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ADMINISTRAÇÃO:
ABORDAGEM ESTRUTURALISTA
(O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do
todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior do que a soma das
partes são as características do estruturalismo.)
Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas - experiência tipicamente democrática e
americana - entrou em declínio. Foi a primeira tentativa de introdução das ciências do
comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia humanística e participativa. De um
lado ela combateu a Teoria Clássica, mas, por outro, não proporcionou bases adequadas de uma nova
teoria que a pudesse substituir. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas
criou um impasse que a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria
Estruturalista é um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma aproximação à Teoria das
Relações Humanas. Representa uma visão crítica da organização formal.
Origens da Teoria Estruturalista
As origens da Teoria Estruturalista na Administração foi a oposição surgida entre a Teoria classica e
a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si - tornou necessária uma posição mais ampla
e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa.
A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-se na abordagem de Max Weber.
A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa na qual interagem
grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade
econômica da organização), mas podem se opor a outros (como a maneira de distribuir os lucros).
Seu maior diálogo foi com a Teoria das Relações Humanas.
•A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações.Na
teoria administrativa, o estruturalismo se concentra nas organizações sociais.
• Novo conceito de estrutura: Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que
permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-
se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser
apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de
atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos.
O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo.
A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior do que a soma das partes são
as características do estruturalismo.
A Sociedade de Organizações; A sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de
organizações das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. As organizações são
diferenciadas e requerem de seus membros certas características de personalidade que permitem a
participação simultânea das pessoas em várias organizações nas quais os papéis variam. O
estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais - Teoria das Relações
Humanas - para o estudo das interações entre as organizações sociais. Da mesma forma como os
grupos sociais interagem entre si, também interagem entre si as organizações. As organizações
passaram por um processo de desenvolvimento, a saber:
1. Etapa da natureza. É a etapa na qual os fatores naturais - elementos da natureza – constituíam a
base única de subsistência da humanidade. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nessa etapa
da história.
2. Etapa do trabalho. Surge um fator perturbador que inicia uma revolução no desenvolvimento da
humanidade: o trabalho. Os elementos da natureza são transformados por meio do trabalho, o qual
conquista o primeiro plano entre os elementos que concorrem para a vida da humanidade. O trabalho
passa a condicionar as formas de organização da sociedade.
3. Etapa do capital. É a terceira etapa na qual o capital prepondera sobre a natureza e o trabalho,
tornando-se um dos fatores básicos da vida social.
4. Etapa da organização. A natureza, o trabalho e o capital se submetem à organização. Esta, sob uma
forma rudimentar, já existia desde o início da evolução humana, do mesmo modo que o capital
existira antes da fase capitalista, pois desde quando surgiram os instrumentos de trabalho o capital ali
estava presente. A organização tem um caráter independente da natureza, do trabalho e do capital e
utiliza-se deles para alcançar seus objetivos.
Para chegar à industrialização, a etapa da organização passou por várias fases:• O universalismo da
Idade Média e a predominância do espírito religioso.• O liberalismo econômico e social dos séculos
XVIII e XIX, e o abrandamento da influência estatal pelo desenvolvimento do capitalismo.• O
socialismo, com o advento do século X, obrigando o capitalismo a enveredar pelo caminho do
máximo desenvolvimento possível.
• A atualidade, que se caracteriza por uma sociedade de organizações.
Essas quatro fases revelam características políticas e filosóficas. Etzioni vê uma revolução da
organização com novas formas sociais que emergem, enquanto as antigas modificam suas formas e
alteram suas funções. Essa revolução produz uma variedade de organizações das quais a sociedade
passa a depender mais intensamente. Daí o aparecimento de empresas de serviços, associações
comerciais, instituições educacionais, hospitais, sindicatos etc., resultante da necessidade de
integração cada vez maior das atividades humanas em formas organizacionais envolventes. As
organizações não são satélites da sociedade, mas fazem parte integrante e fundamental dela. As
organizações complexas em todos os campos da atividade humana não são um fenômeno separado
das mudanças sociais: elas fazem parte integrante e fundamental da sociedade moderna.
As organizações
As organizações constituem a forma dominante de instituição da sociedade moderna: são a
manifestação de uma sociedade especializada e interdependente que se caracteriza por um crescente
padrão de vida. As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a
participação de numerosas pessoas. Cada organização é limitada por recursos escassos e por isso não
pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor
alocação de recursos. A eficiência ocorre quando a organização aplica seus recursos na alternativa
que produz o melhor resultado.
As burocracias constituem um tipo específico de organização: as organizações formais. As
organizações formais constituem uma forma de agrupamento social estabelecida de maneira
deliberada ou proposital para alcançar um objetivo específico. Elas se caracterizam por regras,
regulamentos e estrutura hierárquica para ordenar as relações entre seus membros. Reduzem as
incertezas decorrentes da variabilidade humana (diferenças individuais entre as pessoas), tiram
vantagens dos benefícios da especialização, facilitam o processo decisório e asseguram a
implementação das decisões tomadas. Um esquema formal "que regula o comportamento humano
para o alcance eficiente de objetivos explícitos torna a organização formal única entre as instituições
da sociedade moderna e digna de estudo especial".
A organização formal é criada para atingir objetivos explícitos e é um sistema preestabelecido de
relações estruturais impessoais que resulta no relacionamento formal entre pessoas, permitindo
reduzir a ambigüidade e a espontaneidade e aumentar a previsibilidade do comportamento. As
organizações formais por excelência são as burocracias. Os estruturalistas se iniciaram na teoria da
burocracia.
O homem organizacional Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo economicus e a Teoria
das Relações Humanas "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem
organizacional", a pessoa que desempenha diferentes papéis em várias organizações. Na sociedade
de organizações, moderna e industrializada, avulta a figura do homem organizacional que participa
de várias organizações. O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem-sucedido
em todas as organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade:
• Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna e da diversidade de
papéis desempenhados nas organizações.
• Tolerância às frustrações para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre
necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas
racionais, escritas e exaustivas.
• Capacidade de adiar as recompensas e poder de compensar o trabalho rotineiro na organização em
detrimento de preferências pessoais.
• Permanente desejo de realização para garantir cooperação e conformidade com as normas
organizacionais para obter recompensas sociais e materiais.
As organizações sociais são conseqüências da necessidade que as pessoas têm de relacionar-se e
juntar-se com outras a fim de poder realizar seus objetivos. Dentro da organização social, as pessoas
ocupam certos papéis. Papel significa um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa; é a
expectativa de desempenho por parte do grupo social e conseqüente internalização dos valores e
normas que o grupo, explícita ou implicitamente, prescreve para o indivíduo. O papel prescrito para
o indivíduo é reforçado pela sua própria motivação em desempenhá-lo eficazmente. Cada pessoa
pertence a vários grupos e organizações, e desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e
suporta grande número de normas e regras diferentes.
Análise das Organizações
O estudo das organizações requer uma análise organizacional mais ampla que as teorias anteriores,
pois os estruturalistas pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas
baseando-se na Teoria da Burocracia. A análise das organizações é feita a partir de uma abordagem
múltipla que leva em conta os fundamentos da Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas e
da Teoria da Burocracia. Vejamos a seguir os aspectos dessa abordagem múltipla.
