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a) teoria da atividade;
b)teoria do resultado;
c) teoria mista ou da ubiquidade.
a) Pela teoria da atividade, lugar do crime seria o da ação ou da omissão, ainda que outro fosse o da
ocorrência do resultado.
b) A teoria do resultado despreza o lugar da conduta e defende a tese de que lugar do crime será, tão
somente, aquele em que ocorrer o resultado.
c) A teoria da ubiquidade ou mista adota as duas posições anteriores e aduz que lugar do crime será o da
ação ou da omissão, bem como onde se produziu ou deveria se produzir o resultado.
Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou a omissão, no todo ou em parte,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Com a adoção da teoria da ubiquidade resolvem-se os problemas já há muito apontados pela doutrina, como
aqueles relacionados aos crimes a distância. Na situação clássica, suponhamos que alguém, residente na
Argentina, enviasse uma carta-bomba tendo como destinatário uma vítima que residisse no Brasil.
A carta-bomba chega ao seu destino e, ao abri-la, a vítima detona o seu mecanismo de funcionamento,
fazendo-a explodir, causando-lhe a morte. Se adotada no Brasil a teoria da atividade e na Argentina a teoria
do resultado, o agente, autor do homicídio ficaria impune. A adoção da teoria da ubiquidade resolve
problemas de Direito Penal Internacional. Ela não se destina à definição de competência interna, mas,
sim, à determinação da competência da Justiça brasileira. Embora competente a Justiça brasileira, pode
acontecer que, em virtude de convenções, tratados e regras de Direito Internacional, o Brasil deixe de
aplicar a sua lei penal aos crimes cometidos no território nacional. (Greco, Rogério. Curso de Direito Penal -
Parte Geral Vol. I.)
Masson exemplifica:
Imagine que o agente efetue disparos de arma de fogo contra vítima em solo brasileiro, com a intenção
de matá-la, mas esta consegue fugir e morre depois de atravessar a fronteira com o Paraguai. A adoção da
teoria da ubiquidade permite a conclusão de que o lugar do crime tato pode ser o Brasil como o Paraguai.
TERRITORIALIDADE
A eficácia da lei penal no espaço delimita as fronteiras de atuação da lei penal brasileira.
O TERRITÓRIO NACIONAL comporta o espaço geográfico (físico) mais o espaço jurídico, também
chamado de espaço por ficção, equiparação ou extensão (previsto no artigo 5º, §§ 1º e 2º).
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Mar territorial: O Brasil tem soberania marítima e aérea em uma faixa que corre junto ao litoral com largura
de 22 km (12 milhas náuticas)
PASSAGEM INOCENTE
- Quando um navio atravessa o território nacional apenas como passagem necessária para chegar ao
seu destino, não se aplica a lei brasileira (não se aplica o art. 5º, §2º, do CP). Atenção: expressamente
só os navios desfrutam da PASSAGEM INOCENTE.
Lei 8.617, art. 3º - É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente
no mar territorial brasileiro.
§1º - A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à
segurança do Brasil, devendo ser contínua e rápida.
§2º - A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas apenas na medida em que tais
procedimentos constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força ou
por dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou
em dificuldade grave.
§3º - Os navios estrangeiros no mar territorial brasileiro estarão sujeitos aos regulamentos estabelecidos
pelo Governo brasileiro.
EXTRATERRITORIALIDADE
Ao contrário da territorialidade, cuja regra geral é a aplicação da lei brasileira àqueles que praticarem
infrações penais dentro do território nacional, incluídos aqui os casos considerados fictamente como sua
extensão, a extraterritorialidade preocupa-se com a aplicação da lei brasileira às infrações penais cometidas
além de nossas fronteiras, em países estrangeiros.
a) incondicionada
b) condicionada.
contra a vida ou a liberdade
do Presidente da República
contra a administração
§ 1º - Nos casos do inciso pública, por quem está a seu
I, o agente é punido serviço
segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
de genocídio, quando o
agente for brasileiro ou
domiciliado no Brasil
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do
concurso das seguintes condições
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a
pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
que, por tratado ou convenção, o Brasil
se obrigou a reprimir
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.