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Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
240112516553
DANIEL VASCONCELLOS
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Realidade Brasileira
Realidade Brasileira – Parte I
Daniel Vasconcellos
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Realidade Brasileira - Parte I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Formação do Brasil Contemporâneo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Da Independência à República. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2. Primeira República: Elite Agrária e a Política da Economia Cafeeira . . . . . . . 42
1.3. O Estado Getulista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
1.4. Democracia e Rupturas Democráticas na Segunda Metade do Século XX. . . 77
1.5 A Redemocratização e a Busca pela Estabilidade Econômica. . . . . . . . . . . . . 112
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
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Realidade Brasileira – Parte I
Daniel Vasconcellos
APRESENTAÇÃO
Olá, querido(a)! Seja muito bem-vindo (a).
Chegou mais uma oportunidade para conquistar o cargo que sonha. E olha, que
oportunidade! Sabe que falo do Concurso Nacional Unificado, o “concurso dos concursos”.
Sem perder tempo, porque sei da sua urgência, falemos um pouco sobre o Conteúdo
de Realidade Brasileira elencado no edital pela Fundação CESGRANRIO, conteúdo que
trabalharemos em três aulas:
Aula I:
1 Formação do Brasil contemporâneo: 1.1 Da independência à República. 1.2 Primeira República:
elite agrária e a política da economia cafeeira. 1.3 O Estado Getulista. 1.4 Democracia e
rupturas democráticas na segunda metade do século XX; 1.5 A redemocratização e a busca
pela estabilidade econômica.
Aula II:
2 História dos negros no Brasil: luta antirracista, conquistas legais e desafios atuais. 3 História
dos povos indígenas do Brasil: luta por direitos e desafios atuais. 4 Dinâmica social no Brasil:
estratificação, desigualdade e exclusão social. 5 Manifestações culturais, movimentos sociais
e garantia de diretos das minorias. 6 Desenvolvimento econômico, concentração da renda e
riqueza. 15 Estado Democrático de Direito: a Constituição de 1988 e a afirmação da cidadania.
Aula III:
7 Desenvolvimento sustentável e meio ambiente. 8 Biomas brasileiros: uso racional, conservação
e recuperação. 9 Matriz energética: fontes renováveis e não renováveis; mudança climática;
transição energética. 10 População: estrutura, composição e dinâmica. 11 Desenvolvimento
urbano brasileiro: redes urbanas; metropolização; crescimento das cidades e problemas urbanos.
12 Infraestrutura urbana e segregação socioespacial. 13 Desenvolvimento rural brasileiro:
estrutura e concentração fundiária; sistemas produtivos e relação de trabalho no campo. 14 A
inserção do Brasil no sistema internacional.
DICA
No conteúdo do edital que separei para essa primeira aula,
o foco da banca é na evolução da organização política,
na construção da cidadania, com grande enfoque na
Democracia. Para tanto, os aspectos econômicos e sociais
serão o contexto utilizado pelos examinadores para avaliar
suas habilidades e competências acerca destas temáticas.
Insisto: é muito importante que você saiba caracterizar as
formas de participação política e os percalços da evolução
democrática.
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A segunda aula terá foco nas desigualdades sociais, nas minorias e em movimentos
sociais. Note, inclusive, que o tópico “15” foi listado na segunda aula porque, didaticamente,
o Estado Democrático de Direito se relaciona melhor com essas temáticas. A terceira aula,
abordará o os aspectos geográficos listados pela CESGRANRIO: desenvolvimento sustentável,
demografia, urbanização, estrutura agrária e inserção do Brasil no sistema internacional.
No decorrer desta aula, acaso tenha alguma dúvida ou mesmo queira comentar algo,
me chame no Fórum. Prometo responder o mais rápido. Sei que dúvidas não resolvidas nos
deixam ansiosos.
Antes de seguirmos, peço que avalie nossas aulas. Seu feedback é muito importante
para que, aqui no GRAN, continuemos produzindo materiais que realmente lhe auxiliem na
conquista de sua independência financeira!
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cortes de Lisboa buscam diminuir o poder do Príncipe-Regente e, desse modo, pôr fim à
autonomia do Brasil.
Mas os portugueses não se deram por satisfeitos e exigiram o retorno de D. Pedro
a Portugal para “terminar seus estudos”. Na verdade, ainda acreditavam que poderiam
recolonizar o Brasil. Entretanto, em 9 de janeiro de 1822, um documento reuniu mais
de 8.000 assinaturas pedindo que D. Pedro não voltasse a Portugal. Esse episódio ficou
conhecido como Dia do Fico. Importante destacar que esse documento foi redigido por
Cipriano Barata, um dos envolvidos na Insurreição Pernambucana de 1817. Além disso, a
aristocracia rural de passou a apoiar a desobediência de D. Pedro para com Portugal.
Cedendo às pressões D. Pedro respondeu: “Como é para o bem de todos e felicidade
geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”.
Em algumas províncias brasileiras, os partidários dos portugueses não prestigiavam o
governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes, tentou
obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que
ocupavam o Campo de Santana.
Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses
demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio,
até então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. A princesa Dona Leopoldina
seria a regente durante a ausência do marido.
No mês de maio de 1822, o governo brasileiro estabeleceu que qualquer determinação
vinda de Portugal só poderia ser acatada após a aprovação de D. Pedro.
Na Bahia, desencadeava-se a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Em desespero,
as Cortes tomaram medidas radicais:
• declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no Brasil;
• o governo do príncipe foi declarado ilegal;
• o príncipe deveria regressar imediatamente a Portugal.
Diante da atitude da metrópole, o rompimento tornou-se inevitável. No dia 7 de setembro
de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu
os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador,
sujeito às autoridades das Cortes.
Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a
Portugal. Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os
brasileiros.
No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador
do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.
No plano internacional, para que o Brasil tivesse condições de estabelecer um Estado
autônomo e soberano, era indispensável que outras importantes nações reconhecessem
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Tratado de Paz e Aliança: o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois
milhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil. Além
disso, dom João VI, rei de Portugal, ainda preservaria o título de imperador do Brasil. Essa
última exigência, na verdade, manifestava o interesse que o monarca lusitano tinha em
reunificar os dois países em uma só coroa. O Brasil não tinha condições de pagar a pesada
indenização estabelecida pelo tratado de 1825. Nesse momento, os ingleses emprestaram
os recursos que asseguraram o pagamento deste valor. Na verdade, o dinheiro nem chegou
a sair da própria Inglaterra, já que os portugueses tinham que pagar uma dívida equivalente
aos mesmos credores.
001. (CESGRANRIO/IBGE/Historiador/2009)
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O autor declara que no Brasil não havia brasileiros, ou seja, a colônia não teria formado
ainda uma identidade nacional. Como a cidadania ainda era limitada por volta do ano da
Independência, de fato havia pouca liberdade e a propriedade privada era um privilégio das
elites portuguesas e seus descendentes. Por isso, a resposta em E diz respeito justamente
a esta carência ou exclusão.
Letra e.
CONSTITUIÇÃO DE 1824
D. Pedro precisou elaborar uma constituição para o país e, para isso, convocou uma
assembleia constituinte. Entretanto, diante da limitação de seu poder pela constituição
escrita pela assembleia, D. Pedro dissolve a assembleia constituinte e outorga a nossa
primeira Constituição em 1824.
Sua característica mais marcante é a existência da Divisão dos Três Poderes (Executivo,
Legislativo, Judiciário) de Montesquieu submetidos ao Poder Moderador que era exercido
pelo Imperador. Em outras palavras, D. Pedro criou uma fachada constitucionalista para
que exercesse o poder absolutista. Sempre que houvesse divergência entre os três poderes,
o Poder Moderador do Imperador era evocado, realizando sempre o desejo de D. Pedro.
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Essa traição aos princípios constitucionalistas levou à eclosão de uma revolta contra o
governo: a Confederação do Equador.
Outras características da constituição de 1824:
• Monarquia hereditária.
• Quatro poderes: Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e o Poder
Moderador.
• O Poder Moderador, exercido pelo imperador, lhe dava o direito de intervir nos demais
poderes, dissolver a assembleia legislativa, nomear senadores, sancionava e vetava
leis, nomeava ministros e magistrados, e os depunha.
• Poder Executivo: exercido pelo Imperador que, por sua vez, nomeava os presidentes
de províncias.
• Poder Legislativo: era composta pela Câmera dos Deputados e pelo Senado. Os
deputados eram eleitos por voto censitário e os senadores eram nomeados pelo
Imperador.
• Poder Judiciário: os juízes eram nomeados pelo Imperador. O cargo era vitalício e só
podiam ser suspensos por sentença ou pelo próprio Imperador.
• Direito ao voto: para homens livres, maiores de 25 anos, e renda anual de mais de
100 mil réis era permitido votar nas eleições primárias onde eram escolhidos aqueles
que votariam nos deputados e senadores.
• Por sua parte, para ser candidato nas eleições primárias, a renda subia a 200 mil reis
e excluía os libertos.Por fim, os candidatos a deputados e senadores deviam ter uma
renda superior a 400 mil réis, serem brasileiros e católicos.
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Uma vez que a igreja, no 1º reinado, era considerada “parte” do Estado, os registros paroquiais
serviram como base para a incipiente política de censo.
Letra b.
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Em 1829, após a derrota na II Guerra Cisplatina, a crise financeira que o país sofria
chegou ao ápice, ocasionando a desvalorização da moeda nacional e o fechamento do
Banco do Brasil.
Além de todo o contexto econômico, a Outorga da Constituição de 1824, centralizadora
e autoritária, foi considerada uma traição aos princípios constitucionalistas, o que levou à
eclosão de uma revolta contra o governo: a Confederação do Equador.
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POLÍTICA EXTERNA
Já lhe disse que a região da bacia do Rio Prata, na fronteira entre Brasil e Argentina, era
de grande importância estratégica no uso do transporte fluvial para o comércio.
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Oficialmente, Dom Pedro I alegava que aqueles territórios pertenciam à sua mãe, Carlota
Joaquina, irmã do rei Fernando VII da Espanha. Contudo, os habitantes locais contestavam
esta pretensão.
Além disso, boa parte da prata andina era escoada pelo estuário do Rio da Prata, o que,
para além dos interesses econômicos, seria uma solução para fortalecer autoridade do
imperador Dom Pedro I. Contudo, os enormes prejuízos financeiros e a economia brasileira
acabaram por enfraquecer ainda mais sua imagem.
Nem o Império do Brasil ou as Províncias Unidas do Rio da Prata (Argentina) ficaram com
a posse da Província da Cisplatina, uma vez que este território se tornou independente no
final do conflito, formando a Província Oriental del Río de la Plata, atual Uruguai.
O governo imperial decretou o recrutamento forçado para servir no exército e contratou
mercenários estrangeiros para a guerra. As forças imperiais contavam com cerca de 10.000
homens espalhados pela Província, dos quais a maioria era recrutada localmente e não
possuía preparo militar.
Enquanto isso, as forças das Províncias Unidas do Rio da Prata (províncias do vice-
reinado espanhol que formaram a Argentina) iniciaram as investidas com um exército de
pouco mais de 800 homens, sob o comando de Juan de las Heras, governador da Província
de Buenos Aires. Contudo, a população uruguaia aderiu maciçamente às Províncias Unidas,
fortalecendo seu exército e equiparando-o ao exército brasileiro.
Por outro lado, a Marinha do Brasil, era muito superior. Formada por cerca de 3 mil
marinheiros (1.200 mercenários ingleses, irlandeses e norte-americanos), a esquadra
imperial era composta por dezoito brigues, seis fragatas, e mais de vinte e cinco embarcações
menores. Já a Marinha de Buenos Aires contava com os brigues General Belgrano (14 canhões)
e General Balacre (14 canhões), as corvetas 25 de Mayo (28 canhões), Independencia (28
canhões) e Chacabuco (20 canhões), a frigata Buenos Aires e algumas canhoneiras.
Em função da pressão britânica e francesa para o fim do conflito, o Império do Brasil e
as Províncias Unidas do Rio da Prata assinaram a “Convenção Preliminar de Paz” em 27 de
agosto de 1828, no Rio de Janeiro, reconhecendo ainda a independência da recém criada
República Oriental do Uruguai.
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Durante o período regencial o Brasil passou por uma grave crise política e diversas
revoltas. A crise política ocorreu devido a disputa pelo controle do governo entre os seguintes
grupos políticos:
• Restauradores: defendiam a volta de D. Pedro I ao poder; caramurus
• Liberais Moderados: defendiam o voto só para os ricos e continuação da Monarquia;
chimangos
• Republicanos: pretendiam realizar reformas para melhorar a vida dos mais necessitados
e voto para todas as pessoas. Farroupilhas ou jurujubas.
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ser aumentada. Integrado por pequenos comerciantes e homens livres sem posses, esse
partido tinha uma relativa influência entre as camadas populares urbanas do território
nacional. Entre outras coisas, eles reivindicavam reformas políticas mais amplas, o fim do
Conselho de Estado e do Poder Moderador e, em alguns casos mais extremos, a criação de
uma República.
Ao longo do tempo, a hegemonia política exercida pelos liberais moderados acabou
dando origem a uma nova subdivisão que gerou os partidos regressista e progressista.
O primeiro tinha uma orientação mais conservadora, já os progressistas acreditavam na
necessidade de se fazer algumas concessões para os exaltados. De fato, esse diálogo com
os grupos mais liberais acabou estabelecendo a aprovação do Ato Adicional de 1834, que
deu maior liberdade às províncias.
Primeiro governo que sucedeu a queda do imperador Dom Pedro I, o período regencial
iniciou-se com a formação de dois governos trinos. O primeiro deles ficou conhecido como
Regência Trina Provisória, onde o calor das transformações políticas deu margem para a
formação improvisada de um novo governo.
Os moderados logo assumiram o poder com o intuito de frear as agitações políticas
da época. Inicialmente, o governo de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, José Joaquim
Carneiro de Campos e Francisco de Lima e Silva reintegraram o chamado “ministério dos
brasileiros” e anistiou os presos políticos. A Câmara dos Deputados teve seus poderes
ampliados, tendo o direito de interferir nas ações do governo regencial.
Atuando por breves dois meses, a Regência Trina Provisória deu condições para que um
novo governo fosse escolhido. Em 17 de junho de 1831, a assembleia promoveu um processo
de escolha da chamada Regência Trina Permanente.
004. (ESA/2007) Sobre os partidos políticos que dominaram o cenário político brasileiro na
primeira metade do século XIX, é correto afirmar que:
a) o Partido Restaurador se extinguiu após a morte de D. Pedro I, em 1834.
b) os Liberais Exaltados defendiam o governo monárquico no Brasil e a centralização do
poder.
c) o Partido Conservador era contrário ao ideário político liberalista – constituição e voto.
d) o Partido Brasileiro era favorável à abolição da escravatura.
e) os Liberais Moderados defendiam o federalismo.
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O Ato Adicional de 1834 determinou o fim do conselho de estado, a criação das Assembleias
Legislativas provinciais, a adoção da Regência Uma, maior autonomia das províncias e a
que o Rio de Janeiro se tornaria um município neutro.
Letra c.
REVOLTAS REGENCIAIS
Amigo(a), entenda que os movimentos sociais que ocorreram no Período Regencial,
tiveram entre uma de suas causas, o vazio de poder, essa falta da autoridade de um
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monarca. Isso fez com que as elites regionais, em várias regiões do país, se sentissem à
vontade para tentar mudar a ordem institucional nas suas áreas de influência.
