par. 2º - 2 a 8 anos)
- resulta grave sofrimento físico ou moral
-Violação de domicílio (Art. 150).
- Tipo objetivo: Entrar (ação) ou permanecer (omissão)
- Entrar em casa desabitada não configura o delito.
- não há crime quando em hospedaria, taverna(bar), etc.
- Consumação: com a entrada ou permanência (crime de mera conduta). - Entrar o crime é instantâneo e
permanecer o crime é permanente.
- Tentativa: somente na forma comissiva.
- Forma qualificada (par. 1º - 6 meses a 2 anos):
- durante a noite ou em lugar ermo
- emprego de violência ou arma
- 2 ou mais agentes
- Forma Majorada (par. 2º + 1/3)
- funcionário público fora dos casos legais
- Exclusão do crime (CF, art.5º, XI):
Entrar sem consentimento do morador, em caso:
- de flagrante delito ou desastre,
- para prestar socorro
- durante o dia, por determinação judicial.
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DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Os crimes contra vida estão descritos no Título I – Dos crimes contra a pessoa – Capitulo I, da Parte
Especial do Código Penal.
São os crimes contra a vida: homicídio; induzimento, instigação ou auxílio do suicídio; infanticídio; aborto.

HOMICÍDIO
De forma geral, o homicídio é o ato de destruição da vida de um homem por outro homem. De forma
objetiva, é o ato cometido ou omitido que resulta na eliminação da vida do ser humano.
Homicídio simples – Artigo 121 do CP – É a conduta típica limitada a “matar alguém”. Esta espécie de
homicídio não possui características de qualificação, privilégio ou atenuação. É o simples ato da prática
descrita na interpretação da lei, ou seja, o ato de trazer a morte a uma pessoa.
Homicídio privilegiado - Artigo 121 - parágrafo primeiro – É a conduta típica do homicídio que recebe o
benefício do privilégio, sempre que o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social
ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo após a injusta provocação da vítima, podendo o juiz
reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado - Artigo 121 - parágrafo segundo – É a conduta típica do homicídio onde se aumenta
a pena pela prática do crime, pela sua ocorrência nas seguintes condições: mediante paga ou promessa de
recompensa, ou por outro motivo torpe; por motivo fútil, com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou do qual possa resultar perigo comum; por traição, emboscada,
ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e para
assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime.
Homicídio Culposo - Artigo 121- parágrafo terceiro – É a conduta típica do homicídio que se dá pela
imprudência, negligência ou imperícia do agente, que produz um resultado não pretendido, mas previsível,
estando claro que o resultado poderia ter sido evitado.
No homicídio culposo a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. O mesmo ocorre se
não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo o
homicídio doloso, a pena é aumentada de um terço se o crime é praticado contra pessoa menor de quatorze
ou maior de sessenta anos.
Perdão Judicial - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que torne desnecessária a sanção
penal.
Homicídio é um crime, vem do latim "hominis excidium", e consiste no ato de uma pessoa matar outra. É
tido como um crime universal, sendo punido em praticamente todas as culturas.
No Direito Penal Brasileiro, o homicídio, em termos topográficos, está inserido no capítulo relativo aos
crimes contra a vida do Código Penal, sendo o primeiro delito por ele tipificado. Inegavelmente, o homicídio
doloso é a mais chocante violação do senso moral médio da humanidade civilizada, segundo ensina Nelson
Hungria. Conforme lembra o mesmo, mencionando a definição de Carmignani, caracteriza-se pela violenta
"hominis caedes ab hominis injuste" patrata, ocisão violenta de um homem injustamente praticada por outro
homem (vale lembrar que alguns homicídios são "justos" do ponto de vista legal, por exemplo, se decorrente
da defesa pessoal).
Ademais, a Constituição da República, tanto a portuguesa quanto a Brasileira, insere o Direito a proteção do
Direito à vida como um dos fundamentos do Estado de Direito. Dessa forma o poder público tem como
dever primordial proteger este direito.
Elementos do tipo
O elemento ativo deste delito é sempre uma pessoa física, trata-se de crime comum. Uma pessoa
jurídica (fundações e corporações) ou um objeto de direito jamais poderão ser punidos por homicídio. _ Da
mesma maneira, como o sujeito passivo do crime é também uma pessoa física, considerada como tal o filho
de humana após o início do trabalho de parto e que, ao mesmo tempo, o sujeito ativo não seja a própria mãe,
pois, neste caso, tratar-se-ia de infanticídio. Ninguém poderá ser condenado como incurso nas sanções do
artigo121/CPB quando for o responsável por matar um animal ou tirar qualquer outro tipo de vida.

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais.
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Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
O dolo do tipo consiste duma vontade livre e consciente ao passo que o culposo ocorre quando se tem a
responsabilidade mas não a intenção de matar. Não comete um homicídio, por exemplo, o agente que mata
outrem com o fim de subtrair seus pertences (no caso, comete um latrocínio).
Pode ser levado a efeito tanto com uma ação, como por uma omissão (ex: deixar de alimentar o filho,
causando-lhe a morte). No primeiro caso, classifica-se como crime comissivo; no último, como omissivo
impróprio. Também pode ser realizado de forma direta ou indireta e usando meio físico ou psíquico.
Objeto jurídico
O bem jurídico protegido é a vida humana extrauterina. Evidentemente o conceito de vida e morte variam de
acordo com as descobertas da medicina e a posição filosófica dominante. Atualmente, o Brasil considera como
morto aquele que não mais apresenta atividade cerebral, a chamada morte encefálica não mais pálica,
prevalecendo a antiga noção que estaria configurado o quadro morte com a parada cardíaca ou respiratória.
A morte não se presume, particularmente porque o homicídio é um crime material, ou seja, crime que exige o
exame de corpo de delito. Embora a regra é pela não presunção da morte, casos há em que a prova se torna de
difícil execução, razão pela qual o próprio código de processo penal, estabelece no artigo 167, "Não sendo
possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá
suprir-lhe a falta". Há casos em que o corpo pode não ser localizado, em virtude de ter sido o crime cometido
com a ocultação do cadáver, para dificultar a investigação. Dessa forma o Juiz deverá avaliar as provas
carreadas nos autos, e tendo convicção de que houve o homicídio, poderá julgar o homicídio.

INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO


Artigo 122 do CPB – Ato pelo qual o agente induz ou instiga alguém a se suicidar ou presta-lhe auxílio para
que o faça. Reclusão de dois a seis anos, se o suicídio se consumar, ou reclusão de um a três anos, se da
tentativa de suicídio resultar lesão corporal de natureza grave.
A pena é duplicada se o crime é praticado por motivo egoístico, se a vítima é menor ou se tem diminuída,
por qualquer causa, a capacidade de resistência. Neste crime não se pune a tentativa.
O art. 122, “caput” tipifica o crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. O suicídio é a
deliberada destruição da própria vida.
A objetividade jurídica do tipo penal é a proteção do direito à vida, ou seja, o bem jurídico tutelado é a vida
humana extrauterina.
O sujeito ativo, ou seja, aquele que pode praticar o delito, nesse caso pode ser qualquer pessoa, exceto o
suicida. Por esse motivo classifica-se como crime comum.
O sujeito passivo, ou seja, a vítima pode ser qualquer pessoa também, capaz de ser induzida, instigada ou
auxiliada a suicidar-se. Aquele que não tem capacidade de autodeterminar-se não será vítima desse crime,
mas de homicídio. Ex. Um adulto fala para uma criança de 10 anos pular de uma cobertura, se ela pula e
morre, será homicídio e não o tipo penal previsto no artigo 122, do CPB.
O elemento subjetivo (a vontade que está dentro da cabeça do agente) nesse crime é a de induzir, instigar ou
auxiliar no suicídio. Deve ser uma vontade séria, sem nenhum tipo de tom de brincadeira.

Importante: o direito penal não pune o suicídio por questão de política criminal. Assim, em regra não se
pune a autolesão.
As condutas previstas são:
Induzir ao suicídio: é criar na cabeça do suicida a idéia de tirar sua própria vida. A vítima sequer pensava
nisso.
Instigar ao suicídio: é reforçar uma idéia de autodestruição que o suicida já tinha em mente.
Auxiliar ao suicídio: esse auxílio deve ser secundário, se a participação for direta, será homicídio (Ex: chutar
o banquinho de quem está querendo se enforcar).
Esse crime se classifica como material, ou seja, aquele que tem resultado naturalístico (com modificação do
mundo exterior).
A consumação do crime do art. 122 se dá com o evento morte do suicida ou, se da tentativa de suicídio
resulta na vítima lesão corporal de natureza grave. Não se admite a tentativa no art. 122 CP.

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais.
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Observe que o instituto da tentativa, previsto na 2ª parte do art. 122, refere-se à conduta da vítima e, não, do
sujeito ativo. Assim, ao suicídio, como fato jurídico atípico, aplica-se a tentativa; todavia, não se aplica a
tentativa prevista no art. 14, inciso II, do CPB para as condutas típicas previstas no caput do artigo 122.

Importante: caso a vítima sofra em razão da tentativa de suicídio apenas lesões de natureza leve, não há
crime para quem induziu, instigou ou auxiliou o suicida. A conduta é atípica.
A competência para julgar os crimes dolosos contra a vida é do Tribunal do Júri.
No parágrafo único está prevista uma causa especial de aumento. A pena será duplicada, no inciso I, quando
o crime for praticado por motivo egoístico, ex: quando o agente instiga o suicida/vítima a praticar o suicídio
para ficar com sua herança. Já no inciso II, a pena será duplicada quando a vítima é menor de 14 anos ou
tem por qualquer forma sua capacidade reduzida.

INFANTICÍDIO
Artigo 123 – Homicídio praticado pela mãe contra o filho, sob condições especiais (em estado puerperal,
isto é, logo pós o parto).
A expressão infanticídio, do latim infanticidium sempre teve no decorrer da história, o significado de morte
de criança, especialmente no recém-nascido. Antigamente referia-se a matança indiscriminada de
crianças nos primeiros anos de vida, mas para o Direito brasileiro moderno, este crime somente se configura
se a mulher, quando cometeu o crime, estava sob a influência do estado puerperal, i.e., logo após o parto ou
mesmo depois de alguns dias.
No Império Romano e também em algumas tribos bárbaras a prática do infanticídio era aceita para regular a
oferta de comida à população. Eliminando-se crianças, diminuía-se a população e gerava um pseudo
controle administrativo por parte dos governantes.
Na atualidade, a China é um país onde há elevado índice de infanticídio feminino. Neste país é prática
comum cometer aborto quando o bebê é uma menina, o que gerou um desequilíbrio entre os sexos na
população do país.
Infanticídio o no Direito Penal Brasileiro
Crime de Infanticídio no Código Penal Brasileiro - Artigo 123
Título Dos crimes contra a pessoa
Capítulo Dos crimes contra a vida
Pena Detenção de 2 a 6 anos
Ação Pública incondicionada
Competência Júri
No Brasil, tem pena diminuída em relação ao crime de homicídio, vindo em dispositivo próprio do Código
Penal (art. 123), desde que seja praticado pela mãe sob influência do estado puerperal (situação em que pode
estar abalada emocionalmente). Por outro lado, não se encontrando a mãe neste estado anímico, caracteriza-
se o homicídio.
A legislação penal brasileira, através dos estatutos de 1830, 1890 e 1940, tem conceituado o crime de
infanticídio de formas diversas. O Código Penal de 1890 definia o crime com a seguinte proposição:
"Matar recém-nascido, isto é infante, nos sete primeiros dias de seu nascimento, quer
empregando meios diretos e ativos, quer recusando à vítima os cuidados necessários à
manutenção da vida e a impedir a sua morte."
O parágrafo único cominava pena mais branda, pois "se o crime for perpetrado pela mãe, para ocultar a
desonra própria", o chamado infanticídio honoris causa. O Código Penal de 1940 adotou critério diverso, ao
estabelecer em seu artigo 123: "Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante ou logo
após o parto".
Por este motivo, o sujeito ativo é a mãe; embora seja admitida a hipótese de concurso de agentes, a
maternidade uma condição elementar do crime.
O sujeito passivo somente pode ser o próprio filho, recaindo no homicídio se a vítima for outra criança que
não a própria.
Este crime admite tentativa.