Abordagem múltipla: organização formal e informal
Os estruturalistas estudam o relacionamento entre a organização formal e a informal dentro de uma
abordagem múltipla. O estruturalismo é uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das
Relações Humanas (informal): "Encontrar equilíbrio entre os elementos racionais e não-racionais do
comportamento humano constitui o ponto principal da vida, da sociedade e do pensamento
modernos. Constitui o problema central da Teoria das Organizações". Essa perspectiva ampla e
equilibrada que inclui a organização formal e a organização informal conjuntamente encoraja o
desenvolvimento de um estudo não-valorativo - nem a favor da administração nem a favor do
operário - e amplia o seu campo a fim de incluir todos os elementos da organização.
Abordagem múltipla: recompensas materiais e sociais
Os estruturalistas abrangem todas as recompensas utilizadas pela organização para motivar as
pessoas. Tanto a abordagem da Teoria Clássica como a das Relações Humanas são fragmentárias e
parciais. O significado das recompensas salariais e sociais e os símbolos de posição (tamanho da
mesa ou escritório, carros da companhia etc.) são importantes na vida da organização.
Abordagem múltipla: os diferentes enfoques da organização Para os estruturalistas, as organizações
podem ser concebidas segundo duas diferentes concepções:
1. Modelo racional da organização. A organização é um meio deliberado e racional de alcançar
objetivos organizacionais. Os objetivos são explicitados - como maximizar os lucros -, e todos os
componentes da organização são escolhidos em função de sua contribuição aos objetivos. A estrutura
organizacional busca atingir a maior eficiência, os recursos são adequados e alocados de acordo com
o plano diretor, todas as ações são apropriadas e seus resultados devem coincidir com os planos.
Enfatiza o planejamento e o controle. As partes da organização se submetem a uma rede de controle.
A organização funciona como um sistema fechado de lógica que exclui a incerteza. É o caso da
Administração Científica, na qual a única incógnita na equação era o operador humano, razão pela
qual a administração se concentrava no controle sobre ele. É o caso também do modelo burocrático,
no qual toda contingência é prevista e orientada por regras. As influências ambientais sob a forma de
clientes são controladas pelo tratamento impessoal da clientela através de regras padronizadas.
2. Modelo natural de organização. A organização é um conjunto de partes interdependentes que
constituem o todo: cada parte contribui com algo e recebe algo do todo, o qual é interdependente
com um ambiente mais amplo. O objetivo básico é a sobrevivência do sistema: as partes se vinculam
mutuamente em interdependência através de processos evolutivos. No modelo de sistema natural
tudo é funcional, e equilibrado, podendo ocorrer disfunções. A auto-regulação é o mecanismo que
naturalmente governa as relações entre as partes e suas atividades, mantendo o sistema equilibrado e
estável frente às perturbações vindas do ambiente externo. Há uma interdependência com um
ambiente incerto, flutuante e imprevisível, havendo um equilíbrio das delicadas interdependências
dentro do sistema ou entre o sistema e o ambiente. O sistema natural é aberto às influências
ambientais e não pode ser abordado sob o aspecto de completa certeza ou pelo controle. Seu
comportamento não é governado por uma rede de controle, pois é determinado pela ação do meio
ambiente. Obedece a uma lógica de sistema aberto. O modelo de sistema natural traz como
conseqüência o inevitável aparecimento da organização informal nas organizações. Não há nenhuma
organização fechada ao ambiente ou inteiramente de acordo com os planos ou, ainda, que consiga
completo poder sobre todos os seus membros.Em toda organização podem ser vistos elementos de
ambos os sistemas.
Abordagem múltipla: os níveis da organização
As organizações caracterizam-se por uma hierarquia de autoridade, isto é, pela diferenciação de
poder, como vimos no modelo burocrático de Weber. Para Parsons, as organizações se defrontam
com uma multiplicidade de problemas que são classificados e categorizados para que a
responsabilidade por sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos da organização.
Assim, as organizações se desdobram em três níveis organizacionais:
1. Nível institucional. É o nível organizacional mais elevado, composto dos dirigentes e altos
executivos. É denominado nível estratégico, pois é o responsável pela definição dos objetivos e
estratégias organizacionais, lida com os assuntos relacionados à totalidade da organização e ao longo
prazo. É o nível que faz relação com o ambiente externo da organização.
2. Nível gerencial. É o nível intermediário, situado entre o nível institucional e o nível técnico. Cuida
do relacionamento e da integração desses dois níveis. As decisões tomadas no nível institucional são
transformadas no nível gerencial em planos e programas para que o nível técnico os execute. O nível
gerencial detalha os problemas, capta os recursos necessários para alocá-los na organização e cuida
da distribuição e da colocação dos produtos e serviços da organização.
3. Nível técnico. É o nível mais baixo da organização. É chamado nível operacional e é onde as
tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as técnicas são aplicadas. Cuida da
execução das operações e tarefas. É focado no curto prazo e segue programas desenvolvidos no nível
gerencial
Abordagem comportamental
Novas Proposições Sobre a Motivação Humana: Para explicar como as pessoas se comportam,
estuda-se a motivação humana. Os autores verificaram que o administrador precisa conhecer as
necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação
humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações.
Hierarquia das Necessidades de Maslow: Maslow apresentou uma teoria da motivação segundo a
qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de
importância e de influenciação. 1°. Necessidades de auto-realização: 2°. Necessidade de estima: ;3°.
Necessidades sociais: ;4°. Necessidades de segurança: ;5°. Necessidades fisiológicas Somente
quando um nível inferior de necessidades está satisfeito é que o nível imediatamente mais elevado
surge no comportamento da pessoa. Em outros termos, quando uma necessidade é satisfeita, ela
deixa de ser motivadora de comportamento, dando oportunidade para que um nível mais elevado de
necessidade possa se manifestar. Nem todas as pessoas conseguem chegar ao 1° nível.Quando as
necessidades mais baixas estão satisfeitas, as necessidades localizadas nos primeiros níveis passam a
dominar o comportamento.
Teoria dos Dois Fatores de Herzberg :Frederick Herzberg formulou a teoria dos dois fatores para
explicar o comportamento das pessoas em situação de trabalho. Para ele existem dois fatores que
contribuem para o comportamento das pessoas: fatores higiênicos e fatores motivacionais. A teoria
dos dois fatores de Herzberg pressupõe os seguintes aspectos: – A satisfação no cargo depende dos
fatores motivacionais ou satisfacientes: o conteúdo ou atividades desafiantes e estimulantes do cargo
desempenhado pala pessoa. – A insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos ou
insatisfacientes: o ambiente de trabalho, salário, benefícios recebidos, supervisão, colegas e contexto
geral que envolve o cargo ocupado. Para proporcionar continuamente motivação no trabalho,
Herzberg propõe o “enriquecimento das tarefas” ou “enriquecimento do cargo”: consiste em
substituir as tarefas simples e elementares do cargo por tarefas mais complexas. O enriquecimento de
tarefas depende do desenvolvimento de cada indivíduo e deve adequar-se às suas características
individuais em mudança. O enriquecimento de tarefas pode ser vertical (eliminação de tarefas mais
simples e acréscimo de tarefas mais complexas) ou horizontal (eliminação de tarefas relacionadas
com certas atividades e acréscimo de outras tarefas diferentes, mas no mesmo nível de dificuldade).