Além disso, variadas circunstâncias, relacionadas à economia local ou à miséria da
população, fizeram com que houvesse uma mobilização no sentido de contestar a centralização
político-administrativa das regências, extremamente autoritárias.
Como tenho ciência das preferências da banca, elenco algumas revoltas mais cobradas
com um resumo suficiente para que gabarite as questões.
O nome atribuído à revolta, Sabinada, remete ao nome de seu principal líder, Sabino
Barroso, um jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. Ocorrida em Salvador,
na Bahia, a revolta tinha uma boa base de apoio, especialmente entre as classes médias e
comerciantes de Salvador, que já apresentavam ideias federalistas e republicanas.
O movimento separou os escravos entre nacionais – nascidos no Brasil – e estrangeiros
– nascidos em África – e buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta
tivesse sucesso e a tomado do poder se concretizasse, os escravizados nacionais que tivessem
pegado em armas seriam libertados. Mas, as forças governamentais logo recuperaram a
cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes.
A Balaiada foi uma revolta ocorrida no Maranhão, iniciada por conta de disputas entre
as elites locais. Em uma área ao sul do Maranhão, com pequenos produtores de algodão e
criadores de gado. Os revoltosos tiveram como líderes Raimundo Gomes e Francisco dos Anjos
Ferreira, um vendedor de balaios. É de seu ofício que vem o nome de revolta maranhense.
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Enquanto Ferreira tinha uma motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha
violentada por um capitão da polícia, Cosme, um outro líder, apareceu à frente de três mil
escravos fugidos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudavam a Igreja Católica, a
Constituição e D. Pedro II e não apresentavam grandes preocupações sociais ou econômicas.
Logo foram derrotados, em meados de 1840, pelas tropas do governo. O líder Cosme foi
enforcado em 1842 enquanto a anistia aos revoltosos esteve condicionada à reescravização
dos negros rebeldes.
A revolta se encerrou com um saldo de cerca de 30.000 mortos.
A Guarda Nacional foi uma força militar organizada no Brasil em agosto de 1831, durante o
período regencial, e desmobilizada em setembro de 1922. Sua criação se deu por meio da lei de
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18 de agosto de 1831 que “cria as Guardas Nacionais e extingue os corpos de milícias, guardas
municipais e ordenanças”. Diz a referida lei, em seu art 1º, que “As Guardas Nacionais são
criadas para defender a Constituição, a liberdade, Independência, e Integridade do Império;
para manter a obediência e a tranquilidade pública; e auxiliar o Exército de Linha na defesa das
fronteiras e costas”, tendo como fundamento o artigo 145 da Constituição de 1824: “Todos
os Brasileiros são obrigados a pegar em armas, para sustentar a Independência, e integridade
do Império, e defendê-lo dos seus inimigos externos, ou internos”. Em setembro de 1850,
por meio da Lei n. 602, a Guarda Nacional foi reorganizada e manteve suas competências
subordinadas ao Ministro da Justiça e aos presidentes de província. Em 1873, ocorreu nova
reforma que diminuiu a importância da instituição em relação ao Exército Brasileiro. Com
o advento da República, a Guarda Nacional foi transferida em 1892 para o Ministério da
Justiça e Negócios Interiores. Em 1918, passou a Guarda Nacional a ser subordinada ao
Exército Brasileiro, sendo incorporada como exército de 2ª linha, acabando diluída.
Para ilustrar o quanto o período regencial foi cheio de instabilidades políticas, listei as
principais revoltas. No entanto, tenha em mente que as revoltas que lhe expliquei acima
são as que deve se preocupar.
• Revolta do Lavradio, em Minas Gerais 1836.
• Balaiada, no Maranhão, 1838–1841.
• Cabanada, em Pernambuco, 1832-1835.
• Cabanagem, no Pará, 1835-1840.
• Carneiradas, em Pernambuco, 1834-1835.
• Federação do Guanais, na Bahia, 1832-1833.
• Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1835–1845.
• Insurreição do Crato, no Ceará, 1832.
• Mata-Maroto, na Bahia.
• Motins em Pernambuco, de 1831 a 1834.
• Abrilada, de 1832.
• Setembrada, de 1831.
• Novembrada, de 1831.
• Revolta do Ano da Fumaça, em Minas Gerais, 1833
• Revolta de Carrancas, em Minas Gerais, 1833
• Revolta de Manuel Congo, no Rio de Janeiro
• Revolta dos Malês, na Bahia.
• Rusgas, no Mato Grosso, 1834.
• Sabinada, na Bahia, 1837 – 1838.
• Setembrada, no Maranhão, em 1831.
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Note que não foram poucas as revoltas no período. O país foi sacudido pela insatisfação
da população ante aos constantes aumentos de impostos e ao autoritarismo dos governos
regenciais, que indicavam governadores totalmente desvinculados das realidades regionais.
( ) Instrumento usado para frear a autonomia das províncias, de acordo com os ideais
conservadores.
( ) Instrumento forjado para ampliar o poder legislativo local, por meio da criação das
Assembleias Provinciais.
( ) Instrumento estabelecido para manter a ordem interna, com potencial uso coercitivo
para repressão das revoltas.
( ) Instrumento utilizado para fortalecer os proprietários rurais provinciais, que elegiam
a autoridade judiciária do município.
A Guarda Nacional era uma instituição de uso coercitivo da força para a manutenção da
ordem. O Código de Processo Criminal dava poderes aos latifundiários, na medida em que
poderiam eleger os representantes do judiciário para defesa de seus interesses. O Ato
Adicional de 1834 dava maior autonomia às províncias e a Lei Interpretativa do Ato Adicional
retirava essa autonomia concedida às províncias.
Letra c.
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007. (CESGRANRIO/IBGE/Historiador/2009)
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ECONOMIA
Estimado(a), o Café foi de importância indiscutível para o crescimento e desenvolvimento,
tanto econômico, como agrícola no Brasil.
Iniciado seu cultivo já no final do século XVIII, nas terras do Vale do Paraíba, no Rio de
Janeiro, esta cultura foi seguindo para São Paulo e Minas Gerais, até descer e descobrir as
férteis terras de solo roxo do norte do Paraná, no final do século XIX, seja pelo consequente
esgotamento das terras no sudeste do País, seja pelo anseio natural dos fazendeiros em
expandir suas plantações para mais a oeste de São Paulo.
A história do ciclo do café no Brasil começou com o contrabando de grãos da Guiana
Francesa. Quem introduziu o cultivo no país foi o Francisco de Melo Palheta, um militar luso-
brasileiro. O café e seus derivados seriam os principais produtos brasileiros de exportação
durante quase 100 anos e seu ciclo ajudou no desenvolvimento do Brasil em diversos prismas,
com ênfase na urbanização dos grandes centros econômicos.
A maior parte do ciclo do café ocorreu na economia brasileira entre os anos de 1800
e 1930. Nota-se a importância do produto pela quantidade de tempo de predominou na
economia brasileira. Compreendido entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, o Vale do
Paraíba tinha ótimas condições geográficas como regularidade de chuvas e clima adequado
para o cultivo do café.
Para escoar a produção, várias estradas férreas foram construídas. Nesse sentido,
merece destaque a Estrada União e Indústria, a primeira da América Latina de rodagem
macadamizada, construída em 1861.
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Atenção! Duas das alternativas listam informações sobre a Lei de Terras de 1850. A afirmativa
“c” está errada porque não tornou ilegal a aquisição de terras devolutas que não fosse
de sesmaria. O que a Lei exigiu foi o registro de sua ocupação. Apesar de a Lei de Terras
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POLÍTICA EXTERNA
Quanto à política externa, o Brasil, que, por sua extensão territorial, já usufruía de posição
privilegiada no continente sul-americano, procurou, ao longo do reinado do imperador Dom
Pedro II, desempenhar agressiva política a fim de evitar o fortalecimento de outras nações
que ameaçassem sua posição hegemônica. Além disso, procurou expressar sua vontade de
assumir uma posição “autônoma” em relação à Inglaterra.
Durante toda a primeira metade do século passado, a Inglaterra, importante produtora
de gêneros industrializados, buscava ampliar seu mercado consumidor. O país acreditava
que essa ampliação dependia da abolição do trabalho escravo no continente americano.
Portanto, desde a chegada de D. João VI ao Brasil – que foi auxiliada pela Coroa britânica
– as autoridades inglesas pressionavam o governo brasileiro a abolir a escravidão. Tal
demanda se chocava com os interesses dos grandes proprietários rurais brasileiros. Os
ingleses acreditavam que a abolição deveria ocorrer de forma lenta e gradual: iniciaria pela
extinção do tráfico negreiro, principal meio de abastecimento de mão de obra escrava em
uma população cujo crescimento natural não era suficiente para a sua reposição.
Devido aos adiamentos da decisão do governo imperial, as autoridades britânicas
resolveram intervir: decretaram a lei Bill Aberdeen, dispositivo que permitia aos ingleses
aprisionar navios que estivessem transportando africanos para o Brasil, apreender a carga
e julgar a tripulação por crime. Algumas apreensões foram feitas, o que abalou as relações
entre Brasil e Inglaterra.
QUESTÃO CHRISTIE
Outro episódio marcante no relacionamento entre os dois países foi a chamada Questão
Christie. Em 1861, um navio inglês, o Príncipe de Gales, naufragou nas costas do Rio Grande
do Sul e sua carga foi pilhada por brasileiros. William Christie, representante inglês no Brasil,
exigiu uma indenização de 3.200 libras, o que desagradou o governo imperial.
Para agravar ainda mais a situação, pouco depois, três oficiais da marinha inglesa, à
paisana e completamente embriagados, foram presos pela polícia do Rio de Janeiro por
provocarem desordens. Christie exigiu a imediata libertação dos oficiais ingleses, além da
punição dos responsáveis pela prisão.
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GUERRA DO PRATA
A Guerra contra Oribe e Rosas ou também conhecida como Guerra do Prata aconteceu
entre 1851 e 1852 na região do rio do Prata, um estuário criado pelos rios Paraná e Uruguai.
O Brasil já havia lutado anteriormente na Guerra da Cisplatina (1825-1828) contra as
Províncias Unidas do Rio da Prata que resultou na criação do Uruguai.
O primeiro personagem dessa guerra, que inclusive dá nome ao conflito, é Juan Manuel
de Rosas. Eleito o governador de Buenos Aires, uma das províncias mais ricas e populosas
da Argentina, ainda contava com um importante porto na época. Seu governo era o de
ditatorial, caracterizado pela corrupção e resultando em uma emigração em massa de 14
mil opositores.
Os planos de Rosas eram audaciosos: queria recriar o antigo Vice-Reinado do Prata, que
abrangia territórios do Uruguai, Paraguai e Bolívia e garantir que a Argentina se tornasse
a principal potência da América do Sul.
Quanto ao Paraguai, Rosas logo resolveu este problema. Este país declarou sua
independência em 1811, mas nenhum outro o reconheceu. O ditador paraguaio José
Gaspar Rodríguez de Francia isolou o país, evitando contatos com o exterior e possíveis
ações diplomáticas. Quando este morreu, Carlos Antonio López o sucedeu e abriu as suas
portas para a Argentina assinando dois tratados. Porém, como o ditador Rosas não estava
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A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador
paraguaio, Francisco Solano Lopes. Ele tinha como objetivo principal aumentar o território
do seu país e, assim, obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do
Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações
brasileiras, que se dirigiam ao Mato Grosso através da capital paraguaia.
Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa
brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e,
após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através
do território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul. Mas, para
atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, Solano invadiu e tomou Corrientes,
província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.
Decididos a acabar com as ameaças e o domínio do ditador Solano Lopes, Argentina,
Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1º de maio de 1865, através do acordo conhecido
como Tríplice Aliança. A partir daí os três países lutaram juntos para deter o Paraguai, que
foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana.
Esta guerra durou seis anos. Contudo, já no terceiro ano, o Brasil viu-se em grande
dificuldade no que se refere a organização das suas tropas pois, além do inimigo, os soldados
brasileiros tinham que lutar contra a falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as
epidemias de várias doenças contagiosas.
Diante deste quadro, Caxias foi novamente chamado, desta vez para liderar o exército
brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou inúmeras vitórias até
chegar a Assunção, no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada
pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II).
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Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso,
era um país independente das nações europeias. Para a Inglaterra, este país era um exemplo
que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente
dependentes do império inglês. Foi por isso que os ingleses ficaram ao lado dos países da
Tríplice Aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a
Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina.
Em 1869, tropas brasileiras tomaram a cidade de Assunção, capital do Paraguai, mas o
presidente do país conseguiu fugir. O genro do imperador, o Conde D’Eu, assumiu o comando
das forças brasileiras e saiu em perseguição ao presidente paraguaio, vencendo-o na batalha
de Cerro Corá, na qual Solano López morreu. Por fim, no ano de 1870, a guerra chegou ao
seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.
Como consequência da derrota, a indústria paraguaia ficou arrasada. O Paraguai
nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento industrial e
econômico. Pelo contrário, passa até hoje por dificuldades políticas e econômicas. Cerca de
70% da população paraguaia morreu durante o conflito, sendo que a maioria dos mortos
eram homens.
Embora tenha saído vitorioso, o Brasil também sofreu grandes prejuízos financeiros com
o conflito. Os elevados gastos da guerra foram custeados com empréstimos estrangeiros,
fazendo com que aumentasse a dívida externa brasileira e sua dependência em relação
a países ricos como, por exemplo, a Inglaterra.
Com a guerra, o Exército brasileiro ficou fortalecido no aspecto bélico, pois ganhou
experiência e passou por um processo de modernização. Houve também um importante
aumento de sua relevância institucional. Do ponto de vista político, o Exército brasileiro
também saiu fortalecido e passou a ser um importante força no cenário político nacional.
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de classe. POMER, Léon. América latina: seus aspectos, sua história, seus problemas. Rio de
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1984, p. 12.
III. (...) para Solano López [a guerra] era a oportunidade de colocar o seu país como potência
regional e ter acesso ao mar pelo porto de Montevidéu, graças a uma aliança com os blancos
uruguaios e os federalistas argentinos representados por Urquiza. DORATIOTO, Francisco.
Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras,
2002, p. 96.
A respeito das diferentes interpretações da Guerra do Paraguai contidas nos trechos acima,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
A afirmativa I faz uma descrição dos interesses econômicos do Paraguai e suas pretensões
beligerantes. Não faz um estereótipo de Solano Lopez.
A afirmativa II descreve a visão da burguesia europeia a respeito do desenvolvimento
econômico do Paraguai, uma ameaça a hegemonia industrial europeia.
A afirmativa III mostra os interesses do Paraguai em se tornar uma potência regional.
Assim, a única alternativa que relaciona corretamente as afirmações é a letra “e”.
Letra e.
IMIGRAÇÃO EUROPEIA
Como vimos, num primeiro instante, o crescimento das exportações de café determinou
um impressionante aumento no tráfico de escravos. Contudo, na metade do século XIX,
esse episódio se interrompeu com a proibição do tráfico negreiro.
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Além disso, havia grande influência cientificista sobre os pensadores brasileiro. Alguns
destes creditavam o atraso brasileiro à miscigenação. Assim, acreditavam que era
necessário “embranquecer” a população, trazendo imigrantes europeus de “gene superior”.
Nesse novo contexto, os prósperos fazendeiros paulistas tomaram as primeiras iniciativas
visando à substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre. A elite de cafeicultores
paulistas adotou uma política oficial de incentivo à imigração europeia e fizeram as primeiras
experiências de introdução do trabalho assalariado nas lavouras.