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A legislação vigente adotou como atenuante no crime de infanticídio o conceito fisiopsíquico do "estado
puerperal", como configurado na exposição de motivos do Código Penal: "o infanticídio é considerado um
delictum exceptum quando praticado pela parturiente sob influência do estado puerperal".

ABORTO
Artigo 124 – Ato pelo qual a mulher interrompe a gravidez de forma a trazer destruição do produto da
concepção. No auto aborto ou no aborto com consentimento da gestante, está sempre será o sujeito ativo do
ato, e o feto, o sujeito passivo. No aborto sem o consentimento da gestante, os sujeitos passivos serão o feto
e a gestante.
Aborto provocado por terceiro – É o aborto provocado sem o consentimento da gestante. Pena: reclusão, de
três a dez anos.
Aborto provocado com o consentimento da gestante – Reclusão, de um a quatro anos. A pena pode ser
aumentada para reclusão de três a dez anos, se a gestante for menor de quatorze anos, se for alienada ou
débil mental, ou ainda se o consentimento for obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Forma qualificada - As penas são aumentadas de um terço se, em consequência do aborto ou dos meios
empregados para provocá-lo, a gestante sofrer lesão corporal de natureza grave. São duplicadas se, por
qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Aborto necessário - Não se pune o aborto praticado por médico: se não há outro meio de salvar a vida da
gestante; e se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando
incapaz, de seu representante legal.

1. (FGV, 2010, delegado-AP) Assinale a alternativa que não qualifica o crime de homicídio:
a) Emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel.
b) Para assegurar a ocultação de outro crime.
c) Motivo fútil.
d) Abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão.
e) Mediante dissimulação.

2. (FGV, 2010, delegado-AP) Carlos Cristiano trabalha como salva-vidas no clube municipal de
Tartarugalzinho. O clube abre diariamente às 8 hs, e a piscina do clube funciona de terça a domingo,
das 9 às 17 horas, com um intervalo de uma hora para o almoço do salva-vidas, sempre entre 12 e 13
horas.
Carlos Cristiano é o único salva-vidas do clube e sabe a responsabilidade de seu trabalho, pois várias
crianças utilizam a piscina diariamente e muitas dependem da sua atenção para não morrerem
afogadas.
Normalmente, Carlos Cristiano trabalha com atenção e dedicação, mas naquele dia 2 de janeiro
estava particularmente cansado, pois dormira muito tarde após as comemorações do reveillon. Assim,
ao invés de voltar do almoço na hora, decidiu tirar um cochilo. Acordou às 15 horas, com os gritos dos
sócios do clube que tentavam reanimar uma criança que entrara na piscina e fora parar na parte
funda. Infelizmente, não foi possível reanimar a criança. Embora houvesse outras pessoas na piscina,
ninguém percebera que a criança estava se afogando.
Assinale a alternativa que indique o crime praticado por Carlos Cristiano.
a) Homicídio culposo.
b) Nenhum crime.
c) Omissão de socorro.
d) Homicídio doloso, na modalidade de ação comissiva por omissão.
e) Homicídio doloso, na modalidade de ação omissiva.

3. (MP-PB, 2010, promotor-PB) Joana e Jasão, namorados, inconformados com o fato de suas famílias
não admitirem o seu romance, resolvem fazer um pacto de morte, optando por fazê-lo por asfixia de
gás carbônico. Combinam, então, que Jasão deve abrir o bico de gás, enquanto Joana se
responsabiliza pela vedação total do compartimento por eles utilizado. A partir de tal caso específico,

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analise as assertivas abaixo, assinalando, em seguida, a alternativa que sobre elas contém o devido
julgamento:
I – Se apenas Joana sobreviver, deverá responder pelo crime de homicídio qualificado consumado.
II – Se ambos sobreviverem, deverão responder por tentativa de homicídio.
III – Se apenas Jasão tivesse vedado o compartimento e aberto o bico de gás, responderia, na hipótese de
sobrevivência de ambos, por tentativa de homicídio, e Joana, nesse caso, responderia unicamente por
instigação a suicídio, desde que ocorresse lesão corporal grave ao namorado.

a) Todas as assertivas estão corretas.


b) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
c) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
d) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
e) Não há assertiva correta.

4. (INSTITUTO CIDADES, 2010, defensor-GO) O homicídio é qualificado pela conexão quando é


cometido
a) Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.
b) Por motivo fútil.
c) Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
possa resultar perigo comum.
d) À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a
defesa do ofendido.
e) Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.

5. (FCC, 2010, assessor jurídico do TJ-PI) Ocorre desistência voluntária quando o agente suspende a
execução do delito de homicídio
a) Temporariamente para prosseguir mais tarde.
b) Atemorizado com os gritos da vítima.
c) Atendendo a súplica da vítima.
d) Por ter a vítima fugido do local.
e) Por ter escutado o barulho de sirene.

6. (FCC, 2010, assessor jurídico do TJ-PI) A respeito do instituto da legítima defesa, considere:
I – Não age em legítima defesa aquele que aceita o desafio para um duelo e mata o desafiante que atirou
primeiro e errou o alvo.
II – Admite-se a legítima defesa contra agressão pretérita, quando se tratar de ofensa a direito alheio.
III – A injustiça da agressão deve ser considerada quanto à punibilidade do agressor, não podendo, por isso,
ser invocada quando houver repulsa a agressão de doente mental.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

7. (FCC, 2010, assessor jurídico do TJ-PI) Antonio e sua mulher Antonia resolveram, sob juramento,
morrer na mesma ocasião. Antonio, com o propósito de livrar-se da esposa, finge que morreu.
Antonia, fiel ao juramento assumido, suicida-se. Nesse caso, Antonio responderá por
a) Auxílio ao suicídio culposo.
b) Homicídio doloso.
c) Homicídio culposo.
d) Induzimento ao suicídio.
e) Tentativa de homicídio.
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8. (MP-BA, 2010, promotor-BA) Um dos temas mais delicados da dogmática criminal é o erro.
Vejamos, a propósito, o seguinte exemplo da nossa jurisprudência: “Inspetor de quarteirão que,
supondo injusta agressão de multidão que fugindo da polícia corria em sua direção, saca revólver e
atira para o alto projétil que vem acertar menor que se encontrava postado na sacada de
apartamento, provocando a sua morte”. A hipótese ventilada merece ser equacionada no âmbito da
figura:
I – Do erro de tipo invencível.
II – Do erro de tipo vencível.
III – Das descriminantes putativas fáticas.
IV – Do erro de proibição indireto.
V – Do erro de proibição evitável.

a) Apenas a alternativa I é verdadeira.


b) Apenas a alternativa II é verdadeira.
c) Apenas a alternativa III é verdadeira.
d) Apenas a alternativa V é verdadeira.
e) Apenas as alternativas II e III são verdadeiras.

9. (UNB-CESPE, 2010, promotor-SE) Assinale a opção correta acerca do homicídio privilegiado.


a) A natureza jurídica do instituto é de circunstância atenuante especial.
b) Estando o agente em uma das situações que ensejem o reconhecimento do homicídio privilegiado, o juiz é
obrigado a reduzir a pena, mas a lei não determina o patamar de redução.
c) O relevante valor social não enseja o reconhecimento do homicídio privilegiado.
d) A presença de qualificadoras impede o reconhecimento do homicídio privilegiado.
e) A violenta emoção, para ensejar o privilégio, deve ser dominante da conduta do agente e ocorrer logo
após injusta provocação da vítima.

10. (UNB-CESPE, 2010, promotor-SE) Getúlio, a fim de auferir o seguro de vida do qual era
beneficiário, induziu Maria a cometer suicídio, e, ainda, emprestou-lhe um revólver para que
consumasse o crime. Maria efetuou um disparo, com a arma de fogo emprestada, na região
abdominal, mas não faleceu, tendo sofrido lesão corporal de natureza grave.
Em relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Como o suicídio não se consumou, a conduta praticada por Getúlio é considerada atípica.
b) Apesar de a conduta praticada por Getúlio ser típica, pois configura induzimento, instigação ou auxílio ao
suicídio, ele é isento de pena, porque Maria não faleceu.
c) Getúlio deve responder por crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, por uma única vez,
com pena duplicada pela prática do crime por motivo egoístico.
d) Getúlio deve responder por crime de lesão corporal grave.
e) Por ter induzido e auxiliado Maria a praticar suicídio, Getúlio deve responder por crime de induzimento,
instigação ou auxílio ao suicídio, por duas vezes em continuidade delitiva, com pena duplicada pela prática
do crime por motivo egoístico.

GABARITO
1D
2B
3A
4E
5C
6A
7D
8C
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9E
10 C

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Crimes Contra o Patrimônio.
Título II da parte especial do Código Penal Brasileiro
Antes de mais nada é preciso definir o conceito de patrimônio, tendo em vista o complexo das relações
jurídicas: considera-se patrimônio de uma pessoa , os bens, o poderio econômico, a universalidade de
direitos que tenham expressão econômica para a pessoa. Considera-se em geral, o patrimônio como
universalidade de direitos. Vale dizer como uma unidade abstrata, distinta, diferente dos elementos que a
compõem isoladamente considerados.
Além desse conceito jurídico, que é próprio do direito privado, há uma noção econômica de patrimônio e,
segundo a qual, ele consiste num complexo de bens, através dos quais o homem satisfaz suas necessidades.
Cabe lembrar, que o direito penal em relação ao direito civil, ao direito econômico, ele é autônomo e
constitutivo, e por isso mesmo quando tutela bens e interesses jurídicos já tutelados por outros ramos do
direito, ele o faz com autonomia e de um modo peculiar.
A tutela jurídica do patrimônio no âmbito do Código Penal Brasileiro, é sem duvida extensamente realizada,
mas não se pode perder jamais em conta, a necessidade de que no conceito de patrimônio esteja envolvida
uma noção econômica, um noção de valor material econômico do bem.

1 Apoderar-se de coisa cuja posse lhe pertença, configura:


a) apropriação indébita.
b) furto.
c) estelionato.
d) roubo.

2 Pretendendo subtrair bens do escritório onde exerce a função de secretária particular do diretor,
Júlia ingressa no respectivo imóvel arrombando a janela. Júlia é auxiliada por seu irmão Luiz, a
quem coube a função de permanecer de vigília na porta. Ao escutar um barulho que a faz acreditar
existir alguém no escritório, Júlia foge, deixando no local seu comparsa, que vem a ser preso por
policiais. Aponte o(s) delito(s) perpetrado(s) por Júlia e Luiz:
a) Ela responderá por tentativa de furto qualificado e ele, pelo delito consumado.
b) trata-se de desistência voluntária, não havendo qualquer delito a ser imputado.
c) ambos respondem por violação de domicílio.
d) Júlia responde por invasão de domicílio e Luiz por tentativa de furto.

3 Um funcionário de uma empresa particular utiliza, para o desempenho das atribuições do seu cargo,
um bem pertencente ao acervo patrimonial de sua instituição. Após a jornada de trabalho, ele se
apodera do bem em questão. Essa situação caracteriza um crime de:
a) peculato.
b) estelionato.
c) furto qualificado.
d) apropriação indébita.

4 Dentre as alternativas abaixo, aquela que qualifica o crime de furto é:


a) valor da coisa furtada.
b) idade da pessoa lesada.
c) violência contra o lesado.
d) participação de duas ou mais pessoas.

5 Tício furta um rádio da residência de Caio, inexistindo qualquer tipo de violência. Perseguido pela
polícia, Tício dispara tiros para o alto e foge. Na hipótese ocorreu:
a) crime de furto.
b) crime de roubo.
c) crime de roubo impróprio.
d) crime de roubo qualificado.

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis.
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6 Tício, fazendeiro, encontra em sua propriedade animais que sabe serem do vizinho e, ao invés de
devolvê-los, vende-os como seus, comete o delito de:
a) receptação.
b) furto.
c) apropriação indébita.
d) apropriação de coisa havida por erro.

