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3- Atividade de administração púbica em sentido material exercidas por particulares sob o regime de
direito público.
FONTE: FONTE: O Direito administrativo não se encontra codificado. Portanto, são diversas as fontes
de onde se extrai as normas do Direito Administrativo. São elas:
a) lei: abrange todos os atos normativos (leis, decretos, resoluções, regimentos internos, etc);
b) jurisprudências:
*jurisprudência
*súmula
*súmula vinculante
c)doutrina
d) costume
f) principio gerais de direito
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• exercício do poder de polícia.
Trata-se de uma verdadeira medida para o exercício do interesse público, pois estabelece que
embora existam prerrogativas nos atos praticados pelo administrador decorrentes da atuação no
interesse público, os poderes não estão à disposição deste para fazer uso como bem entender. Ao
contrário, o exercício das prerrogativas conferidas é um verdadeiro dever do agente público e
sempre na busca e proteção do interesse público.
Em síntese, o referido princípio regente impõe restrições (DEVERES) para atuação da Administração
Pública eis que, ela não é dona da coisa pública e sim mera gestora de bens e interesses alheios (povo).
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Melo, há dois tipos de interesses públicos:
• Interesses públicos primários: são da coletividade, por exemplo a saúde, são absolutamente
indisponíveis, e implicam em responsabilização do agente ou governante que deixar de
atendê-los.
• Interesses públicos secundários: são da administração, por exemplo os aluguéis de imóveis,
contratação de água ou energia, compra de material, são relativamente indisponíveis e podem
ser renunciados ou negociados, desde que para melhor atendimento dos interesses públicos.
Da indisponibilidade do Interesse Público decorrem diversos princípios, como por exemplo, o princípio
da legalidade, pessoalidade, moralidade e eficiência.
Para memorizar esses princípios tidos como essenciais para seu estudo: L I M P E
LEGALIDADE
O princípio do caput do art. 37 informa que a Administração somente tem possibilidade de atuar
quando exista lei que:
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b) autorize (atuação discricionária): observância dos termos, condições e limites autorizados na
lei.
Isso significa que, não é suficiente a ausência de proibição em lei para que a Administração Pública
possa agir; é necessária a existência de uma lei que imponha ou autorize determinada atuação
administrativa.
Observe que, a doutrina mais moderna informa que o princípio da legalidade deve ser interpretado de
forma ampla, ou seja, a atuação do Estado deve observar não somente a lei em sentido estrito
(princípio da reserva legal), mas toda e qualquer legislação e normas sejam elas produzidas por leis ou
decretos, resoluções, súmulas dentre outras fontes do direito.
À Administração só é lícito fazer tudo aquilo que a lei permite ou autoriza. (art. 37, caput, CF/88)
ATENÇÃO!!! Observe que existe a formulação genérica do princípio da legalidade prevista no II do art.
5º CF (ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;) que
oferece proteção dos particulares contra o Estado e que não se confunde com o princípio da legalidade
aplicado a atuação da Administração Pública.
Aos particulares é lícito fazer tudo aquilo que a lei não proíba. (Art.5º, II, CF/88)
IMPESSOALIDADE
De forma bem direta, podemos afirmar que este princípio impõe ao administrador que ele não pode
tratar a coisa pública como se fosse sua. Pois, o agente público na sua atuação deve buscar a
concretização do interesse público, independente de quem seja a pessoa que eventualmente o ato
administrativo irá alcançar. Ou seja, o administrador não pode atuar para fins de beneficiar interesse
próprio (autopromoção) ou de terceiros.
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Anote:!!!! Os administrativistas comumente informam que do princípio da impessoalidade decorrem
dois subprincípios: FINALIDADE e IGUALDADE/ISONOMIA. Situação que se revela em duas
concepções de aplicação:
2- Vedação a que o agente público se promova às custas das realizações da administração Pública.
- exige que o administrador persiga o objetivo legal, certo e inafastável de qualquer ato
administrativo: o interesse público, o bem comum e além das finalidades específicas apontadas
na lei, sob pena de ilegalidade do ato, caracterizando abuso de poder, na modalidade desvio de
finalidade. Sujeitando-se ao controle pelo Poder Judiciário ( Lei. 4.717/65 - ação popular- art. 2º,
alínea e)
MORALIDADE
Esse princípio torna jurídica a exigência de atuação ética dos agentes da Administração Pública = moral
administrativa. Liga-se à ideia de probidade e boa-fé.
A atenção do gestor não está somente na observância da letra da lei, mas também ao espírito da lei,
que ao legal junte-se o ético.
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1- PUBLICAÇÃO: exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos
administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o patrimônio
público.
EFICIÊNCIA:
O princípio da Eficiência foi inserido com EC 19/1998. Esse princípio traduz a ideia de que a atividade
administrativa deve ser desempenhada de modo eficaz com o mínimo de desperdício e produtividade.
É a noção do conceito de uma Administração Gerencial (flexibilidade organizacional e controle de
resultados) em substituição à Administração Pública burocrática (procedimentos rígidos e inflexíveis).
O ordenamento jurídico está moldando uma Administração Pública nos moldes das administrações
das empresas do setor privado.
Exemplos:
- contratos de gestão, no §8º d art. 37 CF.
- escolas de governo- formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos.
- aproxima-se do princípio da economicidade – art. 70, caput, CF.
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
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De uma forma geral, a legislação promoverá toda a regulamentação da atuação da administração
pública, impondo ao administrador atuação vinculada a lei.
No entanto, a lei não é capaz de definir todos os elementos necessários para a prática de um ato
administrativo, deixando ao legislador uma margem de atuação ao administrador, permitindo que este
pratique alguns atos com maior liberdade, de acordo com a conveniência e oportunidade (atuação
discricionária).
Destacamos que, ainda que a lei confira uma margem de liberdade ao gestor público, existem limites
para essa atuação. Esses limites são estabelecidos pelos princípios da RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE.
Esses princípios não estão previstos de forma expressa na Constituição da República, mas são
referendados em diversas normas infraconstitucionais, dentre elas a Lei Federal 9.784/1999 (regras
gerais do Processo Administrativo).
Tais princípios são tratados, por vezes, como sinônimos pois ambos têm por função limitar o exercício
do poder discricionário, por outro lado a tentativa em estabelecer uma diferença entre ambos não é
uma tarefa fácil.
RAZOABILIDADE: Imprime a ideia de atuação com “bom senso”, considerando os valores comuns de
toda coletividade, balizando as situações postas e as decisões administrativas tomadas com vistas às
necessidades da coletividade. Proibição de excessos.
MOTIVAÇÃO
Trata-se de uma formalidade para explicação dos motivos. Eis que, todo ato jurídico tem motivo,
porém nem todo ato administrativo precisa de motivação (ter os motivos declarados). A regra é a de
que todos os atos e decisões da administração devem ser motivados, devendo assim, haver uma
exposição dos fundamentos e objetivos que levam a determinado ato ou decisão.
Exemplos:
* no caso de punição de servidor: motivo= infração cometida.
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* tombamento: motivo = valor cultural.
*remoção de servidor: motivo= falta de serviço suficiente no local.
AD NUTUM: Excepcionalmente, a lei poderá de forma expressa definir atos e decisões que podem ser
praticados independentemente de motivação. Única exceção: exoneração de ocupante de cargo em
comissão (exoneração ad nutum) por expresso tratamento constitucional.
AUTOTUTELA
Súmula nº 473/STF: A Administração pode anular Art. 53 da Lei 9.784/99: A Administração deve
seus próprios atos, quando eivados de vícios que anular seus próprios atos, quando eivados de
os tornam ilegais, porque deles não se originam vício de legalidade, e pode revogá-los por
direitos; ou revogá-los, por motivo de motivo de conveniência ou oportunidade,
conveniência ou oportunidade, respeitados os respeitados os direitos adquiridos
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
ATENÇÃO !!! A lei não afastará do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (CF, art. 5º, XXXV):
Assim, o Poder Judiciário poderá promover a anulação dos atos administrativos mediante provocação,
porém jamais poderá promover a revogação dos atos de outros Poderes.
