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Direito do Consumidor
CAPÍTULO I CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS DA POLÍTICA NACIONAL DE
Art. 1º O presente código estabelece normas RELAÇÕES DE CONSUMO
de proteção e defesa do consumidor, de ordem Art. 4º A Política Nacional das Relações de
pública e interesse social, nos termos dos arts. Consumo tem por objetivo o atendimento das
5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição necessidades dos consumidores, o respeito à
Federal e art. 48 de suas Disposições sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de
Transitórias. seus interesses econômicos, a melhoria da sua
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou qualidade de vida, bem como a transparência e
jurídica que adquire ou utiliza produto ou harmonia das relações de consumo, atendidos
serviço como destinatário final. os seguintes princípios:
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d) pela garantia dos produtos e serviços III − criação de delegacias de polícia
com padrões adequados de qualidade, especializadas no atendimento de
segurança, durabilidade e desempenho. consumidores vítimas de infrações penais
de consumo;
III − harmonização dos interesses dos
participantes das relações de consumo IV − criação de Juizados Especiais de
e compatibilização da proteção do Pequenas Causas e Varas Especializadas
consumidor com a necessidade de para a solução de litígios de consumo;
desenvolvimento econômico e tecnológico,
de modo a viabilizar os princípios nos quais V −concessão de estímulos à criação e
se funda a ordem econômica (art. 170 da desenvolvimento das Associações de Defesa
Constituição Federal), sempre com base do Consumidor.
na boa-fé e equilíbrio nas relações entre § 1º (Vetado).
consumidores e fornecedores;
§ 2º (Vetado).
IV −educação e informação de fornecedores
e consumidores, quanto aos seus direitos e
deveres, com vistas à melhoria do mercado
de consumo; CAPÍTULO III
V −incentivo à criação pelos fornecedores DOS DIREITOS BÁSICOS DO
de meios eficientes de controle de qualidade CONSUMIDOR
e segurança de produtos e serviços, assim
como de mecanismos alternativos de Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
solução de conflitos de consumo; I −a proteção da vida, saúde e segurança
VI − coibição e repressão eficientes de contra os riscos provocados por práticas
todos os abusos praticados no mercado de no fornecimento de produtos e serviços
consumo, inclusive a concorrência desleal considerados perigosos ou nocivos;
e utilização indevida de inventos e criações II − a educação e divulgação sobre o
industriais das marcas e nomes comerciais consumo adequado dos produtos e serviços,
e signos distintivos, que possam causar asseguradas a liberdade de escolha e a
prejuízos aos consumidores; igualdade nas contratações;
VII −racionalização e melhoria dos serviços III −a informação adequada e clara sobre
públicos; os diferentes produtos e serviços, com
VIII −
estudo constante das modificações do especificação correta de quantidade,
mercado de consumo. características, composição, qualidade,
tributos incidentes e preço, bem como
Art. 5º Para a execução da Política Nacional das sobre os riscos que apresentem;
Relações de Consumo, contará o poder público
com os seguintes instrumentos, entre outros: IV − a proteção contra a publicidade
enganosa e abusiva, métodos comerciais
I − manutenção de assistência jurídica, coercitivos ou desleais, bem como contra
integral e gratuita para o consumidor práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
carente; fornecimento de produtos e serviços;
I I− instituição de Promotorias de Justiça V − a modificação das cláusulas
de Defesa do Consumidor, no âmbito do contratuais que estabeleçam prestações
Ministério Público; desproporcionais ou sua revisão em razão
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na imprensa, rádio e televisão, às expensas III −a culpa exclusiva do consumidor ou de
do fornecedor do produto ou serviço. terceiro.
§ 3º Sempre que tiverem conhecimento Art. 13. O comerciante é igualmente
de periculosidade de produtos ou serviços responsável, nos termos do artigo anterior,
à saúde ou segurança dos consumidores, quando:
a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios deverão informá-los a respeito. I −o fabricante, o construtor, o produtor ou o
importador não puderem ser identificados;
Art. 11. (Vetado).
II −o produto for fornecido sem identificação
Seção II clara do seu fabricante, produtor, construtor
ou importador;
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO
DO PRODUTO E DO SERVIÇO III − não conservar adequadamente os
produtos perecíveis.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor,
nacional ou estrangeiro, e o importador Parágrafo único. Aquele que efetivar o
respondem, independentemente da existência pagamento ao prejudicado poderá exercer
de culpa, pela reparação dos danos causados o direito de regresso contra os demais
aos consumidores por defeitos decorrentes de responsáveis, segundo sua participação na
projeto, fabricação, construção, montagem, causação do evento danoso.
fórmulas, manipulação, apresentação ou Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
acondicionamento de seus produtos, bem como independentemente da existência de culpa,
por informações insuficientes ou inadequadas pela reparação dos danos causados aos
sobre sua utilização e riscos. consumidores por defeitos relativos à prestação
§ 1º O produto é defeituoso quando não dos serviços, bem como por informações
oferece a segurança que dele legitimamente insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição
se espera, levando-se em consideração as e riscos.
circunstâncias relevantes, entre as quais: § 1º O serviço é defeituoso quando não
I −sua apresentação; fornece a segurança que o consumidor dele
pode esperar, levando-se em consideração
II −o uso e os riscos que razoavelmente dele as circunstâncias relevantes, entre as quais:
se esperam;
I −o modo de seu fornecimento;
III − a época em que foi colocado em
circulação. II −o resultado e os riscos que razoavelmente
dele se esperam;
§ 2º O produto não é considerado
defeituoso pelo fato de outro de melhor III −a época em que foi fornecido.
qualidade ter sido colocado no mercado. § 2º O serviço não é considerado defeituoso
§ 3º O fabricante, o construtor, o produtor pela adoção de novas técnicas.
ou importador só não será responsabilizado § 3º O fornecedor de serviços só não será
quando provar: responsabilizado quando provar:
I −que não colocou o produto no mercado; I −que, tendo prestado o serviço, o defeito
II −que, embora haja colocado o produto inexiste;
no mercado, o defeito inexiste; II −a culpa exclusiva do consumidor ou de
terceiro.
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III −a substituição do produto por outro da Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas
mesma espécie, marca ou modelo, sem os empresas, concessionárias, permissionárias ou
aludidos vícios; sob qualquer outra forma de empreendimento,
são obrigados a fornecer serviços adequados,
IV −a restituição imediata da quantia paga, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
monetariamente atualizada, sem prejuízo contínuos.
de eventuais perdas e danos.
Parágrafo único. Nos casos de
§ 1º Aplica-se a este artigo o disposto no § descumprimento, total ou parcial, das
4º do artigo anterior. obrigações referidas neste artigo, serão as
§ 2º O fornecedor imediato será responsável pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las
quando fizer a pesagem ou a medição e o e a reparar os danos causados, na forma
instrumento utilizado não estiver aferido prevista neste código.
segundo os padrões oficiais. Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre
Art. 20. O fornecedor de serviços responde os vícios de qualidade por inadequação
pelos vícios de qualidade que os tornem dos produtos e serviços não o exime de
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o responsabilidade.
valor, assim como por aqueles decorrentes da Art. 24. A garantia legal de adequação do
disparidade com as indicações constantes da produto ou serviço independe de termo
oferta ou mensagem publicitária, podendo o expresso, vedada a exoneração contratual do
consumidor exigir, alternativamente e à sua fornecedor.
escolha:
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de
I − a reexecução dos serviços, sem custo cláusula que impossibilite, exonere ou atenue
adicional e quando cabível; a obrigação de indenizar prevista nesta e nas
II −a restituição imediata da quantia paga, seções anteriores.
monetariamente atualizada, sem prejuízo § 1º Havendo mais de um responsável
de eventuais perdas e danos; pela causação do dano, todos responderão
III −o abatimento proporcional do preço. solidariamente pela reparação prevista
nesta e nas seções anteriores.
§ 1º A reexecução dos serviços poderá
ser confiada a terceiros devidamente § 2º Sendo o dano causado por componente
capacitados, por conta e risco do fornecedor. ou peça incorporada ao produto ou serviço,
são responsáveis solidários seu fabricante,
§ 2º São impróprios os serviços que se construtor ou importador e o que realizou a
mostrem inadequados para os fins que incorporação.
razoavelmente deles se esperam, bem
como aqueles que não atendam as normas Seção IV
regulamentares de prestabilidade. DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO
Art. 21. No fornecimento de serviços que Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios
tenham por objetivo a reparação de qualquer aparentes ou de fácil constatação caduca em:
produto considerar-se-á implícita a obrigação
do fornecedor de empregar componentes de I −trinta dias, tratando-se de fornecimento
reposição originais adequados e novos, ou de serviço e de produtos não duráveis;
que mantenham as especificações técnicas
do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, II − noventa dias, tratando-se de
autorização em contrário do consumidor. fornecimento de serviço e de produtos
duráveis.
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oferecidos ao consumidor, serão gravadas Parágrafo único. O fornecedor, na
de forma indelével. publicidade de seus produtos ou serviços,
manterá, em seu poder, para informação
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão dos legítimos interessados, os dados fáticos,
assegurar a oferta de componentes e peças de técnicos e científicos que dão sustentação à
reposição enquanto não cessar a fabricação ou mensagem.
importação do produto.