Dois foram os sistemas usados no Brasil para desenvolver o trabalho dos imigrantes:
• Parceria: O sistema de parceria foi utilizado principalmente em meados do século 19.
Por meio desse sistema os fazendeiros cediam terras para os imigrantes plantarem. Mas
os imigrantes deveriam dividir os lucros com a venda do café e de outros produtos. Os
imigrantes não podiam deixar as fazendas enquanto não pagassem todas as dívidas.
• Colonato: No sistema de colonato, a remuneração podia ocorrer de duas formas: por
tarefa ou por produção. Os imigrantes recebiam pequenos salários. Além do salário,
os imigrantes podiam usar parte das terras para plantar alimentos para o consumo
próprio.
Se o regime de colonato despertava o interesse e a preferência do imigrante, ele era
também muito vantajoso para os fazendeiros. De fato, os fazendeiros encontraram um
meio excepcional para expandir a cafeicultura, com o mínimo de dispêndio.
Devido à existência de terras devolutas, ainda virgens e em boa quantidade, o seu
preço era relativamente baixo para as posses dos grandes fazendeiros, que as adquiriam
com facilidade. Para o seu desmatamento, contratavam trabalhadores brasileiros - os
“camaradas”, aos quais pagavam por empreita. Em seguida, os colonos eram aí introduzidos
para formar o cafezal, que, ao fim de quatro anos, já dava as primeiras colheitas. Como os
colonos produziam os seus próprios meios de subsistência, a despesa, para o fazendeiro,
era ínfima.
Com o tempo, surgiram os “empreiteiros do café”, que passaram a empresariar a
formação do cafezal nessa mesma base.
Desse modo, os cafeicultores paulistas tornaram-se produtores de café e produtores
de fazendas de café. À medida que se multiplicavam as fazendas de café, as terras iam se
valorizando, tornando-se cada vez mais inacessíveis às pessoas de baixa renda. Ao mesmo
tempo, quanto mais fazendas eram criadas, mais trabalhadores eram necessários, o que,
enfim, estimulava ainda mais a imigração. Como resultado importante do processo, a
entrada maciça de imigrantes favoreceu a constituição do mercado de trabalho, sem o
qual não há capitalismo.
Em consequência, no regime de colonato não era o fazendeiro quem pagava ao trabalhador
pela formação do cafezal. Era o trabalhador quem pagava com cafezal ao fazendeiro o
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PORTINARI, Candido Torquato. Café – 1935. Disponível em: <portaldoprofessor.nse.gov.br>. Acesso em: 06
dez. 2013.
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Note que o enunciado destaca que o “contingente de trabalhadores brasileiros natos era
uma reserva potencial e não real”. Isso se deve porque os libertos não tinham conhecimento
técnico para o plantio e colheita do café e nem experiência com trabalho assalariado como
tinham os imigrantes europeus.
Letra c.
Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam
livres. Excetuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço de embarcações pertencentes a país,
onde a escravidão é permitida, enquanto empregados no serviço das mesmas embarcações. 2º
Os que fugirem do território, ou embarcação estrangeira, os quais serão entregues aos senhores
que os reclamarem, e reexportados para fora do Brasil.
Art. 2º Os importadores de escravos no Brasil incorrerão na pena corporal do art. 179 do Código
Criminal imposta aos que reduzem à escravidão pessoas livres, e na multa de 200$000 por cabeça
de cada um dos escravos importados. Art. 5º. Todo aquele, que der notícia, fornecer os meios
de se apreender qualquer número de pessoas importadas como escravos, ou sem ter precedido
denúncia ou mandado judicial, fizer qualquer apreensão desta natureza, ou que perante o Juiz de
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Paz, ou qualquer autoridade local, der notícia do desembarque de pessoas livres, como escravos,
por tal maneira que sejam apreendidos, receberá da Fazenda Publica a quantia de trinta mil réis
por pessoa apreendida.
O governo brasileiro se esforçou por quase cinco anos para aplicá-la, mas depois passou
a ser “lei para inglês ver”. Ao contrário do que é afirmado de forma costumeira, a lei
não foi promulgada devido à pressão inglesa. Foi promulgada exatamente como resposta
contrária à pressão inglesa, exercida por meio de tratado: o Legislativo queria mostrar
que não agia sobre pressão do tratado com os ingleses e promulgou uma lei mais rigorosa
que este. Somente com a Lei Eusébio de Queirós, de 1850, o tráfico negreiro passou a ser
efetivamente combatido pelo Império Brasileiro.
Internamente, crescia o movimento abolicionista. Ao longo do Segundo Reinado,
paulatinamente, leis foram sendo criadas devido a pressão interna e externa. Veja as leis
abolicionistas:
Nome: Lei Feijó (Lei pra inglês ver)
• Data: novembro de 1831
• O que previa: proibia o tráfico negreiro para o Brasil, declarando livres os escravos
que aqui chegassem e punindo severamente os importadores. Na prática, a lei foi
uma mera satisfação à pressão dos ingleses pelo fim da escravidão já que o governo
não se empenhou em fiscalizar e punir. Isso só viria a acontecer de fato a partir de
1850 com a lei Eusébio de Queirós.
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Muito fácil! Listei, inclusive, os parágrafos da Lei Feijó no corpo do texto sobre a Questão
Abolicionista. Tenha em mente que você deverá saber identificar cada uma das leis
abolicionistas. Na seção Mapas Mentais, encontrará uma tabela resumindo essas leis.
Letra b.
QUESTÃO RELIGIOSA
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e de Belém, resolveram seguir as ordens do Papa Pio IX, o imperador ordenou que fossem
presos. Foram libertos em 1875, mas já estava feito o estrago a imagem do Império.
Hoje, meios de comunicação e redes sociais são utilizados por lideranças políticas para
propagar seus ideais e valores. No entanto, no século XIX, era a Igreja Católica a instituição
responsável por “fazer propaganda” para a monarquia brasileira. Entretanto, diante da
ruptura, todo o clero da Igreja começou a fazer propaganda contrária a D. Pedro II,
fazendo com que a população criasse um sentimento de aversão ao imperador e tudo que
a monarquia representava.
Para resumir: a ruptura com a Igreja fez com que o Império perdesse seu apoio
ideológico.
QUESTÃO MILITAR
Como vimos, a Guerra do Paraguai (1864-1870) foi o maior conflito armado internacional
ocorrido na América do Sul. O Paraguai foi destruído pela Tríplice Aliança, composta por
Brasil, Argentina e Uruguai.
A principal instituição brasileira responsável pela vitória na guerra foi o Exército. Contudo,
era a marinha quem recebia as maiores verbas e privilégios do governo. Isso despertou um
sentimento de despeito por parte do alto escalão do exército brasileiro.
Além disso, em 1883, aumentou a oposição entre governo e exército. Oficiais ficaram
extremamente insatisfeitos em função do projeto de revisão da aposentadoria dos militares.
Soma-se a isso, a influência da Escola Militar, em que as ideias do positivismo de
Auguste Comte ganhavam adeptos. Sobre o positivismo, estudaremos seus detalhes mais
adiante. De acordo com essa corrente filosófica, uma República forte, centralizada e
orientada por princípios racionais, representava o melhor dos sistemas de governo a
ser seguido. Além da Escola Militar, muitos chefes militares passaram a fazer campanha
contra o Império através de jornais.
Assim, diante dos boatos de que o visconde de Ouro Preto, chefe do gabinete de governo,
pretendia dissolver o Exército, nos dias 14 e 15 de novembro, um grupo de militares liderado
por Marechal Deodoro impôs o golpe a Dom Pedro II. Estava proclamada a República.
Durante o processo de tomada do poder, a população sequer entendeu o que estava
acontecendo, levando o ex-político e jornalista, Aristides Lobo, que “o povo assistiu àquilo
bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava, muitos acreditaram
seriamente estar vendo uma parada.”
Resumindo: O império, que já havia perdido seu sustentáculo ideológico e econômico,
agora perdia sua base de apoio militar.
A República proclamada em 1889, de início, foi governada por Militares, no que se
convencionou chamar de República de Espada (1889-1894). O governo dos marechais deu
lugar ao governo civil a partir de 1894, iniciando o que chamamos República Oligárquica.
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013. (CESGRANRIO/IBGE/Historiador/2009)
O artigo de Aristides Lobo, publicado em forma de carta no “Diário Popular”, descreve como
o povo do Rio de Janeiro assistiu à Proclamação da República pelo marechal Deodoro –
bestializado, como se presenciasse uma parada militar. O artigo foi escrito na própria tarde
de 15 de novembro de 1889 e veio à luz na edição do dia 18. Em tempo: Aristides Lobo era
republicano.
Letra a.
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CORONELISMO
Para que a política dos governadores funcionasse, era preciso a garantia dos votos
necessários. Nesse sentido, poder político local era exercido por um coronel. Apesar da
patente no nome, não era um militar. Tratava-se de um mandatário, geralmente um grande
proprietário de terras, que controlava a dinâmica política na sua região em função da
dependência econômica da população local.
A economia local era altamente dependente da atividade do coronel, que obrigava seus
“dependentes” a votarem nos candidatos que ele indicasse. É própria das pequenas cidades
do interior e configura uma forma de mandonismo em que uma elite, personificada pelo
proprietário rural, controla os meios de produção, detendo o poder econômico, social e
político local. O coronelismo foi a base de toda a estrutura que garantia a manutenção das
elites agrárias no governo da República.
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014. (CESGRANRIO/IBGE/Historiador/2009)
O item C está de acordo com o gabarito da banca. Ele corretamente identifica o coronelismo
como um fenômeno edificado na confluência da implantação do federalismo, na conjuntura
de crise do trabalho escravo e da Proclamação da República. Esses fatores históricos
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O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários, não concordava com o fato de os
habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas.
Afirmavam também que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia, que havia sido
substituída pela República em 1889.
Antônio Conselheiro, por sua vez, defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário
ao casamento civil. Ele afirmava ter sido enviado por Deus para liderar o movimento contra
as diferenças e injustiças sociais. Era também um crítico do sistema republicano, na forma
como funcionava no período. Essa liderança de cunho religioso entrou para a história com
o nome de messianismo.
Nenhuma das três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de
Canudos foi bem-sucedida. Os sertanejos e jagunços armaram-se e resistiram bravamente
contra os militares. Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas
federais, conseguindo com isso, que militares de várias regiões do Brasil, usando armas
pesadas, fossem enviados para o sertão baiano. O arraial foi massacrado de forma brutal:
crianças, mulheres e idosos foram mortos sem distinção. Uma vez controlado o movimento,
Antônio Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.
A Guerra de Canudos serviu para mostrar que, apesar de marginalizadas, as populações
do sertão nordestino do final do século XIX não aceitavam a situação de injustiça social
que grassava na região. Embora derrotado, este movimento ficou conhecido, na História
do Brasil, como um marco de luta e resistência social.
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A obra mais importante do escritor citado e as ideias que dominavam no debate das
Universidades e salões da Europa, frequentados pelos filhos da aristocracia, no período
mencionado, são, respectivamente,
a) Os Sertões – ideias liberais.
b) Vidas Secas – ideias marxistas.
c) Raízes do Brasil – ideias nazifascistas.
d) Grande Sertão Veredas – ideias totalitárias.
e) Casa Grande e Senzala – ideias neoliberais.
Os Sertões é uma obra dividida em três partes: a terra (em que descreve o bioma da
caatinga), o homem (em que argumenta um determinismo geográfico para justificar a força
do homem da região) e A Luta (descrição do conflito em Canudos).
Letra a.
Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre
outubro de 1912 e agosto de 1916. Assim como Canudos, também foi um movimento
messiânico. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares
dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos
ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por
uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis da região e do governo. Para a
construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas
terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram
sem terras para trabalhar.
Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de
pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida
para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação.
Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores
que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram
desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por
parte da empresa norte-americana ou do governo.
Diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este
pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em
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paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares
de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de
espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças
oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na
maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender
Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado
a trinta anos de prisão.
A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam
as questões sociais no início da República. Os interesses financeiros de grandes empresas
e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre.
Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia
organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis,
combatiam os movimentos com repressão e força militar.
A chamada “Revolta da Vacina” foi uma insurreição popular ocorrida no Rio de Janeiro
em 1904. A revolta ocorreu como uma reação popular à campanha da vacinação obrigatória
contra a varíola, posta em prática pelo sanitarista Oswaldo Cruz. A causa principal da Revolta
da Vacina foi, sobretudo, o modo como foi implantada a campanha da vacinação obrigatória.
A campanha em si foi idealizada pelo sanitarista Oswaldo Cruz, que foi empossado
Diretor Nacional de Saúde Pública, no Rio de Janeiro, na época capital federal. Isto foi feito
a mando do Presidente Rodrigues Alves, como parte de uma série de reformas e projetos
de urbanização idealizados pela presidência, entre elas a demolição de cortiços e favelas
e de boa parte das construções antigas do centro do Rio, e a criação das brigadas de mata-
mosquitos, destinadas a combater as principais doenças epidêmicas transmitidas pelo
inseto, como a malária e a febre amarela.
Antes da realização da campanha, as outras reformas do presidente já se mostravam
impopulares, pois deslocaram uma parte substancial da população com suas reformas
urbanas, e já havia implantado as brigadas mata-mosquito de forma truculenta, entrando
à força nas casas se necessário, e frequentemente escoltadas por policiais ou militares.
A revolta começou quando, estando boa parte da cidade em ruínas em razão da demolição
dos cortiços e outras construções antigas do centro, e a população revoltada com a maneira
que o governo tinha implantado os mata-mosquitos, se anunciou que seriam criadas mais
brigadas para promover uma vacinação obrigatória geral, e que essas brigadas tinham
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autorização para entrar nas casas à força e igualmente a força deter e vacinar quaisquer
de seus habitantes, conforme fosse necessário.
No dia seguinte ao dia da aprovação da Lei da Vacina Obrigatória, 5 de novembro de
1904, os que se opunham à vacinação obrigatória se organizaram fundando a Liga Contra a
Vacina Obrigatória, para protestar contra as medidas do governo. No dia 10 de novembro,
percebendo que o governo pretendia continuar com as mesmas práticas a despeito da
revolta da população, estourou a insurreição.
A revolta em si durou apenas 6 dias, do dia 10 de novembro ao dia 16 de novembro.
Durante esse período, foram saqueadas lojas e prédios públicos, suas fachadas apedrejadas,
bondes queimados, trilhos arrancados, barricadas, tiroteios nas ruas entre a polícia e os
manifestantes, o que tornava o aspecto do centro do Rio, já com aparência de canteiro de
obras, o de uma praça de guerra.
No dia 14 a revolta chegou ao seu ápice, pois receberam o apoio dos militares da Escola
de Cadetes da Praia Vermelha. No último dia o governo fingiu ceder para acalmar a revolta,
e suspendeu temporariamente as brigadas de vacinação, ao mesmo tempo que declarou
estado de sítio e cercou o Rio de Janeiro de tropas. As tropas adentraram a cidade no dia
17 de novembro, e prenderam a maior parte dos revoltosos, dos quais alguns foram presos
e outros deportados para o Acre. Assim que a cidade foi considerada segura, o governo
voltou atrás e continuou com a campanha como previsto.
A falta de divulgação da natureza da vacina e seus efeitos benéficos, em conjunto com
a truculência das autoridades e do clima de tensão social causado pelas outras reformas
pelas quais passava a capital, foram as principais razões pelas quais uma insurreição dessas
proporções não pôde ser evitada. Apesar da revolta, a campanha foi um absoluto sucesso
em seus objetivos, e dentro de poucos anos a varíola estava completamente erradicada
no Rio de Janeiro, momento no qual o programa foi sendo lentamente expandido até a
erradicação completa da varíola no Brasil na década de 1970.
