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RO: Recurso Ordinário


RR: Recurso de Revista depositará o valor da condenação,
EMB TST: Embargos ao TST ainda não depositada, até o limite do
REXT: Recurso Extraordinário DEPÓSITO RECURSAL teto estabelecido pelo TST.
ROAR: rRecurso Ordinário em ação recisória
AI: Agravo de Instrumento
O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro
garantia judicial (art. 899, § 11, CLT). só o reclamado faz depósito recursal, no limite do teto do TST
A fiança bancária consiste em um contrato em que o banco garante o
cumprimento da obrigação de seu cliente, o reclamado. reclamante não faz depósito recursal
Por sua vez, o seguro garantia judicial trata-se de um contrato de seguro
firmado pelo reclamado com uma seguradora, que garante o pagamento de
depósitos judiciais em dinheiro e/ou a penhora de bens que possam ser devidas
pelo segurado/executado na pendência de execução judicial.
Também são isentas as pessoas jurídicas de direito público (art. 1.º, IV,
recorrente:
Reclamante Decreto-lei 779/1969 e item X da IN 3/1993 do TST) e o Ministério Público do empresa em
recuperação
Trabalho. Todavia, em relação às empresas públicas e às sociedades de judicial não
faz depósito
economia mista, em caso de recurso, deverá ser recolhido o respectivo depósito recursal
condenado
em pecúnia
recursal (Súmula 170 do TST).
não faz Transitada em julgado a decisão recorrida, o juiz ordenará o levantamento
depósito
recursal imediato do depósito recursal em favor da parte vencedora (art. 899, § 1º, CLT). liquidaçã
Nos termos da Súmula 245 do TST, o depósito recursal deve ser feito e o
massa falida extrajudic
não faz comprovado no prazo alusivo ao recurso, e a interposição antecipada do recurso ial faz
depósito depósito
recursal
não prejudica a dilação legal. A Súmula aplica-se ao recurso ordinário, recurso recursal
de revista, embargos ao TST e recurso extraordinário. No caso do agravo de
instrumento, o depósito deve ser realizado e comprovado no ato da interposição
do recurso (art. 899, § 7º, CLT).
EP SEM Assim como ocorre com as custas, na hipótese de recolhimento insuficiente
condenado e
pecúnia faz do depósito recursal, o recorrente deverá ser intimado para promover a
depósito
complementação no prazo de 5 dias e, somente se não o fizer, ocorrerá a
recursal
deserção (art. 1007, § 2º, CPC e OJ 140, SDI-1, TST). É o princípio da primazia
da decisão de mérito.
Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito
recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, desde que a empresa que
realizou o depósito não pleiteie sua exclusão da lide (Súmula 128, III, TST).

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O recolhimento do valor da multa imposta como sanção por litigância de
má-fé (art. 81, CPC de 2015) não é pressuposto objetivo para interposição dos
recursos de natureza trabalhista (OJ 409, SDI-1, TST).

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RECURSO ORDINÁRIO

Cabe recurso ordinário no Processo do Trabalho em duas hipóteses:


a) das decisões definitivas e terminativas das varas do trabalho (art. 895, I,
CLT) e
b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais do
Trabalho em ações de sua competência originária (art. 895, II, CLT), como é o
caso do dissídio coletivo, mandado de segurança, ação rescisória etc.
A competência para o julgamento da ação rescisória está definida em lei e,
a depender da decisão, sua desconstituição dar-se-á perante um juízo diferente,
podendo ser esquematizada do seguinte modo:

COMPETÊNCIA – AÇÃO RESCISÓRIA

Decisão a ser desconstituída Juízo competente

Sentença TRT

TRT TRT

TST TST

Frise-se que da decisão do TRT em ação rescisória cabe recurso ordinário


para o TST (Súmula 158, TST).
Quando o mandado de segurança for de competência originária do TRT,
desta decisão caberá recurso ordinário a ser julgado pelo TST (Súmula 201,
TST).
O recurso ordinário é dirigido ao juízo que proferiu a decisão para análise
dos pressupostos recursais. Admitido o recurso pelo juízo a quo, a parte
recorrida será intimada para apresentar as contrarrazões, no mesmo prazo do
recurso, conforme estabelece o art. 900 da CLT. Após o recebimento das
contrarrazões, e mantida a admissibilidade do recurso, será realizada a remessa
do recurso ao Tribunal.