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa
Parágrafo único. Cessadas a produção ou ou abusiva.
importação, a oferta deverá ser mantida por
período razoável de tempo, na forma da lei. § 1º É enganosa qualquer modalidade de
informação ou comunicação de caráter
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por publicitário, inteira ou parcialmente falsa,
telefone ou reembolso postal, deve constar o ou, por qualquer outro modo, mesmo
nome do fabricante e endereço na embalagem, por omissão, capaz de induzir em erro
publicidade e em todos os impressos utilizados o consumidor a respeito da natureza,
na transação comercial. características, qualidade, quantidade,
Parágrafo único. É proibida a publicidade propriedades, origem, preço e quaisquer
de bens e serviços por telefone, quando a outros dados sobre produtos e serviços.
chamada for onerosa ao consumidor que a § 2º É abusiva, dentre outras a publicidade
origina. discriminatória de qualquer natureza, a
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é que incite à violência, explore o medo ou
solidariamente responsável pelos atos de seus a superstição, se aproveite da deficiência
prepostos ou representantes autônomos. de julgamento e experiência da criança,
desrespeita valores ambientais, ou que
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços seja capaz de induzir o consumidor a se
recusar cumprimento à oferta, apresentação comportar de forma prejudicial ou perigosa
ou publicidade, o consumidor poderá, à sua saúde ou segurança.
alternativamente e à sua livre escolha:
§ 3º Para os efeitos deste código, a
I − exigir o cumprimento forçado publicidade é enganosa por omissão
da obrigação, nos termos da oferta, quando deixar de informar sobre dado
apresentação ou publicidade; essencial do produto ou serviço.
II −aceitar outro produto ou prestação de § 4º (Vetado).
serviço equivalente;
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e
III −rescindir o contrato, com direito à correção da informação ou comunicação
restituição de quantia eventualmente publicitária cabe a quem as patrocina.
antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos. Seção IV
DAS PRÁTICAS ABUSIVAS
Seção III
DA PUBLICIDADE Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
serviços, dentre outras práticas abusivas:
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal
forma que o consumidor, fácil e imediatamente, I −condicionar o fornecimento de produto
a identifique como tal. ou de serviço ao fornecimento de outro
produto ou serviço, bem como, sem justa
causa, a limites quantitativos;
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II −recusar atendimento às demandas dos fixação de seu termo inicial a seu exclusivo
consumidores, na exata medida de suas critério.
disponibilidades de estoque, e, ainda, de
conformidade com os usos e costumes; XIII −aplicar fórmula ou índice de reajuste
diverso do legal ou contratualmente
III −enviar ou entregar ao consumidor, sem estabelecido.
solicitação prévia, qualquer produto, ou
fornecer qualquer serviço; Parágrafo único. Os serviços prestados
e os produtos remetidos ou entregues
IV −prevalecer-se da fraqueza ou ignorância ao consumidor, na hipótese prevista no
do consumidor, tendo em vista sua idade, inciso III, equiparam-se às amostras grátis,
saúde, conhecimento ou condição social, inexistindo obrigação de pagamento.
para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado
V − exigir do consumidor vantagem a entregar ao consumidor orçamento prévio
manifestamente excessiva; discriminando o valor da mão de- obra, dos
materiais e equipamentos a serem empregados,
VI − executar serviços sem a prévia as condições de pagamento, bem como as datas
elaboração de orçamento e autorização de início e término dos serviços.
expressa do consumidor, ressalvadas as
decorrentes de práticas anteriores entre as § 1º Salvo estipulação em contrário, o
partes; valor orçado terá validade pelo prazo de
dez dias, contado de seu recebimento pelo
VII − repassar informação depreciativa, consumidor.
referente a ato praticado pelo consumidor
no exercício de seus direitos; § 2º Uma vez aprovado pelo consumidor,
o orçamento obriga os contraentes e
VIII −colocar, no mercado de consumo, somente pode ser alterado mediante livre
qualquer produto ou serviço em desacordo negociação das partes.
com as normas expedidas pelos órgãos
oficiais competentes ou, se normas § 3º O consumidor não responde por
específicas não existirem, pela Associação quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes
Brasileira de Normas Técnicas ou outra da contratação de serviços de terceiros não
entidade credenciada pelo Conselho previstos no orçamento prévio.
Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Conmetro); Art. 41. No caso de fornecimento de produtos
ou de serviços sujeitos ao regime de controle
IX −recusar a venda de bens ou a prestação ou de tabelamento de preços, os fornecedores
de serviços, diretamente a quem se deverão respeitar os limites oficiais sob pena de
disponha a adquiri-los mediante pronto não o fazendo, responderem pela restituição da
pagamento, ressalvados os casos de quantia recebida em excesso, monetariamente
intermediação regulados em leis especiais; atualizada, podendo o consumidor exigir à
sua escolha, o desfazimento do negócio, sem
X − elevar sem justa causa o preço de prejuízo de outras sanções cabíveis.
produtos ou serviços.
XI −Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890- Seção V
67, de 22.10.1999, DA COBRANÇA DE DÍVIDAS
XII − deixar de estipular prazo para o Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor
cumprimento de sua obrigação ou deixar a inadimplente não será exposto a ridículo,
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nem será submetido a qualquer tipo de § 5º Consumada a prescrição relativa
constrangimento ou ameaça. à cobrança de débitos do consumidor,
não serão fornecidas, pelos respectivos
Parágrafo único. O consumidor cobrado em Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer
quantia indevida tem direito à repetição do informações que possam impedir ou
indébito, por valor igual ao dobro do que dificultar novo acesso ao crédito junto aos
pagou em excesso, acrescido de correção fornecedores.
monetária e juros legais, salvo hipótese de
engano justificável. Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do
consumidor manterão cadastros atualizados
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de reclamações fundamentadas contra
de débitos apresentados ao consumidor, fornecedores de produtos e serviços, devendo
deverão constar o nome, o endereço e o divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação
número de inscrição no Cadastro de Pessoas indicará se a reclamação foi atendida ou não
Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa pelo fornecedor.
Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou
serviço correspondente. § 1º É facultado o acesso às informações lá
constantes para orientação e consulta por
Seção VI qualquer interessado.
DOS BANCOS DE DADOS E
§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber,
CADASTROS DE CONSUMIDORES as mesmas regras enunciadas no artigo
anterior e as do parágrafo único do art. 22
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto
deste código.
no art. 86, terá acesso às informações existentes
em cadastros, fichas, registros e dados pessoais Art. 45. (Vetado).
e de consumo arquivados sobre ele, bem como
sobre as suas respectivas fontes.
§ 1º Os cadastros e dados de consumidores CAPÍTULO VI
devem ser objetivos, claros, verdadeiros e
em linguagem de fácil compreensão, não DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
podendo conter informações negativas
referentes a período superior a cinco anos. Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º A abertura de cadastro, ficha, registro
e dados pessoais e de consumo deverá ser Art. 46. Os contratos que regulam as relações
comunicada por escrito ao consumidor, de consumo não obrigarão os consumidores,
quando não solicitada por ele. se não lhes for dada a oportunidade de tomar
conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se
§ 3º O consumidor, sempre que encontrar
os respectivos instrumentos forem redigidos de
inexatidão nos seus dados e cadastros,
modo a dificultar a compreensão de seu sentido
poderá exigir sua imediata correção,
e alcance.
devendo o arquivista, no prazo de cinco dias
úteis, comunicar a alteração aos eventuais Art. 47. As cláusulas contratuais serão
destinatários das informações incorretas. interpretadas de maneira mais favorável ao
consumidor.
§ 4º Os bancos de dados e cadastros
relativos a consumidores, os serviços de Art. 48. As declarações de vontade constantes
proteção ao crédito e congêneres são de escritos particulares, recibos e pré-contratos
considerados entidades de caráter público. relativos às relações de consumo vinculam
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§ 1º Presume-se exagerada, entre outros § 1º As multas de mora decorrentes do
casos, a vantagem que: inadimplemento de obrigações no seu
termo não poderão ser superiores a dois
I −ofende os princípios fundamentais do por cento do valor da prestação.
sistema jurídico a que pertence;
§ 2º É assegurado ao consumidor a
II − restringe direitos ou obrigações liquidação antecipada do débito, total
fundamentais inerentes à natureza do ou parcialmente, mediante redução
contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto proporcional dos juros e demais acréscimos.
ou equilíbrio contratual;
§ 3º (Vetado).
III −se mostra excessivamente onerosa para
o consumidor, considerando-se a natureza Art. 53. Nos contratos de compra e venda
e conteúdo do contrato, o interesse das de móveis ou imóveis mediante pagamento
partes e outras circunstâncias peculiares ao em prestações, bem como nas alienações
caso. fiduciárias em garantia, consideram-se nulas
de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a
§ 2º A nulidade de uma cláusula contratual perda total das prestações pagas em benefício
abusiva não invalida o contrato, exceto do credor que, em razão do inadimplemento,
quando de sua ausência, apesar dos pleitear a resolução do contrato e a retomada
esforços de integração, decorrer ônus do produto alienado.
excessivo a qualquer das partes.
§ 1º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio
§ 4º É facultado a qualquer consumidor de produtos duráveis, a compensação ou
ou entidade que o represente requerer ao a restituição das parcelas quitadas, na
Ministério Público que ajuíze a competente forma deste artigo, terá descontada, além
ação para ser declarada a nulidade de da vantagem econômica auferida com a
cláusula contratual que contrarie o disposto fruição, os prejuízos que o desistente ou
neste código ou de qualquer forma não inadimplente causar ao grupo.
assegure o justo equilíbrio entre direitos e
obrigações das partes. § 3º Os contratos de que trata o caput deste
artigo serão expressos em moeda corrente
Art. 52. No fornecimento de produtos ou nacional.
serviços que envolva outorga de crédito ou
concessão de financiamento ao consumidor, Seção III
o fornecedor deverá, entre outros requisitos,
DOS CONTRATOS DE ADESÃO
informá-lo prévia e adequadamente sobre:
I −preço do produto ou serviço em moeda Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas
corrente nacional; cláusulas tenham sido aprovadas pela
autoridade competente ou estabelecidas
II −montante dos juros de mora e da taxa unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou
efetiva anual de juros; serviços, sem que o consumidor possa discutir
ou modificar substancialmente seu conteúdo.