Sistemas de administração
Organização como Um Sistema Social Cooperativo: Uma organização somente existe quando
ocorrem conjuntamente três condições:a) Interação entre duas ou mais pessoas. b) Desejo e
disposição para a cooperação. c) Finalidade de alcançar um objetivo comum.
Teoria das Decisões: Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de
cursos de ação que a pessoa deverá seguir. A decisão envolve seis elementos, a saber: 1. Tomador de
decisão 2. Objetivos
Etapas do Processo Decisorial: 1. Percepção da situação que envolve algum problema2. Análise e
definição do problema3. Definição dos objetivos4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de
ação5. Escolha (seleção)da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos 6. Avaliação e
comparação das alternativas 7. Implementação da alternativa escolhida
Abordagem sistêmica
TEORIA DE SISTEMAS :A Teoria Geral de Sistemas (T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo
alemão Ludwig Von Bertalanffy. A Teoria Geral de Sistemas não busca solucionar problemas ou
tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar
condições de aplicações na realidade. Bertalanffy criticava a visão que se tem do mundo dividida em
diferentes áreas, como física, química, biologia, psicologia, sociologia, etc. E com fronteiras
solidamente definidas. E espaços vazios entre elas. A natureza não está dividida em nenhuma dessas
partes. A Teoria Geral dos Sistemas afirma que as propriedades dos sistemas não podem ser descritas
significativamente em termos de seus elementos separados. A compreensão dos sistemas somente
ocorre quando estudamos os sistemas globalmente, envolvendo todas as interdependências de suas
partes.
Características dos Sistemas: Dois conceitos retratam duas características básicas de um sistema:
• Globalismo ou Totalidade: todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma ação que
produza mudança em uma das unidades do sistema, com muita probabilidade deverá produzir
mudanças em todas as outras unidades deste.
Tipos de Sistemas: Quanto à sua constituição, os sistemas podem ser físicos ou abstratos:
Sistemas abertos: são os sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, através
de entradas e saídas.
Influi sobre o meio ambiente e recebe influências dele. É um sistema integrado por diversas partes
relacionadas entre si, que trabalham em harmonia umas com as outras, com a finalidade de alcançar
uma série de objetivos, tanto da organização como de seus participantes. As organizações possuem
as características dos sistemas abertos. É importante alinhar algumas características básicas das
organizações enquanto sistemas:
Saída ou produto (exportação): os sistemas abertos exportam seus produtos, serviços ou resultados
para o meio ambiente.
Informação como insumo, retroação negativa e processo de codificação: os sistemas abertos recebem
insumos, como materiais ou energia que são transformados ou processados.
Homeostase ou Estado Firme: A organização precisa conciliar dois processos opostos, ambos
imprescindíveis para a sua sobrevivência, a saber: o sistema aberto se caracteriza por um estado
firme - um influxo contínuo de energia do ambiente exterior e uma exportação contínua dos produtos
do sistema. O estado firme é observado no processo homeostático, que é a tendência do sistema em
permanecer estático ou em equilíbrio.
Fronteiras ou Limite: É a linha que serve para demarcar o que está dentro e o que está fora do
sistema, isto é são as barreiras entre o sistema e o ambiente.
Abordagem contingencial.
1. A Teoria da Contingência é a mais recente das teorias administrativas e marca um passo além da
Teoria de Sistemas. Suas origens remontam às pesquisas de Chandler, Burns e Stalker, Woodward e
Lawrence e Lorsch a respeito das organizações e seus ambientes. Essas pesquisas revelaram que a
teoria administrativa disponível era insuficiente para explicar os mecanismos de ajustamento das
organizações aos seus ambientes de maneira proativa e dinâmica. 2. Verificou-se que as
características das organizações são decorrentes do que existe fora delas: seus ambientes. Passou-se a
estudar os ambientes e a interdependência entre a organização e o meio ambiente. As organizações
escolhem seus ambientes e depois passam a ser condicionadas por eles, necessitando adaptarse a eles
para poderem sobreviver e crescer. O conhecimento do ambiente passou a ser vital para a
compreensão dos mecanismos organizacionais. Entretanto, a análise ambiental ainda é bastante
precária, requerendo muita pesquisa pela frente. 3. Outra variável que condiciona a estrutura e o
comportamento organizacional é a tecnologia utilizada pela organização. Para defrontar-se com o
ambiente, a organização utiliza tecnologias que condicionarão a sua estrutura organizacional e o seu
funcionamento. A partir da Teoria da Contingência, a variável tecnologia passou a assumir um
importante papel na teoria administrativa. Alguns autores chegam a falar em imperativo tecnológico
sobre a estrutura organizacional. 4. A Teoria da Contingência parte para novos modelos
organizacionais mais flexíveis e orgânicos, como a estrutura matricial, a estrutura em redes e a
estrutura em equipes. Também enfatiza o modelo do homem complexo e abordagens contingenciais
sobre motivação e liderança. 5. Em uma apreciação crítica, verifica-se que a Teoria da Contingência
é eclética e interativa, mas ao mesmo tempo relativista e situacional. Em alguns aspectos, parece que
a Teoria da Contingência é muito mais uma maneira relativa de encarar o mundo do que
propriamente uma teoria administrativa.
2. Funções da Administração: planejamento (estratégico, tático e operacional), organização, direção
e controle.
PLANEJAMENTO: define as atividades a serem realizadas e os resultados a serem alcançados.
ORGANIZAÇÃO: organiza-se os recursos disponíveis para realizar aquilo que foi planejado.
DIREÇÃO: é a função de dirigir a execução do planejamento, para atingir os objetivos da
organização.
CONTROLE: analisa-se os resultados obtidos, se foram os planejados.
PLANEJAMENTO
Planejamento Estratégico: O planejamento estratégico é o começo de tudo, é a visão do futuro da
organização, que se estrutura nos fatores ambientais externos, e nos fatores internos, onde definimos
os valores, visões e missão da organização. As decisões tomadas no planejamento estratégico são de
responsabilidade da alta administração da empresa. Na sua maioria pela Alta Direção, proprietário,
CEO, presidente ou diretoria, isso depende de como a empresa distingue o nível hierárquico dos seus
processos.As ações são criadas pensando em longo prazo, normalmente feitas para o período de 5 a
10 anos, que buscam uma visão ampla da organização sem ações muitos detalhadas, pois seria difícil
acertar tantos detalhes para um período tão longo.
Planejamento Tático: Enquanto o planejamento estratégico se desdobra para toda a organização, o
planejamento tático tem um envolvimento mais limitado, a nível departamental, envolvendo às vezes
apenas um processo de ponta a ponta. O planejamento tático é o responsável por criar metas e
condições para que as ações estabelecidas no planejamento estratégico sejam atingidas. Por se tratar
de um planejamento mais específico, as decisões podem ser tomadas por pessoas que ocupam os
cargos entre a alta direção e o operacional, como executivos da diretoria e gerentes. Outra
característica que diferencia o planejamento tático é o tempo que as ações são aplicadas, geralmente
no período de 1 a 3 anos mensurando ações para um futuro mais próximo do que o visado no
planejamento estratégico, ou seja, médio prazo.Aqui os planos começam a ser mais detalhados, e
podemos dizer que o planejamento tático é a decomposição do planejamento estratégico
Planejamento Operacional: O planejamento operacional é de onde saem as ações e metas traçadas
pelo nível tático para atingir os objetivos das decisões estratégicas. Neste planejamento os
envolvidos são aqueles que executam as ações que são aplicadas em curto prazo, geralmente no
período de 3 a 6 meses. Aqui, todos os níveis da organização estão envolvidos e cuidam do
acompanhamento da rotina, garantindo que todas as tarefas e operações sejam executadas, de acordo
com os procedimentos estabelecidos, preocupando-se em alcançar os resultados específicos. É
importante entender que um planejamento estratégico não vai sair do papel se os planos do nível
tático e operacional não forem bem estabelecidos, pois é um processo integrado e interdependente.
