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DIREITO ADMINISTRATIVO

GABRIELA NAOMI YAMAGUCHI SILVA


MARIA INGRYD LAUANE LISBOA SIMÕES
CARLOS MANOEL FERREIRA DA SILVA
PAULA DA SILVA TORQUATO
WADDSSA LIMA DE OLIVEIRA
RAUL BEZERRA ANDRADE
ESPÉCIES DE AGENTES ADMINISTRATIVOS

Agente Administrativo é dada para quem tem uma atuação pública profissional e remunerada.
Eles estão sujeitos à hierarquia da Administração Pública, ocupando cargos públicos.

Os Agentes Administrativos podem ser servidores públicos, empregados


públicos ou temporários.

• O Servidor Público é o Agente que possui uma relação funcional com o Estado. Ou seja,
ele está submetido a um regime jurídico estatutário (legal) de Direito Público.

• Empregados Públicos são Agentes que estão sob o regime contratual trabalhista, ou seja,
são celetistas. Embora estejam a serviço do Estado, o regime jurídico a que estão
submetidos é de Direito Privado, pois o vínculo deles com a Administração Pública é
contratual.

• O temporário está submetido a um contrato de direito público temporário, de natureza


não trabalhista.

CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA

O desempenho de atividades em nome da Administração Pública pode acontecer por três


formas:

Função Pública

Decorrente de um conjunto de atribuições e responsabilidades exercidas em nome do Estado


assinaladas a um servidor, seja também por meio de cargo, emprego, ou de uma simples
designação. Criado através de lei com iniciativa cabendo ao chefe do Poder executivo, também
cabe a extinção do mesmo por meio de lei.

Tendo como exemplo, o mesário da Justiça Eleitoral, não tendo o emprego ou cargo e mesmo
assim exerce uma função pública, atuando em nome do Estado mediante designação
Todo cargo ou emprego possui uma função. Porém, nem toda função possui um cargo ou
emprego, já que há funções sem cargo, como as atribuídas a um particular em colaboração com
o Poder Público.

Cargo Público
Definido pela natureza estatutária do vínculo. Promovido por servidores públicos para ocupar
posições no quadro funcional da Administração Direta, Indireta, Autarquias e Instituições
Públicas. Sendo sujeito a um regime jurídico definido em lei denominado assim regime legal
ou estatutário, de índole institucional, não contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello (2003, p. 234), cargos públicos são “unidades
de competência a serem expressas por um agente, previstas em número certo, com denominação
própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei”.

Apenas havendo previsão em de lei de competência do poder para o qual será designado é
possível criar, transformar e extinguir cargos públicos. Contudo, havendo exceções, serviços
auxiliares do Poder Legislativo não dependem de lei para a sua criação, sendo assim feita por
meio de cada uma das casas do Congresso Nacional, Câmara de Deputados e Senado Federal,
que gozam de competência privativa para a matéria. Outra exceção se encontra na promoção
de cargos públicos federais, o presidente da república, na forma de lei, Ministério de Estado, ao
Procurador-Geral da República e ao Advogado -Geral da União a delegação de competência
para promover cargos públicos.

Emprego Público

Relação funcional de trabalho entre a Administração Pública e os agentes regidos pela CLT por
meio de celebração de contrato, sendo assim, submetido ao princípio da unicidade normativa,
já que é um conjunto das normas reguladoras previstas em um único diploma legal, a
Consolidação das Leis de Trabalho.

