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DIREITO ADMINISTRATIVO

LEI 8.429/92

Prof. Luís Gustavo


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INTRODUÇÃO
(CONCEITOS RELEVANTES)
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
DIRETA INDIRETA

Conjunto de órgãos e Autarquias


agentes públicos Fundações Públicas
integrantes da União, Empresas Públicas
dos Estados, do Distrito
Sociedades de Economia
Federal e dos Municípios Mista
CONCEITOS BÁSICOS
Cargo x Emprego x Função:
Cargo Público (Lei 8.112/90, art. 3º)

Conjunto de atribuições e responsabilidades


previstas na estrutura organizacional que devem
ser cometidas a um servidor.
CARACTERÍSTICAS DOS CARGOS PÚBLICOS

Acessíveis aos brasileiros (CF, art. 37, I)


Criados por lei
Denominação própria
Vencimento pago pelos cofres públicos
Provimento efetivo ou em comissão
CF, art. 37, I – Acessibilidade a cargos,
empregos e funções

I - os cargos, empregos e funções públicas são


acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei;
Lei 8.112/90, art. 5º., § 3º. - As universidades e
instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de
acordo com as normas e os procedimentos desta
Lei.

Lei 8.112/90, art. 4º - É proibida a prestação de


serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
CARGO PÚBLICO
EFETIVO EM COMISSÃO
•Aprovação prévia em • “Livre nomeação e
concurso público exoneração”
• Não precisa de
•Aquisição de aprovação prévia em
estabilidade concurso público
(CF, art. 41) • Sem estabilidade
EMPREGO PÚBLICO

Conjunto de encargos de trabalho preenchidos por agentes


contratados mediante concurso público para desempenha-
los sob o regime da Legislação Trabalhista.

FUNÇÃO PÚBLICA

Segundo Maria Sylvia Z. Di Pietro, função "é o conjunto


de atribuições às quais não corresponde um cargo ou
emprego".
CONCURSO PÚBLICO
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser
realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do
respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao
pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.

§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão


fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal
diário de grande circulação.

§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado


em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
CONCEITOS BÁSICOS
Servidor x Empregado x Agente:
Servidor Público (Lei 8.112/90, art. 2º)

Pessoa legalmente investida em cargo público

Empregado Público

Pessoa legalmente investida em emprego público


CONCEITOS BÁSICOS
Servidor x Empregado x Agente:
AGENTE PÚBLICO (Lei 8.429/92, art. 2o.)

É todo aquele que exerce, ainda que


transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função pública.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

Servidor Público Sentido Amplo

Em sentido amplo, Maria Sylvia Di Pietro afirma serem


servidores públicos as pessoas físicas que prestam serviço ao
Estado e às entidades da Administração Indireta, com
vínculo empregatício (seja estatutário, celetista ou especial)
e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
CONCEITOS BÁSICOS
Regime Jurídico dos Servidores
Conjunto de regras que disciplina a relação
jurídica entre o Estado e seus servidores.
Basicamente, divide-se em: estatutário ou
celetista.
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES
ESTATUTÁRIO OU CELETISTA OU
LEGAL TRABALHISTA
•Vínculo legal •Vínculo contratual
(estatuto)
•Bilateral
•Unilateral
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES
ESTATUTÁRIO OU CELETISTA OU
LEGAL TRABALHISTA
•Típico do Direito •Típico do Direito
Público Privado
•Cargo Público •Emprego Público
•Servidor Público •Empregado Público
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES
ESTATUTÁRIO OU CELETISTA OU
LEGAL TRABALHISTA
•Administração
Direta •Empresas Públicas
•Autarquias •Sociedades de
•Fundações Economia Mista
Públicas
Improbidade Administrativa
(Lei 8.429/92)
CONCEITO
A probidade administrativa consiste no dever de o
"funcionário servir a Administração com honestidade,
procedendo no exercício das suas funções, sem aproveitar os
poderes ou facilidades delas decorrentes em proveito
pessoal ou de outrem a quem queira favorecer".

José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional


Positivo

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CONCEITO
O desrespeito a esse dever é que caracteriza a improbidade
administrativa. Cuida-se de uma imoralidade administrativa
qualificada. A improbidade administrativa é uma imoralidade
qualificada pelo dano ao erário e correspondente vantagem
ao ímprobo ou a outrem(...)."

José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo

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PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos de:

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da


República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente,
contra:

V - a probidade na administração;

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PREVISÃO CONSTITUCIONAL

CF, art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa


importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em
lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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CONSEQUÊNCIAS NA CF
CONSEQUÊNCIAS:

•Perda da função pública


•Suspensão dos direitos políticos
•Ressarcimento ao erário
•Indisponibilidade dos bens
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COMENTÁRIOS RELEVANTES
1) A ação de improbidade possui natureza de ação civil pública;

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra


agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o
sabe inocente
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a


indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que
houver provocado.
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COMENTÁRIOS RELEVANTES
2) A perda da função pública e a suspensão dos direitos
políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
sentença condenatória (art. 20)

3) Além das sanções da LIA, o agente ímprobo está sujeito a


outras sanções de natureza civil, penal ou administrativa (art.
12)

4) O agente ímprobo também está sujeito à sanção ética


(Decreto 1.171/94)

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ELEMENTO SUBJETIVO

SUJEITO PASSIVO
DO ATO DE IMPROBIDADE (Art. 1º.)
X
SUJEITO ATIVO
DO ATO DE IMPROBIDADE (Art. 2º.)

