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09.08.2004
Objetivo:
Abordagem teórica e prática dos institutos de Direito Processual do Trabalho
previstos na Consolidação das Leis do Trabalho, no Código de Processo Civil e na
Legislação Extravagante; Discussão de temas atuais; Aprofundamento dos institutos
processuais mais utilizados na Justiça do Trabalho, visando, sempre a prática da
advocacia.
Ementa
Recursos no Processo de Trabalho; Procedimento nos Dissídios Coletivos; Ação de
Cumprimento; Liquidação de Sentença no Processo do Trabalho; Execução
Trabalhista; Processo Cautelar do Trabalho.
Metodologia
Aulas expositivas estimulando o debate; pesquisa doutrinária e jurisprudencial sobre
temas polêmicos ou de interesse geral; realização de seminários sobre temas
previamente definidos, estimulando o aluno à pesquisa.
Sistema de Avaliação
Prova escrita, levando em conta a participação do aluno e os trabalhos realizados
durante o curso para efeitos de nota final.
Programa
UNIDADE IV – EXECUÇÃO
4.1 Conceito de execução, títulos executivos, objeto, natureza, princípios
informativos da execução trabalhista, pressupostos (requisitos), legitimação,
autonomia do processo de execução, competência, regras gerais, execução
provisória e definitiva, espécies de execução (entrega de coisa certa, incerta,
obrigação de fazer, de não fazer, quantia certa), procedimentos.
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Processo DO TRABALHO II
Bibliografia
GIGLIO, Walter D. Direito Processual do Trabalho. São Paulo: LTR.
MALTA, Cristóvão Piragibe Tostes. Prática do Processo Trabalhista. São Paulo:
LTR.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. São
Paulo: Saraiva.
OLIVEIRA, Francisco Antônio de. A Execução na Justiça do Trabalho: doutrina,
jurisprudência, enunciados e súmulas. São Paulo: Revista dos Tribunais.
ZANGRANDO, Carlos Henrique da Silva. Resumo do Direito Processual do
Trabalho. Rio de Janeiro: Edições Trabalhistas.
Todos recursos têm como resposta as Contra-Razões, as quais têm o mesmo prazo
do recurso original.
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Processo DO TRABALHO II
Decisões Interlocutórias não são passíveis de recurso (art. 893, § 1º, da CLT).
Pressupostos Recursais
Previsão legal
Cabimento
Tempestividade
Objetivos Custas
Preparo
Depósito recursal
Capacidade
Subjetivos Legitimidade
Interesse
16.08.2004
Embargos de Declaração
Divergência doutrinária
Corrente minoritária – não é recurso e sim incidente processual;
Corrente majoritária – é recurso (art. 496, IV, do CPC)
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Processo DO TRABALHO II
Agravo de Instrumento
Só tem uma função: destrancar o recurso (remeter o recurso que foi denegado –
juízo de admissibilidade – pelo juízo).
Prazo: 8 dias (art. 897, “b”, da CLT)
despacho do Juiz do Trabalho que inadmitir o Recurso Ordinário ou o Agravo de
Petição;
despacho do Presidente do TRT que inadmitir o Recurso de Revista ou o
Recurso Ordinário;
despacho do Presidente do TST quando inadmitir o Recurso Extraordinário para
o STF;
despacho do Presidente da Turma do STF que negar segmento ao embargo no
TST.
Instrução da Petição de Agravo (art. 525, do CPC)
Instrução Normativa 16, do TST (§§ 1º e 2º, foram revogados).
23.08.2004
Embargos no TST
Infringentes
De Divergência
De Nulidade
Embargos Infringentes
São interpostos para a SDC (Seção de Dissídio Coletivo), do TST, das decisões não
unânimes, proferidas em dissídios coletivos que excedam à área de um TRT, ou
seja, os Embargos Infringentes caberão das decisões não unânimes da competência
originária do TST.
Ex.: Dissídio coletivo do Banco do Brasil, da Petrobrás.
Embargos de Divergência
Serão interpostos em última instância, das decisões das Turmas para as SDI
(Seção de Dissídios Individuais), quando houver divergência jurisprudencial entre as
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Processo DO TRABALHO II
Embargos de Nulidade
Caberá Embargos de Nulidade para a SDI onde houver violação literal de preceito
da Constituição Federal ou de Lei Federal.
Agravo Regimental
Previsão: Regimento Interno do Tribunal.