SEGURANÇA JURÍDICA
Princípio limitador da autotutela da Administração Pública, pois o gestor público não deve, sem justa
causa, desfazer situações jurídicas consolidadas, mediante invalidação de atos administrativos que
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contenham irregularidades. Posto que, ainda que contenham vícios, tais atos têm cumprido com a
finalidade pública, ou seja, o desfazimento desses atos geraria mais dano que a sua manutenção.
Nos atos e decisões vinculados, cabe à lei garantir essa segurança jurídica. Já nos atos e decisões
discricionárias, cabe ao administrador garanti-la através de convalidação ou saneamento (correção).
PODERES ADMINISTRATIVOS
CONCEITO: São prerrogativas que são conferidas à Administração Pública para a sua atuação na defesa
do interesse coletivo (SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO – PODER), as quais não podem ser renunciadas
(INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO – DEVER).
CARACTERÍSTICAS
a) caráter instrumental: são instrumentos pelos quais a Administração busca atingir o seu fim, qual
seja, a promoção e proteção do interesse público.
b) trata-se de poder-dever: não é uma faculdade, e sim de um dever em utilizá-los, não podendo dispor
de seu exercício.
c) limites definidos em lei: o exercício dos poderes está condicionado à lei (princípio da legalidade)
Por questões didáticas, trataremos esses poderes em um único tópico estabelecendo as diferenças
entre si. Muitos administrativistas defendem que na verdade os poderes vinculado e discricionário não
são poderes, mas se constituem em uma forma de se exercer os outros poderes, eis que haverá
situações em que a atuação do gestor público se dará de forma vinculada e em determinados
momentos a atuação será discricionária.
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Dica: a lei normalmente faz referência ao poder discricionário
com:
- a expressão “poderá”, a “critério da autoridade competente”
- utilização de conceitos jurídicos indeterminados
‘’É a prerrogativa conferida à Administração Pública para editar atos gerais para complementar as leis
e permitir a sua efetiva aplicação. A prerrogativa, registre-se, é apenas para complementar a lei; não
pode, pois, a Administração alterá-la a pretexto de estar regulamentando’’. (José dos Santos Carvalho
filho)
• Regulamentar as leis;
• Não podem inovar no ordenamento jurídico: somente as leis podem inovar no ordenamento
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PODER HIERÁRQUICO
É o poder que tem por objetivo ordenar, coordenar, fiscalizar, controlar e corrigir as atividades
administrativas, no âmbito interno da Administração Pública.
a) Relação de Hierarquia
b) Relação de subordinação
A ocorrência de qualquer uma das causas acima é apenada como insubordinação hierárquica, podendo
implicar na demissão funcional prevista no art. 132, L.8112/90.
ORDEM MANIFESTAMENTE ILEGAL: Vale lembrar que se a ordem do superior for “manifestamente
ilegal”, o subordinado fica isentado do dever de obediência.
• Caso o subordinado cumpra dolosamente a ordem “manifestamente ilegal”, ele responderá
pelo ato solidariamente com o superior, nas três esferas: civil, penal e administrativa.
Subordinação ≠ vinculação:
* subordinação: interna, decorre do poder hierárquico.
É a prerrogativa administrativa de todo superior hierárquico de apurar e punir os ilícitos cometidos por
seus subordinados e pessoas sujeitas à disciplina de órgãos públicos, tendo em vista um vínculo jurídico
estabelecido (por ex. um contrato de prestação de serviços celebrado entre o particular e a
Administração Pública)
Na aplicação do Poder Disciplinar deverá ser observado o CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA com
instauração de Processo Administrativo Disciplinar/PAD ou SINDICÂNCIA.
Poder disciplinar
Vínculo específico - algum vínculo jurídico com a administração pública.
≠
Poder de Polícia
Vínculo geral - qualquer pessoa que exerça atividade que possa acarretar em risco ou transtorno à
coletividade
PODER DE POLÍCIA
CONCEITO: É a atividade do Estado consistente em limitar, restringir, frenar o exercício dos direitos
individuais em benefício do interesse coletivo
DIFERENÇA: Não se pode confundir o poder de polícia administrativa com o poder de polícia judiciária.
Destinatário/ Incide sobre bens, pessoas e direitos Atua sobre as pessoas individual ou
Objeto indiscriminadamente
Momento de Regra: preventivo (evitar danos à Regra: repressivo- apuração de crimes.
Atuação sociedade) Mas pode ser preventivo
Pode ser repressivo: aplicação de
multas, interdição de stabelecimentos,
demolição de obras.
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FORMAS DE MANIFESTAÇÃO:
MEIOS DE ATUAÇÃO:
b) atos gerais: não tem um destinatário específico: ex.: proibição de soltar balões em festas
juninas, horário para venda de bebidas alcoólicas
LIMITES DE ATUAÇÃO: limite quanto aos elementos competência - forma – finalidade dos atos
administrativo.
a) necessidade: utilizar a medida de polícia para evitar ameaças reais ou prováveis que violem
o interesse da coletividade.
COMPETÊNCIA: Exercido por todas as esferas da Federação, tanto na Administração Direta quanto na
Indireta.
ATRIBUTOS:
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B) Discricionariedade: é o agir de acordo de acordo com a conveniência e oportunidade (regra), mas
também pode se manifestar de modo vinculado, como no caso da concessão de licenças para a
realização de atividades (ex.: licença para construir ou dirigir veículos).
/
C) Autoexecutoriedade: é a capacidade que a Administração Pública tem de fazer executar sua
decisão por vias administrativas, sem necessitar de recorrer previamente ao Poder Judiciário.
Alguns doutrinadores fazem uma subdivisão desse atributo em:
- Exigibilidade: tomar decisões que dispensam de se dirigir preliminarmente ao juiz para
impor obrigação ao administrado (é o poder de exigir do cidadão o cumprimento de
obrigações);
- Executoriedade: faculdade de realizar direta e concretamente a execução forçada
quando a lei expressamente autoriza ou quando a adoção da medida for urgente para a
defesa do interesse público e não comportar espera para manifestação do Poder
Judiciário.
/
ATENÇÃO !!!! COBRANÇA DE MULTAS: medida de polícia não dotada de
autoexecutoriedade; depende de ordem judicial prévia para forçar o
pagamento.
- Multa decorrente de contrato: caso em que a execução da multa é
feita diretamente pela própria Administração. Porém, a multa aplicada
nessa hipótese decorre do poder disciplinar, e não do
/
ANOTE !!! DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA:
Não é possível delegar o poder de polícia aos particulares. ( art. 4º, III, da Lei 11.079/05 ) – (embora
muito discutido na doutrina e jurisprudência). Inclusive, o art. 4º, III, da Lei das Parcerias Público-
Privadas (Lei n. 11.079/2005) estabelece que não pode ser objeto de contrato de PPP o exercício do
poder de polícia, por consistir em transferir para particulares essa atividade estatal
SÚMULAS IMPORTANTES:
➢ Súmula n. 419 do STF: Os municípios têm competência para regular o horário do comércio local, desde
que não infrinjam leis estaduais ou federais válidas.
➢ Súmula n. 646 do STF : Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação
de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
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➢ Súmula n. 312 do STJ: No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são necessárias
as notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.
➢ Súmula n. 434 do STJ: O pagamento da multa por infração de trânsito não inibe a discussão judicial do
débito.
CONSEQUÊNCIA: atos são nulos, devendo ser assim declarados pela Administração (autotutela) ou
pelo Judiciário.