Todos os níveis são necessários: o estratégico para o orientar a visão, o tático para desdobrar essa
visão em planos de ação menores, e o operacional para levar os planos a execução. Por isso, os
planejamentos devem envolver todos da empresa e é um incentivo para que as pessoas se
comprometam com os resultados.
ORGANIZAÇÃO
A função de organizar compreende várias fases, como a elaboração dos níveis hierárquicos e
definição das estruturas organizacionais. Pode ser definida como a ordenação dos recursos materiais
e recursos humanos visando atingir os objetivos estabelecidos, o Organograma da empresa é definido
nessa função administrativa, este serve para representação da estrutura da empresa, estrutura
departamental, deixando claro os níveis hierárquicos.
DIREÇÃO
Esta é a função da tomada de decisões, de liderança e intercomunicação com os subordinados. Fazer
acontecer, dinamizar, esta função administrativa exige muito da habilidade humana do profissional
pela área relacionada, a direção pode ser a nível institucional abarcando toda a empresa, nível
departamental abrangendo as unidades em separado e por fim a nível operacional.
Veja agora alguns princípios da direção:
Unidade de Comando: Cada funcionário tem um superior ao qual deve prestar contas
Delegação: Compreende designação de tarefas, de autoridade, de responsabilidade.
Amplitude de Controle: Há um limite quanto ao número de posições que podem ser eficientemente
supervisionadas por um único indivíduo.
Princípio da coordenação ou relações humanas: harmoniza os esforços individuais em benefício de
um bem comum.
CONTROLE
Esta diretamente ligado ao planejamento, nesta função devem ser avaliados os progressos da empresa
em seus objetivos e feitas as devidas correções para garantir que os resultados sejam satisfatórios, os
principais pontos da função de controle são:1 Necessário para medir e avaliar o desempenho
organizacional; 2 Dinâmico e contínuo; Engloba todas as vertentes da organização
3. Planejamento e administração estratégica: missão, visão, valores, objetivos estratégicos e análise
SWOT.
Missão: A missão é uma declaração concisa do propósito e das responsabilidades da sua empresa
perante os seus clientes: Por que a empresa existe? O que a empresa faz? Para quem? A organização
deverá seguir uma linha da qual não abre mão, como por exemplo: honestidade, respeito, qualidade,
integridade, etc. Você é um empresário de visão, ou trabalha em uma empresa visionária? Como
você imagina que será sua empresa nos próximos dez ou vinte anos? Estas perguntas podem ser
respondidas se analisarmos o termo visão.
Visão: A visão é a descrição do futuro desejado para a empresa. Esse enunciado reflete o alvo a ser
procurado pelos esforçoes individuais, da equipe e pela alocação de recursos. A visão deve conter
tanto a aspiração, como a inspiração. A aspiração de tornar-se "algo", e a inspiração porque esse
"algo" deve merecer e valer a pena ser concretizado. Deve ser uma frase prática, realista e visível,
pois não passará de uma mera alucinação, se ela sugerir ou propor resultados inatingíveis. Uma
simples frase pode sintetizar essa idéia sendo, ao mesmo tempo, ambiciosa e inspiradora. Deve
facilitar as respostas para as seguintes perguntas: No que a empresa quer se tornar? Onde nós
estaremos? O que a empresa será? Em que direção deve-se apontar os esforços dos dirigentes e
colaboradores?
Valores:Quando falamos em valores, estamos falando sobre princípios, ou crenças, que servem de
guia, ou critério, para os comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no
exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam executando a missão, na
direção da visão.Os valores também podem ser vistos como um conjunto de crenças, ou princípios,
que definem e facilitam a participação das pessoas no desenvolvimento da missão, visão e dos
próprios valores. Os valores ainda facilitam no comprometimento entre os colaboradores e dos
colaboradores com os clientes, comunidade e com a sociedade.Resumidamente, os valores definem
as regras básicas que norteiam os comportamentos e atitudes dos colaboradores. São regras para que,
executando a missão, se alcance a visão. Os valores dão o suporte, é o foco da moral e ética da
empresa. Para exemplos de visão, missão e valores, entre em contato conosco.
OBJETIVOS ESTRATEGICOS: Os objetivos são os resultados que a organização pretende
atingir. Algumas empresas utilizam os objetivos como base de seu planejamento estratégico, para
depois pensar nas estratégias específicas. Os objetivos, que podem ser enunciados como alvos
bastante precisos, focalizam indicadores de desempenho que permitam medir os resultados de
determinada organização.No processo de definição dos objetivos, é importante que sejam criados
critérios quantificáveis (fatia de mercado, faturamento total, número de clientes), que possam depois
ser medidos por indicadores, pois assim os resultados possam ser avaliados na etapa de controle.
ANALISE SWOT
É a Sigla referente aos termos Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities
(Oportunidades) e Threats (Ameaças), Em português FOFA Forças, Oportunidades, Fraquezas e
ameaças
Em Administração de Empresas, a Análise SWOT é um importante instrumento utilizado para
planejamento estratégico que consiste em recolher dados importantes que caracterizam o ambiente
interno(forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) da empresa.
A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise ambiental, sendo a base da gestão e
do planejamento estratégico numa empresa ou instituição. Graças à sua simplicidade pode ser
utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, A técnica de análise SWOT foi elaborada pelo
norte-americano Albert Humphrey, durante o desenvolvimento de um projeto de pesquisa na
Universidade de Stanford entre as décadas de 1960 e 1970, usando dados da Fortune 500, uma
revista que compõe um ranking das maiores empresas americanas.
As informações referidas abaixo devem ser enquadradas nas categorias SWOT para análise do
cenário da empresa:
Strengths (forças) - vantagens internas da empresa em relação às concorrentes. Ex.: qualidade do
produto oferecido, bom serviço prestado ao cliente, solidez financeira, etc.
Weaknesses (fraquezas) - desvantagens internas da empresa em relação às concorrentes. Ex.: altos
custos de produção, má imagem, instalações desadequadas, marca fraca, etc.;
Opportunities (oportunidades) – aspectos externos positivos que podem potenciar a vantagem
competitiva da empresa. Ex.: mudanças nos gostos dos clientes, falência de empresa concorrente,
etc.;
Threats (ameaças) - aspectos externos negativos que podem por em risco a vantagem competitiva da
empresa. Ex.: novos competidores, perda de trabalhadores fundamentais, etc.
