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DIREITO ADMINISTRATIVO

AGENTES PÚBLICOS: É toda pessoa física que atua como órgão estatal, produzindo
ou manifestando a vontade do estado.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime
jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas.
1% dos cargos públicos, pode ser cargos em comissão, o restante deve ser por via de
concurso.
1) Contrato temporário:
a) Pode ser feito sem concurso público;
b) Deve haver previsão em lei;
c) Os agentes temporários exercem função pública e não cargo público ou
emprego público.
Cargo público é aquele ocupado por servidor público; são criados por (lei ou medida
provisória). Cargo vago pode ser extinto por decreto, conforme o art. 84, VI, b da CF.
“Aqui o agente presta concurso público, espera a posse, depois vai para o exercício.
estão sujeitos ao regime estatutário e são escolhidos através de concurso público. Além
disso, possuem estabilidade, que é uma garantia constitucional de permanência no
serviço público após 3 (três) anos de estágio probatório e aprovação em avaliação
especial de desempenho”.
Emprego público é aquele ocupado por empregado público que pode atuar em entidade
privada ou pública da Administração indireta. O empregado público passa por um
concurso público, mas seu regimento é CELETISTA. “Estão localizados na
administração pública indireta, especialmente nas Empresas Públicas e Sociedades de
Economia Mista. Os empregados públicos não gozam da garantia constitucional da
estabilidade”.
Função pública é um conjunto de atribuições destinadas aos agentes públicos,
abrangendo à função temporária e a função de confiança. “podem ser vistos na
Administração Pública direta ou indireta, desde que atenda aos dois requisitos exigidos
pela Carta Magna de 1988, em seu artigo 37, inciso IX, quais sejam: necessidade de
contratação temporária; e excepcional interesse público. Ademais, estão sujeitos ao
regime especial e são selecionados através de processo seletivo simplificado”.
“Todo cargo ou emprego público tem função, mas pode haver função sem cargo e sem
emprego. A função sem cargo e sem emprego é denominada função autônoma, que na
forma da Constituição atual, abrange: A função temporária – exercida por servidores
temporários na forma do art. 37, IX da CF – e a função de confiança – prevista no art.
37, V, da CF, e exercida exclusivamente por servidores públicos titulares de cargos
efetivos e que se destinam a apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”.
Cumulação de cargo: Como regra geral, não é permitida a acumulação de cargos ou
empregos públicos, exceto nas seguintes situações:
A) dois cargos de professor;
B) um cargo de professor com outro técnico ou científico;
C) dois cargos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas.
Cargos eletivos: São os cargos em que as pessoas são votadas para exercerem cargos
executivos e legislativos.
O provimento se dará com a NOMEAÇÃO e a INVESTIDURA com a POSSE.
Estabilidade: A estabilidade no serviço público é a garantia de emprego ao servidor
público após um determinado período de tempo. Seu maior objetivo é garantir a
continuidade dos serviços, protegendo o servidor e o estado de práticas de um ou outro
governado em detrimento ao interesse público.
i) Investidura em cargo efetivo sobre aprovação em concurso público;
ii) 3 anos de exercício efetivo;
iii) Aprovação em avaliação especial de desempenho;
Vacância: É o desligamento de cargo público efetivo, com geração de vaga, que
possibilita ao servidor aprovado em concurso público ser nomeado para outro cargo não
acumulável, independente da esfera de poder, e sem que haja o rompimento da relação
jurídica com o ente onde se encontra.
Dar-se-á a vacância por:
a) Exoneração;
b) Demissão;
c) Promoção;
d) Readaptação;
e) Aposentadoria;
f) Falecimento;
g) Posse em outro cargo;
EXONERAÇÃO: A exoneração é a quebra do vínculo entre a administração pública e
o servidor, mas sem caracterizar uma punição. Na exoneração, ocorre o desligamento do
servidor pela administração pública ou a pedido do próprio funcionário. É por isso que a