ABUSO DE PODER
DESVIO DE PODER EXCESSO DE PODER
O agente atua no limite de sua competência, Atua fora dos limites de sua competência
mas com finalidade diversa da determinada em administrativa, invadindo competências de
lei. Ex.: remoção de ofício de servidor para puni- outros agentes ou atuando fora da competência
lo. que lhe foi delimitada legalmente. Ex.: instituir
imposto através de decreto
Viola o requisito da finalidade. Viola o requisito de competência do ato
administrativo.
ATO ADMINISTRATIVO
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c) Ato administrativo: é toda manifestação de vontade unilateral imputada ao Estado.
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a) irrenunciabilidade: é uma obrigação o exercício da competência (poder-dever). (art.11 ,
L.9.784/99)
b) Imprescritibilidade: o não exercício de uma competência não a extingue. Apenas outra lei
poderá extinguir uma competência.
c) inderrogabilidade: não cabe alteração por vontade entre os agentes públicos (caráter
absoluto).
d) improrrogabilidade: se o agente público não utiliza sua competência, isso não significa que
esta possa ser transferida a outro agente. Salvo a avocação e a delegação. (caráter relativo).
VÍCIOS DE COMPETENCIA:
* Abuso de Poder: Excesso de Poder- quando o agente atua fora ou além de sua
esfera de competência .
VÍCIO DE FINALIDADE
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* remoção de servidor: motivo= falta de serviço suficiente no local.
VÍCIOS DE MOTIVO
Motivo inexistente: O motivo que fundamentou o ato não existe, por isso o ato é
inválido. Ex.: licença para tratar de pessoa da família.
Motivo ilegítimo/inadequado: O motivo que fundamentou o ato existe, mas era
inadequado.
5) OBJETO: é o resultado prático do ato administrativo, o conteúdo do ato.
*Enumera, declara, enuncia, certifica, extingue, autoriza, modifica, etc
➢ Não pode ser convalidado.
Mérito: margem de liberdade existente nos atos discricionários. Poder conferido ao agente para que
decida sobre a oportunidade e conveniência para praticar determinado ato discricionário. Encontra-se
no MOTIVO e OBJETO
ATRIBUTOS/ CARACTERÍSTICAS DO ATO ADMINISTRATIVO
Os atributos são as características dos atos administrativos. São as prerrogativas de poder público
decorrentes do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
* Trata-se presunção relativa (juris tantum): pois admite prova em contrário por terceiros prejudicados
pelo ato. Há a inversão do ônus da prova: quem impugnar/questionar o ato editado, deverá também
provar que é inverídico.
* Esse requisito autoriza a imediata execução do ato administrativo, pois o fato e o conteúdo são
presumidos verdadeiros.
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4) Imperatividade: os atos administrativos serão impostos independente da concordância do terceiro;
• Conhecido também como Poder Extroverso do Estado: pois impõe obrigação unilateral ao
particular.
➢ NÃO ocorre em todos os atos
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS - São formas de extinção dos atos administrativos:
a) Extinção natural: O ato administrativo se desfaz em decorrência do seu mero cumprimento.
b) Extinção objetiva: O objeto do ato desaparece.
c) Extinção subjetiva: O próprio sujeito beneficiário do ato desaparece.
d) Renúncia: O beneficiário abre mão dos efeitos do ato.
e) Anulação: - extinção de ato por outro ato ou por decisão judicial, por motivo de ilegalidade com
efeitos ex tunc.
- Modulação dos efeitos: garantia dos efeitos em relação ao terceiro de boa-fé.
- Vício insanável = anulação obrigatória
- Vício sanável = ato pode ser convalidado
- Atos discricionários e atos vinculados = podem ser anulados.
- Tanto a própria administração como o Poder Judiciário podem anular um ato administrativo.
f) Revogação: ato administrativo válido (produzido legalmente) que se tornou inconveniente ou
inoportuno (controle de mérito).
- efeito ex nunc (opera para frente).
- revogação total ou parcial.
- Só cabe à Administração que produziu o ato.
- Só cabe nos atos discricionários.
g) caducidade/decaimento: Extinção do ato em consequência do surgimento de norma legal proibido
situação que o ato autorizava.
h) Contraposição/derrubada: Edição de novo ato administrativo para contrapor.
i) Cassação: forma de extinção do ato em razão da prática de o particular não ter cumprido com seus
deveres.
a) Atos normativos: atos gerais e abstratos editados para fiel execução de lei.
Exemplo: decretos, deliberações, regulamentos, regimentos, resoluções, etc
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c.1 Licença: Libera a todos que preencham os requisitos legais, o desempenho de atividades em
princípio vedadas pela lei.
*É uma manifestação do poder de polícia. Desbloqueia certas atividades.
*É um ato administrativo vinculado e definitivo.
Ex.: licença para construir; para dirigir
NO INTERESSE PREDOMINANTE DO PARTICULAR.
c.2 Autorização: Expedido para a realização de serviços ou a utilização de bens públicos a
faculdade de exercer uma atividade, serviço
NO INTERESSE PREDOMINANTE DO PARTICULAR.
* É um ato discricionário e precário.
Ex.: autorização para porte de arma, mesa de bar na calçada, bancas.
c.3 Permissão: Expedido para a realização de serviços ou a utilização de bens públicos
NO INTERESSE DA COLETIVIDADE.
* Ato discricionário e precário.
* Ex.: permissão para taxista.
c.4 Admissão: ato administrativo vinculado que faculta, a todos que preencherem os requisitos
legais, o ingresso em repartições governamentais ou defere certas condições subjetivas.
*Exemplo: admissão de aluno em biblioteca pública.
Anote!!!: A coercibilidade e a imperatividade não permeiam os atos negociais.
d) Atos enunciativos: a Administração Pública expressa uma opinião, atesta um fato. Exemplo:
parecer, certidão, declarações, apostilamento.
* Parecer de caráter vinculativo: vincula a decisão do festor, para tanto, esse tipo de parecer precisa
de regulamentação em lei..
e.1 Homologação: ato vinculado pelo qual a Administração reconhece a legalidade de outro ato
anterior da própria Administração ou de entidade diversa.
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a.1 Vinculados: todos os elementos estão previstos em lei. Não há nenhuma margem de liberdade
para o agente público, ele simplesmente faz o que está previsto em lei. Ex.: licença (cumpriu os
requisitos, deve ser concedido).
a.2 Discricionários: há uma margem de liberdade para o agente público. Análise da conveniência e
oportunidade (mérito= motivo+objeto). Competência, finalidade e forma não há discricionariedade.
Ex.: agente público abaixou as calças na repartição. Suspensão ou advertência?
A) QUANTO AOS DESTINATÁRIOS:
b.1 Gerais: são aqueles que não possuem destinatário específico. São editados para a coletividade.
Ex.: decretos do executivo.
b.2 Individuais: possuem destinatários específicos. Não é só uma pessoa, pode ser mais de uma, desde
especificado.
Ex.: PC homologou concurso e nomeia cinco delegados.
C) QUANTO AO ALCANCE:
c.1 internos: geram efeitos dentro da própria Administração Pública.
Ex.: comunicações internas, portarias, ordem de serviço.
c.2 Externos: geram efeitos para fora da Administração Pública.
Ex.: multa de trânsito, licenças, autorizações etc.
D) QUANTO À FORMAÇÃO DO ATO:
d.1 Simples: UMA única manifestação de vontade de UM ÓRGÃO PÚBLICO (independe da quantidade
de agentes, por ex.: conselhos ou órgãos colegiados)
* Ex.: Comissão da PJC/MT que emite ato para mudar a identificação visual da Polícia Civil.
d.2 Complexo: DUAS ou MAIS manifestações de vontade, de DOIS ou MAIS órgãos públicos. Serão
duas ou mais vontades principais.
