Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
https://t.me/profismaelsouto
/profismaelsouto
DIREITO PENAL P/CURSO
SUPERIOR SEQUENCIAL
Prof. Ismael Souto
@profismaelsouto
LEI PENAL NO TEMPO
Prof. Ismael Souto
@profismaelsouto
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento
do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
1.Teoria da Atividade;
2.Teoria do Resultado;
3.Teoria Mista/Ubiquidade.
SUCESSÃO DE LEIS PENAIS NO TEMPO
Regra: irretroatividade da lei penal (art. 1º do CP).
Exceção: retroatividade benéfica da lei penal (art. 2º, parágrafo único do CP).
Art. 214 - Constranger alguém, Art. 213 - Constranger mulher à Art. 213. Constranger alguém,
mediante violência ou grave ameaça, a conjunção carnal, mediante violência mediante violência ou grave ameaça, a
praticar ou permitir que com ele se ou grave ameaça: ter conjunção carnal ou a praticar ou
pratique ato libidinoso diverso da permitir que com ele se pratique outro
conjunção carnal: Pena - reclusão, de três a oito anos. ato libidinoso:
são autorrevogáveis
possuem ultratividade
LEI PENAL NO ESPAÇO
Prof. Ismael Souto
@profismaelsouto
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 1984)
ESPAÇO ESPAÇO
FÍSICO JURÍDICO
Conclusão do art. 5º, §§ 1º e 2º do CP
@profismaelsouto
Conceito analítico de crime:
Crime
• Conceito
• Elementos
2 ª) preparação;
3 ª) execução;
4 ª) consumação.
A primeira constitui a fase interna e as demais a fase externa. Alguns autores ainda
acrescentam uma quinta fase, que seria a do exaurimento.
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede
que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.(Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano
ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
TENTATIVA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA/ ARREPENDIMENTO REPRARAÇÃO DO DANO NO
ARREPENDIMENTO EFICAZ POSTERIOR PECULATO CULPOSO
Art. 14, Parágrafo único - Art. 15 - O agente que, Art. 16 - Nos crimes Art. 312, § 3º - No caso do
Salvo disposição em voluntariamente, desiste de cometidos sem violência ou parágrafo anterior, a
contrário, pune-se a tentativa prosseguir na execução ou grave ameaça à pessoa, reparação do dano, se
com a pena correspondente impede que o resultado se reparado o dano ou restituída precede à sentença
ao crime consumado, produza, só responde pelos a coisa, até o recebimento da irrecorrível, extingue a
diminuída de um a dois atos já praticados. denúncia ou da queixa, por punibilidade; se lhe é
terços. ato voluntário do agente, a posterior, reduz de metade a
pena será reduzida de um a pena imposta.
dois terços.
DOLO DIRETO
Configura-se quando o agente PREVÊ UM RESULTADO, dirigindo sua conduta na busca de realizar esse evento.
Ex: Tício, com a finalidade de matar Mévio, efetua 6 disparos de arma de fogo contra a vítima, causando a sua
morte.
DOLO ALTERNATIVO:
O agente prevê uma pluralidade de resultados, dirigindo sua conduta para realizar qualquer deles. No dolo
alternativo, o agente tem a mesma intensidade de vontade de realizar os resultados previstos. Este dolo
alternativo pode ser:
objetivo;
subjetivo:
DOLO EVENTUAL: o agente não quer o resultado, por ele previsto, mas assume o risco de produzi-lo.
DOLO DE 2º GRAU DOLO EVENTUAL
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
CULPA
Ocorre quando o agente pratica uma conduta voluntária, atingindo um resultado delituoso
involuntário, que lhe era previsível (ou excepcionalmente previsto), e que podia ser evitado
com as cautelas necessárias.
Ex: Cidadão que, pretendendo não se atrasar para uma consulta médica (resultado
pretendido), emprega velocidade excessiva em seu automóvel e acaba atropelando um
pedestre, causando-lhe lesões corporais (resultado não pretendido).
ELEMENTOS DA CULPA:
1 – Comportamento humano voluntário
2 – Resultado delituoso involuntário
3 – Nexo causal entre o resultado e a conduta
4 – Violação de um dever de cuidado objetivo
*Imprudência,
*Negligência, e
*Imperícia
5 – Previsibilidade do resultado delituoso involuntário
6 – Tipicidade
Ilicitude
• Conceito
• Conceito
• Elementos
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se
também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de
agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.
CRIME TENTADO
@profismaelsouto
Natureza Jurídica da Tentativa
Elementos da Tentativa
FORMAS DE TENTATIVA
TENTATIVA IDÔNEA
1)Crime CULPOSO
2)Crime PRETERDOLOSO
3)CONTRAVENÇÃO PENAL
4)Crime de ATENTADO
5)Crime HABITUAL
6)Crimes que só são puníveis quando há uma determinado
RESULTADO
7)Crime UNISSUBSISTENTE
Formas de Tentativa Qualificada ou abandonada
Início da Execução: não consumação por Início da Execução: não consumação por
circunstâncias ALHEIAS à vontade do gente circunstâncias INERENTES à vontade do
agente (por isso é uma espécie de tentativa
ABANDONADA.
