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DIREITO ADMINISTRATIVO

Profª Marcela Damázio

profmarceladamazio@gmail.com @profmadamazio

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INTRODUÇÃO AO DIREITO
ADMINISTRATIVO

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DIREITO ADMINISTRATIVO

POLÍTICA
ORGANIZAÇÃO
USO LEGÍTIMO
ESTADO SOCIAL CONTROLE DA FORÇA

JURÍDICA
ESTADO DE
Submete-se às normas de uma lei máxima = CONSTITUIÇÃO FEDERAL (BR)
DIREITO
POVO - Elemento humano
ELEMENTOS TERRITÓRIO - Base física/territorial
GOVERNO - Elemento condutor

- Funções típicas e atípicas (CF)


PODERES LEGISLATIVO | JUDICIÁRIO | EXECUTIVO - Preponderância e não exclusividade

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DIREITO ADMINISTRATIVO

INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO

QUAL O CRITÉRIO UTILIZADO NO BRASIL, PARA DELIMITAR CRITÉRIO FUNCIONAL


O OBJETO DE ESTUDO DO DIREITO ADMINISTRATIVO?

O direito administrativo é entendido como o ramo do direito que estuda e analisa a disciplina normativa da
função administrativa, seja ela exercida pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário ou particulares por
delegação.

Lei em sentido amplo, decisão ou


Primárias jurisprudência com efeito
vinculante
FONTES DO DIREITO
ADMINISTRATIVO
Doutrina, costumes, jurisprudência,
Secundárias atos normativos infralegais,
tratados internacionais

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DIREITO ADMINISTRATIVO

INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO


CONCEITOS DOUTRINÁRIOS
“Ramo do direito público que tem como objeto "Direito Administrativo é o conjunto harmônico
os órgãos, agentes e pessoas jurídicas de princípios jurídicos que regem os órgãos, os
administrativas que integram a Administração agentes e as atividades públicas tendentes a
Pública, a atividade jurídica não contenciosa que realizar, concreta, direta e imediatamente, os
exerce e os bens que se utiliza para a consecução fins desejados pelo Estado“. (Hely Lopes
de seus fins.” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro) Meirelles)

OBJETOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

Organização administrativa Prestação de serviços públicos Conduta dos agentes públicos

Estado X Servidores Estado X Licitantes Intervenção na propriedade

O Direito Administrativo não aglutina ou cria, mas limita poder do Estado.

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INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO

Exclui do Poder Judiciário o conhecimento dos atos da Administração.


Sistema do contencioso Eles se sujeitam à jurisdição especial do contencioso administrativo.
administrativo (francês) Dualidade de jurisdições (comum + administrativa)

Sistemas
administrativos
Sistema judiciário, Todos os litígios são resolvidos, judicialmente, pela Justiça Comum.
Há a possibilidade de as decisões administrativas serem revistas pelo
Regime adotado para a controle judicial,
correção dos atos Judiciário.
jurisdição única (inglês)
administrativos ilegais Jurisdição comum.
ou ilegítimos praticados
pelo Poder Público.
Exceção 01: art. 217, § 1º + art. 92 da CF/88 - STJD
Exceção 02: art. 5º, LXXII, ‘a’ CF/88 + Súm. 02 STJ
Exceção 03: art. 7º, § 1º da Lei 11.417/2006 (Súmulas)
Exceção 04: Informativo n. 757 STF, 2014 (concessão de
benefício previdenciário – INSS – não precisa esgotar)

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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DIREITO ADMINISTRATIVO

É a atividade administrativa exercida


Critério pelo Estado. Também conhecido como
Objetivo MATERIAL. Exercício do poder de
polícia, atividade de fomento, prestação
de serviços públicos.
Administração
Pública
Conjunto de órgãos e agentes
Critério empenhados na função administrativa.
Também conhecido como FORMAL OU
Subjetivo ORGÂNICO.

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Patrimonialista

ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA

Gerencial Burocrática

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REGIME JURÍDICO
ADMINISTRATIVO

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DIREITO ADMINISTRATIVO

REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


Conjunto de normas jurídicas (REGRAS E PRINCÍPIOS) que dão identidade e autonomia ao Direito
Administrativo. Tais normas jurídicas representam as PRERROGATIVAS e SUJEIÇÕES às quais está
sujeito o Estado, sempre na busca pelo interesse público.

Supremacia do Interesse Indisponibilidade do


Público sobre o privado interesse público

Questão de concurso
Com relação à origem e às fontes do direito administrativo, aos sistemas administrativos e à administração
pública em geral, julgue o item que segue.
O conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a administração pública e que não se encontra
nas relações entre particulares constitui o regime jurídico administrativo.

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Princípios da Administração Pública

Art. 37 CF/88. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (...)

A Lei n. 9.784/1999, do Processo Administrativo Federal, apresenta os


seguintes princípios: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.