Ex.: aposentadoria do servidor = Órgão interno + Tribunal de Contas.
d.3 Composto: UMA manifestação de vontade principal e UMA manifestação de vontade acessória.
*Ex.: inexigibilidade de licitação. Agente edita ato principal que depende de confirmação por ato
acessório. Aqui o ato principal já foi formado, o acessório só confirma o principal.
*um só ato, um ato único, resultante da *dois atos, um principal e o outro acessório. O
conjugação de duas ou mais vontades, acessório funciona como condição de eficácia,
emanadas por órgãos distintos (singulares ou operatividade ou exequibilidade do ato
colegiados), que se fundem, se conjugam, se principal.
juntam, se reúnem.
*as vontades que se fundem estão situadas *uma vontade é principal, a outra, acessória.
no mesmo patamar de importância, são
A vontade acessória é instrumental.
homogêneas, vontades emanadas de órgãos
independentes. Atos sujeitos a registro.
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*(a) Decreto assinado pelo Presidente da *a) atos que dependem de autorização,
República e referendado pelo Ministro de aprovação, proposta, parecer, laudo técnico,
Estado; homologação, visto;
E) QUANTO AO OBJETO:
e.1 Atos administrativos de império: a Administração Pública atuando acima do particular. Exercício
de prerrogativas: procedimentos de desapropriação, interdição de atividades.
e.2 Atos administrativos de gestão: aqueles em que a Administração se coloca no mesmo nível do
particular. Ex.: aluguel de imóvel para uma autarquia utilizar.
e.3Atos administrativos de expediente: atos necessários apenas para dar andamento aos
procedimentos administrativos. Visam dar andamento aos serviços.
Não criam direitos ou obrigações.
Ex.: encaminhamento de documentos à autoridade que possua atribuição de decidir sobre o mérito.
F) VÁLIDO X NULO X ANULÁVEL X INEXISTENTE
*considera-se os defeitos do ato administrativo os quais pode ser tratados conforme as teorias:
*Monista: os atos são nulos ou válidos ou Dualista: os atos poderiam ser válidos, nulos ou anuláveis.
f.1 Ato administrativo válido: está totalmente de acordo com o ordenamento jurídico.
f.2 Ato administrativo nulo: aquele que tem um defeito insanável, não admite convalidação.
f.3 Ato administrativo anulável: aquele que possui um defeito, mas este é sanável, admite a
convalidação.
f.4 Ato administrativo inexistente: não é ato administrativo, pois foi praticado por um usurpador da
função pública. Usurpador é aquele que exerce a função de má-fé.
CONCEITOS BÁSICOS
Administração Pública:
a) sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos ou entidades incumbido de
realizar a atividade administrativa, com vistas a atingir os fins do Estado.
- Administração Direta e Indireta.
- Administração Pública (QUEM FAZ)
b) sentido material, objetivo ou funcional: representa o exercício da atividade administrativa.
- administração pública (O QUE FAZ)
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ADMINISTRAÇÃO DIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
1. União 1. Autarquias
2. Estado 2. Fundações públicas
3. Distrito Federal 3. Empresas públicas
4. Municípios 4. Sociedade de economia mista
* seus ministérios e secretarias * agencia reguladoras e agencias executivas (acrescentada por
*CENTRALIZAÇÃO alguns doutrinadores, mas a maioria classifica como Autarquia)
* conjunto de pessoas administrativas
* com personalidade jurídica
* vinculadas à Administração Direta
* DESCENTRALIZAÇÃO das atividades
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a) Por serviço ou outorga (delegação legal, Técnica/serviços/funcional/): a lei atribui ou autoriza que
outra pessoa detenha a titularidade e a execução do serviço.
* normalmente por prazo indeterminado
* Administração Indireta
* ocorre a transferência da titularidade do serviço público
*revogação somente por lei. Se for total, implica a extinção da pessoa jurídica.
b) por colaboração ou delegação (delegação negocial): contrato ou ato unilateral atribui a outa
pessoa a execução dos serviços.
* não há prazo determinado: autorização - tanto para pessoa física quanto jurídica
* concessão: só pessoa jurídica
* transferência apenas da execução do serviço
DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO
Pessoas jurídicas diversas Apenas uma pessoa jurídica
Presença de controle finalístico Presença da hierarquia
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* auto-organização: elaboração de leis *pessoas jurídicas que integram a
*competencia direta da CF administração pública
* sem autonomia política: não pode legislar
Competências de execução das leis
* autonomia administrativa: não são
subordinadas à pessoa política
* são vinculadas: tutela ou supervisão
• personalidade jurídica: os órgãos não possuem personalidade jurídica, quem detém é a pessoa
jurídica que promoveu a desconcentração de suas atividades em órgãos;
• patrimônio próprio: todo o patrimônio utilizado pelos órgãos é da pessoa jurídica a qual pertencem
• capacidade processual: não podem estar em qualquer dos polos de uma relação processual.
Súmula 525/STJ: “a Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade
judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais”
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Autonomia administrativa, financeira e técnica, segundo as
diretrizes dos órgãos superiores
Órgaos diretivos: supervisão, coordenação e controle das atividades
Ministérios, secretarias, procuradoria geral da justiça , AGU
SUPERIORES Poder de direção, mas sem autonomia administrativa e financeira
Subordinados aos controles hierárquicos de uma chefia mais alta
Ex.: gabinetes, procuradorias judiciais, departamentos, divisões
SUBALTERNOS São os se acham na base hierárquica entre órgãos: reduzido poder
decisório: seções de expediente, de pessoal.
DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA.
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE: Em conformidade com o princípio da legalidade e da indisponibilidade
do interesse público, bem como tendo em vista a descentralização dos serviços públicos com a
finalidade de promover maior eficiência na prestação do serviço público, o referido princípio
determina que a lei que cria ou autoriza uma entidade da Administração Indireta deverá estabelecer
com precisão as finalidades de sua criação.
- a lei criadora ou autorizativa deverá ter a precisão do objeto de atuação do ente administrativo, não
podendo estabelecer por exemplo “prestação de serviços público em geral”. Ex.: a criação de uma
universidade com a finalidade educacional, não poderá ter em seu objeto inclusão de serviços públicos
que não sejam correlatos, tal como, transporte urbano coletivo.
1- DA AUTARQUIA
CONCEITO: Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, criada por lei específica, para titularizar
atividade típica da Administração Pública (sem caráter econômico).
Dec. 200/67, art.5º, I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada
* Podem ser federais, estaduais, distritais e municipais
* A CF/88 estabelece regras gerais para todas elas, independentemente da esfera federativa.
* Não se admite autarquias interestaduais ou intermunicipais: celebrar convênios ou consórcios
administrativos: gestão associativa prevista no art. 241 CF
Referência normativas: A Constituição Federal faz menção à administração indireta, porém não
conceitua e nem faz correlação categórica que a autarquia faz parte dela. Essa inclusão decorre de
uma interpretação sistemática do texto da norma maior.
A legislação infraconstitucional faz referência à autarquia:
✓ Estatuto da Reforma Administrativa Federal - Dec. 200/1967: fez referência direta (art. 4º e
5º): informa ser somente em pessoa jurídica.