III −acréscimos legalmente previstos;
§ 1º A inserção de cláusula no formulário
IV −número e periodicidade das prestações; não desfigura a natureza de adesão do
V − soma total a pagar, com e sem contrato.
financiamento. § 2º Nos contratos de adesão admite-
se cláusula resolutória, desde que
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1985, os valores cabíveis à União, ou para os termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às
Fundos estaduais ou municipais de proteção ao expensas do infrator.
consumidor nos demais casos.
§ 1º A contrapropaganda será divulgada
Parágrafo único. A multa será em montante pelo responsável da mesma forma,
não inferior a duzentas e não superior a três frequência e dimensão e, preferencialmente
milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal no mesmo veículo, local, espaço e horário,
de Referência (Ufir), ou índice equivalente de forma capaz de desfazer o malefício da
que venha a substituí-lo. publicidade enganosa ou abusiva.
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização § 2º (Vetado)
de produtos, de proibição de fabricação de
produtos, de suspensão do fornecimento de § 3º (Vetado).
produto ou serviço, de cassação do registro do
produto e revogação da concessão ou permissão
de uso serão aplicadas pela administração, TÍTULO II
mediante procedimento administrativo,
assegurada ampla defesa, quando forem Das Infrações Penais
constatados vícios de quantidade ou de
qualidade por inadequação ou insegurança do Art. 61. Constituem crimes contra as relações de
produto ou serviço. consumo previstas neste código, sem prejuízo
do disposto no Código Penal e leis especiais, as
Art. 59. As penas de cassação de alvará condutas tipificadas nos artigos seguintes.
de licença, de interdição e de suspensão
temporária da atividade, bem como a de Art. 62. (Vetado).
intervenção administrativa, serão aplicadas Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre
mediante procedimento administrativo, a nocividade ou periculosidade de produtos,
assegurada ampla defesa, quando o fornecedor nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou
reincidir na prática das infrações de maior publicidade:
gravidade previstas neste código e na legislação
de consumo. Pena Detenção
− de seis meses a dois anos
e multa.
§ 1º A pena de cassação da concessão
será aplicada à concessionária de serviço § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem
público, quando violar obrigação legal ou deixar de alertar, mediante recomendações
contratual. escritas ostensivas, sobre a periculosidade
do serviço a ser prestado.
§ 2º A pena de intervenção administrativa
será aplicada sempre que as circunstâncias § 2º Se o crime é culposo:
de fato desaconselharem a cassação de
Pena Detenção
− de um a seis meses ou
licença, a interdição ou suspensão da
multa.
atividade.
Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade
§ 3º Pendendo ação judicial na qual
competente e aos consumidores a nocividade ou
se discuta a imposição de penalidade
periculosidade de produtos cujo conhecimento
administrativa, não haverá reincidência até
seja posterior à sua colocação no mercado:
o trânsito em julgado da sentença.
Pena − Detenção de seis meses a dois anos
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será
e multa.
cominada quando o fornecedor incorrer na
prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos
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Pena − Detenção de seis meses a dois anos Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de
e multa. ameaça, coação, constrangimento físico
ou moral, afirmações falsas incorretas ou
Parágrafo único. As penas deste artigo são enganosas ou de qualquer outro procedimento
aplicáveis sem prejuízo das correspondentes que exponha o consumidor, injustificadamente,
à lesão corporal e à morte. a ridículo ou interfira com seu trabalho,
descanso ou lazer:
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa,
ou omitir informação relevante sobre a Pena − Detenção de três meses a um ano e
natureza, característica, qualidade, quantidade, multa.
segurança, desempenho, durabilidade, preço
ou garantia de produtos ou serviços: Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do
consumidor às informações que sobre ele
Pena − Detenção de três meses a um ano e constem em cadastros, banco de dados, fichas
multa. e registros:
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem Pena Detenção
− de seis meses a um ano ou
patrocinar a oferta. multa.
§ 2º Se o crime é culposo; Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente
informação sobre consumidor constante de
Pena Detenção
− de um a seis meses ou cadastro, banco de dados, fichas ou registros
multa. que sabe ou deveria saber ser inexata:
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que Pena Detenção
− de um a seis meses ou
sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: multa.
Pena − Detenção de três meses a um ano e Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o
multa. termo de garantia adequadamente preenchido
Parágrafo único. (Vetado). e com especificação clara de seu conteúdo;
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produtos ou a oferta e prestação de serviços nas autoridade que presidir o inquérito, entre cem e
condições por ele proibidas. duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro
Nacional (BTN), ou índice equivalente que
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos venha a substituí-lo.
crimes tipificados neste código:
Parágrafo único. Se assim recomendar a
I −serem cometidos em época de grave crise situação econômica do indiciado ou réu, a
econômica ou por ocasião de calamidade; fiança poderá ser:
II −ocasionarem grave dano individual ou a) reduzida até a metade do seu valor
coletivo; mínimo;
III − dissimular-se a natureza ilícita do b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
procedimento;
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
I V− quando cometidos: previstos neste código, bem como a outros
a) por servidor público, ou por pessoa crimes e contravenções que envolvam relações
cuja condição econômico-social seja de consumo, poderão intervir, como assistentes
manifestamente superior à da vítima; do Ministério Público, os legitimados indicados
no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é
b) em detrimento de operário ou rurícola; facultado propor ação penal subsidiária, se a
de menor de dezoito ou maior de sessenta denúncia não for oferecida no prazo legal.
anos ou de pessoas portadoras de
deficiência mental interditadas ou não;
V −serem praticados em operações que TÍTULO III
envolvam alimentos, medicamentos ou
quaisquer outros produtos ou serviços Da Defesa do Consumidor em Juízo
essenciais.
Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção
será fixada em dias-multa, correspondente ao CAPÍTULO I
mínimo e ao máximo de dias de duração da DISPOSIÇÕES GERAIS
pena privativa da liberdade cominada ao crime.
Na individualização desta multa, o juiz observará Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
o disposto no art. 60, § 1º do Código Penal. consumidores e das vítimas poderá ser exercida
Art. 78. Além das penas privativas de liberdade em juízo individualmente, ou a título coletivo.
e de multa, podem ser impostas, cumulativa ou Parágrafo único. A defesa coletiva será
alternadamente, observado o disposto nos arts. exercida quando se tratar de:
44 a 47 do Código Penal:
I − interesses ou direitos difusos, assim
I −a interdição temporária de direitos; entendidos, para efeitos deste código, os
II −a publicação em órgãos de comunicação transindividuais, de natureza indivisível, de
de grande circulação ou audiência, às que sejam titulares pessoas indeterminadas
expensas do condenado, de notícia sobre os e ligadas por circunstâncias de fato;
fatos e a condenação; II −interesses ou direitos coletivos, assim
III −a prestação de serviços à comunidade. entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que que seja titular grupo, categoria ou classe
trata este código, será fixado pelo juiz, ou pela
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Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único de comunicação social por parte dos órgãos de
deste código, a ação de regresso poderá ser defesa do consumidor.
ajuizada em processo autônomo, facultada a
possibilidade de prosseguir-se nos mesmos Art. 95. Em caso de procedência do pedido,
autos, vedada a denunciação da lide. a condenação será genérica, fixando a
responsabilidade do réu pelos danos causados.
Art. 89. (Vetado)
Art. 96. (Vetado).
Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste
título as normas do Código de Processo Civil e Art. 97. A liquidação e a execução de sentença
da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive poderão ser promovidas pela vítima e seus
no que respeita ao inquérito civil, naquilo que sucessores, assim como pelos legitimados de
não contrariar suas disposições. que trata o art. 82.
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo
CAPÍTULO II promovida pelos legitimados de que trata o art.
DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já
tiveram sido fixadas em sentença de liquidação,
DEFESA DE INTERESSES INDIVIDUAIS
sem prejuízo do ajuizamento de outras
HOMOGÊNEOS execuções.
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. § 1º A execução coletiva far-se-á com base
82 poderão propor, em nome próprio e no em certidão das sentenças de liquidação, da
interesse das vítimas ou seus sucessores, ação qual deverá constar a ocorrência ou não do
civil coletiva de responsabilidade pelos danos trânsito em julgado.
individualmente sofridos, de acordo com o
disposto nos artigos seguintes. § 2º É competente para a execução o juízo:
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a I −da liquidação da sentença ou da ação
ação, atuará sempre como fiscal da lei. condenatória, no caso de execução
individual;
Parágrafo único. (Vetado).
I I− da ação condenatória, quando coletiva
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça a execução.
Federal, é competente para a causa a justiça
local: Art. 99. Em caso de concurso de créditos
decorrentes de condenação prevista na Lei nº
I − no foro do lugar onde ocorreu ou deva 7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações
ocorrer o dano, quando de âmbito local; pelos prejuízos individuais resultantes do
mesmo evento danoso, estas terão preferência
II −no foro da Capital do Estado ou no do
no pagamento.