exoneração não acontece para punir o servidor público. Uma questão rotineira é a
exoneração de servidor em cargo comissionado, em que a administração pode o
exonerar pelo simples fato de não ter interesse em manter aquele funcionário.
DEMISSÃO: A demissão do serviço público é uma penalidade em razão da prática de
uma falta grave pelo servidor público. As faltas graves passíveis de punição com
demissão estão previstas na Lei nº 8.112/90, conhecida como Estatuto dos Servidores
Públicos Federais:
 Praticar corrupção passiva, ativa, contrabando, tráfico de influências,
prevaricação e outros crimes contra a administração pública;
 Faltar ao trabalho intencionalmente por mais de 30 dias sem justificativas legais;
ausentar do trabalho por mais de 60 dias de modo injustificado em um período
de 12 meses;
 Cometer ato de improbidade administrativa, como enriquecimento ilícito e
defasagem dos cofres públicos;
 Cometer atos que vão de encontro aos princípios da administração pública;
aplicar irregularmente o dinheiro público — ainda que seja um ato de boa-fé;
 acumular ilegalmente cargos ou funções públicas;
 prestar conduta escandalosa à administração de modo a denegrir a imagem da
repartição na qual está lotado, entre outros.
PROMOÇÃO: Quando um servidor público é promovido, também acontece a vacância
do cargo público, porque o servidor deixa de exercer aquela função.
A promoção pode acontecer quando você deixa sua função de origem para ocupar um
cargo de maior nível, mas dentro da própria classe. Nesse caso, o cargo mais baixo deve
ficar vago após acontecer o seu provimento à função superior.
READAPTAÇÃO: Uma doença incapacitante ou acidente, pode fazer com que o
servidor público tenha limitação física ou mental. Assim, após apresentar o laudo da
junta médica, você pode ser removido para outro cargo público adequado à sua nova
condição. Quando o servidor readaptado for removido (que é o nome da transferência de
servidores), o cargo anterior ficará vago.
APOSENTADORIA: A aposentadoria do servidor público é um dos principais
motivos para a vacância de cargo público. Atualmente, existem 4 aposentadorias no
serviço público: voluntária, compulsória, especial ou por invalidez.
Na aposentadoria voluntária, se você entrou no serviço público após a reforma da
Previdência de 2019 ou se falta muito tempo para se aposentar, as novas regras são:
- Homem: 65 anos de idade + 25 anos de tempo de contribuição
- Mulher: 62 anos de idade + 25 anos de tempo de contribuição
Nesse tempo de contribuição, devem estar incluídos na contagem:
- 10 anos de carreira no mesmo órgão
- 5 anos de efetivo exercício no cargo anterior a aposentadoria
Já a aposentadoria compulsória acontece de forma automática, sem autorização do
servidor ou do órgão público em que você trabalha.
Até 03/12/2015, a idade mínima para a aposentadoria compulsória era de 70 anos.
A partir de 04/12/2015, a idade máxima passou para 75 anos.
A aposentadoria especial tem o objetivo de equilibrar a liberação do benefício a alguns
servidores públicos que trabalham nas seguintes condições:
pessoas com deficiência; atividades de risco à vida e à saúde; atividades em alta
exposição a agentes nocivos, insalubres e periculosos ao funcionário
Agora, a aposentadoria por invalidez acontece quando o funcionário público está
incapaz de forma permanente para o trabalho, em razão de doença ou acidente. Em
geral, essa aposentadoria é liberada após algum tempo recebendo a licença por doença.
Assim, se for verificada a incapacidade permanente, é liberada a aposentadoria.
FALECIMENTO: O falecimento do servidor público também é um motivo para a
vacância do cargo, porque ocorre o seu desligamento em razão da morte. A chefia
imediata deve comunicar às autoridades superiores sobre o falecimento do subordinado,
fazendo com que aconteça as formalidades burocráticas para o desligamento.
POSSE EM OUTRO CARGO: É aquele em que o agente é aprovado em concurso
público ou empossado a uma função em comissão / função de confiança e etc.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Improbidade administrativa é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da