✓ Decreto-lei 6.016 de 1943:art. 2º: informa tratar-se de pessoa jurídica de direito público
✓ Código Civil art. 41,IV: confirmação de ser uma pessoa jurídica de direito público
Exemplos: INSS, INCRA, IBAMA, DNOCS, INSTITUTO DE PESQUISA DO JARDIM BOTANICO
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CARACTERÍSTICAS
a) personalidade jurídica: por ser pessoa jurídica de direito público - princípio da legalidade: sendo
criadas por lei, têm início de sua existência no mesmo momento em que se inicia a vigência da lei
criadora.
b) criação e extinção: criada e extinta por lei de iniciativa privativa do Chefe d Executiva,
c) objeto: exercem atividades típicas da administração pública, serviços públicos de natureza social
e de atividades administrativas (exclusão dos serviços e atividades de cunho econômico e mercantil)
d) responsabilidade objetiva: ART. 37 ,§ 6 CF: responsabilidade direta: a criador só responde na falta
de patrimônio desta; subsidiariamente.
e) relação com terceiros: praticam atos administrativos, celebram contratos, ato de autoridade:
impugnado por mandado de segurança
f) licitação: devem realizar procedimento licitatório
g) agentes da autarquia: concurso público. Vedação de acumulação de cargo público 37, XVII CF
h) bens: público - inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis
i) imunidade tributária: para impostos sobre o patrimônio, renda e serviços (art. 150 § 2 CF), desde
que em atividades vinculadas às suas finalidade essenciais ou às delas decorrentes.
j) prerrogativas processuais: prazo em quadruplo para contestar e em dobro para recorrer,
prescrição quinquenal de suas dívidas passivas, reexame necessário (duplo grau de jurisdição
obrigatório) em determinados casos; dispensa depósito prévio para interposição de recurso, não
necessita adiantar despesas processuais (salvo quando do depósito para honorários do perito)
CLASSIFICAÇÃO
a) autarquias assistenciais: minorar as desigualdades regionais e sociais: SUDENE (superintendência
do desenvolvimento do Nordeste, SUDAM- superintendência do desenvolvimento da Amazônia,
INCRA- instituto nacional de colonização e reforma agrária).
ADI n. 1.717/DF - OAB não é uma
b) autarquias previdenciárias: voltadas para atividade entidade da Administração
previdência social oficial. INSS indireta da União. A Ordem é um
serviço público independente,
c) autarquias culturais: dirigidas à educação e ao ensino: UFRJ categoria ímpar no elenco das
d) autarquias profissionais ou corporativas: inscrição de certos personalidades jurídicas
profissionais e fiscalizar suas atividades. CRM, CREA. existentes no direito brasileiro.
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h) autarquia territorial: desmembramento geográfico = territórios art. 33 CF. Não chegam a ser
verdadeiras autonomia, mas têm a seu cargo algumas funções privativas conferidas pelo Estado.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS:
Fundamento: Lei federal de nº 11.107/2005 e Decreto nº 6.017/2007.
DENIFIÇÃO: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, para estabelecer
relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum.
PERSONALIDADE JURÍDICA: O consórcio público adquirirá
a) personalidade jurídica de direito público: será uma associação pública, mediante a vigência
das leis de ratificação do protocolo de intenções;
- integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados
b) personalidade jurídica de direito privado: mediante o atendimento dos requisitos da
legislação civil.
* Em qualquer caso: observará as normas de direito público (licitação, celebração de contratos,
prestação de contas e admissão de pessoal- regidos pela CLT)
PROCEDIMENTO:
1. protocolo de intenções dos entes;
2. ratificação mediante aprovação de lei em cada ente (participação do legislativo):
- ratificação só é dispensada, se o Ente da Federação, antes de subscrever o protocolo de
intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio
- reserva: ato pelo qual ente da Federação não ratifica, ou condiciona a ratificação, de
determinado dispositivo de protocolo de intenções;
3. celebração de contrato: entre os entes federativos.
4. contrato de rateio: forma pela qual os entes entregam os recursos financeiros, em cada
exercício financeiro.
ANOTAÇÕES:
I- União: a) Celebração de convênio com consórcios constituídos mediante associação pública;
b) Não pode constituir consórcios unicamente com municípios;
c) Somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os
Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
II- Não pode haver consórcio público celebrado entre um estado e um município de outro estado.
III- Pode ser celebrado consórcio entre o Distrito Federal e municípios.
IV- Pode ser celebrado consórcio entre o Distrito Federal e municípios.
V- ASSEMBLEIA GERAL:
a) Instância máxima dos consórcios públicos, os quais são organizados em forma de estatuto.
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b) Alteração contratual: ratificada por todos os entes consorciados, mediante lei.
c) Retirada do ente da Federação do consórcio: mediante ato formal de seu representante na
assembleia geral, na forma previamente disciplinada por lei.
d) Alteração/ extinção de contrato de consórcio público: dependerá de instrumento aprovado
pela assembleia geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados.
e) Representante legal do consórcio: eleito dentre os Chefes do Executivo dos entes
consorciados.
2- FUNDAÇÃO PÚBLICA
Também denominada de FUNDAÇÃO GOVERNAMENTAL, pois são criadas pelo Estado, não se
confundindo com aquelas criadas pelos particulares.
ORIGEM NO DIREITO PRIVADO: Instituto pelo qual se atribui personalidade jurídica a um patrimônio,
a um conjunto de coisas, que é destinado à realização de certos fins que ultrapassam o âmbito da
própria entidade, indo beneficiar terceiros estranhos a ela.
* não havendo sócios a se beneficiarem com a fundação.
Fundamentação:
└ CF/88 Art. 5º XIX: somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
└ Dec. lei 200/67 -Art. 5º IV: Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de
direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
REGIME JURÍDICO: acerca do regime jurídico das fundações públicas (de direito privado ou de direito
público) existem duas 02 correntes divergentes na doutrina de Direito Administrativo:
a) existência de dois tipos de fundações públicas (posicionamento do STF) :
* fundações públicas de direito público: verdadeiras autarquias, fundações autárquicas,
autarquias fundacionais.
* fundações públicas de direito privado
b) as fundações terão sempre personalidade jurídica de direito privado, à exemplo da Sociedade de
Economia Mista e Empresa Pública.
CARACTERÍSTICAS:
a) Autonomia:
└ administrativa: Tem liberdade para tomar suas decisões nesse setor, sem necessitar de
concordância da Administração Direta. Ex: Pode contratar pessoas através de concurso, adquirir bens
através de licitação; Gerir as suas atividades.
└ financeira: Tem verbas próprias para gerir suas atividades. A principal fonte de verbas vem
do orçamento, mas não impede que possam cobrar pelos serviços que prestam.
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* Patrimônio próprio personalizado.
b) Criação:
• Se for pessoa jurídica de direito público: A lei específica cria.
• Se for pessoa jurídica de direito privado: A lei específica autoriza a sua criação. Assim, só
adquiriram personalidade jurídica após aprovação e registro dos Estatutos.
A lei deve ser específica, ou seja, para cada Fundação deve existir uma lei. “Somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo a lei complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação” (art.
37, XIX da CF).
c) Privilégios:
• Se for pessoa jurídica de direito público: Tem os mesmos privilégios da Administração Direta,
isto é, prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.
• Se for pessoa jurídica de direito privado: Não tem privilégios.
Privilégios tributários (art. 150, §2º da CF): As Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
são imunes a impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, vinculados a suas finalidades essenciais
ou delas decorrentes. – Não são imunes às taxas e contribuições de melhoria.
d) Responsabilidade: OBJETIVA
As próprias Fundações respondem por obrigações, compromissos e prejuízos que causarem a
terceiros, por consequência lógica da sua autonomia e patrimônio.
A Administração direta pode ser chamada a responder pelas obrigações contraídas pelas Fundações
apenas em caráter subsidiário (depois de esgotadas as forças das autarquias) e não solidário.
e) Pessoal: Concurso público (art. 37, II da CF/88)
• Se for pessoa jurídica de direito público: regra das autarquias, pode ser de emprego público
ou cargo público.
• Se for pessoa jurídica de direito privado: regra do emprego público (celetistas), no entanto,
estão vedados a acumulação de cargos públicos (art. 37, XVII, CF/88)
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EMPRESAS ESTATAIS
Segundo a doutrina, as empresas estatais são pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação se dá
pelo Estado, autorizada por lei, com a finalidade de prestar serviço público ou explorar atividade
econômica, em caráter suplementar, desde que necessário aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse público.