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A vacinação proposta por Oswaldo Cruz visava à erradicação de uma doença que volta,
efetivamente, a ameaçar a saúde da população brasileira nos dias atuais.
Qual é essa doença?
a) Sarampo
b) Catapora
c) Poliomielite
d) Tuberculose
e) Febre amarela
Atenção. A Revolta da Vacina visava erradicar a varíola. No entanto, Oswaldo Cruz também
enviou projeto ao Congresso pela obrigatoriedade da vacinação contra a Febre Amarela.
Outra dica do enunciado: das doenças listadas, somente a febre amarela é transmitida
pela picada de mosquitos.
Letra e.
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MOVIMENTO OPERÁRIO
Uma das consequências da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi a necessidade de
o país substituir as importações pela produção industrial nacional. Já que as potências
industriais que forneciam para o mercado brasileiro estavam com suas economias voltadas
para os esforços de guerra, o Brasil foi obrigado a promover um breve surto industrializante.
O capital veio do café, do seu acúmulo em instituições financeiras que financiaram
indústrias têxteis e de laticínios. Já a mão de obra foi imigrante. Desde o século XIX havia
uma política de incentivo a imigração europeia. Os objetivos eram trazer mão de obra
especializada em substituição à mão de obra escrava “desqualificada” e embranquecer
a população com o predomínio genético branco ao longo das gerações. Pode-se dizer que
isso foi um “tiro no pé”, porque os imigrantes italianos, alemães, espanhóis... tinham, além
da experiência do trabalho assalariado no campo e nas indústrias, a experiência na luta
operária, trazendo ideologias como o socialismo, o anarquismo e o comunismo.
O ápice do movimento operário aconteceu entre 1917 e 1920, sendo tratada pelo
presidente Washington Luís (1926-1930) como “caso de polícia”. Sem dúvidas a mobilização
mais marcante foi a Greve Geral de 1917. Operários e comerciantes pararam São Paulo
nos meses de junho e julho, exigindo melhores condições de trabalho e aumento salarial.
Depois de cinco dias, suas reivindicações foram atendidas.
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TENENTISMO
Durante a década de 1920, militares de média patente começaram a se organizar
contra a imoralidade da política dos governadores e do coronelismo.
Em 5 de julho de 1922, em um episódio que entrou para a história como os “18 do Forte
de Copacabana”, o tenente Siqueira Campos e um grupo de militares rebeldes pegaram
armas e marcharam as ruas em direção ao Palácio do Catete (sede do governo federal).
Alguns militares desistiram ao longo da caminhada, restando apenas 17 que receberam
o apoio de um civil. Após forte tiroteio entre os 18 e as tropas do governo, sobreviveram
apenas Siqueira Campos e Eduardo Campos, que acabaram presos.
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Dois anos depois, exatamente no mesmo 5 de julho, o general Isidoro Dias Lopes liderou
a Revolução Paulista de 1924 em que cerca de mil militares tomaram a cidade de São Paulo
por 23 dias. A cidade foi palco do maior bombardeio de sua história provocando deslocamento
de mais de 300 mil pessoas. A eminente derrota ante ao avanço de tropas federais fez com
que deixassem a cidade formando uma coluna, a Coluna Paulista. Dirigiram-se ao sul do
país, onde se uniram a Coluna Prestes.
A Coluna Prestes teve início também em 5 de julho de 1924, na cidade de Alegrete (sul
do Rio Grande do Sul). Percorreu cerca de 25 mil quilômetros no interior do país realizando
discursos de conscientização contra os desmandos do coronelismo e das oligarquias. Após
dois anos e meio, depois de passar por 11 estados, terminou dividido: parte do grupo foi
para a Bolívia, enquanto outra para o Paraguai.
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econômica como Ciclo da Borracha na região Norte do País, entre 1890 e 1914. Um exército
de trabalhadores extraia o látex dos seringais para exportá-lo para as indústrias inglesas
e norte-americanas, principalmente para a produção de pneus. Deste ciclo econômico,
destaque para a vida cultural desenvolvida em Manaus e para as migrações de nordestinos
para a região amazônica para trabalhar na extração. Essa atividade entrou em decadência
depois que os ingleses traficaram mudas de seringueiras e começaram a cultivá-las no
sistema de Plantation na Índia. Lembra-se do sistema de plantation? Aquele mesmo do
MEEL (monocultura, exportação, escravidão e latifúndio) da economia açucareira, só que
aqui, sem o trabalho escravo.
Querido(a), cuidado com a pegadinha. Veja que o enunciado fala sobre Mato Grosso. No
entanto, o ciclo da borracha abrangeu toda a região amazônica brasileira, que entrou em
crise depois que os ingleses levaram mudas de seringueiras para o Sudeste Asiático.
Letra d.
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• reformas trabalhistas;
• a autonomia do setor Judiciário;
• a adoção de medidas protecionistas aos produtos nacionais para além do café.
a) Certa. A afirmativa é correta, mas não está de acordo com o gabarito da banca. Durante
a década de 1920, houve um crescimento das dissidências entre as grandes oligarquias,
principalmente entre as de São Paulo e Minas Gerais, que se alternavam no poder através
do chamado ‘política do café com leite’.
b) Certa. Também é uma afirmativa verdadeira, mas não está de acordo com o gabarito
da banca. Com o crescimento das cidades e a urbanização do país, houve um aumento da
demanda por maior participação política por parte dos setores urbanos, que se sentiam
excluídos do sistema político dominado pelas oligarquias rurais.
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c) Errada. Está de acordo com o gabarito da banca. Na década de 1920, ao contrário do que
afirma o item, houve um fortalecimento dos ideais nacionalistas por parte de artistas e
intelectuais, que se manifestou, por exemplo, na Semana de Arte Moderna de 1922.
d) Certa. Está correto, mas não está de acordo com o gabarito da banca. A crise da década de
1920 levou a uma maior mobilização em torno da formação de partidos políticos nacionais,
como o Partido Democrático, em São Paulo, e a Aliança Liberal, que reuniu políticos de vários
estados contra a política do café com leite.
e) Certa. Não está de acordo com o gabarito da banca. A insatisfação de setores militares
com a política vigente foi um dos fatores que contribuíram para a Revolução de 1930, que
marcou o fim da República Velha.
Letra c.
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• Oficialização dos sindicatos, com claro objetivo de atrair essas associações de classe
para a órbita do governo afim de controlá-las, impedindo mobilizações operárias
contrárias ao Governo. Daí nasceu a expressão “Sindicato Pelego”;
• Criação do Conselho Nacional do Café, 1931: Objetivava a superação da crise da
produção de café com o subsídio do Governo para valorizar o produto.
SINDICALISMO “PELEGO”
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São Paulo não conseguiu apoio de outros estados como Minas Gerais e Rio Grande do
Sul e, isolado, suportou apenas poucos meses. A rendição oficial foi assinada em 1º de
outubro de 1932. Os principais líderes da Revolução Constitucionalista foram exilados em
Portugal. Getúlio então indicou o general Valdomiro Lima como interventor do Estado.
Apesar da derrota militar da Revolução Constitucionalista, Getúlio Vargas se viu pressionado
a convocar a Assembleia Nacional Constituinte em 1933. Em 1934 a Constituição foi
promulgada, mantendo Getúlio Vargas como presidente em um Governo Constitucional e
prevendo eleições para 1938.
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[...] Para governar os estados, Vargas nomeou interventores federais, que deviam exercer
tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo, com os mesmos poderes que cabiam ao
governo provisório.
[...] A situação se agravou mais ainda, quando em 9 de julho de 1932, os paulistas iniciaram
a Revolução Constitucionalista.”
(www.educacional.com.br/.../Livro%20de%20Mato%20Grosso43201211)
CONSTITUIÇÃO DE 1934
Querido(a), recorde comigo que Getúlio Vargas foi pressionado pela Revolução
Constitucionalista a convocar uma Assembleia Constituinte. Eleita em 3 de maio de 1933,
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a) Certa. O Código Eleitoral de 1932 permitiu o voto feminino o que foi corroborado pela
Constituição de 1934.
b) Errada. O seguro-desemprego não traz inclusão política, mas sim social.
c) Errada. A constituição de 1946 apresentou alguns retrocessos como a exclusão do direito
de voto aos analfabetos.
d) Errada. O período ditatorial de Vargas é tomado por uma orientação fascista. Em 1937 foi
instituída a Constituição conhecida como ‘a polaca’ (baseada na constituição da Polônia).
Ela fortalecia o executivo, retira o direto de greve e admite a pena de morte para crimes
políticos.
e) Errada.
Nesse período, a primeira legislação que garantiu algum direito aos indígenas foi a Lei Imperial n.
601 de 1850 que reservou a eles as terras dos aldeamentos. A Constituição Republicana de 1891
não trouxe nenhuma novidade apenas ratificou as leis imperiais enquanto não fossem revogadas.
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/evolucao-historica-dos-direitos-indigenas/
Letra a.
INTEGRALISTAS X ALIANCISTAS
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“Deus, Pátria e Família” era o lema da AIB e sintetizava sua defesa do cristianismo, do
nacionalismo e do conservadorismo. Os também chamados “camisas verdes” usavam a letra
sigma grega (Σ) com símbolo, em alusão ao significado oriundo da matemática de soma das
sequencias numéricas. Também se saldavam de maneira muito parecida com o nazismo,
levantando a mão e usando a expressão tupi “Anauê”, que significa “você é meu irmão”.
Aliança Nacional Libertadora (ANL):
A Aliança Nacional Libertadora era ligada ao Partido Comunista do Brasil. Entre seus
principais objetivos estavam a reforma agrária, a nacionalização das empresas, a suspenção
do pagamento da dívida externa, a garantia a liberdade de expressão e a instauração de
um governo popular inspirado na Revolução Russa de 1917. Tinha orientação marxista e
defendia o comunismo contra o imperialismo. Seu principal líder foi Luís Carlos Prestes, o
“cavaleiro da esperança” que deu nome a Coluna Prestes de 1924.
Getúlio Vargas havia se apoiado também na ANL para tomar o poder das mãos de Júlio
Prestes na Revolução de 1930. Entretanto, não era simpatizante dos seus ideais pela reforma
agraria e pelo comunismo. Assim, decretou sua ilegalidade em 1935, com a publicação da
Lei de Segurança Nacional. O objetivo da lei era fechar o cerco contra grupos políticos
opositores, criando uma legislação específica para crimes políticos.
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com todas as suas energias”, incitava um panfleto da Federação Operária de São Paulo, de
orientação anarquista.
NETO, Lira. [ ] Do Governo Provisório à Ditadura do Estado Novo (1930 -1945). São Paulo: Companhia das
Letras, 2013, p.193.
Questão de baixo grau de dificuldade. O acirramento entre AIB e ANL ocorreu durante o
governo constitucional de Getúlio Vargas.
Letra b.
PLANO COHEN
Getúlio Vargas foi aperfeiçoando a Lei de Segurança Nacional (LSN) com a criação
do Tribunal de Segurança Nacional em 1936. A LSN foi mantida nas Constituições que se
seguiram, sendo evocada pelo Regime Militar (1964-1985) dentro da doutrina de Segurança
Nacional idealizada pela Escola Superior de Guerra.
Mesmo com o endurecimento de Vargas contra a ANL, a AIB pressionou o governo
para acabar de uma vez por todas com a ameaça comunista, alegando que a ANL estaria
preparando uma nova Intentona Comunista com influência direta da União Soviética.
Assim, no dia 30 de setembro de 1937, o chefe do Estado-Maior, general Góes Monteiro,
usou o programa radiofônico Hora do Brasil para anunciar a descoberta de um plano do Partido
Comunista do Brasil e da ANL, em conjunto com organizações comunistas internacionais,
para derrubar o presidente Getúlio Vargas.
Getúlio recebeu apoio de setores tradicionais da direita brasileira como o Exército, o
empresariado e os cafeicultores. Esses grupos entendiam que o fortalecimento do poder
executivo impediria que mais revoltas acontecessem. Aproveitando-se do contexto, Getúlio
Vargas declara “Estado de Sítio” e instaura a ditadura do Estado Novo em 1937.
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trabalhista, mas também por restrições ao exercício de direitos civis e políticos. Mesmo
durante o curto período de “Governo Constitucional”, entre 1934 e 1937, numerosos
mecanismos jurídicos foram criados para flexibilizar ou para violar abertamente algumas
garantias constitucionais.
Assinale a opção que identifica um desses mecanismos durante a vigência formal da
Constituição de 1934.
a) O fechamento da Aliança Nacional Libertadora (ANL) como resposta quase imediata ao
manifesto de Luís Carlos Prestes que pregava “todo poder aos sovietes”.
b) A promulgação da Lei de Segurança Nacional (LSN), após a Intentona Comunista, restringia
ou eliminava garantias processuais para os acusados de crimes contra a segurança do Estado.
c) A criação do Tribunal de Segurança Nacional, em 1936, incrementou os mecanismos de
aplicação da Lei de Segurança Nacional por meio de um tribunal de exceção subordinado
à Justiça Militar.
d) A criação do DOPS, polícia política de Vargas, conferiu grandes poderes a seu chefe Filinto
Müller, simpatizante do nazismo alemão.
e) A decretação do estado de guerra, em 1936 e 1937, foi justificada como reação ao
crescimento do apoio do III Reich à militância nazista no sul do país.
O Tribunal de Segurança Nacional (TSN) foi instituído pela lei n. 244, de 11 de setembro de
1936, na esfera da Justiça Militar, com a finalidade de julgar os crimes contra a existência,
a segurança e a integridade do Estado, além dos crimes contra a economia popular, sendo
extinto pela lei n. 14, de 17 de novembro de 1945. Sua criação está diretamente relacionada à
Intentona Comunista de 1935, também referida como Levante Comunista, e, a sua extinção,
com o fim do Estado Novo em 1945.
Letra c.
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Apesar de Getúlio não ter criado uma polícia política, como fizeram os nazistas alemães
ou os fascistas italianos, a Lei de Segurança Nacional foi utilizada para perseguir opositores.
Nesse sentido, cabe destacar a liderança policial de Filinto Müler, no Distrito Federal,
perseguindo principalmente comunistas e pessoas ligas à ANL e ao PCdoB. Luís Carlos Prestes
continuou preso durante todo o Estado Novo. Outros comunistas foram torturados como
Ernest Ewert e Carlos Marighela.
Meu(minha) querido(a), a partir de agora vamos listar importantes realizações do
Governo Varguista e discuti-las:
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No que se refere à política trabalhista, Getúlio Vargas conjugou com bastante sucesso
uma forte repressão ao movimento operário com a criação de um conjunto de leis que
representaram avanço para os trabalhadores.
No dia 1º de maio de 1943, foi assinado o Decreto-Lei n. 5.452 que instituía a Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) e unificava toda a legislação trabalhista já existente no país.
Desde então, a CLT sofreu alterações, mas, tendo em vista o Decreto de 1943, registra-se
que, naquela ocasião, os trabalhadores obtiveram as seguintes conquistas:
I - adoção no território nacional da Carteira Profissional, que passou a ser obrigatória para
o exercício de qualquer emprego assalariado;
II - estabelecimento do limite máximo de 8 horas diárias para a jornada de trabalho do
empregado;
III - direito a todo empregado de um descanso semanal de 24 horas consecutivas.
