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MÓDULO: DIREITO PROCESSO CIVIL

TEORIA GERAL DOS RECURSOS E


INTRODUÇÃO DOS RECURSOS EM
ESPÉCIE
Profª. Raquel Bueno
Mestra em Direito
PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES
JUDICIAIS
Despachos, decisões interlocutórias, sentenças, 1 – RECURSOS
acórdãos.
2 – AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO

3 – SUCEDÂNEOS RECURSAIS

CPC - Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por


meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487 , põe fim à fase cognitiva do procedimento comum,
bem como extingue a execução.

§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º.

§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a


requerimento da parte.

§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.

Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.


RECURSOS
Meio de impugnação das decisões judiciais, na busca por sua
reforma, cassação, aclareamento ou integração.

Não forma relação jurídica processual nova. Evita a formação da


coisa julgada, mantém a litispendência.

Recursos são criações normativas (Princípio da Taxatividade). Não


podem ser objeto de negócio jurídico processual para sua criação.
CPC/73 - AGRAVO RETIDO E
O que diz o CPC Atual? EMBARGOS INFRINGENTES

Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:


I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.
 ESQUEMA
PRINCÍPIOS NORTEADORES
1 – Princípio da Voluntariedade
2 - Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
3 - Princípio da Taxatividade
4 - Princípio da Dialeticidade (Razões + contrarrazões+julgamento).
5 - Princípio da Proibição da Reformatio in pejus
6 - Princípio da Fungibilidade/Convertibilidade - Artigos 1024, §3º, 1032 e
1033 do CPC.
7 - Princípio da Complementariedade Recursal - Artigo 1.024, §4º, do CPC.
(...) § 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique
modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver
interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de
complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da
modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da
decisão dos embargos de declaração.
CPC - Artigo 1024 - § 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração
como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine
previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias,
complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do 
art. 1.021, § 1º .
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso
especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze)
dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se
manifeste sobre a questão constitucional.
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput , o relator remeterá o
recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá
devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça.
 Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à
Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da
interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de
Justiça para julgamento como recurso especial.
EFEITOS DOS RECURSOS
IMPEDIR A FORMAÇÃO DA COISA JULGADA

Efeito Devolutivo - Princípio dispositivo (devolver – transferir)


Por extensão -  ”tantum devolutum quantum appellatum”
Por profundidade
Translativo – matérias de ordem pública – Princípio Inquisitivo
CPC - Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da
matéria impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal
todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não
tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz
acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento dos demais.
EFEITO DESOBSTRUTIVO DO RECURSO OU TEORIA DA
CAUSA MADURA
Artigo 1013, §3º e §4º do CPC
Efeito Suspensivo – Obstativo
Ope legis e ope iudicis
CPC - Art. 995.  Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo
disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único.  A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa
por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver
risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
Art. 1.012.  A apelação terá efeito suspensivo. (...)
Art. 1.026.  Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo
e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser
suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade
de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se
houver risco de dano grave ou de difícil reparação. (...)
Efeito Regressivo ou JUÍZO DE RETRATAÇÃO
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
Art. 331.  Indeferida a petição inicial, o autor Artigo 332 – (...) § 3o Interposta a apelação, o
poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
(cinco) dias, retratar-se. § 4o Se houver retratação, o juiz determinará o
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará prosseguimento do processo, com a citação do
citar o réu para responder ao recurso. réu, e, se não houver retratação, determinará a
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, citação do réu para apresentar contrarrazões,
o prazo para a contestação começará a correr no prazo de 15 (quinze) dias.
da intimação do retorno dos autos, observado o
disposto no art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será
intimado do trânsito em julgado da sentença.
Indeferimento da inicial. Recurso. Citação do executado na fase de apelação.
Fixação dos honorários sucumbenciais. Art. 85, § 2º, do CPC. Cabimento.