Prazo: definido pelo Regimento Interno do Tribunal.
Não comporta contra-razões.
Muitos doutrinadores entendem não ser recurso.
Cabimento: Decisões Liminares (Monocráticas) e Decisões do Juiz Corregedor.
Decisão do Agravo Regimental: Colegiado, sendo que o relator que proferiu a
decisão contestada não vota novamente na decisão do Colegiado.
30.08.2004
Recurso de Revista (art. 896, da CLT)
Reexame de matéria de direito.
Competência: TST
Três juízos de admissibilidade:
i. Presidente do Tribunal prolator do acórdão recorrido (decisão denegatória cabe
Agravo do Instrumento);
ii. Ministro-relator – art. 896, § 5º (decisão denegatória cabe Agravo Regimental);
iii. Ministro-relator – art. 896-A (decisão denegatória cabe Agravo Regimental)
(Transcendência = relevância, importância).
Processo sumaríssimo (art. 896, § 6º) – admissibilidade – contrariedade a súmula de
jurisprudência uniforme do TST e violação direta da Constituição Federal.
Art. 896, “a” – Lei Federal – a interpretação divergente deverá ser em relação a outro
TRT. A razão é que os TRT’s deverão proceder a unificação de sua jurisprudência
(Lei nº 7.701/88 e art. 896, § 3º, da CLT);
Art. 896, “c” – Se o acórdão afirma o que a lei nega, se nega o que a lei afirma, se
aplica à lei hipótese que ela não rege ou não se aplica à lei a hipótese que ela rege.
Enunciados vinculados:
23, 53, 126, 153, 161, 184, 192, 218, 221, 266, 285, 296, 312, 333 e 337.
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Processo DO TRABALHO II
Processo Coletivo
Convenção – sindicato profissional (trabalhadores) e sindicato econômico
(empregadores) – art. 611, caput, da CLT;
Acordo Coletivo – sindicado profissional (trabalhadores) e empregadores – art.
611, § 1º, da CLT.
Base Territorial
Art. 8º, CF/88. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial,
que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo
ser inferior à área de um Município.
06.09.2004
EXERCÍCIO 1
Preencha as lacunas:
1. Via de regra, os recursos são voluntários. Porém, existe uma exceção, que é em
relação aos Entes Públicos, que têm a chamada remessa obrigatória.
Também chamado de remessa ex-officio, previsto no artigo 475, do CPC.
2. Para todos os recursos temos uma contra-razão (art. 900, da CLT), que será
oferecida no mesmo prazo do recurso correspondente.
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Processo DO TRABALHO II
7. O recurso ordinário (art. 895, da CLT) não caberá contra acordo homologado
na Vara do Trabalho (art. 831, parágrafo único da CLT). Nesse caso, somente
caberá ação rescisória (Enunciado 259, do TST).
9. O recurso de revista (art. 896, da CLT) não será interponível quando se tratar
de reexame de provas e fatos (Enunciado 126, do TST). Seu prazo é de 8 dias.
10. Para o agravo regimental não caberá contra-razão e sua previsão dependerá
do regimento interno do tribunal.
11. Contra decisão que arquiva o processo trabalhista pela ausência do autor,
caberá recurso ordinário (sentença definitiva - art. 895, da CLT).
13. Os embargos de declaração (art. 496, IV, do CPC e art. 897-A, da CLT)
também servem para o chamado pré-questionamento da matéria (Enunciado
297, do TST) que é a demonstração da tese que se pretende discutir no recurso
subseqüente.
14. Contra extinção do processo por algum dos motivos expostos no artigo 267 do
CPC, caberá recurso ordinário, no prazo de 8 dias (sentença definitiva - art.
895, da CLT).
13.09.2004
Competência para julgar Dissídio Coletivo
TRT julga os dissídios de sua jurisdição;
TST julga os dissídios de jurisdição de mais de um TRT.
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Processo DO TRABALHO II
Quando não houver sindicato representativo – parágrafo único, do art. 857, da CLT.
Procedimentos
1. Procuração do sindicato, firmada pelo presidente, a qual concede poderes ao
advogado;
2. Dissídio Individual – pode ser verbal (art. 840, da CLT)
Dissídio Coletivo – só pode ser escrito (art. 856, da CLT)
3. Contra-fé para cada um dos reclamados;
4. Juntar a ata da autorização assemblear e das negociações frustradas;
5. Provar a base territorial do sindicato (art. 8º, II, da CF/88).
Sentença Normativa
Sentença do Dissídio Coletivo – cria norma entre as partes.