7 Analise as afirmações abaixo e escolha a resposta correta:


I - O roubo distingue-se da extorsão, pois no roubo a subtração da coisa é feita pelo agente, enquanto que na
extorsão o apoderamento do objeto material depende da conduta da vítima.
II - A distinção entre roubo próprio e impróprio reside no momento em que o sujeito emprega a violência ou
grave ameaça contra a pessoa; no roubo impróprio, a violência ou grave ameaça é exercida após a subtração
do objeto material para assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa, enquanto que, no roubo
próprio, a violência ou grave ameaça é empregada de forma a permitir a subtração.
III - O furto mediante fraude distingue-se do estelionato pelo modo que é utilizado o meio fraudulento; no
furto mediante fraude, o agente ilude a vigilância do ofendido, que, por isso, não tem conhecimento de que o
objeto material está saindo da esfera de seu patrimônio e ingressando na disponibilidade do sujeito ativo. No
estelionato, ao contrário, a fraude visa permitir que a vítima incida em erro.
a) As afirmações I e II estão corretas.
b) As afirmações II e III estão corretas.
c) As afirmações I e III estão corretas.
d) Todas as afirmações estão corretas.

8 O crime de extorsão mediante sequestro consuma-se com:


a) a privação da liberdade da vítima.
b) a privação da liberdade da vítima após 24 horas.
c) a privação da liberdade da vítima e com o pedido de resgate.
d) o recebimento do resgate para libertação da vítima.

9 Mévio, após esconder no mato uma bicicleta que havia furtado, viu-se despojado dela por parte de
Carlos, que a subtraiu para si, com pleno conhecimento da origem do objeto. Pode-se afirmar que o
segundo ladrão:
a) cometeu crime de apropriação de coisa achada.
b) cometeu crime de receptação dolosa.
c) cometeu crime de furto, assim como Mévio.
d) não responde por nenhum delito, porque subtraiu para si a coisa já furtada.

10 Assinale a alternativa CORRETA.


a) O crime de roubo é a subtração de coisa móvel alheia, para si ou para outrem, sem emprego de violência à
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.
b) O crime de roubo é a subtração de coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante ameaça e
destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa.
c) O roubo impróprio ocorre quando o agente, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência a pessoa
ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
d) O furto do sinal de TV a cabo não tem tipificação no Código Penal, razão pela qual não pode ser
considerado infração.

11 Dois indivíduos, previamente ajustados, saem de um supermercado, com mercadorias, sem passar
pelo caixa, vindo um deles a ser preso em flagrante no estacionamento do supermercado, com parte
das mercadorias, enquanto seu comparsa consegue fugir com o restante das mercadorias. Com
relação à situação apresentada, é correto afirmar que o indivíduo preso em flagrante:

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a) responderá por furto qualificado tentado.
b) responderá por furto qualificado consumado.
c) responderá por furto privilegiado.
d) não responderá por qualquer ilícito, pois a hipótese configura crime impossível.

12 Assinale a opção CORRETA.


a) O crime de estelionato, que pressupõe conduta fraudulenta do agente com o fim de obtenção de vantagem
ilícita, tem por objetividade jurídica a fé pública.
b) Configura crime de estelionato o descumprimento de contrato, quando o pagamento da obra ou do serviço
se dá de forma antecipada, o que faz presumir a má-fé do contratado, se este não executa o serviço no prazo
avençado.
c) A emissão de cheque sem a pertinente provisão de fundos configura, em qualquer hipótese, crime.
d) O crime de estelionato, quando na modalidade de fraude no pagamento por meio de cheque, consuma-se
no momento e local em que o banco sacado recusa o seu pagamento.

13 Assinale a opção INCORRETA.


a) Se o sujeito, mediante violência ou grave ameaça, pretende que a vítima realize determinado
comportamento para que dela obtenha vantagem econômica devida, estará incidindo no crime de extorsão
dita comum ou "in genere".
b) A extorsão mediante sequestro consuma-se com a privação da liberdade de locomoção da vítima por
espaço de tempo juridicamente relevante, sendo prescindível que o agente obtenha, efetivamente, a
vantagem pretendida.
c) O crime de extorsão indireta admite a modalidade tentada.
d) A extorsão mediante sequestro, simples ou qualificada, tentada ou consumada, é crime hediondo, o que
impede que o seu autor seja beneficiado com a anistia, a graça ou indulto.

14 O roubo próprio ocorre quando:


a) o agente emprega a violência ou a ameaça após ter subtraído a coisa alheia.
b) o agente emprega a violência ou a ameaça antes de ter subtraído a coisa alheia.
c) o agente não utiliza violência ou ameaça para subtrair a coisa da vítima.
d) o agente induz a vítima a erro para subtrair-lhe a coisa.

15 Sobre crime de receptação, é INCORRETO dizer:


a) Constitui receptação simples o fato de adquirir, receber, ocultar etc., em proveito próprio ou alheio, coisa
que sabe ser produto de crime.
b) É privilegiado o crime de receptação praticado por réu primário ou se o objeto receptado for de pequeno
valor material.
c) A receptação dolosa imprópria constitui no fato do agente adquirir coisa móvel por preço muito baixo,
mas sem saber que se trata de fruto de crime.
d) Será qualificada a receptação de bens e instalações do patrimônio da União, Estado ou Municípios.

16 Sobre o crime de estelionato, é CORRETO dizer:


a) O crime estará consumado apenas com a ocorrência da vantagem do agente.
b) A reparação do dano, a restituição e a apreensão do objeto material, excluindo ou reduzindo o prejuízo da
vítima, excluem o delito.
c) O estelionato só é punível a título de dolo, que consiste na vontade de enganar a vítima, dela obtendo
vantagem ilícita, em prejuízo alheio.
d) Será privilegiado o crime cometido em detrimento de entidade de direito público.

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17 Sobre crime de dano, é CORRETO dizer:
a) Consuma-se com a obtenção de lucro por parte do agente.
b) Consuma-se com a destruição ou inutilização de coisa alheia pelo agente.
c) Não admite tentativa.
d) Admite-se o crime em sua forma culposa.

18 Analise as afirmações abaixo e escolha a resposta correta:


I - Usurpação de águas constitui o fato de o sujeito desviar ou represar, em proveito próprio ou de outrem,
águas alheias.
II - O sujeito passivo do crime de usurpação de águas é quem sofre o dano em face do desvio ou
represamento.
III - Para a caracterização do crime de usurpação de águas é necessário que as águas objeto do delito sejam
particulares.
a) As afirmações I e II estão corretas.
b) As afirmações II e III estão corretas.
c) As afirmações I e III estão corretas.
d) Todas as afirmações estão corretas.

19 O crime de roubo qualificado pelo resultado morte:


a) é hediondo, segundo a Lei nº 8.072/90.
b) a pena é aumentada quando a vítima é menor de 14 anos.
c) a morte da vítima pode ser culposa ou dolosa.
d) Todas as respostas anteriores estão corretas.

20 Analise as afirmações abaixo e escolha a resposta correta:


I - Furto de uso, em face do Código Penal vigente, não constitui crime.
II - No furto mediante fraude, a fraude visa permitir que a vítima incida em erro e, por isso, despoje
voluntariamente de seu bem, tendo consciência de que este está ingressando na esfera de disponibilidade do
autor.
III - No furto qualificado pelo abuso de confiança, o sujeito não tem a posse do objeto material, que continua
na esfera de proteção de seu dono.

a) Apenas a afirmação I está correta.


b) As afirmações II e III estão corretas.
c) As afirmações I e III estão corretas.
d) Todas as afirmações estão corretas.

RESPOSTAS:
1 - letra A. Conforme estabelece o art. 168, caput, do CP: "apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a
posse ou a detenção: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa".
2 - letra A. Julia responderá por tentativa de furto qualificado, uma vez que a infração não se consumou, já
que se evadiu antes que a mesma se concretizasse e estão presentes duas qualificadoras do art. 155 do CP,
quais sejam: rompimento de obstáculo e concurso de duas ou mais pessoas. Já Luiz responderá pelo crime
de furto qualificado, vez que continuou na pratica delitiva e a consumou.
3 - letra D. O funcionário já estava na posse do bem, portanto, seu crime é de apropriação indébita,
conforme o art. 168 do CP. Sendo que essa pena deverá ser acrescida de 1/3, por ter o agente recebido a
coisa em razão de ofício, emprego ou profissão.
4 - letra D. O valor da coisa furtada é causa de furto privilegiado. Se houver violência contra a vítima,
caracteriza-se roubo. A idade da pessoa lesada não é considerada para a caracterização de qualificadora no
crime de furto. O concurso de pessoas é, portanto, causa de qualificadora no crime de furto, como demonstra
o art. 155, §4º, IV, do CP.

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5 - letra C. O agente que emprega violência contra pessoa ou grave ameaça não como meio de subtração,
mas após esta, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para outrem
comete o crime de roubo impróprio (art. 157, §1º, do CP).
6 - letra D. Aquele que se apropria de coisa alheia que lhe foi transmitida por erro, caso fortuito ou força da
natureza pratica crime de apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza
(art.169/CP), pois todos estão obrigados a restituir coisa alheia.
7 - letra D. No roubo impróprio, a violência é empregada como meio de garantir a detenção da coisa e não
como meio de obtê-la. No estelionato, o ofendido voluntariamente se despoja de seus bens, tendo
consciência de que eles estão saindo de seu patrimônio e ingressando na esfera de disponibilidade do autor.
8 - letra A. A extorsão mediante sequestro opera-se com a simples privação da liberdade de locomoção da
vítima por tempo juridicamente relevante, de acordo com o art. 159, do CP.
9 - letra C. O sujeito passivo do crime de furto é a pessoa física ou jurídica que tem a propriedade, posse ou
detenção da coisa, não importando inclusive se ela é lícita, portanto, o segundo ladrão praticou o crime de
furto, assim como o primeiro, segundo o art. 155 do CP.
10 - letra C. Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.Art.
155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: (...)
§ 3º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
11 - letra B. Se um foi preso, mas outro fugiu com algum dos valores, o crime está consumado, pois está
caracterizada a subtração da coisa, ainda que em parte. (Art. 155 do CP)
12 - letra D. O momento consumativo ocorre quando o estabelecimento bancário sacado nega pagamento ao
cheque, sendo o foro desse local o competente para a ação penal, conforme Súmula 521 do STF: "O foro
competente, para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade de emissão dolosa de
cheques sem fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado".

O estelionato não tem na fé pública (e sim no patrimônio) a sua objetividade jurídica, razão pela qual a
assertiva da letra "a" está falsa.

Na letra "b", a assertiva é falsa porque o crime só se caracterizaria caso o agente, desde a celebração, não
pretendesse cumprir o contrato, e não só porque deixou de cumpri-lo tendo já recebido o pagamento.
Também não está correta a assertiva da letra "c". A emissão de cheques sem fundos não caracteriza o crime
quando o cheque for dado em garantia de pagamento e não como ordem de pagamento à vista da sua
apresentação ao sacado.
13 - letra A. Se a vantagem é "devida" (e aí o perigo da questão), o fato não se enquadra no tipo da extorsão,
pois lhe falta o elemento normativo "indevida" vantagem econômica (art. 158 do CP). O agente deverá
responder por exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP).
14 - letra B. Para a caracterização do roubo próprio, é necessário que a violência ou ameaça seja empregada
como meio de subtração da coisa, "art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência".
15 - letra C. Haverá receptação culposa quando o agente adquirir coisa móvel por preço muito baixo, mas
sem saber que se trata de fruto de crime (art. 180, §3º/CP). A receptação dolosa imprópria constitui o fato de
o sujeito influir para que terceiro, de boa-fé, adquira, receba ou oculte coisa produto de crime (art. 180,
caput, 2ª parte/CP).
16 - letra C. O crime estará consumado com a ocorrência da vantagem do agente e o prejuízo de terceiro. Se
não houver o prejuízo, haverá apenas tentativa do crime. A reparação do dano, a restituição e a apreensão do
objeto material, excluindo ou reduzindo o prejuízo da vítima, não excluem o delito e nem levam à forma
privilegiada (art. 171, §1º/CP). Será qualificado o crime cometido em detrimento de entidade de direito
público (§3º).