Administração Pública no Brasil, cometido por agente público, durante o exercício de
função pública ou decorrente desta.

ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA DOLOSA NÃO PRESCREVE.

PODERES ADMINISTRATIVOS
Prerrogativa/Instrumento que o Estado tem para a perseguição do Interesse Público ou
meios e modos da atuação administrativa, cometidos à administração para o exercício
de suas competências. São poderes instrumentais, diversos dos poderes políticos, que
são estruturais e orgânicos porque compõem a estrutura constitucional do estado.
Características:
a) Poder-dever (ou dever-poder);
Deveres do administrador:
Macete: PEPA

 Probidade;
 Eficiência;
 Prestar contas;
 Agir;
b) Irrenunciáveis;
c) Imprescritíveis;
d) Podem ser exercidos de forma conjunta;
São 6 modos os poderes, sendo: Poder Vinculado, Discricionário, Hierárquico,
Disciplinar, Regulamentar e Poder de Polícia.

A) PODER VINCULADO: Seu nome nasce em razão do fato de se exigir uma


atuação vinculada à lei, que já determina os elementos, os requisitos dos atos
administrativos. O ato possui um conteúdo regrado.
É a delimitação da atividade administrativa, sem que haja a análise de
conveniência pelo agente público.

B) DISCRICIONÁRIO: É uma certa margem de liberdade conferida ao agente


público, quando à conveniência, oportunidade e conteúdo. É uma atuação do
agente dentro da lei. É aquele conferido por lei ao administrador público para
que, nos limites nela previstos e com certa parcela de liberdade, adote, no caso
concreto, a solução mais adequada satisfazer o interesse público.

EXEMPLO: Permissão de Uso de Bem Público – Digamos que o Dono de um


Bar resolva colocar mesinhas na calçada. Acontece que a calçada é um Bem
Público. Mas eu posso colocar mesinhas nas calçadas? Claro que sim, desde que
a Administração Pública autorize (aqui temos o que chamamos de Permissão de
Uso de Bem Público). Diante de um Requerimento dessa natureza, o
Administrador Público analisará, com Liberdade, se deferirá ou não esse Pedido,
fazendo um Juízo de Valor e a apreciação da Conveniência e da Oportunidade
naquele caso concreto.
C) PODER REGULAMETAR OU NORMATIVO: É a competência dada aos
chefes do poder executivo (presidente; governador; prefeito). Esse poder confere
a eles o direito de fazer normas como (decretos e regulamentos). Dá também a
eles o direito de EXTINGUIR cargos públicos vagos e organizações
administrativas. É a competência administrativa de expedir atos administrativos
para explicitar as leis, para permitir sua fiel execução. “ao editar uma as leis, o
poder legislativo nem sempre possibilita que seja executada. Cumpre, então, à
administração criar os mecanismos de complementação das leis indispensáveis a
sua efetiva aplicabilidade. Essa é a base do poder regulamentar”. Carvalho Filho,
D. administrativo, 24ª ed.

O que a administração pode regulamentar? Fundamento constitucional no art.


84. IV, Como base.

D) PODER HIERÁRQUICO: É apenas para servidores, podendo o servidor


hierárquico dar ordens, fiscalizar, controlar, aplicar, sancionar, desligar, e avocar
competências. OBS: a delegação pode acontecer fora da estrutura hierárquica, já
a avocação não. É a competência para distribuir e escalonar funções de seus
órgãos e agentes, além de ordenar, coordenar, controlar e corrigir atividades
administrativas.
E) PODER DISCIPLINAR: É uma competência para aplicar sanções em quem
cometeu infrações funcionais, onde decorre do poder hierárquico. É a
competência para apurar e aplicar sanções em razão de condutas irregulares dos
servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e servidores
públicos.

- Procedimento administrativo: a representação pode ser feita por qualquer


pessoa; pode haver afastamento do servidor público pela autoridade competente
com remuneração.
- Ação judicial:
i) Ação civil pública
ii) Rito ordinário;
iii) Proposta pelo MP ou PJ interessada e competente;
iv) Deve ser proposta até 30 dias após a efetivação da medida cautelar;

- Os bens do agente ou terceiro não ficarão sujeitos a sequestro; - É possível a


celebração de acordo de não persecução cível;

Quando o MP não for o autor da ação deve atuar obrigatoriamente como


CUSTUS LEGIS (fiscal da boa aplicação da lei).
Sempre proposta ao juízo de primeiro grau, até mesmo sobre aqueles detentores
de prerrogativas de foro, por decisão do STF.

F) PODER DE POLÍCIA: O poder de polícia originário é aquele desempenhado


diretamente pelas entidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios). Ou seja, é aquele exercido pela administração direta com base nos
ditames da competência constitucional.