Análise Swot Cruzada: A análise swot cruzada consiste em cruzar as informações dos quatro
quadrantes, de forma a obter um moldura que permita delinear estratégias importantes para o futuro
da empresa/instituição. Para a análise SWOT Cruzada é preciso primeiro fazer uma análise clara do
ambiente, ou seja, pesquisar profundamente as forças e fraquezas e saber identificar as
oportunidades e ameaças. Para cada cruzamento é importante saber criar objetivos/estratégias:
Pontos fortes x Oportunidades = estratégia ofensiva / desenvolvimento das vantagens competitivas.
Pontos fortes x Ameaças = estratégia de confronto para modificação do ambiente a favor da empresa.
Pontos fracos x Oportunidades = estratégia de reforço para poder aproveitar melhor as
oportunidades.
Pontos fracos x Ameaças = estratégia defensiva com possíveis modificações profundas para proteger
a empresa.
DEFINIÇÃO DE BENCHMARKING
Inicialmente empregada pela Xerox Corporation a fim de enfrentar o desafio competitivo japonês
dos anos 70, o Benchmarking incorpora a busca da excelência, o desejo de ser “o melhor dos
melhores”. A técnica de benchmarking visa portanto, o desenvolvimento de estudos que comparem o
desempenho com a concorrência e com referenciais de excelência, objetivando o atingimento de uma
posição de liderança em Qualidade. Estes estudos, organizados em projetos, devem identificar
serviços e processos de alto nível de Qualidade em outras empresas, ou setores da própria empresa,
avaliar como tais resultados são obtidos, e incorporar o conhecimento, quando aplicável à seus
processos e serviços.Trata-se de um foco externo nas atividades, funções ou operações internas, de
modo a alcançar a melhoria contínua. Pode ser estabelecido a qualquer nível da organização, em
qualquer área funcional.
O Benchmarking deve ter uma metodologia estruturada para assegurar a conclusão com sucesso de
investigações abrangentes e precisas. Entretanto, ele precisa ser flexível para incorporar formas
novas e inovadoras de coleta de informações, as quais normalmente são difíceis de serem
obtidas.Para assumir a liderança do mercado, é necessário considerar a técnica de Benchmarking
como um processo contínuo de medição e de implementação de melhorias. Normalmente não basta
empregá-la uma única vez para alcançar a primeira posição, pois uma vez aplicado o Benchmarking,
às necessidades irão exigir a contínua aplicação do mesmo para manter a liderança da empresa.
O Benchmarking tem por meta a eliminação dos processos que estão prejudicando a organização ou
gastando recursos excessivos, com uma geração de valor questionável. Enquanto todos os processos
podem se aperfeiçoados, a preocupação predominante continua sendo obter o máximo de benefício
de cada centavo gasto com a melhoria de processos.
1 – Definições: Estabelecendo Padrões e Objetivos: Sem dúvida, o benchmarking requer duas
coisas:
O benchmarking está se tornando tão amplamente praticado por três razões fundamentais:
cada processo de benchmarking deve ser elaborado de acordo com as necessidades de cada empresa.
O caminho da Qualidade Total, o processo de benchmarking consiste em cinco fases básicas. Inicia-
se com uma fase de planejamento e prossegue através de análise, integração, ação e finalmente
maturidade.
Planejamento: Identificar o que marcar para referência; Identificar empresas que servem como
referências; Determinar o método de coleta de dados e efetuar a coleta
TIPOS DE BENCHMARKING
1 – Benchmarking Interno: O benchmarking interno é praticado por empresas que visam
identificar as melhores práticas internas da organização e disseminar sobre essas práticas para outros
setores da organização.
2 – Benchmarking Competitivo: O benchmarking competitivo é o tipo mais difícil de ser praticado,
porque as empresas visadas são aquelas que disputam o mesmo mercado, ou seja, concorrentes
diretos, e geralmente não estão dispostas ou interessadas em ajudar a equipe envolvida no processo
de um benchmarking competitivo.
Sua Organização: o que você está fazendo, como você está fazendo, quão bem você está fazendo ,
Resultado: Ampliando o conhecimento de sua organização
Seus Concorrentes: o que eles estão fazendo, como eles estão fazendo, quão bem eles estão
fazendo; Resultado: Ampliando o conhecimento de seus concorrentes.
3 – Benchmarking Funcional: O benchmarking funcional é a forma mais utilizada, pois não há
necessidade de comparar-se com um concorrente direto. As empresas investigadas, geralmente são
de ramos distintos, que adotam técnicas interessantes em atividades especificas, que possam ser
colocado em prática na empresa do investigador, como por exemplo embalagem, faturamento ou
controle de estoques.
O processo de um benchmarking funcional poderá ser altamente produtivo, pois possibilita que a
troca de informações se dá de maneira mais fácil, não tendo problemas com a confiabilidade das
informações, pois as empresas envolvidas não disputam o mesmo mercado.
4 – Benchmarking Genérico: Nesse processo de benchmarking, as empresas participantes tem
função ou processos empresariais semelhantes, independente das diferenças entre as indústrias. Um
desses processos pode ser, por exemplo a análise, desde a entrada de um pedido na indústria até a
entrega do produto ao cliente.
O benchmarking genérico requer uma conceituação ampla e complexa do processo analisado e tem
potencial para revelar as melhores das melhores práticas.
REENGENHARIA
A reengenharia é um sistema administrativo criado no início da década de 90 por Michael Hammer
e James Champy. Ela é muito utilizada para manter as empresas competitivas no mercado,
mantendo-as com foco no alcance de objetivos e metas, transformando seus processos e atividades
de negócio, através do “rompimento” com costumes obsoletos. Suas primeiras aplicações foram
realizadas em empresas dos Estados Unidos.
O que é a reengenharia? Basicamente, o sistema administrativo denominado reengenharia pode
ser definido como: “(…) um redesenho de processos, que envolve a readequação dos processos
empresariais, estruturas organizacionais, sistemas de informação e valores da organização,
objetivando uma guinada nos resultados dos negócios da organização”. – Stair e Reynolds (2002,
p.39)
A utilização desta ferramenta de gestão deve sempre primar por repensar e reinventaros
procedimentos principais da organização, tais como: serviço prestado ao cliente, desenvolvimento de
novos produtos, cultura organizacional, etc.. Com o objetivo claro de aumentar
a produtividade, através da redução de custos e do aumento do grau de satisfação do cliente.
Como utilizá-la? Como dito anteriormente, a reengenharia questiona toda a forma de trabalhar de
uma organização, gerando uma redefinição total de processos. Por este motivo, a sua utilização e
implementação precisa passar primeiro por um processo de definição de estratégia e recolhimento de
informações sobre necessidades e expectativas dos stakeholders, a fim de mapear os processos que
requerem melhorias. Feito isso, os gestores poderão vislumbrar quais são os pontos que devem ser
otimizados e os que serão descartados, caso não tenham valor real para a organização.
De forma simples e objetiva, a metodologia de implementação de processos de reengenharia pode-
se estruturar em quatro fases, são elas: Preparação: Listar todos os processos da organização,
selecionar aqueles que serão redefinidos e viabilizar os recursos necessários para esta atividade;
Planejamento: Garantir os recursos necessários: tempo, dinheiro e pessoas; estruturar as equipes de
trabalho e distribuir as tarefas entre seus membros; Implementação: Analisar os processos
selecionados (responsável, envolvidos, pontos fracos e pontos fortes), reinventar o processo, avaliar
o impacto das mudanças e implementá-lo; Avaliação: Medir e comunicar os resultados obtidos,
controlar o processo como um todo e gerir o impacto das alterações efetuadas em outros processos.