Espécies: * EMPRESA PÚBLICA
• SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
CARACTERÍSTICAS:
a) Lei: Autoriza a criação da empresa estatal. A extinção também deverá mediante lei.
O nascimento destas pessoas jurídicas ocorre com o registro em cartório de seus respectivos
atos constitutivos (estatuto ou contrato social).
b) Regime de direito privado: as estatais têm regime próprio das empresas privadas
• Igualdade em contratos (Direito Civil e Comercial)
• Regime de contratação será celetista (CLT): Justiça do Trabalho
• Não há imunidade tributária (Exceção: Correios)
• Não possui prerrogativas processuais.
• regime jurídico é híbrido (ou misto): porque, constantemente, o direito privado é parcialmente
afastado, para fins de aplicação de normas de direito público
c) Licitação:
• art. 173,§1º, III: lei específica disporá sobre licitação, devendo ser mais célere e simples que a
lei nº 8.666/93.
• Lei 13.303/2016
Posições:
a) Estatais prestadoras de serviços públicos: realizam licitação em todas as situações;
b) Estatais exploradoras de atividade econômica: licitação somente para os casos de atividade
meio.
d) Responsabilidade civil:
a) Prestadoras de serviço público: OBJETIVA (37,§6º CF/88)
b) Exploradoras de atividade econômica: SUBJETIVA
e) Bens:
a) Prestadoras de serviço público: não poderão ser penhorados
b) Exploradoras de atividade econômica: segue o regime próprio das empresas privadas: cabe
penhora, salvo se essências para o desenvolvimento da atividade
* Tem divergência doutrinária: entendimento de que o regime será sempre de direito privado.
f) Agentes estatais:
• Realização de concurso público
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• Dispensa de concurso: contratação de pessoal de maior qualificação
• Impossibilidade de acumulação de cargos, função (art. 37, XVI e XVII, CF/88)
g) Atividade econômica suplementar:
• A ordem econômica é fundada na livre iniciativa e na livre concorrência (art. 170, CF/88)
• intervenção direta na atividade comercial: realiza concorrência com as demais empresas do
setor
• Excepcionalidade da empresa estatal (art. 173 CF/88): atuação na atividade econômica em
duas situações
d) De relevante interesse público.
e) De imperativo de segurança nacional
DEFINIÇÃO: As paraestatais são pessoas de direito privado que colaboram com o Estado em atividades
de interesse público.
Estão ao lado (paralelas) do Estado, na prestação de atividades de interesse social.
Dedicação exclusiva ao fomento (incentivo).
Parafiscalidade: não pode estabelecer tributos, somente cobrar tributos.
CLASSIFICAÇÃO: Desenvolvem atividades de interesse social, são elas:
1- SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS (SISTEMA S)
2- ENTIDADES DE APOIO
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3-ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS)
4-ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIPS)
*CARACTERÍSTICAS:
a) Recebem incentivo do Estado: recurso do orçamento ou permissão para uso de bens públicos.
b) Não integram a Administração Pública.
c) Sujeitas a fiscalização dos Tribunais de Contas.
d) Sujeitas ao controle direto ou indireto da Administração Pública.
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CONCEITO: Organizações sociais (OS): uma associação ou fundação privada e recebe a qualificação
jurídica para ser entidade paraestatal, mediante celebração de contrato de gestão com o Estado (esse
destina recursos públicos, pessoal ou bens).
- Pessoa jurídica de direito privado;
- Constituída sob forma de fundação, associação ou cooperativa;
- Qualificação discricionária pelo Ministro ou titular do órgão supervisor do seu ramo de atividade e
pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;
- Finalidade: ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação
do meio ambiente, à cultura e à saúde.
- Prestação de atividades não exclusivas do Estado.
- Sem fins lucrativos.
- Celebração de contrato de gestão: normalmente área da saúde par cumprimento de objetivos fixados
com investimento da Administração Pública.
- Cabe fiscalização da administração pública e pelos tribunais de contas;
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP):
- Fundamento: Lei 9.790/1999 e Decreto nº 3.1000/1999
-Surgem de qualificação jurídica dada a pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos.
- Finalidade: desempenho de atividades sociais não exclusivas: assistência social, cultural, proteção
ao patrimônio histórico e artístico, meio ambiente, desenvolvimento econômico re social e a
pobreza;
- Celebração de termo de parceria com o Estado
- Requerimento: ato vinculado do Ministério da Justiça
-Não podem celebrar parceria com o Estado, na forma de OSCIP:
✓ sociedades comerciais;
✓ sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
✓ as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais;
✓ organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
✓ organizações sociais;
✓ cooperativas;
✓ fundações públicas;
✓ fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por
fundações públicas;
34
BENS PÚBLICOS
1-ASPECTOS GERAIS Art. 98. CC: São públicos os bens
do domínio nacional
• bens jurídicos: móveis e imóveis (art. 98, CC/02) pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público
• titularidade do Estado- regime jurídico: direito público.
interno; todos os outros são
• finalidade: destinados para uso direto do particulares, seja qual for a
pessoa a que pertencerem
Poder Público, assim como aqueles destinados à
utilização direta ou indireta da Coletividade.
a) função pública
Então quem são as pessoas de direito
b) proteção especial público interno?
2- CLASSIFICAÇÃO
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VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para
fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira
por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,
designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional,
e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
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podem ser onerosos, conforme a lei dispuser (103CC) - ex.: cobrança de estacionamento em
vias públicas, zoológico.
.....................................................................................................................................................
B) USO ESPECIAL (patrimônio reservado) = consecução dos fins (art. 99,
II CC)
* utilizados para um fim específico: prestação de serviços, ou seja, estão
afetados a uma finalidade pública.
ex.: bibliotecas, teatros, escolas, quartel, fóruns,
museus, etc.
- terras ocupadas pelos índios: em caráter permanente (art. 231, §1º CF). Pertencem à União
(art. 20, XI/CF)
.....................................................................................................................................................
C) DOMINICAIS (bens do patrimônio público disponível ou bens do patrimônio fiscal) = sem
destinação pública específica (arts. 101, 99, III CC e 17, 8666/93)
DIFERENCIE
AFETAÇÃO DESAFETAÇÃO
Bens públicos com destinação – fim Bens públicos sem destinação específica -
específico desconsagração
Sem possibilidade de alienação (art. 100 Possibilidade de alienação (art. 101 CC/02)
CC/02)
Domínio Público: Domínio privado:
Bem de uso comum Bem dominical
Bem de uso especial
Desafetação/afetação = pode ser tanto um fato administrativo (sem necessidade de
formalização) quanto mediante ato administrativo (procedimento formal)
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3- CARACTERÍSTICAS
a) dação em pagamento
b) doação: interesse público – com cláusula de reversão
c) permuta
d) venda para outro ente da Administração
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e) investidura: 17, §3º e 22,II, a
f) retrocessão: desapropriação
➢ Da investidura: 17, §3º
I- é a alienação aos proprietários lindeiros de área pública remanescente ou resultante de obra
pública, que não mais interessa à Administração (inaproveitável isoladamente)
II- a alienação aos legítimos possuidores diretos ou na falta deles, ao Poder Público, de imóveis
para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que
considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria
de bens reversíveis ao final da concessão
➢ Da retrocessão: desapropriação
*reversão ou reaquisição: é o direito que tem o expropriado de exigir de volta o seu imóvel
caso o mesmo não tenha o destino para que se desapropriou.
A jurisprudência e a doutrina majoritárias afirmam que somente é possível o exercício do
direito de retrocessão quando é dado ao bem outra destinação que não seja de interesse
público ( tredestinação ) ou que não lhe tenha dado destinação alguma.