1) NORMAS DE POLÍCIA SÃO IDELEGÁVEIS;


2) CONSETIMENTO DE POLÍCIA É DELEGÁVEL;
3) FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA É DELEGÁVEL;
4) SANÇÃO DA POLÍCIA É INDELEGÁVEL;

LICITAÇÃO – LEI 8.666/93

Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública


seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato ou aquisição de seu interesse. Vale
lembrar que a nova lei de licitações públicas não recai apenas sobre as EMRPESA
PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, cabendo aos demais da
administração direta e indireta.
Tipos: MACETE: M/M/M/M/M/C
a) Menor preço;
b) Melhor técnica;
c) Melhor preço e técnica;
d) Maior lance ou oferta – critério de leilão
e) Menor lance – critério pregão;
f) Contratação direta: dispensa e inexigibilidade
Modalidades: MACETE: CCLD
a) Concorrência;
b) Concurso;
c) Leilão;
d) Diálogo Competitivo;
Concorrência
Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Compras de qualquer valor, são obrigatórias para obras e serviços de engenharia em
contratos acima de R$1,5 milhão e licitações em gerais de valores acima de R$650 mil.
Dialogo Competitivo
Diferente de outras modalidades de licitação, como o pregão eletrônico, por exemplo,
em que o poder público não sabe quem são os licitantes que estão participando do
certame, no diálogo competitivo, a administração não só sabe quem são como conversa
com os licitantes. Daí o nome “diálogo competitivo”, pois trata-se de uma modalidade
em que a administração pública realiza diálogos com os licitantes previamente
selecionados para, através de critérios objetivos, escolher a melhor solução.
Nesse caso, a regra de que o vencedor é aquele que oferecer o melhor preço não é
aplicada, pois trata-se de um tipo de licitação que visa a contratação de serviços ou a
compra de produtos técnicos. Quando o poder público precisa de uma solução
tecnológica, por exemplo, realizar o diálogo competitivo é uma forma de escolher o
licitante que tem a melhor qualificação baseada em outros fatores além do preço. A
administração, nesses casos, vai priorizar fornecedores que melhor resolvam os
problemas que ela quer solucionar.
Concurso é a modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme
critérios definidos no edital. Esta modalidade tem como objetivo o incentivo a
atividades ligadas à ciência, arte e tecnologia.
Leilão
O leilão é a modalidade de licitação para a venda de bens móveis inservíveis para a
administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a
alienação de bens imóveis.
Nesta modalidade ganha quem der o maior lance, com critérios definidos no edital.
Pregão
É a modalidade direcionada para aquisição de bens e serviços comuns e tem como
principal objetivo a simplificação dos procedimentos deste segmento. Com isso, o
processo é feito de forma mais ágil.
Não há limites para os valores ofertados e a partir dos lances é então definido o menor
preço. Esta é a primeira etapa do pregão, as seguintes são realizadas em sessão pública,
com objetivo de classificar e habilitar os concorrentes.
Como é o processo de escolha da modalidade e tipo de licitação?
I – Para obras e serviços de engenharia:
1) convite – até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);
2) tomada de preços – até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);
3) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);
II- Para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
1) convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
2) tomada de preços – até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais);
3) concorrência – acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).
III- Há ainda a modalidade pregão, que é regida por uma Lei própria, de nº 10.520/200,
sendo regido obrigatoriamente pelo tipo de menor preço. Nesta modalidade não há
limites para os valores da compra pública.
“Para o pregão, que deve ser utilizado para a aquisição de bens e serviços comuns, não
há limites para os valores. Ressalte-se ainda que para compras cujo valor fique abaixo
de R$ 8.000,00 ou obras e serviços de engenharia abaixo de R$ 15.000,00 é dispensável
a realização de licitação.”

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

A organização administrativa é a parte do Direito Administrativo que estuda a estrutura


da Administração Pública e dos órgãos e pessoas jurídicas que a compõem.
Temos para início dos estudos a:
a) Desconcentração: entidade se desmembra em órgãos organizados em hierarquia,
no entanto, só existe uma pessoa jurídica.