De início, é importante lembrar que a jurisprudência desta Corte orienta-se no sentido de que "os honorários recursais
não têm autonomia nem existência independente da sucumbência fixada na origem e representam um acréscimo (o
CPC/2015 fala em 'majoração') ao ônus estabelecido previamente, motivo por que na hipótese de descabimento ou na
de ausência de fixação anterior, não haverá falar em honorários recursais" (AREsp 1.050.334/PR, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 28/3/2017, DJe de 3/4/2017). Na hipótese, não se trata dos honorários
recursais, a que se refere o §11º do art. 85 do CPC, mas sim dos honorários de sucumbência decorrentes da extinção
da relação processual (CPC, art. 85, caput e §1º). Destaca-se que não houve arbitramento de verba honorária em
primeiro grau de jurisdição unicamente porque foi proferida a sentença de indeferimento da inicial, sem angularização
da relação jurídica processual. E, de fato, sem a citação ou o comparecimento espontâneo do réu, não se completou a
formação da relação jurídica processual, não houve resistência ao pedido. Não tendo sido constituído advogado, cujo
labor justificasse o estabelecimento de honorários de sucumbência, não havia, no momento da prolação da sentença
substrato para a incidência da regra do art. 85, segundo o qual "a sentença condenará o vencido a pagar honorários ao
advogado do vencedor". Com a apresentação do recurso de apelação do autor, foi procedida a citação do executado
que constituiu advogado e apresentou contrarrazões ao recurso. Com o julgamento da apelação, o Tribunal de origem
entendeu improsperável o pleito de reforma da sentença, momento a partir do qual passou estar configurada a hipótese
de estabelecimento de honorários de sucumbência, em face da extinção da execução, após a apresentação de defesa
pelo executado. Desse modo, o mero fato de não ter havido, em primeira instância, fixação de verba honorária, não
autoriza que deixe de ser aplicado o art. 85, § 2º, do Código de Processo Civil a partir da apelação, quando, extinta a
relação processual, houver advogado constituído nos autos pela parte vitoriosa. REsp 1.753.990-DF, Rel. Min. Maria
Isabel Gallotti, por maioria, julgado em 09/10/2018, DJe 11/12/2018 – Informativo 640 STJ
Efeito Interruptivo do Prazo
CPC - Art. 1.026.  Os embargos de declaração não possuem
efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de
recurso.

Efeito Expansivo Subjetivo


CPC - Art. 1.005.  O recurso interposto por um dos litisconsortes a
todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
Parágrafo único.  Havendo solidariedade passiva, o recurso
interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as
defesas opostas ao credor lhes forem comuns.
Efeito Substitutivo -
CPC - Art. 1.008.  O julgamento proferido pelo tribunal substituirá
a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso.
TERMINOLOGIAS NECESSÁRIAS
Juízo a quo
Juízo ad quem

Recursos – Interpor/opor
Recorrente e Recorrido

Recurso
Contrarrazões do Recurso – Princípio da Dialeticidade dos Recursos
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE X JUÍZO
DE MÉRITO
Requisitos
intrínsecos e
extrínsecos de Recurso
admissibilidad admitido/conhecido
e recursal

Julgamento do Recurso
Recurso: análise provido ou
das causas de pedir negado
recursais provimento
REQUISITOS INTRÍNSECOS DE ADMISSIBILIDADE REQUISITOS EXTRÍNSECOS DE ADMISSIBILIDADE
RECURSAL = DIREITO DE RECORRER RECURSAL = EXERCÍCIO DO DIREITO DE RECORRER

CABIMENTO TEMPESTIVIDADE – PRAZO – PRECLUSÃO


CPC - Art. 1.001.  Dos despachos não cabe recurso. TEMPORAL

LEGITIMIDADE RECURSAL – CPC - Art. 996.  O recurso PREPARO – SOB PENA DE DESERÇÃO
pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado
e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem
jurídica.
Parágrafo único.  Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade
de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação
judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa
discutir em juízo como substituto processual.
☻O assistente pode recorrer, o réu revel também.

INTERESSE RECURSAL – REGULARIDADE FORMAL – Petição escrita


►Possibilidade de recorrer somente da parte da acompanhada das razões
fundamentação da decisão. Fac-Símile – Lei 9.800/99
INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO
DO DIREITO DE RECORRER – REQUISITO NEGATIVO
REQUISITO NEGATIVO
FATOS IMPEDITIVOS FATOS EXTINTIVOS

Desistência da ação, desistência do Renúncia do recurso e aquiescência da


recurso, reconhecimento do pedido e decisão.
renúncia ao direito em que se funda a
ação.
CPC - Art. 998.  O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do
recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Parágrafo único.  A desistência do recurso não impede a análise de questão
cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de
julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
CPC - Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do
réu, desistir da ação.
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.

Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra


parte.
Art. 1.000.  A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá
recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma
reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.
PRAZO RECURSAL
CPC - Art. 1.003.  O prazo para interposição de recurso conta-se da data em
que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a
Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência
quando nesta for proferida a decisão.
§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de
recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação.
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em
cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o
disposto em regra especial.
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada
como data de interposição a data de postagem.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para
responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do
recurso.
Art. 1.004.  Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da
parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do
processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra
quem começará a correr novamente depois da intimação.
CASO INTERESSANTE DO STJ
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SENTENÇA. NASCIMENTO DO FILHO DO ÚNICO
PATRONO DA CAUSA. SUSPENSÃO DO PRAZO RECURSAL. MOMENTO DA COMPROVAÇÃO DO FATO GERADOR.
RECURSO DE APELAÇÃO TEMPESTIVO. JULGAMENTO: CPC/15.
1. Ação de reintegração de posse ajuizada em 02/10/2013, da qual foi extraído o presente recurso especial, interposto em
27/03/2018 e atribuído ao gabinete em 06/11/2018.
2. O propósito recursal é dizer sobre a tempestividade da apelação, considerando o nascimento do filho do único patrono
da causa no curso do prazo recursal.
3. A disposição legal do art. 313, X e § 7º, do CPC/15, ao lado do previsto no inciso IX do mesmo artigo, visa dar
concretude aos princípios constitucionais da proteção especial à família e da prioridade absoluta assegurada à criança, na
medida em que permite aos genitores prestar toda a assistência necessária - material e imaterial - ao seu filho recém-
nascido ou adotado, além de possibilitar o apoio recíproco em prol do estabelecimento da nova rotina familiar que se
inaugura com a chegada do descendente. 4. A suspensão do processo em razão da paternidade se opera tão logo ocorre
o fato gerador (nascimento ou adoção), não se podendo exigir do causídico, para tanto, que realize a comunicação
imediata ao Juízo, porque isso seria esvaziar o alcance do benefício legal. 5. Se a lei concede ao pai a faculdade de se
afastar do trabalho para acompanhar o filho nos seus primeiros dias de vida ou de convívio familiar, não é razoável lhe
impor o ônus de atuar no processo, durante o gozo desse nobre benefício, apenas para comunicar e justificar aquele
afastamento.
6. Por força da lei, a suspensão do processo pela paternidade tem início imediatamente à data do nascimento ou adoção,
ainda que outra seja a data da comprovação nos autos, desde que esta se dê antes de operada a preclusão, já
considerado no cômputo do respectivo prazo o período suspenso de 8 (oito) dias.
7. No que tange ao momento da comprovação, não há vedação legal, tampouco se vislumbra qualquer prejuízo, para que
seja ela feita no momento da interposição do recurso ou da prática do primeiro ato processual do advogado. 8. Recurso
especial conhecido e provido.
(REsp 1799166/GO, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/04/2019, DJe 04/04/2019)
 CPC- Art. 313. Suspende-se o processo:
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo
processo constituir a única patrona da causa;         
(Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da
causa e tornar-se pai.         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 6º No caso do inciso IX, o período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado
a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de
certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto,
ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao
cliente.         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 7 º No caso do inciso X, o período de suspensão será de 8 (oito) dias, contado a
partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de
certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto,
ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao
cliente.         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
PREPARO
CPC - Art. 1.007.  No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará,
quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de
remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os
recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos
Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção
legal.
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a
supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo
em autos eletrônicos.
RECURSO E GRATUIDADE DE
JUSTIÇA
CPC - Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para
ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.
§ 5º Na hipótese do § 4º, o recurso que verse exclusivamente sobre valor de honorários de sucumbência fixados em
favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o próprio advogado demonstrar que tem direito à
gratuidade.
§ 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o
recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para
realização do recolhimento.
Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de
instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
§ 1º O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do relator sobre a questão,
preliminarmente ao julgamento do recurso.
§ 2º Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente
o recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso.
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado,
na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de
deserção.
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do §
4o.
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de
deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o
preparo.
§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da
pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao
recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
SÚMULA 484 do STJ - Admite-se que o preparo seja efetuado no
primeiro dia útil subsequente, quando a interposição do recurso
ocorrer após o encerramento do expediente bancário.
COMPROVAÇÃO DE FERIADO LOCAL:
POLÊMICA

CPC - Art. 932. Incumbe ao relator:


III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão
recorrida;
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o
relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que
seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
RECURSO ESPECIAL 1.813.684 STJ
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. FERIADO LOCAL. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO NO ATO DE INTERPOSIÇÃO DO
RECURSO. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO. NECESSIDADE. SEGURANÇA JURÍDICA. PROTEÇÃO DA CONFIANÇA.
1. O novo Código de Processo Civil inovou ao estabelecer, de forma expressa, no § 6º do art. 1.003 que "o recorrente comprovará a ocorrência de
feriado local no ato de interposição do recurso". A interpretação sistemática do CPC/2015, notadamente do § 3º do art.
1.029 e do § 2º do art. 1.036, conduz à conclusão de que o novo diploma atribuiu à intempestividade o epíteto de vício grave, não havendo se
falar, portanto, em possibilidade de saná-lo por meio da incidência do disposto no parágrafo único do art. 932 do mesmo Código.
2. Assim, sob a vigência do CPC/2015, é necessária a comprovação nos autos de feriado local por meio de documento idôneo no ato de
interposição do recurso.
3. Não se pode ignorar, todavia, o elastecido período em que vigorou, no âmbito do Supremo Tribunal Federal e desta Corte Superior, o
entendimento de que seria possível a comprovação posterior do feriado local, de modo que não parece razoável alterar-se a jurisprudência já
consolidada deste Superior Tribunal, sem se atentar para a necessidade de garantir a segurança das relações jurídicas e as expectativas legítimas
dos jurisdicionados.
4. É bem de ver que há a possibilidade de modulação dos efeitos das decisões em casos excepcionais, como instrumento vocacionado,
eminentemente, a garantir a segurança indispensável das relações jurídicas, sejam materiais, sejam processuais.
5. Destarte, é necessário e razoável, ante o amplo debate sobre o tema instalado nesta Corte Especial e considerando os princípios da segurança
jurídica, da proteção da confiança, da isonomia e da primazia da decisão de mérito, que sejam modulados os efeitos da presente decisão, de
modo que seja aplicada, tão somente, aos recursos interpostos após a publicação do acórdão respectivo, a teor do § 3º do art. 927 do CPC/2015.
6. No caso concreto, compulsando os autos, observa-se que, conforme documentação colacionada à fl. 918, os recorrentes, no âmbito do agravo
interno, comprovaram a ocorrência de feriado local no dia 27/2/2017, segunda-feira de carnaval, motivo pelo qual, tendo o prazo recursal se
iniciado em 15/2/2017 (quarta-feira), o recurso especial interposto em 9/3/2017 (quinta-feira) deve ser considerado tempestivo.
7. Recurso especial conhecido.
(REsp 1813684/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, Rel. p/ Acórdão Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, CORTE ESPECIAL, julgado em 02/10/2019,
DJe 18/11/2019)
INFORMATIVO STJ 660 - É necessária a comprovação de feriado local no ato de interposição do
recurso, sendo aplicável os efeitos desta decisão tão somente aos recursos interpostos após a
publicação do REsp 1.813.684/SP.
Discute-se a possibilidade de comprovação posterior de causa suspensiva ou interruptiva do prazo
recursal. O novo Código de Processo Civil, como cediço, criou regra específica para a solução da
controvérsia, por meio do § 6º do art. 1.003. Trata-se de norma jurídica expressa, tollitur quaestio.
Reafirma-se, portanto, a interpretação contida no AgInt no AREsp 957.821/MS, Rel. p/ Acórdão Ministra
Nancy Andrighi, Corte Especial, julgado em 20/11/2017, DJe 19/12/2017, no sentido da impossibilidade
de comprovação posterior do feriado local. Releva notar que a interpretação sistemática do CPC/2015,
especialmente do § 3º do art. 1.029 e do § 2º do art. 1.036, conduz à conclusão de que o novo diploma
atribuiu à intempestividade o epíteto de vício grave, não havendo se falar, portanto, em possibilidade de
saná-lo por meio da incidência do disposto no parágrafo único do art. 932 do mesmo código. Não se
pode ignorar, no entanto, que, ao Superior Tribunal de Justiça, erigido pela Constituição Federal de 1988
à condição de guardião da interpretação da legislação infraconstitucional, cabe zelar pela segurança das
relações jurídicas. Nesse diapasão, não se deve perder de vista o elastecido período em que vigorou, no
âmbito desta Corte Superior e do Supremo Tribunal Federal, o entendimento de que seria possível a
comprovação posterior do feriado local. Não parece razoável alterar-se a jurisprudência já consolidada
deste Superior Tribunal sem se atentar para a necessidade de garantir a segurança das relações
jurídicas e as expectativas legítimas dos jurisdicionados.
Nesse contexto, a modulação dos efeitos das decisões em casos excepcionais confere concretude
ao princípio da proteção da confiança (Vertrauensschutzgrundsatz), segundo o qual, esclarece a
Doutrina, "deve-se proteger a confiança que os atos ou condutas da Administração/Judiciário
provocaram no espírito ou na esfera jurídica do administrado/jurisdicionado, fazendo-o acreditar que
deveria agir de determinada maneira e que a Administração/Judiciário agiria conforme seus atos e
condutas anteriores". Por fim, importante consignar que, malgrado o caso concreto se refira a
um feriado específico (segunda-feira de carnaval), o debate travado não ficou restrito a apenas um
ou outro feriado local, mas desenvolveu-se ao redor da possibilidade ou não de comprovação
posterior de causa suspensiva do prazo recursal representada por todas as hipóteses de feriado
local. Dessarte, sob a vigência do CPC/2015, é necessária a comprovação nos autos de feriado
local por meio de documento idôneo no ato de interposição do recurso, no entanto, considerando os
princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança, da isonomia e da primazia da decisão de
mérito, que sejam modulados os efeitos da presente decisão de modo que seja aplicada, tão
somente, aos recursos interpostos após a publicação do acórdão em epígrafe, a teor do § 3º do art.
927 do CPC/2015. REsp 1.813.684-SP, Rel. Min. Raul Araújo, Rel. Acd. Min. Luis Felipe Salomão,
Corte Especial, por unanimidade, julgado em 02/10/2019, DJe 18/11/2019
INFORMATIVO STJ 666 - A tese firmada por ocasião do julgamento do REsp 1.813.684/SP é restrita
ao feriado de segunda-feira de carnaval. - O propósito da questão de ordem é definir, diante da
contradição entre as notas taquigráficas e o acórdão publicado no DJe de 18/11/2019, se a modulação de
efeitos deliberada na sessão de julgamento concluída em 02/10/2019, quando se permitiu a posterior
comprovação da tempestividade de recursos dirigidos ao STJ, abrange especificamente o feriado da
segunda-feira de carnaval, ou se diz respeito a todos e quaisquer feriados.