IV - aprovação do salário mínimo, pago diretamente pelo empregador a todo trabalhador
do sexo masculino.
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O NACIONAL-DESENVOLVIMENTISMO
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Obviamente, a ocupação desses novos espaços acabou gerando conflitos com os povos
indígenas. Para tentar amenizar estes impactos, Getúlio criou o Conselho Nacional de
Proteção aos Índios (CNPI), comandado por Cândido Rondon. Infelizmente, apesar da
tentativa de contato com os nativos de maneira pacífica, muitos morreram, sobretudo por
doenças as quais não possuíam resistência imunológica.
Querido(a), apesar de seu governo ser claramente de inspiração fascista, Vargas acabou
se aproximando dos Estados Unidos no contexto da Segunda Guerra Mundial.
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A FEB era composta por cerca de 25 mil sodados que, em 1944, foram combater o
fascismo na Itália. Vários foram os problemas enfrentados pelas tropas brasileiras, desde
o fogo amigo, por utilizar uniformes doados pelo governo norte-americano semelhantes ao
fardamento nazista, até a falta de armamentos e tecnologia de combate. A FEB permaneceu
na Europa até o término da guerra em 8 de maio de 1945.
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Do lado dos Aliados (Inglaterra, França, União Soviética e Estados Unidos), a FEB enfrentou
as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) em território italiano, no chamado front do
Mediterrâneo. Obtiveram duas importantes vitórias nas batalhas de Monte Castelo, em
fevereiro de 1945, e Montese, em abril de 1945.
Além da FEB, Getúlio criou a FAB (Força Aérea Brasileira) em 21 de janeiro de 1941. Em 22
de maio de 1942, um avião B-25 da FAB atacou o submarino Barbarigo, da marinha italiana.
Em 18 de dezembro de 1943, seria criado o Primeiro Grupo de Aviação de Caça, unidade de
combate enviada para a Itália.
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d) Foi motivada por uma represália ao rompimento de relações diplomáticas do Brasil com
os países da Aliança Ocidental.
e) Foi fundamental para a obtenção do assento permanente na Organização das Nações
Unidas (ONU), no pós-Guerra.
Getúlio Vargas, como vimos, adotou um sistema político inspirado nos regimes totalitários
europeus, especialmente o Italiano e o Português. Contudo, realizou acordos com os Estados
Unidos mudando sua postura. Aliás, merece destacar que foi essa contradição de apoiar
as democracias ocidentais contra os regimes totalitários que lhe inspiravam que resultou
na pressão para que Vargas saísse do governo.
Letra c.
QUEREMISMO
A contradição evidente de uma ditadura fascista em apoiar as democracias ocidentais
na Guerra acabou contribuindo para queda do Estado Novo em 1945. Convocadas novas
eleições, parcelas populares que desejavam a permanência de Getúlio Vargas no poder,
organizaram manifestações que ficaram conhecidas como “Queremismo” por causa das
inscrições “Queremos Getúlio” que surgiram em muros nas grandes cidades na época.
Manifestação queremista
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O enunciado faz uma crítica a essa visão simplista de que a população é manipulada, quando
na verdade, ela consegue que suas pautas sejam atendidas.
Letra c.
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Entre os “defeitos” da lei eleitoral em vigor entre 1946 e 1964, é correto apontar
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Dutra não interferiu nas decisões, mesmo quando teve seu mandato reduzido de seis
para cinco anos, pois fora eleito na vigência da Constituição de 1937 que previra mandato
de 6 anos. O quinquênio presidencial, que começara com a proibição do jogo no Brasil (abril
de 1946), entraria no ano de 1948 em sua fase mais característica, marcada pelo acórdão
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do Tribunal Superior Eleitoral que considerou fora da lei o PCB (1947) e depois pela ruptura
de relações com a União Soviética (1948).
Em relação à economia, destacaram-se em seu governo dois momentos distintos: no
primeiro, foi aplicada uma política econômica liberal que, depois de queimar as reservas
cambiais do país, foi substituída por uma política intervencionista que resultou em grande
crescimento econômico. Em questões de política externa, o país aliou-se incondicionalmente
aos Estados Unidos.
Em decorrência dessa aliança, o governo rompeu relações diplomáticas com a União
Soviética e passou a perseguir fortemente sindicatos, organizações de trabalhadores e partidos
de esquerda. Com isso, o PCB foi colocado na ilegalidade, e seus políticos foram cassados.
A nova Constituição do Brasil foi elaborada após a formação de uma Constituinte nas
eleições de 1945. Com a posse do presidente eleito, Eurico Gaspar Dutra, a Constituinte
reuniu-se durante meses até a promulgação da nova Constituição em 18 de setembro de 1946.
A Constituição de 1946 exprimia os valores ideológicos dos políticos eleitos em 1945 e
era, portanto, uma Constituição liberal. Em relação às questões democráticas, a Constituição
trouxe melhorias consideráveis, pois retomou valores que haviam sido suprimidos no Estado
Novo e aumentou significativamente o número de eleitores no Brasil, já que definiu que
homens e mulheres maiores de 18 anos tinham direito ao voto.
A Constituição, no entanto, tinha seus pontos negativos. Um deles era a exclusão dos
analfabetos do direito de votar, o qual só foi obtido em 1988. Além disso, a Constituição
não concedeu aos trabalhadores rurais os direitos trabalhistas obtidos nos anos anteriores
pelos trabalhadores urbanos. Além disso, uma cláusula referente à reforma agrária em
particular foi alvo de intensos debates anos depois.
Veja as principais características da Constituição de 1946:
• Preservação do regime republicano, federativo e presidencialista;
• Mandato presidencial de cinco anos;
• Autonomia para estados e municípios;
• Existência de três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário;
• Voto secreto e universal para maiores de 18 anos, com exceção de analfabetos,
soldados e cabos;
• Direito de greve;
• Direito de liberdade de reunião, de pensamento e de expressão.
O governo Dutra foi marcado pela contradição, pois apesar da Constituição liberal,
o presidente era conservador e não aceitava as reivindicações trabalhistas. Durante seu
governo não houve um só aumento do salário mínimo. Além disso, em plena Guerra Fria,
para deixar claro seu alinhamento com os Estados Unidos, colocou o Partido Comunista
Brasileiro fora da lei, desrespeitando frontalmente a Constituição.
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Embora tenha sido eleito com o apoio de partidos chamados de nacionalistas (PSD e PTB),
Dutra optou por uma política de não-intervenção do Estado na economia, estreitando
relações com os Estados Unidos, facilitando as importações de produtos estrangeiros,
notadamente, norte-americanos, o que diminuiu drasticamente as reservas cambiais
acumuladas durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1947 recebeu o presidente Harry Truman no Rio de Janeiro e foi o primeiro presidente
brasileiro a fazer uma visita oficial aos Estados Unidos (1950).
• Implantou o Plano Salte (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia), mas pouca
coisa do que foi planejado foi executado de fato;
• Promoveu a pavimentação da Rodovia Rio - São Paulo, daí em diante chamada de Via
Dutra; a construção da Rodovia Rio – Bahia;
• Proibiu jogos de azar e o fechamento dos cassinos;
• Iniciou a construção da Hidrelétrica de Paulo Afonso na Bahia (1948), construiu o
Hospital dos Servidores no Rio de Janeiro;
• Promoveu a Inauguração da TV Tupi (Canal 4, de São Paulo), primeira estação de TV
no Brasil (1950), de propriedade Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo
(o Chatô);
• Construiu o Maracanã para a realização da Copa do Mundo de 1950.
Na campanha eleitoral de 1950, Getúlio Vargas, candidato pelo PTB, com apoio do PSP
de Adhemar de Barros, foi eleito Presidente da República, derrotando o Brigadeiro Eduardo
Gomes (UDN) e Cristiano Machado (PSD).
Em meados de 1948, portanto durante o governo Dutra, o executivo lançou para apreciação
no Congresso um plano para controlar gastos e investimentos. A iniciativa foi batizada
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de Plano Salte, sigla composta pelas letras iniciais das prioridades (saúde, alimentação,
transporte e energia).
Letra c.
Não obstante, também a classe média dava mostras de impaciência, como ficou claro
pela eleição de Jânio Quadros para a prefeitura de São Paulo, sem apoio dos grandes
partidos. Getúlio procedeu a uma mudança ministerial: convocou, para o ministério da
Fazenda, Osvaldo Aranha, que atenuou a política cambial e tomou medidas de estabilização
econômica. Para o do Trabalho, nomeou um jovem político gaúcho, até então desconhecido,
João Goulart, que iniciou alianças com o movimento operário, em substituição à política
populista de Vargas.
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Afirmativa II: Errada. Durante a passagem de Vargas pelo seu segundo governo (1951-54),
houve uma política nacional desenvolvimentista.
Letra e.
GOVERNO JK (1956-1961)
A posse de Juscelino à presidência do Brasil só foi possível graças ao esforço de Henrique
Teixeira Lott, ministro da Guerra, que organizou o Golpe Preventivo de 1955, o qual acabou
com qualquer possibilidade de golpe contra o político mineiro. Essa ação foi tomada pelo
fato de terem acontecido, entre 1954 e 1955, movimentações golpistas para impedir a
realização da eleição de 1955 e para impedir a posse de JK.
Juscelino Kubitschek, vinculado à chapa PSD/PTB, foi eleito presidente após derrotar
seus adversários: Juarez Távora, da UDN, e Ademar de Barros, do PSP.
Seu governo ficou marcado pelo desenvolvimentismo, ou seja, por posturas econômicas
que buscavam o crescimento da economia e da indústria no país. Já assumiu o governo com
uma meta ambiciosa: Apresentação do Plano de Metas (Energia, Transporte, Alimentação,
Educação e Indústrias de Base), cujo objetivo era fazer o país crescer “50 anos em 5”.
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Cacilda Becker, Sérgio Cardoso, Nydia Lícia, Cleyde Yáconis, Paulo Autran, Tônia
Carrero, Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Nathália Timberg e muitos outros nomes
importantes para o teatro.
• Franco Zampari e Francisco Matarazzo Sobrinho fundaram em 1949 a Companhia
Cinematográfica Vera Cruz, com a intenção de criar uma indústria brasileira de
cinema com padrão internacional. Destacaram-se os diretores Lima Barreto, Adolfo
Celi, Carlos Thiré e Luciano Salce. A concorrência dos filmes estrangeiros contribuiu
para de decadência no início da década de 50.
• Fundada na década de 40 por Moacir Fenelon e José Carlos Burle, a Atlântida
Cinematográfica atingiu seu auge na década de 50, com o diretor Carlos Manga e
as famosas “chanchadas”, nas quais se destacaram Oscarito e Grande Otelo, Zezé
Macedo, Dercy Gonçalves, entre outros.
• Surge o Cinema Novo, com o filme Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos.
Entretanto, o baiano Glauber Rocha foi o seu principal representante.
• Surgimento da Bossa Nova, que revolucionou a música brasileira e que se espalhou
pelo mundo e que é respeitada até hoje.
O resultado dos cinco anos de governo de JK na economia foi um crescimento anual
médio do PIB de 7% e um crescimento industrial de 80%. Outro destaque desse governo
foi a construção da nova capital, Brasília. A obra aconteceu em tempo recorde e envolveu
um montante gigantesco de dinheiro.
Apesar dos resultados positivos, esse governo também ficou marcado pelo crescimento
da desigualdade social no país e por problemas graves, como o baixo investimento na
educação e na alimentação, que permaneceram como gargalos da nossa sociedade. Além
disso, elevou a dívida externa a patamares nunca antes alcançados.
Na campanha eleitoral para Presidente da República, Jânio Quadros, do PDC (apoiado
pela UDN), derrotou o Marechal Lott, da aliança PSD-PTB.
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Logo no início de seu governo teve que enfrentar os graves problemas econômicos
deixados pelo governo anterior, tais como, aumento da inflação e do desemprego e a
desvalorização do Cruzeiro.
Adotou medidas impopulares: corte de gastos e investimentos, reatou relações com
o FMI, desvalorização de 100% do Cruzeiro em relação ao Dólar, corte dos subsídios à
importação de trigo, petróleo e papel.
Veja algumas das medidas tomadas por Jânio Quadros no seu curto período:
• Procurou moralizar o funcionalismo público e reduzir sua quantidade;
• Tentou, em vão, combater o contrabando;
• Adotou uma política externa independente, que desagradou os Estados Unidos:
reatou relações diplomáticas com a União Soviética e procurou uma aproximação
com a China e com Cuba, inclusive com a condecoração de Che Guevara com a Ordem
do Cruzeiro do Sul;
• Alguns decretos de Jânio: proibiu brigas de galo, proibiu corridas de cavalo em dias
úteis, determinou o tamanho dos maiôs nos concursos de misses, proibiu o uso de
biquíni nas praias, proibiu o beijo francês em público;
• Enviou o vice-presidente Jango numa missão diplomática à China.
Jânio era a contradição em pessoa: externamente, negociava com países comunistas,
enquanto que, internamente, combatia o comunismo. O governo de Jânio foi curto, com
duração de quase sete meses. Nesse período, o presidente acumulou polêmicas com a
população e com seu partido, a UDN. Na economia tomou medidas que aumentaram o
preço dos combustíveis e do pão. Outras medidas polêmicas foram a proibição do uso de
biquíni e a condecoração de Che Guevara, líder da luta revolucionária na América.
Abandonado pela maioria de seu próprio partido (PDC) e da UDN e sofrendo uma forte
oposição no Congresso Nacional, além da queda de sua popularidade, Jânio tramou um golpe
branco: como amplos setores do exército e dos conservadores do país achavam que Jango
era comunista, se ele, Jânio, ameaçasse renunciar, estes setores, temendo o comunismo,
lhe apoiariam num golpe e na implantação de uma ditadura.
Porém, nada saiu com planejado, pois os políticos aceitaram sua renúncia, os militares
não o procuraram e o deputado Ranieri Mazzilli assumiu a Presidência da República no dia
25/08/1961.
033. (ESA/2015) Jânio Quadros representou uma reviravolta no sistema político da época,
sendo eleito presidente da República por um partido de pouca expressão nacional. O apoio
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O partido tradicional que apoiou a candidatura de Jânio Quadros foi a União Democrática
Nacional (UDN).
Letra b.
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O ano de 1968 foi um ano emblemático desse período porque nesse ano aconteceu o
seguinte conjunto de episódios:
a) a extinção dos partidos políticos, a decretação do AI-1 e a posse de Castelo Branco.
b) a posse do presidente Costa e Silva, a decretação do AI-2 e o sequestro do embaixador
dos EUA.
c) a posse do general Geisel, o início da abertura lenta e gradual e o atentado ao Riocentro.
d) a Marcha dos Cem Mil, o fechamento do Congresso e a decretação do AI-5.
e) o fim do milagre econômico brasileiro, a posse do General Médici e a decretação do AI-5.
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1970 e 1973. No entanto, esse crescimento foi de forma desigual, não chegando ao grosso
da população. Ademais, por ser embasado em empréstimos junto a órgãos estrangeiros,
houve um grande crescimento da dívida externa.
No plano cultural, a censura foi institucionalizada. Vários atores, músicos, jornalistas
foram perseguidos, exilados, torturados ou mortos. Nas escolas, História e Geografia foram
substituídas por Educação Moral e Cívica e OSPB (Organização Social e Política Brasileira).
Estudantes dos cursos de sociologia e filosofia eram perseguidos. Aliás, a União Nacional
dos Estudantes foi colocada na ilegalidade. O país viveu tempos em que a liberdade de
pensamento não existiu.