Nunca é condenatória, por isso, não é passível de execução. Há necessidade de
uma Ação de Cumprimento para que esta sentença ganhe natureza condenatória.
Tem natureza:
Declaratória quando o dissídio for de natureza jurídica;
Constitutiva quando o dissídio for de natureza econômica.
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Processo DO TRABALHO II
EXERCÍCIO 2
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Processo DO TRABALHO II
5. Leomil Boa Pinta ajuizou Ação Trabalhista em face da empresa que trabalhou
durante 3 anos, pleiteando aviso prévio, 13º salário, horas extras, férias
proporcionais e depósito do FGTS.
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Processo DO TRABALHO II
18.10.2004
Liquidação de Sentença (art. 879, da CLT)
Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua
liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.
§ 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir
matéria pertinente à causa principal.
§ 1o-A. A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias
devidas.
§ 1o-B. As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de
liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente.
§ 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de
10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da
discordância, sob pena de preclusão.
§ 3o Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz
procederá à intimação por via postal do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, por
intermédio do órgão competente, para manifestação, no prazo de dez dias, sob pena de
preclusão.
§ 4o A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios
estabelecidos na legislação previdenciária.
Quando a sentença for ilíquida, somente se discute o valor.
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Processo DO TRABALHO II
Mais rara e mais difícil de acontecer no processo do trabalho, por ser muito
onerosa para as partes.
Suas possibilidades de aplicação estão elencadas nos incisos I e II, do art.
606, do CPC.
5. Limite expropriatório
Limitado ao valor da obrigação.
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Processo DO TRABALHO II
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Processo DO TRABALHO II
25.10.2004
Execução de Devedor Falido (art. 449, da CLT)
Art. 449 - Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso
de falência, concordata ou dissolução da empresa.
§ 1º - Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao
empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito.
§ 2º - Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito
a rescisão do contrato de trabalho e conseqüente indenização, desde que o
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Processo DO TRABALHO II
empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado
durante o interregno.
Art. 768 - Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de
ser executada perante o Juízo da falência.
Execução Provisória
Quando houver um recurso cujo efeito seja devolutivo, que é a regra no Processo do
Trabalho.
Não cabe caução no Processo do Trabalho.
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a
penhora.
Até a penhora: para a maioria da doutrina – não inclui a penhora.
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Processo DO TRABALHO II
CF/88 - Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos
pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba
necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado,
constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento
até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 1º-A Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de
sentença transitada em julgado.
CPC - Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, citar-se-á a
devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se esta não os opuser, no prazo legal,
observar-se-ão as seguintes regras: (vide art. 1º-B, da Lei nº 9.494/97)
I - o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente do tribunal competente;
II - far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e à conta do respectivo
crédito.
Lei nº 9.494/97 - Art. 1o-B. O prazo a que se refere o caput dos arts. 730 do Código de
Processo Civil, e 884 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n o
5.452, de 1o de maio de 1943, passa a ser de trinta dias"
Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa,
a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
§ 3o As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica
das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de
responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o
caso.
§ 4o O INSS será intimado, por via postal, das decisões homologatórias de acordos que
contenham parcela indenizatória, sendo-lhe facultado interpor recurso relativo às
contribuições que lhe forem devidas.
Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com
efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta
firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados
perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida
neste Capítulo.
Parágrafo único. Serão executados ex officio os créditos previdenciários devidos em
decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de
condenação ou homologação de acordo.
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Processo DO TRABALHO II
Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender devida à
Previdência Social, sem prejuízo da cobrança de eventuais diferenças encontradas na
execução ex officio.
Art. 880. O juiz ou presidente do tribunal, requerida a execução, mandará expedir mandado
de citação ao executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e
sob as cominações estabelecidas, ou, em se tratando de pagamento em dinheiro, incluídas
as contribuições sociais devidas ao INSS, para que pague em quarenta e oito horas, ou
garanta a execução, sob pena de penhora.
Doutrina majoritária/jurisprudência – Recurso Ordinário do INSS.
Art. 891 - Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não-
pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem.
01.11.2004
Penhora (art. 646, do CPC)
Art. 646. A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim
de satisfazer o direito do credor (art. 591).