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17 - letra B. O ânimo de lucro não é essencial à existência do crime, e sim à destruição ou inutilização do
objeto pelo agente. O crime só é punível a título de dolo. Admite-se a tentativa (ex.: o sujeito erra o alvo na
conduta de abater a tiro um animal de propriedade alheia).
18 - letra A. No crime de usurpação de águas as águas podem ser públicas ou particulares. As águas públicas
estão reguladas no Código de Águas (Dec. Nº 24.643/34).
19 - letra D. O latrocínio, roubo seguido de morte, é crime hediondo nos termos do art. 1º, da Lei nº
8.072/90. Se o crime é praticado contra menor de 14 anos, alienado mental ou pessoa que se encontra
impossibilitada de oferecer resistência, a pena é agravada da metade. No tocante ao resultado - morte - o
sujeito pode agir dolosa ou culposamente, configurando o delito.
20 - letra A. No furto, a fraude ilude a vigilância do ofendido, que, por isso, não tem conhecimento de que o
objeto material está saindo da esfera de seu patrimônio e ingressando na disponibilidade do sujeito ativo. No
estelionato, a fraude visa permitir que a vítima incida em erro e, por isso, despoje voluntariamente de seu
bem, tendo consciência de que este está ingressando na esfera de disponibilidade do autor. E por ser
necessário para caracterizar o crime de furto, a figura do ânimo de apossamento definitivo, o furto de uso
não constitui crime para o Código Penal vigente.

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
O crime hediondo é um dos atos passíveis de punição que possui tratamento mais severo pela Justiça, assim
como crimes de tortura, tráfico de entorpecentes e drogas afins e terrorismo. Após condenação, os envolvidos
deixam de ter direito a pagamento de fiança, anistia, graça e indulto, de acordo com a Lei 8072 de 25 de julho
de 1990, sancionada pelo então presidente Fernando Collor. “A anistia, a graça e o indulto são benefícios, isto
é, espécies de indulgência ou clemência concedidas pelo Estado ao réu”, explica Paula Micheletto Cometti,
juíza de direito do Estado de São Paulo.
Anistia é o esquecimento jurídico de uma infração penal, ou seja, o Estado renuncia o direito de punir.
Caso o anistiado cometa um novo delito, ele não será considerado reincidente.
Graça e indulto são benefícios de perdão concedidos pelo Presidente da República, que pode delegá-los aos
ministros do Estado, ao procurador-geral da República ou ao advogado geral da União.
A diferença é que a graça é concedida individualmente e o indulto tem caráter coletivo.
A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado. Anteriormente a Lei dos Crimes Hediondos previa
que a pena deveria ser cumprida integralmente em regime fechado, mas o Supremo Tribunal Federal
reconheceu a inconstitucionalidade deste dispositivo e posteriormente a Lei 11.464/2007 mudou a redação,
passando a permitir a progressão de regime.
A progressão de regime (passagem do condenado de um regime mais rigoroso para outro mais leve como a
semiliberdade) será possível após o cumprimento de 2/5 da pena, se o réu for primário, e de 3/5, se reincidente.
A regra geral para outros crimes prevê que essa mudança de regime só pode ser realizada após o condenado
ter completado um sexto da pena. A liberdade condicional somente será concedida se o condenado, não
reincidente, cumprir mais de 2/3 da pena.
A regra geral para a possibilidade de concessão do livramento condicional é de 1/3 se o condenado não for
reincidente e desde que tenha bons antecedentes. Fica a critério do juiz decidir se o condenado poderá apelar
da sentença em liberdade.
O período de reclusão varia de acordo com a complexidade do crime.
São considerados crimes hediondos:
Homicídio quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente,
e homicídio qualificado;
Latrocínio (roubo seguido de morte);
Extorsão qualificada pela morte;
Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada;
Estupro/estupro de vulnerável;
Epidemia com resultado de morte, ou seja, propagação de vírus que cause epidemia e resulte na morte de
pessoas;
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais;
Genocídio, tentado ou consumado;
Exploração sexual infantil (Lei sancionada pela Presidenta Dilma Roussef em 21 de maio de 23014)

1 . (TRF-4ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Com relação aos crimes hediondos, é
INCORRETO afirmar que:
A) o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá aguardar em liberdade, em caso de sentença
condenatória.
B) os crimes hediondos são insuscetíveis de anistia.
C) os crimes hediondos são insuscetíveis de graça e indulto.
D) o crime de epidemia com resultado morte não é considerado crime hediondo.
E) a pena pela prática de crime hediondo será cumprida integralmente em regime fechado.

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

2 . (OAB-SP, Cespe - Exame de Ordem - 2008) Assinale a opção correta com relação aos crimes de
estupro e atentado violento ao pudor.
A) O crime de estupro, quando cometido em sua forma simples, só se enquadra na definição legal de crime
hediondo, se dele resultar lesão corporal de natureza grave ou morte da vítima.
B) O crime de atentado violento ao pudor com violência presumida não se enquadra na definição legal de
crime hediondo, se dele não resultar lesão corporal de natureza grave ou morte da vítima.
C) O crime de estupro com violência presumida não se enquadra na definição legal de crime hediondo, se dele
não resultar lesão corporal de natureza grave ou morte da vítima.
D) Os crimes de estupro e atentado violento ao pudor, quando cometidos em sua forma simples ou com
violência presumida, enquadram-se na definição legal de crimes hediondos, recebendo essa qualificação ainda
quando deles não resulte lesão corporal de natureza grave ou morte da vítima.
E) N.R.A.

3 . (OAB - Exame de Ordem - 2008) Acerca dos crimes hediondos, assinale a opção correta.
A) O rol dos crimes enumerados na Lei n.º 8.072/1990 não é taxativo.
B) É possível o relaxamento da prisão por excesso de prazo.
C) O prazo da prisão temporária em caso de homicídio qualificado é igual ao de um homicídio simples.
D) Em caso de sentença condenatória, o réu não poderá apelar em liberdade, independentemente de
fundamentação do juiz.
E) N.R.A.

4 . (TRF-5ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2008) Considere: I. Extorsão mediante sequestro. II.
Peculato. III. Epidemia com resultado de morte. IV. Moeda falsa. São crimes hediondos os indicados,
APENAS, em
A) II, III e IV.
B) II e III.
C) I e III.
D) III e IV.
E) I, II e III.

5 . Os crimes hediondos são:


A) imprescritíveis, somente.
B) insuscetíveis de graça anistia, admitindo apenas o indulto.
C) inafiançáveis e insuscetíveis de anistia, admitindo a 1 graça e o indulto.
D) imprescritíveis, insuscetíveis de graça, anistia e indulto, além de inafiançáveis.
E) inafiançáveis, e insuscetíveis de graça, anistia e indulto

6 . Qual o prazo da prisão temporária para os crimes hediondos?


A) 5 dias, improrrogável.
B) 5 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
C) 15 dias, improrrogável.
D) 30 dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade.
E) 30 dias, improrrogável.

7 . Nos crimes hediondos para o condenado obter o livramento condicional, além de preencher alguns
requisitos previstos no artigo 83 do Código Penal, qual o tempo mínimo de cumprimento da pena?
A) mais de 1/3 se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes.
B) mais de 1/2 se o condenado for reincidente em crime doloso.
C) mais de 1/2 se o condenado não for reincidente específico em crime desta natureza.
D) mais de 2/3 se o condenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.
E) mais de 2/3 se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes.
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

8 . O participante e o associado que denunciar o bando ou quadrilha, possibilitando o seu


desmantelamento, nos casos de crimes hediondos, será beneficiado da seguinte forma:
A) não há nenhuma previsão na lei que dispõe sobre os crimes hediondos (Lei 8.072/90), porém será
beneficiado de acordo com o disposto no Código Penal, como atenuante genérica.
B) terá a pena reduzida em 1/2.
C) terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
D) terá a pena reduzida de 1/2 a 2/3.
E) terá a pena reduzida a 1/3.

9 . Com relação aos crimes hediondos:


I. Em caso de sentença condenatória, o juiz não poderá conceder ao réu o direito de apelar em
liberdade, em razão de que a própria lei proíbe a concessão da liberdade provisória.
II. Somente a mulher poderá ser sujeito passivo do crime hediondo de estupro.
III. Somente a mulher poderá ser sujeito passivo do crime hediondo de atentado violento ao pudor.
IV. Somente o homem poderá responder como sujeito ativo do crime hediondo de estupro, não se
admitindo que a mulher figure como partícipe.

a) As alternativas I, II e IV estão corretas.


b) Somente a alternativa II está correta.
c) Todas as alternativas estão corretas.
d) Somente a alternativa III está incorreta.
e) As alternativas I e II estão corretas.

10 . (TJ-PR - Contador - 2005) Acerca dos crimes hediondos (Lei 8.072/90), é correto afirmar que:
A) deve o juiz, de acordo com as circunstâncias do caso concreto, estabelecer se o crime, em tese, é ou
não é hediondo, independentemente de estar previsto na lei como tal.
B) a Lei 8.072/90 abrange também os delitos militares.
C) a proibição de liberdade provisória, nos processos por crimes hediondos, não veda o relaxamento de
prisão.
D) cumprida mais da metade da pena, o juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado por
crime hediondo, a pena privativa de liberdade igual ou superior a dois anos.
E) tem direito ao benefício da delação eficaz ou premiada o agente que, praticando o crime de extorsão
mediante sequestro em concurso, denuncia o coautor à autoridade, ainda que o sequestrado não seja
libertado.

GABARITO
1-D
2-D
3-B
4-C
5-E
6-D
7-D
8–C
9-B
10 - C

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 Website protegido por leis de direitos autorais. Registrado perante a Biblioteca Nacional,n.º 641.675, livro 1.233 f. 417.
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

Penas são sanções impostas pelo Estado contra pessoa que praticou alguma infração penal.
1. Espécies de penas (art. 32 - Código Penal - CP)
1.1.Penas privativas de liberdade (arts. 33 e seguintes - CP): previstas em abstrato nos respectivos tipos
penais, devem ser aplicadas diretamente.
Tipos:
a) Reclusão: cumprimento da pena em regime fechado, semiaberto ou aberto;
b) Detenção: cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto, exceto quando houver necessidade de
transferência a regime fechado;
c) Prisão Simples: cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto, apenas para os casos de
contravenção penal.
1.1.2.Regimes: são impostos segundo as regras do art. 33, §2º, do CP, que determina o regime inicial
conforme o mérito do condenado, observando-se também a quantidade de pena imposta e a reincidência.
a) Fechado (art. 33, §1º, "a" - CP): consiste no cumprimento da pena em estabelecimento de segurança
máxima ou média;