O regime militar se estruturou com as seguintes características:
• Autoritarismo e centralização política: melhor exemplo disso foram os Atos Adicionais
pelos quais realizavam decretos sem aprovação do congresso;
• Intervencionismo Estatal: realização de grandes obras públicas e atração de
investimentos estrangeiros, além de fomentar a produção energia através do Proálcool
(1978), da Construção da Hidrelétrica de Itaipu e da usina atômica de Angra dos Reis;
• Modernização do sistema de comunicação e transporte;
• Abertura da linha de crédito à classe média.
036. (ESA/2006) De 1964 a 1985, o Brasil foi governado por militares. Dentre os avanços que
o período trouxe para a sociedade brasileira, podemos afirmar que as grandes conquistas
modernizadoras situam-se, principalmente, nos setores da infraestrutura, em particular
nas áreas de:
a) Serviços, educação e energia
b) Energia, educação e saúde.
c) Saúde, comunicações e transportes.
d) Comunicações, energia e transportes.
e) Educação, transporte e serviços.
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Realidade Brasileira – Parte I
Daniel Vasconcellos
Prezado(a) aluno(a), vejamos agora um resumo dos governos de cada general presidente
durante a Ditadura Militar. No poder, entre os militares coexistiam duas correntes de
pensamento:
• Linha Dura: anticomunista, nacionalistas, contrários à democracia;
• Sorbonne: linha moderada que veio da ESG (Escola Superior de Guerra). Era composta
por intelectuais e, veteranos da Segunda Guerra. Eram influenciados pela UDN e pela
aliança ideológica com o os Estados Unidos. Entendiam que o poder executivo deveria
ser forte e adotar soluções econômicas tecnicistas, científicas.
Castello Branco foi eleito presidente de maneira indireta, e seu governo foi conduzido
de forma a implantar a base da repressão no Brasil. Para isso, foram decretados alguns atos
institucionais durante seu governo. Além disso, foi implantada uma política de austeridade a
fim de conter os gastos do governo, o salário do trabalhador e reduzir alguns de seus direitos.
O resultado prático disso foi o início da repressão e do autoritarismo que marcaram os
anos da ditadura militar no país. Milhares de pessoas foram expurgadas de suas funções, seja
na burocracia civil, seja nas Forças Armadas. Dezenas de políticos também perderam seus
direitos e tiveram seus mandatos cassados. Os movimentos sociais, sobretudo camponeses
e estudantis, foram fortemente perseguidos.
Nos anos do governo de Castello Branco, ocorreram os primeiros casos de tortura e
de assassinatos cometidos por agentes do governo, dando o tom de uma das marcas da
ditadura no Brasil: o terrorismo de Estado.
• Cassações políticas;
• Criação da SNI (Serviço Nacional de Informações) pelo general Golbery do Couto e
Silva para espionagem e coleta de dados;
• Corte de gastos, aumento de impostos;
• Pedido de empréstimos ao FMI e renegociação da dívida externa;
• Aumento salarial anual, sempre abaixo do nível da inflação;
• Desvalorização monetária (Cruzeiro Novo);
• Criação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
• Criação do Banco Central e do Banco Nacional de Habitação;
• Fim da eleição direta para presidente e criação do bipartidarismo (ARENA – Aliança
Renovadora Nacional; e MDB – Movimento Democrático Brasileiro);
• Limitação de direitos constitucionais;
• Suspensão da imunidade parlamentar.
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Realidade Brasileira – Parte I
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A vitória de Costa e Silva para assumir a presidência foi resultado de uma campanha
no interior do próprio Exército para que o aparato de repressão da Ditadura aumentasse.
O governo de Costa e Silva marca o início das medidas desenvolvimentistas que levaram
ao “milagre econômico”, além de ter sido marcado por ter iniciado os “anos de chumbo”,
período de maior repressão da Ditadura Militar. É de seu governo o Ato Institucional n. 5
• Repressão: combate à União Nacional dos Estudantes (UNE), criação do Comando de
Caça aos Comunistas (CCC) e do Movimento Anticomunista (MAC);
• Acordo MEC-USAID (Ministério de Educação e United Stares Agency for International
Development) para normatizar o ensino brasileiro;
• Greve de operários de MG e SP;
• Passeata dos Cem Mil, junho de 1968, organizada pela UNE;
• Ato Institucional n. 5 (AI-5, de 13 de dezembro de 1968) – Instituiu a perda de
mandatos de parlamentares contrários aos militares, intervenções ordenadas pelo
presidente nos municípios e estados e também a suspensão de quaisquer garantias
constitucionais que eventualmente resultaram na institucionalização da tortura,
comumente usada como instrumento pelo Estado;
• Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico (PED): política econômica voltada para
o combate da inflação e expansão do comércio exterior; baseia-se em estímulos à
industrialização e ao consumo promovidos pelo Estado;
• Investimentos nos setores de transporte e comunicações;
• Reforma administrativa;
• Funrural (reforma agrária), Funai (Fundação Nacional do Índio).
Costa e Silva deixou o governo em agosto de 1969, por motivos de saúde. O vice-
presidente, Pedro Aleixo, por ter sido contrário ao AI-5, foi impedido de assumir. Em 31 de
agosto de 1969, através do AI-12, ministros militares puderam assumir temporariamente
a presidência do país. Assim surgiu o governo da Junta Provisória.
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Retirado de: PANDOLFI, Dulce Chaves. “Voto e participação política nas diversas repúblicas do Brasil”. In
GOMES, Ângela Castro e outros (org.). A República no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; CPDOC, 2002, p.
110.
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Lei da Anistia: LEI No 6.683, DE 28 DE AGOSTO DE 1979. A Lei de Anistia foi um dos elementos
que compuseram a chamada “distensão lenta, gradual e segura” do fim da ditadura militar.
A Lei de Anistia permitiu que os torturadores não fossem julgados e presos, bem como
permitiu a volta ao Brasil de opositores ao regime que haviam sido exilados do país.
Aprovada em 28 de agosto de 1979, a lei n. 6.683 concedeu a anistia a todos que cometeram
crimes políticos ou eleitorais e àqueles que sofreram restrições em seus direitos políticos
em virtude dos Atos Institucionais (AI) e Complementares, entre 02 de setembro de 1961
e 15 de agosto de 1979.
Letra e.
O “MILAGRE ECONÔMICO”
Uma marca Importante do Governo Médici foi o “Milagre Econômico”. O início do milagre
econômico, no entanto, está na criação do Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg)
na gestão do presidente Castelo Branco (1964-1967). O Paeg previa incentivo às exportações,
abertura ao capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscal, tributária e financeira.
Durante o milagre econômico, o PIB alcançou 11,1% de crescimento anual.
Ocorreu forte crescimento do PIB graças a empréstimos e investimentos em infraestrutura
de energia. Grandes obras públicas foram apelidadas de Faraônicas pelos opositores por,
segundo eles, não fazerem sentido. É nesse contexto que foram construídas a Rodovia
Transamazônica, a Rodovia Rio-Santos, a Ponte Rio-Niterói, a Ponte Colombo-Salles, as
hidrelétricas de Passo Fundo e de Solteira.
Para centralizar as decisões econômicas foi criado o Banco Central. Da mesma forma,
a fim de favorecer o crédito e resolver o déficit habitacional, o governo instituiu o SFH
(Sistema Financeiro Habitacional), formado pelo BNH (Banco Nacional de Habitação) e pela
CEF (Caixa Econômica Federal).
A principal fonte de recursos para o sistema habitacional viria do FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço). Este imposto, criado em 1966, era descontado do trabalhador e foi
usado para estimular a construção civil.
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O salário mínimo ficou abaixo dos US$ 100 resultando em aumento da pobreza e da
miséria. A política econômica privilegiou as exportações e impôs pesados encargos às
importações. A estratégia resultou no sucateamento das indústrias nacionais. Por estes
motivos, o setor industrial não podia importar máquinas e modernizar os fábricas que,
obsoletas, perderam competitividade.
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do PIB concentrou renda. Não se esqueça da metáfora de Delfim Neto (“o bolo precisava
crescer para depois ser repartido”) para justificar a concentração de renda.
Letra a.
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A primeira eleição em fins do regime militar ocorreu em 1982 para governadores dos estados.
Entretanto, apesar da campanha pelas eleições diretas para presidente da república, isso
só viria a acontecer em 1989.
Letra c.
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Políticos e artistas dividiram o palanque em vários atos até o dia 25 de maio, quando
foi votada a emenda de Dante de Oliveira. A sessão foi de intenso movimento e tensão.
Ainda assim, a Câmara dos Deputados não aprovou a emenda e as eleições daquele ano
não contaram com a participação do povo. Mesmo sendo de grande apelo popular, a
emenda Dante de Oliveira foi rejeitada e as eleições diretas para presidência da República
aconteceriam somente em 1989.
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Nas eleições indiretas para presidente, saudado como candidato da conciliação, Tancredo
Neves foi eleito Presidente da República pelo Colégio Eleitoral, numa terça-feira, 15 de
janeiro de 1985, recebendo 480 votos contra 180 dados a Paulo Maluf e 26 abstenções.
Letra e.
Quando a emenda constitucional que propunha eleições diretas para presidente foi
rejeitada pelo Congresso Nacional, em 1984, um dos líderes do movimento que incendiara
o país em defesa do voto livre sentiu que chegara sua hora. Mesmo tendo de concorrer
no Colégio Eleitoral composto em sua maioria por deputados e senadores do governista
Partido Democrático e Social, Tancredo Neves lançou-se candidato pelo Partido do
Movimento Democrático Brasileiro, de oposição. Venceu em 15 de janeiro de 1985, data
que simboliza o fim de mais de vinte anos de ditadura militar.
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Tancredo Neves
A tão esperada posse, no entanto, nunca ocorreu. No dia 14 de março, véspera de assumir
o cargo, o ex-governador de Minas Gerais teve de ser operado às pressas no Hospital de
Base, em Brasília. Era o início de um pesadelo que exigiria outras seis intervenções cirúrgicas
e se estenderia até sua morte, anunciada em 21 de abril.
Tancredo Neves era um mestre na arte de tecer acordos políticos. Nascido na cidade
mineira de São João del Rey, foi vereador, deputado estadual, deputado federal, ministro
da Justiça (no governo constitucional de Getúlio Vargas), primeiro-ministro (no governo
parlamentarista de João Goulart), senador e governador de Minas (escolhido pelo voto direto
em 1982). Também participou ativamente da campanha das “diretas já”, que culminou nos
comícios de mais de 1 milhão de pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Essa capacidade de negociar foi fundamental na hora da disputa no Colégio Eleitoral.
Para bater seu adversário, o paulista Paulo Maluf, Tancredo teve de se acertar com setores
governamentais hostis à candidatura situacionista, como o maranhense José Sarney,
que abandonou a presidência do PDS, carregando consigo uma dissidência numerosa de
parlamentares. Seu grupo fundou o Partido da Frente Liberal, enquanto ele se filiava ao
PMDB para se tornar o vice na chapa do mineiro, ajudando a assegurar a vitória. A contagem
final: 480 votos a favor contra 180, com dezessete abstenções.
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O preço dessa costura política foi o descaso com a própria saúde. Tancredo sabia que
estava muito doente. Ao mesmo tempo, temia que o presidente João Figueiredo não
transmitisse o cargo a Sarney. Por isso, resolveu aguentar firme até a posse: “Depois façam
de mim o que quiserem”, dizia aos médicos.
Ao ser internado na noite de 14 de março no Hospital de Base de Brasília, para a retirada
de um tumor que se rompera em seu abdome, só assinou a autorização para a cirurgia
após obter a garantia oficial de que o vice estaria em seu lugar no dia seguinte. Sarney, de
fato, assumiu, ainda que alguns preferissem ver como protagonista da cerimônia o então
presidente da Câmara, Ulysses Guimarães. Mas não recebeu a faixa das mãos de Figueiredo,
que saiu pelos fundos do Palácio do Planalto para não ter de encarar o desafeto.
A doença e a morte de Tancredo causaram imensa comoção. Era nele que o povo depositava
suas esperanças. No livro Memória Viva do Regime Militar, o político mineiro Pimenta da
Veiga escreveu:
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Essa campanha política teve como objetivo principal garantir eleições diretas para o cargo de
a) deputado federal
b) deputado estadual
c) prefeito municipal
d) senador da República
e) presidente da República
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Essa é para gabaritar. A emenda Dante de Oliveira, que preconizava a eleição direta para
presidente da República, foi rejeitada pelo congresso, apesar da grande mobilização popular.
Letra e.
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A economia adotada pelo Presidente Fernando Henrique em seu segundo mandato levou
o Brasil a recorrer ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e isso levou à desvalorização da
Moeda Real.
Seu governo é creditado com o fornecimento de estabilidade econômica de um país
marcado por anos de hiperinflação. Ao mesmo tempo, as crises econômicas no México em
1997, na Ásia Oriental em 1998, na Rússia em 1998 e na Argentina em 2002 reduziram as
perspectivas de crescimento econômico durante a sua presidência.
Foi também durante sua administração que muitas empresas estatais foram privatizadas
e que agências reguladoras foram criadas pela primeira vez para fiscalizar e regular muitos
setores da indústria (energia, petróleo, aviação, etc).
A administração de Fernando Henrique Cardoso também colocou um forte foco nas
relações exteriores. Além de aderir à Organização Mundial do Comércio (OMC) e participar
da Rodada Uruguai, o Brasil participou da missão de paz da INTERFET no Timor-Leste.
A reforma buscava superar a administração burocrática, que era vista como ineficiente
e inflexível, introduzindo a administração gerencial, que enfatiza a gestão por resultados
e a responsabilização pelo desempenho. Essa perspectiva está em consonância com o
neoliberalismo.
Letra a.
Após os oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2002 elege-se presidente
da República o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT),
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tradicional partido de esquerda brasileiro. Lula aumenta a abrangência dos projetos sociais,
transformando o Bolsa-Escola em Bolsa-Família e criando novos programas, como o Prouni.
Em 2006, Luiz Inácio Lula da Silva é reeleito presidente da República.
Durante o governo Lula houve uma estabilidade macroeconômica que reduziu as taxas
de inflação e de juros e aumentou a renda per capita, colocando o país em uma lista dos
países mais promissores do mundo, ao lado de China, Rússia, Índia e África do Sul (chamados
de BRICS). Contudo, diferenças remanescem ainda entre a população urbana e rural, os
estados do norte e do sul, os pobres e os ricos.
A economia se desenvolveu com uma indústria e agricultura mais sofisticadas, e um
setor de serviços em expansão. As recentes administrações expandiram a inserção do país no
mercado mundial, com saltos de investimentos e produtividade em alguns setores, como o
de telecomunicações e automobilístico, mas ainda deixando a desejar na eficiência de portos
marítimos, estradas de ferro, geração de eletricidade, aeroportos e outros melhoramentos
da infraestrutura, o que reduziria o chamado “custo Brasil”.
O país começou a se voltar para as exportações em 2004, e, mesmo com um real valorizado
e a crise internacional, atingiu em 2008 exportações de US$ 197,9 bilhões, importações de
173,2 bilhões de dólares, o que colocou o país entre os 19 maiores exportadores do planeta.
O tamanho prestígio do sucesso do Governo Lula, permitiu que o presidente elegesse
Dilma Rousseff. Mas escândalos de corrupção, como o Mensalão, é mostra de que nem tudo
foram flores durante o período.