Distrito Federal, para os danos de âmbito
nacional ou regional, aplicando-se as regras Parágrafo único. Para efeito do disposto
do Código de Processo Civil aos casos de neste artigo, a destinação da importância
competência concorrente. recolhida ao fundo criado pela Lei nº 7.347
de 24 de julho de 1985, ficará sustada
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital
enquanto pendentes de decisão de
no órgão oficial, a fim de que os interessados
segundo grau as ações de indenização pelos
possam intervir no processo como litisconsortes,
danos individuais, salvo na hipótese de o
sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios
patrimônio do devedor ser manifestamente
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§ 3º Os efeitos da coisa julgada de que ou pessoas jurídicas de direito público ou
cuida o art. 16, combinado com o art. 13 privado;
da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não
prejudicarão as ações de indenização por III − prestar aos consumidores orientação
danos pessoalmente sofridos, propostas permanente sobre seus direitos e garantias;
individualmente ou na forma prevista IV −informar, conscientizar e motivar o
neste código, mas, se procedente o pedido, consumidor através dos diferentes meios de
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, comunicação;
que poderão proceder à liquidação e à
execução, nos termos dos arts. 96 a 99. V −solicitar à polícia judiciária a instauração
de inquérito policial para a apreciação de
§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo delito contra os consumidores, nos termos
anterior à sentença penal condenatória. da legislação vigente;
Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos VI − representar ao Ministério Público
I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem competente para fins de adoção de medidas
litispendência para as ações individuais, mas os processuais no âmbito de suas atribuições;
efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra
partes a que aludem os incisos II e III do artigo VII −levar ao conhecimento dos órgãos
anterior não beneficiarão os autores das ações competentes as infrações de ordem
individuais, se não for requerida sua suspensão administrativa que violarem os interesses
no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos difusos, coletivos, ou individuais dos
autos do ajuizamento da ação coletiva. consumidores;
V I I−I solicitar o concurso de órgãos e
entidades da União, Estados, do Distrito
TÍTULO IV Federal e Municípios, bem como auxiliar
a fiscalização de preços, abastecimento,
Do Sistema Nacional de Defesa do quantidade e segurança de bens e serviços;
Consumidor
IX − incentivar, inclusive com recursos
Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa financeiros e outros programas especiais,
do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, a formação de entidades de defesa do
estaduais, do Distrito Federal e municipais e as consumidor pela população e pelos órgãos
entidades privadas de defesa do consumidor. públicos estaduais e municipais;
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e ao décuplo das custas, sem prejuízo da
responsabilidade por perdas e danos.”
Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985:
“Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não
haverá adiantamento de custas, emolumentos,
honorários periciais e quaisquer outras
despesas, nem condenação da associação
autora, salvo comprovada má-fé, em honorários
de advogado, custas e despesas processuais.”
Art. 117. Acrescente-se à Lei nº 7.347, de
24 de julho de 1985, o seguinte dispositivo,
renumerando-se os seguintes:
“Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e
interesses difusos, coletivos e individuais,
no que for cabível, os dispositivos do Título
III da lei que instituiu o Código de Defesa do
Consumidor.”
Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de
cento e oitenta dias a contar de sua publicação.
Art. 119. Revogam-se as disposições em
contrário.
Brasília, 11 de setembro de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.
FERNANDO COLLOR
Bernardo Cabral
Zélia M. Cardoso de Mello
Ozires Silva
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1. CONCEITOS BÁSICOS
Constituição Federal, art. 5º, XXXII: O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
consumidorcláusula
− pétrea.
Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/1990, cujas normas são de interesse
social e de ordem pública.
Vulnerabilidade (art. 4º, I, CDC): Todo consumidor é presumidamente vulnerável
1. Para iniciar o estudo sobre Direito do Consumidor, é importantíssimo fazer uma leitura
atenta do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990). Trata-se de uma lei
pequena, com menos de 120, redigidos de forma clara e linguagem simplificada, pois a
intenção é de que o próprio consumidor em geral consiga entendê-los.
3. Como se tratam de normas de ordem pública, têm aplicação obrigatória, não podendo ser
derrogadas pelas partes. É uma legislação especial, cujo regime jurídico é aplicável sempre
que se tratar de relação de consumo.
4. Para que haja uma relação de consumo, é necessário que de um lado esteja alguém que se
enquadre no conceito de consumidor e, de outro, alguém que se enquadre no conceito de
fornecedor.
5. Ao estudar o Direito do Consumidor, deve-se ter como premissa que todo consumidor é
presumidamente vulnerável na relação de consumo. A intenção do legislador foi de criar
uma situação jurídica mais favorável à parte mais fraca na relação (consumidor), a fim de
equilibrar as desigualdades.
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CONCEITO DE CONSUMIDOR
GERAL (art. 2º)
• Pessoa física ou jurídica;
• Destinatário final.
POR EQUIPARAÇÃO
• Coletividade (art. 2º, parágrafo único);
• Vítimas de acidente de consumo (art. 17);
• Pessoas expostas a práticas comerciais (art. 29).
1. Segundo o conceito padrão, trazido pelo CDC, consumidor é toda pessoa física ou jurídica
que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatária final.
2. No entanto, o CDC prevê categorias que, mesmo não se enquadrando nesse conceito
padrão, também receberão a proteção como se consumidores fossem. São os chamados
consumidores por equiparação:
I − a coletividade de pessoas que haja intervindo nas relações de consumo;
II − todas as vítimas de acidente de consumo;
III − todas as pessoas expostas às práticas comerciais e contratuais.
CONCEITO DE FORNECEDOR
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa: física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, incluindo entes despersonalizados (exemplo: massa falida, sociedade
de fato), que desenvolvam atividade de: produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos
ou prestação de serviços.
CONCEITO DE PRODUTO
Art. 3º, § 1º: Produto é qualquer bem móvel, imóvel, material ou imaterial. O legislador
deixou o conceito bem amplo, a fim de abranger todo e qualquer bem oferecido no
mercado de consumo.
CONCEITO DE SERVIÇO
Art. 3º, § 2º: Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado, mediante
remuneração, salvo as decorrentes de relação de trabalho.
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2. Em relação aos serviços, além daqueles expressamente citados pelo CDC, importante
conhecer o teor das seguintes Súmulas do STJ:
• Súmula nº 297: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.
• Súmula nº 321: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre a
entidade de previdência privada e seus participantes.
• Súmula nº 469: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de
saúde.
3. Quanto à remuneração do serviço, deve-se compreender não apenas a direta como
também a indireta (serviço aparentemente gratuito), ou seja, quando o custo do serviço
vem embutido na própria atividade do fornecedor (exemplo: estacionamentos gratuitos
de supermercado, ou frete gratuito na compra de determinado produto, cujos custos estão
diluídos nos produtos vendidos).
4. Quanto à aplicação do CDC aos serviços públicos (prestado pela administração direita ou
indireta), é necessário fazer a distinção entre serviços públicos uti singuli e uti universi.
Aos primeiros, cuja remuneração é mensurada e feita individualmente pelo consumidor,
aplica-se o CDC (exemplo: serviço de energia elétrica, telefonia, transporte público, etc.),
enquanto os segundos, custeados por impostos, não são considerados relação de consumo,
não se aplicando, portanto, o CDC (exemplo: atendimento em postos de saúde, ensino da
rede pública, etc.).
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2. DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
ESQUEMA:
1. Um dos direitos básicos arrolados que merece atenção especial é a inversão do ônus da
prova: para sua concessão, que pode ser de ofício e somente em favor do consumidor,
é necessário que o juiz verifique a presença de verossimilhança ou hipossuficiência (não
necessariamente ambos).
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3. Diferenciar: Vulnerabilidade (que pode ser técnica, jurídica, fática ou informacional) é uma
presunção legal conferida a todo o consumidor. Já a hipossuficiência é um dos requisitos
para a inversão do ônus da prova e sua existência deve ser analisada no caso concreto.
Assim, todo o consumidor é vulnerável, mas nem todo é hipossuficiente.
RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR
3. Entretanto, o próprio CDC traz uma exceção a essa regra da responsabilidade objetiva,
ao dispor que o profissional liberal responderá mediante a verificação de culpa, ou seja,
responderá de forma subjetiva.
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4. Vício: afeta a qualidade/quantidade/disparidade dos produtos ou serviços, os quais se
tornarão impróprios ou inadequados para o fim que se destinavam ou lhe diminuirão o
valor (exemplo: liquidificador que, ao ser utilizado normalmente, em razão um vício de
qualidade, para de funcionar).
7. Não sendo resolvido o problema no prazo acima, caberá ao consumidor escolher umas
dessas opções:
• Substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
• Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
• Abatimento proporcional do preço.
8. O consumidor poderá fazer uso imediato das opções acima (ou seja, sem precisar aguardar
o prazo dos 30 dias para o fornecedor sanar o vício) sempre que em razão da extensão do
vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características
do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
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12. Quem responde pelo vício? A regra é a da solidariedade, ou seja, o consumidor poderá
se dirigir a qualquer um dos fornecedores. Todos (qualquer um deles) têm o dever de
solucionar o problema perante o consumidor, e depois, entre eles, que apurem e façam
os ressarcimentos conforme acordarem. Exemplo: é comum o consumidor se dirigir ao
comerciante para reclamar um vício do produto e esse fornecedor alegar que o problema
deve ser reclamado diretamente com o fabricante; na verdade, independentemente de
ser “problema de fábrica” ou qualquer outro tipo de vício, por disposição legal, todos são
solidariamente responsáveis perante do consumidor.
13. Fato (também chamado de acidente de consumo): Caracteriza-se por um dano decorrente
de defeito do produto ou serviço. Exemplo: liquidificador que, ao ser utilizado normalmente,
em razão de defeito técnico, explode, causando lesões físicas ou psíquicas ao consumidor
ou estragando outros objetos que estejam próximos.
14. O produto ou serviço defeituoso é aquele que não apresenta a segurança que dele se espera,
levando-se em consideração, obviamente, o modo de fornecimento ou sua apresentação, o
resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que foi fornecido ou
colocado no mercado. Entretanto, o produto não será considerado defeituoso em razão de
outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado, da mesma forma que o serviço
não será considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
16. Como o fato gera um dano (que vai além do prejuízo do produto ou serviço em si), a
responsabilidade do fornecedor será de indenizar, o que, em regra, será buscado através
de uma ação judicial.
17. O prazo para a propositura da ação será prescricional de 5 anos, a contar do conhecimento
do dano e sua autoria. Observe-se que, em se tratando de relação de consumo, o prazo
para o consumidor é mais favorável do que a regra geral do Código Civil, que prevê o prazo
prescricional de 3 anos para pretensão de reparação civil.