Embora só vínculo seja regido pela CLT, é necessário a prestação de concurso público. assim
afastando a dispensa desses empregos de forma imotivada, só sendo possível quando ocorrer
falta grave, acumulação ilegal de cargos, empregos e funções públicas; necessidade de redução
de quadros por excesso de despesas e insuficiência de desempenho apurada em processo
administrativo. Sua extinção e criação também é feita através de lei.
REGRAS CONSTITUCIONAIS SOBRE O ACESSO AO FUNCIONALISMO
PÚBLICO E OS DIREITOS SOCIAIS APLICÁVEIS AOS AGENTES PÚBLICOS

É no texto do parágrafo único do Art. 7º da Constituição Federal que se discorre sobre a


acessibilidade aos cargos públicos e que a introdução aos cargos públicos é de acesso a todos
os brasileiros que preencham os requisitos fixados em lei, obedecendo aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. É de diversas maneiras o
ingresso ao serviço público, a depender de sua classificação, pois cada uma conta com uma
estrutura e critérios específicos podendo ser através de concursos ou nomeações.

Existem diversas classificações dos agentes públicos, cada qual algumas especificações e
funções, como por exemplo o agente público político, que são os chefes do Poder executivos
ou de ligação direta (Presidente da República, Governadores, ministros etc.), o agente
honorífico que são de caráter temporário e sem vínculo empregatício e entre outras
especificações. A acerca de seus direitos, são quase que o mesmo da alçada privada, com alguns
particulares, dado que, as leis mudam a depender de sua competência (federal, estadual e
municipal).

Assim, estão garantidos aos servidores públicos os seguintes direitos: salário mínimo, fixado
em lei com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, inclusive para aqueles
que percebem remuneração variável, décimo terceiro salário com base na remuneração integral
ou no valor da aposentadoria, adicional noturno, salário família pago em razão do dependente
do trabalho de baixa renda, nos termos da lei, duração do trabalho não superior a oito horas
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos, hora extra de, no
mínimo, cinquenta por cento à do normal, férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço
a mais do que o salário normal, licença maternidade, sem prejuízo do emprego e do salário,
com duração de cento e vinte dias, licença paternidade, nos termos da lei, proteção do mercado
de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, redução dos riscos
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança e proibição de
diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil
O SISTEMA CONSTITUCIONAL DE REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES
PÚBLICOS

O sistema constitucional de remuneração dos servidores públicos é baseado na Constituição


Federal brasileira de 1988.

O artigo 37 da CF estabelece que os servidores públicos são remunerados através de uma


estrutura de cargos, carreiras e salários, em que as progressões na carreira devem ser baseadas
em critérios de mérito e desempenho.

Além disso, a Constituição estabelece que a remuneração dos servidores públicos deve ser
fixada por lei e deve ser adequada à natureza, complexidade e responsabilidade das atribuições
do cargo, bem como à qualificação exigida para o seu exercício.

A Constituição ainda proíbe a remuneração inferior ao salário-mínimo e a vinculação ou


equiparação de remuneração de diferentes cargos do serviço público

Os valores das remunerações dos servidores públicos são definidos através de leis e normas
emitidas pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em âmbito federal, estadual e
municipal.

É importante lembrar que os salários dos servidores públicos são pagos com recursos dos
impostos arrecadados pela sociedade.

DIFERENÇA ENTRE OS DEVERES E AS RESPONSABILIDADES QUE


PODEM SER ATRIBUÍDAS AOS SERVIDORES NA ESFERA
ADMINISTRATIVA, CÍVEL, PENAL E POR IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA

• O servidor público é passível de três tipos de responsabilidade: civil, penal e


administrativa.

• Entre todos os servidores têm como deveres o zelo e dedicação às atribuições do


cargo; observar as normas legais e regulamentos; cumprir as ordens superiores,
exceto quando manifestamente ilegais; atender com presteza o público em geral;
levar ao conhecimento da autoridade superior irregularidade de que tiver
conhecimento em razão do cargo que ocupa e zelar pela economia do material e
pela conservação do patrimônio público.