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
b) Semiaberto (art. 33, §1º, "b" - CP): consiste no cumprimento da pena em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar;
c) Aberto (art. 33, §1º, "c" - CP): consiste no cumprimento da pena em casa de albergado ou
estabelecimento adequado.
 Regime especial (art. 37 do CP): consiste no cumprimento da pena por mulheres em
estabelecimento próprio e adequado às suas necessidades, conforme distinção de estabelecimento,
neste caso quanto ao sexo, exigido na Constituição Federal em seu art. 5º, XLVIII.
1.1.3.Progressão: é uma regra prevista no artigo 33, §2º, do CP, em que as penas privativas de liberdade
devem ser executadas progressivamente, ou seja, o condenado passará de um regime mais severo para um
mais brando de forma gradativa, conforme o preenchimento dos requisitos legais, que são: cumprimento de
1/6 da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento (art. 112, caput - Lei de Execuções Penais).
Cumpre ressaltar que a progressão será sempre de um regime mais severo para o menos severo subsequente,
sendo vedado, portanto, em nosso ordenamento jurídico pátrio, a progressão per saltum.
- Requisitos da progressão
 Regime fechado para o Regime semiaberto:
a) cumprir, no mínimo, 1/6 da pena imposta ou do total de penas;
b) demonstrar bom comportamento.
 Regime semiaberto para o Regime aberto:
a) cumprir 1/6 do restante da pena (se iniciado em regime fechado) / cumprir 1/6 do total da pena (se
iniciado em regime semiaberto);
b) aceitar o programa da prisão-albergue e condições impostas pelo juiz;
c) estiver trabalhando ou comprovar possibilidade de fazê-lo imediatamente;
d) apresentar indícios de que irá ajustar-se ao novo regime, por meio dos seus antecedentes ou exames a que
tenha sido submetido.
Observação: conforme os § §1º e 2º do art. 2º da nova lei de crimes hediondos (Lei nº 11.464/07), no caso
de condenação por crime hediondo ou equiparado, o cumprimento da pena iniciará será sempre em regime
fechado e a progressão para regime menos rigoroso está condicionada ao cumprimento de 2/5 da pena se o
condenado for réu primário ou 3/5, se for reincidente. Exemplos: um réu primário, condenado a cumprir
pena de 14 anos, terá a possibilidade da progressão da pena após cumprir 5 anos e 6 meses (14=1/5 >
14/5 > 2,8 > 2,8 * 2 > 5,6 > 2/5 = 5,6); um réu reincidente, condenado a cumprir pena de 14
anos, terá a possibilidade da progressão da pena após cumprir 8 anos e 4 meses (14=1/5 > 14/5 > 2,8
> 2,8 * 3> 8,4 > 3/5 = 8,4).
1.1.4.Regressão: oposto da progressão, é uma regra prevista no art. 118 da LEP, que transfere o condenado
de um regime para outro mais rigoroso.
Em contrapartida do que ocorre com a progressão, é a admitida a regressão per saltum, ou seja, o condenado
pode ser transferido do regime aberto para o fechado, independente de passar anteriormente pelo regime
semiaberto.
Hipóteses
a) praticar fato definido como crime doloso;
b) praticar falta grave;
c) sofrer nova condenação, cuja soma com a pena em execução impossibilita o cabimento do regime atual.
Regressão de regime condenado pode passar para qualquer um dos regimes mais rigorosos, a chamada
regressão de regime, caso pratique uma das seguintes hipóteses:
- fato definido como crime doloso (para que seja decretada a regressão não é necessária a condenação
transitada em julgado, basta a prática do delito)
- falta grave, como fuga, participação em rebelião, posse de instrumento capaz de lesionar pessoas,
descumprimento das obrigações, entre outras
- nova condenação, cuja soma com a pena anterior torna incabível o regime atual
- no regime aberto, quando o sentenciado frustrar os fins da execução (parar de trabalhar, não comparecer à
prisão-albergue, entre outros) ou se, podendo, não pagar a pena de multa cumulativamente imposta.

A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
1.1.5.Direitos do preso (art. 38 - CP): todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade do preso serão
conservados.
1.1.6.Trabalho do preso (art. 39 - CP): será sempre remunerado, conservando-se os benefícios da
Previdência Social.
1.1.7.Remição (art. 126 e ss. - LEP): instituto que estabelece ao condenado a possibilidade de redução da
pena pelo trabalho ou estudo, descontando-se 1 dia de pena a cada 3 dias trabalhados e, em caso de estudo, a
cada 12 horas de frequência escolar, divididas, no mínimo em 3 dias. O juiz poderá revogar até 1/3 do tempo
remido, em caso em falta grave.
1.1.8.Detração (art. 42 - CP): resume-se em abater da pena privativa de liberdade e na medida de segurança
(art. 96 - CP) o tempo de permanência em cárcere durante o processo, em razão de prisão preventiva, em
flagrante, administrativa ou qualquer outra forma de prisão provisória. Desta forma, se alguém foi
condenado a 6 anos e 8 meses e permaneceu preso por 5 meses no decorrer do processo, terá que cumprir
uma pena de 6 anos e 3 meses. A detração pode ser aplicada em qualquer regime. Também é possível sua
aplicação quando a pena for substituída por penas restritivas de direito, já que o tempo de cumprimento
desta pena permanece o mesmo ainda que seja para substituir a pena privativa de liberdade.
1.2.Penas restritivas de direitos (arts. 43 e seguintes - CP): têm caráter substitutivo, sendo aplicadas
posteriormente às penas privativas de liberdade, desde que presentes os requisitos legais para tanto.
Classificação:
a) prestação pecuniária (art. 45, §1º - CP): conforme sua previsão legal consiste no pagamento em
dinheiro de valor fixado pelo juiz à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com
destinação social. O juiz também pode, mediante aceitação do beneficiário, substituir a prestação em
dinheiro por prestação de natureza diversa como, por exemplo, entrega de cestas básicas;

b) perda de bens e valores (art. 45, §3º - CP): consiste no confisco de bens e valores (títulos, ações)
pertencentes ao condenado, revertido ao Fundo Penitenciário Nacional, na quantia referente ao
montante do prejuízo causado ou do provento (vantagem financeira) obtido pelo agente ou por
terceiro em consequência do crime praticado, prevalecendo a de maior valor;

c) prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas (art. 46 - CP): consiste na atribuição


de tarefas gratuitas ao condenado junto a entidades sociais, hospitais, orfanatos, escolas e outros
estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais (conforme o §2º deste artigo).
Para haver a concessão da substituição da pena é necessário que o réu tenha sido condenado a
cumprir pena privativa de liberdade superior a 6 meses e, ainda, que as tarefas não prejudiquem sua
jornada normal de trabalho. As tarefas deverão ser estabelecidas de acordo com a aptidão do
condenado e cumpridas em razão de 1 hora por dia;

d) interdição temporária de direitos (art. 47 - CP): as penas de interdição temporária de direitos


consistem em:
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo (art. 47,
I - CP): aplica-se aos crimes praticados no exercício de cargo, função, atividade pública ou mandato eletivo
sempre que infringirem seus respectivos deveres.
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de
licença ou autorização do poder público (art. 47, II - CP): aplica-se aos crimes praticados no exercício de
profissão, atividade e ofício sempre que infringirem seus respectivos deveres.
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo (art. 47, III - CP): aplica-se aos
crimes culposos praticados no trânsito.
IV - proibição de frequentar determinados lugares (art. 47, IV - CP): aplica-se aos lugares onde há
relação entre o crime praticado e a pessoa do agente, com o objetivo de prevenir que este volte a frequentar
respectivo estabelecimento e cometa novo crime.

e) limitação de fim de semana (art. 48 - CP): consiste na obrigação do condenado de permanecer, aos
sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado e,
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
durante a sua permanência, poderão ser ministrados cursos e palestras ou atribuídas atividades
alternativas (art. 48, § único - CP).

1.2.1.Substituição (art. 44, §2º - CP): consiste nas regras necessárias para a substituição de pena privativa
de liberdade por penas restritivas de direitos. Sendo a pena igual ou inferior a 1 ano poderá ser substituída
por multa ou por uma pena restritiva de direitos. Caso a pena inicialmente fixada seja inferior a 6 meses não
poderá ser aplicada a pena de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas (art. 46, caput -
CP).
Se a pena for superior a 1 ano, ela poderá ser substituída por pena restritiva de direitos e multa ou duas penas
restritivas de direitos.

1.2.2.Conversão de penas restritivas de direitos em privativas de liberdade (art. 44, §4º - CP): consiste
na perda do benefício que foi concedido ao condenado quando houver o descumprimento injustificado das
condições impostas pelo juiz da condenação. Desta forma, a pena restritiva de direitos retornará à sua pena
original, a pena privativa de liberdade. Deve-se lembrar que, "no cálculo da pena privativa de liberdade a
executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta
dias de detenção ou reclusão" (art, 44, §4º, do CP).

1.3.Penas de multa (ou pecuniárias) (arts. 49 e seguintes - CP): conforme o caput, 1ª parte, do artigo 49 do
CP, a pena de multa "consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e
calculada em dias-multa".

1.3.1.Cálculo do valor da multa: o valor do dia-multa não pode ser inferior a 1/30 (um trigésimo) do maior
salário mínimo mensal vigente na época do fato, nem superior a 05 (cinco) vezes este valor. Eis um exemplo
prático do cálculo:
Valor do maior salário mínimo mensal vigente = R$ 330,00
 Valor mínimo de dia-multa = 1/30 => 330/30 => R$ 11,00
 Valor máximo de dia-multa = 5x330 => R$ 1.650,00
Desta forma, o valor de dia-multa a ser fixado pelo juiz deverá ser no mínimo 12 (doze) reais e no
máximo 1.800 (mil e oitocentos) reais. Se o mínimo de dias-multa corresponde a 10 (dez) dias e o
máximo 360 (trezentos e sessenta), obtém-se o valor total da multa fazendo o seguinte cálculo:
 X (dias-multa) multiplicado por Y (valor do dia-multa fixado pelo juiz) = Total da pena de dias-
multa.

1.3.2.Pagamento da multa (art. 50 - CP): após 10 (dez) dias da sentença condenatória transitar em julgado,
o réu deverá iniciar o pagamento da multa. A cobrança da multa poderá ser efetuada por meio de desconto
no vencimento ou salário do condenado em três hipóteses: 1ª) quando a pena for aplicada isoladamente; 2ª)
quando a pena for aplicada cumulativamente com uma pena restritiva de direitos; 3ª) quando for concedida a
suspensão condicional da pena. Estas hipóteses serão possíveis, desde que o desconto não incida sobre os
recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família, conforme o §2º do art. 50 do CP.

1.3.3.Fixação da pena de multa: para estabelecer o número de dias-multa, que será no mínimo de 10 dias e
no máximo de 360 dias (art. 49, caput, 2ª parte - CP), o juiz deverá observar a culpabilidade do agente,
conforme o critério previsto nos arts. 59, caput e 68, caput, ambos do CP. Para a fixação do valor do dia-
multa o juiz deverá analisar a situação econômica do condenado (art. 60 - CP).

Referência bibliográfica
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal: Parte Geral - 12ª edição - Editora Saraiva - 2006;
NUCCI, Gulherme de Souza. Manual de Direito Penal: Parte Geral/Parte Especial - 2ª edição revista, atualizada e
ampliada – Editora RT – 2006;
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal: Parte Geral - 21ª edição - Editora Atlas - 2004.
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 (livros
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

O princípio da individualização da pena está positivado no artigo 5°, XLVI da CF.


Em linhas gerais, essa norma determina que as sanções impostas aos infratores devem ser personalizadas e
particularizadas de acordo com a natureza e as circunstâncias dos delitos e à luz das características pessoais
do infrator. Assim, as penas devem ser justas e proporcionais, vedado qualquer tipo de padronização.
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morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais)
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morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais)
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morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais)
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ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS
elementares: são componentes fundamentais da figura típica sem os quais o crime não existe.
circunstâncias: são todos os dados acessórios da figura típica, cuja ausência não a elimina, ou
seja, inexistente uma circunstância, o crime continua existindo. Influenciam na aplicação da
pena.

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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais) Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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905146573 para a classe 16. Biblioteca Nacional n 2012/RJ/ 19521-641.675, livro 1233 folha 417. Website protegido por leis de direitos autorais.
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE EU DESENHE?

