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DIREITO ADMINISTRATIVO

Lei 9.784/99 – Processo Administrativo – Princípios


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LEI 9.784/99 – PROCESSO ADMINISTRATIVO – PRINCÍPIOS

DOS PRINCÍPIOS

Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,


finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contradi-
tório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Obs.: Essa lista de princípios é exemplificativa. Nessa lei há outros princípios previstos, até
mesmo implícitos.

São 11 princípios: Legalidade, moralidade, eficiência (art 37 da CRFB/88).

Obs.: A lei diferenciou razoabilidade de proporcionalidade. Razoabilidade é decidir com


bom senso. Proporcionalidade é o equilíbrio entre meios e fins.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão Obs.:ervados, entre outros, os


critérios de:
I – atuação conforme a lei e o Direito;

Obs.: Conforme a lei – princípio da legalidade; conforme a lei e o direito – princípio da


juridicidade. O gestor não deve atuar apenas com base na lei, ele deve considerar
princípios constitucionais, tratados internacionais ratificados pelo Brasil etc.
5m

II – atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes


ou competências, salvo autorização em lei;

Obs.: Interesse geral – interesse público.

Ressalva: autorização em lei.


É possível renunciar poderes e competências se a lei expressamente autorizar.
III – objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de
agentes ou autoridades;

Obs.: Princípio da impessoalidade (vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades)


ANOTAÇÕES

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O princípio da finalidade é diferente do princípio da impessoalidade. Impessoalidade


veda a promoção pessoal e determina a atuação imparcial, sem preferências. Já o princípio
da finalidade estabelece que o gestor deve Obs.:ervar o fim legal do ato praticado.
Para o professor Hely Lopes Meireles o princípio da impessoalidade e o princípio da fina-
lidade tinham o mesmo significado – a atuação do gestor deve ser impessoal.

Obs.: Ato administrativo não é Bombril, não serve para “mil e uma utilidades”.

O ato administrativo é criado pela lei, e esta irá determinar a finalidade do ato.
Por exemplo, a remoção do servidor público não serve como forma de punição (Lei
8.112). Caso o servidor seja removido em razão de punição, esse ato estará eivado de vício
de finalidade.
10m
IV – atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

Obs.: Princípio da moralidade

V – divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previs-


tas na Constituição;

Obs.: Divulgação oficial dos atos – publicação, que decorre do princípio da publicidade;
publicação é a divulgação oficial. A publicidade vai além da publicação, consiste na
divulgação em geral, no portal da transparência, na voz do Brasil, na internet etc;

VI – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções


em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

Obs.: Meios e fins – princípio da razoabilidade.

Vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior - propor-


cionalidade;
VII – indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

Obs.: Princípio da motivação

VIII – Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;
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IX – adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,


segurança e respeito aos direitos dos administrados;

Obs.: Princípio do formalismo – esse formalismo deve ser “moderado”, também tido como “prin-
cípio do informalismo” (o ato não deve ser totalmente informal). Os atos devem ser prati-
cados de maneira formal e simples. O gestor não deve ser encarcerado pela burocracia.

O ato deve ser executado de forma simples e informal, mas deve ser por escrito, em ver-
náculo (português), com data, hora e local (art. 26).
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O relatório final do PAD não pode ser escrito em latim, por exemplo.
Determinado delegado de polícia formalizou o inquérito policial em forma de versos. A
corregedoria o repreendeu por fugir do padrão. Tecnicamente, o delegado não estava equi-
vocado. Não havia impedimento para esse ato do delegado.
Por exemplo, não há lei que determine a forma do parecer dos órgãos públicos. O pare-
cer é um ato administrativo. Existe uma certa liberdade de escrita do parecer, desde que haja
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados.
X – garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção
de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e
nas situações de litígio;

Obs.: Alegação final – a lei 8.112 não prevê alegações finais no PAD. Assim, não pode ha-
ver a inserção dessa fase nesse procedimento.

Fases do PAD: instauração, instrução, relatório final e decisão. A defesa deve trazer os
argumentos antes do relatório final da comissão. Não há previsão da fase de alegações finais.
Não cabe anulação de PAD por inadmissão de alegações finais. O STJ afirma que a lei
8112 optou por não inserir essa fase no PAD, trata-se de um silêncio eloquente.
No entanto, nos demais processos administrativos que não tiverem lei própria e aplica-
rem a lei 9784, é garantido o direito à apresentação das alegações finais.
20m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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