39
5.2 PERMISSÃO DE USO
*interesse público e privado (tem uma finalidade pública
também)
* ato unilateral
*ato intuito personae (não é possível
transferência)
* discricionário
* título precário
*oneroso/ gratuito – com ou sem
condições
*não gera indenização: regra
* pode ocorrer licitação
* temporário: longa duração
ex.: banca de jornal, barracas em feiras livres, Box em mercados públicos, mesas e cadeiras
em calçadas, banheiros em praias.
.....................................................................................................................................................
..........
5.3 CONCESSÃO DE USO
*Concessão comum de uso ou Concessão administrativa de uso: É o contrato por meio do
qual delega-se o uso de um bem público ao concessionário por prazo determinado para que
explore segundo sua destinação específica. Por ser direito pessoal não pode ser transferido,
“inter vivos” ou “causa mortis”, a terceiros.
-remunerada ou gratuita, tempo certo ou indeterminado, autorização legal, normalmente
modalidade concorrência
Ex: Área para parque de diversão; Área para restaurantes em Aeroportos; Instalação de
lanchonetes em zoológico; concessão remunerada de um hotel municipal, áreas de mercado,
locais para bares e restaurantes em edifícios e logradouros públicos.
* concessão de direito real de uso: direito real resolúvel. Possibilidade de sucessão, intervivos
ou mortis causa. Necessária a Licitação.
* concessão de uso especial para fins de moradia: MP 2.220/01
- posse por 05 anos até 22/12/16
- imóvel de até 250m²
- uso para fins de moradia
- o possuidor não ser proprietário de imóvel urbano ou rural.
- ato administrativo vinculado
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6. TERRAS DEVOLUTAS:
SERVIÇO PÚBLICO
FUNDAMENTO:
1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Preceito geral: CF/1988 – Título VII – Da ordem Econômica e Financeira:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
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Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos,
o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições
de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Titularidade: Poder Público. Isto significa que não são livres à iniciativa privada. Caso o
particular pretenda exercer alguma atividade regida pelo art. 175 da CF/88, obrigatoriamente
deverá receber delegação do poder público, cujo instrumento será um contrato de concessão
ou de permissão de serviço público, sempre precedido de licitação, ou ainda, nas restritas
hipóteses em que admitido, um ato administrativo de autorização de serviço público.
✓ Poder Público: é quem realiza a prestação de serviços públicos
diretamente ou indiretamente (concessão ou permissão).
✓ A delegação do serviço público nunca transfere a titularidade, por esse
motivo que afirma-se que há prestação indireta do serviço público pelo Estado
quando sua prestação é delegada a um particular.
✓ O art. 175 trata de serviços públicos que tem possibilidade de ser
explorados com intuito de lucro, sem perder a natureza de serviço público
(art. 21, XI e XII, art. 25, §2º e art. 30, V)
Nesse sentido foi editada a lei de nº 8.987/1995 que dispõe sobre o regime geral de concessão
e permissão da prestação de serviços públicos.
ESCOLA SUBJETIVA: 1ª Serviço público em sentido subjetivo (orgânico): será serviço público
todo aquele prestado pelo Poder Público. Não é adotada no Brasil, pois pessoas que não
integram a Administração (ex.: delegatários) também podem prestar serviços públicos.
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ESCOLA ESSENCIALISTA: 2ª Serviço público em sentido objetivo (material): reporta a uma
determinada atividade ou ao conjunto delas. Não é adotada pelo Brasil, pois existem alguns
serviços que, mesmo essenciais, não podem ser considerados públicos.
ESCOLA FORMALISTA - 3º Serviço público em sentido formal (legalista): Para que um serviço
seja considerado público, é necessário definição no texto legal ou constitucional.
NOTA: Somente pode ser serviço público uma prestação, “um fazer algo”, de sorte que essa
prestação configure, em si mesma, uma utilidade comodidade material para a população
em geral.
Assim, ficam excluídas:
a) Atividade jurisdicional, a atividade legislativa e a atividade de governo
(atividade política).
b) O fomento em geral (qualquer prestação cujo objeto seja “dar algo”, em vez
de “fazer”).
c) Todas as atividades que impliquem imposição de sanções,
condicionamentos, proibições ou quaisquer outras restrições (ex.: polícia
administrativa e intervenção do estado na propriedade privada).
d) As obras públicas (pois, é o resultado desse “fazer algo”).
ESTRUTURA DO CONCEITO:
43
3- CLASSIFICAÇÕES:
44
3.4 Serviços públicos próprios e impróprios.
Nota:
1-Hely Lopes Meirelles adota classificação diferenciada: a) próprios: aqueles que
se relacionam especificamente com as atribuições do Estado e só podem ser
prestados por órgãos ou entidades públicas sem delegação à particulares (ex.:
segurança pública); b) impróprios: não afetam substancialmente as necessidades
da comunidade, portanto, podem ser prestados pela Administração Direta ou
Indireta, e ainda delegados mediante prestação por concessionárias ou
permissionárias.
45
competência do estado para a regulamentação do serviço público intermunicipal de
passageiros
e) Competência administrativa comum: todos os entes poderão atuar paralelamente em
situação de igualdade (art. 23).
f) Competência legislativa concorrente: concorrência vertical legislativa entre os entes (art.
24)
Nota: Sobre esse ponto, temos a questão direito de greve do servidor público: Art.37, VII, CF - o direito
de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; Se o serviço deve ser
ininterrupto, o servidor tem direito de greve? O servidor público tem direito de greve (art.37, VII, CF).
Ocorre que este dispositivo diz que o direito de greve do servidor público será exercido conforme a lei
específica (ordinária). Na ausência de lei específica, o STF já decidiu pela admissão, enquanto não for
aprovada a lei de greve do servidor público, aplicando-se a lei do trabalhador privado no que couber (Lei
7.783/89).
5.2. Generalidade: o presente princípio significa, de um lado, que os serviços públicos devem
ser prestados de tal forma a beneficiar o maior número possível de indivíduos, bem como,
serem eles prestados sem discriminação entre os beneficiários.
5.3. Eficiência: impõe a obrigatoriedade de se atualizar e valer-se das inovações tecnológicas
para garantir um serviço público de qualidade, sem desperdícios, e de baixo custo. (inciso IV,
parágrafo único, do art. 175 da CF, faz menção a expressão serviço adequado).
5.4. Modicidade: os serviços públicos não devem ser prestados com lucros ou prejuízos, mas
sim mediante taxas ou tarifas justas, que proporcionem a remuneração pelos serviços e
garantam o seu aperfeiçoamento e expansão.
5.5. Atualidade: exige uma constante atualização tecnológica dos instrumentos e técnicas
utilizados na execução de suas atividades, cuidando-se das instalações e de sua conservação,
buscando sempre a melhoria e a expansão dos serviços públicos.
46
5.6. Cortesia: se revela no bom atendimento e digno tratamento para com o público na
fruição dos serviços públicos..
5.7. Segurança: é a prestação dos serviços ao usuário com segurança, tendo em vista a
natureza do serviço. Não deve haver qualquer descuido ou omissão na execução dos serviços,
de manutenção dos equipamentos utilizados na prestação dos serviços públicos.
5.8. Mutabilidade: também conhecido com princípio da flexibilidade dos meios aos fins,
permite alterações na execução dos serviços públicos, sendo assegurada a revisão ou
rescisão unilateral dos contratos administrativos com o objetivo de adequá-lo ao interesse da
coletividade.
Com exceção do último item tratado (5.8), essa é a lista prevista na lei. Mas, é comum de
deparar com classificações doutrinárias divergentes
47
7- CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
✓ Poder concedente: exclusivamente os entes federados. Há uma
discussão acerca da possibilidade da Administração Indireta figurar
como poder concedente, é o que ocorre com as agencias reguladoras.
d) os serviços postais.