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19. Quem responde pelo fato? O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro
e o importador. Entretanto, o comerciante somente responderá em 3 hipóteses:
• Quando o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
• Quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador;
• Quando não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Isso significa dizer que, o comerciante responde de forma subsidiária, pois somente será
responsável nas 3 hipóteses acima.
20. Quando tratamos da relação de consumo, nos conceitos iniciais, foi mencionada a figura
do consumidor por equiparação quando vítima de acidente de consumo (fato). Agora
fica mais fácil entender esse conceito, pois se trata de terceiro que, mesmo não tendo
adquirido o produto ou serviço como destinatário final, acabou sendo atingido pelo
acidente de consumo. Exemplo: um veículo que, por um defeito no sistema de freios,
não consegue frear, se chocando com outro e causando danos a ambos os condutores. O
primeiro condutor, por ter adquirido o produto como destinatários final, já é considerado
consumidor e o segundo, que simplesmente sofreu danos oriundos do fato também
será considerado consumidor (por equiparação), utilizando-se das mesmas regras que o
primeiro ao buscar a reparação dos danos.
Para ixar
Fato Vício
O liquidiicador explode e causa danos ao
O liquidiicador para de funcionar.
consumidor ou a terceiro.
O salto do sapato descola, causando uma
O salto do sapato descola.
lesão no tornozelo de quem está calçando-o.
Esse alimento vencido é ingerido e causa O alimento é vendido com o prazo de validade
algum dano ao consumidor ou a terceiro. vencido.
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3. PRÁTICAS COMERCIAIS
OFERTA,( PUBLICIDADE E PRÁTICAS ABUSIVAS)
1. Oferta: Toda informação, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio
de comunicação, obriga o fornecedor e integra o contrato que eventualmente vier a ser
celebrado.
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• Exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou
publicidade;
• Aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
• Rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada,
monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
4. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao
consumidor que a origina.
ENGANOSA ABUSIVA
Falsa, que induz em erro.
Pode ser enganosa por omissão: quando Desrespeita valores
deixa de informar sobre algo essencial
Informação ou comunicação de caráter Discriminatória de qualquer natureza, a
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, que incite à violência, explore o medo ou
ou, por qualquer outro modo, mesmo a supersição,se aproveiteda deiciência
por omissão, capaz de induzir em erro de julgamento e experiência da criança,
o consumidor a respeito da natureza, desrespeita valores ambientais, ou que seja
c a r a c t e r í sqi uc aa lsi ,d a q
due a, n i d acapaz
d e ,de induzir o consumidor a se comportar
propriedades, origem, preço e quaisquer de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
outros dados sobre produtos e serviços. ou segurança.
8. As práticas abusivas, cujo rol exemplificativo segue abaixo, são vedadas (art. 39, CDC).
“I − condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro p
serviço (venda casada), bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II − recusaratendimento às demandasdos consumidores, na exatamedidade suas
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
III −enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço (caso ocorra essa prática, os produtos ou serviços remetidos ao consumidor
equiparam-se a amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento);
IV −prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
vantagem manifestamente excessiva;
V − exigir do consumidor
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1. Bancos de dados e cadastros de consumidores: (Como SPC, SERASA, etc.) São considerados
entidades de caráter público e devem permitir ao consumidor o acesso às informações
existentes. As informações negativas sobre o consumidor não podem permanecer
registradas por período superior a 5 anos. Da mesma forma, não poderão ser fornecidas
por esses órgãos informações sobre débitos cuja cobrança já esteja prescrita. O consumidor
tem direito ao acesso às informações sobre si, e, sempre que encontrar inexatidão nos seus
dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de
5 dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.
5. PROTEÇÃO CONTRATUAL
DIREITO(DE ARREPENDIMENTO E
GARANTIAS)
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2. Atenção para que a prática cotidiana não confunda: somente há direito de arrependimento
(desistência do negócio) quando a contratação foi fora do estabelecimento comercial e
somente há direito à troca nos casos já vistos em que o produto ou serviço apresentam
vícios. Exemplo: é comum, após as datas festivas (Natal, Dia das Mães, etc.), os
consumidores se dirigirem às lojas por não terem gostado da cor ou modelo do produto, ou
por terem ganhado de presente e não ter servido o tamanho, e os comerciantes efetuarem
as trocas; no entanto, isso é uma faculdade do fornecedor, que pretende conquistar o
cliente, mas não há qualquer obrigação legal em efetuar tal troca (exceto quando o próprio
fornecedor se obrigou, no momento da oferta ou contratação, hipótese em que deverá
cumprir o ofertado ou pactuado).
3. Garantia: Trata-se de um prazo para reclamar por vícios dos produtos ou serviços. Portanto,
a garantia legal é reclamada nos prazos decadenciais do art. 26 do CDC (30 ou 90 dias).
4. A garantia legal é obrigatória, imposta por lei, não precisando de termo escrito, sendo
vedada e exoneração do fornecedor. (Exemplo: é comum que um fornecedor venda
determinado produto e “avise” que não há garantia alguma; entretanto, essa informação
deve ser desconsiderada, já que a garantia legal não é dada pelo fornecedor e sim imposta
pela lei, sendo obrigatória em qualquer produto ou serviço fornecidos no mercado de
consumo).
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prazo, o consumidor terá mais 90 dias (bem durável) de garantia (legal) para reclamar por
eventuais vícios.
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3. Cláusulas abusivas são nulas de pleno direito. Entretanto, pelo Princípio da Conservação
dos Contratos, a nulidade de uma das cláusulas não invalida o contrato, salvo se apesar
dos esforços de integração, ocorrer ônus excessivo a uma das partes.
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7. Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em
prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia (contratos que deverão
ser expressos em moeda corrente nacional), consideram-se nulas de pleno direito as
cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor que,
em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto
alienado. Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou
a restituição das parcelas quitadas terá descontada, além da vantagem econômica auferida
com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.
1. A defesa em juízo dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida individual ou
coletivamente. Será coletiva quando se tratar de:
• Interesses ou direitos difusos (transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato);
• Interesses ou direitos coletivos (transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular
grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica base);
• Interesses ou direitos individuais homogêneos (de natureza divisível, decorrentes de
origem comum).
2. A seguir, um quadro explicativo dos interesses/direitos (são tratados como sinônimos)
coletivos:
Coleivosstrictu
( Individuais
DIREITOS Difusos
sensu) homogêneos
TITULARES Indetermináveis Determináveis Determináveis
ORIGEM Relação de fato Relação jurídica Origem comum
OBJETO Indivisível Indivisível Divisível
Mensalidade
Propaganda
Exemplos escolar abusiva Acidente aéreo
abusiva
3 3. Legitimados concorrentemente para a defesa coletiva dos consumidores (art. 82, CDC):
• Ministério Público;
• União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
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4. Atenção: A Defensoria Pública é legítima para propor Ação Civil Pública em defesa coletiva
dos consumidores. Porém, não consta no rol dos legitimados do CDC e sim no art. 5º, II da
Lei nº 7.347/1985 (Lei da ACP, cujo artigo foi alterado pela Lei nº 11.448/2007).
5. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos pelo CDC, são admitidas todas as espécies
de ações capazes de propiciar a adequada e efetiva tutela dos consumidores.
6. Nas ações que tenham por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer,
o juiz concederá a tutela específica (para que o fornecedor a cumpra exatamente a sua
obrigação), ou determinará outras medidas que assegurem o resultado prático equivalente.
A obrigação poderá ser convertida em perdas e danos (sem prejuízo de multa), se for
opção do autor ou se impossível a tutela específica ou o resultado equivalente. Ainda, em
sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do
provimento final, o juiz poderá conceder a antecipação de tutela liminarmente ou após
justificação prévia (com citação do réu), com a imposição de multa diária (de ofício) e
fixação de prazo para o cumprimento.
2. Princípio do Dever Governamental: É visto sob dois aspectos, o primeiro diz respeito ao
dever do Estado em promover mecanismos suficientes à efetiva proteção do consumidor
e o segundo diz respeito ao dever do Estado em promover a racionalização e melhoria do
serviço público enquanto Estado-fornecedor.
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3. Princípio da Harmonização das Relações: A Política Nacional das Relações de Consumo deve
propiciar a harmonia entre a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico do
mercado de consumo e a proteção do consumidor, evitando-se que um desses interesses
prejudique ou inviabilize o outro.
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Questões
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Considere-se que uma empresa de águas d) Salvo estipulação em contrário, o valor
e esgotos, em procedimento de cobrança orçado tem validade pelo prazo de dez
de dívida, depois de fazer ameaças a um dias, contado de seu recebimento pelo
consumidor, decida deixar de recolher parte consumidor.
dos esgotos produzidos na moradia desse e) Toda informação ou publicidade
cidadão. Nessa situação, o consumidor suficientemente precisa com relação
pode, com base no Código de Defesa do a produtos e serviços oferecidos ou
Consumidor, alegar que foi exposto a apresentados veiculada por qualquer
constrangimento. forma ou meio de comunicação obriga
( ) Certo ( ) Errado o fornecedor que a fizer veicular ou
dela se utilizar, apesar de não integrar o
contrato que vier a ser celebrado.
7. (19019) CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR | CESPE | ADAGRI - CE | 9. (11174) CÓDIGO DE DEFESA DO
2009 ASSUNTOS: PRÁTICAS COMERCIAIS CONSUMIDOR | CESPE | TRE - BA | 2010
Nacional das Relações de Consumo; ASSUNTOS: PROTEÇÃO CONTRATUAL
Disposições do CDC; A respeito dos direitos do consumidor,
Julgue os itens abaixo acerca do Código de julgue os itens seguintes.