- A desconcentração ela CRIA ORGÃOS, e não pessoas jurídicas. Os órgãos


não possuem personalidade jurídica, sendo os seus bens totalmente da própria
administração pública.
- Aqui existe hierarquia entre os diversos órgãos.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ORGÃOS
CRIA ORGÃOS PÚBLICOS PARA DIVIDIR EM VÁRIAS TAREFAS

Assim, órgão público é uma unidade de atuação, integrada por agentes públicos,
que compõe a estrutura da administração para tornar efetiva a vontade do
Estado, como exemplo, temos o Ministério Público, Secretaria de Educação,
Tribunal de Justiça, Presidência da República, Ministério da Fazenda.

b) Descentralização: distribuição de função para outra pessoa, física ou jurídica,


onde não há hierarquia e sim vinculação.

- A descentralização CRIA ENTIDADES.

As entidades possuem personalidade jurídica, assim, tudo que elas possuem são
dela.
a) Servidores;
b) Veículos;
c) Imóveis;
d) Etc...
Por isso, respondem pelos atos praticados, e não a quem descentralizou.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA: A administração direta é constituída pelos


órgãos relacionados aos entes da federação, como a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, por exemplo. Eles estão subordinados ao chefe do poder ao
qual pertencem.
Alguns exemplos desses órgãos são a Presidência da República (nível federal), a
Assembleia Legislativa (nível estadual) e a Câmara dos Vereadores (nível municipal).
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A administração indireta pode ser entendida como o
conjunto de órgãos que prestam serviços públicos, ligados à administração direta, com
CNPJ próprio.
Para os órgãos desse tipo de administração não existe uma hierarquia ou um controle
hierárquico. Assim, essas entidades estão subordinadas ao controle do Estado.
Alguns exemplos de administração indireta são:
Autarquias: instituídas por lei, com autonomia administrativa e financeira, mas sujeitas
ao controle do Estado, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Banco Central do Brasil (BACEN);
Fundações públicas: criadas por lei, podem ser entidades de Direito Público ou privado.
Sua atividade deve ser de interesse público e não pode ter fins lucrativos, como a
Fundação Nacional do Índio (FUNAI);
Empresas públicas: pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas por autorização legal e
administradas pelo poder público, como os Correios e a Caixa Econômica Federal;
Sociedades de economia mista: pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas sob a
forma de sociedade anônima e compostas por capital público e privado, como o Banco
do Brasil e a Petrobras.

a) Autarquias: É a pessoa jurídica de direito público criada por lei específica para
desempenho de atividades típicas de estado.

Em âmbito federal, a lei de criação das autarquias é de iniciativa privativa do


chefe do Poder Executivo (Presidente da República). Essa regra também se
aplica aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, adaptando-se à
iniciativa privativa, ao Governador e ao Prefeito.
Ex: fiscalização; regulação; assistência social; seguridade social; expressão de
poder de polícia e etc...
OBS: O artigo 150, 2ºda CF estende a imunidade tributária recíproca de impostos ao
patrimônio, a renda e aos serviços das autarquias e fundações sustentadas pelo Poder
Público, desde que os bens imunes estejam vinculados às finalidades essenciais da
entidade, ou seja, de consequência delas. CF, artigo 150, 2º: A vedação do inciso VI, a,
é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no
que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.

- Bens públicos são impenhoráveis;


- Depende de concurso público em regra;
- Seus créditos são pagos através de precatórias;
- Prazos dilatados.

Exemplos de autarquias:
a) Detran;
b) Inss;
c) Ibama;
d) Uf;
e) Bacen;
f) Anatel;
g) If;
(As autarquias podem ser federais, estaduais, distritais e municipais).

b) Sociedade de Economia Mista / Empresas Públicas é uma pessoa jurídica de


direito privado, onde são criadas por autorização legal, como sociedades
anônimas cujo o controle acionário pertença ao poder público.

Exemplo de S.E.M:
a) Banco do Brasil; 50% das ações são públicas.
b) Caixa Econômica Federal; 100% pública.
c) Petrobrás;
O poder público estará autorizado a criar empresas privadas para desempenhar atividade
econômica nos casos em que agem em prol da segurança nacional ou relevante interesse
coletivo. Ele não poderá entrar nesse meio (privado) apenas para lucrar, tem que
cumprir também uma finalidade social.
1) Interesse público primário = coletividade.
2) Interesse secundário = lucro.