Segundo José Carlos Rodrigues Junior afirma, a reengenharia introduz mudanças significativas em
três níveis gerenciais da organização, são eles: operacional, de gestão de processos e de gestão de
negócios. Veja abaixo cada um deles detalhadamente: Operacional – as pessoas passam a trabalhar
em equipes multifuncionais e as relações hierárquicas, que geralmente criam conflitos
são eliminadas. O excesso de hierarquias, com grande diluição de responsabilidade, torna o processo
decisório lento e burocratizado; Gestão de processos – neste nível, ocorrem as maiores mudanças no
que tange a aplicação das inovações tecnológicas. Os processos são todos integrados e
informatizados; Gestão de negócios – neste nível ocorrem as maiores mudanças na empresa.
Rompem-se as barreiras com clientes e fornecedores, e todos integrados, repensam os negócios, e até
criam novos negócios e produtos.
Críticas à reengenharia: As mudanças geradas pelo processo de reengenharia criam resistências por
parte dos colaboradores que já estão acostumados a trabalhar de uma determinada forma. Isto gera
uma grande dificuldade para a organização, que precisa driblar esta resistência e fazer com que seus
colaboradores entendam os reais benefícios deste novo sistema.
Outra crítica à reengenharia é a sua possível relação com os processos de downsizing, que visam a
uma reestruturação interna da empresa através, basicamente, da redução do número de colaboradores
nas organizações. Isto gera muita insegurança por parte dos trabalhadores e um olhar de
desconfiança por parte dos críticos de plantão.
A ÉTICA PRESSUPÕE : Liberdade - numa "cultura de escravos", não há ética que resista.
Dignidade/Responsabilidade - sem que se valorize o homem, abrindo espaços à sua participação
criativa, é inútil pensar na ética. Igualdade de Oportunidades - o estabelecimento de privilégios,
decorrentes de indefinições políticas e preferências, inviabiliza qualquer intenção ética. Direitos
Humanos - sem que se regulem, com precisão e clareza, direitos e obrigações, que consultem o bem
comum, ser ético torna-se um milagre que, graças a Deus, ainda existe.
Ser competente envolve ser ético. Você quer, para sua empresa ou relacionamento pessoal, um
indivíduo extremamente competente, mas sem ética? Profissionais competentes e aéticos
freqüentemente ganham negócios... e perdem a empresa. É o oportunismo - aventureirismo – que
mata a oportunidade. Realizam o "feito memorável", que não resiste ao desafio seguinte, pois não se
respaldam em credibilidade. A visão imediatista é anti-ética, pois não respeita valores. Vale tudo
para obter resultados: o concorrente tem que ser eliminado,. o cliente tem que ser "encantado " a
qualquer preço. Esses valores estão fortemente expressos no inconsciente do marketing massificado.
Daí os apelos publicitários que se veiculam na mídia e as concessões à popularidade, na subversão
dos valores transmitidos em novelas e programas sensacionalistas. Embarca-se na onda do ganho
fácil até o naufrágio inevitável. Que ocorre, sem que se aprenda, por inconsciência ética.
A educação ética – certamente um pleonasmo, pois ambas são intrínsecas, senão tornam-se
excludentes – é condição imprescindível ao processo de renovação e de continuidade civilizatória.
ÉTICA DO LUCRO: É condição à perpetuidade da empresa a ética do lucro, para que não viva as
contradições que atormentam seu espírito e a levam a toda sorte de equívocos operacionais. O lucro -
fator de sobrevivência na dinâmica do modelo capitalista – é, em geral, um valor mal resolvido, pois
não claramente equacionado sob o ponto de vista ético. A Ética do Lucro importa em que se
contemplem quatro condições essenciais: Empresa – reinvestimentos que assegurem a sobrevivência
e o seu desenvolvimento[Renovação Contínua]. Capital – justa remuneração aos investidores, que
bancaram o risco[Retribuição Societária]. Trabalho – remuneração, com justiça, aos agentes
produtivos[Salário Justo]. Cunidade - retribuição à sociedade pelo sucesso do
empreendimento[Solidariedade Social]. A visão sobre a Ética do Lucro significa limpar a
consciência empresarial da confusão de conceitos e práticas distorcidas, responsáveis pelo fracasso
em seus posicionamentos. O conceito público tende a se deteriorar quando não há convicção firme
sobre a missão da empresa. E o lucro é a parte sensível do iceberg organizacional. A função da
empresa, seu objetivo essencial, não é o lucro, mas prestar serviços. Existe empresa, pois existe
demanda: clientes que têm necessidades a serem satisfeitas. Para isso surge a empresa e a qualidade
em servir é a sua responsabilidade básica.
O lucro é objetivo dos negócios, que a empresa desenvolve para realizar sua missão de servir ao
cliente. O lucro é exatamente isso: remuneração pelos serviços prestados.É importante que essa
distinção seja clara, pois suas distorções são evidentes no mercado. Muitos são os empresários que
praticam o discurso radical: "o objetivo de nossa empresa é lucrar". Com isso induzem ao "vale tudo
pelo lucro" Este conceito introduz-se no espírito do empregado e torna-se princípio de cultura, e a
ética vai para o arquivo morto, desenterrada em momentos de festa, em arroubos oratórios. Mas os
tempos estão mudando.
Ética dá lucro? Afirmo que sim, pois o bom conceito traduz-se em confiabilidade, e esta é
fundamental para efetivar negócios. Vou querer trabalhar com pessoas e produtos não confiáveis?
Vou me arriscar a estabelecer vínculos com empreendimentos duvidosos? - Certamente não, se tenho
bom sensoO lucro, em geral, ganha força e significado puramente financeira. Essa é uma visão
estreita que não contempla a riqueza social e psicológica do resultado positivo, como indicador de
saúde institucional. O lucro, em sentido maior, referenda o projeto coletivo vitorioso, compartilhado,
mutuamente usufruído como bem comum. É a realização pessoal, onde está embutida a auto-
realização. Não estou falando de uma ideologia política meramente socializante, mas de humanismo
e cristianização da sociedade empresarial. A obsessão pelo lucro acaba por gerar o não-lucro, pois
desgasta parceiros e inibe clientes, donde dificilmente a Ética sai imune.
O lucro é motivação para o empregado? O lucro, imprescindível para a continuidade da empresa,
não é necessariamente um motivador forte para o empregado, mesmo quando ele participa
formalmente dos resultados. Fica sempre, no inconsciente das pessoas, a suspeita de que os
verdadeiros beneficiários são "“eles" e não “ nós” Mesmo porque há um sentido utilitarista
desenvolvido que condicionou as pessoas a pensar: - “ o que eu ganho com isso?” Quando a
perspectiva de retribuição é dinheiro, sua aceitação é sempre restritiva. Jamais alguém vai achar que
está sendo remunerado à altura, fica sempre o sentimento de que se é explorado.