Havendo contradição entre as notas taquigráficas e o voto elaborado pelo relator, deverão prevalecer as
notas, pois refletem a convicção manifestada pelo órgão colegiado que apreciou a controvérsia.

Consoante o que revelam as notas taquigráficas, os debates estabelecidos no âmbito da Corte Especial,
bem como a sua respectiva deliberação colegiada nas sessões de julgamento realizadas em 21/08/2019 e
02/10/2019, limitaram-se exclusivamente à possibilidade, ou não, de comprovação posterior do feriado da
segunda-feira de carnaval, motivada por circunstâncias excepcionais que modificariam a sua natureza
jurídica de feriado local para feriado nacional notório.

Nesse contexto, a tese firmada por ocasião do julgamento do REsp 1.813.684/SP é restrita ao feriado de
segunda-feira de carnaval e não se aplica aos demais feriados, entre eles os feriados locais. - QO no REsp
1.813.684-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Corte Especial, por maioria, julgado em 03/02/2020, DJe
28/02/2020
INFORMATIVO STJ 669 - A alegação da ocorrência de ponto facultativo embasada em ato do Poder
Executivo Estadual não é capaz, por si só, de comprovar a inexistência de expediente forense para
aferição da tempestividade recursal. - A jurisprudência desta Corte entende que a existência de feriado,
de recesso forense ou ponto facultativo local que ocasione a suspensão do prazo processual necessita de
comprovação por documento idôneo, ou seja, cópia da lei, ato normativo ou certidão exarada por servidor
habilitado.

Contudo, a simples juntada de ato emanado pelo Poder Executivo Estadual, lei e decreto estaduais,
determinando ponto facultativo nas repartições públicas estaduais, por si só, não comprova a inexistência
de expediente forense para aferição da tempestividade do recurso, em razão da desvinculação
administrativa e da separação entre os Poderes.

Da mesma forma, a juntada de calendário extraído de páginas da internet não é meio idôneo para
comprovação da tempestividade recursal.