Defesa do Consumidor (CDC). Se um consumidor contratar, por telefone, o
Os importadores de produtos eletrônicos fornecimento de produto, ele terá sete dias,
devem garantir aos consumidores a oferta a contar do ato do recebimento do produto,
de peças de reposição por período razoável para desistir do contrato.
de tempo, mesmo quando cessadas a ( ) Certo ( )Errado
produção ou a importação desses produtos.
( ) Certo ( ) Errado 10. (19198) CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR | CESPE | IFB | 2011
8. (11202) CÓDIGO DE DEFESA DO ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS
CONSUMIDOR | CESPE | DPE - RR | Acerca dos princípios e direitos do
2013 ASSUNTOS: PRÁTICAS COMERCIAIS consumidor, julgue os itens seguintes.
Considerando o que dispõe a Lei n.º Doravante, considere que a sigla CDC,
8.078/1990 a respeito das práticas sempre que utilizada, refere-se ao Código
comerciais, assinale a opção correta. de Defesa do Consumidor.
a) Os fabricantes e importadores deverão Para o CDC, consumidor é a coletividade de
assegurar a oferta de componentes e pessoas, desde que essas pessoas sejam
peças de reposição pelo prazo mínimo determináveis, que tenha participado nas
de cinco anos. relações de consumo.
b) O fornecedor do produto ou serviço
é solidariamente responsável pelos ( ) Certo ( ) Errado
atos de seus prepostos, excetuados os
representantes autônomos. 11. (19252) CÓDIGO DE DEFESA DO
c) É vedado ao fornecedor de produtos CONSUMIDOR | CESPE | EMBASA | 2010
ou serviços enviar ou entregar ao ASSUNTOS: PROTEÇÃO CONTRATUAL DO
consumidor, sem solicitação prévia, CONSUMIDOR
qualquer produto ou fornecer qualquer
serviço, ressalvados os gratuitos. Em se tratando de tutela do consumidor,
julgue os itens a seguir.
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certo para cumprir a sua prestação Ricardo, ainda que deseje a substituição
de pagar, a construtora fixou apenas imediata do produto comprado, deverá,
o prazo total de seis meses para a antes disso, conceder prazo para o
conclusão da obra, contados a partir do fornecedor sanar o defeito.
término da fundação do imóvel, sem ( ) Certo ( ) Errado
estabelecer expressamente prazo para
o início ou término da execução dos
serviços de fundação da referida obra. 18. (11200) CÓDIGO DE DEFESA DO
b) Em uma cidade acometida por uma CONSUMIDOR | CESPE | TJ - DF | 2013
grave enchente, o dono de um mercado ASSUNTOS: PRÁTICAS COMERCIAIS
local impôs, para a comercialização
Acerca de direitos do consumidor, julgue os
de água mineral, o limite quantitativo
itens subsequentes.
máximo de dois garrafões por
consumidor, em razão da limitação de O fornecedor que ofertar, no mercado,
seu estoque e a fim de garantir que produtos importados de natureza composta
o maior número de consumidores (componentes e peças) não se obriga
pudesse ter acesso ao produto. a fornecer componentes nem peças de
c) Determinada instituição bancária reposição dos produtos por ele importados,
enviou, sem prévia solicitação ou obrigação aplicada aos fabricantes
anuência dos clientes, cartão de crédito nacionais enquanto não cessar a fabricação
para a residência de determinados dos produtos compostos.
correntistas, escolhidos em razão de ( ) Certo ( ) Errado
seu alto poder aquisitivo.
d) O dono de uma loja de sapatos avisou 19. (19097) CÓDIGO DE DEFESA DO
aos outros comerciantes de sapatos do CONSUMIDOR | FCC | AL - PB | 2013
bairro que determinada consumidora, ASSUNTOS: PROTEÇÃO CONTRATUAL
além de habitualmente reclamar da
Sobre as relações de consumo, considere as
qualidade de produtos e serviços, já
seguintes afirmações:
propôs várias ações em face de outros
fornecedores. I. É considerado contrato de adesão aquele
e) Uma instituição particular de educação cujas cláusulas tenham sido aprovadas
infantil reajustou a mensalidade para pela autoridade competente ou que
além dos índices de inflação e deixou de sejam estabelecidas unilateralmente pelo
apresentar, para os responsáveis legais fornecedor, sem que o consumidor possa
das crianças matriculadas, a justa causa discutir ou modificar substancialmente seu
do referido aumento. conteúdo.
II Não pode haver garantia contratual
17. (19231) CÓDIGO DE DEFESA DO complementar, quando houver garantia
CONSUMIDOR | CESPE | DPU | 2010 legal.
ASSUNTOS: RESPONSABILIDADE PELO FATO
E VÍCIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS III. As cláusulas contratuais abusivas
são anuláveis quando transferirem
Ricardo adquiriu um carro há cerca de um responsabilidades a terceiros.
mês e, nesse período, por três vezes, não
IV. É válida a cláusula que determina a
conseguiu trancar a porta do veículo. Com
utilização compulsória de arbitragem,
relação a essa situação hipotética, julgue os
exceto nos contratos que envolvam
itens subsequentes.
alienação fiduciária em garantia de bem
imóvel.
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( ) Certo ( ) Errado 27. (19244) CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR | CESPE | EMBASA |
24. (11201) CÓDIGO DE DEFESA DO 2010 ASSUNTOS: DIREITOS BÁSICOS DO
CONSUMIDOR | CESPE | TJ - DF | 2013 CONSUMIDOR
ASSUNTOS: PROTEÇÃO CONTRATUAL Julgue os seguintes itens acerca do direito
Acerca de direitos do consumidor, julgue os do consumidor.
itens subsequentes. Não se insere entre os direitos do
O consumidor que adquire um produto consumidor a indenização pelos danos
pela Internet poderá exercer o direito de morais sofridos, mas, somente, pelos danos
arrependimento no prazo máximo de sete materiais comprovados.
dias, contado do recebimento do produto, ( ) Certo ( ) Errado
tendo, nesse caso, direito de ser ressarcido
dos valores eventualmente pagos. 28. (11188) CÓDIGO DE DEFESA DO
( ) Certo ( ) Errado CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2006
ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS
25. (19212) CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR | CESPE | DPE - BA | 2010 O Código Brasileiro de Defesa do
ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS Consumidor (CDC) é considerado, por
muitos estudiosos, o mais completo
A respeito do direito do consumidor, julgue instrumento de defesa do consumidor do
o item abaixo. mundo. Vários observadores internacionais
Entende-se por serviço qualquer atividade já o estudaram, como fonte de referência,
fornecida no mercado de consumo, desde para a confecção de códigos em seus
que disponibilizada mediante remuneração países. Com base no CDC, julgue os itens
direta, incluindo-se as de natureza bancária, subsequentes.
financeira, de crédito e securitária, com O objetivo do CDC é a defesa dos menos
exceção das decorrentes das relações de favorecidos, tanto que, nesse Código, a
caráter trabalhista. definição de consumidor é a pessoa física
( ) Certo ( ) Errado que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final.
( ) Certo ( ) Errado
26. (19199) CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR | CESPE | IFB | 2011
ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS 29. (11179) CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR | CESPE | ADAGRI - CE |
Acerca dos princípios e direitos do 2009 ASSUNTOS: RESPONSABILIDADE PELO
consumidor, julgue os itens seguintes. FATO E VÍCIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS
Doravante, considere que a sigla CDC,
sempre que utilizada, refere-se ao Código Julgue os itens abaixo acerca do Código de
de Defesa do Consumidor. Defesa do Consumidor (CDC).
Os entes sem personalidade jurídica não Considere que um fabricante tenha
podem ser considerados fornecedores de inserido no mercado de consumo um
bens e serviços de consumo, conforme processador de alimentos mais moderno
previsão legal. e de melhor qualidade que o modelo
( ) Certo ( ) Errado anterior, substituindo-o. Nesse caso, para
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34. (11183) CÓDIGO DE DEFESA DO 36. (19193) CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2010 CONSUMIDOR | CESPE | IFB | 2011
ASSUNTOS: PRÁTICAS COMERCIAIS | ASSUNTOS: RESPONSABILIDADE PELO FATO
PROTEÇÃO CONTRATUAL E VÍCIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS
Com relação ao Código de Defesa do Julgue os itens a seguir, a respeito da
Consumidor (CDC) - Lei n.º 8.078/1990 -, prevenção e da reparação dos danos
assinale a opção correta. causados aos consumidores.
a) Em contratos de empréstimo bancário, Caso um profissional liberal da área médica
tem amparo no referido código o uso de cause danos a paciente consumidor, no
cláusula que estabeleça a arbitragem exercício da prestação de serviços, a
como forma compulsória de resolução responsabilidade pessoal desse profissional
de problemas entre as partes. liberal será apurada mediante a verificação
b) Em contratos de empréstimo bancário, de sua culpa.
cláusula que permita a rescisão ( ) Certo ( ) Errado
unilateral pelo banco não é vedado pelo
CDC, desde que desobrigue o cliente do
pagamento dos juros devidos. 37. (19025) CÓDIGO DE DEFESA DO
c) O cliente de instituição bancária que CONSUMIDOR | CESPE | TRF - 5ª REGIÃO |
possuir título de capitalização poderá, 2013 ASSUNTOS: PROTEÇÃO CONTRATUAL
com amparo no CDC, ter seu nome
O CDC, embora não trate objetivamente do
inserido em cadastro de beneficiários
comércio realizado por meio da Internet,
e receber produtos ou serviços sem
contém dispositivos que se aplicam aos
solicitação expressa do cliente.
negócios feitos por meio da Internet, como
d) A disponibilização do nome do cliente
o direito de arrependimento. O prazo para
inadimplente em relação afixada em
contagem desse direito pode começar a
área comum de uma agência bancária,
partir:
como forma de cobrança, tem amparo
no CDC. a) da chegada do aviso de expedição do
e) É vedado o condicionamento da produto e será de trinta dias.
celebração de um contrato de b) da chegada do aviso de expedição do
empréstimo bancário à aquisição de produto e será de quinze dias.
outro produto ou serviço, tal como c) da assinatura do contrato e será de
título de capitalização. trinta dias.
d) da assinatura do contrato e será de sete
35. (19202) CÓDIGO DE DEFESA DO dias.