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Processo DO TRABALHO II
Tipos de Penhora
De acordo com o objeto da expropriação, é que poderá definir o tipo ou modalidade
de penhora. Assim é que temos:
1. Penhora de crédito (obrigação não exigível)
É aquela que recai em crédito do devedor (art. 671, do CPC).
Art. 671. Quando a penhora recair em crédito do devedor, o oficial de justiça o
penhorará. Enquanto não ocorrer a hipótese prevista no artigo seguinte, considerar-se-á
feita a penhora pela intimação:
I - ao terceiro devedor para que não pague ao seu credor;
II - ao credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do crédito.
2. Penhora da renda da empresa
Caracteriza-se pela constrição e expropriação da renda empresarial, entendida
esta como parte integrante do seu patrimônio.
Compondo o patrimônio do devedor, é incontestável que a renda da empresa
possa ser objeto de penhora, seja ela renda diária ou mensal.
Na dinâmica das relações jurídicas-processuais trabalhistas, a modalidade de
penhora de renda é a mais pretendida, em especial, pela natureza alimentar do
crédito. Sendo a mais pretendida, é, sem sombra de dúvida, a mais polêmica.
Limite subjetivo da coisa julgada o patrimônio daquele que figura na relação
jurídico-processual é que será expropriado.
Obs. 1: Cabe consignar que a penhora da renda deve obedecer a padrões de
razoabilidade, de modo a permitir o regular desempenho da atividade
empresarial ou a sobrevivência da pessoa natural.
Padrão adotado = percentual da renda.
Obs. 2: Cabe consignar atualmente, que a renda da empresa poderá ser objeto
de penhora de dívidas da própria empresa, como também, do sócio,
conforme autoriza o artigo 1.026, do CC.
Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor,
fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte
que lhe tocar em liquidação.
Patrimônio do Devedor
Na execução por quantia certa contra devedor solvente, a inércia do devedor no
cumprimento da obrigação constante de título executivo provoca a expropriação de
bens do patrimônio do devedor. Porém, alguns bens são protegidos e, portanto,
insuscetíveis de expropriação, são os denominados bens impenhoráveis. Assim, é
que são impenhoráveis também na execução trabalhista os bens arrolados no artigo
649, do CPC, bem como, o bem de família (art. 1.715, do CC), a pequena
propriedade rural (art. 5º, XXVI, da CF), a parte do produto do espetáculo reservada
ao direito autoral e aos cachês dos artistas (art. 76, da Lei nº 9.610/1998) e os
depósitos das contas vinculadas do FGTS (Lei nº 8.036/90, art. 2º, § 2º).
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Processo DO TRABALHO II
Depósito
É ato que encerra a denominada fase de constrição da execução. Caracteriza-se
como sendo elemento constitutivo essencial da penhora, que, via de regra, acarreta
a retirada da posse direta do devedor.
Depositário
Com o depósito, surge a figura do depositário, definida no ordenamento jurídico
como auxiliar da justiça (art. 139, do CPC)
Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas
pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o
depositário, o administrador e o intérprete.
A condição de depositário faz surgir diversos deveres e obrigações, em especial, o
dever de guarda e conservação de bens penhorados (art. 148, do CPC)
Art. 148. A guarda e conservação de bens penhorados, arrestados, seqüestrados ou
arrecadados serão confiadas a depositário ou a administrador, não dispondo a lei de
outro modo.
A nomeação do depositário é um Ato de Império do Juízo e, assim sendo, poderá
acarretar, entre outras, a prisão do depositário, desde que desrespeitadas as
determinações daquele ato, como é o caso do depositário infiel (art. 5º, LXVII, da
CF) Vide Informativo 187, do STF, sobre Depositário Infiel.
Alienação
Praça bem imóvel;
Leilão bem móvel.
Conseqüência imediata da praça e do leilão é a arrematação, que é caracterizada
pela aquisição, por terceiros, de bens penhorados, mediante pagamento em
dinheiro, que posteriormente se reverterá em benefício do credor.
CPC – Art. 647. A expropriação consiste:
I - na alienação de bens do devedor;
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Processo DO TRABALHO II
CLT – Art. 888 - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da
nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital
afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a
antecedência de vinte (20) dias.
Além da arrematação, a expropriação pode se dar através da adjudicação pelo
credor. A satisfação do crédito se dá pela aquisição pelo credor do bem expropriado
(art. 888, §§ 1º e 3º, da CLT)
§ 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos
pelo maior lance, tendo o exeqüente preferência para a adjudicação.