O que motiva as pessoas é saber que estão comprometidas com um projeto de vida. O que engaja
vontades e inteligências são valores, sentimentos e idéias. Preservados esses, o ganho financeiro faz
sentido como estímulo positivo. Não é mais a “compensação à vamperização” a que se sujeitam, na
percepção distorcida do trabalho como “ meio de morte”, compelidas a empenhar a saúde e a alma na
conquista da remuneração. A materialidade dessa constatação é frequentemente camuflada pela
teatralidade das mordomias e dos altos ganhos.
Assisti um empresário afirmar para um alto executivo: -“ você, aqui, vai ganhar muito dinheiro, mas
terá que deixar seu sangue” e eu pensei: sua alma, também.
ÉTICA APLICADA A prática da ética nas organizações vem se caracterizando por manifestações
concretas, dentre as quais destacamos:Filosofia Empresarial - clara conceituação de missão,
princípios e orientações.Comitê de Ética - grupo definidor e de controle de políticas e
estratégias.Credos - divulgação das crenças institucionais para funcionários e clientes.Códigos –
coletânea de preceitos sobre comportamentos.Ombudsman - ouvidores ao alcance dos clientes para
atenderem aos seus reclamos .Auditorias Éticas - avaliações periódicas sobre condutas
empresariais.Linhas Diretas - circuito aberto à críticas, reclamações e sugestões.Programas
Educacionais – aproximação da empresa com seus públicos através de iniciativas que
eduquem.Balanço Social - divulgação dos investimentos da empresa em benefício do público interno
e da comunidade. Para que essas práticas tenham um sentido verdadeiramente ético e co-
responsabilizador é vital que se apóiem na atitude dos dirigentes. Se as lideranças não confirmarem a
lógica da atitude, a lógica formal não garante a necessária credibilidade.
Ser ético, como atitude na gestão, significa, em essência: reconhecer necessidades, reconhecer o
desempenho funcional, propiciar participação nos resultados, estimular o compromisso social e
favorecer a educação continuada.
Ser ético no comportamento de gestor significa: dar a informação relevante, avaliar e fornecer
feedback, abrir espaço à contribuição criativa, institucionalizar canais de comunicação, delegar,
delegar e delegar (pois além de instrumento eficaz de gestão, implica dignificação do homem, pelo
poder decisório), comemorar o sucesso e recompensar.
Tais práticas irão transformar a ambiência de trabalho numa cultura ética, na qual se realiza a
comunidade vivencial de aprendizagem, em que todos realizam função educativa, num intercâmbio
enriquecedor em que a solidariedade torna-se valor espontâneo. Aí há equipe, pois exercita-se a
liderança integrada.
Os desafios da era tecnológica exigem essa postura de liderança: todos são potencialmente líderes, a
serem motivados ao aprendizado contínuo.
Só assim a empresa responderá com eficácia aos múltiplos compromissos que fazem de cada
empregado um agente vivo da organização. Qualquer empregado, ao decidir, está comprometendo a
empresa como um todo. Caso não tenha consciência ética, está agravando o conceito empresarial. E
pondo a perder conquistas importantes.
A ética na era tecnológica é a estratégia para tolher males que vêm minando as organizações, como:
Robotização social - a tecnologia condicionando o comportamento humano.
Sociedade estressada - pela velocidade acachapante, é exigido esforço redobrado para acompanhar as
exigências de rapidez nas decisões.
Desemprego e violência - o ganho obsessivo como meta sacrifica valores humanos e gera o
comportamento violento.cultura egocêntrica.Infelicidade social - o caos reinante, quando falta a
consciência ética, enfraquece o espírito.
Tais indicadores negativos mostram a importância vital das empresas investiremem seu conceito
público, através de manifestações concretas de responsabilidade social.
RESPONSABILIDADE SOCIAL/ VOLUNTARIADO A Responsabilidade Social é uma
exigência básica à atitude e ao comportamento ético, através de praticas que demonstrem que a
empresa possui uma alma, cuja preservação implica solidariedade e compromisso social.
A imagem institucional é um bem que significa para a empresa a aceitação pública de sua atuação e
propostas. São seus ativos intangíveis, a força que garante sua perpetuidade.
Uma das linhas de ação empresariais mais significativas, nesse sentido, vem sendo o Voluntariado ,
ou seja, a dsposição dos empregados em se disponibilizarem à acões solidárias de assistência.
Vem crescendo o apoio efetivo das empresas ao engajamento de suas equipes em projetos e obras
sociais. Isso é excelente, mas requer organização para que não se percam esforços e motivações.
Recomendamos, para tanto, a formação de Clubes de Cidadania nas Empresas .
O Clube de Cidadania consiste em criar uma espécie de “ ong interna”- grupo que se organiza para o
esforço integrado e coordenador das ações sociais. O Clube do Cidadão, preservado em sua
autonomia, deve ser estimulado e apoiado pela empresa.
Cabe ao Clube de Cidadania:: Estabelecer estratégias e programações sociais na empresa; Promover
Campanhas Motivacionais ao Voluntariado. Cadastrar as adesões, planejar ações e as escalas de
atendimento, Selecionar as obras sociais, , Debater idéias, buscar soluções criativas, Avaliar
resultados; Treinar voluntários.
O Clube de Cidadania é um esforço concentrado e uma inteligente estratégia de criação do espírito
solidário na empresa, que certamente influenciará concretamente no trabalho empresarial, em reforço
ao sentido de equipe e a produtividade.
Descentralização:
A descentralização administrativa existe quando a maioria das decisões processa-se nos níveis
hierárquicos inferiores, ou seja, a descentralização coloca os centros decisórios o mais próximo
possível dos órgãos de execução.
A descentralização remota à década de 20, quando a GMC conseguiu grande sucesso em seu
complexo industrial, graças à aplicação dessa filosofia, que se apresentaram mais fortemente nas
grandes instituições a partir da Segunda guerra mundial.
Segundo D’Estaing a descentralização é um estado de espírito, criado pela administração estratégica
que formula os limite dentro dos quais se desenvolve e que assegura as comunicações necessárias e a
formação dos homens que o praticam. A política de descentralização e freqüentemente revista,
devendo ser dinâmica, não podendo ser reduzida a formulários e/ou instruções imutáveis.
A descentralização normalmente ocorre nas seguintes situações:a carga de trabalho de alta
administração esta volumosa e/ou demasiadamente complexa. pela maior ênfase que a empresa quer
dar à relação produto-mercado. para encorajar o desenvolvimento gerencial de seus executivos
lotados na média e baixa administração. para proporcionar maior participação e motivação o grande
volume de trabalho de alta administração provoca morosidade no processo decisório. Para que o
processo de descentralização seja efetivado algumas questões devem ser observadas, tais como: nível
de treinamento e preparo da chefia; grau de confiança dos chefes sobre os subordinados; capacidade
do subordinado de lidar com as suas responsabilidades; a forma de atuação das unidades
organizacionais de assessoria. Algumas vantagens da descentralização: rapidez nas decisões pela
proximidade do lugar onde surgem os problemas. aumento do moral e da experiência dos jovens
executivos. diminuição da esfera de controle do principal executivo. tendência a maior número de
idéias inovadoras. possibilidade de maior participação e motivação. maior tempo à alta administração
para outras atividades. maior desenvolvimento da capacitação gerencial e profissional. Algumas
desvantagens da descentralização: inadequada utilização dos especialistas centrais. Maior
necessidade de controle e de coordenação. Maior dificuldade de normatização e de padronização.
