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A íntegra da mensagem enviada ao congresso dos Estados Unidos está disponível na John F.
Kennedy Presidential Library and museum1.
(2) O direito de ser informado - de ser protegido contra informação, publicidade, rotulagem ou
outras práticas que sejam fraudulentas, enganosas, ou grosseiramente falaciosas, e que sejam
a ele dadas todas as informações das quais precisa para fazer uma escolha adequada.
(3) O direito de escolher - ser assegurado, sempre que possível, o acesso a uma variedade de
produtos e serviços a preços competitivos; e nas indústrias em que a concorrência não é viável
que a regulamentação governamental seja efetiva, deve também haver garantia de qualidade e
serviço satisfatórios a preços justos.
(4) O direito de ser ouvido – para se ter a certeza de que os interesses dos consumidores
receberão consideração completa e favorável na formulação das políticas de Governo, e
também tratamento justo e rápido em seus tribunais administrativos. (tradução nossa)
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Disponível em: http://www.jfklibrary.org/Asset-Viewer/Archives/JFKPOF-037-028.aspx acesso em
13.03 de 2016.
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Professora Fernanda Rocha
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A defesa do consumidor é núcleo imodificável da Constituição Federal (cláusula pétrea).
Portanto, não é admissível nenhuma proposta de emenda constitucional tendente a esvaziar ou
a suprimir a defesa do Direito do Consumidor.
1985 – A ONU estabelece diretrizes para a legislação consumerista e consolidou a ideia de que
se trata de um direito humano de nova dimensão – direito social e econômico, um direito de
igualdade material do mais fraco.
Constituição de 1988:
• ADCT - Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da
Constituição, elaborará código de defesa do consumidor.
• Art. 5º - XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
• Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
• VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
• Art. 150 - § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos
acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
• Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes princípios:
IV - defesa do consumidor;
CDC
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Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem
pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição
Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
Microssistema multidisciplinar:
Direito constitucional;
Direito Civil;
Processo Civil;
Direito Administrativo;
Direito Penal.
5. Deve ser utilizada a técnica do "diálogo das fontes" para harmonizar a aplicação concomitante
de dois diplomas legais ao mesmo negócio jurídico; no caso, as normas específicas que regulam
os títulos de capitalização e o CDC, que assegura aos investidores a transparência e as
informações necessárias ao perfeito conhecimento do produto. 6. Recurso especial conhecido e
provido. Resp 1.216.673/SP.
CDC
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou
convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de
regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que
derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela
reparação dos danos previstos nas normas de consumo.
CF - Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre,
devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela
União, atendido o princípio da reciprocidade.
➔ O CDC incidirá em toda relação jurídica que puder ser caracterizada como de consumo;
2.1 Consumidor
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final.
→ O STJ aplica a teoria finalista, aceitando a aplicação da teoria finalista de forma aprofundada,
abrandada ou mitigada, em situações em que o consumidor mesmo não sendo destinatário final,
possui vulnerabilidade analisada no caso concreto.
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- A vulnerabilidade exclui a premissa de igualdade.
A TERIA APLICADA É A FINALISTA MITIGADA na qual a pessoa que adquire bens de produção não
será considerada consumidora. Mas, se verificado no caso concreto, que há vulnerabilidade da
pessoa que adquiriu ou utilizou o produto ou serviço diante da que forneceu, excepcionalmente
poderá ter a aplicação do CDC.
VULNERABILIDADE:
a) técnica;
b) jurídica;
c) fática;
d) informacional.
Resumo do julgado
a) VULNERABILIDADE TÉCNICA
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competência ou área de atuação. Ex: uma escola de idiomas que contrata uma empresa para o
desenvolvimento e instalação de um sistema de informática.
Por outro lado, se a pessoa que adquiriu o produto ou serviço for profissional ou uma pessoa
jurídica, a presunção é de que não é vulnerável juridicamente, uma vez que pratica os atos de
consumo ciente da respectiva repercussão jurídica, contábil e econômica, seja por sua própria
formação (no caso dos profissionais), seja pelo fato de, na consecução de suas atividades, contar
com a assistência de advogados, contadores e/ou economistas (no caso das pessoas jurídicas).
Obviamente, essa pessoa poderá provar que, no caso concreto, era vulnerável juridicamente.
c) VULNERABILIDADE INFORMACIONAL
➔ JULGADOS DO STJ:
A aquisição de veículo para utilização como táxi, por si só, não afasta a possibilidade
de aplicação das normas protetivas do CDC.
STJ. 4ª Turma. REsp 611872-RJ, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em
2/10/2012 (Info 505).
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Teoria finalista mitigada, abrandada ou aprofundadaa. Buscador
Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c0f168ce8900fa56e57789e2a2f2c
9d0>. Acesso em: 04/08/2020
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AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR.
COMPRA DE AERONAVE POR EMPRESA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS.
AQUISIÇÃO COMO DESTINATÁRIA FINAL. EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE
CONSUMO.
➔ Muitas pessoas mesmo não sendo consumidores stricto sensu podem ser atingidas ou
prejudicadas pelas atividades dos fornecedores no mercado. Estas pessoas podem
intervir nas relações de consumo de outra forma e ocupar uma posição de
VULNERABILIDADE.
➔ ESPÉCIES DE CONSUMIDOR:
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Art. 2°
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as
pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
SÚMULAS STJ
Súmula 608 – Aplica-se o CDC aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por
entidades de autogestão.
Origem: STJ
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(Info 866). O STJ passou a acompanhar o mesmo entendimento do STF: É possível
a limitação, por legislação internacional espacial, do direito do passageiro à
indenização por danos materiais decorrentes de extravio de bagagem. STJ. 3ª
Turma. REsp 673.048-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018
(Info 626).
Origem: STJ
Deve ser reconhecida a relação de consumo existente entre a pessoa natural, que
visa a atender necessidades próprias, e as sociedades que prestam, de forma
habitual e profissional, o serviço de corretagem de valores e títulos mobiliários. Ex:
João contratou a empresa “Dinheiro S.A Corretora de Valores” para que esta
intermediasse operações financeiras no mercado de capitais. Em outras palavras,
João contratou essa corretora para investir seu dinheiro na Bolsa de Valores. A
relação entre João e a corretora é uma relação de consumo. STJ. 3ª Turma. REsp
1599535-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/3/2017 (Info 600).
Origem: STJ
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Direito do Consumidor Conceito de consumidor Geral
Origem: STJ
Origem: STJ
Origem: STJ
A aquisição de veículo para utilização como táxi, por si só, não afasta a possibilidade
de aplicação das normas protetivas do CDC. STJ. 4ª Turma. REsp 611872-RJ, Rel.
Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 2/10/2012 (Info 505).
2.2 Fornecedor
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira,
bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem,
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.
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2.3 Produto e Serviço
Art. 3º
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