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LEIS EXCEPCIONAIS: são feitas para durar enquanto um estado anormal ocorrer.
Cessam a sua vigência ao mesmo tempo em que a situação excepcional
também terminar. Portanto, são aquelas promulgadas em caso de calamidade
pública, guerras, revoluções, cataclismos, epidemias, etc.
Ocorre a chamada abolitio criminis quando a lei nova já não incrimina fato
ABOLITIO CRIMINIS que anteriormente era considerado como ilícito penal. A nova lei,
Artigo 2° CP demonstrando não haver mais, por parte do Estado, interesse na punição do
autor de determinado fato, retroage para alcançá-lo. (adultério era típico,
mas se tornou atípico com a Lei 11.106/05) É decorrência da previsão do art.
5º, XL, CF, e art. 2º, do CP.
NOVATIO LEGIS IN Além da abolitio criminis, a lei nova pode favorecer o agente de várias
MELLIUS maneiras. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-
Artigo 2°, p. único, CP se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado (Art. 2º, parágrafo único do CP).
NOVATIO LEGIS A lei nova incrimina fatos antes considerados lícitos (novatio legis
INCRIMINADORA incriminadora): não retroage. A novatio legis incriminadora, ao contrário da
abolitio criminis, considera crime fato anteriormente não incriminado
A quarta hipótese refere-se à nova lei mais severa a anterior (a nova lei de
NOVATIO LEGIS IN
drogas, Lei n. 11.343/06, no art. 33, aumentou a pena do crime de tráfico de
PEJUS drogas). Incide, no caso, o princípio da irretroatividade da lei penal: "a lei
penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu" (art. 5º. XL).
Nos termos do artigo 5º, § 1º, do CP, duas situações de território brasileiro por
equiparação:
a) embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do
governo brasileiro onde estiverem.
b) embarcações e aeronaves brasileiras, de propriedade privada, que estiverem
navegando em alto-mar ou sobrevoando águas internacionais.
c) os navios estrangeiros em águas territoriais brasileiras, desde que públicos, não
são considerados parte do nosso território. Em face disso, os crimes neles
cometidos devem ser julgados de acordo com a lei da bandeira que ostentam.
Se, entretanto, são de natureza privada, aplica-se a lei brasileira (art. 5º, § 2º).
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; Nestes casos, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito que absolvido ou condenado no estrangeiro.
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu
serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou
domiciliado no Brasil;
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a Nestes casos, a aplicação da lei brasileira depende do concurso
reprimir; das seguintes condições:
b) praticados por brasileiro; a) entrar o agente no território nacional;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
mercantes ou de propriedade privada, quando em c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira
território estrangeiro e aí não sejam julgados. autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí
cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro
motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.
+
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
brasileira autoriza a extradição;
b) houve requisição do Ministro da
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter
Justiça.
aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei
mais favorável.
PRINCÍPIOS INERENTES À EXTRATERRITORIALIDADE
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
A norma especial, ou seja, a que acresce elemento próprio à descrição legal do
crime previsto na geral, prefere a esta.
A norma do art. 123 do CP, que trata do infanticídio, prevalece sobre a do art. 121,
que cuida do homicídio, porque possui, além dos elementos genéricos deste
último, os seguintes especializantes: “próprio filho”, “durante o parto ou logo após”
e “sob a influência do estado puerperal”.
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
Conceito de norma subsidiária: uma norma é considerada subsidiária à outra,
quando a conduta nela prevista integra o tipo da principal, significando que a lei
principal afasta a aplicação da lei secundária. Há relação de subsidiariedade entre
normas quando descrevem graus de violação do mesmo bem jurídico, de forma
que a infração definida pela subsidiária, de menor gravidade que a da principal é
absorvida por esta.
CONCURSO DE PESSOAS
TEORIA ADOTADA
≠
AUTOR executa a ação
descrita no verbo no verbo nuclear do tipo
nuclear do tipo: PARTÍCIPE
formas:
TEORIA RESTRITIVA moral (induzir; instigar)
material (auxiliar)
I - PLURALIDADE DE CONDUTAS
Trata-se de requisito elementar do concurso de pessoas: a concorrência de mais
de uma pessoa na execução de uma infração penal.
Assim, para que haja concurso de pessoas, exige-se que cada um dos agentes
tenha realizado ao menos uma conduta relevante. Pode ser em coautoria, onde
há duas condutas principais; ou autoria e participação, onde há uma conduta
principal e outra acessória, praticadas, respectivamente, por autor e partícipe.
II - RELEVÂNCIA CAUSAL DAS CONDUTAS
Para justificar a punição de duas ou mais pessoas em concurso, afigura-se
necessário que a conduta do agente tenha efetivamente contribuído, ainda que
minimamente, para a produção do resultado.
Em outras palavras, se a conduta não tem relevância causal, isto é, se não
contribuiu em nada para a produção do resultado, não pode ser considerada
como integrante do concurso de pessoas.
III - DO LIAME SUBJETIVO E NORMATIVO (Vínculo subjetivo e normativo entre os
participantes)
Os agentes devem atuar conscientes de que participam de crime comum, ainda
que não tenha havido acordo prévio de vontades. A ausência desse elemento
psicológico inviabiliza o concurso de pessoas, ensejando condutas isoladas e
autônomas.
• Pluralidade de condutas
REQUISITOS • Relevância causal
CONCURSO
DE PESSOAS • Identidade de infração para todos os participantes
• Liame subjetivo e normativo mesma finalidade
dolo + dolo
desnecessário ajuste prévio
cumulativos
CONCURSO DE CRIMES
crimes da exasperação
mesma espécie de pena
condições tempo
crime continuado
exasperação
art. 71, CP de pena
lugar
art. 70, CP cúmulo
formal imperfeito material