O agente quer prosseguir, mas não pode. O agente pode prosseguir, mas não quer, ele
abandona o intento criminoso.
Consequências: responde por tentativa Consequências: o agente não responde pela
com pena reduzida de 1/3 a 2/3 tentativa, mas apenas pelos atos já
praticados.
Ex.: Fulano furta, pula o muro e entra na Ex.: Fulano furta, pula o muro e entra na
casa, mas é impedido de subtrair o veículo, casa, mas abandona o intento criminoso,
responde por tentativa de furto. responde por violação de domicílio.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA ARREPENDIMENTO EFICAZ
ATENÇÃO!!!
Arrependimento Eficaz só é possível em crimes materiais, não é
possível em crimes formais e de mera conduta, pois neste últimos os
crimes já estão consumados, não consegue-se evitar a consumação
(Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) – vol. 1 / Cleber Masson. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019).
CRIME CONSUMADO
Prof. Ismael Souto
@profismaelsouto
CONSUMAÇÃO
@profismaelsouto
• CONCEITO:
a) Monossubjetivo
b) Plurissubjetivo
• PERSONAGENS DO DELITO:
a) Autor
b) Coautor
c) Partícipe
REQUISITOS
Pluralidade de conduta e agentes
Relevância casual das condutas
Liame Subjetivo entre os agentes
Identidade de infrações
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para
o crime incide nas penas a este cominadas, na Teoria Monista
medida de sua culpabilidade.
• Autoria Mediata
• Autoria Colateral
CRIMES CONTRA A PESSOA
Prof. Ismael Souto
@profismaelsouto
ESPÉCIES DE HOMICÍDIO
Pode admitir
perdão judicial
• Motivo de relevante valor social; (Art. 121 § 5º)
Conexão (subjetiva)
Feminicídio (OBJETIVA)
Domínio de violenta emoção (subjetivo)
Agentes de segurança pública (subjetiva)
@profismaelsouto
SIMPLES (ART. 155)
@profismaelsouto
01) INTRODUÇÃO
A) SUBDIVISÃO DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O Código Penal subdivide o seu Título XI (Crimes contra a administração pública) em alguns capítulos, dentre
eles:
CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Crime de Descaminho: o STF e o STJ têm aplicado ao crime de DESCAMINHO quando o débito
tributário não for maior do que R$ 20.000,00.
STJ STF
Na jurisprudência do STJ é pacífico que, Na jurisprudência do STF encontram-se alguns
EM REGRA, é inaplicável o princípio da julgados reconhecendo a aplicação do princípio
insignificância aos crimes contra a da insignificância em relação ao crime de
administração pública, pois a punição do PECULATO (HC 112388/SP, caso de carcereiro
agente, nesse caso, tem o propósito de que subtraiu farol de milha de motocicleta
resguardar não apenas o aspecto apreendida avaliado em 13 reais).
patrimonial, mas, principalmente, a moral
administrativa (RHC 51356 / SC, 5ª Turma,
Rel. Min. Félix Fisher, DJe 18/02/2015)
C) CONCEITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Art. 327,CP - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
Importante! A equiparação prevista nesse dispositivo se restringe aos casos em que o agente
é sujeito ativo do delito, ou seja, aos crimes funcionais, não se estendendo a equiparação nos
casos em que o funcionário público é sujeito passivo do delito.
Ex.: Pessoa equiparada a funcionário público não pode ser vítima de desacato
As pessoas equiparadas a funcionários públicos para fins de responsabilização pelos crimes
funcionais são as seguintes:
Elementares são dados essenciais da figura típica, cuja ausência pode produzir uma atipicidade
absoluta ou relativa.
G) CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES FUNCIONAIS
Vimos que os crimes funcionais são crimes próprios, pois para sua caracterização se exige uma
qualidade especial do sujeito ativo, qual seja, a qualidade de funcionário público. Assim, se o sujeito
ativo do delito não for funcionário público não haverá crime funcional. Isso não quer dizer, no entanto,
que não haverá crime algum. Há certas condutas tipificadas como crimes funcionais em que a
ausência da qualidade de funcionário público não torna o fato atípico, pois há previsão em outro tipo
penal. De acordo com a existência ou não de delito diante da ausência da condição de funcionário
público, a doutrina classifica os crimes funcionais em duas espécies:
Crimes funcionais próprios (puros ou Crimes funcionais impróprios (impuros
propriamente ditos) ou impropriamente ditos)
São aqueles em que a conduta se São aqueles em que a conduta não se
torna atípica se estiver ausente a torna atípica diante da ausência da
qualidade de funcionário público. qualidade de funcionário público, pois
Atipicidade absoluta! restará caracterizado outro delito.
Atipicidade relativa!
Ex.: Prevaricação (art. 319, CP)
Ex.: Peculato-furto
@profismaelsouto
https://t.me/profismaelsouto
/profismaelsouto