48
Nota 2 - licitação prévia à celebração dos contratos
Regra: as concessões e permissões devem ser sempre precedidas de licitação (art. 175 caput)
✓ Concessões: modalidade concorrência (art. 2º, II da lei 8987/1995), o mesmo se
aplica a outorga de subconcessões (art. 26, §1º).
✓ Permissões: outras modalidades poderão ser adotadas (art. 14).
art. 16 da lei 8.987/95: ausência de exclusividade na outorga de concessão ou permissão .
Somente se for técnica e economicamente inviável a coexistência de duas ou mais concessões
ou permissões para o mesmo serviço público é que a delegação poderá ter caráter exclusivo,
desde que devidamente demonstrada fundamentadamente no ato que precederá o edital de
licitação, previsto no art. 5º da lei.
Nota 3- Dos prazos:
A lei 8.987/95 – não estabeleceu prazos: cabendo às leis reguladoras próprias dos diversos
serviços públicos, editadas pelos entes federados constitucionalmente competentes,
estabelecer prazos de duração das correspondentes concessões ou permissões.
Na ausência de lei que estabeleça a duração de uma determinada concessão ou permissão,
cabe ao poder concedente fixar o prazo em cada caso, já na minuta de contrato anexada ao
edital na prévia licitação.
49
Celebração com pessoa jurídica ou Celebração com pessoa física ou jurídica;
consórcio de empresa, mas não com pessoa não prevista permissão a consórcio de
física. empresas.
Não há precariedade Delegação a título precário
Não é cabível regovação do contrato Revogabilidade unilateral do contrato pelo
poder concedente
50
inconstitucional somente a autorização sem prévia licitação. Vedação do art. 175 da CF. Não
há manifestação no STF sobre essa temática
51
VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos
quais lhes são prestados os serviços.
Observação:
1- As obrigações da concessionária (permissionária) estão elencadas no art. 31 da lei 8.987/95.
2- O art. 7-A da lei 8.987/95 determina que "as concessionárias de serviços públicos, de direito
público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor
e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem
os dias de vencimento de seus débitos'.
3- O art. 31, Parágrafo único da lei 8.987/95 informa que "as contratações, inclusive de mão-
de-obra, feitas pela concessionária serão regidas pelas disposições de direito privado e pela
legislação trabalhista, não se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros contratados
pela concessionária e o poder concedente".
11- PRERROGATIVAS DO PODER CONCEDENTE - art. 29 da Lei 8.987/95
As prerrogativas do Poder Público também estão esculpidas na Lei de Licitações e Contratos
de nº 8.666/93, denominadas de cláusulas exorbitantes e possuem as seguintes
características:
a) alteração unilateral dos contratos
b) extinção unilateral do contrato
c) fiscalização da execução do contrato
d) aplicação direta das sanções
e) decretação da denominada ocupação temporária (ou ocupação provisória)
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Art. 30, Parágrafo único. A fiscalização do serviço será feita por intermédio de
órgão técnico do poder concedente ou por entidade com ele conveniada, e,
periodicamente, conforme previsto em norma regulamentar, por comissão
composta de representantes do poder concedente, da concessionária e dos
usuários.
d) poder de aplicar diretamente penalidades contratuais e administrativas
A lei 8.987/95 não faz qualquer referencia acerca das espécies de sanções administrativas,
portanto, aplicam-se aquelas dos arts 86 e 87 da lei 8.666/93. Faz-se uma ressalva a menção
da lei 8.987/95 da possibilidade das penalidades administrativas e contratuais (art. 23, VIII).
Ademais, salientamos que a lei 8.987/95 informa que as penalidades devem constar
expressamente como clausula essencial do contrato de concessão (ou permissão), e ainda
devem, previamente, ser explicitadas na minuta deste, o qual constitui parte integrante
obrigatória do edital da licitação (art. 18, XIV).
e) poder de intervenção na concessão (ou permissão)
A lei 8.987/95, trata do assunto em seus arts. 32 ao 34. De forma sintética apresentamos suas
características:
a) ocasionada pela prestação do serviço inadequado;
b) procedimento acautelatório (não é uma sanção), no qual o poder concedente assume a
gestão direta do serviço público;
c) determinada por decreto: ato privativo do chefe do executivo, contendo: designação do
interventor; prazo, objetivos e limites da intervenção - sem contraditório e defesa prévios.
d) embora a lei não estabeleça prazo mínimo ou máximo, não existe intervenção por prazo
indeterminado;
e) decretada a intervenção: o poder concedente deverá instaurar procedimento
administrativo no prazo de 30 dias para comprovar as causas determinantes da medida e
apurar responsabilidade, assegurado o direito a ampla defesa.
f) procedimento administrativo: concluído no prazo de até 180 dias.
g) intervenção não resulta obrigatoriamente na extinção da concessão (ou permissão); se
não for o caso de extinção, cessada a intervenção administração do serviço será devolvida à
concessionária (ou permissionária)
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Extinto o contrato, independente do motivo, será garantido aos concessionários o pagamento
de uma indenização pela parcela não depreciada ou amortizada dos bens reversíveis.
Nota: indenização - não cabe por lucros cessantes, mas as parcelas não depreciadas ou não
amortizadas dos investimentos efetuados nos bens reversíveis com o objetivo de garantir a
continuidade e a atualidade do serviço concedido.
c) caducidade (art. 38 e 37)
- em razão da inexecução total ou parcial do contrato por parte da concessionária
- comunicação à concessionária antes da instauração do processo administrativo, dos
descumprimentos contratuais que lhe são imputados, coma fixação de prazo para que ela
corrija as falhas e transgressões apontadas.
- se não ocorrer a correção: instauração do procedimento administrativo por decreto do
poder concedente
- decretação: ato discricionário (§1º do art. 38): A caducidade da concessão poderá ser
declarada pelo poder concedente quando:
I- o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por
base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do
serviço;
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou
regulamentares concernentes à concessão;
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as
hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para
manter a adequada prestação do serviço concedido;
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos
prazos;
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VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de
regularizar a prestação do serviço; e
VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180
(cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no
curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
- decretação: ato vinculado (caput do art. 27: A transferência de concessão ou do controle
societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a
caducidade da concessão)
- a indenização não é prévia: calculada durante o processo. Ademais, descontam-se do
montante de indenização calculado as multas contratuais e o valor dos danos, eventualmente,
causados pela concessionária.
- extinta a concessão por caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie
de responsabilidade em relação aos encargo, ônus, obrigações ou compromisso com terceiros
ou com empregados da concessionária.
d) rescisão (art. 39)
- é sempre judicial.
- descumprimento de normas contratuais pelo poder concedente.
- o serviços não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão transitada em julgado
que reconheça o inadimplemento do poder concedente e autorize a concessionária a
considerar extinto o contrato pela rescisão (parágrafo único, art. 39).
e) anulação (art. 35, V)
-- é a extinção decorrente de vício: motivo de ilegalidade ou ilegitimidade.
- declarada unilateralmente pelo poder concedente ou pelo Poder Judiciário, mediante
provocação.
- acarreta na responsabilização de quem tiver causado a ilegalidade.
- aplicam-se as regras do art. 59 da lei 8666/93.
f) falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular,
no caso de empresa individual (art. 35, VI)
- fundamento: natureza pessoal (intuito personae) dos contratos
- a lei 8.987/95 não estabeleceu qualquer forma a ser observada
- extinção ocorre de pleno direito, isto é, automaticamente, independentemente de qualquer
ato decisório por parte da Administração Pública, ou qualquer procedimento especial que
precise ser expressamente estabelecido em lei - geral ou específica
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