CONSUMIDOR | CESPE | IFB | 2011 e) do ato de recebimento do produto e
ASSUNTOS: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO será de trinta dias.
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Gabarito: 1. (19236) B2. (11180) Errado 3. (11173) Certo 4. (19230) Errado 5. (19229) Certo 6. (11184) Certo 7.
(19019) Certo8. (11202) D9. (11174) Certo 10. (19198) Errado 11. (19252) Certo 12. (11176) Errado 13. (19146)
D 14. (19128) E15. (19196) Errado 16. (19058) B17. (19231) Certo 18. (11200) Errado19. (19097) C20. (19208)
Errado 21. (11175) Certo 22. (27694) B23. (11185) Errado 24. (11201)Certo 25. (19212) Errado 26. (19199)
Errado 27. (19244) Errado 28. (11188) Errado 29. (11179) Certo 30. (11189) Errado31. (19021) Errado 32. (19214)
Certo 33. (19247) Errado 34. (11183) E35. (19202) Errado 36. (19193) Certo37. (19025) D38. (19020) Certo 39.
(11190) Errado 40. (19216) Certo41. (19081) Errado 42. (19140) D43 (11177) Certo
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Resolução CMN/Bacen Nº 3694/2009
e Alterações Posteriores
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Art. 2º As instituições referidas no art. 1º § 2º A opção pela prestação de serviços
devem divulgar, em suas dependências e nas por meios alternativos aos convencionais é
dependências dos estabelecimentos onde admitida desde que adotadas as medidas
seus produtos são ofertados, em local visível necessárias para preservar a integridade,
e em formato legível, informações relativas a a confiabilidade, a segurança e o sigilo
situações que impliquem recusa à realização de das transações realizadas, assim como a
pagamentos ou à recepção de cheques, fichas legitimidade dos serviços prestados, em
de compensação, documentos, inclusive de face dos direitos dos clientes e dos usuários,
cobrança, contas e outros. devendo as instituições informá-los dos
riscos existentes.
Art. 3º É vedado às instituições referidas no art.
1º recusar ou dificultar, aos clientes e usuários Art. 4º Esta resolução entra em vigor na data de
de seus produtos e serviços, o acesso aos sua publicação.
canais de atendimento convencionais, inclusive
guichês de caixa, mesmo na hipótese de Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções nºs
oferecer atendimento alternativo ou eletrônico. 2.878, de 26 de julho de 2001, e 2.892, de 27 de
setembro de 2001.
§ 1º O disposto no caput não se aplica às
dependências exclusivamente eletrônicas Brasília, 26 de março de 2009.
nem à prestação de serviços de cobrança e
de recebimento decorrentes de contratos Henrique de Campos Meirelles
ou convênios que prevejam canais de Presidente
atendimento específicos.
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2. CUIDADO: A Resolução nº 3.694 teve sua vigência a partir de 2009, com alterações feitas
em novembro de 2013. Como o Edital prevê “Resolução CMN/Bacen nº 3.694/2009 e
alterações posteriores”; essas alterações de novembro de 2013 devem ser consideradas
para a realização da prova, até mesmo porque foram publicadas antes da publicação do
Edital. Assim, deve-se tomar muito cuidado com material desatualizado ou com questões
cujas respostas estejam fundamentadas em previsões anteriores às ultimas modificações.
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em que haja previsão no contrato ou convênio para utilização de canais de atendimento
específicos.
6. A opção pela prestação de serviços por meios alternativos é admitida, desde que adotadas
as medidas necessárias de segurança aos usuários e clientes, devendo as instituições
informá-los dos riscos existentes.
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Questões
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3. (19948) DIREITO DO CONSUMIDOR | e) atendimento realizado por bancários,
CESGRANRIO | BANCO DO BRASIL | durante o horário de expediente ao
2012 ASSUNTOS: RESOLUÇÃO CMN N°. público, é obrigatório em todas as
3.694/2009. agências ou dependências com serviços
eletrônicos.
O município W possui uma única agência
do banco Y. Gilberto, que trabalha e reside 4. (19952) DIREITO DO CONSUMIDOR | FCC
nesse município, é correntista do banco. | BANCO DO BRASIL | 2011 ASSUNTOS:
Um dia, ao dirigir-se à agência, ele é RESOLUÇÃO CMN N°. 3.694/2009.
surpreendido pela ausência completa de
bancários, estando o atendimento limitado Conforme a Resolução nº 3.694/2009, é
aos terminais eletrônicos. Utilizando vedado às instituições financeiras:
um telefone disponibilizado na agência, a) explicitar as cláusulas contratuais das
Gilberto recebe a informação de que, por operações contratadas ou práticas que
motivo de corte de custos, a agência com impliquem deveres e obrigações dos
atendimento físico mais próximo está, clientes ou usuários.
agora, a sessenta quilômetros dali, mas que, b) fornecer cópia de contratos, recibos,
para evitar prejuízos aos correntistas, um extratos, comprovantes e outros
bancário, com múltiplas funções, passará a documentos relativos a operações e a
ir à sua agência, de quinze em quinze dias. serviços prestados.
Em relação ao atendimento bancário, as c) recusar ou dificultar, aos clientes e
normas da Resolução CMN nº 3.694/2009 usuários de seus produtos e serviços,
estabelecem que a(o): o acesso aos canais de atendimento
a) adoção de tecnologia de atendimento convencionais, inclusive guichês de
bancário, nas agências das instituições caixa, mesmo na hipótese de oferecer
financeiras, é vedada. atendimento alternativo eletrônico.
b) prestação de atendimento físico no d) assegurar aos clientes e usuários
local não é obrigatória quando as procedimentos de controles internos
dependências da instituição financeira que demonstrem a clareza e a segurança
são exclusivamente eletrônicas. das operações e serviços prestados.
c) transformação de agências físicas em e) divulgar informações relativas a
eletrônicas caracteriza um obstáculo situações que impliquem recusa à
indevido ao consumidor. realização de pagamentos ou à recepção
d) transformação de agências físicas em de cheques, fichas de compensação,
eletrônicas depende da concordância documentos, inclusive de cobrança,
dos correntistas. contas e outros.
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Código Civil
o
LEI N 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
(Observação: Artigos relativos aos assuntos Parágrafo único. Cessará, para os menores,
“Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade a incapacidade:
e incapacidade civil, representação e
domicílio”.) I − pela concessão dos pais, ou de
um deles na falta do outro, mediante
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres instrumento público, independentemente
na ordem civil. de homologação judicial, ou por sentença
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa dezesseis anos completos;
do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro. II −pelo casamento;
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer III − pelo exercício de emprego público
pessoalmente os atos da vida civil: efetivo;
I −os menores de dezesseis anos; I V− pela colação de grau em curso de
ensino superior;
II −os que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tiverem o necessário V −pelo estabelecimento civil ou comercial,
discernimento para a prática desses atos; ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com
III −os que, mesmo por causa transitória, dezesseis anos completos tenha economia
não puderem exprimir sua vontade. própria.
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos Art. 6º A existência da pessoa natural termina
atos, ou à maneira de os exercer: com a morte; presume-se esta, quanto aos
I −os maiores de dezesseis e menores de ausentes, nos casos em que a lei autoriza a
dezoito anos; abertura de sucessão definitiva.
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IV − as autarquias, inclusive as associações § 3º Os partidos políticos serão organizados
públicas; e funcionarão conforme o disposto em lei
específica.
V −as demais entidades de caráter público
criadas por lei. Art. 45. Começa a existência legal das pessoas
jurídicas de direito privado com a inscrição
Parágrafo único. Salvo disposição em do ato constitutivo no respectivo registro,
contrário, as pessoas jurídicas de direito precedida, quando necessário, de autorização
público, a que se tenha dado estrutura de ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se
direito privado, regem-se, no que couber, no registro todas as alterações por que passar o
quanto ao seu funcionamento, pelas ato constitutivo.
normas deste Código.
Parágrafo único. Decai em três anos o
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público direito de anular a constituição das pessoas
externo os Estados estrangeiros e todas jurídicas de direito privado, por defeito
as pessoas que forem regidas pelo direito do ato respectivo, contado o prazo da
internacional público. publicação de sua inscrição no registro.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público [...]
interno são civilmente responsáveis por atos
dos seus agentes que nessa qualidade causem Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo administradores, exercidos nos limites de seus
contra os causadores do dano, se houver, por poderes definidos no ato constitutivo.
parte destes, culpa ou dolo.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de
votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo
I −as associações; dispuser de modo diverso.
II −as sociedades; Parágrafo único. Decai em três anos o
III −as fundações. direito de anular as decisões a que se
refere este artigo, quando violarem a lei ou
IV −as organizações religiosas; estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo,
simulação ou fraude.
V −os partidos políticos.
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica
VI − as empresas individuais de
vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer
responsabilidade limitada.
interessado, nomear-lhe-á administrador
§ 1º São livres a criação, a organização, a provisório.
estruturação interna e o funcionamento das
[...]
organizações religiosas, sendo vedado ao
poder público negar-lhes reconhecimento Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa
ou registro dos atos constitutivos e jurídica ou cassada a autorização para seu
necessários ao seu funcionamento. funcionamento, ela subsistirá para os fins de
liquidação, até que esta se conclua.
§ 2º As disposições concernentes às
associações aplicam-se subsidiariamente § 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa
às sociedades que são objeto do Livro II da jurídica estiver inscrita, a averbação de sua
Parte Especial deste Código. dissolução.