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SUJEITO ATIVO

AGENTE PÚBLICO ≠ SERVIDOR PÚBLICO

“Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei,


todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no artigo anterior.”
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ELEMENTO SUBJETIVO

STF – “os agentes políticos, regidos por normas


especiais de responsabilidade, não respondem por
improbidade administrativa com base na Lei n.
8.429/1992, mas apenas por crime de
responsabilidade em ação que somente pode ser
proposta perante o STF nos termos do art. 102, I, c, da
CF”

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ELEMENTO SUBJETIVO

Art. 3° - As disposições desta lei são aplicáveis, no que


couber, àquele que, mesmo não sendo agente público,
induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma
direta ou indireta

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** CLASSIFICAÇÃO **

MACETE!

Que importa enriquecimento ilícito (art. 9o.)

Que acarreta lesão ao erário (art. 10)

Que atenta contra princípios (art. 11)

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** CLASSIFICAÇÃO **
Obs1: O STJ não tem admitido a aplicação do princípio da
insignificância na ação de improbidade administrativa.

Obs2: A Lei de Improbidade não estabelece a aplicação


cumulativa das sanções, cabendo ao magistrado, na análise de
cada caso, aplicar a mais adequada, em conformidade com os
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. (STJ)

Obs3: Para o STJ, no caso dos atos de improbidade do art. 10, é


necessário o dano ao erário no sentido financeiro da lesão.

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ELEMENTO SUBJETIVO

Obs1: O particular sozinho não responde pela prática de ato


de improbidade, devendo haver conluio com o agente público.
(STF/STJ)

Obs2: O estagiário que atua no serviço público, mesmo em


caráter transitório, remunerado ou não, está sujeito a
responsabilização por ato de improbidade administrativa.
(STJ)
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PENALIDADES
LEI 8.429/92, art. 12

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COMENTÁRIOS RELEVANTES
Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar
prática de ato de improbidade (art. 14); REPRESENTAÇÃO

A ação de improbidade poderá ser proposta pelo Ministério Público


ou pela pessoa jurídica interessada (Art. 17); LEGITIMIDADE ATIVA

 O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará


obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. (Art.
17, §4º.)

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MEDIDAS CAUTELARES
A autoridade judicial ou administrativa competente poderá
determinar o afastamento temporário do agente público do
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução
processual (Art. 20, parágrafo único)

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MEDIDAS CAUTELARES
Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou
ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa
responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a
indisponibilidade dos bens do indiciado. (Art. 7º)

 A indisponibilidade dos bens recairá sobre bens que assegurem o


integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial
resultante do enriquecimento ilícito. (Art. 7º, parágrafo único)

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MEDIDAS CAUTELARES
O STJ entende que, ante sua natureza acautelatória, a medida de
indisponibilidade de bens em ação de improbidade administrativa pode ser
deferida nos autos da ação principal sem audiência da parte adversa e, portanto,
antes da notificação para defesa prévia (STJ)

As medidas cautelares, em regra, como tutelas emergenciais, exigem, para a sua
concessão, o cumprimento de dois requisitos: o fumus boni juris (plausibilidade
do direito alegado) e o periculum in mora (fundado receio de que a outra parte,
antes do julgamento da lide, cause ao seu direito lesão grave ou de difícil
reparação). Porém, no caso da indisponibilidade de bens, em relação à
improbidade administrativa, basta que se prove o fumus boni iuris, sendo
o periculum in mora presumido (STJ)
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MEDIDAS CAUTELARES
A indisponibilidade pode recair sobre bens adquiridos tanto antes como
depois da prática do ato de improbidade. (STJ)

A indisponibilidade de bens deve recair sobre o patrimônio do réu de modo


suficiente a garantir o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário,
levando-se em consideração, ainda, o valor de possível multa civil como sanção
autônoma. (STJ)

Por conta do valor da multa, a indisponibilidade dos bens pode ser aplicada
no caso de ato de improbidade que atenta contra os princípios da
Administração Pública (STJ)
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COMENTÁRIOS RELEVANTES

A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: (art.


21)

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público,


salvo quanto à pena de ressarcimento;

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de


controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
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DECLARAÇÃO DE BENS
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu
patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente.

§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes,


dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores
patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso,
abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro,
dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica
do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso
doméstico.
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DECLARAÇÃO DE BENS
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o
agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem


prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a
prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a
prestar falsa.