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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para a classe 41 e
905146573 para a classe 16. Biblioteca Nacional n 2012/RJ/ 19521-641.675, livro 1233 folha 417. Website protegido por leis de direitos autorais.
Assessoria jurídica Thiago Koutchin OAB/MS 14707 – contato thiagok.rosavitoriano@hotmail.com.
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE EU DESENHE?
Aspecto material (muito mais ligado a justo ou injusto – ao direito natural. Vida, liberdade, igualdade...):
todo fato humano que propositada ou descuidadamente lesa ou expõe a perigo um bem jurídico considerado
fundamental para a sociedade (a vida é um bem jurídico).
Um convite de casamento de forma material é a expressão da vontade. É um amigo encontrar no bar e falar
que vai casar e que quer você lá.
Aspecto formal ou analítico (analisa... é mais especifico): é aquele que busca sob a ótica jurídica estabelecer
os elementos estruturais do crime, assim, o interprete, de forma mais exata analisa por etapas o fato para
definir se houve ou não crime. Formalmente, crime é fato típico e antijurídico.
Enxergar O crime pelos seus elementos.
Análise dos caracteres:
Crime é um fato (um contexto inteiro, nunca um ato isolado) ao qual se agregam várias características.
Existem duas correntes para definir quais são os caracteres do crime. A clássica e a finalista.
Clássica – crime é fato típico, ilícito e culpável. (Teoria tripartida), se falta um desses caracteres não é crime.
Para essa teoria, o dolo e a culpa estão na culpabilidade. (imputabilidade, potencial...).
Finalista – crime é fato típico e ilícito; a culpabilidade é um mero pressuposto de aplicação da pena. (Teoria
bipartida). Foi adotada pelo código, segundo a maioria dos doutrinadores, com a lei 7209/84 (essa lei mudou
toda a parte geral do código)
Exemplo: O doente mental pegou uma faca, enfiou na barriga de outrem e matou a vitima.

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
ERRO DE TIPO X ERRO DE PROIBIÇÃO

ERRO DE TIPO - Ocorre quando o agente pratica uma conduta ilícita, que por erro, acredita ser lícita. O
erro incide sobre o dolo, vale dizer, sobre a vontade livre e consciente de praticar o crime, ou assumir o risco
de produzi-lo (dolo direto e eventual, respectivamente)
|_ se inevitável - isenta de pena, exclui dolo e culpa
|_ se evitável - exclui o dolo mas permite a punição por crime culposo se houver previsão, poderá diminuir a
pena de 1/6 a 1/3.

Art. 21, caput, CP: "O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável,
isenta de pena; se evitável, poderá diminuir a pena de um sexto a um terço".

Erro sobre a pessoa: o agente confunde a vítima com 3º (responde como se tivesse atingido a vítima
pretendida)
Erro na execução: por acidente ou erro na execução atinge pessoa não pretendida (responde igual ao erro
sobre a pessoa). Se também for atingida a pessoa pretendida = aplica-se o concurso formal perfeito (pena por
exasperação)
Estado de necessidade putativo - o agente supõe a existência de perigo que na realidade não existe.
|_ se escusável (desculpável) - excluí o dolo e a culpa
|_ se inescusável (indesculpável) - o agente responde pela modalidade culposa do crime, desde que prevista.

Artigo 20, § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de
culpa e o fato é punível como crime culposo.

Diferentemente do estado de necessidade por coação, que é causa de exclusão da culpabilidade na forma de
coação irresistível (artigo 22), o estado de necessidade putativo é uma discriminante putativa excludente do
dolo.

Legítima defesa putativa - ocorre quando o agente, por erro, supõe estar sendo agredido e a repele. Nesse
caso ocorre uma hipótese de exclusão da culpabilidade.
Não é possível ocorrer legítima defesa contra legítima defesa ou contra outra excludente de ilicitude, pois a
agressão não pode ser injusta, ao mesmo tempo, para duas partes distintas e opostas.
É possível, no entanto, haver legítima defesa real contra legítima defesa putativa ou contra outra excludente
putativa. Isso porque a legítima defesa real é reação contra agressão verdadeiramente injusta e a chamada
legítima defesa putativa é uma reação a uma agressão imaginária. No primeiro caso exclui-se a
antijuridicidade; no segundo, afasta-se a culpabilidade.

A excludente da obediência hierárquica é uma variante do erro de proibição, uma vez que a conduta do
subordinado dá-se em razão do seu desconhecimento da ilegalidade.

“Quando a ordem for ilegal, mas não manifestamente, o subordinado que a cumpre não agirá com
culpabilidade, por ter avaliado incorretamente a ordem recebida, incorrendo numa espécie de erro de
proibição.” (BITENCOURT, 2003, p. 316)

Nos crimes permanentes e habituais não se admite acolher a tese do estado de necessidade, já que este exige
a inevitabilidade da conduta, sendo então uma situação de instantaneidade do fato.

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
INTERVENÇÕES MÉDICAS E CIRÚRGICAS
Apontam-se como exercício regular de direito as intervenções médicas e cirúrgicas, por se tratar de
atividades autorizadas pelo Estado, que reconhece, estimula, organiza e fiscaliza a profissão médica. Para
que exista o exercício regular de direito é indispensável o consentimento do paciente ou de seu representante
legal. Inexistente este, poderá haver o estado de necessidade em favor de terceiro (o próprio paciente).

Questão CESPE:
Erro de pessoa é o mesmo que erro na execução ou aberratio ictus.
FALSA -
Erro sobre a pessoa (error in persona) - ocorre quando o agente atinge pessoa diversa da pretendida. O dolo
que o agente possuía em relação a vítima pretendida, bem como as condições e as qualidades dessas serão
todos considerados. — art. 20, § 3°, CP..
Erro na execução (aberratio ictus) - É a aberração no ataque ou desvio do golpe. Faz-se presente quando o
sujeito pretende atingir determinada pessoa e vem a ofender outra. Aqui o agente não se engana quanto à
vítima, mas, por erro, atinge outra pessoa. O agente, também, responde como se tivesse praticado o crime
contra a vítima pretendida (art. 73, CP).

ERRO DE TIPO X ERRO DE PROIBIÇÃO


O ERRO DE TIPO está no artigo 20, "caput", do Código Penal.
Ocorre, no caso concreto, quando o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo; imagina estar
praticando uma conduta lícita, quando na verdade, está a praticar uma conduta ilícita, mas que por erro,
acredite ser inteiramente lícita.
O erro sobre o fato típico diz respeito ao elemento cognitivo, o dolo, vale dizer, a vontade livre e consciente
de praticar o crime, ou assumir o risco de produzi-lo.

O ERRO DE PROIBIÇÃO está disposto no artigo 21, caput, CP:


"O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se
evitável, poderá diminuir a pena de um sexto a um terço".
É de suma importância que neste instante já tenhamos uma ideia exata da distinção entre a ignorância da lei
e ausência de conhecimento da ilicitude. Faz-se nodal se ter em mente que o que se exige não é uma
consciência induvidosa da ilicitude, pois se assim o fosse, somente os sábios operadores do direito a teriam,
o que se exige é uma potencial consciência (ou como afirmava Mezger: "Violação Paralela do Profano"),
que decorre necessariamente do conjunto de valores éticos e morais de cada indivíduo.

EXEMPLOS:
a) Contrair casamento com pessoa casada, insciente do matrimônio anterior válido. O casamento anterior
válido é elementar do subtipo do crime de bigamia previsto no art. 235,§ 1º. Ao praticar o fato (contrair
casamento) o sujeito supõe a inexistência do elemento típico.
b) Tirar a coisa alheia, supondo-a própria. O agente não responde por crime de furto, uma vez que supôs
inexistente no fato praticado a elementar alheia contida na descrição do crime de furto (art. 155, caput).
c) Um caçador, no meio da mata, dispara sua arma sobre um objeto escuro, supondo tratar-se de um animal,
e atinge um fazendeiro;
d) Uma pessoa aplica sobre ferimento do filho ácido corrosivo, pensando que está utilizando uma pomada.

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1 - ( EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz )
Sobre as leis que regulam as armas de fogo no Brasil, é CORRETO afirmar:
a) Aquele que deixa de observar as cautelas necessárias e permite que menor de 18 (dezoito) anos se apodere
de arma de fogo de sua posse ou propriedade não pode ser punido, eis que os crimes previstos no Estatuto do
Desarmamento só admitem o dolo como elemento subjetivo do tipo.
b) O agente que mantém em sua residência arma de fogo de uso permitido, sem o devido registro em seu
nome, incorre no delito de porte ilegal de arma, previsto no art. 14 da Lei n. 10.826, de 22 dezembro de
2003..
c) A fim de verificar a classificação e a definição de armas de fogo, deve-se consultar a parte final do
Estatuto do Desarmamento, eis que, em suas Disposições Gerais, consta o rol de armamentos restritos,
permitidos e proibidos.
d) A lei expressamente consagra a proibição de porte de arma de fogo em todo o território nacional,
ressalvadas algumas hipóteses específicas, como os integrantes das Forças Armadas e as empresas de
segurança privada e de transporte de valores, os quais poderão portar armas de fogo, desde que obedecidos
os requisitos legais e regulamentares.

2 - ( CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia)


Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), assinale a opção
correta.
a) Será aplicada multa à empresa de produção ou comércio de armamentos que realizar publicidade para
venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.
b) Durante o prazo de que a população dispõe para entregá-la à Polícia Federal, o delito de posse de arma de
fogo foi claramente abolido pela referida norma.
c) É amplamente admissível a consideração da arma desmuniciada como majorante no delito de roubo,
porquanto, ainda que desprovida de potencialidade lesiva, sua utilização é capaz de produzir temor maior à
vítima.
d) A utilização de arma de brinquedo durante um assalto acarreta a majoração, de um terço até metade, da
pena eventualmente aplicada ao criminoso.
e) É permitido o porte de arma de fogo aos integrantes das guardas municipais dos municípios com mais de
cinquenta mil e menos de quinhentos mil habitantes, mesmo fora de serviço.

3 - ( MPE-PR - 2008 - Promotor de Justiça)


Analise as proposições seguintes e, na seqüência, assinale a opção correta:

I. Constitui figura equiparada ao crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e, portanto,
com as mesmas penas, a conduta de portar arma de fogo com numeração adulterada, independentemente do
agente ter sido, ou não, também o responsável pela mencionada alteração.

II. A responsabilidade objetiva e a inversão do ônus da prova são institutos albergados para a caracterização
dos crimes previstos no Código de Defesa do Consumidor.

III. O crime de dispensa ou de inexigibilidade de licitação, previsto no artigo 89 Lei Federal nº 8.666/93, não
pode ter como sujeito ativo servidor público municipal, eis que se trata de norma penal em branco que
reclama norma jurídica complementadora – com a possibilidade, portanto, de se constituir em regra de
âmbito municipal e oriunda de ente federativo que não detém competência constitucional para legislar sobre
direito penal.

IV. A Lei Federal nº 9.034/95 – que dispõe sobre a utilização de meios operacionais para a prevenção e
repressão de ações praticadas por organizações criminosas – define expressamente organizações criminosas
e associações criminosas, mediante a indicação taxativa dos crimes por elas praticados.

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V. A Lei Federal nº 11.340/07 (que versa sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher) tornou
expressamente insuscetível de liberdade provisória a prática dos crimes nela estabelecidos.

a) todas as alternativas estão incorretas.


b) as alternativas I, IV e V estão incorretas.
c) somente a alternativa I está correta.
d) as alternativas I e III estão corretas.
e) somente as alternativas II, III e V estão incorretas.

4 -( MPE-SP - 2010 - MPE-SP - Promotor de Justiça ) Assinale a alternativa correta:


a) constitui causa de aumento de pena, nos crimes de disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo,
sua prática por parte de integrantes das empresas de segurança privada e de transporte de valores.
b) o crime de omissão de cautela (art. 13 da Lei nº 10.826/03 – Lei do Desarmamento) sujeita o autor às
penas de um a dois anos de detenção, na hipótese de deixar de observar as cautelas necessárias para impedir
que qualquer cidadão se apodere de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua posse ou que
sejam de sua propriedade.
c) o crime de posse irregular de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/03) não distingue, no seu
apenamento, se a arma, acessório ou munição são de uso permitido ou restrito.
d) com o advento da Lei nº 10.826/03, a contravenção de porte ilegal de arma, prevista no art. 19 da Lei das
Contravenções Penais, passou a ter como objeto apenas munições em geral e armas brancas.
e) acionar munição em lugar habitado ou em via pública, desde que essa conduta não tenha como finalidade
a prática de outro crime, constitui a contravenção penal descrita no art. 28 da Lei das Contravenções Penais.

