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DIREITO do CONSUMIDOR (Lei 8078/1990)

09/02/2023 - quinta-feira – Mariani

1ª liberdade Transindividualidade
geração de direitos 2ª igualdade e metas individuais
-direitos difusos 3ª fraternidade
e coletivos ressurgimento do direito ambiental
valor da fraternidade direito do consumidor

Microssistemas CDC, ECA, estatuto do idoso, direito ambiental


jurídicos regras minerais, administrativas, processuais e penais
vinculadas logicamente

Justificativa para CDC x CC -> evitar contaminação e/ou contradições


os microssistemas Normas de interesse publico x Pacta sunt servanda (interesse privado)
proteção da sociedade de massa
renuncia ineficaz
aplicação ex oficio
contrato de adesão

Privada
Jurisdição e
coletiva

Fenômeno da Jurisdição coletiva:

Art.s 81 e 82 CDC
Legitimados MP; Defensoria Publica; União; estados e municípios; autarquias;
concorrentes empresas publicas; fundações, sociedades de economia mista
Associação: existência mais que 1 ano
Estatutos com previsão de proteção ao consumidor, meio ambiente e
à ordem econômica
legitimação
disjuntiva
lei da ação civil publica (7347/85)
Via
aplicação subsidiaria do CPC

Inserção direito fundamental: art.5º XXXII


Constitucional ADCT: art. 48 (120 dias)
art. 170 CF: principio da ordem econômica

02/03/2023 - quinta-feira

Princípios Constitucionais e o CDC Principio estruturante


a) Dignidade da Pessoa Humana
-art. 1º, III, CF fundamento da republica federativa do Brasil
-dignidade do consumidor: produto ou serviço tem que respeitar a dignidade do
consumidor
-cobrança vexatória; porta giratória do banco; excesso de tempo de espera, suspeita
infundada no comercio (nota falsa)
b) Principio geral da atividade econômica -> art. 170, CF
c) Principio da eficiência
-art. 37 da CF
-dever do estado de promover um código que desse ampla e efetiva proteção
d) Isonomia
-relativização do principio da igualdade
-igualdade imaterial – consumidor propositalmente em posição privilegiada em
relação ao fornecedor
-JUSTIFICATIVA: fornecedor esta em posição autossuficiente, dita as regras, do
mercado , detém o conhecimento técnico, sobre o produto/serviço;
art. 4º, I CDC> presunção legal absoluta da vulnerabilidade do consumidor

VULNERABILIDADE HIPOSSUFICIENCIA
Fenômeno de direito material (art. 4, I, Fenômeno de direito processual (art. 6ª,
CDC) VIII, CDC)
presunção absoluta presunção relativa
Espécies de hipossuficiência:

-Pratica: impossibilidade de provar o seu direito (ex.: cópia do contrato)


-Técnica: conhecimento do produto
-Jurídica: sobre seus direitos presumida na pessoa física não profissional, mas não na
pessoa jurídica

Por quê a presunção é relativa?

-Porque nem todos os consumidores são hipossuficientes


-depende da discricionariedade do juiz em face do caso concreto
-o juiz “poderá” e não “deverá” inverter o ônus da prova
-assim: todo consumidor é vulnerável, mas nem todo consumidor será hipossuficiente

e) boa-fé objetiva x subjetiva (CPC)


objetiva: valores éticos que estão na base da sociedade organizada; pautada pelos
deveres anexos ou laterais (deveres de informação, cooperação, proteção, segurança)

-Conceitos no CDC

-elementos da relação de consumo:


subjetivos: relacionados ao sujeitos da relação de consumo (consumidor e fornecedor)
objetivos: relacionados ao objeto das prestações subordinadas da relação (produtos
serviços)

-Elementos subjetivos:
standart -> art. 2º CDC
consumidor
bystandart -> art. 17º CDC

09/03/2023 - quinta-feira

Consumidor
1ª Elemento Subjetivo: até 2004 não havia separação era adotada a objetiva. A que prevalece
é a subjetiva.
-correntes
a) Objetiva: (ex.: maximalista) o CDC exigira para sua caracterização, qualquer ato de consumo
“destinatário final” e interpretado de forma ampla; interpretação extensiva do CDC, não é
necessário investigar o ato de consumo
b) Subjetiva: (ou finalista) imprescindível que a destinação final seja entendida como
econômica. A aquisição de um bem/serviço tem que satisfazer uma necessidade pessoal da
pessoa física ou pessoa jurídica. Relação de consumo não intermediaria mas final.

-PJ como consumidor:


Deve demonstrar vunerabilidade intermediaria em sentido amplo
vedação a destinação intermediaria do produto
aquisição de bens de capital não caracteriza relação de consumo

-Consumidor por equiparação (art.s 2º,§ único, 17 e 29 CDC)


denominado “bystander”
a) art. 2º, §único CDC:
essa equiparação permite que os legitimados do art. 82 possam ingressar em juízo em nome
próprio, mas defendendo interesses difusos, no interesse da coletividade via ACP
b) art. 17, CDC
o terceiro prejudicado recebeu atenção do legislador ante o dano sofrido decorrente da
relação de consumo da qual não participou, quando também foram atingidos pelo direito no
produto/serviço
-acidente de consumo
c) art. 29, CDC
-proteção aos consumidores na fase pre-contratual, ao regular as praticas abusivas de
correntes da oferta e da publicidade
-equipara a consumidores o conjunto de pessoas, consumidoras ou não, que possam de
qualquer forma estar expostas às praticas comerciais*
* oferta de produtos (art.s 30 a 35)
publicidade (art.s 36 a 38)
praticas abusivas (art.s 39 a 41)
cobrança de dividas (art.s 42)
inclusão de banco de dados (art.s 43 e 44)
clausulas abusivas (art. 51)