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Parágrafo único. Para esse efeito, tem-
se como celebrado pelo representante o
negócio realizado por aquele em quem os
poderes houverem sido subestabelecidos.
Art. 118. O representante é obrigado a provar
às pessoas, com quem tratar em nome do
representado, a sua qualidade e a extensão
de seus poderes, sob pena de, não o fazendo,
responder pelos atos que a estes excederem.
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo
representante em conflito de interesses com
o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou.
Parágrafo único. É de cento e oitenta
dias, a contar da conclusão do negócio ou
da cessação da incapacidade, o prazo de
decadência para pleitear-se a anulação
prevista neste artigo.
Art. 120. Os requisitos e os efeitos da
representação legal são os estabelecidos nas
normas respectivas; os da representação
voluntária são os da Parte Especial deste Código.
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Os absolutamente incapazes devem ser representados (pelos pais, tutores ou curadores)
para que o negócio jurídico seja considerado válido, já que a validade do negócio jurídico
requer “agente capaz” (art. 104, CC), sendo nulo o negócio quando celebrado por pessoa
absolutamente incapaz (art. 166, I, CC).
Os relativamente incapazes devem ser assistidos (pelos pais, tutores ou curadores), já que é
anulável o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente (art. 171, I, CC).
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As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, porém, têm direito de regresso contra
os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Representação da Pessoa Jurídica: Em regra, a Pessoa Jurídica é representada pelos seus
administradores nomeados, nos limites dos poderes definidos no ato constitutivo (art. 47, CC).
Já se a Pessoa Jurídica tiver administração coletiva, as decisões serão tomadas por maioria
de votos dos presentes, salvo se houver disposição diversa no ato constitutivo. Essas decisões
tomadas pela maioria dos votos presentes podem ser anuladas no prazo decadencial de 3 anos
em caso de violação do estatuto ou lei, erro, dolo, simulação ou fraude.
Personalidade da Pessoa Jurídica: Assim como ocorre com as pessoas físicas, as pessoas
jurídicas também são dotadas de personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e deveres.
Início da Personalidade: “Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas
as alterações por que passar o ato constitutivo. Parágrafo único. Decai em três anos o direito
de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo,
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro”.
Fim da Personalidade (Extinção da Pessoa Jurídica): “Art. 51. Nos casos de dissolução da
pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de
liquidação, até que esta se conclua”.
2. Do Domicílio
Domicílio é o lugar em que as pessoas podem ser encontradas para os efeitos jurídicos. O CC
trata do domicílio das pessoas físicas e jurídicas do art. 70 ao art. 78.
Domicílio da Pessoa Natural: Segundo o art. 70 do CC “O domicílio da pessoa natural é o lugar
onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Entretanto, se ela tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas”.
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A pessoa natural pode ainda ter como domicilio o lugar onde exerça sua função profissional,
quanto às relações que dizem respeito à sua profissão. Se exercer sua função em lugares
diversos, cada um deles será considerado domicílio para fins profissionais.
A pessoa que não tem residência habitual (exemplo: ciganos, circenses, mendigos), terá como
domicílio o lugar onde for encontrada.
Domicílio Necessário: Algumas pessoas, em razão da situação ou condição que se encontram,
têm seu domicílio definidos pela lei:
Pessoa Domicílio
O incapaz → o do seu representante ou assistente.
o lugar em que exercer permanentemente
O servidor público →
suas funções.
onde servir e, sendo da Marinha ou da
O militar → Aeronáuica, a sede do comando a que se
encontrar imediatamente subordinado.
O maríimo → onde o navio esiver matriculado.
O preso → o lugar em que cumprir a sentença.
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Questões
1. (7844) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - AC | Caso o menor tenha dezesseis anos de idade
2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO completos, a cessação de sua incapacidade
| DAS PESSOAS - PESSOA JURÍDICA pode dar-se por sentença de juiz, ouvido o
tutor do menor.
Com relação às pessoas jurídicas, julgue os
itens subsequentes. ( ) Certo ( ) Errado
Os estados e os territórios têm por domicílio
as suas respectivas capitais. 5. (13652) DIREITO CIVIL | FCC | TRE - RN |
2011 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - PESSOA
( ) Certo ( ) Errado NATURAL
2. (13578) DIREITO CIVIL | CESPE | TRE - BA | João, casado com Dora, possui quatro filhos:
2010 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO Ana, Fábio, Douglas e Mônica. Ana possui
dezesseis anos e cinco meses; Fábio possui
Acerca da capacidade, do domicílio, da Lei dezenove anos, mas é pródigo; Douglas
de Introdução ao Código Civil, dos direitos possui vinte anos, mas é excepcional,
da personalidade e dos bens, julgue os itens sem desenvolvimento mental completo
que se seguem. e Mônica possui vinte e cinco anos, mas,
O servidor público tem domicílio necessário em razão de causa transitória, não pode
no lugar em que exercer permanentemente exprimir a sua vontade. Nesta família, são
as suas funções. incapazes, relativamente a certos atos, ou à
maneira de os exercer:
( ) Certo ( ) Errado
a) Ana, Fábio e Douglas.
b) Ana e Douglas.
3. (13577) DIREITO CIVIL | CESPE | TRE - BA | c) Ana, Fábio e Mônica.
2010 ASSUNTOS: DAS PESSOAS d) Fábio, Douglas e Mônica.
e) Ana, apenas.
Acerca da capacidade, do domicílio, da Lei
de Introdução ao Código Civil, dos direitos
6. (13618) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - RR |
da personalidade e dos bens, julgue os itens
2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - PESSOA
que se seguem.
NATURAL
Ainda que menor de dezoito anos, uma
pessoa estará habilitada à prática de todos A respeito da pessoa natural, julgue os itens
os atos da vida civil pela colação de grau em a seguir.
curso de ensino superior. Nos atos da vida civil, as pessoas
( )Certo ( ) Errado absolutamente incapazes serão
representadas.
4. (13596) DIREITO CIVIL | CESPE | ANAC | ( ) Certo ( ) Errado
2012 ASSUNTOS: CAPACIDADE CIVIL
De acordo com o Código Civil, julgue os
próximos itens, relativos à personalidade e
à capacidade jurídica.
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7. (13628) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - RR | IV os que, mesmo por causa transitória, não
2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO puderem exprimir sua vontade.
Acerca de domicílio, julgue os itens a seguir. V os pródigos.
O domicílio da pessoa natural é o local Estão certos apenas os itens:
onde ela se estabelece com ânimo de a) I, II, III e IV.
permanência. b) I, II, III e V.
( )Certo ( ) Errado c) I, II, IV e V.
d) I, III, IV e V.
e) II, III, IV e V.
8. (13595) DIREITO CIVIL | CESPE | ANAC |
2012 ASSUNTOS: CAPACIDADE CIVIL 11. (13629) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - RR |
De acordo com o Código Civil, julgue os 2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO
próximos itens, relativos à personalidade e Acerca de domicílio, julgue os itens a seguir.
à capacidade jurídica.
O domicílio do incapaz deve ser o mesmo
Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos do seu representante ou assistente.
e os que têm discernimento reduzido,
em decorrência de deficiência mental, ( ) Certo ( ) Errado
são absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil. 12. (7842) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - AC |
( ) Certo ( ) Errado 2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO
| DAS PESSOAS - PESSOA NATURAL
9. (13627) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - RR | No que diz respeito ao direito das pessoas
2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO naturais, conforme sua existência,
personalidade, capacidade, nome, estado,
Acerca de domicílio, julgue os itens a seguir. domicílio e direitos da personalidade, julgue
O domicílio da União é o Distrito Federal. os itens que se seguem.
( ) Certo ( ) Errado A pessoa natural poderá ter várias
residências, mas apenas um único domicílio.
10. (13687) DIREITO CIVIL | CESPE | CEF | ( ) Certo ( ) Errado
2010 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - PESSOA
NATURAL 13. (7845) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - AC |
A Lei n.º 10.406/2002, que instituiu o Código 2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - PESSOA
Civil, trata da capacidade civil das pessoas JURÍDICA
naturais. De acordo com esse código, são Com relação às pessoas jurídicas, julgue os
incapazes, relativamente a certos atos, ou à itens subsequentes.
maneira de os exercer,
A existência legal das pessoas jurídicas de
I os maiores de dezesseis e menores de direito privado se inicia com o exercício da
dezoito anos de idade. atividade.
II os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, ( ) Certo ( ) Errado
e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido.
III os excepcionais, sem desenvolvimento
mental completo.
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CEF ‒ Atendimento: Legislação ‒ Profª Tatiana Marcello
14. (13750) DIREITO CIVIL | FUNRIO | PRF | A legislação brasileira não admite que
2009 ASSUNTOS: DAS PESSOAS empresa com diversos escritórios de
administração em unidades diferentes da
Quanto à incapacidade, dispõe a Lei civil Federação tenha mais de um domicílio,
vigente que estão impossibilitados, por devendo ser eleito como domicílio o local
completo, de exercer pessoalmente os atos onde esteja instalado o escritório-sede da
da vida civil: empresa.
a) os que, mesmo por causa transitória, ( ) Certo ( ) Errado
não puderem exprimir sua vontade.
b) os excepcionais, sem desenvolvimento
mental completo. 16. (13566) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - DF |
c) os maiores de 18 anos. 2013 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - PESSOA
d) os pródigos. NATURAL
e) os maiores de 16 anos e os menores de Em relação a pessoas jurídicas, pessoas
18 anos. naturais e bens, julgue os itens a seguir.
15. (13612) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - RR | Os direitos da personalidade não se aplicam
2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO à pessoa jurídica.
| DAS PESSOAS - PESSOA JURÍDICA ( ) Certo ( ) Errado
Com relação às pessoas jurídicas, julgue os
próximos itens.
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