Desse modo, caberia à recorrente, no momento da interposição recursal, fazer a juntada de documento
idôneo, o qual, no caso, consistia no inteiro teor do Aviso do tribunal estadual, a fim de vincular a
decretação do feriado nas repartições públicas estaduais com a suspensão dos prazos pela Corte de
Justiça. EDcl no AgInt no AREsp 1.510.568-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, por
unanimidade, julgado em 23/03/2020, DJe 30/03/2020
INFORMATIVO STJ 665 - A simples referência à existência de feriado local previsto em
Regimento Interno e em Código de Organização Judiciária Estadual não é suficiente para a
comprovação de tempestividade do recurso especial nos moldes do art. 1.003, §6º, do CPC/2015.
A comprovação da existência de feriado local que dilate o prazo para interposição de recursos dirigidos ao
STJ deverá ser realizada por meio de documentação idônea, não sendo suficiente a simples menção ou
referência nas razões recursais.
Para fins de incidência da regra do art. 1.003, §6º, do CPC/2015, é irrelevante que o alegado feriado
local tenha previsão em Regimento Interno ou em Código de Organização Judiciária do Estado, pois esses
normativos, juntamente com os provimentos, os informativos, as portarias, os atos normativos e afins, são
apenas espécies do gênero normativo local expressamente abrangido pela regra processual.
A regra do art. 376 do CPC/2015 (antigo art. 337 do CPC/1973), segundo a qual a parte que alega
direito local somente lhe provará teor, vigência e conteúdo se houver determinação judicial, situa-se no âmbito
da teoria geral da prova e serve às instâncias ordinárias na atividade instrutória da causa, não se aplicando,
todavia, ao juízo de admissibilidade de recurso dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, que possui regra
específica. REsp 1.763.167-GO, Rel. Min. Moura Ribeiro, Rel. Acd. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, por
maioria, julgado em 18/02/2020, DJe 26/02/2020
JUÍZO DE MÉRITO – Compete ao juízo ad quem. Momento no
qual se analisa as causas de pedir recursais e os respectivos
pedidos.
Causas de Pedir Recursais
•Error in procedendo (vício de atividade) – cassação da decisão.
•Error in judicando (vício de juízo)– reforma da decisão.
►Vício de omissão, contradição, obscuridade e erro material –
integração da decisão
Resultado possível: recurso provido e recurso não provido. Dado
ou negado provimento.
MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS NA ETAPA RECURSAL

CPC – Artigo 85 § 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários


fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em
grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º,
sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários
devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites
estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento.
§ 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e outras
sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77 .
Enunciado administrativo n. 7 do STJ - Somente nos recursos
interpostos contra decisão publicada a partir de 18 de março de
2016, será possível o arbitramento de honorários sucumbenciais
recursais, na forma do art. 85, § 11, do novo CPC.
De acordo com a jurisprudência da Corte Especial do STJ, "[...] "é devida a
majoração da verba honorária sucumbencial, na forma do art. 85, § 11, do
CPC/2015, quando estiverem presentes os seguintes requisitos,
simultaneamente: a) decisão recorrida publicada a partir de 18.3.2016,
quando entrou em vigor o novo Código de Processo Civil; b) recurso não
conhecido integralmente ou desprovido, monocraticamente ou pelo órgão
colegiado competente; e c) condenação em honorários advocatícios desde
a origem no feito em que interposto o recurso. [...] É dispensada a
configuração do trabalho adicional do advogado para a majoração dos
honorários na instância recursal, que será considerado, no entanto, para
quantificação de tal verba“ (AgInt nos EAREsp n. 762.075/MT, Relator para
o acórdão Ministro HERMAN BENJAMIN, CORTE ESPECIAL, julgado em
19/12/2018, Dje 7/3/2019)
“Consoante dispõe a Segunda Seção do STJ, não é cabível a majoração
dos honorários recursais no julgamento de agravo interno”
AgInt no AREsp 1536297 / RS
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2019/0195327-6