5 - ( CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia)


Com relação à legislação especial, julgue o item que se segue.
De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o simples fato de portar arma de fogo de uso
permitido com numeração raspada viola o previsto no art. 16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito
de mera conduta ou de perigo abstrato, cujo objeto imediato é a segurança coletiva.
( ) Certo ( ) Errado

6 - ( TJ-DFT - 2007 - Juiz )


Assinale a alternativa correta:
a) Por ser mais benéfica ao sujeito, aplica-se a lei que vigorava ao tempo em que o mesmo mantinha dentro
de seu domicílio arma de fogo sem registro, se após a entrada em vigor da nova Lei n. 10.826/2003 o mesmo
continuou a mantê-la ilegalmente.
b) Com a entrada em vigor da Lei n. 10.826/2003, nem todos os delitos nela previstos tiveram eficácia no
prazo que a mesma fixou, ou seja, após cento e oitenta dias, pois dependiam de regulamentação. Em que
pese isso, ainda que não ocorrida aludida regulamentação, não se pode ter por presumida a ausência de dolo,
ou seja, a boa-fé, considerando-se a inexistência de fato típico, se o fato se deu antes do decurso do citado
prazo.
c) Considerando a reabertura, com o advento da Lei 10.826/2003, para a regularização ou destruição da
arma de fogo possuída ilegalmente, foram beneficiados pela abolitio criminis, em razão da aplicação
retroativa do estatuto, aqueles sujeitos que, na vigência da Lei n. 9.437/97, já tinham sido flagrados com a
arma de fogo sem registro e estavam sendo investigados em inquérito policial.
d) As condutas consistentes em possuir ou manter sob sua guarda acessório ou munição de uso permitido
não constituem novas figuras incriminadoras, de forma que a Lei n. 10.826/2003 não pode ser considerada
novatio legis incriminadora, podendo, portanto, retroagir para alcançar fatos ocorridos antes de sua vigência.

7 - ( FCC - 2010 - MPE-RS - Secretário de Diligências)

A reprodução do material disponibilizado neste blog é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e
morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais) Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
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Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304
Em relação aos crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei n° 10.826/2003), é INCORRETO
afirmar que será
a) punido o comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição.
b) punida a omissão de cautela.
c) punida a posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
d) punida a posse ou porte legal de arma de fogo de uso restrito.
e) punido o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

8 - ( UPENET - 2010 - PE - Agente Penitenciário )


Assinale a alternativa CORRETA.
a) O registro de arma de fogo e a expedição do porte de arma respectivo são de competência do Poder
Executivo estadual.
b) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido é afiançável pela Autoridade Judiciária.
c) O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido não se consome, se a arma estiver
desmuniciada.
d) O crime de omissão de cautela é de ação penal pública condicionada à representação do ofendido.
e) As alternativas "B" e "C" estão corretas.

9 - ( CESPE - 2009 - PC-RN - Delegado de Polícia)


Em 17/2/2005, Vitor foi surpreendido, em atitude suspeita, dentro de um veículo estacionado na via
pública, por policiais militares, que lograram êxito em encontrar em poder do mesmo duas armas de
fogo, sem autorização e em desacordo com determinação legal, as quais eram de sua propriedade,
sendo um revólver Taurus, calibre 38, com numeração de série raspada, e uma garrucha, marca
Rossi, calibre 22.
De acordo com a situação hipotética acima, com o Estatuto do Desarmamento e com a jurisprudência
do STF, assinale a opção correta.
a) Vitor praticou a conduta de portar arma de fogo com numeração suprimida.
b) A conduta de ser proprietário de arma de fogo não foi abolida, temporariamente, pelo Estatuto do
Desarmamento.
c) A posse pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou local de trabalho.
d) Vitor praticou a conduta de possuir arma de fogo.
e) A conduta de portar arma de fogo foi abolida, temporariamente, pelo Estatuto do Desarmamento.

10 - ( VUNESP - 2010 - MPE-SP - Analista de Promotoria I) Levando-se em consideração,


exclusivamente, os tipos penais da Lei n.º 10.826/03, conhecida como Estatuto do Desarmamento,
aquele que é o responsável legal pela empresa e, em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, possui arma de fogo de uso permitido no seu local de trabalho,
a) comete, em tese, o crime de omissão de cautela.
b) não comete crime algum, mas mera infração administrativa.
c) comete, em tese, o crime de posse ilegal de arma de fogo ou simulacro.
d) comete, em tese, o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
e) comete, em tese, o crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

GABARITOS:
1 - D 2 - A 3 - C 4 - A 5 - C 6 - B 7 - D 8 - E 9 - A 10 - E

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EXCESSO PUNÍVEL
Art. 23, parágrafo único do CP.
"Não há crime quando o agente pratica o fato:
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou
culposo"
Cabe em quaisquer das quatro excludentes.
É a intensificação desnecessária a uma ação inicialmente justificada.
Como excesso punível, só existem duas espécies:
a) Doloso – a intensificação desnecessária é consciente e proposital. A conseqüência jurídica é que o agente
será responsabilizado pelo crime doloso que praticou.
b) Culposo – a intensificação desnecessária emana de imprudência, negligência ou imperícia. A
conseqüência é que o agente responde pelo crime culposo que cometeu.
Há outras duas espécies de excesso:
a) Causal ou acidental – a intensificação desnecessária emana de caso fortuito e força maior.
b) Exculpante – a intensificação desnecessária advém de perturbação de ânimo, medo ou susto do agente.
Tanto o causa quanto o exculpante, são causas supralegais de exclusão da culpabilidade. Na lei consta
apenas o excesso punível doloso e culposo, essas outras duas espécies são supralegais.

http://videos.verbojuridico2.com/REGULAR/Regular_Direito_Penal_Salim_Culpabilidade_Aula2_21-05-
09_Parte1_finalizado_ead.pdf

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

1
EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE
A culpabilidade é a reprovabilidade da conduta típica e antijurídica; é a possibilidade de se
atribuir a alguém a responsabilidade por algum fato.
Toda pena supõe culpabilidade, de modo que não pode ser castigado aquele que atua sem
culpabilidade. A dosagem da pena será no limite da culpabilidade
Só há culpabilidade se o sujeito, de acordo com suas condições psíquicas: a) podia estruturar sua
consciência e vontade de acordo com o direito (imputabilidade); b) estava em condições de
poder compreender a ilicitude de sua conduta (possibilidade de conhecimento da ilicitude), e; c)
Se era possível exigir, nas circunstancias, conduta diferente daquela do agente (exigibilidade de
conduta diversa).

EXCLUDENTE DE ILICITUDE
A Ilicitude representa tudo aquilo que é contrário ao direito, à lei. Assim, tudo aquilo que a lei proíbe é
ilícito.
Nesse mesmo sentido, podemos dizer que todo crime é ilícito, pois é contrário à forma como a lei nos instrui
a se comportar.
Entrementes, apesar de todo crime, a priori, ser considerado um ato ilícito, haverá situações em que mesmo
cometendo um crime, isto é, praticando uma conduta expressamente proibida pela lei, a conduta do agente
não será considerada ilícita.
É o que denominamos de "excludentes da ilicitude". Essas causas são previstas expressamente em nosso
ordenamento jurídico, no Código Penal em seu artigo 23, tendo o poder de isentar um indivíduo da ilicitude
de um fato, quando o pratica sob determinadas circunstâncias.
São quatro as causas excludentes da ilicitude, a saber: estado de necessidade, legítima defesa, estrito
cumprimento de dever legal ou exercício regular de direito.
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?

O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO É EXCLUDENTE DE ILICITUDE?


Estamos falando das causas legais (que estão descritas no código).
O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO é uma causa SUPRALEGAL, ou seja, leva em
consideração as normas culturais para determinar se houve ou não crime.
Sabemos que o direito escrito não esgota todas as possibilidades da conduta social, então para
decidirmos se um fato é ilícito ou não devemos observar as normas culturais da sociedade.
Existe divergência doutrinária a respeito à possibilidade ou não de se admitir as causas
supralegais excludentes de antijuridicidade em nosso Direito Penal, tendo como exemplo o
“consentimento do ofendido”.
De acordo com parte dos doutrinadores, não existe a possibilidade das causas supralegais
excludentes de antijuridicidade (Eugênio Raúl Zaffaronoi, Nélson Hungria e Assis Toledo,
dentre outros), outra parte defende que existe essa possibilidade (CEZAR ROBERTO
BITENCOURT, GUILHERME DE SOUZA NUCCI, ANÍBAL BRUNO, dentre outros.)
De qualquer forma, não é causa LEGAL e sim SUPRALEGAL.

EXCLUDENTE DE TIPICIDADE
A tipicidade (1º substrato do crime) é subdividida em tipicidade formal e material. A tipicidade
formal configura identificação entre a conduta e o descrito na lei. Já a tipicidade material é o real
insulto ao bem jurídico tutelado.
É importante observar essa diferença, vez que a aplicação do Princípio da Insignificância
vislumbra justamente a prática de um ato típico formal, mas materialmente atípico, ou seja, uma
conduta tipificada na lei, mas na qual inexiste relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao
bem jurídico tutelado. 2
Excludentes da tipicidade
1) Coação física (vis corporalis) absoluta (ou irresistível);
2) Aplicação do princípio da insignificância.
Adotada a teoria da tipicidade conglobante (ou seja, sendo a conduta tanto atípica formal como
materialmente), o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do direito passam a
excluir a tipicidade e não a antijuridicidade ou ilicitude.
http://delegadomoreno.blog.com/2011/10/07/excludentes-de-tipicidade/

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
O direito prevê causas que excluem a ilicitude (causas excludentes, justificativas, eximentes ou
descriminantes). São normas permissivas, que segundo o entendimento dado não excluem também a
tipicidade. Mas tendo em vista a teoria dos elementos negativos do tipo, estas normas eliminam aquela. Não
há que se falar fato típico sem a antijuridicidade. A lei penal brasileira em seu artigo 23 adota a expressão
“não há crime” quando o agente pratica a conduta mediante o estado de necessidade, legítima defesa, estrito
cumprimento de dever legal e exercício regular de direito. É importante salientar que as normas permissivas
não estão somente instituídas na Parte Geral do CP, mas também na Parte Especial, v.g., o artigo 128 e 142
(FABBRINI e MIRABETE, 2008).

EXCLUDENTES DE ILICITUDE, CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO ou DESCRIMINANTES


São situações que fazem com que o fato, embora típico, ou seja, amoldado a um modelo legal de conduta
previsto como crime – o tipo penal - não assuma um caráter de contrariedade ao direito.
Artigo 23/CP: excludentes genéricas:
- ESTADO DE NECESSIDADE;
- LEGÍTIMA DEFESA;
- EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO;
- ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL.
IMPORTANTE: que o agente aja com consciência de que está acobertado por uma causa de
justificação.

ESTADO DE NECESSIDADE - artigo 24/CP

Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
10
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º – Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º – Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a
dois terços.

É uma situação de perigo atual de interesses legítimos e protegidos pelo Direito, em que o agente, para
afastá-la e salvar um bem jurídico próprio ou de terceiros, não tem outro meio senão o de lesar o interesse de
outrem, igualmente legítimo.
Trata-se de causa excludente da antijuridicidade. Assim, embora seja típico o fato, não há crime em face da
ausência de ilicitude.
Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por
estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de
outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe
era razoavelmente exigível conduta diversa.
Estado de necessidade, como excludente do crime
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de
perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua
natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente
obrigado a arrostar o perigo.

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LEGÍTIMA DEFESA – artigo 25/CP:


Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

É a repulsa a injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, usando moderadamente os
meios necessários.
Trata-se de causa excludente da antijuridicidade. Assim, embora seja típico o fato, não há crime em face da
ausência de ilicitude.
O Estado, a partir do momento em que chamou a si a responsabilidade de distribuir justiça, aplicando a lei
ao caso concreto, pretendeu terminar com a justiça privada, geradora de inúmeros excessos e incidentes
incontroláveis. Entretanto, não podendo estar, através de seus agentes, em todos os lugares ao mesmo tempo,
deve facultar à pessoa agredida a legítima defesa de seus direitos, pois, caso contrário, o direito deveria
ceder ao injusto, o que é inadmissível.

ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL


Ensina o Professor Guilherme de Souza Nucci, que trata-se da ação praticada em cumprimento de um dever
imposto por lei, penal ou extrapenal, mesmo que cause lesão a um bem juridicamente protegido de terceiros.
Ocorre o estrito cumprimento do dever legal quando a lei, em determinados casos, impõe ao agente um
comportamento. Nessas hipóteses, amparadas pelo artigo 23, III, do Código Penal, embora típica a conduta,
não é ilícita.
Exemplos de estrito cumprimento de dever legal, largamente difundidos na doutrina:
Policial que viola domicílio onde está sendo praticado um delito;
Emprego de força indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga;
Soldado de mata um inimigo no campo de batalha;
Oficial de justiça que viola domicílio para cumprir ordem de despejo, dentre outros.
11
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
Segundo ensina o Professor Guilherme de Souza Nucci, é o desempenho de uma atividade ou a prática de
uma conduta autorizada por lei, que torna lícito um fato típico. Essa excludente da antijuridicidade vem
amparada pelo art. 23, II do Código Penal, que emprega a expressão direto em sentido amplo. A conduta,
nesses casos, embora antiética, não será antijurídica, ilícita.
Exemplos de exercício regular de direito largamente difundidos na doutrina:
Correção de filho pelo pai
Violência esportiva, praticada nos limites da competição
Prisão em flagrante por particular;
Direito de retenção por benfeitorias previsto no Novo Código Civil;
Desforço imediato no esbulho possessório.
Trote acadêmico ou militar;

NÃO EXISTE EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO NO CASO DE ESTUPRO PRATICADO


PELO MARIDO CONTRA A ESPOSA.
CASTIGOS DOS PROFESSORES.

http://www.jefersonbotelho.com.br/2007/06/17/excludentes-de-ilicitude/

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE?
Excludente de culpabilidade (ou exculpantes, ou dirimentes), são aquelas que, uma vez reconhecidas,
isentam de pena o autor de um fato típico e antijurídico.
Estão previstas no artigo 26 do Código Penal.
Inimputáveis

Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Só há culpabilidade se o sujeito, de acordo com suas condições psíquicas: a) podia estruturar sua consciência
e vontade de acordo com o direito (imputabilidade); b) estava em condições de poder compreender a
ilicitude de sua conduta (possibilidade de conhecimento da ilicitude), e; c) Se era possível exigir, nas
circunstancias, conduta diferente daquela do agente (exigibilidade de conduta diversa).

EXERCÍCIOS

1. (FCC, Defensor Públicos, 2012) Em Direito Penal, o erro


A) de tipo, se for invencível, exclui a tipicidade dolosa e a culposa.
B) que recai sobre a existência de situação de fato que justificaria a ação, tornando-a legítima, é tratado pelo
Código Penal como erro de proibição, excluindo-se, pois, a tipicidade da conduta.
C) de tipo exclui o dolo e a culpa grave, mas não a culpa leve.
D) de proibição é irrelevante para o Direito Penal, pois, nos termos do caput do art. 21 do Código Penal, “o
desconhecimento da lei é inescusável”.
E) de proibição exclui a consciência da ilicitude, que, desde o advento da teoria finalista, integra o dolo e a
culpa.

2. (CESPE-UNB, Juiz Substituto – PI, 2012) Assinale a opção correta a respeito da ilicitude e das suas
13
causas de exclusão
A) Considere que Antônio seja agredido por Lucas, de forma injustificável, embora lhe fosse igualmente
possível fugir ou permanecer e defender-se. Nessa situação, como o direito é instrumento de salvaguarda da
paz social, caso Antônio enfrentasse e ferisse gravemente Lucas, ele deveria ser acusado de agir com
excesso doloso.
B) Se a excludente do estrito cumprimento do dever legal for reconhecida em relação a um agente,
necessariamente será reconhecida em relação aos demais coautores, ou partícipes do fato, que tenham
conhecimento da situação justificadora.
C) Considere que, para proteger sua propriedade, Abel tenha instalado uma cerca elétrica oculta no muro de
sua residência e que duas crianças tenham sido eletrocutadas ao tentar pulá-la. Nesse caso, caracteriza-se
exercício regular do direito de forma excessiva, devendo Abel responder por homicídio culposo.
D) Em relação ao estado de necessidade, adota-se no CP a teoria diferenciadora, segundo a qual a
excludente de ilicitude poderá ser reconhecida como justificativa para a prática do fato típico, quando o bem
jurídico sacrificado for de valor menor ou igual ao do bem ameaçado.
E) No que se refere ao terceiro que sofre a ofensa, o estado de necessidade classifica-se em agressivo,
quando a ação é dirigida contra o provocador dos fatos, e defensivo, quando o agente destrói bem de terceiro
inocente.

3. (CESPE-UNB, Juiz Substituto – PI, 2012) A respeito da culpabilidade, assinale a opção correta.
A) Para haver exclusão ou diminuição da culpabilidade, a perda ou redução da capacidade de entendimento
do caráter ilícito do fato causada pelo uso de entorpecente não deve decorrer necessariamente de caso
fortuito ou força maior, visto que a dependência química, por si só, afasta ou reduz a responsabilização
penal.
B) Segundo a jurisprudência do STJ, no delito de omissão de recolhimento de contribuição previdenciária, a
impossibilidade de repasse das contribuições previdenciárias em decorrência de crise financeira da empresa
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais.
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com
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não constitui, nem sequer em tese, causa supralegal de exclusão da culpabilidade (inexigibilidade de conduta
diversa).
C) Conforme a teoria normativa pura, a culpabilidade não se exaure na relação de desconformidade
substancial entre ação e ordenamento jurídico, mas fundamenta a reprovação pessoal contra o autor, no
sentido de este não ter omitido a ação antijurídica quando ainda podia.
D) De acordo com a teoria limitada da culpabilidade, não se faz distinção entre erro de tipo (o que recai
sobre a situação de fato) e erro de proibição (o que recai sobre os limites autorizadores da norma), sendo
todas essas situações consideradas erro de proibição.
E) Nas correntes preventivas da culpabilidade, a teoria da motivação normativa tem como característica
básica fundar a culpabilidade na liberdade de autodeterminação, excluída a capacidade de motivação
normativa do sujeito.

4. (CESPE-UNB, Juiz Substituto – PI, 2012) Em relação ao concurso de pessoas, assinale a opção
correta.
A) Segundo a jurisprudência do STJ, não se admite, em crime culposo, a possibilidade de concurso de
pessoas, que se caracteriza como o vínculo psicológico na cooperação consciente de alguém na conduta
culposa de outrem.
B) A lei brasileira não admite a participação por omissão e a participação em crime omissivo, uma vez que,
para se distinguir o coautor do partícipe, a conduta principal e a acessória devem ocorrer de forma ativa, o
que é incompatível com uma inação.
C) É desnecessária a descrição pormenorizada da conduta de cada um dos envolvidos em crimes de autoria
coletiva, bem como do vínculo entre os réus e dos delitos a eles imputados, cabendo à instrução processual o
detalhamento da participação de cada um dos agentes na empreitada delituosa.
D) De acordo com a teoria restritiva, autor distingue-se de partícipe e, consoante o critério objetivo-
subjetivo, não importa a prática do núcleo do tipo de delito, considerando-se autor aquele que detém o
controle final do fato, o que domina toda a realização delituosa.
E) Consoante a teoria da acessoriedade limitada, adotada no CP, o partícipe somente responderá pelo crime
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se o fato principal for típico, ilícito e culpável, incidindo ainda sobre o partícipe todas as agravantes e
atenuantes de caráter pessoal relativas ao autor principal.

5. (FCC, Juiz Substituto – GO, 2012) Em matéria de concurso de pessoas, é correto afirmar que
A) nos crimes plurissubjetivos o concurso é eventual.
B) a autoria mediata configura coautoria.
C) nos crimes funcionais a condição de servidor público do autor não se comunica ao partícipe não
funcionário, se este desconhecia a condição daquele.
D) a participação de menor importância constitui circunstância atenuante, a ser considerada na segunda
etapa do cálculo da pena.
E) as mesmas penas deverão ser aplicadas a todos os coautores e partícipes.

6. (FCC, Juiz Substituto – GO, 2012) A embriaguez


A) voluntária ou culposa não exclui a imputabilidade, mas pode ser considerada incompatível com o
elemento subjetivo exigido por certos delitos, afastando o próprio tipo, segundo entendimento doutrinário e
jurisprudencial.
B) patológica não constitui eventual causa de exclusão da imputabilidade.
C) completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, sempre conduz à exclusão da imputabilidade.
D) culposa constitui causa de diminuição da pena, se o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão,
a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
E) não configura circunstância agravante, ainda que preordenada.

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7. (UFPR, Juiz Substituto-PR, 2012) A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância
de efeito análogo:
a) isenta o réu de pena, mas pode ser recepcionada como crime independente punido com pena de detenção.
b) é sempre considerada atenuante na prática de qualquer delito.
c) não exclui a imputabilidade penal.
d) só tem relevância penal quando a embriaguez atinge percentual perceptível por exame de bafômetro.

8. (CONSULPLAN, Promotor de Justiça – MG, 2012) Analise as seguintes afirmativas sobre o estado
de necessidade e, de acordo com a parte geral do Código Penal, assinale com V as verdadeiras e com F
as falsas:
( ) embora o código fale apenas em perigo atual, admite‐se, doutrinariamente (princípio da razoabilidade da
exigência de sacrifício), estado de necessidade justificante em face de perigo iminente, não provocado pela
vontade do agente, ainda que possível, de outro modo, evitá‐lo.
( ) nos casos em que seja razoável exigir‐se o sacrifício do direito ameaçado, embora a ação não se justifique
pelo estado de necessidade, o agente condenado terá sua pena reduzida na terceira fase de sua aplicação.
( ) o agente responderá pelo excesso doloso ou culposo, aplicando‐se a mesma regra prevista para o excesso
na legítima defesa.
( ) no estado de necessidade putativo, tratando‐se de erro inescusável, a consequência jurídica será a mesma
do estado de necessidade exculpante, desde que este resulte de ponderação metafísica de bens jurídicos
transcendentes.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA:
A) (V) (F) (F) (V)
B) (F) (V) (V) (F)
C) (F) (V) (F) (V)
D) (V) (F) (V) (F)

9. (MPE-GO, Promotor de Justiça – GO, 2012) Com relação ao concurso de pessoas, analise os
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seguintes itens:
I – Coautoria sucessiva é aquela que se daria quando, consumada a infração, ingressaria o coautor, por
adesão à conduta criminosa, antes do exaurimento;
II - Nos crimes de mão própria (falso testemunho, v.g.) em regra não se pode falar em coautoria porque o
verbo núcleo do tipo exige atuação pessoal do agente;
III - A coautoria exige que todos os coautores tenham o mesmo comportamento;
IV - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, inclusive quando elementares do
crime;
V - Por força do art. 30 do CP, o particular pode ser coautor nos crimes próprios (que exigem uma qualidade
especial do agente – peculato, v.g.), desde que tenha ciência dessa elementar.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I, II e V
b) I, II e III
c) II, III e IV
d) II, III e V

10. (MPF, 26º Concurso – Procurador da República, 2012) Quanto ao concurso de agentes, é correta a
afirmação:
a) Consoante a teoria objetivo-formal autor é aquele que realiza, totalmente, os atos descritos na norma
incriminadora;
b) Consoante a teoria objetivo-material autor é aquele que realiza a contribuição objetivamente mais
importante para o resultado;
c) Consoante a teoria concebida por Claus Roxin autor é aquele que detém o domínio do fato pelo critério
exclusivo do domínio da vontade;
d) O Código Penal Brasileiro não é compatível com a teoria do domínio do fato.
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GABARITO
1A
2B
3C
4D
5C
6A
7C
8B
9A
10 B

http://professorgecivaldo.blogspot.com.br/2012/08/questoes-de-concursos-ilicitude.html

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