A S.E.M – Sociedade De Economia Mista quanto as Empresas Públicas são regidas


pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, e não por regime estatutário. Com isso,
não adquire estabilidade, tornando-se empregado público e não servidor.
S.E.M não pode ser nada mais que: SOCIEDADE ANÕNIMA
Já as EMPRESAS PÚBLICAS podem ser criadas de qualquer forma, como o:
- MEI – MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL;
- EIRELI – EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA;
- SOCIEDADE ANÔNIMA;
- LTDA – LIMITADA;
100% das suas cotas são destinadas ao poder público.
Se necessário, passar por concurso público – ambas.
OBS: STJ entende que os bens da S.E.M estão sujeitos a usucapião, exceto quando
afetados à prestação de serviço público.

c) Fundação Pública: As fundações, instituídas pelo Poder Público, que assumem


a gestão de serviço estatal e se submetem a regime administrativo previsto, nos
Estados-membros, por leis estaduais, são fundações de direito público, e,
portanto, pessoas jurídicas de direito público. A fundação pública não tem fins
lucrativos. É formada por meio de dotação do Estado. São recursos da Fundação
as dotações, subvenções, contribuições que o Estado anualmente consignar em
seus orçamentos. Ela pode ser pessoa jurídica de direito público ou privado. No
caso de extinção da Fundação, seus bens e direitos são incorporados ao
patrimônio do Estado.

ENTIDADE NATUREZA AQUISIÇÃO DE


JURÍDICA PERSONALIDADE

Autarquias público Vigência da lei criadora

Empresas públicas e S.E.M Privado Registro do ato constitutivos

Fundações públicas Direito público Vigência da lei criadora

Fundações privadas Direito privado Registro do ato constitutivo

Exemplos de entidades são as agencias regulamentadoras, criadas através de lei, como:

a) Anatel;
b) Antt;
c) Anal; e etc...

A nomeação do presidente da agência regulamentadora passa pela aprovação do senado


federal através de indicação do presidente da República, mandatos fixos. Dar-se-á a
perda do cargo através de renúncia, julgado judicialmente. Conforme a lei 9.986/00, no
seu art.8° respalda que os membros do conselho diretor ou da diretoria colegiada ficam
impedidos de exercer atividade ou de prestar qualquer serviço no setor regulado para
respectiva agência, por período de 6 meses, contados da exoneração do cargo ou do
término de seu mandato, a segurada a remuneração compensatória.

BENS PÚBLICOS (ASPECTOS GERAIS)

CONCEITO - ART. 98, CC: São públicos os bens do domínio nacional pertencentes
às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual
for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou


estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os
de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens


pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado.

Utilização Dos Bens de Uso Comum/ especial/ dominicais

Há duas formas de uso de bens públicos:

1) Uso comum: utilização de um bem público pelos membros da coletividade, sem que
haja discriminação entre os usuários, nem consentimento estatal específico para esse
fim. Não são apenas os bens de uso comum do povo que possibilitam o uso comum,
mas também os bens de uso especial, quando utilizados em conformidade aos fins
normais aos quais se destinam.

Bens de uso comum do povo: são bens do Estado, mas destinados ao uso da população.
Ex.: praias, ruas, praças etc. As regras para o uso desses bens serão determinadas na
legislação de cada um dos entes proprietários.

Ex: um bar que queira utilizar da calçada para o gozo de seu trabalho deverá solicitar a
prefeitura uma devida autorização.

2) Uso especial: utilização de bens públicos em que o indivíduo se sujeita a regras


específicas e consentimento estatal, ou se submete à incidência da obrigação de pagar
pelo uso. O uso especial pode ser uso especial privativo, chamado simplesmente de uso
privativo, que é o direito de utilização de bens públicos conferido pela Administração a
pessoas determinadas. Pode alcançar qualquer das três categorias de bens públicos,
admitindo as seguintes formas:

Bens de uso especial: são bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio
Poder Público para a prestação de serviços. A população os utiliza na qualidade de
usuários daquele serviço. Ex.: hospitais, automóveis públicos, fórum etc. Assim,
compete a cada ente definir os critérios de utilização desses bens.

a) Autorização de Uso: ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pelo qual


a Administração consente que determinado indivíduo utilize bem público de modo
privativo, atendendo primordialmente ao seu próprio interesse.