§ 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a adjudicação dos bens
penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou
Presidente.
08.11.2004
Impugnação do Credor (artigos 879 e 884, da CLT)
Preclui ou não a possibilidade de impugnação do cálculo, tendo em vista o disposto
nos artigos 879, § 2º e 884, ambos da CLT?
Existem duas correntes: uma que defende a posição que com a preclusão do art.
879, § 2º, não seria possível a impugnação do art. 884. A outra, de forma contrária,
defende a posição de ser possível a impugnação do art. 884, pois trata-se de uma
ação incidental e não de um recurso (embargos ação).
Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua
liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. § 2º -
Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10
(dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da
discordância, sob pena de preclusão.
Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias
para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.
Não será apenas o devedor que demonstrará interesse em impugnar a sentença de
liquidação. O credor, também, poderá pretender modifica-la, só que o credor, via de
regra, não estará legitimado à apresentação dos embargos, estará limitado tão
somente à impugnação, conforme disposto no artigo 884, caput.
Espécies de embargos
A leitura desavisada do artigo 884, da CLT, sugere que o direito processual do
trabalho admite apenas as modalidades embargos do devedor e embargos à
penhora, mas, na verdade, os embargos são o gênero, do qual são espécies os
Embargos do Devedor, Embargos à Penhora, Embargos à Adjudicação e Embargos
à Arrematação.
Assim temos:
1. Embargos à Arrematação e à Adjudicação (art. 746, do CPC)
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Processo DO TRABALHO II
Embargos de Terceiros
O terceiro é aquela pessoa ordinariamente estranha à relação processual,
deduzida em juízo em juízo e à relação processual já constituída. Penhorado os
bens de terceiros, estes terão direito de embargar para garantir, em especial, a
integridade de seu patrimônio. Estão previstos nos artigos 1.046 a 1.064, do CPC.
Art. 1.046. Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse
de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito,
arresto, seqüestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha,
poderá requerer Ihe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.
§ 1o Os embargos podem ser de terceiro senhor e possuidor, ou apenas possuidor.
§ 2o Equipara-se a terceiro a parte que, posto figure no processo, defende bens que,
pelo título de sua aquisição ou pela qualidade em que os possuir, não podem ser
atingidos pela apreensão judicial.
§ 3o Considera-se também terceiro o cônjuge quando defende a posse de bens dotais,
próprios, reservados ou de sua meação.
Art. 1.047. Admitem-se ainda embargos de terceiro:
I - para a defesa da posse, quando, nas ações de divisão ou de demarcação, for o
imóvel sujeito a atos materiais, preparatórios ou definitivos, da partilha ou da fixação de
rumos;
II - para o credor com garantia real obstar alienação judicial do objeto da hipoteca,
penhor ou anticrese.
Art. 1.048. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de
conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença, e, no processo de
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Processo DO TRABALHO II
EXERCÍCIO 3
4. Contra decisão de primeiro grau que julga improcedente o pedido do autor com
relação às horas extras, aviso prévio e 13º salário proporcional, é cabível:
a. Recurso de Revista;
b. Agravo de Instrumento;
c. Recurso Ordinário; (art. 895, da CLT)
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Processo DO TRABALHO II
d. Agravo de Petição.
7. As CCP’s são:
a. Em caráter obrigatório, em composição paritária, com representantes dos
empregados e empregadores, sempre em números superiores aos dos
empregadores, com atribuição de conciliação;
b. Em caráter facultativo, com composição paritária, onde se decide os processos
antes de serem ajuizados;
c. Em caráter obrigatório, com composição paritária, com atribuição de conciliar
os dissídios coletivos;
d. Em caráter facultativo, com composição paritária, onde os prazos prescricionais
são suspensos no decorrer das negociações, com atribuição de tentativa de
conciliação. (artigos 625-A, 625-B, I e 625-G, da CLT)
10. Na Justiça do Trabalho qual o recurso que é sucedâneo da Apelação, cabível nas
demais esferas do Judiciário
a. Extraordinário;
b. Ordinário; (art. 895, da CLT)
c. Revista;
d. Nenhuma das alternativas acima.
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Processo DO TRABALHO II
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Processo DO TRABALHO II
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Processo DO TRABALHO II
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