Em outubro de 2010, em segundo turno, o Brasil elege pela primeira vez uma mulher
como Chefe do poder executivo. Dilma Rousseff (mineira de Belo Horizonte) tomou posse
do cargo de Presidente da República Federativa do Brasil, prestando, assim como os demais
presidentes eleitos na Nova República, juramento solene perante o Congresso Nacional em
1º de janeiro de 2011.
Dilma deu continuidade aos programas do governo Lula tais como. O Luz para Todos,
que beneficiou mais de 3 milhões de famílias até 2013, a segunda fase do PAC que foram
disponibilizados recursos na ordem de R$ 1,59 trilhão em uma série de investimentos, tais
como transportes, energia, cultura, meio ambiente, saúde, área social e habitação, e do
programa Minha Casa, Minha Vida que obteve investimentos na cifra de R$ 34 bilhões da
qual foram construídas 1 milhão de moradias na primeira fase, e 2 milhões de moradias
com investimentos de R$125,7 bilhões na segunda fase do programa.
Em junho de 2013, irromperam no país inúmeras manifestações populares, quando
milhões de pessoas saíram às ruas em todos os estados para contestar os aumentos nas
tarifas de transporte público, a truculência das policiais militares estaduais, além de outras
reivindicações. Entre os principais desafios do país para o futuro estão um salto qualitativo
na educação e saúde, a desburocratização do empreendedorismo e uma resposta eficiente
aos crescentes problemas de segurança pública e favelização dos centros urbanos.
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pela intervenção federal no Rio de Janeiro, cujo período de vigência impede, por força de
lei, que a reforma fosse aprovada.
Em dezembro de 2018 é decretado intervenção federal em Roraima com objetivo
de amenizar a situação da segurança interna e da crise financeira do estado. Ambas as
interversões foram encerradas no fim do governo Temer. A equipe econômica do governo,
chefiada pelo Ministro da Fazenda Henrique Meirelles, tem sucesso no controle da inflação,
mas o país mantém alta na taxa de desemprego, que atinge 13,7% da população em
Abril de 2017.
Em maio de 2017, após um ano de governo, Temer se vê envolvido em novos escândalos,
especialmente após gravação do sócio do grupo J&F, Joesley Batista. Temer e seu assessor
especial, o deputado Rodrigo Rocha Loures, supostamente negociaram vantagens indevidas
com o grupo, pelas quais Rodrigo é filmado e posteriormente preso por receber propina.
Devido a crescente onda de violência no Brasil, em junho de 2018 o presidente sanciona
a lei que cria o SUSP, vinculado ao recém-criado Ministério da Segurança Pública sob o
comando do ministro Raul Jungmann. Tal medida tem como objetivo unificar em todo o
país o combate a violência e a criminalidade. Michel Temer termina seu mandato com a
maior rejeição desde a ditadura militar, sendo considerado ruim ou péssimo para 62% da
população.
Em 2018, Jair Messias Bolsonaro (Coligação Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos
– PSL/PRTB) venceu as eleições com 57.797.847 votos contra 47.040.906 votos de Fernando
Haddad do PT. O governo Bolsonaro foi marcado pela polarização política. Além disso, as
instituições e as urnas eletrônicas passaram a ser questionadas.
No plano externo, houve um radical distanciamento de governos de esquerda na América
Latina, o que acarretou um esfriamento nas negociações do Mercosul, além de ataques
do Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, contra a China, apesar de esta ser o
maior parceiro comercial do Brasil. Bolsonaro também se envolveu em polêmicas durante
a crise sanitária da Covid-19.
Ainda durante o governo Bolsonaro, foram editados mais de 40 decretos para facilitar
o acesso da população civil às armas. Segundo o Instituto Sou da Paz, o mercado registra
média de aproximadamente 1.300 armas compradas por dia por brasileiros.
Durante o governo Bolsonaro (2018-2022), foi realizada a reforma da previdência,
e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, adotou um discurso de responsabilidade fiscal,
apesar de o governo ter furado o teto dos gastos 5 vezes ao longo de seus quatro anos.
Adotando uma política liberal, ele conseguiu também a autonomia do Banco Central, de
modo que a instituição passou a ter maior liberdade para atuar no controle da inflação,
sem interferências do Planalto. No campo social, houve o implemento do Auxílio Brasil,
uma continuação do auxílio emergencial distribuído durante a crise sanitária da Covid-19.
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O crescimento de 0,4% do PIB no terceiro trimestre reflete o desempenho positivo das três
grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços) e de todos os componentes
da demanda. Apesar desse desempenho positivo o resultado do terceiro trimestre mostra
perda de força da economia, por apresentar taxa de crescimento menor do que as observadas
no primeiro e no segundo trimestre do ano.1
A banca pede para assinalar a alternativa que indica a ordem cronológica correta dos planos.
Assim, a única alternativa possível é a letra e. No governo Sarney, os planos criados foram o
Cruzado (1986), Bresser (1987) e Verão (1989). O Plano Collor é criado em 1990, enquanto
1
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/11/21/economia-brasileira-cresce-04-no-3º-trimestre-
-aponta-monitor-do-pib-da-fgv.ghtml
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o Plano Real, com Fernando Henrique Cardoso sendo Ministro da Fazenda do presidente
Itamar Franco, é criado em 1993. Como todas as outras alternativas não são iniciadas por
1, tornam-se automaticamente incorretas.
Letra e.
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RESUMO
Independência: as pressões da corte portuguesa em Lisboa pela recolonização do
Brasil estimularam grupos separatistas culminando no dia do Fico e na proclamação da
Independência.
Primeiro Reinado, 1822-1831:
• Tratado de Paz e Aliança: reconhecimento da Independência por parte de Portugal
em troca do pagamento de uma indenização;
• Poder Moderador: fachada constitucionalista para que exercesse o poder absolutista;
• Confederação do Equador;
• Guerras Cisplatinas;
• Noite das Garrafadas.
Período Regencial, 1831-1840:
• Regências: governos formados até a maioridade de D. Pedro II;
• Partidos: Restauradores, Moderados, Exaltados;
• Guarda Nacional;
• Revoltas Regenciais: Balaiada, Cabanagem, Guerra dos Farrapos, Revolta dos Malês,
Sabinada.
II – Reinado:
• Golpe da Maioridade;
• Partido Liberal x Partido Conservador;
• Revolução Praieira;
• Guerra do Paraguai;
• Economia: café;
• Lei de Terras de 1850;
• Crise da monarquia: Questões Religiosa, Abolicionista e Militar.
República Oligárquica:
• Política dos Governadores;
• Política do café-com-leite: PRM + PRP;
• Coronelismo;
• Voto de Cabresto;
• Comissão verificadora;
• Convênio de Taubaté, 1906;
• Guerra de Canudos: Messianismo. Antônio Conselheiro, contra o coronelismo;
• Revolta da Vacina, 1904: obrigatoriedade da vacina da Varíola;
• Revolta da Chibata, 1910: Castigos dados aos marinheiros negros;
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• Construção de Brasília:
− projeto urbanístico foi de autoria de Lúcio Costa;
− Várias obras projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer;
− Companhia Urbanizadora Nova Capital (Novacap). Comandada pelo engenheiro e
deputado do PSD Israel Pinheiro;
− Candangos: todos que foram trabalhar no empreendimento. Maioria composta por
nordestinos: Péssimas condições de trabalho. surgimento de aglomerações como
a Cidade Live, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Vila Planalto e Metropolitana.
• Jânio Quadros: contraditório, Golpe Branco.
• João Goulart: Campanha Legalista, Parlamentarismo, Reformas de Base.
Período democrático/República Populista (1945-1964)
• Dutra: Plano Salte;
• Getúlio: Petróleo é Nosso, Nacionalismo, suicídio;
• JK: Desenvolvimentismo, Plano de Metas, 50 anos em 5, Presidente Bossa Nova;
• Jânio Quadros: contraditório, Golpe Branco;
• João Goulart: Campanha Legalista, Parlamentarismo, Reformas de Base.
DITADURA MILITAR
Castello Branco 1964-67
• Instituiu o bipartidarismo, com o MDB e a Arena;
• Executou as primeiras medidas repressivas da ditadura;
• Aprovou a Constituição de 1967.
Costa e Silva 1967-69
• Assinou o Ato Institucional n. 5;
• Em seu governo iniciou-se o ciclo do milagre econômico;
• Enfrentou a luta armada de esquerda.
Médici 1969-74
• Seu governo representou os anos de chumbo;
• Derrotou a esquerda que pegou em armas.
Geisel 1974-79
• Lançou a proposta de abertura lenta, gradual e segura;
• Suspendeu a censura à imprensa e o AI-5.
Figueiredo 1979-85
• Enfrentou uma grave crise econômica;
• Aprovou a eleição direta para presidente a partir de 1988;
• Foi o primeiro presidente desde 1964 a não fazer o sucessor.
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DIRETAS JÁ!
• Pluripartidarismo;
• Emenda Dante de Oliveira;
• Manifestações;
• Ulysses Guimarães;
• Eleições indiretas para presidente: Tancredo Neves.
• Estado Democrático de Direito: é aquele que garante, a partir de um Estado governado
democraticamente e submetido ao Direito como fundamento primeiro de suas
ações, o atendimento a elementos básicos que promovam uma vida digna a todos
os cidadãos e cidadãs. A democracia na escolha dos participantes é fundamental,
mas deve haver também uma série de garantias de direitos fundamentais para que
haja, de fato, liberdade e igualdade entre as pessoas. Tem sua base na Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
CONSTITUIÇÃO DE 1988
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Governo Temer:
• Diminuição do tamanho do estado;
• Privatizações;
• Liberação de FGTS;
• Intervenção Militar na segurança pública do Rio de Janeiro;
• Corrupção: episódio Joesley Batista (propina da JBS).
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MAPAS MENTAIS
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República Populista
Dutra
Entreguistas :
Liberalismo conservador
JK
Getúlio
Nacionalistas:
Nacional Estatismo
Jango
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Abertura Política
Eleição indireta
Pluripartidarismo Diretas Já de Tancredo
Neves
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESGRANRIO/IBGE/Historiador/2009)
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No texto, o economista resgata, para o debate atual acerca do Estado brasileiro, uma
característica da gestão política e econômica que marcou os governos de Getúlio Vargas
e de Juscelino Kubitschek.
Com relação à condução do Estado no período dos governos citados, a principal característica
era o
a) imperialismo.
b) universalismo.
c) protecionismo.
d) desenvolvimentismo.
e) pós-neoliberalismo.
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De acordo com o texto acima, ainda há clientelismo e coronéis no Brasil, mas o coronelismo,
como sistema político nacional, já deixou de existir há décadas. Ele surgiu na Primeira
República e não sobreviveu à Era Vargas.
Com base na definição apresentada no texto acima, que mecanismo político, presente
na “federação de 1891” e extinto em 1937, era responsável por articular os três níveis de
governo do país num sistema coronelista?
a) Clientelismo
b) Voto censitário
c) Política do café com leite
d) Economia agroexportadora
e) Eleição dos governadores estaduais
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Juliano (Juliano Cazarré) e Joaquim (Júlio Andrade) são grandes amigos que ficam empolgados
ao tomar conhecimento de Serra Pelada, [...]. A dupla resolve deixar São Paulo e partir para
o local, sonhando com a riqueza. Só que, pouco após chegarem, tudo muda na vida deles:
Juliano se torna um gângster, enquanto Joaquim deixa para trás os valores que sempre
prezou.
Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-209317/>.Acesso em: 06 dez. 2013.
O cartaz e a sinopse do filme brasileiro lançado em 2013 tratam do maior garimpo a céu
aberto do mundo.
Esse garimpo ficou famoso na década de
a) 1950, devido à grande corrida de exploração do ferro no estado do Maranhão.
b) 1960, devido à grande corrida de diamantes no estado de Rondônia.
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mobilizar em torno da UNE e os grupos de luta armada começaram suas primeiras ações
em 1968. Nesse contexto, Costa e Silva, em 13 de dezembro de 1968, baixou o AI-5. Ao
contrário dos Atos anteriores, o AI-5 não tinha prazo de vigência.
Sobre a ação autoritária do AI-5, afirma-se que o(a)
a) Presidente da República tinha a competência de enviar projetos de lei que viessem a
criar ou aumentar a despesa pública, assim como suspender as imunidades parlamentares,
e o Comando Supremo da Revolução passou a cassar mandatos e a suspender os direitos
políticos por 10 anos.
b) Ato criou as bases para a instalação dos Inquéritos Policial-Militares (IPMs), a que ficaram
sujeitos os responsáveis “pela prática de crime contra o Estado ou seu patrimônio, contra
a ordem política e social, ou por atos de guerra revolucionária”.
c) núcleo militar do poder concentrou-se na chamada comunidade de informações, naqueles
que estavam no comando dos órgãos de vigilância e repressão, estabelecendo-se, na prática,
a censura aos meios de comunicação e passando a tortura, na prática, a fazer parte dos
métodos de ação do governo.
d) eleição para presidente e vice-presidente da República seria realizada, em definitivo,
pela maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão pública e votação nominal, sendo
que o presidente poderia baixar decretos-leis em matéria de segurança nacional.
e) medida importante foi a extinção dos partidos políticos, uma vez que os militares
consideravam que o sistema multipartidário era um dos fatores responsáveis pelas crises
políticas, forçando à legislação partidária a organizar dois partidos: a ARENA, agrupando
os partidários do governo, e o MDB, reunindo a oposição.
Considerando a situação interna e externa do Brasil em 1822, pode-se dizer que a questão
era indiretamente a independência, pois
a) a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, havia encerrado,
de fato e de direito, a condição jurídica brasileira de colônia.
b) a abertura dos portos, em 1808, equivalia à independência econômica do Brasil, antes
impossibilitada pelo regime de exclusivo colonial.
c) as Cortes portuguesas, em 1820, ao denunciar o status de colônia a que Portugal havia
sido reduzido, preferiram conceder a liberdade política ao Brasil.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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019. (ESA/2006) Durante o governo de Juscelino Kubitscheck, foram garantidas aos brasileiros
as liberdades democráticas. Nesse período, diversas correntes políticas manifestaram suas
ideias, sendo, porém, mantido(s) na ilegalidade:
a) Todos os partidos políticos.
b) O Partido Comunista
c) O Partido Trabalhista Brasileiro.
d) Os partidos de oposição.
e) O Partido Democrático Trabalhista
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Na caricatura, Oswaldo Cruz limpa a “sujeira” do Morro da Favela com o pente da “Delegacia
de Hygiene”. No alto se lê: “Uma limpeza indispensável. A Hygiene vai limpar o Morro da
Favella, ao lado da Estrada de Ferro Central. Para isso intimou os moradores a se mudarem
em dez dias”.
Sobre as políticas sanitaristas durante a Primeira República, assinale a afirmativa correta.
a) Encontraram grande resistência por parte da população.
b) Foram objeto de crítica da comunidade científica.
c) Caracterizavam-se por práticas segregacionistas.
d) Fundamentavam-se em critérios raciais.
e) Organizavam-se a partir de princípios classistas.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O contexto de publicação desta charge foi marcado pela promulgação de uma nova
constituição que
a) trazia, ideologicamente, medidas próximas às constituições de países socialistas, e que
não foram implementadas em função das heranças da Guerra Fria.
b) fortalecia bandeiras sindicalistas dos direitos sociais plenos, mas foram barradas pelo
Congresso Nacional, cuja maioria de deputados era conhecida como “entulho autoritário”.
c) prometia garantir a todos os brasileiros direitos sociais universais, que não foram cumpridos
devido a velhos conflitos entre liberais e socialistas.
d) consagrava os princípios da democracia e dos direitos sociais universais, em um momento
de crise econômica que dificultava a plena realização destes princípios.
e) era fortemente questionada pelos militares e pela grande imprensa, apesar da mobilização
popular pela aprovação do anteprojeto da Constituição.