b) Permissão de Uso: ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pelo qual a


Administração consente que particular se utilize privativamente de bem público,
atendendo, em igual nível, aos interesses público e privado. Tem caráter intuitu
personae e exige licitação, sempre que houver mais de um interessado.

c) Concessão de Uso: contrato administrativo pelo qual a Administração confere ao


particular o uso privativo de bem público, independentemente do maior ou menor
interesse público da pessoa concedente. Exige licitação. Pode ser onerosa ou gratuita.

d) Concessão de Direito Real de Uso: contrato administrativo pelo qual o Poder Público
confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terreno público ou sobre o espaço
aéreo que o recobre, para os fins que, prévia e determinantemente, o justificam.
e) Cessão de Uso: contrato administrativo pelo qual a Administração consente o uso
gratuito de bem público por órgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incumbida
de desenvolver atividade que, de algum modo, traduza interesse para a coletividade.

Dominicais: constituem o patrimônio disponível, exercendo o Poder Público os poderes


de proprietário como se particular fosse. São bens desafetados, ou seja, não possuem
destinação pública.

Os bens poderão ser alienados? A resposta é que SIM, desde que siga alguns requisitos
essenciais:

a) Avaliação prévia pela administração pública;


b) Que exista uma lei que permita a avaliação do bem;
c) Ser submetidos a um procedimento denominado desafetação;
d) Licitação prévia para tais, se o bem for (móvel) é a modalidade leilão e ser for
(imóvel) na modalidade de concorrência;

Afetação e Desafetação

Com exceção dos bens dominicais, todos os demais bens públicos são incorporados ao
patrimônio público para uma destinação. Essa destinação especial é chamada de
afetação. A retirada dessa destinação, com a inclusão do bem dentre os chamados
dominicais, corresponde à desafetação.

A desafetação pode ser formal ou tácita. Desafetação tácita se dá através de um de um


fato natural ou de um fato administrativo, como, por exemplo, o abandono de um
prédio. Já a desafetação formal consiste na declaração, feita pelo Poder Público, de que
o bem não tem destinação pública. Pode ser feita através de procedimento
administrativo ou pelo Legislativo, sendo muito comum com automóvel público.

A desafetação é que permite a alienação de bens públicos. Uma desapropriação somente


é possível se ao bem for feita uma destinação, uma afetação pública que justifique essa
intervenção estatal – supremacia do interesse público. Se ao terreno não for dada essa
destinação caberá, inclusive, a retrocessão.

A Administração Pública pode, em vez de alienar, atribuir aos particulares o uso do bem
público, sua gestão. Os instrumentos normais são autorização de uso, permissão de uso,
concessão de uso, concessão de direito real de uso e cessão de uso.

I) Impenhorabilidade – tendo em vista que os bens públicos são impenhoráveis, o


Código de Processo Civil prevê um procedimento especial para execução contra a
Fazenda Pública, que se faz mediante precatórios (art. 100, da CF).

II) Imprescritibilidade – os bens públicos, móveis ou imóveis, não podem ser adquiridos
pelo particular por usucapião, independentemente da categoria a que pertencem.

III) Não-onerabilidade – é consequência da impenhorabilidade, já que se o bem não


pode ser penhorado, também não pode ser dado em garantia para débitos da
Administração Pública.
ATOS ADMINISTRATIVOS

CONCEITO: Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da


administração pública que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato resguardar,
adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados
ou a si própria.

Quando se tem a ordem é o ato administrativo, e quando se tem a execução da ordem é


o fato.

Atos da administração são atos de:

 Direito privado;
 Materiais (execução;
 Opitativos;
 Políticos;
 Contratos;
 Normativos;
 Administrativos “propriamente ditos”.

O fato administrativo é qualquer ocorrido dentro da administração pública,


independentemente da vontade humana, que gere efeitos jurídicos, como a morte de um
servidor; já o ato da administração é qualquer coisa, obrigatoriamente, ligada à vontade
humana, que ocorre dentro da administração pública, igualmente, produzindo efeitos
jurídicos.

Quando se tem a ordem é o ato administrativo, e quando se tem a execução da


ordem é o fato administrativo.