- Na esfera administrativa:
A responsabilidade administrativa decorrerá da violação do servidor aos deveres e
proibições inseridos nos respectivos estatutos.
Decorre da previsão do art. 41, II, da Constituição Federal, e é elementar à hierarquia, à
autotutela e à controlabilidade que iluminam a Administração Pública. Ela se manifesta
na responsabilidade disciplinar pela prática de infração funcional – inclusive por
improbidade administrativa (art. 132, VI, da Lei 8.112, v.g.) – expondo seu autor a
sanções como advertência, suspensão, demissão, aplicáveis pela própria Administração
Pública com observância do devido processo legal em todas as suas perspectivas e
potencialidades.
A responsabilização do servidor público federal decorre da Lei nº 8.112/90, que lhe impõe
obediência às regras de conduta necessárias ao regular andamento do serviço público.
Nesse sentido, o cometimento de infrações funcionais, por ação ou omissão praticada no
desempenho das atribuições do cargo ou função, ou que tenha relação com essas
atribuições, gera a responsabilidade administrativa (arts. 124 e 148), sujeitando o servidor
faltoso à imposição de sanções disciplinares.

- Na esfera penal:
O servidor responde penalmente quando pratica crime ou contravenção. A
responsabilidade penal diz respeito às consequências da prática pelo servidor público de
condutas tipificadas no ordenamento como crimes relacionados ao exercício de cargo,
função ou emprego público, daí o nome de crimes funcionais, possui os mesmos
elementos que as responsabilidades anteriores, porém acrescidas de peculiaridades como:
a ação ou omissão deve ser antijurídica e típica; dolo ou culpa sem possibilidade de
responsabilidade objetiva; relação de causalidade; dano ou perigo de dano.
- Na esfera civil:
A responsabilidade civil do servidor público consiste no ressarcimento dos prejuízos
causados à Administração Pública ou a terceiros em decorrência de ato omissivo ou
comissivo, doloso ou culposo, no exercício de suas atribuições (art. 122 da Lei nº 8.112/90
e art. 37, § 6º, da Constituição Federal). A responsabilidade civil do servidor público
perante a Administração é subjetiva e depende da prova da existência do dano, do nexo
de causalidade entre a ação e o dano e da culpa ou dolo da sua conduta. O dano pode ser
material ou moral.
A Lei nº 8.112/90 estabelece duas situações em que o servidor poderá ser chamado a
ressarcir os prejuízos causados ao erário. Na primeira, quando causar danos diretamente
à Administração Pública. Na segunda, quando causar danos a terceiros no exercício da
função pública.
Na hipótese de dano causado à Administração Pública, prevê o art. 46 da Lei nº 8.112/90
que a indenização do prejuízo financeiro causado pelo servidor poderá ocorrer ainda no
âmbito administrativo, mediante desconto autorizado do valor devido em folha de
pagamento, após regular processo administrativo cercado de todas as garantias de defesa
do servidor, conforme prevê o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federa
As leis estatutárias estabelecem procedimentos auto executórios, pelos quais a
administração desconta o prejuízo dos vencimentos do servidor, respeitado o seu limite
mensal, fixado em lei 1. Em caso de crime que resulte prejuízo para a fazenda pública ou
enriquecimento ilícito do servidor, ele ficará sujeito a sequestro ou perdimento de bens,
com intervenção do judiciário, na forma do decreto lei 3240/41 e 8429, a chamada Lei de
improbidade administrativa que disciplina o artigo 37 § 4◦ da CF.
- Responsabilidades por improbidade administrativa:
o ato de improbidade administrativa (isto é, aquele que infringe o dever respectivo)
implicarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em
lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
A Constituição não projetou nesse preceito tão somente as sanções contra a improbidade
administrativa, senão em sentido mais amplo enumerou algumas das consequências
jurídicas da prática desse ato ilícito, indicando sanções (perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos etc.) e providências cautelares (indisponibilidade de
bens). Tampouco é possível afirmar que a norma constitucional esgota todas as
perspectivas de repressão aos atos de improbidade administrativa.
constitucional de remuneração dos servidores públicos é baseado na Constituição Fe

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