Pouca flexibilidade da organização frente a situações excepcionais. Necessidade de contar com
dirigentes treinados para a descentralização. O custo das comunicações tende a aumentar. Maior
dificuldade de coordenação de atividades que envolvem alto nível de interdependência.
Pode-se dizer que a descentralização deve ser considerada como os demais problemas
organizacionais, em termos de conveniência administrativa. Sempre que uma decisão puder ser mais
bem tomada ao nível operativo, com maior rapidez e favorecendo o completo exame dos vários
fatores em causa, pode-se proceder logo a uma descentralização da função respectiva. A
descentralização esta intimamente associada à idéia de se alterar o regimento interno da organização
e os documentos decorrentes, para que a decisão relativa aos assuntos descentralizados passe a ser
competência dos níveis inferiores. A descentralização tem caráter permanente e é impessoal, onde a
autoridade passa para o nível subordinado as atribuições e responsabilidades.
Amplitude de controle
Amplitude de controle, também denominada amplitude administrativa ou amplitude de supervisão,
refere-se ao número de subordinados que um chefe pode subordinar pessoalmente, de maneira
efetiva e adequada. A quantidade de subordinados que um administrador pode dirigir eficientemente,
irá depender de diversas considerações básicas, aplicáveis ao trabalho a ser feito, à qualidade da
administração, à intensidade de supervisão exercida e a capacidade dos subordinados. Vários autores
defendem que o número ideal de subordinados para as autoridades superiores e de três ou quatro e
nos níveis inferiores da organização, onde o que se delega e autoridade para o desempenho de tarefas
específicas e não para supervisão de outros, o número pode ser de oito a doze. Na pratica as
organizações raramente obedecem a esses números. O estabelecimento do número ideal depende de
um adequado diagnóstico organizacional, influindo diretamente na solução de problemas. Entre os
fatores que influenciam a amplitude prática de controle na empresas, podemos citar: - os deveres e as
habilidades pessoais do chefe em lidar com pessoas; - o nível de capacitação profissional do chefe e
dos subordinados; - o nível de mutação da empresa perante o ambiente e sua estabilidade interna; - o
grau de delegação de autoridade existente; - o grau de interdependência entre as unidades
organizacionais; - o nível de clareza, comunicação e aceitação dos objetivos e - o nível de definição,
simplicidade e repetitividade das atividades dos subordinados. À medida que uma pessoa sobe numa
estrutura organizacional, sua amplitude de controle torna-se menor. Ocorre também que, no mesmo
nível hierárquico haverá considerável variação na amplitude de controle. De qualquer forma, existe
relação entre amplitude de controle e níveis hierárquicos e vice-versa. Uma amplitude de controle
inadequada para a empresa pode causar determinados problemas, tais como: 1- número de
subordinados maior que a amplitude administrativa. Neste caso, podem ocorrer os seguintes
problemas: - desmotivação; - ineficiência de comunicações; - decisões demoradas e mal estruturadas
e - queda do nível de qualidade de trabalho. 2- Número de subordinados menor que a amplitude
administrativa. - capacidade ociosa do chefe; - custos administrativos maiores; - falta de delegação; -
desmotivação e - pouco desenvolvimento dos subordinados.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO:
Departamentalização é um dos conceitos básicos de organização. Consiste no agrupamento de
atividades diferentes em unidades especializadas dentro de uma organização. Este agrupamento tem
o objetivo de organizar, facilitar a supervisão e a coordenação, e otimizar a busca por resultados.
Segundo Rebouças (2009), Departamentalização pode ser definida como agrupamentos em unidades
organizacionais realizados conforme critérios específicos de atividades e recursos, tais como
humanos, financeiros, tecnológicos, materiais, etc.
Para se realizar a Departamentalização, é preciso fazer uma análise cuidadosa das tarefas. Rebouças
recomenda a utilização dos princípios de diferenciação e de integração das tarefas. Tarefas diferentes
devem ser realizadas por departamentos diferentes, ao passo que tarefas semelhantes devem ser
agrupadas em um mesmo departamento. Além desses, existem quatro outros princípios que podem
vir a calhar no processo de criação ou fusão de departamentos.
Princípio do maior uso: o departamento que mais realiza uma determinada tarefa deve ser
responsável por ela; Princípio de maior interesse: a supervisão de uma tarefa deve ficar a cargo do
departamento e do gerente que tem mais interesse em ter essa tarefa realizada com sucesso; Princípio
de separação do controle: tarefas de supervisão devem ser separadas das tarefas de execução;
Princípio da supressão da concorrência: as atividades de um departamento não podem ser realizadas
também por outro. Caso essa repetição seja detectada, é preciso que a função seja restringida a
apenas um departamento para se evitar o desperdício de recursos e tempo.
Existem várias formas de se departamentalizar uma organização: por função, por localização, por
produto ou serviço, por clientes, por processos, por projetos, etc. Cada uma delas segue critérios
diferentes. A seguir vamos comentar sobre cada uma delas:
Departamentalização por função ou funcional: é uma das mais comuns. Nela, os funcionários são
agrupados conforme a função que exercem na empresa. Sua vantagem é tirar o maior proveito das
especialidades. A desvantagem é inibir uma visão holística dos processos de produtos finais.
Departamentalização por quantidade: baseia-se em critérios numéricos. Um responsável fica a
cargo de um número determinado de funcionários. Esse tipo de departamentalização é usado, às
vezes, quando há uma divisão de turnos de trabalho na empresa. Ela só é bem sucedida quando as
tarefas exercidas pelos funcionários são semelhantes e repetidas.
Departamentalização por local ou locacional, territorial ou por função geográfica: muito
comum nas multinacionais, consiste na distribuição de departamentos conforme sua localização
geográfica. Esse tipo de departamentalização apresenta vantagens estratégicas, já que permite a
instalação de unidades mais perto de seus clientes, matéria prima, canais de escoamento, etc. Porém,
tem como desvantagem a despesa de manter várias instalações e salários.
Departamentalização por produto ou serviço: é aquela utilizada quando a organização quer ou
necessita focar mais nos produtos que em suas funções internas. A vantagem são funcionários com
habilidades específicas são concentrados em apenas um foco de atividade. Além disso, fica mais fácil
avaliar os resultados de cada departamento. Por outro lado, os custos administrativos são mais altos,
uma vez que cada unidade tem sua equipe de marketing, de análise financeira, etc.
Departamentalização por cliente: também é orientada pelo mercado. Cada departamento é
direcionado a um público-alvo do produto. O ponto forte dessa divisão é facilitar o atendimento das
necessdades do consumidor.
Departamentalização por processo: ocorre quando as tarefas passam de um departamento para o
outro, seguindo uma sequência lógica.
Departamentalização por projetos: empresas que lidam com projetos temporários, como agências
de consultoria, dividem seus recursos humanos, financeiros e materiais de acordo com projetos com
prazos limitados. Essa departamentalização tende a ser temporária.
Departamentalização matricial: ocorre quando há mais de um tipo de distribuição de tarefa
ocorrendo ao mesmo tempo. Por exemplo, a sobreposição da departamentalização funcional com a
de produtos.
Departamentalização mista: se dá pela combinação de tipos diferentes de departamentalizações.
São várias as possibilidades de combinações.