§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração


anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na
conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de
qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a
exigência contida no caputProf.
e Luís
noGustavo
§ 2° deste artigo .
Bezerra de Menezes
PRAZO PRESCRICIONAL
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei
podem ser propostas:

I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em


comissão ou de função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas


disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos
de exercício de cargo efetivo ou emprego.

III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da


prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do
art. 1o desta Lei. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes
PRAZO PRESCRICIONAL
STJ – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - DECISÕES RELEVANTES
A) Se o agente que praticou o ato ímprobo exercia cumulativamente cargo
efetivo e cargo comissionado, o prazo prescricional será regido na forma do
inciso II (ou seja, prazo previsto no Estatuto próprio para penalidade de
demissão a bem do serviço público) (STJ).

B) Se o agente que praticou o ato ímprobo é servidor temporário (art. 37, IX,
da CF/88), o prazo prescricional será regido na forma do inciso I (vínculo
temporário). (STJ).

Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes


PRAZO PRESCRICIONAL
STJ – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - DECISÕES RELEVANTES
C) Se o agente público é detentor de mandato eletivo, praticou o ato de
improbidade no primeiro mandato e depois se reelegeu, o prazo prescricional é
contado a partir do fim do segundo mandato (STJ)

D) O reconhecimento da prescrição da ação de improbidade administrativa não


representa impedimento do ressarcimento de danos causados ao erário (STJ)

Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
(CESPE/FUB/Administrador/2015) No que tange à improbidade administrativa e ao
processo administrativo federal, julgue os seguintes itens.

1. Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa, verifica-se que os órgãos


da administração direta e indireta dos três poderes e de qualquer um dos entes federados
configuram-se como sujeitos passivos imediatos do ato caracterizado pela improbidade
administrativa.

2. Em inquéritos que apurem crime de improbidade administrativa, é vedado à autoridade


administrativa responsável pelo inquérito decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado,
pois a presunção de inocência é um direito constitucionalmente protegido.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3(CESPE/TJDFT/Oficial de Justiça/2015) Preveem-se dois tipos de atos de improbidade
administrativa: os próprios, realizados pelo próprio agente público contra a administração; e
os impróprios, oriundos da participação de terceiros que concorram com o agente público,
materialmente ou por indução, e que também obtenham benesses dessa improbidade.

(CESPE/TJDFT/Técnico Judiciário/2015) Julgue os itens a seguir à luz da Lei de


Improbidade Administrativa.

4 Ao negar publicidade a ato oficial, o servidor público comete ato de improbidade


administrativa, o que atenta contra os princípios da administração pública. Para tanto,
torna-se irrelevante considerar se houve ação de caráter doloso ou culposo.

5 Considerando a interpretação conferida pelo Supremo Tribunal Federal ao conceito de


agentes públicos, todos os agentes políticos estão sujeitos às disposições da Lei de
Improbidade Administrativa.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
6(CESPE/PF/Delegado/2013) Na hipótese de sentença condenatória, o juiz poderá, de
acordo com a gravidade do fato, aplicar ao servidor pena de multa e deixar de aplicar - lhe
a suspensão de direitos políticos, ambas previstas em lei.

7(CESPE/TJDFT/Juiz/2016) O termo inicial da prescrição de ato de improbidade


administrativa de agente político reeleito será o do término do primeiro mandato.

8(CESPE/TJDFT/Juiz/2016) O estagiário de órgão público, independentemente do


recebimento de remuneração, está sujeito à responsabilização por ato de improbidade
administrativa.

9(CESPE/TJDFT/Juiz/2016) O dolo é exigível para se demonstrar a improbidade


administrativa que importar enriquecimento ilícito do agente público, prejuízo ao erário e
violação aos princípios da administração pública.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
10(CESPE/TCE-RN/Auditor/2016) O simples atraso na entrega das contas públicas, sem que
exista intenção manifesta, não configura ato de improbidade que atenta contra os princípios da
administração pública.

11(CESPE/TRE-GO/Analista Judiciário/2015) Embora possa corresponder a crime definido em


lei, o ato de improbidade administrativa, em si, não constitui crime.

12(CESPE/TCU/Procurador/2015) Para a caracterização do ato de improbidade administrativa


fundado em ofensa a princípio da administração pública, é dispensável a demonstração do dolo
lato sensu ou genérico.

(CESPE/PF/Escrivão/2013) Com relação ao direito administrativo, julgue os itens a seguir.

13. O servidor público que revelar fato ou circunstância que tenha ciência em razão das suas
atribuições, e que deva permanecer em segredo, comete ato de improbidade administrativa.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
14. As penas aplicadas a quem comete ato de improbidade não podem ser cumuladas,
uma vez que estaria o servidor sendo punido duas vezes pelo mesmo ato.

15(CESPE/PF/Delegado/2013) Caso o MP também ajuíze ação penal contra o servidor,


pelo mesmo fato, a ação de improbidade ficará sobrestada até a prolação da sentença
penal a fim de se evitar bis in idem.

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