- Abrangência maior que os equiparados nos dois casos anteriores


A equiparação não dá pela vontade dos fornecedores ou consumidores, mas por força da lei
mostra-se suficiente estar exposto à relação às praticas comerciais.
relação da efetiva participação na relação de consumo (art. 2º) ou ter sido atingida pelo efeito
danoso (art.17)

-Fornecedor
-2ª elemento subjetivo
-art. 3, CDC
-O que são entes despersonalizados?
-Conceito + amplo
-Profissional liberal? Advogado?
-não caracteriza:
atividades exercidas para não profissionais, casual e eventualmente
-Palavra chave:
atividade, habitualidade, finalidade econômica
-Relação com o art. 966, CC (definição de empresário)

16/03/2023 - quinta-feira

-Elementos objetivos da relação de consumo

1- conceito de produto (art. 3,§1º)


Todo e qualquer vem móvel ou imóvel , material ou imaterial adquirindo em uma relação de
consumo
- produto: aquilo que resulta do processo de produção ou fabricação pela intervenção do
trabalho humano
-imateriais: energia elétrica, gás, água
durável: não se extingue com uso regular
produto:
não durável: ex.: alimentos, remédios
prazo decadencial para reclamar!!!! Reflexo art. 26, I e II
se o fabricante da o prazo de um ano é um ano mais 90 dias de acordo com esse artigo

2- conceito de serviço (art. 3º, §2°)


-espécies: material, financeira, intelectual
-prestados por: entidades publicas ou privadas, mediante remuneração direta ou indireta
também por pessoas físicas, incluindo o trabalhador avulso/autônomo ou profissional liberal
-excluídos: serviços de natureza gratuita ou prestados com vinculo trabalhista
-serviços puramente gratuitos x aparentemente gratuitos
não aplica CDC aplica-se CDC

UTI UNIVERSI UTI SINGULI


-prestados em beneficio do interesse - prestados a destinatários individuais
comum de toda a sociedade a grupos determináveis permitindo especificar a
indeterminados de pessoas (ex.: segurança quantidade por usuário (ex.: telefonia,
publica, saúde) energia elétrica)
-financiados por impostos, taxas e condições -se prestados pelo estado: taxa
de melhoria -se pelo particular: por divisão, concessão
(art. 175, CF) via preço publico
-STJ: índice CDC
a) serviços públicos (art. 22, CDC):

-serviços públicos essenciais (art. 22, parte final)


>Lei nº 8987/95: permissão/concessão
conceito de serviço adequado (art. 6º, §1º)
-caracterização e possibilidade de intervenção do serviço (art. 6º, §3°, II) resolução ANEEL 546

-Possibilidade de interrupção - principio da dignidade


como meio de coerção ao - prévio aviso/ advertência
pagamento - manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
- STJ: possibilidade
- Limites x CPC
b) serviços bancários, financeiros de credito e securitários (art. 3º, §2º)
-sumula 297 do STJ: CDC é aplicável às instituições financeiras
- Jurisprudência STJ:
Aplica- Contrato de financiamento: tomador como destinatário final
se p - desconto em folha de pagamento
CDC - caderneta de poupança
- juros e comissão de permanência
- juros de mercado
- cartões de credito - clausulas mandato
- não solicitado

- Contrato de leasing: tomador como destinatário final

- Politica nacional das relações de consumo (art. 4º e 5º CPC)


- pressupostos e princípios básicos relacionados à relação de consumo
-art. 4º - pressupostos/ princípios
-art. 5º - instrumentos para efetivação dos pressupostos estabelecidos no art. 4º

23/03/2023 - quinta-feira

-Responsabilidade Civil no CDC

Pressupostos da ato ilícito


responsabilidade civil dano
culpa
nexo de causalidade
CDC adota a teoria do risco do empreendimento (em contra posição ao risco do consumidor)->
responsabilidade objetiva de quem se propõe a exercer alguma atividade no mercado
(produzir, estocar, distribuir, comercializar, etc)

Fato do produto ou x vício do produto ou


serviço (art. 12 e 14 CDC) serviço (art. 18 e 20 CDC)

Defeito grave do produto defeito menos grave: mera


diz respeito a insegurança inadequação do produto/serviço
do produto/serviço. Aos fins a que se destinam
enseja dano moral e/ou
material

a) Fato do produto/serviço
*definição: art. 12 CDC
*o fato do produto será sempre um dilema externo ao produto capaz de causar
prejuízo ao consumidor, ao atingir sua incolumidade físico-psiquico
* o que é defeito -> art. 12, §1° CDC. Não oferece segurança
*a norma criou o dever de produzir sem defeito a produção do produto defeituoso
caracteriza o ato ilícito respondendo o fornecedor pelo sistema da responsabilidade
objetiva.
*o direito do consumidor surgira quando a insegurança ultrapassar o patamar da
normalidade/previsibilidade
*risco inerente – deve o fornecedor informar ao consumidor a respeito desses riscos
inevitáveis associados ao produto (ex.: faca, agrotóxico, arma, etc)
*risco adquirido - o que é indenizável características da anormalidade e
imprevisibilidade
*dever de informação esta ligado ao dever de segurança, que é um conceito jurídico
que deverá ser preenchido pelo juiz frente ao caso concreto
*recall – natureza ambulatorial (a garantia não está circunscrita à 1ª relação
contratual)

*Processo:

1- O CDC não exige da vitima a prova do defeito, mas tão somente a prova do acidente de
consumo
2-É ônus do consumidor provar o dano
3- A presunção do defeito é juristantum e cabe negatividade ao fabricante
4- Excludente da responsabilidade de indenizar art. 12, §3º, CDC

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