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O juízo ad quem reexaminará os pressupostos recursais e, verificando a
presença de todos eles, apreciará o mérito do recurso.
Esclarece-se que o CPC institui, em seu art. 1.010, § 3º, que é
desnecessária a análise dos pressupostos de admissibilidade da apelação pelo
juízo a quo. O TST, entretanto, entende que esse dispositivo não se aplica no
Processo do Trabalho, como se observa no art. 2.º, XI, da IN 39/2016.
No procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário deve ser imediatamente
distribuído, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de 10 dias para que seja
colocado em pauta para julgamento, sem revisor (art. 895, § 1º, II, CLT).
Nesse procedimento, é facultado ao Ministério Público do Trabalho exarar
parecer oral, quando entender necessário, o qual será registrado na certidão de
julgamento (art. 895, § 1º, III, CLT).
No procedimento sumaríssimo, o acórdão consistirá unicamente na
certidão de julgamento contendo a indicação suficiente do processo, da parte
dispositiva e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for
confirmada pelos seus próprios fundamentos, a certidão de julgamento,
registrando tal circunstância, servirá de acórdão (art. 895, § 1º, IV, CLT).

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RECURSO DE REVISTA

1. Hipóteses de cabimento do recurso de revista

Cabe recurso de revista em duas hipóteses:


a) de decisão do TRT em recurso ordinário; e
b) de decisão do TRT em agravo de petição.
Não é cabível recurso de revista em face de decisão do TRT em agravo de
instrumento (Súmula 218, TST).
O recurso de revista somente será cabível quando:
1) a questão for exclusivamente de direito;
2) o recorrente estiver diante de uma das hipóteses específicas de
cabimento de recurso de revista;
3) a matéria estiver prequestionada;
4) a causa oferecer transcendência com relação aos reflexos gerais de
natureza econômica, política, social e jurídica (art. 896-A, § 1º, CLT).

2. Hipóteses específicas de cabimento do recurso de revista

As hipóteses específicas de cabimento do recurso de revista variam de


acordo com o procedimento.
Esclarece-se, desde logo, que os dissídios de alçada, sujeitos ao
procedimento sumário, são de única instância. Da sentença proferida neste
procedimento é cabível recurso apenas se houver violação à Constituição
Federal (art. 2.º, § 4º, Lei 5.584/1970).
No procedimento sumaríssimo, o recurso de revista é oportuno quando o
acórdão do TRT contrariar a Constituição Federal, súmula do TST ou súmula
vinculante do STF (art. 896, § 9º, CLT). Nesse procedimento, a contrariedade à
orientação jurisprudencial não é hipótese de cabimento de recurso de revista
(Súmula 442, TST).
Recurso de revista na execução é cabível apenas quando houver ofensa
literal e direta à Constituição da República (art. 896, § 2°, CLT e Súmula 266,
TST). Entretanto, nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução

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que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), cabe
recurso de revista por violação a lei federal, divergência jurisprudencial e ofensa
à Constituição Federal (art. 896, § 10, CLT).
No procedimento ordinário, à luz do art. 896, “a” e “c”, da CLT, o recurso de
revista é cabível nos seguintes casos:
a) violação literal e direta à Constituição Federal;
b) violação literal a lei federal;
c) contrariedade a súmula do TST;
d) contrariedade a orientação jurisprudencial do TST (OJ 219, SDI-1, TST);
e) contrariedade a súmula vinculante do STF;
f) quando, na interpretação de lei federal, a decisão recorrida contrariar
outro TRT (Pleno ou Turma); e
g) quando o acórdão recorrido divergir, na interpretação de lei federal, de
decisão da Seção de Dissídios Individuais I ou II do TST.

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