“(...) 4. Consoante dispõe a Segunda Seção do STJ, não é cabível a


majoração dos honorários recursais no julgamento de agravo interno ou de
embargos de declaração.
5. Agravo interno desprovido
(AgInt no AREsp 1536297/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
TERCEIRA TURMA, julgado em 04/05/2020, DJe 08/05/2020)”
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO
DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. IMPUGNAÇÃO DA DECISÃO DE
ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA. SÚMULA 182/STJ.
1. Ação de compensação por danos morais.
2. É inadmissível o agravo interno que não impugna, especificamente, todos os fundamentos
da decisão agravada.
3. Consoante a literalidade do parágrafo 11 do art. 85 do CPC/2015, a majoração da verba
honorária em sede recursal está condicionada à sua prévia fixação nas instâncias ordinárias,
o que não ocorreu na hipótese dos autos, por se tratar de agravo de instrumento.
3. Agravo interno parcialmente provido, apenas para afastar a determinação de majoração
dos honorários advocatícios.
(AgInt no AREsp 1450265/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado
em 09/12/2019, DJe 11/12/2019)
CLASSIFICAÇÕES
A – Quanto à extensão:
Recurso Total
Recurso Parcial

B – Quanto à autonomia:
Recurso Principal
Recurso Adesivo
C – Quanto à fundamentação ou cognição:
Recurso de Fundamentação Livre
Recurso de Fundamentação Vinculada

D - Quanto à Finalidade:
Recursos Ordinários (recurso comum) = direito subjetivo
Recursos Extraordinários ou Excepcionais (estrito direito) =
direito objetivo
RECURSO ADESIVO: “SE VOCÊ FOR EU VOU”
CPC- Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das
exigências legais.
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras
deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa,
observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte
dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
RECURSOS EM ESPÉCIE: APELAÇÃO
CPC - Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar
agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de
apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado
para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no 
art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
CONTRA A SENTENÇA CABE
APELAÇÃO
APELAÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO
CONSTITUCIONAL PARA
O STJ
RECURSO
INOMINADO
APELAÇÃO RECURSO INOMINADO RECURSO ORDINÁRIO Lei 6.830/80
LEI 9.099/95 CONSTITUCIONAL
ROC/STJ

Art. 1.009. Da sentença Art. 41. Da sentença, Art. 1.027. Serão julgados Art. 34 - Das sentenças
cabe apelação. excetuada a em recurso ordinário: de primeira instância
homologatória de II - pelo Superior Tribunal proferidas em execuções
conciliação ou laudo de Justiça: de valor igual ou inferior
arbitral, caberá recurso a 50 (cinquenta)
para o próprio Juizado. b) os processos em que Obrigações Reajustáveis
forem partes, de um lado, do Tesouro Nacional -
Estado estrangeiro ou ORTN, só se admitirão
organismo internacional e, embargos infringentes e
de outro, Município ou de declaração.
pessoa residente ou
domiciliada no País.
►CF/88, artigo 105, II, c.
DUPLO EFEITO DA APELAÇÃO
Regra geral, a apelação é recebida no duplo efeito
CPC - Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua
publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO: EFEITO
SUSPENSIVO OPE JUDICIS/IMPRÓPRIO
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de
publicada a sentença.
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado
por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o
relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante
demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação,
houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
EFEITO DEVOLUTIVO
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. = EFEITO DEVOLUTIVO
POR EXTENSÃO
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas
no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. =EFEITO
DEVOLUTIVO POR PROFUNDIDADE
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação
devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. =EFEITO DEVOLUTIVO POR PROFUNDIDADE
EFEITO DESOBSTRUTIVO DA APELAÇÃO
OU TEORIA DA CAUSA MADURA
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir
desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485 ;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido
ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal,
se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o
retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é
impugnável na apelação.
CPC - Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo
inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar
que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
APELAÇÃO X RECURSO INOMINADO
APELAÇÃO RECURSO INOMINADO
☻Previsão no CPC. ☺Previsão na Lei 9.099/95.
☻Prazo de 15 dias. ☺Prazo de 10 dias.
☻Preparo recolhido no ato de interposição. ☺Preparo recolhido no ato de interposição ou até
☻Regra geral, recebido no duplo efeito. 48hs da interposição.
☻Julgamento feito pelo Tribunal (TJ´S/TRF´S), ☺Regra geral, recebido apenas no efeito
por meio de Desembargadores devolutivo.
☻Admite a modalidade adesiva. ☺Julgamento feito pela Turma Recursal, por meio
de juízes togados convocados, em exercício no
primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do
Juizado.
☺Não admite a modalidade adesiva.
O QUE DIZ A LEI 9.099/95
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral,
caberá recurso para o próprio Juizado.
        § 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em
exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
        § 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado.
        Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da
sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.
        § 1º O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta e oito
horas seguintes à interposição, sob pena de deserção.
        § 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para oferecer resposta
escrita no prazo de dez dias.
        Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito
suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte.

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