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024. (ESPCEX/2017) O conflito ocorrido no final do Século XIX, caracterizado pelo caráter
messiânico (religioso) e de contestação social, foi a
a) Guerra do Contestado.
b) Revolta da Armada.
c) Revolta Federalista.
d) Revolta da Vacina.
e) Guerra de Canudos.
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A respeito do impacto dos fluxos imigratórios para a história social e econômica brasileira
na Primeira República, analise as afirmativas a seguir.
I – A política imigratória seguiu a economia brasileira do período, agroexportadora e com
uma industrialização incipiente, razão pela qual predominou a inserção rural dos imigrantes.
II – A inserção urbana dos imigrantes foi marcante nas Regiões Norte e Nordeste, onde os
estrangeiros contribuíram para a introdução de novas técnicas agrícolas e para a mecanização
da agricultura.
III – A política imigratória procurava atender aos interesses da cafeicultura paulista que
pretendia resolver a escassez de mão de obra com a chegada de trabalhadores europeus.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
027. (ESA/2017) O Pró-Álcool foi criado em 1975, no governo do Presidente Ernesto Geisel.
O programa tinha como objetivo:
a) Tornar o álcool uma fonte de energia alternativa.
b) Ampliar a pauta de exportações brasileiras.
c) Diminuir a concentração de terras no Brasil.
d) Diminuir a dependência brasileira de gás natural importado.
e) Tornar o álcool a principal fonte de energia do país.
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GABARITO
1. e
2. e
3. a
4. c
5. e
6. d
7. c
8. c
9. e
10. d
11. d
12. d
13. c
14. b
15. e
16. d
17. C
18. d
19. b
20. a
21. d
22. b
23. d
24. e
25. c
26. d
27. a
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GABARITO COMENTADO
001. (CESGRANRIO/IBGE/Historiador/2009)
A promoção do desenvolvimento nacional, entre as décadas de 1930 e 1980, tinha nos seus
objetivos e desdobramentos proporcionar ampliação dos investimentos estatais em obras
de infraestrutura destinadas à modernização agrícola e industrial do país.
Letra e.
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percorrida desde as primeiras décadas da República, quando ganhou força uma ideia nem
tão nova: a de que a conquista do território só poderia começar pelo seu conhecimento
real e científico (...). Conquistar e ocupar era, antes de tudo, estudar e planejar o que se
desejava que o povo e o território viessem a ser no futuro.
GOMES, Ângela Castro e outros. A república no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; CPDOC, 2002, p. 169.
(Adaptado).
Rondon foi nomeado para melhorar a comunicação entre Rio de Janeiro e Cuiabá. Ao cumprir
esse seu dever ele também protegeu os povos indígenas de vários estados brasileiros.
Graças a seus méritos, consegue a pacificação dos Guanás, Bororós, Parecis, Cavaleiros e Oficiés,
com suas mensagens de paz e prosperidade. Funda o Serviço de Proteção aos Índios, em 1910,
que conhecemos hoje como FUNAI. Em 1952 sugere a criação do Parque Nacional do Xingu,
consumado em 1961.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/marechal-rondon
Letra e.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm
Letra a.
Durante o governo JK, houve uma aceleração da inflação. Isso ocorreu devido ao aumento
dos gastos públicos, principalmente com a construção de Brasília e a implementação do
Plano de Metas.
Letra c.
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As oligarquias adotavam o coronelismo que era uma política que usava de violência para
imposição da vontade. Foi um regime que durou de 1894 a 1930. Através da autonomia
estadual foi formada a política do café com leite era essencialmente uma troca, de apoio
político, de favores entre o poder estadual e o poder federal a fim de fortalecê-la era usado
o voto de cabresto. O voto de cabresto que era a forma de alguém poderoso controlar o
voto do indivíduo. Era comum que os coronéis enviassem seus capangas armado para dentro
da sessão eleitoral a fim de controlar o voto.
Letra e.
No texto, o economista resgata, para o debate atual acerca do Estado brasileiro, uma
característica da gestão política e econômica que marcou os governos de Getúlio Vargas
e de Juscelino Kubitschek.
Com relação à condução do Estado no período dos governos citados, a principal característica
era o
a) imperialismo.
b) universalismo.
c) protecionismo.
d) desenvolvimentismo.
e) pós-neoliberalismo.
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O item D sugere que a principal característica dos governos de Vargas e Kubitschek era o
desenvolvimentismo, o que está de acordo com o gabarito da banca. O desenvolvimentismo
é uma política econômica voltada para o crescimento econômico e o desenvolvimento,
muitas vezes através da industrialização, que foi uma marca desses governos.
Letra d.
Aqui basta fazer umas continhas. 2006 – 70 = 1936. Em 1936, quem governava era Getúlio
Vargas. Note que o Estado Novo se iniciou em 1937, o que caberia recurso, já que nesse
período o contexto é do Governo Constitucional de Vargas (1934-1937).
Letra c.
A extração de látex das seringueiras foi a atividade, no final do século XIX, pela atração de
mão-de-obra nordestina. A seca no nordeste, a causa de repulsão.
Letra c.
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De acordo com o texto acima, ainda há clientelismo e coronéis no Brasil, mas o coronelismo,
como sistema político nacional, já deixou de existir há décadas. Ele surgiu na Primeira
República e não sobreviveu à Era Vargas.
Com base na definição apresentada no texto acima, que mecanismo político, presente
na “federação de 1891” e extinto em 1937, era responsável por articular os três níveis de
governo do país num sistema coronelista?
a) Clientelismo
b) Voto censitário
c) Política do café com leite
d) Economia agroexportadora
e) Eleição dos governadores estaduais
Com a ditadura do Estado Novo, as eleições estaduais foram canceladas e Getúlio indicava
os interventores de estaduais.
Letra e.
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Juliano (Juliano Cazarré) e Joaquim (Júlio Andrade) são grandes amigos que ficam empolgados
ao tomar conhecimento de Serra Pelada, [...]. A dupla resolve deixar São Paulo e partir para
o local, sonhando com a riqueza. Só que, pouco após chegarem, tudo muda na vida deles:
Juliano se torna um gângster, enquanto Joaquim deixa para trás os valores que sempre
prezou.
Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-209317/>.Acesso em: 06 dez. 2013.
O cartaz e a sinopse do filme brasileiro lançado em 2013 tratam do maior garimpo a céu
aberto do mundo.
Esse garimpo ficou famoso na década de
a) 1950, devido à grande corrida de exploração do ferro no estado do Maranhão.
b) 1960, devido à grande corrida de diamantes no estado de Rondônia.
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Essa é fácil. A primeira Constituição Republicana foi promulgada em 1891. Note que a banca
foca nos aspectos políticos, de exercício e construção da cidadania.
Letra d.
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Atente-se para expressões como “apenas”, usada na alternativa “c”. Normalmente deixam
a afirmativa errada.
Letra d.
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O texto menciona que, com a implementação do AI-5, o núcleo militar do poder concentrou-
se na chamada comunidade de informações, controlando os órgãos de vigilância e repressão.
Além disso, estabeleceu-se a censura aos meios de comunicação, indicando uma restrição
à liberdade de expressão. Ainda, a tortura foi adotada como método de ação do governo.
Letra c.
Considerando a situação interna e externa do Brasil em 1822, pode-se dizer que a questão
era indiretamente a independência, pois
a) a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, havia encerrado,
de fato e de direito, a condição jurídica brasileira de colônia.
b) a abertura dos portos, em 1808, equivalia à independência econômica do Brasil, antes
impossibilitada pelo regime de exclusivo colonial.
c) as Cortes portuguesas, em 1820, ao denunciar o status de colônia a que Portugal havia
sido reduzido, preferiram conceder a liberdade política ao Brasil.
d) a diplomacia brasileira obtivera o reconhecimento tácito da independência junto à
Inglaterra, desde os Tratados de Comércio de 1810.
e) a adesão do Brasil à proibição do tráfico negreiro no Atlântico Sul (1815) fortalecera a
classe industrial, preocupada em criar um mercado de consumo interno.
A Abertura dos Portos de 1808 representou o fim do pacto colonial, permitindo o comercio
da colônia com outros países. Na prática, significou a independência econômica do Brasil
em relação à Portugal.
Letra b.
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Assinale-a.
a) Estabelecimento de um governo monárquico, hereditário e constitucional.
b) Fixação de duração temporária para os cargos da Câmara dos Deputados e vitalícia para
os do Senado.
c) Manutenção do catolicismo romano como religião oficial, com liberdade de culto particular
para outras religiões.
d) Criação de uma nobreza incapaz de legar seus títulos, concedidos pelo imperador.
e) Determinação de voto direto e censitário para a Câmara dos Deputados e indireto para
o Senado.
Cuidado com os detalhes: os senadores eram indicados pelo Imperador e não eleitos de
forma indireta.
Letra e.
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Afirmativa III: Errada. A afirmativa faz uma confusão, misturando interesses liberais com
interesses dos conservadores. Por exemplo, diz que os liberais eram favoráveis a maior
centralização política. Como vimos, os liberais pretendiam maior autonomia para as províncias.
Letra d.
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A morte de João Pessoa, por motivos pessoais, acabou sendo utilizadas pela Aliança Liberal
de maneira política para dar curso à Revolução de 1930.
Letra d.
019. (ESA/2006) Durante o governo de Juscelino Kubitscheck, foram garantidas aos brasileiros
as liberdades democráticas. Nesse período, diversas correntes políticas manifestaram suas
ideias, sendo, porém, mantido(s) na ilegalidade:
a) Todos os partidos políticos.
b) O Partido Comunista
c) O Partido Trabalhista Brasileiro.
d) Os partidos de oposição.
e) O Partido Democrático Trabalhista
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Dentro do contexto da Guerra Fria, o Brasil se alinhou ao bloco capitalista, liderado pelos
Estados Unidos. Nesse sentido, a existência de um partido de orientação ideológica semelhante
à União Soviética seria contraditória.
Letra b.
Na caricatura, Oswaldo Cruz limpa a “sujeira” do Morro da Favela com o pente da “Delegacia
de Hygiene”. No alto se lê: “Uma limpeza indispensável. A Hygiene vai limpar o Morro da
Favella, ao lado da Estrada de Ferro Central. Para isso intimou os moradores a se mudarem
em dez dias”.
Sobre as políticas sanitaristas durante a Primeira República, assinale a afirmativa correta.
a) Encontraram grande resistência por parte da população.
b) Foram objeto de crítica da comunidade científica.
c) Caracterizavam-se por práticas segregacionistas.
d) Fundamentavam-se em critérios raciais.
e) Organizavam-se a partir de princípios classistas.
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Querido(a), questão fácil apesar da aparente confusão que a banca tenta levar ao candidato.
Lembre-se de que a Revolta da Vacina foi justamente um movimento de resistência de
parte da população.
Letra a.
O contexto de publicação desta charge foi marcado pela promulgação de uma nova
constituição que
a) trazia, ideologicamente, medidas próximas às constituições de países socialistas, e que
não foram implementadas em função das heranças da Guerra Fria.
b) fortalecia bandeiras sindicalistas dos direitos sociais plenos, mas foram barradas pelo
Congresso Nacional, cuja maioria de deputados era conhecida como “entulho autoritário”.
c) prometia garantir a todos os brasileiros direitos sociais universais, que não foram cumpridos
devido a velhos conflitos entre liberais e socialistas.
d) consagrava os princípios da democracia e dos direitos sociais universais, em um momento
de crise econômica que dificultava a plena realização destes princípios.
e) era fortemente questionada pelos militares e pela grande imprensa, apesar da mobilização
popular pela aprovação do anteprojeto da Constituição.
As opções I e IV são medidas do governo de JK, como parte do Plano de Metas, baseando-
se na abertura econômica aos países estrangeiros com atrativo de isenção de impostos. Já
as opções II e III são medidas do Governo de Getúlio Vargas, caracterizada pela intervenção
econômica e investimento nas indústrias de base. Além disso, fazendo do “confisco cambial”,
parte dos lucros das empresas estrangeiras seriam investidos no Brasil. Consulte o mapa
mental sobre os projetos Nacionalista e Entreguista na seção Mapas Mentais. Os presidentes
que vislumbravam o desenvolvimento ligado ao capital internacional e ao alinhamento com
os Estados Unidos ficaram conhecidos como entreguistas.
Letra b.
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O Ato Institucional n. 5 (AI-5) foi um dos mais duros decretos do período da ditadura militar
no Brasil. Entre as autorizações concedidas ao presidente da República pelo AI-5, destacam-
se a intervenção nos estados e municípios, a cassação de mandatos parlamentares e a
suspensão dos direitos políticos de qualquer cidadão pelo período de dez anos. Essas medidas
conferiam amplos poderes ao presidente e às autoridades do regime militar, restringindo
severamente as liberdades civis e políticas, além de possibilitar a perseguição e repressão
a opositores políticos.
Letra d.
024. (ESPCEX/2017) O conflito ocorrido no final do Século XIX, caracterizado pelo caráter
messiânico (religioso) e de contestação social, foi a
a) Guerra do Contestado.
b) Revolta da Armada.
c) Revolta Federalista.
d) Revolta da Vacina.
e) Guerra de Canudos.
Revolta liderada pelo beato Antônio Conselheiro, no período de novembro de 1896 a outubro
de 1897, no Arraial de Canudos, interior da Bahia. O movimento tinha como crítica a miséria
e a desigualdade, e a recém-implantada República. Classificado como “messiânico”, era
influenciado principalmente pelo sebastianismo e, por isso, defendia o retorno da Monarquia.
Foi massacrado pelas forças republicanas, com o apoio do governo baiano.
Letra e.
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A respeito do impacto dos fluxos imigratórios para a história social e econômica brasileira
na Primeira República, analise as afirmativas a seguir.
I – A política imigratória seguiu a economia brasileira do período, agroexportadora e com
uma industrialização incipiente, razão pela qual predominou a inserção rural dos imigrantes.
II – A inserção urbana dos imigrantes foi marcante nas Regiões Norte e Nordeste, onde os
estrangeiros contribuíram para a introdução de novas técnicas agrícolas e para a mecanização
da agricultura.
III – A política imigratória procurava atender aos interesses da cafeicultura paulista que
pretendia resolver a escassez de mão de obra com a chegada de trabalhadores europeus.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Querido(a), apesar de banca enfatizar o período republicano, entenda que a imigração está
diretamente ligada ao ciclo do café iniciado no século XIX.
I – Correta.
II – Errada. Ora, a maioria dos imigrantes que vieram para o país no período eram de classes
menos favorecidas, muitos até fugindo de conflitos no continente europeu. Ademais, a
afirmativa é contraditória ao dizer que a inserção de imigrantes se deu na região urbana
mas contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias no campo.
III – Errada.
Letra c.
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027. (ESA/2017) O Pró-Álcool foi criado em 1975, no governo do Presidente Ernesto Geisel.
O programa tinha como objetivo:
a) Tornar o álcool uma fonte de energia alternativa.
b) Ampliar a pauta de exportações brasileiras.
c) Diminuir a concentração de terras no Brasil.
d) Diminuir a dependência brasileira de gás natural importado.
e) Tornar o álcool a principal fonte de energia do país.
Devido aos altos custos do petróleo no mercado internacional, o governo dos militares
buscou uma fonte alternativa de energia.
Letra a.
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caminhos
crie
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