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DIREITO ADMINISTRATIVO

Processo Administrativo – Lei 9.784/99


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PROCESSO ADMINISTRATIVO – LEI 9.784/99

A Lei n. 9.784/1999 serve de base para muitos assuntos do Direito Administrativo, é a lei
de processos administrativos federal.
O objetivo central da lei, conforme consta no preâmbulo, é: “Regular o processo adminis-
trativo no âmbito da Administração Pública Federal”
Seu objeto é:

• Estabelecer normas básicas — gerais — do processo administrativo;

Obs.: os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, apli-
cando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei (art. 69), ou seja, caso
haja lei específica para um determinado ato administrativo essa se sobrepõe à Lei
n. 9.784.
5m

• Visa, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento


dos fins da Administração.

ATENÇÃO
Processos administrativos é o conjunto de atos direcionados a um fim específico. Exemplo:
processo administrativo tributário, processo administrativo ambiental, processo administra-
tivo no âmbito do trânsito etc.
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ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O âmbito de aplicação da Lei n. 9784 é a Administração Federal direta e indireta, também


se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho
de função administrativa.
Há uma súmula do Supremo Tribunal Judiciário (STJ) — Súmula 633 — que estabelece:

“A Lei 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos
administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiá-
ria, aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria.”
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ATENÇÃO
Importatne lembrar o conceito de administração pública direta e indireta.

• Administração pública direta: formada pela União, estados, Distrito Federal e Municípios.
• Administração pública indireta composta por:
– Pessoas Jurídicas de direito público: autarquias e fundações públicas de
direito público.

A lei em questão não se aplica à totalidade da administração pública. Por ser tratar de
uma lei de âmbito federal, que regula os processos administrativos federais, ela se aplica
apenas à administração pública direta da União e à administração pública indireta ligadas
à união, ou seja, para as autarquias federais, fundações públicas federais, para as as em-
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presas públicas federais, paras as sociedades de economia mista federais e fundações
públicas de direito privados federais.
Se a questão da prova for desenhada com base na Súmula 633, considere a abrangên-
cia nacional, do contrário considere a letra da lei que dispõe sobre a abrangência ape-
nas federal.
Embora o legislador tenha colocado como sendo uma lei federal, é possível, por meio da
jurisprudência, a extensão para estados e Municípios.

CONCEITOS BÁSICOS

A lei dispõe em seu art. 1º, § 2º sobre alguns conceitos básicos, necessários para o
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entendimento da lei, são eles:

• Órgão: a unidade (repartição) de atuação integrante da estrutura da Administração


direta e da estrutura da Administração indireta.
• Entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
• Autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
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ATENÇÃO
Se tem personalidade jurídica não é órgão, é entidade. O ente é mesmo que entidade ou
pessoa, ele pode ser ente político ou administrativo.
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PRINCÍPIOS

O art. 2º trata dos princípios da lei, a saber:


“A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, fina-
lidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os crité-
rios de: (...)”
Correlacionando os conceitos aos princípios, tem-se:

• Legalidade
– I - atuação conforme a lei e o Direito;

• Finalidade
– III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal
de agentes ou autoridades;

• Motivação
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– VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

• Razoabilidade / Proporcionalidade
– VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público;

• Moralidade
– IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

• Ampla Defesa/ Contraditório


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– X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à pro-


dução de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resul-
tar sanções e nas situações de litígio;

• Segurança Jurídica
– XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o aten-
dimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.

Obs.: atenção para este dispositivo, geralmente, é o que mais cai em provas.

– VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos


administrados;

• Interesse Público
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– II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de pode-
res ou competências, salvo autorização em lei;

• Eficiência
– IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,
segurança e respeito aos direitos dos administrados; (Informalismo ou Formalismo
moderado).

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Vandre Borges de Amorim.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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