Significa o fato de ser capaz de produzir efeitos na ordem jurídica, se originando ou


extinguindo direitos. Os fatos administrativos abrangem tanto fatos simples, como os da
pratica administrativa. Existem os fatos voluntários que podem ser por atos
administrativos ou por condutas administrativas e os fatos naturais.

Exemplos: A requisição de serviços ou bens privados etc.


ELEMENTOS / REQUISITOS MACETE = (COM FI FO MO OB)

Irão demonstrar o que constituem os pressupostos necessários para a validade dos atos
administrativos. Se obtiver vício de legalidade ficará sujeito a anulação.

A competência

É atribuído por forma de lei (sentido amplo) e é irrenunciável, a capacidade a agentes


públicos para exercício de sua atividade. A competência se estabelece na necessidade da
divisão do trabalho, sendo ela dado legal. Diferentemente da capacidade que é dado
físico, e que vai ser atribuído a alguém a titularidade das relações jurídicas.

Se encontra como critérios para competência a hierarquia (funções mais complexas), a


matéria (especificidade da função), do lugar e do tempo (necessidade). Pode um agente
transferir o plano hierárquico a outro, mas para que aconteça precisa de norma que
autorize a delegação de competência. A delegação feita pode ser retirada/revogada a
qualquer momento. A avocação será o inverso da delegação, onde o agente superior
hierárquico temporariamente se responsabiliza de algumas atividades de quem tem a
titularidade da coisa/cargo, para que, por exemplo, não se atrase o serviço evitando
prejuízos. Tem que ter justificativa e em situações excepcionais.

O executor “delegado” que responde sobre os atos praticados e não o titular que
delegou.

Não se delega (CE NO RA):

 COMPETENCIA EXCLUSIVA;
 NORMATIVOS;
 RECURSOS ADMINISTRATIVOS;

A competência então é:

Improrrogável;

Intransferível;

Imprescritível;

Irrenunciável;

O fato de delegar para alguém não exclui esse de também praticar o ato, podendo assim
atuar de qualquer forma.

Objeto

O objeto é o conteúdo, sendo objetivo exteriorizado da vontade pelo ato. Ele pode
consistir no resguardo, na modificação, aquisição, transferência, extinção ou na
declaração de direitos. Deve ele ser lícito, determinável ou determinado.

Forma
A forma é a exteriorização da vontade, sendo o elemento que integra a própria formação
do ato. Mas além da exteriorização da vontade, é preciso estar de acordo com o que a lei
estabeleceu.

Motivo

Determina ou autoriza a prática do ato. Nem sempre está previsto na lei. Quando está
nela descrito, é vinculante, ou seja, o ato depende da ocorrência da situação prevista.
Em outras ocasiões, a lei defere ao agente a avaliação da oportunidade e conveniência
da prática do ato que, nesse casso, será discricionário.

Finalidade

A finalidade de todo ato administrativo é sempre o interesse público. Sendo assim, o


resultado da conduta pressupõe o motivo do ato, vale dizer, o motivo caminha em
direção a finalidade. A partir do momento em que a lei garante a competência do agente
ela vincula a finalidade a ser perseguida pelo agente. Em obediência ao princípio da
impessoalidade, aliado à moralidade, o agente público não pode atuar visando interesses
pessoais, seus ou de algum grupo de cidadãos, seja para beneficiá-los indevidamente ou
prejudica-los à margem da lei.

4. ATRIBUTOS

CARACTERÍSTICAS MACETE ( PAI-T)

 Presunção de legitimidade e veracidade – É presumir que os atos


administrativos estão de acordo com a lei. Que são verdadeiros.
 Auto - executividade – A administração Pública pode executar o ato, tendo o
seu objeto imediatamente alcançado.
 Imperatividade – É a obrigação que os destinatários têm em cumprimento do
ato.
 Tipicidade – correlação do ato com a norma jurídica.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 28 ed, São Paulo:
Malheiros Editores, 2003.

MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 15 ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2003.

ROSA, Márcio Fernando Elias. Direito Administrativo. 4ª ed. São Paulo: Editora
Saraiva 2003.

Hely Lopes Meirelles, Direito administrativo brasileiro, p. 457, apud Márcio Fernando
Elias Rosa, Direito Administrativo, Ed. Saraiva, 2003, p. 132.

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