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PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

EXPLÍ -
LEGALIDADE
Atuação secundum legem
IMPESSOALIDADE
- Evitar favoritismos e

CITOS
- Juridicidade perseguições
- Reserva legal - Administrados X Agente
- Reserva da Administração - Art. 37, § 1º CF/88
84,VI CF/88
Art. 37, caput, CF/88

MORALIDADE PUBLICIDADE EFICIÊNCIA


- Transparência. - Presteza, perfeição,
- Atuação ética, honesta, de rendimento, qualidade e
- Condição de eficácia do ato.
acordo com os bons economicidade.
- Sigilo – exceção.
costumes, bom senso - Art. 37, § 8º CF/88
- Avaliações de servidores (41)

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MORALIDADE

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ATENÇÃO AO TEXTO DA CF!

Art. 37, § 1º CF/88


A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
MORALIDADE
Questão de concurso
Acerca do tratamento conferido pela Constituição Federal de 1988 (CF) à administração pública direta e indireta
e aos seus agentes, julgue o item a seguir.
A publicidade dos atos praticados pelo agente público, no exercício de suas atribuições, para fins de promoção
individual é vedada pela CF, em razão da natureza institucional da atuação administrativa do agente público.

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PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONTRADITÓRIO/ AUTOTUTELA

IMPLÍ AMPLA DEFESA


- Art. 5º, inciso LV, CF/88
- Sindicabilidade
- Anular / revogar seus próprios

CITOS
- Súmula Vinculante n. 21 atos.
Súmula Vinculante n. 5 - Súmula 346 e 437 STF
- Art. 53/54 Lei 9.784/99

RAZOABILIDADE/
CONTINUIDADE MOTIVAÇÃO
PROPORCIONALIDADE
- Não interrupção da atividade - Indicação dos fatos e - Controla discricionariedade
- Greve do servidor público fundamentos que justificaram - Evita excessos da Administraç.
- Exceção do contrato não a prática do ato - Cabe controle judicial
cumprido

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Artigos da Lei 9.784/99 (Lei do Processo


Administrativo)
Normas sobre autotutela Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos,
quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos
Súmula 473 STF: “A administração pode anular administrativos RAZOABILIDADE/
de que decorram efeitos favoráveis para
PROPORCIONALIDADE
os destinatários decai em cinco anos, contados da data
seus próprios atos, quando eivados de vícios que
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
os tornam ilegais, porque dêles não se originam (...)
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não
ou oportunidade, respeitados os direitos acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
apreciação judicial.” poderão ser convalidados pela própria Administração.

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Ato ilegal Ato inoportuno/inconveniente

Questão de legalidade Questão de mérito administrativo

Passível de anulação pelo Passível de revogação apenas pela


Administração ou quem exerça a função
Judiciário e pela Administração administrativa

Anulação – Ex Tunc Revogação – Ex Nunc

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Questão de concurso

No que se refere a atos administrativos, julgue o item a seguir


Em razão do exercício da sua prerrogativa de autotutela, a
administração poderá revogar seus atos administrativos válidos, com
MORALIDADE
efeitos ex tunc.

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SÚMULAS VINCULANTES
Súmula Vinculante 5 (STF)
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição

Súmula Vinculante 21 (STF)


É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
admissibilidade de recurso administrativo.

Súmula Vinculante 13 (STF)


MORALIDADE
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
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RESUMO SOBRE A SÚMULA VINCULANTE Nº 13 STF (IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, EFICIÊNCIA)


- Cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, da
autoridade nomeante.
Quem não pode ser
- Cônjuge, companheiro ou parente de servidor da mesma pessoa jurídica já investido em cargo de
Nomeado?
direção, chefia ou assessoramento (se o servidor já tem cargo em comissão ou função de confiança
gera impedimento de nomeação do cônjuge, companheiro e parentes de até o 3º grau).
Não pode nomear para Cargo em comissão ou designar para função de confiança.
qual função? Observação: nomear para cargo efetivo (concurso) não tem vedação.
Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Âmbito de aplicação
Federal e dos Municípios.
MORALIDADE
Observação 01 A SV nº 13 não se aplica aos cargos/agentes políticos.

Observação 02 Cargo de Conselheiro de Tribunal de Contas não é político, logo, aplica-se a SV 13.

Observação 03 A Súmula Vinculante n. 13 veda nepotismo cruzado (designações recíprocas).

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Atenção no julgado sobre Nepotismo


EMENTA: AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE, AJUIZADA EM PROL DA
RESOLUÇÃO Nº 07, de 18.10.05, DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. ATO
NORMATIVO QUE "DISCIPLINA O EXERCÍCIO DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES POR
PARENTES, CÔNJUGES E COMPANHEIROS DE MAGISTRADOS E DE SERVIDORES
INVESTIDOS EM CARGOS DE DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO, NO ÂMBITO DOS ÓRGÃOS
DO PODER JUDICIÁRIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS". PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
1. Os condicionamentos impostos pela Resolução nº 07/05, do CNJ, não atentam contra
a liberdade de prover e desprover cargos em comissão e funções de confiança. As
MORALIDADE
restrições constantes do ato resolutivo são, no rigor dos termos, as mesmas já
impostas pela Constituição de 1988, dedutíveis dos republicanos princípios da
impessoalidade, da eficiência, da igualdade e da moralidade. 2. Improcedência das
alegações de desrespeito ao princípio da separação dos Poderes e ao princípio
federativo. (...)
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Vamos relembrar
os graus de
parentesco?
MORALIDADE

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